3º SIMULADO ESPECÍFICO - 2ª ETAPA
• MODELO ENEM •
• 2ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO •
DIA 14 DE OUTUBRO DE 2014
LEIA ATENTAMENTE AS SEGUINTES INSTRUÇÕES
01.Este CADERNO DE PROVAS contém a Prova de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e a Prova de Matemática
e suas Tecnologias, cada uma delas contendo 45 questões objetivas de múltipla escolha.
02.No CARTÃO-RESPOSTA, a marcação das letras, correspondentes às respostas de sua opção, deve ser feita
preenchendo todo o espaço compreendido no circulo, a lápis preto nº 2 ou caneta esferográfica de tinta preta,
com um traço contínuo e denso. A LEITORA ÓTICA é sensível a marcas escuras. Portanto, preencha os
campos de marcação completamente, sem deixar claros.
03.Tenha muito cuidado com o CARTÃO-RESPOSTA para não DOBRAR, AMASSAR, ou MANCHAR. O CARTÃO-RESPOSTA SOMENTE poderá ser substituído caso esteja danificado na BARRA DE RECONHECIMENTO PARA
LEITURA ÓTICA.
04.Para cada uma das questões são apresentadas 5 alternativas classificadas com as letras (A), (B), (C), (D) e (E);
só uma responde adequadamente ao quesito proposto. Você deve assinalar apenas UMA ALTERNATIVA PARA
CADA QUESTÃO. A marcação em mais de uma alternativa anula a questão, MESMO QUE UMA DAS RESPOSTAS
ESTEJA CORRETA.
05.As questões são identificadas pelo número que se situa acima e à esquerda de seu enunciado.
06.SERÁ EXCLUÍDO DO EXAME o participante que:
a) se utilizar, durante a realização da prova, de máquinas e/ou de relógios de calcular, bem como de rádios
gravadores, de “headphones”, de telefones celulares ou de fontes de consulta de qualquer espécie;
b) se ausentar da sala em que se realiza a prova levando consigo o CARTÃO-RESPOSTA
07. Reserve os 30 (trinta) minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES NÃO SERÃO LEVADOS EM CONTA.
08.Quando terminar, entregue ao fiscal o CARTÃO-RESPOSTA e ASSINE A LISTA DE PRESENÇA.
09. O TEMPO DISPONÍVEL PARA ESTA PROVA É DE QUATRO HORAS.
10. Por motivos de segurança, você somente poderá se ausentar do recinto de prova após decorridas 2 horas do
inicio da mesma. Caso permaneça na sala, no mínimo, 4 horas após o inicio da prova, você poderá levar este
CADERNO DE QUESTÕES.
.2.
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
TEXTO I
É PROIBIDO PROIBIR
Quer dizer então que só Caetano Veloso tem o direito de dizer o que quiser sem pedir permissão?
“Eu digo não ao não. Eu digo. É proibido proibir. É proibido proibir. É proibido proibir. É proibido proibir.” As
repetições não são minhas. São de Caetano Veloso, em música-hino contra a censura e a ditadura, em 1968. Franzino
e rebelde, ele reagia às vaias no festival gritando: “Os jovens não entendem nada. Querem matar amanhã o velhote
inimigo que morreu ontem”.
Caetano hoje é a favor – com Chico Buarque, Gilberto Gil, Erasmo Carlos, Milton Nascimento, Djavan e Roberto
Carlos – de proibir biografias sem autorização prévia dos biografados ou de seus herdeiros. Essa aliança entre a
Tropicália e a Jovem Guarda quer liberar só as biografias chapa-branca. Nossa “intelligentsia” musical é formada por
mitos enrugados e calejados por seus atos e desatinos. São músicos brilhantes, mas péssimos legisladores.
Claro que Caetano tem o direito de mudar de campo e querer proibir. A idade mudou e, com ela, a cor dos cabelos.
Aumentou o tamanho da sunga e a conta no banco. Anda com lenço e documento. Pode mudar o pensamento. Por
que não? Não seria o primeiro. Quem não se lembra da admiração tardia de Gláuber Rocha por Golbery do Couto e
Silva? Depois do exílio, em 1974, antes de voltar ao Brasil, Gláuber disse achar Golbery “um gênio”. Pagou por isso.
Caetano só precisa sair do armário. Abraçado a Renan Calheiros e aos podres poderes do reacionarismo –
hoje travestidos, na América Latina, de defensores do povo. Na Venezuela, na Argentina, no Equador, na Bolívia,
o movimento é o mesmo de nossos compositores no Olimpo. A liberdade de expressão é relativa e tem de ser
monitorada e pré-censurada.
