○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○○ ○○ ○○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Confessionalidade Historiografia da história da educação Metodista no Brasil Historiography of the history of the Methodist education in Brazil Elias Boaventura Doutor pela UNICAMP Professor de Pós-Graduação em Educação da UNIMEP – (Piracicaba – SP) R e s u m o As diversas heranças educacionais deixadas no Brasil pelos missionários metodistas são abordadas neste artigo, que propõe uma discussão sobre a própria narrativa da história. O autor se valeu de vários documentos, e traz um pequeno resumo de cada um deles, a fim de oferecer informações básicas sobre pesquisas realizadas e fornecer subsídios para futuros estudos. Unitermos: história; missionários; arquivo; educação metodista Synopsis The several educational inheritances left in Brazil by the Methodist missionaries are approached in this article, which proposes a discussion on the History narrative itself. The author made use of several documents, and presents a brief summary of each one of them, in order to offer basic information on the accomplished researches and supply subsidies for futures studies. Terms: history; missionaries; file; Methodist education Resumen Las diversas herencias educacionales dejadas en Brasil por los misioneros metodistas son abordadas en esto artículo, que propone una discusión sobre la propia narrativa de la historia. El autor recorrió a varios documentos y trae un pequeño resumen de cada uno de ellos, a fin de ofrecer informaciones básicas sobre investigaciones realizadas y suministrar elementos para futuros estudios. Términos: historia; misioneros; archivo; educación metodista Revista de Educação do Cogeime ○ ○ ○ 87 ○ ○ ○ A n o 10 - n 0 1 9 - Dezembro / 2 0 0 1 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Introdução ○ ○ Revista de Educação do Cogeime Os missionários/ educadores metodistas vão aproveitar este vácuo A iniciativa educacional logrou imediato apoio dos governantes As escolas metodistas visavam a ser uma alternativa educacional para a sociedade brasileira ○ ○ ○ 88 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ liberdade de consciência, com o progresso e com a prosperidade, enquanto o modelo católico está atrelado às forças mais retrógradas da sociedade. Os missionários/educadores metodistas vão aproveitar este vácuo e apontar as vantagens do modelo que querem implantar na sociedade brasileira. A educação oferecida até então à sociedade brasileira, “que desceu até onde podia descer” e que não mais consistia na questão do aprendizado e do ensino, mas motivadas por duas preocupações básicas, “ a dos pais querendo que os filhos completassem o curso secundário no menor espaço de tempo possível e a dos ginásios na ambição mercantil, estabelecendo-se as duas fórmulas: bacharel quanto antes, dinheiro quanto mais ” (MOACYR,1942), contrastava enormemente com a modernidade do modelo educacional metodista. É obvio que as escolas metodistas visavam, desde sua implantação, a ser uma alternativa educacional para a sociedade brasileira, principalmente para a elite que poderia investir em educação; entretanto, além desta preocupação havia uma outra, que permanece meio escondida, que é o interesse em cuidar dos filhos dos numerosos imigrantes sulistas norteamericanos que estão presentes em algumas regiões do Brasil. É isto o que assinala Ribeiro, quando diz: “No momento em que interesses comerciais americanos localizaram-se nos principais centros comerciais e urbanos brasileiros, comunidades estadunidenses: no Rio, São Paulo, Porto Alegre, o aparecimento de escolas para os filhos de norte-americanos era desejado num meio tão carente de instituições de ensino.” (RIBEIRO, 1981). M issionários metodistas norteamericanos que chegaram ao Brasil a partir do final do século XIX foram portadores de um arrojado projeto de expansão religiosa, que incluía, de um lado, o trabalho de catequese e de implantação da nova denominação, e do outro, a ênfase na educação que, além de servir como estratégia para facilitar sua inserção, também representava um conteúdo considerado altamente modernizador. A iniciativa educacional logrou imediato apoio dos governantes, das elites políticas de tendência republicana, e dos jansenistas de todos os naipes que viam no novo modelo, de inspiração liberal e iluminista, uma alternativa capaz de contribuir para o avanço do projeto educacional brasileiro. Esse sentimento quase ecumênico foi inaugurado com a chegada de Daniel P. Kidder, na primeira metade do século XIX, que desenvolveu uma cordial amizade com o Padre Diogo Feijó. Desde esta época já se questionava o que eles consideravam a tacanhez e o conservadorismo do projeto educacional jesuítico, que era o modelo adotado no país. Com a chegada dos novos missionários e a implantação das primeiras escolas, o contraste entre os dois modelos aprofundou-se mais fortemente. O discurso utilizado pelo jornal presbiteriano “Imprensa Evangélica”, na edição de 1 de setembro de 1877, antagoniza os dois modelos e dá o tom apologético que vai ser seguido invariavelmente nas décadas seguintes pelo protestantismo missionário implantado no Brasil. Ele diz que o modelo protestante está comprometido com a vontade popular, com a ○ ○ A n o 10 - n 0 1 9 - Dezembro / 2 0 0 1 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ O projeto metodista de educação foi implantado, cresceu e obteve adesão progressiva da população. Foi a educação que conseguiu carrear para a Igreja Metodista a simpatia de parcela da população e de segmentos importantes da elite paulista Kennedy, um dos primeiros historiadores do metodismo no Brasil, destaca o sucesso alcançado pela escola metodista em Piracicaba e o apoio granjeado entre as elites da cidade. Diz ele: “Logo começaram a afluir as crianças para o collegio que em pouco tempo foi reconhecido como o melhor collégio na cidade, sendo frequentado pelos filhos das melhores famílias do logar. Os dois irmãos Moraes Barros eram grandes admiradores da Miss Watts e sempre permaneceram amigos firmes e protectores do Collegio.” KENNEDY, (1928). Não obstante a positiva e importante contribuição das instituições metodistas de ensino no Sudeste e Sul do Brasil, até o momento não há uma obra sólida sistematizadora da História da Educação Metodista no Brasil, uma obra que proporcione uma visão conjuntural deste projeto/ itinerário educacional metodista. Desta forma, com esta ausência, todos os trabalhos de pesquisa que pretendem abordar esta problemática necessitam passar pela mesma via crucis, começar do zero, fazendo um difícil trabalho de garimpagem. Esta Historiografia da História da Educação Metodista no Brasil, além de anunciar este vácuo, pretende ser uma modesta contribuição para a abordagem do tema na medida em que visa a oferecer ao leitor informações básicas sobre algumas pesquisas já realizadas. Este é o objetivo. Revista de Educação do Cogeime ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ O projeto metodista de educação foi implantado e obteve adesão progressiva da população Este quadro mudou muito nas duas últimas décadas Até o momento não há uma obra sólida sistematizadora da História da Educação Metodista no Brasil ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Localização das fontes Infelizmente, durante muitos anos, foi grande e nocivo o descaso em relação à preservação das fontes históricas no meio metodista brasileiro. Além desta síndrome de cega assepsia, que consiste em considerar como lixo documentos antigos, nem sempre houve relevante interesse pela tarefa historiográfica. Há que se considerar, entretanto, que este quadro mudou muito nas duas últimas décadas e se percebe, em muitas instituições de ensino, esforço no sentido de organização de arquivos que concorram para preservação dos documentos e os coloque à disposição dos historiadores. Este esforço sofre ainda restrições, pois é considerado, em muitos casos, dispendioso e pouco útil por parte de alguns administradores, receosos de fazer maiores investimentos nele, por considerá-lo secundário e desprovido de maior importância. Atualmente, sem menosprezar o que está sendo realizado em diversos outros locais, três iniciativas, desenvolvidas pelo Instituto Granbery, pela Faculdade de Teologia da Igreja Metodista e pela Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), merecem destaque, tanto pela riqueza do acervo como pela séria preocupação em oferecer ao tema a prioridade que ele exige e merece. 1 – Instituto Granbery No Granbery, em Juiz de Fora, podese encontrar os seguintes documentos: ○ ○ ○ 89 ○ ○ ○ A n o 10 - n 0 1 9 - Dezembro / 2 0 0 1 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ – Atas antigas de Conselho Diretor desde o princípio do século; – Atas da Faculdade de Teologia de suas origens até a data de sua transferência para São Paulo; – Estatutos, regimentos e prospectos de diferentes épocas do Instituto Granbery, das Faculdades de Farmácia, Odontologia, Direito e Pedagogia; – Documentação escolar dos alunos, currículos dos cursos e outros; – Informações sobre visitantes ilustres como Olavo Bilac, Silvio Romero e conferências pronunciadas, como também, notícias sobre granberyenses e administradores de destaque; – Coleção da Revista da Associação dos Granberyenses e o único número da revista Torre; Pelo papel histórico importante que exerceu em relação à formação de quadros metodistas e por sua importante tradição, nenhum pesquisador da educação meto-dista no Brasil pode dispensar visita ao acervo do Granbery, que nos últimos anos recebeu a devida atenção por parte de seus administradores. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Revista de Educação do Cogeime Merece destaque a coleção completa do Expositor Cristão, órgão oficial da Igreja Metodista O acervo localizado hoje na Faculdade de Teologia é muito mais voltado para a Igreja Metodista ○ ○ ○ 90 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ cação formal, mas que não pode ser ignorado pelos pesquisadores. Merece destaque a coleção completa do Expositor Cristão, órgão oficial da Igreja Metodista, com boas notícias e reflexões sobre as instituições de ensino. Também devem ser mencionadas coleções de diferentes revistas: Voz Missionária, Cruz de Malta, Bem-Te-Vi, revistas razoavelmente informativas sobre as instituições de ensino. Relevantes são as monografias de alunos da Faculdade de Teologia, Dissertações de Mestrado e Teses de Doutorado, produzidas mais recentemente. Muito importantes são as Atas das Conferências Regionais e Atas, registros e Documentos dos Concílios gerais e regionais. Vale considerar que após a criação do Instituto Metodista de Ensino Superior, transformado mais recentemente em Universidade Metodista de São Paulo – UMESP, instituição que abriga a Faculdade de Teologia, há muitos documentos recentes que são fundamentais, tais como pareceres do Conselho Federal de Educação, currículos, pronunciamentos dos administradores e decisões dos colegiados, além de prospectos e material de publicidade. Diferente do Granbery, o acervo localizado hoje na Faculdade de Teologia é historicamente (com exceção dos últimos anos) muito mais voltado para a Igreja Metodista em geral do que para seu projeto educacional, mas as informações existentes não podem ser desconsideradas. 