TÉCNICAS DE ILUSTRAÇÃO CIENTÍFICA E MONTAGEM DE PRANCHAS DIGITALIZADAS APLICADAS À BOTÂNICA Maic Willians de Sousa Maciel Bolsista de Iniciação Científica – Projeto Desenho e Ciência: contribuições, metodologias e técnicas UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana [email protected] Ivoneide de França Costa Professora Coordenadora do Projeto e Orientadora do Plano de trabalho do Bolsista UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana [email protected] Resumo Este artigo parte de um projeto de iniciação científica que teve como objetivo desenvolver pranchas ilustradas representando características anatômicas de algumas espécies de planta da família solanáceae, com o intuito de que esse material servisse de apoio para os estudiosos e pesquisadores botânicos. Para a confecção das imagens foi utilizado o lápis grafite e a caneta nanquim em técnicas de sombreamento, com esse instrumental foi possível ilustrar os espécimes de plantas com precisão. Após a conclusão dos desenhos o material foi escaneado e editado em computador, para a criação das pranchas com informações da amostra. Palavras-chave: Solanáceae, ilustração botânica, pranchas. Abstract This article came from a beginner scientific project that intended to develop illustrated composition representing anatomic characters of some plant species to the solanaceae family, intending that this material could support the researchers and botanic students. Using graffiti pencil and nankeen pen on shading technics was possible to illustrate the plants species with precision. After the conclusion of draws, the material where scanned and edited in a computer, to create the compositions with informations of the sample. Keywords: solanaceae, botanic illustration, composition. 1 Introdução A ilustração cientifica tem uma importância muito grande em diversas áreas do conhecimento, inclusive na de ciências biológicas. Com a ilustração de espécimes é possível destacar com precisão detalhes que são de interesse do ilustrador, isso permite uma observação mais precisa das estruturas anatômicas e até microscópicas, que de outras maneiras (como através de uma fotografia, por exemplo) seriam complexas e menos acessíveis. A história da ilustração botânica está intimamente associada ao desenvolvimento da gravura. Esse novo gênero artístico nasceu vigoroso na renascença, facilitada pela realidade das espécies naturais provenientes do novo mundo. Em decorrência das viagens feitas, então, ampliam-se extraordinariamente os arquivos de criaturas e plantas, o que acabou incentivando, cada vez mais, o empenho dos enciclopedistas, dos colecionadores e da nobreza em geral em guardar essas coleções em gabinetes de curiosidades. (PEREIRA, 2008) Com a ilustração é possível catalogar espécies, detalhar suas características particulares e criar um banco de dados sobre elas. Esse material pode e deve ser utilizado como uma ferramenta de estudo para pesquisadores de diversas áreas da ciência, como na anatomia vegetal, citologia, ecologia, morfologia e taxonomia. O ilustrador faz necessariamente uso de diversos materiais e técnicas de desenho, que podem ser utilizados ao seu gosto ou necessidade, sempre buscando transferir para a prancha uma imagem mais próxima possível da realidade. Além dos desenhos, faz-se necessário a montagem de pranchas utilizando programas gráficos. O conhecimento sobre a montagem dessas pranchas é quase sempre passado por outro ilustrador mais experiente. No entanto, esse exercício precisa ser aprofundado, para que a atuação do desenhador científico obtenha a devida qualificação que o coloque como profissional reconhecido no mercado, através de uma aprendizagem conducente ao rigor artísticocientífico. O presente texto se alinha com o projeto de pesquisa Desenho e Ciência: contribuições, metodologias e técnicas, posto que: A preocupação com a formação de recursos humanos para a área da Ilustração Científica, inicialmente através de cursos de extensão, referenda o presente projeto, posto que virá a suprir uma evidente carência de profissionais dedicados especialmente a essa área de conhecimento. Nessa direção, a partir das atividades do projeto, seguirse-ão desenvolvimento e consolidação da concepção de pesquisa artístico-científica, fundamental no mundo acadêmico. (SOUZA, 2010). 2 Desenvolvimento “A história da ilustração cientifica confunde-se com a história da própria ciência e volta-se para o esclarecimento dos fatos científicos e do conhecimento adquirido e acumulado ao longo dos séculos.” (PEREIRA, 2007). A ciência precisa de um número de informações que servem de subsídio para a realização de novas descobertas, a ilustração em muitos casos supre essa necessidade. 