(AQUINO, Ruth de. Época, 11/10/2013. Disponível em: <http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ruth-de-aquino/
noticia/2013/10/e-proibido-bproibirb.html>)
91) Assinale a alternativa que contém uma afirmativa falsa a respeito do que se pode inferir com base na leitura do texto I:
a) O título do artigo remete à letra de uma música de Caetano Veloso, na qual ele protestava contra o regime político
vigente no Brasil na década de 1960.
b) O artigo realça a coerência entre a opinião expressa hoje por Caetano Veloso e o seu posicionamento na época
da Ditadura no que tange à liberdade de expressão.
c) O texto compara o Caetano Veloso de hoje ao Caetano Veloso da década de 1960, levando em conta mudanças
relativas à sua aparência física, situação financeira e posicionamento ideológico.
d) A expressão “compositores no Olimpo” retoma a expressão “‘intelligentsia’ musical” presente no primeiro parágrafo.
e) Ruth de Aquino utiliza, no seu artigo, palavras do próprio Caetano Veloso para se contrapor à posição hoje assumida
por ele em relação à liberdade de expressão.
92) Assinale a alternativa em que a mudança sugerida acarreta alteração de sentido:
a) Claro que Caetano tem o direito de mudar de campo e querer proibir. / É certo que Caetano tem o direito de mudar
de campo e querer proibir.
b) Caetano só precisa sair do armário. / Caetano somente precisa sair do armário.
c) Caetano só precisa sair do armário. Abraçado a Renan Calheiros e aos podres poderes do reacionarismo – hoje
travestidos, na América Latina, de defensores do povo. Caetano só precisa sair do armário. / Abraçado a Renan
Calheiros e aos podres poderes do reacionarismo – hoje travestidos de defensores do povo na América Latina.
d) Caetano hoje é a favor – com Chico Buarque, Gilberto Gil, Erasmo Carlos, Milton Nascimento, Djavan e Roberto
Carlos – de proibir biografias sem autorização prévia dos biografados ou de seus herdeiros. / Caetano hoje é a
favor – com Chico Buarque, Gilberto Gil, Erasmo Carlos, Milton Nascimento, Djavan e Roberto Carlos – de proibir
biografias sem autorização anterior dos biografados ou de seus herdeiros.
e) Depois do exílio, em 1974, antes de voltar ao Brasil, Gláuber disse achar Golbery “um gênio”. / Em 1974, depois
do exílio, antes de voltar ao Brasil, Gláuber disse achar Golbery “um gênio”.
TEXTO II
TAREFA
Morder o fruto amargo e não cuspir
Mas avisar aos outros quanto é amargo,
Cumprir o trato injusto e não falhar
Mas avisar aos outros quanto é injusto,
Sofrer o esquema falso e não ceder
Mas avisar aos outros quanto é falso;
Dizer também que são coisas mutáveis...
E quando em muitos a noção pulsar
– do amargo e injusto e falso por mudar –
Então confiar à gente exausta o plano
De um mundo novo e muito mais humano.
Geir Campos
.3.
93) Podemos afirmar que o texto aborda, exceto:
a) a tarefa do homem de viver sem reclamar da vida;
b) a tarefa do homem de tentar mudar o mundo;
c) a missão que todo homem tem de ser leal a seus semelhantes;
d) que o homem não pode fugir de seus problemas;
e) que o homem não pode ser feliz sozinho.
94) “Dizer também que são coisas mutáveis...” significa que:
a) tudo no mundo muda o tempo todo, é inevitável;
b) as coisas podem ser diferentes, se as pessoas lutarem para mudá-las;
c) devemos correr atrás de nossos sonhos, eles podem acontecer;
d) a vida pode ser melhor, basta a gente querer;
e) o mundo não pode ser transformado, ele é assim desde que o mundo é mundo.
TEXTO III
LUA CHEIA
Cassiano Ricardo
Boião de leite
Que a noite leva
Com mãos de trevas
Pra não sei quem beber.
E que, embora levando
Muito devagarzinho,
Vai derramando pingos brancos
Pelo caminho.