2 – Faculdade de Teologia da Igreja Metodista A Faculdade de Teologia da Igreja Metodista, da Universidade Metodista de São Paulo, por se encontrar próxima da sede geral da Igreja Metodista e por se dedicar fundamentalmente à formação de pastores para a Igreja, preservou acervo muito rico, embora mais ligado a outras atividades da Igreja, não vinculadas diretamente à edu- ○ ○ A n o 10 - n 0 1 9 - Dezembro / 2 0 0 1 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ 3 – Unimep – Universidade Metodista de Piracicaba ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Núcleo de História e Educação Órgão ligado ao Programa de PósGraduação da UNIMEP, responsável pela orientação e produção de diversas dissertações e teses do Programa, o Núcleo de História e Educação possui em seu arquivo: • Dois minuciosos relatórios de pesquisa realizados pelo GRUPEIG em pelo menos quatro instituições metodistas; • Vários documentos sobre Filosofia de Educação da Igreja Metodista; Completa coleção de teses, dissertações e monografias sobre a educação metodista no Brasil; • Coleção completa da revista do COGEIME. Arquivo Histórico e Museu: Coordenado pela Profª. Drª. Zuleica de Castro Coimbra Mesquita e localizado no “campus” centro, podem ser encontrados os seguintes documentos: – Reconhecimento da UNIMEP e dos seus diversos cursos; – Documentos ligados aos 120 anos de história do Colégio Piracicabano, tais como Atas, registro de alunos, cartas e artigos de diretores, catálogos, jornais, conferências, discursos, fotos, etc. – Arquivos pessoais de líderes metodistas e líderes da cidade de Piracicaba. São estas as três instituições metodistas que segundo este levantamento mais têm se esforçado nesta importante tarefa de preservação e interpretação de nossa história. Seria muito importante se houvesse uma aproximação mais efetiva entre todos estes organismos com o Núcleo de História da Educação e com o Curso de História da Unimep, uma providência que muito auxiliaria para melhorar a qualidade do programa de preservação das fontes. Segundo a Drª Zuleica, estamos em bom momento para se pensar na criação de um órgão geral de coordenação destes esforços e da publicação de catálogo que facilite o acesso às fontes. CEPEME – Centro de Pesquisa Metodista Revista de Educação do Cogeime ○ Documentos do CIEMAL; Coleção parcial do jornal Expositor Cristão, da revista Voz Missionária; da Revista Bem-Te-Vi e de outras revistas; Teses e monografias sobre metodismo. Nos últimos anos a Unimep vem dedicando muito empenho e interesse sobre o assunto. Nos seus “campi”, funcionam pelo menos três órgãos ligados ao assunto: Coordenado pelo Ver. Dr. José Carlos Barbosa e localizado no “campus” Taquaral, no CEPEME podem ser encontrados os seguintes documentos: Coleção de livros e revistas sobre história metodismo; Coleção de livros de João Wesley; Coleção de cartas de Marta Watts e de inúmeros (as) outros (as) missionários (as) fundadores (as) de instituições de ensino no Brasil; Coleção de Atas e Registros dos Concílios regionais e Geral; ○ Seria importante se houvesse uma aproximação efetiva entre estes organismos ○ ○ ○ 91 ○ ○ ○ A n o 10 - n 0 1 9 - Dezembro / 2 0 0 1 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Há ainda que se registrar o grande esforço que vem sendo realizado pelo COGEIME em torno do tema, merecendo destaque a publicação de sua revista que se constitui hoje em preciosa fonte, onde se encontra publicado bom número de artigos e informações de natureza histórica. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Há que se registrar o grande esforço realizadopeloCOGEIME em torno do tema Historiografia A Historiografia da História da Educação Metodista no Brasil, muito embora ainda de produção relativamente pequena, cresceu bastante nas últimas décadas. Para efeito de sua melhor compreensão, pode ser dividida em duas fases distintas, a saber: Revista de Educação do Cogeime ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ e a dinamicidade da conjuntura histórica; Interpretação a partir de dentro da Igreja, sem preocupação com o “sitz im lebem” e com o contexto mais amplo: Ausência de interlocução e diálogo com não metodistas. Em poucos casos se verifica esforço de interlocução com os governantes, pelo menos em São Paulo. Neste período destacamos as seguintes obras, por ordem cronológica: KENNEDY, James L. Cincoenta Brasil. São annos do Methodismo no Brasil Paulo: Imprensa Metodista, 1928. O objetivo da obra é claramente posto, já no primeiro parágrafo da introdução e revela-se no título: “Cincoenta Annos de Methodismo no Brasil”, “é registrar em forma permanente os planos, os jeitos, os actos, os conseguimentos da Egreja Methodista Brasileira durante os 50 annos de sua existência na terra do Cruzeiro do Sul. ” Sua relevância aparece anunciada no prefácio de Paul E. Buyers: “O valor desta obra consiste principalmente no facto que é um documento authentico – um documento que servirá como fonte de informações para os futuros historiadores do Methodismo no Brasil.” Trata-se da mais importante e a mais antiga publicação da primeira fase, produzida por recomendação das três conferências existentes. Para quem está interessado apenas nas instituições de ensino, a parte VI, com os subtítulos “Phases especiais do Trabalho do Methodismo no Brasil” e “Trabalho Educativo para Homens”, merece destaque. • Primeira Fase – das origens até a década de 1970. • Segunda Fase – da década de setenta aos dias atuais. Na primeira fase, que se inicia já no fim do século XIX, e se estende até meados da década de 1970, o número de obras é relativamente reduzido e guarda características muito peculiares: Inteiramente produzida por clérigos metodistas sob encomenda; Caráter apologético e biográfico; Voltada para a Igreja Metodista em função da qual se faz a avaliação das instituições de ensino; Fortemente influenciada pelo Instituto Granbery. Ausência de rigor teórico, visto que a maior parte dos autores não possuía formação histórica ou pedagógica. Análises baseadas em dados estatísticos, em fatos e em pessoas envolvidas, desconsiderando a dialética ○ Trata-se da mais importante e a mais antiga publicação da primeira fase ○ ○ ○ 92 ○ ○ ○ A n o 10 - n 0 1 9 - Dezembro / 2 0 0 1 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Neste texto, além da preocupação específica com a implantação e desenvolvimento da Igreja Metodista, podem ser encontradas informações sobre vários colégios que passam com precisão o papel diferenciador da proposta educacional metodista até a década de 1920. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Autor de várias obras, preocupouse muito com as histórias de vida e com o Instituto Granbery, onde estudou. Aparentemente, a obra tem pouca relação com o tema da educação formal, uma vez que seu objetivo é organizar biografias dos pastores metodistas, como o próprio autor declara: “ São biografias de todos os pastores metodistas, já falecidos e que trabalharam no Brasil, desde o início, na fase do pioneirismo, iniciada em 1835”. Com uma leitura mais aprofundada o leitor extrairá de algumas biografias, como a de Dr. Moore e Tarboux, entre outras, lições preciosíssimas do extraordinário papel da educação metodista nas diferentes fases históricas. O leitor extrairá lições do papel da educação metodista nas diferentes fases históricas ROCHA, Isnard. Histórias da história do Metodismo no Brasil Brasil. São Paulo: Imprensa Metodista, 1967. Importa assinalar que esta obra foi elaborada mediante solicitação do Gabinete Geral da Igreja Metodista do Brasil, com a recomendação de que fosse redigida em linguagem popular, acessível a todos os metodistas. Nela se encontram levantadas, sem formalidades, as importantes realizações da Igreja Metodista no Brasil. Para os pesquisadores ligados à educação metodista, vale destacar o capítulo oito, intitulado COSTA, Nelson de Godoy. César Dacorso Filho, Príncipe da Igreja Metodista no Brasil Brasil. São Paulo: Imprensa Metodista, 1967. Nesta obra, os capítulos mais importantes são os que tratam sobre o Colégio União de Uruguaiana e o Granbery de Juiz de Fora. Neles, ao relatar as limitadas condições oferecidas ao estudante Revista de Educação do Cogeime ○ ROCHA, Isnard. Pioneiros e banBrasil. deirantes do Metodismo no Brasil São Paulo: Imprensa Metodista, 1967. Obra escrita em homenagem a Carmem Chacom, por solicitação da diretora do Colégio, por ocasião do 70º aniversário do Colégio Americano. Não encontrei obra melhor e mais interessante sobre aquela instituição, apesar de suas grandes limitações metodológicas e da visão romântica do autor. Trabalho pouco informativo em relação às instituições metodistas de ensino, traz notícias sobre o Colégio de Taubaté, no capítulo XIV, intitulado “República Nova e Colégio Novo”, que dão ao leitor vaga idéia das intransigências da época e das esperanças depositadas na República. ○ César Dacorso, o autor faz severas críticas à vida interna no Granbery e à política para formação do ministério. O autor faz críticas à vida interna no Granbery e à política para formação do ministério FLORES, João do Prado. Seu maior amor .1955 LONG, Eula K. O arauto de Deus Deus. São Paulo: Imprensa Metodista, 1957. ○ ○ ○ ○ 93 ○ ○ ○ A n o 10 - n 0 1 9 - Dezembro / 2 0 0 1 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ “Os Colégios também têm a sua vez na Igreja Metodista”, História com poucas, mas importantes informações sobre os colégios metodistas brasileiros. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ LONG, Charles A. MEMÓRIAS MEMÓRIAS. São Paulo: Imprensa Metodista, 1973. O autor, nesta obra de memórias, presta importantes informações sobre a crise da Faculdade de Odontologia do Granbery e as razões do encerramento de suas atividades, permitindo ao leitor uma melhor compreensão da política de ensino superior na época e as razões do fracasso do projeto. Informações sobre a educação metodista no Brasil podem ser colhidas em todo o texto ROCHA, Isnard. Pepitas do meu garimpo. São Paulo: Imprensa garimpo Metodista, 1980. Embora publicada em 1980, traz muitas das características do período inicial Embora publicada em 1980, traz muitas das características do período inicial. Trata-se, como se encontra indicado no subtítulo, de um livro de memórias de Granberyense. De leitura muito agradável esta obra de Isnard Rocha oferece valiosas informações sobre o internato do Granbery e seu extraordinário papel enquanto instituição de ensino. O pesquisador realmente interessado na compreensão da proposta de educação, certamente se apaixonará com o tipo de escola que era o WARREN, C. Wofford. Estudo das Instituições de Ensino da Igreja Metodista Metodista, 1969. Pesquisa promovida pelo COGEIME em 1968-1969, sob a coordenação do educador Warren C. Wofford, contém preciosas informações sobre a rede de escolas da Igreja Metodista no Brasil. O trabalho faz uma retrospectiva e análise da situação presente ao Revista de Educação do Cogeime ○ mesmo tempo em que oferece uma visão do futuro da obra educacional metodista, com propostas objetivas para as instituições. Esta pesquisa fecha com brilhantismo esta primeira fase e representa instrumento indispensável para a compreensão da proposta educacional metodista no Brasil, com todos os seus êxitos e fracassos, além de oferecer sugestões objetivas em relação aos rumos a serem tomados no futuro. LONG, Eula K. Do meu velho baú Metodista. São Paulo: Imprensa Metodista Metodista, 1968. A autora, que produziu diversas outras obras, escreveu este livro por encomenda da Junta Geral de Educação Cristã da Igreja Metodista, em 1968, em comemoração ao primeiro centenário do metodismo no Brasil. Obra de cunho histórico, trata especificamente das instituições de ensino em três capítulos: Instituições Educacionais; Das Conferências Anual e Central, Escolas que Desapareceram pela Estrada; e No Campo da Ação Social . Além destes capítulos, ricas informações sobre a educação metodista no Brasil podem ser colhidas ao longo de todo o texto. O objetivo final, como afirma Renato Canini, é de “...rememorar fatos e incidentes da vida de vultos do metodismo no Brasil de maneira viva e intensa. (...) Coloca lado a lado as frustrações e vitórias, bem como as preocupações e as esperanças. ” ○ ○ ○ ○ 94 ○ ○ ○ A n o 10 - n 0 1 9 - Dezembro / 2 0 0 1 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Granbery, na visão do autor, e a razão pela qual marcou a tantos “ Ainda hoje, depois de decorridos mais de cinqüenta anos... aquela gente bonita, alegre e feliz, andando de um lado para outro, na busca do estudo, ou do esporte e até do namoro! ... Gente feliz e alegre! Eu me achava no meio dela!...” Estesdocumentos chamam a atenção para a necessidade de se dedicar mais importância às fontes Observação: Este levantamento levou em consideração a produção mais ou menos organizada e que já se encontra facilmente à disposição dos pesquisadores. Creio, entretanto, que ele é ainda insuficiente e poderia com algum esforço ser completado com outras leituras de produção do período mais ou menos permanente. Refiro-me por exemplo a: • Esboço de uma Filosofia da Educação das Instituições de Ensino da Igreja Metodista no Brasil – 1964. • Objetivo e Filosofia Educacional das Instituições de Ensino da Igreja Metodista – 1971. • Fundamentos, Diretrizes, Políticas e Objetivos para o Sistema Educacional Metodista – 1979. • Revista do Bennett – Rio de Janeiro. • Notas Pedagógicas – Lins. • Crisol – Porto Alegre. • Revista da Associação dos Granberyenses – Juiz de Fora. Este levantamento levou em consideração a produção que já se encontra facilmente à disposição ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Estes documentos são importantes na medida em que chamam a atenção para a necessidade de se dedicar mais importância às fontes existentes em cada instituição. Eles são extremamente ricos em informações que podem ajudar a compreender o conjunto das instituições metodistas de ensino. Não posso deixar de destacar o Expositor Cristão, órgão oficial da Igreja Metodista no Brasil, que desde 1886 tem sido veículo do itinerário metodista. A título de ilustração, relaciono alguns artigos que foram publicados nas décadas de 1940, 1950 e início da década de 1960. Há, neste período, 120 inserções sobre as escolas metodistas e algumas são de extrema relevância. Abaixo, estão relacionados 20 destes artigos, com seus respectivos autores e data de publicação: ARRUDA, Waldemar. Mais colégios evangélicos. 12/maio/1949. BOXTER, Mary Jane. Histórico do Instituto Metodista (por ocasião do seu cinqüentenário). 08/set.1949. DOURADO, Adauto Araújo. Cinqüentenário do Instituto Metodista. 29/set.1949. PANISSET, João. O ambiente do Izabela. 19/jan./1950. PINHEIRO, J.P. O Colégio Centenário nos exames vestibulares. 13/abr./ 1950. VERÍSSIMO, Paschoal. O Colégio Piracicabano. 20/abr.1950. SILVEIRA, Guaraci. Ginásio Metodista de Ribeirão Preto. 1/ jan.1950. SILVEIRA, Guaraci. Ginásio Metodista de Ribeirão Preto. 29/jun./ 1950. FACCHINI, Eurípedes. Ginásio de Jaguarão. 31/ago.1950. Além destes, há documentos importantes, isolados, publicados em ocasiões especiais que podem enriquecer esse acervo. A título de ilustração, vale a pena lembrar pelo menos três: - Nossos Colégios – 1954 – Região Eclesiástica do Sul - Colégio Americano – 1955 - A Torre – 1925 – Juiz de Fora. Revista de Educação do Cogeime ○ ○ ○ ○ 95 ○ ○ ○ A n o 10 - n 0 1 9 - Dezembro / 2 0 0 1 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ RAMOS, Norberto Soares. Instituto Metodista. 11/jan.1951. SANTOS, Messias Amaral dos. Dr. Moore voltou para o Granbery (“Bendito o vem em nome do Senhor”). 22/ mar/1951. ROMANO FILHO,Afonso. A Igreja e os Colégios. 16/ago./1951. SALVADOR, José Gonçalves. O Metodismo e a instrução. 01/Jan./ 1951. SANTOS, Alexandre M. dos. Surge mais um educandário metodista em Goiás. 24/Jan./1952. PETERSON, Marianna. O Instituto Rural Evangélico. 27/nov./1952. OLIVEIRA, Mário Coll. A Junta Geral sugere a criação de um Instituto Rural. 12/mar./1953. SHAULL, Richard. A terrível responsabilidade do professor de um colégio protestante de hoje. 02/jul./ 1953. Junta Geral de Educação Cristã. Nossos Colégios (Instituto União). 26/ ago./1954. D’ ÁVILA, Jacques. Conselho Geral de Instituições de Ensino. 14/out./ 1954. BEYER, Newton Paulo. Aos reitores e professores dos educandários metodistas do Sul. 25/ago./1955. YOUNG, Robert. Um novo campo missionário: A universidade. 05/jul./ 1956. PANISSET, J. Nossos colégios (VII) – “O professor é tudo”. 13/mar./1958. PANISSET, J. Nossos colégios (VIII) – “Aperfeiçoamento do magistério evangélico”. 13/mar./1958. PINHEIRO, José Pedro. Universidade Evangélica do Brasil – Relatório do Conselho Superior ao VIII Concílio Geral. 08/set./1960. SOUZA, Wilson de. Colégio Izabela Hendrix (56º aniversário). 03/nov./1960. Revista de Educação do Cogeime ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ CHAVES, Derli de A. Visitei o Colégio Centenário (Um punhado de recordações – A História de um Colégio – Nossa prece. 03/nov./1960. Obs.: Para se ter o domínio de tudo o que se passou em termos de educação metodista nesta fase, fazse indispensável que o pesquisador visite os arquivos das Juntas de Missões nos Estados Unidos. Segunda fase Como já afirmamos anteriormente, podemos tomar as décadas de 1960 e 1970 como aquelas nas quais se iniciou um novo período na historiografia da História da Educação Metodista no Brasil. A delimitação deste período é meramente didática, uma vez que as alterações para o novo modo de fazer a história já se manifesta desde a década de 1930, ao mesmo tempo em que, após a década de 1970, aparecem ainda vários historiadores seguindo o velho estilo da primeira fase. Trata-se de um processo não retilíneo em que o velho e o novo se misturam, se interagem e se com-plementam; onde a produção da história obedece a forças externas a seus autores e ao seu próprio universo, de modo a justificar que os “homens fazem a história mas não o fazem como gostariam de fazer”. Vários acontecimentos históricos de extrema relevância, ocorridos principalmente fora dos arraiais da Igreja Metodista, justificam a tomada destas décadas como referência. Ocorreram; A Guerra do Vietnã; as manifestações culturais em 1968; o avanço da Teologia da Libertação e as preocupações sociais da CNBB e A delimitação deste período é meramente didática Vários acontecimentos históricos justificam a tomada destas décadas comoreferência ○ ○ ○ 96 ○ ○ ○ A n o 10 - n 0 1 9 - Dezembro / 2 0 0 1 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Igreja Católica; o advento e recrudescimento de governo militares na América Latina, particularmente no Brasil, o início de uma atmosfera de pós-modernidade e da crise dos paradigmas. No âmbito interno da Igreja Metodista podemos destacar a edição dos Planos Quadrienais com propostas de uma nova agenda que culminará com a aprovação do Plano Vida e Missão, já na década de 1980; a crise da Faculdade de Teologia da Igreja Metodista e a debandada da juventude; profundas alterações no comportamento dos ministros metodistas; aproximação de líderes educacionais e parte do clero metodista com o regime militar; presença metodista em Conselhos Estaduais e Conselho Feral de Educação; lento crescimento quantitativo da Igreja; maior presença de leigos ligados à educação; maior rigor científico nos trabalhos produzidos. Se na primeira fase o epicentro da educação metodista se encontrava em Juiz de Fora, agora se localiza em São Paulo, para onde se transferiu e criou dois novos pólos do ensino superior: São Bernardo e Piracicaba. A UNIMEP em primeiro plano e a UMESP em seguida, representam os dois principais pólos de produção historiográfica sobre o tema, principalmente a primeira, através do Programa de Pós-Graduação em Educação. Nela é grande o envolvimento do alunado e em menor escala do professorado, metodista ou não. Novamente, há que se observar que “o dentro e o fora” aqui trabalhados efetivamente não existem, porque são interpenetrados e inRevista de Educação do Cogeime ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ No âmbito interno da Igreja Metodista podemos destacar a edição dos Planos Quadrienais É grande o envolvimento do alunado e em menor escala do professorado, metodista ou não ○ ○ ○ 97 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ crustados uns nos outros. A rigor, não se pode falar em “seio” ou interior da Igreja e suas instituições porque ela não possui intimidade e seu interior se sustenta “nela e fora dela”. A parte se encontra no todo e este na parte. A Historiografia da História da Educação Metodista mudou de modo semelhante, guardada a especificidade, a qualquer outra Historiografia que tenha experimentado o mesmo processo de transformações vividas no mundo ocidental. A menção desses termos se constitui portanto, em mero expediente didático. Este fenômeno pode ser claramente visto na UNIMEP, que passou a cumprir função levemente assemelhada a que viveu o Granbery no passado, embora as diferenças sejam brutais. Ela é da Igreja, vive sob sua inspiração, como também a problematiza em função dos apelos que chegam de fora que questionam a mesma igreja e até a machucam, ao mesmo tempo em que a serve e a ajuda no cumprimento de sua missão. Na UNIMEP, o interior da Igreja se encontra fora dela; mas o que ali se vive, se debate e se ensina, penetra profundamente na Igreja e é por ela até incorporado pela presença de seus membros. Feitas estas observações podemos começar nossa análise da Historiografia da História da Educação Metodista no Brasil. Livros publicados RAMALHO, Jether Pereira. Prática educativa e sociedade – Um estudo de sociologia da educação educação. São Paulo: Zahar, 1976. A n o 10 - n 0 1 9 - Dezembro / 2 0 0 1 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ O autor, atualmente professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, oferece uma grande contribuição para o estudo do tema. Trata-se de uma excelente obra, constituída por uma rigorosa análise sociológica e indispensável aos pesquisadores da educação metodista no Brasil, embora não se atenha somente a ela. Esclarece o autor ser seu objetivo com a obra “ a análise da problemática do relacionamento entre a prática educativa e as categorias ideológicas mais abrangentes que regem a sociedade, onde essa prática se efetua, ou de onde se origina .” Da obra, diz o editor: “ Partindo do pressuposto de que a prática educativa não possui uma autonomia total, refletindo implícita ou explicitamente, a teoria que seus agentes utilizam para interpretar o processo social (...) O trabalho do Professor Jether Pereira Ramalho é excelentemente estruturado. Apresenta fundamentação teórica onde estuda os conceitos de ideologia e versão ideológica e discute o relacionamento educação-sociedade. Analisa, com rigor e profundidade, os discursos e programas dos colégios – Instituto Mackenzie, do Colégio Batista do Rio de Janeiro e do Instituto Bennett de Ensino – alvos de sua pesquisa, para detectar a presença e a influência ideológica que neles se encontram .” ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ O autor oferece uma grande contribuição para o estudo do tema O texto traz importantes informações sobre a instituição ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Teologia da Igreja Metodista, dirigiu o COGEIME durante alguns anos e foi membro do Conselho Federal de Educação. A obra trata da história do Instituto Americano de Lins – IALIN, desde suas origens até os dias atuais. O texto, de boa qualidade, traz importantes informações sobre a instituição e analisa o processo histórico com franqueza e objetividade. Através deste texto o leitor toma conhecimento do ocorrido desde a origem da instituição, passando pela tragédia que foi a administração de Abner Perpetuo e a grande esperança que vive o IALIN nos dias atuais. SALVADOR, José Gonçalves. Este homem confiou no Brasil e nos brasileiros sileiros. São Paulo, 1978. O autor, doutor em Ciências Humanas pela USP, ex-professor da Faculdade de Teologia da Igreja Metodista em São Paulo, e autor de várias obras, trabalha com o devido rigor metodológico e analisa, em alguns momentos, determinados acontecimentos ocorridos nas instituições de ensino da Igreja Metodista. A obra, biografia de Clemento Evans Hubbard, fundador e diretor por vários anos do IAL, é ricamente informativa sobre a instituição mencionada. SALVADOR, José Gonçalves. História ria do Metodismo no Brasil. Imprensa Metodista Metodista. São Paulo, 1982. BITTENCOURT, B. P. Frutos da visão de um bravo . Lins, 1977. O autor trabalha com muito rigor metodológico. Considera a História produto da ação de Deus: “A História contudo, pertence a Deus e não aos homens. O tempo e os eventos fazem parte integrante de Seus desígnios. Ele O autor, ex-diretor do Instituto Metodista de Ensino Superior, atual Umesp, lecionou na Faculdade de Revista de Educação do Cogeime ○ ○ ○ ○ 98 ○ ○ ○ A n o 10 - n 0 1 9 - Dezembro / 2 0 0 1 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ nunca se apressa, mas, pelo contrário, age devagar, com sabedoria, firmeza e precisão.” Com este enfoque analisa os acontecimentos nas instituições educacionais. SANTOS, Messias Amaral dos. Granbery: sua mística, sua história história. São Paulo: Imprensa Metodista, 1982. O autor, ex-aluno do Granbery, ex-diretor Geral do Instituto Bennett e ministro da I Região Eclesiástica da Igreja Metodista, traz, nesta obra, excelentes informações sobre a instituição, através de relatos de diversos relatos biográficos. Sobre a obra, Adhemar Ribeiro da Silva diz o seguinte: “ Quantas recordações nos acodem quando tentamos buscar o tempo perdido, rever os amigos e aquela maneira de viver que não voltam mais. E, eis que você, de repente faz emergir com seu livro, toda essa fase de ouro que é a base do espírito granberyense. A leitura que fiz de seus originais me encantou pela narrativa feliz e pela seqüência perfeita com que você traz até nós o passado do Granbery, através de cuidadosa pesquisa de fatos, fotos e pessoas .” Embora saudosista e romântica a obra será muito útil para uma avaliação do Granbery da época. De sua obra diz o próprio autor, “Agora chego ao final do livro que foi um no sonho e outro na realidade, já que o transformei, também, num documentário, não resistindo à tentação de publicar no seu bojo algumas colaborações que respinguei, com saudade, ao longo da pesquisa que fiz nas revistas e jornais granberyenses, que me chegaram às mãos e sei que serão lidas até com lágrimas, quando os leitores forem encontrando aqui, ali e acolá o nome de seus amigos e até o próprio Revista de Educação do Cogeime ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ nome assinando o que escreveram há tanto tempo.” REILY, Ducan A. História documental do protestantismo no Brasil Brasil. São Paulo: Aste, 1984. O autor, doutor em Teologia pela Universidade de Emory, ex-professor da Faculdade de Teologia da Igreja Metodista e importante historiador do metodismo, trata nesta obra, como o próprio titulo indica, de temas não diretamente relacionados à educação. Entretanto, há algumas referências ao assunto, principalmente nos tópicos atinentes à Marta Watts e Colégio Piracicabano e ao Granbery. ELIAS NETTO, Cecílio. Piracicaba política – A História que eu sei sei. 1942/ 1992, 1992. A obra não analisa especificamente o IEPUNIMEP Embora saudosista e romântica a obra será muito útil para uma avaliação do Granbery da época ○ ○ ○ 99 ○ ○ ○ O autor, jornalista muito respeitado na cidade de Piracicaba, com diversas obras sobre a história da cidade, diz o seguinte: “A obra não analisa especificamente o IEP-UNIMEP, ou qualquer outra instituição de ensino da Igreja Metodista, mas oferece ao leitor informações muito ricas da UNIMEP e da vida política da Cidade”. Da UNIMEP, diz o autor “A crise da UNIMEP em Janeiro de 1985 foi uma amostragem da nova realidade política também em Piracicaba. O Reitor Elias Boaventura era deposto pelo Conselho Diretor da Universidade, substituído – juntamente com o vice-reitor Almir de Souza Maia – por dois representantes conservadores da Igreja Metodista: Hélio Manfrinato e Abner Perpétuo. A destituição de Elias Boaventura resultava de um processo lento de insatisfações e de divergências dentro da Igreja Metodista, que se havia iniciado com as manifestaA n o 10 - n 0 1 9 - Dezembro / 2 0 0 1 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ELIAS NETTO, Cecílio. Ousadia na Unimep. educação – A formação da Unimep 1994. ções de Boaventura em prol do reatamento de relações diplomáticas com Cuba e com a sua viagem a Nicarágua, onde estivera como observador político, a convite do governo daquele país. No dia 12 de janeiro, Elias Boaventura e Almir de Souza Maia eram depostos. No dia 14, os grandes jornais abriam manchetes para noticiar o acontecimento, passando, então, a vir, de todo o país e do Exterior, manifestações cada vez maiores de solidariedade .” A obra merece ser lida e quem o fizer terá visão mais ou menos clara do agitado período que viveu a UNIMEP e da postura assumida pela Igreja Metodista na ocasião. MESQUIDA, Peri. Hegemonia norte Americana e educação protestante no Brasil Brasil. Juiz de Fora/São Bernardo do Campo, 1994. O autor, professor da PUC de Curitiba, doutor em Ciências da Educação, defendeu sua tese na Universidade de Genebra, na Suíça. Tratase, provavelmente, da mais rigorosa obra publicada sobre o tema nos últimos anos no Brasil. Constitui extraordinária contribuição aos pesquisadores, e toda ela se faz necessária aos estudiosos da Educação Metodista, principalmente o capítulo 5, intitulado “O Metodismo no Brasil: Prática educativa e expansão escolar. ” De seu texto, diz Pierre Furter, “Muitas lições podem ser tiradas desta pesquisa desde que seja possível extrair lições do estudo da História. Quanto a nós, a leitura do trabalho de Peri Mesquida veio confirmar a importância da indispensável utopia da secularização. ” Revista de Educação do Cogeime ○ Trata-se da mais rigorosa obra publicada sobre o tema nos últimos anos no Brasil O autor afirma o seguinte: “Essa história, eu a contei a partir de meu referencial de jornalista piracicabano. Eu vi a UNIMEP ser nossa, de Piracicaba, com Chrysantho César e Richard Edward Senn. Os pragmáticos conseguem dar forma ao sonho, desencadear a aventura. E vi a UNIMEP tornar-se universal, caótica, centro de oposições, contestadora e libertária, a partir de Elias Boaventura, uma Universidade verdadeira em toda a gama de sua pluralidade, como que numa louca inquietação de adolescência. E vejoa, hoje, amadurecer, encontrar o seu equilíbrio com Almir de Souza Maia, como se, com ele, a síntese estivesse sendo feita. São quatro tempos: o da semeadura, com Chrysantho César; o da implantação, com Richard Edward Senn; o da conquista de uma identidade, com Elias Boaventura; o da consolidação, com Almir de Souza Maia”. O apresentador da obra diz: “Sua meta foi oferecer a historiadores e pesquisadores elementos para um entendimento do que foi a história dessa ousadia – a formação da Universidade Metodista de Piracicaba, que contribui para a Igreja Metodista e para a própria educação no Brasil”. NOVAES NETTO, Arsênio Firmino de. Ass crises de um ideal: os primórdios do Instituto Granbery . Piracicaba, 1997 . Muitas lições podem ser tiradas desta pesquisa O autor, ex-reitor do Instituto Granbery, mestre em Educação pela UNIMEP e, atualmente, asses- ○ ○ ○ 100 ○ ○ ○ A n o 10 - n 0 1 9 - Dezembro / 2 0 0 1 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ sor da Reitoria, produziu um trabalho de boa qualidade, com muitas informações úteis sobre a referida instituição. De seu texto diz o Reitor da UNIMEP, Prof. Dr. Almir de Souza Maia: “ Como promete, e realiza, o autor não analisou o Granbery de forma isolada ‘das forças que o sustentaram e das variáveis que o interpretaram’, pelo simples fato de que, não tendo uma existência autônoma, ele ‘sofreu os impactos oriundos de seu exterior’”. Na orelha da contra capa, registrase a seguinte informação “ Pela riqueza das informações, o presente trabalho se faz indispensável aos estudiosos da proposta de Educação Metodista para o Brasil e lança luzes em questões até então pouco compreendidas .” ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Um texto que contribui bastante para o estudo da história da educação metodista no Brasil O presente trabalho se faz indispensável aos estudiosos da proposta de Educação Metodista para o Brasil BITTENCOURT, B. P. As origens da Umesp Umesp. São Paulo, 1999. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ALMEIDA, Vasni de. Um século de paulista. ensino metodista no nordeste paulista Ribeirão Preto: IMERP, 1999. O autor, doutor em História pela UNESP, coordena o projeto memória do IMERP. Sua obra, apesar de seguir a certo rigor metodológico, está crivada de uma forte característica apologética e procura cobrir a vida da Instituição desde sua fundação até os dias atuais. Trata-se de um texto de valor, que contribui bastante para o estudo da história da educação metodista no Brasil. Sobre a obra, Levi Lacerda, antigo diretor da instituição, disse o seguinte: “Da ‘garimpagem’ realizada em arquivos e bibliotecas e através de inúmeras entrevistas surgiu um excelente texto, com informações preciosas sobre o ensino...”