412 O período da renascença trouxe um aprimoramento nas técnicas de desenho. Ilustrações realistas e explorações marítimas a novos continentes motivaram ainda mais o uso da arte associada à ciência. Houve grande crescimento no número de interessados por esses materiais, admiradores, colecionadores, estudiosos e até mesmo curiosos que almejavam conhecer, através das pinturas, a diversidade de espécies recém descobertas no novo mundo. Coleções foram se tornando verdadeiros acervos botânicos, que com o passar do tempo passaram a requerer rigorosas catalogações e substituições, devido à fragilidade dos materiais ilustrados. No Brasil, os ilustradores chegaram juntos com os primeiros exploradores europeus, que levavam os registros da nossa fauna e flora para a Europa. Depois deles vieram vários outros cientistas e pintores, encantados com as novas espécies e sensibilizados pela constante destruição das nossas florestas, as ilustrações eram uma forma de guardar informações dessas espécies antes que fossem destruídas. Até então, não havia um desenvolvimento de novos ilustradores aqui no Brasil, nem mesmo espaços para o aprendizado e desenvolvimento de estudos botânicos. Os cientistas estrangeiros apenas realizavam suas pesquisas e retornavam para a Europa. Isso mudou depois da chegada da família real portuguesa, em 1808 quando foi criado o Real Horto, mais tarde chamado de Jardim Botânico. Na contemporaneidade o interesse pela formação de ilustradores brasileiros fez surgir pesquisadores que começaram a realizar seus trabalhos aqui mesmo, agora tínhamos ilustradores de destaque, como a Margaret Mee. A artista inglesa morou por muitos anos no Brasil, suas expedições renderam trabalhos que deram visibilidade internacional a espécies da Mata Atlântica e da Amazônia. A fundação Margaret Mee, criada em 1989, oferece bolsas de estudo para ilustradores e cientistas botânicos. É inegável a sua importância no processo de formação de novos ilustradores nacionais, no desenvolvimento de estudos ambientais e no reconhecimento internacional dos nossos técnicos. No século XX, surgiram processamentos fotomecânicos e a moderna técnica de reprodução digital. No entanto, o uso do lápis, nanquim e aquarela para a ilustração botânica não perdeu o seu espaço, passando a reivindicar o estatuto de gênero artístico. Estes desenhos, além de possuírem um papel fundamental nas ciências, ainda despertam o fascínio e admiração através da sua arte altamente sofisticada. Desenhos botânicos são utilizados frequentemente na descrição e na identificação taxonômica de plantas. Eles também são encontrados em estudos de anatomia vegetal, citologia, ecologia e morfologia. As ilustrações botânicas são úteis em publicações de divulgação científica, 413 como em jornais e revistas, livros, guias de campo, rótulos de fármacos e cosméticos. Considerando a finalidade deste tipo de desenho, a exatidão é essencial. (PEREIRA, 2008) Ao contrário do que se pensa, ilustração não precisa ser uma cópia exata do objeto que se vê, nesse caso a fotográfica seria uma escolha mais rápida e eficiente. Através do desenho o ilustrador consegue dialogar melhor com o observador e passar com mais transparência os detalhes que têm uma necessidade maior de serem transmitidos. Por isso é indispensável que o artista tenha também o domínio sobre a área da ciência que ele deseja realizar os seus trabalhos. A maioria das ilustrações botânicas é feita em preto e branco, na técnica do bico-de-pena, utilizando-se linhas. Lápis e aguadas são comumente usados para desenhos de meio-tons. Em desenhos coloridos usa-se aquarela, guache, tinta acrílica, embora alguns artistas prefiram lápis de cor, pastéis ou computação gráfica. (PEREIRA, 2008) O ilustrador pode recorrer ao auxílio de lupas ou microscópios, quando se faz necessário a visualização de estruturas minúsculas. Ele também pode usar fotos como material de observação, quando for impossibilitado de ter acesso ao espécime. Muitas vezes é necessário a incorporação do ambiente e de alguns animais em ilustrações botânicas, para representar a interação da planta em seu habitat. Com o auxílio de computadores, as ilustrações podem ser escaneadas, a partir daí elas são editadas, podendo receber cores, e armazenadas. Espécies de herbários requerem grande área de resolução. A ilustração digitalizada tem uma durabilidade maior e é muito fácil de ser distribuída. “A família solanaceae possui uma distribuição cosmopolita, concentrada na região Neotropical, incluindo cerca de 150 gêneros e 3000 espécies. No Brasil ocorrem 30 gêneros e cerca de 450 espécies.