95) Podemos interpretar que o personagem central do texto é:
a) a noite;
c) as estrelas;
e) o caminho.
b) a lua;
d) os pingos brancos;
96) Segundo o autor, durante a trajetória, “vai derramando pingos brancos pelo caminho”, o que ele quer dizer com
“pingos brancos”
a) a claridade;
c) a neve;
e) a chuva.
b) as estrelas;
d) os raios solares;
TEXTO IV
TEXTO A
É justa a alegria dos lexicólogos e dos editores quando, ao som dos tambores e das trombetas da publicidade,
aparecem a anunciar-nos a entrada de uns quantos milhares de palavras novas nos seus dicionários. Com o andar do
tempo, a língua foi perdendo e ganhando, tornou-se, em cada dia que passou, simultaneamente mais rica e mais pobre:
as palavras velhas, cansadas, fora de uso, resistiram mal à agitação frenética das palavras recém-chegadas, e acabaram
por cair numa espécie de limbo onde ficam à espera da morte definitiva ou, na melhor hipótese, do toque da varinha
mágica de um erudito obsessivo ou de um curioso ocasional, que lhe darão (sic) ainda um lampejo breve de vida, um
suplemento de precária existência, uma derradeira esperança. O dicionário, imagem ordenada do mundo, constrói-se
e desenvolve-se sobre palavras que viveram uma vida plena, que depois envelheceram e definharam, primeiro geradas,
depois geradoras, como foram os homens e as mulheres que as fizeram e de que iriam ser, por sua vez, e ao mesmo
tempo, senhores e servos.
(Saramago, José. Cadernos de Lanzarote II. São Paulo, Companhia das Letras, 1999)
TEXTO B
Há palavras que ninguém emprega. Apenas se encontram nos dicionários como velhas caducas num asilo. Às
vezes uma que outra se escapa e vem luzir-se desdentadamente, em público, nalguma oração de paraninfo. Pobres
velhinhas... Pobre velhinho!
( Quintana, Mário. “Triste história”, em Porta giratória. São Paulo, Globo, 1988 )
97) O sentido, no texto A, de “... ao som dos tambores e das trombetas da publicidade...” (linha 2) indica:
a) que a língua a cada dia perde e ganha palavras novas;
b) o alarde, o estardalhaço com que é feita a divulgação da entrada de palavras novas no dicionário;
c) o som que as palavras novas adquirem com o uso cotidiano;
d) o envelhecimento e ao definhamento que as palavras adquirem com o passar do tempo;
e) a festa com que os editores recebem a notícia da saída de palavras antigas do nosso vocabulário.
98) A partir da leitura dos textos A e B, depreende-se que o ponto de contato entre os dois é, exceto:
a) ambos falam de palavras velhas e cansadas, de palavras que caíram em desuso;
b) em ambos encontramos o uso de figuras de linguagem: comparações, metáforas, Personificação;
c) nos dois textos encontramos alguém que esporadicamente usa as palavras que caíram em desuso;
d) ambos falam de palavras que só existem no dicionário;
e) os dois textos fazem uso exclusivamente da linguagem não literária.
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99) Ainda em relação aos textos:
I) No texto A quem faz as palavras antigas reaparecerem é um “erudito obsessivo” ou um “curioso ocasional”.
II) No texto B, as “pobres velhinhas” e o “pobre velhinho”, são, respectivamente, as palavras antigas, caídas em
desuso e o paraninfo.
III) Em o pobre velhinho, o adjetivo, anteposto, significa infeliz.
IV) Em velhinho pobre, o adjetivo, posposto, significa desprovido de bens materiais.
A alternativa que traz as afirmativas corretas é:
a) somente I e II;
c) somente I, II e III;
e) todas estão corretas.
b) somente I e III;
d) somente III e V;
TEXTO V
A CURIOSIDADE DAS CRIANÇAS
O escritor tcheco Milan Kundera, em seu mais famoso romance, “A Insustentável Leveza do Ser”, presta homenagem
à curiosidade das crianças: “De fato, as únicas questões realmente sérias são aquelas que até uma criança pode formular.
Elas são as questões sem resposta. Uma questão sem resposta é uma barreira intransponível. Em outras palavras, são
as questões sem resposta que definem as limitações das possibilidades humanas, as que descrevem as fronteiras da
existência humana”.
Que adulto nunca se deparou com uma criança fuzilando perguntas, “Por que isso? Mas por que aquilo?” Pena
que tantos adultos tenham esquecido que, quando eram crianças, também perguntaram, aflitos, sobre os mistérios do
mundo, da vida e da morte, e façam tão pouco esforço para responder às perguntas dos filhos, sobrinhos ou netos:
“Pai, por que o céu é azul? O que acontece de dia com as estrelas? O que faz elas brilharem? Será que existe vida
em outros planetas? Como a vida surgiu aqui? O que aconteceu com a vovó, depois que ela morreu? Quando você
vai morrer?” “Ah, sei lá, filho! Pára de ficar fazendo perguntas. Vai jogar bola, vai!”. Esta semana dei uma palestra na
escola de meu filho de 13 anos. Na realidade, não consegui dar a palestra. Um dia antes, o professor sugeriu que cada
um dos alunos me desse uma pergunta por escrito, algo que quisessem saber sobre astronomia ou física. Resultado:
recebi cem perguntas, todas relevantes, sobre assuntos de ponta em astrofísica.
