Escola Secundária Francisco Franco Técnicas Laboratoriais de Biologia – Bloco I Observação microscópica de seres vivos de uma infusão Relatório elaborado: Eduardo Freitas Nº5 12º6 Funchal, 3 de Dezembro 2003 TLB Observaçã o mic ros cópica de se res vi vo s de um a inf usão 1. Índice 1.Índice .............................................................................................................2 2.Objectivo ........................................................................................................3 3.Introdução ......................................................................................................3 4.Material / Reagentes .................................................................................... 4 5.Procedimento Experimental .........................................................................4 6.Resultados ......................................................................................................5 7. Discussão dos Resultados ............................................................................. 6 8. Conclusão ......................................................................................................6 9. Bibliografia ....................................................................................................6 2 Ano L ec ti vo 20 02/20 03 TLB Observaçã o mic ros cópica de se res vi vo s de um a inf usão 2. Objectivo Este trabalho experimental relativo á observação de células do epitélio bucal, teve como objectivos: conhecer a constituição da célula eucariótica animal ao MFO, identificar as diferentes estruturas celulares da mesma, e verificar a importância da utilização de corantes em microscopia óptica. 3. Introdução O epitélio é um tecido celular existente nos animais, formado por uma só ou várias camadas, que limita as superfícies externas e internas do corpo e que pela forma das células se pode distinguir em epitélio pavimentoso, cilíndrico e cubico. O epitélio bucal é, tal como o próprio nome indica, o tecido animal que reveste a mucosa bucal, essencialmente caracterizado por apresentar células arredondadas ou alongadas que apresentam os bordos dobrados devido ao facto de não possuírem uma parede celular rígida como as células vegetais. A célula é um pequeno elemento autónomo de dimensões microscópicas, sendo considerada a unidade morfológica e funcional da constituição dos seres vivos. As células dividem-se em dois grandes grupos: as células eucarióticas e as células procarióticas. As células eucarióticas são organismos complexos que podem ser agrupadas em células animais ou células vegetais. As células eucarióticas animais possuem organelos similares aos das células eucarióticas vegetais, no entanto distinguem-se destas últimas devido á inexistência de parede celular, á existência de inúmeros vacúolos embora de dimensões inferiores aos da célula vegetal e ainda devido ao facto de possuírem centríolos que são organelos exclusivos deste tipo de célula. A observação de material microscópico exige a aplicação de dive rsas técnicas que permitem uma melhor visualização dos seus componentes, uma vez que as células para além das suas reduzidas dimensões não apresentam contraste entre os seus constituintes. Estas técnicas têm como finalidade permitir que o material seja melhor visualizado, alterando o menos possível as suas características originais , e conservando-o por um período de tempo mais longo do que o habitual, uma vez que as células rapidamente se danificam devido á evaporação do meio de montagem, que é acompanhado de um processo progressivo de degradação e autólise. A coloração é uma técnica importante em microscopia, pois permite evidenciar estruturas celulares pouco perceptíveis. Isto torna-se viável visto que determinados constituintes celulares tendem a absorver certos corantes enquanto que outros não têm essa capacidade. Assim sendo, nesta actividade experimental utilizou-se a solução de azul metileno, um corante básico que actua preferencialmente sobre o núcleo corando-o de azul. Os corantes por seu lado, possuem também técnicas de aplicação, sendo uma delas a técnica de irrigação ou capilaridade. Esta técnica consiste em aplicar uma gota de 3 Ano L ec ti vo 20 02/20 03 TLB Observaçã o mic ros cópica de se res vi vo s de um a inf usão corante num dos bordos da lamela, e no lado oposto da lamela, coloca-se uma tira de papel de filtro, cujo efeito de sucção permite ao material biológico entrar em contacto com o corante. Através destes processos torna-se possível realçar as estruturas que não contrastam suficientemente de modo a tornarem-se distintas umas das outras o que permite uma observação mais pormenorizada da preparação e, neste caso específico, a aquisição de um conhecimento mais aprofundado acerca dos constituintes da célula eucariótica animal. 4. Material Material Reagentes - MFO - água destilada - lâminas/lamelas - espátula de madeira - papel de filtro - azul-de-metileno 5. Procedimento Experimental 1. Coloquei uma gota de água numa lâmina limpa; 2. Com a ajuda de uma espátula de madeira, raspei levemente a superfície da língua e misturei o material obtido na gota de água que coloquei na lâmina; 3. Adicionei uma gota de azul-de- metileno e cobri com uma lamela; 4. Com um papel de filtro retirei o excesso de azul-de-metileno; 5. Procedi á observação da preparação no MFO; 6. Esquematizei e legendei a minha melhor observação. 6. Resultados 4 Ano L ec ti vo 20 02/20 03 TLB Observaçã o mic ros cópica de se res vi vo s de um a inf usão 7. Discussão dos Resultados 5 Ano L ec ti vo 20 02/20 03 TLB Observaçã o mic ros cópica de se res vi vo s de um a inf usão Ao observar os resultados pude verificar que as células do epitélio bucal não têm parede celular, visto que são células animais, e por conseguinte os seus bordos apresentavam-se ligeiramente dobrados. Depois de corar a preparação com azul de metileno verifiquei que as células ficaram azuis, de tal modo que consegui distinguir os seus núcleos, agora corados de azul escuro, assim como a membrana celular e o citoplasma que também coraram mas num azul ligeiramente mais claro . 8. Conclusão Através desta actividade posso concluir que a célula eucariótica animal é diferente da célula eucariótica vegetal visto que não possui parede celular, o que faz com que os bordos das células estejam ligeiramente dobrados. O corante azul-de- metileno usado nesta actividade experimental corou o núcleo, o que vai de encontro á sua função que é precisamente evidenciar este organelo. Contudo, o resto da célula também ficou azul, embora numa tonalidade mais clara, o que permitiu observar mais pormenorizadamente os seus constituintes e verificar as diferenças existentes entre a célula eucariótica animal e a célula eucariótica vegetal. 9. Bibliografia GONÇALVES, Salomé, 1999, A vida ao Microscópio – “Técnicas Laboratoriais de Biologia”, Porto Editora LEITE, Ana Isabel; ALMEIDA, Maria; OLIVEIRA, Maria I.; “Do microscópio á célula – Bloco 1”, Areal Editores MARQUES, Eva; SOARES, Rosa; ALMEIDA, Carla; “Técnicas Laboratoriais de Biologia ”, Porto Editora NÁPOLES, Anabela; BRANCO, Maria do Carmo; “Técnicas Laboratoriais de Biologia – Bloco 1”, Didáctica Editora “Moderna Enciclopédia Universal – Tomo VII”, Circulo de Leitores 6 Ano L ec ti vo 20 02/20 03