MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO Ata da 2ª Reunião entre ProET, Diretores de Ensino, Coordenação Técnico Pedagógica, Diretoria de Rede de Assistência Estudantil Ao décimo segundo dia do mês de setembro de 2014, às dez horas e trinta minutos, realizou-se, na Sala de Reuniões, da Reitoria, e através de videoconferência a segunda reunião entre a Pró-Reitoria de Ensino Médio e Técnico, os Diretores de Ensino, membros da Coordenação Técnico Pedagógica e a Diretoria de Rede de Assistência Estudantil. A lista de presentes encontra-se em anexo. A reunião foi iniciada pelo pró-reitor em exercício Anderson Chalaça apresentando um breve relato sobre a discussão feita no CAET e no GT do calendário. No âmbito do CAET foram propostas alterações no regulamento que objetivavam destacar a possibilidade de execução da recuperação paralela. Já no âmbito do GT do calendário, foi consensual a opção pela recuperação paralela e a orientação para que a discussão continuasse neste fórum. Anderson Chalaça destacou a ciência da dificuldade da operacionalização da recuperação paralela dos sonhos, mas que a proposta de debate neste fórum vinha no sentido de encontrarmos caminhos para sua implementação. Marcelo Lacerda (diretor de ensino, campus Nilópolis) sugeriu duas propostas para execução de recuperação paralela, em sala de aula e à distância. Anderson Chalaça (ProET) pediu que os representantes apresentassem as discussões iniciadas em seus respectivos campi. Letícia de Medeiros (CoTP, campus Volta Redonda) relatou a dificuldade do campus em executar a recuperação paralela de forma presencial devido à problemática de falta de espaço e, também, à execução do calendário proposto atrelado à recuperação paralela. Os diretores de ensino Anderson da Silva (campus São Gonçalo) e Marcelo Lacerda (campus Nilópolis) afirmaram que a pauta a ser seguida no presente fórum era sobre a recuperação paralela, não sendo possível a retomada da discussão sobre o calendário, pois isto já fora feito em outro fórum. Afirmaram ainda que a deliberação do calendário ocorreu entre ProET e Direções de Ensino, a partir de discussões e documentos que partiram inclusive de Volta Redonda, um campus que apresenta dificuldade de execução de recuperação paralela. Marcelo Lacerda relatou que traçou orientações para a montagem dos horários de 2014.2 no sentido de que para cada disciplina fosse alocado um professor por dois tempos, em horário diferente da carga horária normal da disciplina, a fim de que fosse contabilizada como carga horária; de forma que para uma disciplina de quatro ou seis tempos, seria alocada a ela mais dois tempos. Rosi Rezende (diretora de ensino, campus Engenheiro Paulo de Frontin) relatou ter iniciado a discussão sobre a recuperação paralela no campus, com atendimento dos alunos em horário posterior ao das aulas. A dificuldade deles seria a operacionalização devido ao horário dos alunos. Fernando Brame (ProET) apresentou o documento denominado Plano de Trabalho do IFSP. O diretor de ensino Anderson da Silva (campus São Gonçalo) relatou que iniciou o debate no campus, tendo ocorrido concordância de que a recuperação paralela era uma melhor estratégia de organização do ensino e que também exigiria mais dos docentes, não equivalendo ao dobro de carga horária executada atualmente em cada disciplina. Florinda Cersosimo (diretora geral, campus Rio de Janeiro) relatou a respeito da realidade e dificuldade de implementação da recuperação paralela no campus citando como exemplo a dificuldade, inclusive, em aproveitar a sugestão de Marcelo Lacerda (em alocar dois tempos a mais para a carga horária de cada disciplina) Página 1 de 3 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO para a situação de professores com diferentes turmas. Anderson da Silva (campus São Gonçalo) destacou que existiam outras possibilidades para a execução que poderiam ser encontros mensais, ao invés de semanais. Fernando Brame (ProET) destacou a diferença de realidades entre quantidade de alunos para disciplinas que apresentam seis e dois tempos semanais e talvez a possibilidade de ajuda da CoTP na realização de algumas atividades. Fernanda Gouveia (CoTP, campus Duque de Caxias) destacou a inviabilidade na dinâmica de intervenção da CoTP com aplicações de provas, por exemplo. Ana Cristina Lacerda (CoTP) levantou a questão de que diante da dificuldade da implementação de recuperação paralela era natural encontrarmos resistência, mas que cabia também a CoTP a articulação da discussão sobre