Foi uma das melhores experiências da minha carreira como professor. Primeiro, pelo privilégio de poder falar
para 50 crianças e jovens, com idades entre 10 e 14 anos. Segundo, pelo entusiasmo contagiante que emanava deles.
Era possível sentir a eletricidade no ar, o interesse pelos assuntos, a curiosidade enorme de entender os mistérios do
Universo, a tentativa de dar sentido à vida, de pô-la em contexto dentro da visão do mundo científico.
Como disse o físico I.I. Rabi, os cientistas são os “Peter Pans” da sociedade: querem permanecer crianças,
curiosos, perguntando-se sobre os mistérios do mundo. De minha parte, decidi que, a cada vez que sentir a chama
falhar, visitarei uma escola e conversarei com as crianças.
(Marcelo Gleiser, Folha de São Paulo, 04/02/07)
100) No contexto da frase “... como disse o físico I.I. Rabi, os cientistas são os ‘Peter Pans’ da sociedade: querem permanecer
crianças...”, os dois pontos assumem um sentido equivalente ao de uma expressão como:
a) pois;
c) ao passo que;
e) ainda assim.
b) em que pese;
d) enquanto;
101) A palavra Ponto, como tantas outras palavras da língua, pode ter diferentes significados. No texto “[...] o sujeito magro
de camisa quadriculada no ponto do ônibus que desce a serra” significa lugar fixo de parada de coletivos.
Leia as expressões que seguem e numere os parênteses associando as mesmas ao seu sentido equivalente.
(1) Aludir à vulnerabilidade de alguém.
(2) Marcar presença.
(3) Descuidar-se.
(4) Dar-se por vencido.
( ) Cantores e compositores brasileiros costumam assinar o ponto nas campanhas publicitárias.
( ) Chico Buarque, como todo bom tricolor fluminense, jamais quer ver seu time entregar os pontos!
( ) Vou colocar A banda, de Chico Buarque. Sei que vou tocar no ponto fraco do teu irmão!
( ) Diz o ditado popular: “Quem dorme no ponto é chofer”.
( ) Vejam quem chegou! Claro que ele teria que assinar o ponto na festa de comemoração ao novo livro do Chico:
Budapeste!
( ) Por sua paixão pela Mangueira, há anos, Chico Buarque faz ponto nas festas dessa Escola de Samba.
A correta correspondência entre as expressões e seus significados nos respectivos contextos, consta na alternativa:
a) 2 – 3 – 4 – 1 – 2 – 1
c) 2 – 4 – 1 – 3 – 2 – 2
e) 2 – 4 – 1 – 3 – 2 – 4
b) 3 – 4 – 1 – 2 – 3 – 3
d) 3 – 4 – 1 – 3 – 2 – 3
Herdeiro já era muito; mas universal... Esta palavra inchava as bochechas à herança. Herdeiro de tudo, nem
uma colherinha menos. E quanto seria tudo? Ia ele pensando. Casas, apólices, ações, escravos, roupa, louça, alguns
quadros, que ele teria na Corte, porque era homem de muito gosto, tratava de coisas de arte com grande saber. E
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livros? devia ter muitos livros, citava muitos deles. Mas em quanto andaria tudo? Cem contos? Talvez duzentos. Era
possível; trezentos mesmo não havia que admirar. Trezentos contos! trezentos! E o Rubião tinha ímpetos de dançar
na rua. Depois aquietava-se; duzentos que fossem, ou cem, era um sonho que Deus Nosso Senhor lhe dava, mas
um sonho comprido, para não acabar mais. A lembrança do cachorro pôde tomar pé no torvelinho de pensamentos
que iam pela cabeça do nosso homem. Rubião achava que a cláusula era natural, mas desnecessária, porque ele e
o cão eram dois amigos, e nada mais certo que ficarem juntos, para recordar o terceiro amigo, o extinto, o autor da
felicidade de ambos. Havia, sem dúvida, umas particularidades na cláusula, uma história de urna, e não sabia que
mais; mas tudo se havia de cumprir, ainda que o céu viesse abaixo... Não, com a ajuda de Deus, emendava ele. Bom
cachorro! Excelente cachorro!
Rubião não esquecia que muitas vezes tentara enriquecer com empresas que morreram em flor. Supôs-se naquele
tempo um desgraçado, um caipora, quando a verdade era que “mais vale quem Deus ajuda do que quem cedo madruga”.