. MORAES, Ary Azevedo de. Eu, vamos escrever. Dr. Moore – Educador e amigo amigo. s/d. O autor, granberyense da “velha guarda” e ativo na Associação Granberyense, juntou neste obra quarenta depoimentos de ex-alunos do Granbery, a maioria do internato, através dos quais o pesquisador pode aquilatar a atmosfera de participação dos alunos e o espírito da proposta de educação metodista sendo vivenciada. Trata-se de uma importante contribuição. Apesar de estar envolvido diretamente em boa parte da vida da UMESP, o que impossibilita uma visão mais imparcial, o autor faz um exame cuidadoso das diversas administrações e das crises vividas em todas elas. O pró-reitor da UMESP, Jaci Maraschin, define bem a obra na apresentação que dela faz “ Este livro oferece aos leitores, importantes informações para a compreensão do que se passa hoje em nossa Universidade. Trata-se de valioso documento para futuros pesquisadores e intérpretes da história .” Trata-se de obra indispensável para os interessados na História da Educação Metodista no Brasil, saída das mãos daquele que foi seu fundador e respeitado intelectual metodista. Revista de Educação do Cogeime ○ MESQUITA, Zuleica (org.) Evangelizar e civilizar. Cartas de Martha Watts, 1881-1908 (versão bilíngüe). Piracicaba: Editora UNIMEP, 2001. Trata-se de obra indispensável para os interessados na História da Educação Metodista no Brasil ○ ○ ○ 101 ○ ○ ○ Primoroso trabalho, organizado pela Profa. Dra. Zuleica, coloca à disposição do leitor cartas de autoria de Martha Watts, que transmitem com A n o 10 - n 0 1 9 - Dezembro / 2 0 0 1 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ exatidão informações sobre os contextos da época e da grande visão de muitos daqueles momentos. No prefácio diz a organizadora: “Cartas de Martha Watts, 1881-1908 representa significativa contribuição ao pesquisador ávido de informações nesse campo, dada a exigüidade das fontes sobre o protestantismo no Brasil. Não bastasse isso, a carga de informações históricas, descrições de espaços urbanos, forma de organização da sociedade e os usos e costumes da época registrados pelo olhar atento de uma estrangeira podem ser de muito interesse ao leitor comum, em particular àqueles com vínculos com as instituições escolares aqui tratadas, bem como moradores das cidades em questão.” A partir da publicação desta obra torna-se bem mais fácil a compreensão da obra educacional dos metodistas em sua fase inicial no Brasil, não só em Piracicaba como em Juiz de Fora e Belo Horizonte. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Revista de Educação do Cogeime ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Também o Reitor Almir de Souza Maia faz avaliação extremamente positiva da obra e afirma no prefácio dela “A autora esmerou-se e chegou a um excelente resultado. Nas páginas desta obra, reúne-se a mais abrangente narrativa sobre o Colégio Piracicabano, desde sua primeira aluna, ou melhor, de seus antecedentes, pois o relato principia com elementos que nos ajudam a compreender a Piracicaba na qual chegou a determinada Martha Watts em 1881. História do Brasil, história de São Paulo, história de Piracicaba, história da Educação Metodista fundem-se para se contar uma saga única, a trajetória de 120 anos do Colégio Piracicabano.” A autora, jornalista competente, dotada de grande sensibilidade, oferece com esta obra de fôlego, deferenciada contribuição aos pesquisadores da educação metodista no Brasil, que modestamente a sintetiza assim: “Esta obra, se algum mérito possuir, é o de ter procurado respeitar as pessoas que fizeram a história do Colégio. E procurar entendê-las, mostrando o melhor de cada uma, de suas expectativas, planos, intenções. Mais do que a crítica, fica o reconhecimento.” Nas páginas desta obra, reúne-se a mais abrangente narrativa sobre o Colégio Piracicabano Torna-se bem mais fácil a compreensão da obra educacional dos metodistas ELIAS, Beatriz Vicentine. Vieram e Ensinaram – Colégio Piracicabano, 120 anos . Piracicaba: Editora UNIMEP, 2001. Trata-se de obra de excelente qualidade, altamente informativa sobre o Colégio Piracicabano, editada por ocasião da celebração dos 120 anos de vida da Instituição. Ao apresentar a obra diz Gustavo Jacques Alvim “Em linguagem agradável e atraente, contextualiza o Colégio na cidade de Piracicaba, narra episódios relevantes, rememora fatos inéditos, biografa figuras importantes, conta curiosidades, ouve ex-alunos, registra a contribuição de professores cujos trabalhos tiveram repercussão no Estado...” ○ Documentos e relatórios de Pesquisa Cinco educadores metodistas saíram a campo e pelo período de dois anos pesquisaram a documentação histórica de diversas instituições metodistas. Deste trabalho, resultaram três volumes de relatório de pesquisa muito rico sobre várias instituições metodistas de ensino. As informações foram colhidas no Expositor Cristão, desde sua origem até 1964, nos livros de atas de Conselhos Diretores e Dire- As informações foram colhidas no Expositor Cristão, desde sua origem até 1964 ○ ○ ○ 102 ○ ○ ○ A n o 10 - n 0 1 9 - Dezembro / 2 0 0 1 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ torias, nas Atas Registros e Documento do Concílio Geral e de Concílios Regionais, arquivos pessoais de metodistas notáveis, prospectos, correspondências, currículos escolares e material de propaganda. Observação: Importa assinalar que os documentos relacionados aos Planos Quadrienais e sobretudo Diretrizes para a Educação, de 1982, não pode ser negligenciado pelo pesquisador que deseja trabalhar sobre o tema. Este material se encontra à disposição no Núcleo de História e Educação, do programa de Pós-Graduação da UNIMEP. Teses, Dissertações e Monografias Recentes ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ BARROS, Davi Ferreira – The role of Manpower in the consolidation of the Methodist system of education in Brazil Brazil, 1981. Muitos deles fazem a crítica da Igreja Metodista e das Instituições onde foram elaborados O autor, leigo metodista, formado em Direito, ex-coordenador do Programa de Pós-Graduação da UNIMEP, Reitor na Universidade Metodista de São Paulo. Ph.D. Higher Education Administration, George Peabody College for Teachers of Vanderbilt University, organizou sua tese em pesquisa feita com 19 instituições de ensino Teses de Doutorado não publicada NASCIMENTO, José do. O sistema metodista. pedagógico confessional metodista 1980, 253 pp Tese de doutorado apreRevista de Educação do Cogeime ○ sentada à Escola Pós-Graduada de Ciências Sociais da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. O autor tenta fazer uma síntese da história da Educação Metodista na Inglaterra e nos Estados Unidos para, em seguida, passar ao estudo do sistema pedagógico do metodismo brasileiro através de suas várias instituições de ensino. O autor esclarece o motivo de sua obra, dizendo que “ dado o contexto pioneiro em que a Universidade e a Igreja Metodista foram colocadas, descobri um problema: a Igreja Metodista não tem, no Brasil, uma tradição universitária que reflita a sua missão. E por isso alguém tem que fazer esta reflexão à luz da tradição brasileira e da Igreja mãe ”. “Sinto-me em condição de colimar esse ensaio em vista do meu curriculum vitae e estar fixado profissionalmente nas duas áreas: na do Estado Brasileiro, como Mestre em Estudo de Problemas Brasileiros, e na área da Igreja Metodista, como Bacharel em Teologia e Filosofia, Pastor e Presidente do Conselho Diretor do Instituto Educacional Piracicabano.” A Igreja Metodista não tem, no Brasil, uma tradição universitária que reflita a sua missão Após a década de 1970, em função da entrada mais agressiva da Igreja Metodista no Ensino Superior, aumentou muito a produção de trabalhos focalizando as instituições metodistas de ensino, destacando-se a UNIMEP e o IMS hoje (UMESP). Estes trabalhos, via de regra possuem as seguintes características: - Produzidos por leigos, alunos das Instituições; - Muitos deles fazem a crítica da Igreja Metodista e das Instituições onde foram elaborados; - Rigor metodológico; - Produção não limitada somente aos autores metodistas, embora haja predomínio deles; - Pouquíssima circulação e divulgação do material produzido. ○ ○ ○ ○ 103 ○ ○ ○ A n o 10 - n 0 1 9 - Dezembro / 2 0 0 1 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ metodistas no Brasil, procurando diagnosticar os seus mais importantes problemas. Os problemas mais comuns nas instituições, apontados pela pesquisa são os seguintes: - carência de política adequada para o desenvolvimento de pessoal; - uso excessivo de tempos-parciais, principalmente no quadro docentes [das faculdades e da UNIMEP]; - taxa excessivamente alta da rotatividade de pessoal. Como fruto do trabalho do Prof. David Barros, o COGEIME, enquanto organismo centro de coordenação das escolas, recomendou a adoção de algumas ações que promovam o aperfeiçoamento do sistema, tais como: 1. Pesquisa institucional sistemática voltada ao aperfeiçoamento dos recursos humanos; 2. Estímulo às escolas para a adoção das seguintes medidas: • planejamento de curto e longo prazos sobre as necessidades de pessoal; • plano de desenvolvimento de pessoal; • padronização dos procedimentos de rotinas; • ampliação do plano de benefícios adicionais; • intercâmbio de pessoal. Trata-se de um excelente trabalho, que merece tradução e publicação. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ O Instituto Educacional Piracicabano vinha sofrendo perdas patrimoniais bem significativas OCOGEIMErecomendou a adoção de algumas ações que promovam o aperfeiçoamentodo sistema ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ O autor, professor do Programa de Pós-graduação da Unimep, apresenta críticas severas à diversas administrações da UNIMEP. Afirma que “ o Instituto Educacional Piracicabano vinha sofrendo perdas patrimoniais bem significativas, prestes a uma falência institucional, o ensino médio encontrava-se em crise e que a solução encontrada foi a abertura das Faculdades do IEP, o que ocorreu às vésperas do golpe militar de 1964. A abertura foi irregular, sem a autorização do MEC, autorização que só veio a acontecer depois da Reforma de 1968”. Diz ainda que as Faculdades eram geridas por um Diretor Geral que representava os interesses da Igreja Metodista, a gestão era centralizadora e autoritária, sem a participação dos agentes do processo educativo. Assinala que no início de 1978, o quadro institucional da UNIMEP se desenhava do seguinte modo: “ o Conselho Diretor, constituído por conselheiros majoritariamente contrários ao governo militar e conseqüentemente contrários à orientação político ideológica imposta pelo Reitor, os docentes, que já se organizavam em sua Associação – a ADUNIMEP – e refletiam ideologicamente o movimento docente em nível nacional e eram portanto, contrários ao processo político-administrativo da Instituição; os acadêmicos com um alto nível de organização e que se juntavam ao corpo docente, e, finalmente os funcionários, que assistiam ao longe com pequena participação .” SILVA, João Dos Reis. A formação da universidade Metodista de Piracicaba: Um estudo histórico sobre Administração Universitária Universitária. 