“(LORENZI,2012). São arbustos ou pequenas árvores, diversas plantas de interesse econômico fazem parte dessa família, utilizadas na alimentação, como o tomate, a batata, as pimentas, o pimentão, a berinjela e o jiló. Algumas podem ser tóxicas, como a beladona, a saia-branca e o estramônio. O fumo também pertence à essa família. São plantas de fácil adaptação a novos espaços, muitas vezes invasoras. A escolha dessa família foi motivada pela sua grande diversidade e a facilidade de encontrar um número maior de espécies de forma mais acessível. Além disso, muitas delas florescem várias vezes ao ano, e é de grande ajuda ao trabalho do ilustrador que se tenha acesso à flores e aos frutos. 414 2.1 Materiais e métodos As ilustrações foram realizadas com o auxílio de lápis grafite e caneta nanquim que são apropriadas para desenho e necessárias para as técnicas de sombreamento que foram utilizadas nesse trabalho. Foi necessário muita prática para o aprimoramento da técnica, e também algumas pesquisas bibliográficas a respeito da técnica de desenho e da planta estudada. Começamos ilustrando alguns exemplos de folhas (Figuras 1 e 2), até passarmos para as os ramos compostos e mais complexos. Espécimes foram coletados no campus da UEFS, e serviam de modelo para o desenho científico. Inicialmente era feito um esboço, desenhava-se à lápis grafite os contornos e estruturas da amostra, sempre de forma muito leve, para não marcar o desenho. Depois começava à sombrear usando tons mais escuros até atingir o efeito desejado, atentando-se para a posição das luzes e sombras, para causar um efeito tridimensional mais realista à ilustração. Os desenhos à nanquim foram feitos usando uma folha de papel vegetal, sobrepondo o desenho à lápis grafite e sombreando com a caneta nanquim, fazendo um decalque. Depois da conclusão dos desenhos foi realizada a digitalização e edição das imagens, para fazer a montagem das pranchas. Depois de pronto o material foi arquivado e armazenado. Estando disponível para quem deseja pesquisar a família solanácea. Figura 1: Folha ilustrada à lápis grafite Autor: Maic Willians de Sousa Maciel Fonte: Acervo gráfico do Projeto de Pesquisa Desenho e Ciência: contribuições, metodologias e técnicas 415 Figura 2: Folhas ilustradas à lápis grafite em posições diferentes Autor: Maic Willians de Sousa Maciel Fonte: Acervo gráfico do Projeto de Pesquisa Desenho e Ciência: contribuições, metodologias e técnicas. 2.2 Resultados Conseguimos ilustrar alguns modelos, primeiramente à lápis grafite e depois à nanquim. Este material foi editado em um computador, depois as pranchas ilustradas foram organizadas. Dentre os espécimes coletados estão cestrum sendtnerianum, popularmente conhecida como “coerana”, ocorrem em diversas regiões do Brasil. Apesar de serem tóxicas, são ingeridas por alguns animais quando se expõem à prolongados períodos de fome, o que prejudica ainda mais a condição dos animais (SANTOS, 1995). Estão representados os desenhos à lápis grafite (figura 3) e à nanquim (figura 4). 416 Figura 3: Cestrum sendtnerianum, desenhada em lápis grafite Autor: Maic Willians de Sousa Maciel Fonte: Acervo gráfico do Projeto de Pesquisa Desenho e Ciência: contribuições, metodologias e técnicas. Figura 4: Cestrum sendtnerianum, desenhada em nanquim Autor: Maic Willians de Sousa Maciel Fonte: Acervo gráfico do Projeto de Pesquisa Desenho e Ciência: contribuições, metodologias e técnicas. 417 A solanum nigrum, conhecida popularmente como “maria pretinha”, é uma erva que normalmente cresce até os 60cm e floresce entre julho e setembro, são plantas bem comuns, podem ser facilmente encontradas em diversos ambientes (ZURLO,1990). Seguem os seus desenhos à lápis (figura 5) e à nanquim (figura 6). Figura 5: Solanum nigrum, desenhada em lápis grafite Autor: Maic Willians de Sousa Maciel Fonte: Acervo gráfico do Projeto de Pesquisa Desenho e Ciência: contribuições, metodologias e técnicas. Figura 6: Solanum nigrum, desenhada nanquim Autor: Maic Willians de Sousa Maciel Fonte: Acervo gráfico do Projeto de Pesquisa Desenho e Ciência: contribuições, metodologias e técnicas. 418 A solanum paniculatum L, popularmente conhecida como jurubeba, tem sua ocorrência registrada em toda América tropical (SOARES, 2008). A ela são atribuídas propriedades medicinais, sendo popularmente utilizada no tratamento da icterícia, da hepatite crônica e de febres intermitentes, além de usos culinários (MARTINS, 1997). Tem grande facilidade em ocupar novos espaços, se adaptam a diversos tipos de solo, e por isso são classificadas como espécies invasoras. Seguem suas ilustrações feitas à lápis grafite (figura 7) e à nanquim (figura 8). Figura 7: Solanum paniculatum L, desenhada em lápis grafite Autor: Maic Willians de Sousa Maciel Fonte: Acervo gráfico do Projeto de Pesquisa Desenho e Ciência: contribuições, metodologias e técnicas. Figura 8: Solanum paniculatum L, desenhada em nanquim Autor: Maic Willians de Sousa Maciel Fonte: Acervo gráfico do Projeto de Pesquisa Desenho e Ciência: contribuições, metodologias e técnicas. 