Tanto não era impossível enriquecer, que estava rico.
— Impossível, o quê? exclamou em voz alta. Impossível é a Deus pecar. Deus não falta a quem promete.
Machado de Assis, Quincas Borba
102) Certos procedimentos de construção utilizados no texto, como repetições de termos e de estruturas sintáticas, elipses
e outros, são motivados, internamente, pelo que está expresso em:
a) “E o Rubião tinha ímpetos de dançar na rua.”
b) “Esta palavra inchava as bochechas à herança.”
c) “no torvelinho de pensamentos que iam pela cabeça do nosso homem.”
d)“mas um sonho comprido, para não acabar mais.”
e) “ainda que o céu viesse abaixo...”
103) No trecho sublinhado em “mais vale quem Deus ajuda do que quem cedo madruga”, ocorre um tipo de desvio
semântico que tem finalidade expressiva. Trata-se de
a) paradoxo entre sujeito e objeto
d) redundância entre verbo e adjunto.
b) hipérbole do objeto
c) personificação do ser.
e) eufemismo entre sujeito e verbo.
104) Na oração “ainda que o céu viesse abaixo”, a locução “ainda que” estabelece o mesmo tipo de relação sintático-semântica
que o vocábulo “que” em:
a) “duzentos que fossem” d) “que ficarem juntos”
b) “que ele teria na Corte”
c) “Impossível, o quê? exclamou em voz alta.”
e) “que a cláusula era natural”
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente
aquela entre doze e dezoito anos de idade. [...]
Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo
da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e
facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade
e de dignidade.
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. [...]
BRASIL. Lei n. 8 069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da criança e do adolescente. Disponível em: www.planalto.gov.br (fragmento).
105) Para cumprir sua função social, o Estatuto da criança e do adolescente apresenta características próprias desse gênero
quanto ao uso da língua e quanto à composição textual. Entre essas características, destaca-se o emprego de
a) repetição vocabular para facilitar o entendimento.
b) palavras e construções que evitem ambiguidade.
c) expressões informais para apresentar os direitos.
d) frases na ordem direta para apresentar as informações mais relevantes.
e) vocativos que mostram o receptor da mensagem.
JOGAR LIMPO
Argumentar não é ganhar uma discussão a qualquer preço. Convencer alguém de algo é, antes de tudo, uma
alternativa à prática de ganhar uma questão no grito ou na violência física — ou não física. Não física, dois pontos. Um
político que mente descaradamente pode cativar eleitores. Uma publicidade que joga baixo pode constranger multidões
a consumir um produto danoso ao ambiente. Há manipulações psicológicas não só na religião. E é comum pessoas
agirem emocionalmente, porque vítimas de ardilosa — e cangoteira — sedução. Embora a eficácia a todo preço não seja
argumentar, tampouco se trata de admitir só verdades científicas — formar opinião apenas depois de ver a demonstração
e as evidências, como a ciência faz. Argumentar é matéria da vida cotidiana, uma forma de retórica, mas é um raciocínio
que tenta convencer sem se tornar mero cálculo manipulativo, e pode ser rigoroso sem ser científico.
Língua Portuguesa, São Paulo, ano 5, n. 66, abr. 2011 (adaptado).
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106) No fragmento, opta-se por uma construção linguística bastante diferente em relação aos padrões normalmente empregados na escrita. Trata-se da frase “Não física, dois pontos”. Nesse contexto, a escolha por se representar por
extenso o sinal de pontuação que deveria ser utilizado
a) enfatiza a metáfora de que o autor se vale para desenvolver seu ponto de vista sobre a arte de argumentar.
b) diz respeito a um recurso de metalinguagem, evidenciando as relações e as estruturas presentes no enunciado.
c) é um recurso estilístico que promove satisfatoriamente a sequenciação de ideias, introduzindo apostos exemplificativos.
d) ilustra a flexibilidade na estruturação do gênero textual, a qual se concretiza no emprego da linguagem conotativa.
e) prejudica a sequência do texto, provocando estranheza no leitor ao não desenvolver explicitamente o raciocínio
a partir de argumentos.
107) Nessa charge, o recurso morfossintático que colabora para o efeito de humor está indicado pelo(a)
a) emprego de uma oração adversativa, que orienta a quebra da expectativa ao final.
b) uso de conjunção aditiva, que cria uma relação de causa e efeito entre as ações.
c) retomada do substantivo “mãe”, que desfaz a ambiguidade dos sentidos a ele atribuídos.
d) utilização da forma pronominal “la”, que reflete um tratamento formal do filho em relação à “mãe”.
e) repetição da forma verbal “é”, que reforça a relação de adição existente entre as orações.