1982, 266 pp Tese de doutorado apresentada à PUC-São Paulo. Revista de Educação do Cogeime ○ ○ ○ ○ 104 ○ ○ ○ A n o 10 - n 0 1 9 - Dezembro / 2 0 0 1 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Trata-se de um trabalho eficiente, indispensável ao pesquisador do tema. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Trata-se de um trabalho eficiente, indispensável ao pesquisador do tema. SILVA, Rinalva Cassiano. O diretor acadêmico no sistema metodista de educação no Brasil, “a delphi study” study”. 1986Tese de doutorado apresentada à Vanderbilt University, Nashville. A autora, atualmente vice-reitora da UMESP, assinala que seu objetivo foi o de procurar identificar determinadas características que são inerentes à função de diretor acadêmico das escolas metodistas. O estudo contribui para um maior conhecimento da educação Metodista no Brasil, em nível de 3º Grau, e para a criação de um conjunto de diretrizes, considerando-se a seleção de diretores acadêmicos para aquelas instituições. Trata-se de um trabalho diferenciado pelo rigor metodológico, necessário para pesquisadores do tema. Revista de Educação do Cogeime ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Quatro casos sintetizam os resultados desta pesquisa: a escola, os professores, os alunos e a Associação de Pais e Mestres. O foco do trabalho se situa numa abordagem psicológica do conflito que envolve a vida da Instituição ”. A autora afirma que “Este não foi um estudo sobre a verdade ou uma única concepção da verdade, mas o relato de um período de tempo da história de uma Instituição, onde o que interessava eram exatamente as diferentes versões sobre um mesmo fato, os conteúdos e significados de um mesmo acontecimento, visto sob diferentes ângulos e vividos por diferentes pessoas – sentindo, convivendo, lutando, competindo. Pretendi traçar a trajetória e os rumos de um conflito, tal qual um novelo de lã se desenrola. ” FLEURI, Reinaldo Matias. Educação popular e universidade. Contradições e perspectivas emergentes na experiência de Extensão universitária em educação popular da Universidade Metodista de Piracicaba (1978-1987) (1978-1987). 1988.Tese de doutorado apresentada à UNICAMP. EIZIRIK, Maria Faermann. A erosão da escola: um estudo de caso das vivências e percepções de um conflito institucional institucional. 1986, 352 pp Tese de doutorado apresentada à UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande Sul. A pesquisa foi realizada através de observação direta de experiências e conflitos vividos no Instituto Americano. Segundo Eizirik, “Durante o período de um ano a escola foi observada de forma profunda, avaliando as ocorrências em salas de aula, as reuniões de professores, reuniões administrativas e diversas outras situações formais e informais. ○ O autor, professor da UNIMEP, estuda o tema da educação popular e faz uma avaliação crítica do projeto de extensão universitária da UNIMEP em meados da década de 1970 e princípios da década de 1980. O texto revela que há muito esforço, por parte da classe dominante, no sentido de controlar a universidade, contrária às lutas populares pela democratização do ensino e “atesta a importância dessa instituição como palco da luta de classes”. Há muito esforço, por parte da classe dominante, no sentido de controlar a universidade ○ ○ ○ 105 ○ ○ ○ A n o 10 - n 0 1 9 - Dezembro / 2 0 0 1 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Em crítica à postura desenvolvida pela instituição, diz: “Estes projetos assumem caráter assistencialistas, seja porque toda a iniciativa fica por conta de setores universitários, sem uma participação ativa da comunidade beneficiária, seja devido a seus pressupostos funcionalistas que obscurecem as contradições objetivas, legitimando os interesses dos grupos hegemônicos na Instituição. De uma parte, as iniciativas de ação comunitária da UNIMEP são promovidas pela reitoria e tendem a reforçar a hegemonia dos grupos dominantes e a legitimar o poder da mantenedora no interior da instituição; desempenham uma papel assistencialista e organizam-se burocraticamente, consagrando a centralização do poder na universidade; servem de apoio para realizações que promovem a imagem da instituição junto à opinião pública.” Trata-se de um trabalho de qualidade que oferece contribuição diferenciada aos pesquisadores da Educação popular e da educação metodista no Brasil. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ no ano de 1968 .” Baseada no pensamento de Edgar Morin, afirma: “As crises e as desordens da sociedade são oportunidades para a transformação e reorganização do real. A crise se recria a cada crise, a cada erro.” A autora faz uma interpretação complexa da crise, buscada em seus múltiplos aspectos: “ (...) onde a desordem é ao mesmo tempo oposta e cooperativa com a ordem,... (...) a instituição é ao mesmo tempo todo e parte de um sistema maior, a sociedade.... Encarar a imprevisibilidade dos acontecimentos que constituíram a crise, dialogar com eles, inseri-los na memória histórica metodista é avançar no processo de entendimento da complexidade da instituição. Não existe progresso sem perda .” Trata-se de uma obra de valor, que aborda uma questão importantíssima para a vida de toda a Igreja Metodista e que trouxe repercussões em todas as áreas e em todas as instituições educacionais da Igreja. As crises e as desordens da sociedade são oportunidades para a transformação SAMPAIO, Jorge Hamilton. Sobre sonhos e pesadelos da juventude metodista Brasileira nos anos sessenta senta. 1998, 257 pp.Tese de doutorado apresentada à UMESP. MESQUITA, Zuleica de Castro Coimbra. A crise da Faculdade de Teologia da Igreja Metodista à luz do pensamento de Edgar Morin Morin. 1997, 249 pp. Tese de doutorado apresentada à UNIMEP. O autor, atualmente assessor da vice-reitoria acadêmica da UNIMEP, assinala que sua pesquisa pretende ser “uma contribuição para a elaboração historiográfica sobre a caminhada da juventude metodista brasileira nos anos sessenta, visando subsidiar a história do protestantismo no Brasil .” Para efeito de conclusão o autor destaca que “ assim como a ditadura procurava eliminar seus opositores, esses metodistas tomaram atitudes Apesar do enfoque exclusivo na Faculdade de Teologia o trabalho é muito útil e necessário para pesquisadores que abordem qualquer outra temática, envolvendo a educação metodista. A própria autora destaca que “ o objeto que nos propusemos a estudar foi a crise que se estabeleceu na Faculdade de Teologia da Igreja Metodista do Brasil Revista de Educação do Cogeime ○ ○ ○ ○ 106 ○ ○ ○ A n o 10 - n 0 1 9 - Dezembro / 2 0 0 1 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ O autor, líder da Igreja Batista e professor universitário, não se dedica exclusivamente às instituições de ensino metodistas, mas às instituições protestantes de ensino superior. Ele assinala que o “ protestantismo, ao se inserir no Brasil, e em particular o da missões norte-americanas, trouxe no seu projeto educacional o ideal de universidade, como parte do espírito da Reforma Protestante e, principalmente do protestantismo norte-americano e que é possível a constatação das iniciativas dadas pelos missionários/educadores; em especial os batistas, presbiterianos, metodistas e adventistas. Porém, seu retardamento esteve condicionado ao processo histórico, dentro de um contexto e de uma conjuntura nacional, sujeito a fatores internos do protestantismo, mas sobretudo, aos fatores externos, com a evolução da classe média, urbanização e industrialização.” Trata-se de uma obra que merece destaque, na medida em que oferece subsídios aos pesquisadores do tema. Revista de Educação do Cogeime ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ NOVAES, José Luís Corrêa. Protestantismo e educação: metodistas e liberais na primeira república república. 2000, 260 pp Tese de doutorado apresentada à UMESP – Universidade Metodista de São Paulo. semelhantes com a sua juventude, considerada por eles como subversiva e não cristã. A postura desses líderes fez com que os jovens metodistas sofressem perseguições, cerceamento da liberdade de expressão, coerção para saírem da Igreja e, em alguns casos, delação aos órgãos de segurança do Estado autoritário.” Através desta obra é possível ao leitor entender e analisar o espírito autoritário de muitas administrações de instituições metodistas no mencionado período. SCHULZ, Almiro. Projeto de uniBrasil. versidade protestante no Brasil 1998, 261 pp. Tese de doutorado apresenta à Unimep. ○ É possível entender o espírito autoritário de muitas administrações de instituições metodistas A proposta educacional metodista chega juntamentecoma missão religiosa de evangelizar O protestantismo trouxe no seu projeto educacional o ideal de universidade A pesquisa baseia-se nas Instituições de Ensino, mais especificamente no Instituto Granbery, e tem como objetivo estudar a possibilidade de orientação da Igreja Metodista no Brasil e sua conseqüente ação educacional ter sido influenciada e exercido influência nas sucessivas mudanças ocorridas na educação ao longo dos anos. O autor explica que a “a proposta educacional metodista chega juntamente com a missão religiosa de evangelizar. Evangelização e educação sempre estiveram interligadas. Educar era um bom método de evangelizar e evangelizar pressupunha educar.” Considera que “esta proposta pedagógica posta em prática pela educação metodista foi mais uma manifestação desse liberalismo do que uma reação contestadora a ele, num período da história brasileira marcada pelo entusiasmo educacional e pelo otimismo pedagógico. ” LOPES, Sérgio Marcus Pinto. As instituições de ensino no Metodismo: Fatores de sua Criação Criação. 2000, 227 pp. Tese de doutorado apresentada à Unimep. O autor, ex-diretor do Granbery, assinala que seu objetivo é tentar “contribuir para a análise da presença desta hoje mais que bicentenária tradição religiosa evangélico-protestante, conhecida como o metodismo, no campo de sua expressão sócio- ○ ○ ○ 107 ○ ○ ○ A n o 10 - n 0 1 9 - Dezembro / 2 0 0 1 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ institucional mais forte, o espaço da educação. Para além do simplesmente analisar, o que se intentou foi medir a correspondência entre as afirmativas oficiais acerca dos proclamados objetivos metodistas para a proposta de abertura de instituições em toda a parte e os fatores históricos que realmente as formaram.” Quanto aos procedimentos metodológicos informa: “ Este texto relata o desenvolvimento de um trabalho de pesquisa elaborado entre instituições educacionais metodistas, em vários países, através do qual o autor tentou comprovar sua hipótese de que, para mais além do ideário propriamente religioso que demarca as fronteiras teológicas do metodismo mundial, outros fatores, de várias naturezas, contribuíram tanto para o nascedouro como para a estruturação e desenvolvimento de tais instituições.” (...) A pesquisa se desenvolveu por meio de questionários enviados às instituições, pelo exame de fontes bibliográficas primárias e secundárias e por consultas aos sites mantidos pelas instituições na Internet. Trata-se de um trabalho de excelente qualidade, que oferece bons subsídios para pesquisas sobre o tema. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ dedica uma parte ao Instituto Educacional Piracicabano. O objetivo do seu trabalho, de acordo com suas próprias palavras “ é investigar um episódio da história da educação brasileira que ainda se apresenta como questão a ser elucidada: o aparecimento e êxito de escolas americanas de confissão protestante nos quadros do ensino paulista nas últimas décadas de século XIX.” A tese procura comprovar que tanto a “adoção de um padrão norteamericano de ensino, quanto a aceitação da propaganda protestante na Província de São Paulo se revestiram de inegável caráter político”. Em função desta dimensão política ocorreu uma aproximação entre imigrantes norte-americanos e a elite políticacultural, com vistas ao apoio mútuo em torno de seus objetivos. Completa: “o Colégio Internacional, a Escola Americana e o Colégio Piracicabano – permitiram-nos verificar sua condição de escolas para as elites progressistas paulistas da época e, conseqüentemente, aduzir mais uma razão fundamental para a compreensão dos fatores que propiciaram o seu aparecimento e êxito na Província de São Paulo .” O objetivo do seu trabalho é investigar um episódio da história da educação brasileira BOAVENTURA, Elias. A educação metodista no Brasil (origem-evolução e ideologia) ideologia). 1978, 127 pp. Tese de mestrado apresentada à UNIMEP. Dissertações de Mestrado e Monografias BARBANTI, Maria Lucia Spedo Hilsdorf. Escola Americanas de Confissão Protestante na Província de São Paulo: Um Estudo de suas Origens gens. 1977, 228 pp Dissertação de Mestrado apresentada à USP. O autor, ex-reitor, doutor em educação e atualmente professor na Faculdade de Pós-Graduação da UNIMEP, afirma que seu objetivo foi o de examinar a atuação dos Colégios Metodistas à luz da ideologia que inspirou o movimento na Inglaterra no século XVIII e posteriormente nos A autora, professora na Universidade de São Paulo, aborda a questão da educação protestante em geral e Revista de Educação do Cogeime ○ ○ ○ ○ 108 ○ ○ ○ A n o 10 - n 0 1 9 - Dezembro / 2 0 0 1 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ O autor transmite uma visão geral da educação formal metodista no Brasil ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Há profundas mudanças na própria Unimep O IPA aparece como representativo das Escolas Metodistas ○ ○ ○ 109 ○ ○ OLIVEIRA, Cleiton de. Análise crítica de uma experiência universitária – O caso da Universidade Metodista de Piracicaba Piracicaba. 1983, 340 pp. Tese de mestrado apresentada à Unimep. O autor, professor da UNIMEP, pretende explicitar a proposta da UNIMEP, verificando em que consiste esta “proclamada diferenciação”, bem como constatar se ela está se efetivando na prática. Fazendo um histórico da entidade o autor diz que na época de sua organização “ o autoritarismo, o conservadorismo e a visão empresarial capitalista, foram as principais características desta primeira administração da Universidade”. Entretanto, com as mudanças ocorridas na própria Igreja Metodista, com o questionamento em relação ao modelo americano até então seguido, há profundas mudanças na própria Unimep, que com o descontentamento por parte do corpo docente e discente, levaram à destituição do Reitor, em agosto de 1978. A nova administração, surgida neste período em que a Igreja Metodista passa por grandes transformações, principalmente com a aprovação do documento “Vida e Missão”, de influência marcantemente progressista, pode tomar atitudes mais ousadas amparada por esta nova filosofia implantada. O autor, analisando o discurso da Reitoria e dos documentos da UNIMEP, fala da obsessão por uma SCHROEDER, Edni Oscar. Análise Da Proposta Educacional Das Escolas Metodistas. Dissertação de Mestrado apresentada à Fundação Getúlio Vargas Vargas, 1982, 162 pp. Revista de Educação do Cogeime ○ instituição educacional da Igreja não oferece distinção significativa da grande maioria das demais Escolas Metodistas do Brasil.” EE.UU. Diz entender que esta é a pressuposição básica, que as instituições metodistas realizaram sua tarefa dentro da ideologia original do movimento metodista inglês e norte-americano. O autor transmite uma visão geral da educação formal metodista no Brasil, aprofunda-se na temática dela, esclarece suas principais ênfases e conclui: “ Se examinarmos os atuais Estatutos e Regimentos, pronunciamentos de autoridades e administradores metodistas, material publicitário concluiremos que a intenção permanece a mesma e que os propósitos não são diferentes daqueles que inspiraram o início da obra educacional em 1881.” O autor, ex-diretor Geral do Bennett e atualmente professor na UFRG, apresenta um trabalho ricamente informativo onde analisa a proposta de educação metodista, baseada na história do IPA – Instituto de Porto Alegre, e a postura religiosa que assumiu nas diversas etapas da História do Brasil. Diz o autor que seu objetivo “foi analisar a proposta educacional das Escolas Metodistas a partir do relacionamento destas com a própria estrutura eclesiástica da Igreja Metodista e com a sociedade brasileira como um todo, na oportunidade em que o Brasil se definia com um país capitalista dependente .” O autor conclui: “O IPA aparece como representativo das Escolas Metodistas na medida em que a sua criação e desenvolvimento como uma ○ ○ A n o 10 - n 0 1 9 - Dezembro / 2 0 0 1 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ educação diferenciada e destaca que alguns impedimentos “ ... distanciamento do Conselho Diretor, a intransigência em relação às alterações do Estatuto e Regimento geral, bem como as condições impostas nas relações de trabalho... ” obstaculizaram as metas e objetivos desejados. Trata-se de um bom trabalho, ricamente documentado, indispensável para quem deseja entender a complexa trajetória da UNIMEP. MATOS, Benjamim Garcia de. A importância do fundamento jurídico na busca do bem comum e do interesse social na crise de 1985 na Unimep Unimep. 1989, 308 pp Monografia de especialização em Administração da Educação – UNIMEP.. O trabalho da igreja como o do colégio é fundamentado em experiências O autor, ex-assessor jurídico da UNIMEP, procura estudar a importante crise de intervenção na reitoria da Unimep, em 1985. Conclui o autor que a crise, detonada em 12 de janeiro de 1985 “não teve como fundamento a situação financeira alegada, mas envolvia aspectos ideológicos e políticos, em dasagravo à Constituição Brasileira, além de questões ligadas ao próprio envelhecimento da estrutura de poder da mantenedora. O pretexto é financeiro, mas a realidade é ideológica.” Trata-se de um excelente trabalho, verdadeira tese de doutorado, que ajuda a compreender um período e uma situação específica da vida de uma das instituições metodistas, a UNIMEP. A crise, detonada em 12 de janeiro de 1985 não teve como fundamento a situação financeira alegada BARRETO, Jonas Mendes. Colégio Izabela Hendrix: Conquistando seu espaço em Belo Horizonte – 1892-1915 1892-1915. 1992. Monografia apresentada ao curso de História da Universidade Federal de Minas Gerais. Revista de Educação do Cogeime ○ ○ ○ 110 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ O trabalho tem a finalidade de analisar a formação e estruturação do Colégio Izabela Hendrix. O período escolhido, 1892-1915, justifica-se por cobrir os anos que antecedem a instalação do Colégio Izabela Hendrix, que se dá justo com a criação da Igreja Metodista em Belo Horizonte. Diz o autor que o “objetivo é demonstrar que a proposta educativa, trazida pelos americanos, se dá simultaneamente à proposta religiosa, ou seja com a igreja chega a escola, tendo boa acolhida por parte do grupo progressista da nova capital. Procura demonstrar que o trabalho da igreja como o do colégio é fundamentado em experiências, desenvolvidas com sucesso em outros lugares de Minas e do Brasil.” Diz ainda o autor que “ a partir das análises desenvolvidas desde a penetração do metodismo em Belo Horizonte até os seus primeiros anos, pudemos constatar que, devido ao fato do metodismo pertencer ao ramo do liberalismo protestante e do pietismo alemão encontra, naquele momento histórico da realidade belorizontina, condições favoráveis à sua penetração e estruturação .” A conclusão do autor é de que “ a educação simbolizando a porta para o desenvolvimento e o sinal de progresso por parte do grupo político da época em Belo Horizonte, provinha dos Estados Unidos, país considerado democrático, liberal e moderno, contando ainda que a educação pública e católica não atendiam aos anseios da sociedade, a alternativa protestante, representada pelo Colégio Izabela Hendrix, foi considerado relevante ”. A n o 10 - n 0 1 9 - Dezembro / 2 0 0 1 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ FERREIRA, Celinea Paradela. Administração Participativa na Escola Confessional: Limites e possibilidades. Estudo de caso do Colégio Instituto Metodista Bennett de 1983 a 1991 1991. 1992, 155 pp. Dissertação de mestrado apresentada à Universidade Federal do Rio de Janeiro. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ e esclarece: “ A questão da relação, muitas vezes conflituosa, entre a Igreja Metodista brasileira e as instituições de ensino mantidas por ela, embora tenha sido abordada por diversos autores, seja na forma de dissertações ou teses acadêmicas, seja na forma de artigos, ainda está a merecer outros estudos, que possam enfocar o assunto a partir de novas perspectivas. ” “Nesse sentido, dentro de minhas limitações, proponho-me a tentar fazer uma abordagem do assunto a partir dessa perspectiva. Como membro atuante de ambos os tipos de organização – igreja e instituição de ensino , o tema me é apaixonante.” O trabalho pode ser útil para a compreensão do problema. A autora destaca que sua proposta “é investigar os limites e as possibilidades de uma administração participativa numa Escola Confessional Metodista, a partir do Estudo de Caso no Colégio do Instituto Metodista Bennett, no período compreendido entre 1983 e 1991”. Algumas questões básicas permeiam seu trabalho, tais como: “Estaria essa estrutura de poder adequada ao desfio implícito nas Diretrizes propostas pela Igreja? A transformação dessa estrutura de poder atende às necessidades do contexto atual de busca de uma redemocratização do país, considerando a importância do sistema escolar para o aprendizado de um papel político com vistas à conquista da cidadania plena.” Visando oferecer respostas, ela analisa a crise vivida pelo Bennett no período compreendido entre os anos de 1983 e 1991. Trata-se de um texto bem elaborado, rico em informações e, de certo modo, indispensável aos pesquisadores. A transformação dessa estrutura de poder atende às necessidades do contexto atual MIRANDA, Noemi Ribeiro de. O Instituto Americano de Lins da Igreja Metodista e suas crises crises. 1993, 54 pp. Monografia de especialização em Administração da Educação – Unimep. Baseado fundamentalmente em depoimentos de testemunhas da história da instituição, o trabalho procura destacar que a crise vivida no IALIM deve ser compreendida como parte integrante de um contexto mais amplo, em que quase todas as instituições metodistas experimentaram situações idênticas. A autora faz uma avaliação de algumas administrações que contribuíram para reforçar a situação de crise vivida pela instituição. O trabalho é bom instrumento para quem deseja pesquisar o IALIM e compreender as crises que ele viveu. LARA, Paulo Silas Jorge de. Igreja Metodista e instituições de ensino: uma relação delicada delicada. 