a qualidade versus quantidade do trabalho, já que o modelo de recuperação (final) utilizado atualmente não funciona. Destacou também que há professores que já desenvolvem ações de recuperação contínua, cujos resultados são perceptíveis ao final do período, com poucos alunos em recuperação final. Esses exemplos poderiam ser utilizados para encorajar outros docentes a incorporarem o mesmo discurso. Ana Cristina Vargas (CoTP, campus São Gonçalo) registrou sua fala particular, e não representando o campus, que entendia que o índice de retenção elevado não era resultado da recuperação final apenas, mas pela falta de debate sobre avaliação. Por esse motivo ela entendia que pensar recuperação paralela implicava em repensar o processo de ensino como um todo, pois afinal há docentes que nem mesmo aplicam as duas avaliações bimestrais estabelecidas pelo regulamento. Rosi Rezende (campus Engenheiro Paulo de Frontin) concordou que o debate a respeito da recuperação paralela se mostrava como uma oportunidade de debater o ensino no instituto, a correção de rumos pedagógicos e questões mal pontuadas, como também sensibilizar os docentes quanto a essas questões. Letícia de Medeiros (CoTP, campus Volta Redonda) destacou a necessidade de formação sistemática do docente e de que o problema não se encontra apenas na forma de registro. Marcelo Lacerda (diretor de ensino, campus Nilópolis) concordou que o gancho da recuperação paralela trará outros debates, mas que gostaria de fazer algumas perguntas de ordem prática, pois gostaria de conduzir a reunião em seu campus já com tais respostas. Pensando em recuperação paralela, o seu processo deve ocorrer após cada avaliação? Qual o papel da CoTP no processo da recuperação paralela? Qual critério será adotado para que o aluno seja encaminhado a recuperação? Será sugerido um número de avaliações para esse processo? Anderson Chalaça (ProET) propôs o debate do texto sugerido pela diretora de ensino de Volta Redonda, pois alguns destes questionamentos poderiam ser discutidos com base no texto orientador para a recuperação paralela e nos formulários a serem propostos, como aqueles utilizados pelo IFSP como referência. Marcelo Lacerda (diretor de ensino, campus Nilópolis) solicitou que a ProET fizesse contato com a equipe do IFSP a fim de esclarecer algumas dúvidas e ouvir a experiência deles quanto à implementação da recuperação paralela, em especial, a respeito das avaliações. Ficou acordado que: os documentos apresentados seriam comentados por email e que a discussão seria retomada na reunião seguinte; e o texto proposto inicialmente pela diretora de ensino Ana Paula Bemfeito (campus Volta Redonda) e alterado durante a reunião. O texto aprovado foi o seguinte: “A recuperação paralela, destinada aos estudantes que durante o bimestre letivo não apresentarem os progressos previstos para um ou mais componentes curriculares, será oferecida em horário diferenciado do turno regular com atividades registradas no Plano de Trabalho elaborado pelo docente responsável. O processo de recuperação paralela contará com o Página 2 de 3 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO acompanhamento de sua coordenação imediata, da Coordenação Técnico Pedagógica e da Direção de Ensino, com fins de garantir sua adequação ao conceito de recuperação paralela. Os estudos de recuperação serão ofertados obrigatoriamente ao longo do processo, apresentando maior destaque em pelo menos dois momentos por bimestre, preferencialmente de modo presencial, podendo ocorrer na forma de estudos autônomos orientados. Ainda que ao longo do processo não seja possível o modo presencial, estão garantidos estudos autônomos orientados. Para estes casos, o modo presencial se dará ao final do período, sem prejuízo dos estudos autônomos orientados ao longo do processo. Para os campi que optarem por esta última modalidade, cabe ressaltar que estes estudos serão estabelecidos de modo que os alunos com menor rendimento, ou que desejarem melhorar seu desempenho, participem de aulas de reforço, enquanto que, concomitantemente, os alunos que já possuem aproveitamento participarão de atividades diversificadas, voltadas para construção de conhecimento.” A reunião seguinte foi agendada para o dia trinta de setembro de dois mil e catorze na Sala de Reuniões da Reitoria e por videoconferência para os campi mais afastados. Às catorze horas se encerrou a reunião e, para constar, lavrei a presente ata que vai por mim assinada. Cláudia Ferreira da Silva Lirio. Página 3 de 3