Gripado, penso entre espirros em como a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas.
Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe que disseminou pela Europa, além do vírus propriamente dito, dois vocábulos virais: o italiano influenza e o francês grippe. O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia,
que significava “influência dos astros sobre os homens”. O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper,
isto é, “agarrar”. Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo infectado.
RODRIGUES, S.Sobre palavras.Veja, São Paulo, 30 nov. 2011
108) Para se entender o trecho como uma unidade de sentido, é preciso que o leitor reconheça a ligação entre seus
elementos. Nesse texto, a coesão é construída predominantemente pela retomada de um termo por outro e pelo
uso da elipse. O fragmento do texto em que há coesão por elipse do sujeito é:
a) “[...] a palavra gripe nos chegou após uma série de contágios entre línguas.”
b) “Partiu da Itália em 1743 a epidemia de gripe [...]”.
c) “O primeiro era um termo derivado do latim medieval influentia, que significava ‘influência dos astros sobre os homens’.”
d) “O segundo era apenas a forma nominal do verbo gripper [...]”.
e) “Supõe-se que fizesse referência ao modo violento como o vírus se apossa do organismo infectado.”
109) A tirinha denota a postura assumida por seu produtor frente ao uso social da tecnologia para fins de interação e de
informação. Tal posicionamento é expresso, de forma argumentativa, por meio de uma atitude
a) crítica, expressa pelas ironias.
d) agressiva, expressa pela repetição do sujeito inexistente.
b) resignada, expressa pelos adjuntos adnominais.
c) indignada, expressa pelos objetos diretos.
e) alienada, expressa pela negação da realidade.
DÚVIDA
Dois compadres viajavam de carro por uma estrada de fazenda quando um bicho cruzou a frente do carro.
Um dos compadres falou:
— Passou um largato ali!
O outro perguntou:
— Lagarto ou largato?
O primeiro respondeu:
— Num sei não, o bicho passou muito rápido.
Piadas coloridas. Rio de Janeiro: Gênero, 2006.
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110) Na piada, a quebra de expectativa contribui para produzir o efeito de humor. Esse efeito ocorre porque um dos personagens
a) reconhece a espécie do animal avistado.
b) tem dúvida sobre a pronúncia do nome do réptil.
c) desconsidera o conteúdo linguístico da pergunta.
d) constata o erro de concordância nominal da pergunta.
e) apresenta duas possibilidades de concordância para a mesma palavra.
111) Caso substituíssemos o verbo “cruzou” por “correu”, deveríamos, obrigatoriamente, empregar:
a) a vírgula.
d) uma oração intercalada.
b) o acento grave.
c) um aposto resumitivo.
e) o acento agudo.
112)
MAL SECRETO
Se a cólera que espuma, a dor que mora
N’alma, e destrói cada ilusão que nasce,
Tudo o que punge, tudo o que devora
O coração, no rosto se estampasse;
Se se pudesse, o espírito que chora,
Ver através da máscara da face,
Quanta gente, talvez, que inveja agora
Nos causa, então piedade nos causasse!
Quanta gente que ri, talvez, consigo
Guarda um atroz, recôndito inimigo,
Como invisível chaga cancerosa!
Quanta gente que ri, talvez existe,
Cuja ventura única consiste
Em parecer aos outros venturosa!
CORREIA, R. In: PATRIOTA, M. Para compreender Raimundo Correia. Brasília: Alhambra, 1995.
Coerente com a proposta parnasiana de cuidado formal e racionalidade na condução temática, o soneto de Raimundo
Correia reflete sobre a forma como as emoções do indivíduo são julgadas em sociedade. Na concepção do eu lírico,
esse julgamento revela que
a) a necessidade de ser socialmente aceito leva o indivíduo a agir de forma dissimulada.
b) o sofrimento íntimo torna-se mais ameno quando compartilhado por um grupo social.
c) a capacidade de perdoar e aceitar as diferenças neutraliza o sentimento de inveja.
d) o instinto de solidariedade conduz o indivíduo a apiedar-se do próximo.
e) a transfiguração da angústia em alegria é um artifício nocivo ao convívio social.
113)O poema de Oswald de Andrade remonta à ideia de que a brasilidade está relacionada ao futebol. Quanto à questão
da identidade nacional, as anotações em torno dos versos constituem
a) direcionamentos possíveis para uma leitura crítica de dados
histórico-culturais.
b) forma clássica da construção poética brasileira.
c) rejeição à ideia do Brasil como o país do futebol.
d) intervenções de um leitor estrangeiro no exercício de leitura
poética.
e) lembretes de palavras tipicamente brasileiras substitutivas
das originais.