1993, 19 pp. Monografia de especialização em Administração Escolar, apresentada à Unimep.. O autor propõe discutir as relações que ele considera “delicada” Revista de Educação do Cogeime ○ ○ ○ ○ 111 ○ ○ ○ A n o 10 - n 0 1 9 - Dezembro / 2 0 0 1 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ALESSI, Cloris. A educação dos Metodistas na região de Piracicaba (SP) (SP). 1993.Tese de mestrado apresentada à Unimep. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ VIEIRA, Cesar Romero Amaral. Contribuição Norte Americana ao sistema educacional paulista: Da Monarquia à República República. 1993, 122 pp. Tese de mestrado apresentada ao Instituto Metodista de Ensino Superior.. O trabalho, resultado de uma inquietação a respeito de algumas noções firmadas sobre a educação metodista, compreendida como vanguardista, heróica e até inovadora, desenvolvida no final do século XIX, não vem contestar, mas encarar criticamente a história da educação metodista na região de Piracicaba, procurando ser o mais possível objetivo e imparcial. A autora levanta várias questões sobre a chegada dos missionários norte-americanos na região: “foram imigrantes diferenciados em relação aos demais? Vieram com uma mentalidade de pureza missionária? Mantiveram-se ‘estrangeiros’, alienados em relação às questões nacionais? Criaram uma política educacional e teriam até mesmo uma teoria de educação própria em que fé, razão e ciência se mantinham em perfeito equilíbrio?” A autora conta a história dos norte-americanos metodistas que vieram para a região de Piracicaba que, ao contrário do que se tem divulgado, se engajaram e se comprometeram com a agenda nacional do princípio do século, dentro do enfoque da Partido Republicano, da Maçonaria e de outros grupos ligados ao pensamento liberal. Conclui a autora que a educação em discussão, refere-se exatamente àquela fomentada pelos pensadores europeus da época, com avanços realizados por estudiosos norte-americanos, quando diz: “... a proposta educacional dos missionários norte-americanos não era originalidade do pensamento metodista, mas representou uma realização dos grandes pensadores da época.” Revista de Educação do Cogeime ○ O autor procura definir o papel desempenhado pelos primeiros colégios protestantes no âmbito do sistema educacional paulista e destaca os motivos da presença de imigrantes e missionários norte-americanos, que deixaram sua terra de origem e se aventuraram rumo a uma terra desconhecida, e a relação travada com as elites progressistas do Brasil. “A educação era vista como um processo que facilitaria a aquisição de uma visão de mundo e que ajudaria na manutenção e na inovação de uma hegemonia republicana. Por sua vez, os protestantes norte-americanos impelidos pelos acontecimentos presentes e imbuídos de uma concepção de mundo onde se colocavam como centro, utilizaram-se dessa abertura para a expansão de sua fé através das igrejas e de sua ideologia através dos colégios.” Trazendo métodos inovadores, contribuíram, num momento decisivo da história paulista, com o sistema educacional , visto como fadado ao colapso Assim a educação foi um processo chave utilizado pelos protestantes norte-americanos para a sua permanência e desenvolvimento em terras brasileiras. A autora levanta várias questões sobre a chegada dos missionários norteamericanos na região A proposta educacional dos missionários norteamericanos não era a originalidade do pensamentometodista ○ ○ ○ 112 ○ ○ ○ MALUSÁ, Silvana. A criança no prémetodista(?).1994, escolar: um enfoque metodista(?) 209 pp. Dissertação de mestrado apresentada à UNIMEP.. O objetivo da autora é procurar explicar a relação entre a educação préA n o 10 - n 0 1 9 - Dezembro / 2 0 0 1 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ escolar e o universo educacional mais amplo, em especial as pré-escolas metodistas. A autora conclui que não existe um perfil ou uma característica essencialmente metodista para a pré-escola. Trata-se de uma obra interessante, que pesquisa um tema pouco abordado. ALVES, Gilda Glauce Martins. Universidade da Terceira Idade, como alternativa de resgate da cidadania idosa: Análise do Caso Unimep Unimep. Tese de Mestrado apresentada à UNIMEP, 1996, 95 pp. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Não existe um perfil ou uma característica essencialmente metodista para a préescola Qual deve ser o papel do Conselho Diretor do Instituto Metodista Izabela Hendrix A autora discute o conceito de terceira idade no interior de uma instituição metodista. O texto apresenta algumas informações interessantes, mas oferece poucas informações sobre as educação metodista. PARADELA, Clovis de Oliveira. A decisão em colegiados e o papel dos Conselhos Diretores – O caso do Instituto Izabela Hendrix Hendrix. 1997, 92 pp. Tese de mestrado apresentada à Fundação Getúlio Vargas. O trabalho pretende responder a uma questão básica, que é a seguinte: Qual deve ser o papel do Conselho Diretor do Instituto Metodista Izabela Hendrix frente aos novos desafios da instituição e aos novos paradigmas organizacionais? O autor entende que os Conselhos Diretores têm por objetivo representar a mantenedora das escolas da Igreja Metodista. A partir desta compreensão, surgem algumas perguntas: os Conselhos Diretores representam de fato os interesses missionários da Igreja Revista de Educação do Cogeime Os Conselhos Diretores têm por objetivo representar a mantenedora das escolas da Igreja Metodista ○ ○ ○ 113 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Metodista? De que deve cuidar um Conselho Diretor de uma Instituição? Qual o grau de eficácia nas decisões de um Conselho externo que possui um conhecimento restrito da cultura, dos processos e práticas de organização? Como normalizar ou estabelecer diretrizes eficazes para um ambiente organizacional pouco conhecido? Questiona ainda o autor: “ Qual deve ser o papel do Conselho Diretor do Instituto Metodista Izabela Hendrix frente aos novos desafios da instituição e aos novos paradigmas organizacionais? ” O autor pretende apresentar uma proposta dentro de um enfoque gerencial, direcionado ao Izabela Hendrix. “ Para os decisores do futuro do Izabela, continuam as questões que acompanham a educação Metodista. Por que estamos na educação? O que queremos com o ensino que oferecemos? Se o compromisso ideológico da Igreja Metodista é com os pobres, como realizar esse compromisso se os nossos educandos não fazem parte dessa camada social? Essas questões têm sido bem administradas até aqui, mas poderão ser motivo de crises futuras, se não forem constantemente revistas. ” Trata-se de uma obra que oferece boa contribuição, especialmente no referente ao Izabela Hendrix. SILVA, Maria Cecília de Paula. O esporte na proposta pedagógica de educação física do Colégio Granbery: uma compreensão histórica rica.1998. 146 pp. Dissertação de mestrado. Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Gama Filho. A n o 10 - n 0 1 9 - Dezembro / 2 0 0 1 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ metodista da América Latina. Mesmo assim, o Granbery se transforma no mentor intelectual das instituições metodistas”. A autora define seu estudo como “uma pesquisa histórica de caráter exploratório sobre a presença da Educação Física na prática educativa do Colégio Granbery no século XX”... e acrescenta “sua intenção fundamental é discutir a utilização do esporte como meio significativo para a instituição à época, no que tange à formação do homem pretendido pela sociedade urbano-industrial em desenvolvimento.” Através de seu trabalho o leitor fica bem informado da Filosofia da Educação do Granbery e do importante papel que representava a Educação Física dentro da mentalidade reinante nos educadores missionários da época. Sua intenção fundamental é discutir a utilização do esporte como meio significativo para a instituição à época LEAL, Adriana Helena. A influência do Granbery na construção da Unimep Unimep. 1999. 133 pp. Tese de mestrado apresentada à UNIMEP. SCHÜTZER, Darlene Barbosa. Escolas Metodistas e as pastorais Escolares. Tese de mestrado apresentada à UNIMEP UNIMEP. 2000, 94 pp. A autora, funcionária da Pastoral Universitária da Unimep, afirma que seu objetivo foi o de verificar o que se tem feito na busca da especificação da função e do papel das Pastorais Escolares nas escolas metodistas brasileiras. “O campo de ação da Pastoral na escola é uma malha, uma teia composta de muitos elementos externos ao mundo da Igreja. É importante lembrar que sempre estão juntas Escola-Pastoral-Igreja.” O objetivo da pesquisa é comprovar a existência ou não da influência do Colégio Granbery na construção da Universidade Metodista de Piracicaba. “Esta hipótese surgiu com o reconhecimento de que o Granbery de Juiz de Fora, como uma das primeiras instituições de ensino, fundada pelos missionários metodistas, norteamericanos, foi também a primeira tentativa de universidade, tendo sempre como finalidade formar dirigentes para o Estado, para as Igrejas e Escolas Metodistas. Assim, passou a ser o centro do pensamento metodista brasileiro”. Conclui a autora dizendo que o “Granbery chega a instalar quatro cursos superiores: Farmácia, Odontologia, Pedagogia e Direito. As dificuldades financeiras e a falta de dirigentes brasileiros acabaram com o sonho do surgimento da primeira universidade Revista de Educação do Cogeime ○ Ela faz uma retrospectiva histórica, destacando o surgimento da pastoral escolar e o esforço no sentido da busca de seu papel. Trata-se de um trabalho importante e muito útil aos pesquisadores. Conclusão Com este trabalho pretendeu-se facilitar o esforço daqueles que pesquisam a Educação Metodista no Brasil e espera-se ter conseguido meu objetivo. O texto, apesar de todo empenho, apresenta lacunas que precisam ser preenchidas mas é o que foi possível fazer neste momento. Caso o leitor possua informações que possam completálo, por favor remeta-as ao Núcleo de História e Educação da UNIMEP. ○ ○ ○ 114 ○ ○ ○ A n o 10 - n 0 1 9 - Dezembro / 2 0 0 1 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Referências bibliográficas Livros: ALMEIDA, Vasni de. Um Século de Ensino Metodista no Nordeste Paulista Paulista. Ribeirão Preto: Instituto Metodista de Ribeirão Preto, 1999. BITTENCOURT, B.P. As Origens da UMESP UMESP. São Bernardo do Campo: UMESP, 1999. BITTENCOUR, B.P. Frutos da Visão de um Bravo Bravo. Instituto Americano de Lins, 1997. COSTA, Nelson de Godoy. César Dacorso Filho, Príncipe da Igreja Metodista do Brasil Brasil. São Bernardo do Campo: Imprensa Metodista, 1967. ELIAS, Beatriz Vicentini. Vieram e Ensinaram – Colégio Piracicabano, 120 anos anos. Piracicaba: Editora UNIMEP, 2001. ELIAS NETTO, Cecílio. Ousadia na Educação – A Formação da UNIMEP UNIMEP. Piracicaba: Editora UNIMEP, 1994. 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