419 Na figura 9 temos a prancha ilustrada da Solanum paniculatum L. Com detalhes do fruto e flor. Figura 9: Solanum paniculatum L, desenhada em nanquim, montada em formato de prancha, com detalhes do seu fruto e flor Autor: Maic Willians de Sousa Maciel Fonte: Acervo gráfico do Projeto de Pesquisa Desenho e Ciência: contribuições, metodologias e técnicas. 2.3 Discussão As espécies pertencentes à família solanaceae podem ser encontradas na natureza sob a forma de ervas ou árvores, sendo que em alguns casos também podem ser trepadeiras. Morfologicamente não possuem estípulas e suas folhas estão dispostas alternadamente. As folhas podem ser inteiras ou lobadas, mas serão quase sempre simples. As 420 inflorescências das solanáceas são cimeiras paniculadas ou então racemos. Normalmente as flores são bissexuais, mas pode acontecer de alguns indivíduos serem unissexuais. São, na maioria dos casos, actinomorfas e tem um ovário súpero. Os estames são de tamanhos iguais entre si, à abertura da antera por onde serão liberados os grãos de pólen pode ser longitudinal ou poricida. Se longitudinal a abertura é ao longo da teca, se poricida é no ápice da teca que a abertura estará. (ARAÚJO, 2006) Esta família tem grande ocorrência na América do sul e se adaptam a novos espaços com grande facilidade, além de possuirem grande importância econômica, sendo a batata, tomate, fumo e a berinjela alguns dos seus representantes. Através de pesquisas e observações no campus da UFES, algumas de suas representantes puderam ser encontradas, tais como a cestrum sendtnerianum, a solanum nigrum e a solanum paniculatum L., todas apresentavam flores e produção de frutos, situação ideal para o trabalho que seria realizado. Ao observar o modelo a ser desenhado o ilustrador deve ser muito atencioso em relação aos detalhes, pois as espécies podem variar em detalhes mínimos, até mesmo no número de pétalas de uma flor. As estruturas devem ser proporcionais, e se possível, mostrá-las em posições variadas durante a composição, como uma folha dobrada mostrando a sua parte inferior. Desenhar somente uma parte de um ramo pode ser essencial em casos onde a planta é muito grande, pois assim podemos passar os detalhes para o papel de forma mais nítida, de forma que não se percam as características particulares do espécime. A montagem das pranchas é a parte final do trabalho, é onde o ilustrador tem que desenvolver uma afinidade com os recursos eletrônicos, para assim realizar um trabalho bem feito. Com a ajuda de programas de computador, as imagens são escaneadas e organizadas em uma só página, nela contendo informações sobre a planta, com o intuito de catalogar essas espécies. Essas pranchas podem conter estruturas desenhadas de forma ampliada ou muitas vezes partidas ao meio, para que se tenha uma visão mais nítida de determinados órgãos da planta, conforme o intuito ou necessidade de exibi-las. 3 Conclusão Durante a realização do projeto tivemos grande avanço no aperfeiçoamento da técnica de ilustração, além de reunirmos bastante conhecimento sobre a família das solanaceas. Durante o período de coleta do material tivemos alguns imprevistos, o 421 campo onde costumávamos encontrar alguns espécimes da solanum nigrum foi capinado, fazendo com que perdêssemos parte do material que seria coletado. O projeto demandou longos períodos de prática, para o aprimoramento da técnica usada no sombreamento dos desenhos. Acredito que o tempo de aprendizado e exercício foi indispensável para o resultado final, mas o material poderia ser mais completo se o tempo para a sua conclusão fosse maior. No entanto resultado se fez satisfatório, o que foi planejado foi cumprido. 4 Referências ARAUJO, Marília, 2006. Família Solanaceae. http://www.infoescola.com/plantas/familia-solanaceae, Info escola, acesso disponível em junho em de 2015.FORNI-MARTINS, Eliana Regina; MARQUES, Marcia Cristina Mendes; LEMES, MARISTERRA R. Biologia floral e reprodução de Solanum paniculatum L. (Solanaceae), 1997 São Paulo: SP. Brasil. LORENZI, Harri; SOUSA, Vinicius C., Botânica Sistemática, 2012, 3ª edição, p 616. PEREIRA, Rosa Maria Alves, Cadernos de Ilustração Científica, ABCDesenho, PROEX UFMG- Pró Reitoria de extensão, Belo Horizonte, 2007. 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