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114)
O TROVADOR
Sentimentos em mim do asperamente
dos homens das primeiras eras...
As primaveras de sarcasmo
intermitentemente no meu coração arlequinal...
Intermitentemente...
Outras vezes é um doente, um frio
na minha alma doente como um longo som redondo...
Cantabona! Cantabona!
Dlorom...
Sou um tupi tangendo um alaúde!
ANDRADE, M. In: MANFIO, D. Z. (Org.) Poesias completas de Mário de Andrade. Belo Horizonte: Itatiaia, 2005.
Cara ao Modernismo, a questão da identidade nacional é recorrente na prosa e na poesia de Mário de Andrade. Em
O trovador, esse aspecto é
a) abordado subliminarmente, por meio de expressões como “coração arlequinal” que, evocando o carnaval, remete
à brasilidade.
b) verificado já no título, que remete aos repentistas nordestinos, estudados por Mário de Andrade em suas viagens
e pesquisas folclóricas.
c) lamentado pelo eu lírico, tanto no uso de expressões como “Sentimentos em mim do asperamente” (v. 1), “frio”
(v. 6), “alma doente” (v. 7), como pelo som triste do alaúde “Dlorom” (v. 9).
d) problematizado na oposição tupi (selvagem) x alaúde (civilizado), apontando a síntese nacional que seria proposta
no Manifesto Antropófago, de Oswaldo de Andrade.
e) exaltado pelo eu lírico, que evoca os “sentimentos dos homens das primeiras eras” para mostrar o orgulho brasileiro
por suas raízes indígenas.
115)ESTRADA
Esta estrada onde moro, entre duas voltas do caminho,
Interessa mais que uma avenida urbana.
Nas cidades todas as pessoas se parecem.
Todo mundo é igual. Todo mundo é toda a gente.
Aqui, não: sente-se bem que cada um traz a sua alma.
Cada criatura é única.
Até os cães.
Estes cães da roça parecem homens de negócios:
Andam sempre preocupados.
E quanta gente vem e vai!
E tudo tem aquele caráter impressivo que faz meditar:
Enterro a pé ou a carrocinha de leite puxada por um
bodezinho manhoso.
Nem falta o murmúrio da água, para sugerir, pela voz
dos símbolos,
Que a vida passa! que a vida passa!
E que a mocidade vai acabar.
BANDEIRA, M. O ritmo dissoluto. Rio de Janeiro: Aguilar 1967.
A lírica de Manuel Bandeira é pautada na apreensão de significados profundos a partir de elementos do cotidiano.
No poema Estrada, o lirismo presente no contraste entre campo e cidade aponta para
a) o desejo do eu lírico de resgatar a movimentação dos centros urbanos, o que revela sua nostalgia com relação
à cidade.
b) a percepção do caráter efêmero da vida, possibilitada pela observação da aparente inércia da vida rural.
c) opção do eu lírico pelo espaço bucólico como possibilidade de meditação sobre a sua juventude.
d) a visão negativa da passagem do tempo, visto que esta gera insegurança.
e) a profunda sensação de medo gerada pela reflexão acerca da morte.
116) Após estudar na Europa, Anita Malfatti retornou ao Brasil com uma mostra que abalou a cultura nacional do início do
século XX. Elogiada por seus mestres na Europa, Anita se considerava pronta para mostrar seu trabalho no Brasil, mas
enfrentou as duras críticas de Monteiro Lobato. Com a intenção de criar uma arte que valorizasse a cultura brasileira,
Anita Malfatti e outros artistas modernistas
a) buscaram libertar a arte brasileira das normas acadêmicas europeias, valorizando as cores, a originalidade e os
temas nacionais.
b) defenderam a liberdade limitada de uso da cor, até então utilizada de forma irrestrita, afetando a criação artística
nacional.
.9.
c) representaram a ideia de que a arte deveria copiar fielmente a natureza, tendo como finalidade a prática educativa.
d) mantiveram de forma fiel a realidade nas figuras retratadas, defendendo uma liberdade artística ligada à tradição
acadêmica.
e) buscaram a liberdade na composição de suas figuras, respeitando limites de temas abordados.
117)
VERBO SER
QUE VAI SER quando crescer? Vivem perguntando em redor. Que é ser? É ter um corpo, um jeito, um nome?
Tenho os três. E sou? Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo ou jeito? Ou a gente só principia a
ser quando cresce? É terrível, ser? Dói? É bom? É triste? Ser: pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas? Repito:
ser, ser, ser. Er. R. Que vou ser quando crescer? Sou obrigado a? Posso escolher? Não dá para entender. Não vou ser.
Não quero ser. Vou crescer assim mesmo. Sem ser. Esquecer.
ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992.
A inquietação existencial do autor com a autoimagem corporal e a sua corporeidade se desdobra em questões existenciais que têm origem
a) no conflito do padrão corporal imposto contra as convicções de ser autêntico e singular.
b) na aceitação das imposições da sociedade seguindo a influência de outros.
c) na confiança no futuro, ofuscada pelas tradições e culturas familiares.
d) no anseio de divulgar hábitos enraizados, negligenciados por seus antepassados.
e) na certeza da exclusão, revelada pela indiferença de seus pares.
118)
AI, PALAVRAS, AI, PALAVRAS
Que estranha potência a vossa!
Todo o sentido da vida
Principia a vossa porta:
O mel do amor cristaliza
Seu perfume em vossa rosa;
Sois o sonho e sois a audácia,
Calúnia, fúria, derrota...
A liberdade das almas,
ai! Com letras se elabora...
e dos venenos humanos
sois a mais fina retorta:
frágil, frágil, como o vidro
e mais que o aço poderosa!
Reis, impérios, povos, tempos,
pelo vosso impulso rodam...
MEIRELES, C. Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985 (fragmento).
O fragmento destacado foi transcrito do Romanceiro da Independência, de Cecília Meireles. Centralizada no episódio
histórico da Inconfidência Mineira, a obra, no entanto, elabora uma reflexão mais ampla sobre a seguinte relação
entre o homem e a linguagem:
a) A força e a resistência humanas superam os danos provocados pelo poder corrosivo das palavras.
b) As relações humanas, em suas múltiplas esferas, têm seu equilíbrio vinculado aos significadosl das palavras.
c) O significado dos nomes não expressa de forma justa e completa a grandeza da luta do homem pela vida.
d) Renovando o significado das palavras, o tempo permite às gerações perpetuar seus valores e suas crenças.
e) Como produto da criatividade humana, a linguagem tem seu alcance limitado pelas intenções e gestos.
119) TEXTO I
Logo depois transferiram para o trapiche o depósito dos objetos que o trabalho do dia lhes proporcionava.
Estranhas coisas entraram então para o trapiche. Não mais estranhas, porém, que aqueles meninos, moleques
de todas as cores e de idades as mais variadas, desde os nove aos dezesseis anos, que à noite se estendiam pelo
assoalho e por debaixo da ponte e dormiam, indiferentes ao vento que circundava o casarão uivando, indiferentes à
chuva que muitas vezes os lavava, mas com os olhos puxados para as luzes dos navios, com os ouvidos presos às
canções que vinham das embarcações...
AMADO, J. Capitães da Areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2008 (fragmento).
TEXTO II
À margem esquerda do rio Belém, nos fundos do mercado de peixe, ergue-se o velho ingazeiro – ali os bêbados são felizes. Curitiba os considera animais sagrados, provê as suas necessidades de cachaça e pirão. No trivial
contentavam-se com as sobras do mercado.
TREVISAN, D. 35 noites de paixão: contos escolhidos. Rio de Janeiro: BestBolso, 2009 (fragmento).
.10.
Sob diferentes perspectivas, os fragmentos citados são exemplos de uma abordagem literária recorrente na literatura
brasileira do século XX. Em ambos os textos,
a) a linguagem afetiva aproxima os narradores dos personagens marginalizados.
b) a ironia marca o distanciamento dos narradores em relação aos personagens.
c) o detalhamento do cotidiano dos personagens revela a sua origem social.
d) o espaço onde vivem os personagens é uma das marcas de sua exclusão.
e) a crítica à indiferença da sociedade pelos marginalizados é direta.
TEXTOS PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES:
TEXTO I
Agora Fabiano conseguia arranjar as ideias. O que o segurava era a família. Vivia preso como um novilho amarrado ao mourão, suportando ferro quente. Se não fosse isso, um soldado amarelo não lhe pisava o pé não. (...) Tinha
aqueles cambões pendurados ao pescoço. Deveria continuar a arrastá-los? Sinhá Vitória dormia mal na cama de varas.
Os meninos eram uns brutos, como o pai. Quando crescessem, guardariam as reses de um patrão invisível, seriam
pisados, maltratados, machucados por um soldado amarelo.
Graciliano Ramos. Vidas Secas. São Paulo: Martins, 23ª ed., 1969, p. 75.
TEXTO II
Para Graciliano, o roceiro pobre é um outro, enigmático, impermeável. Não há solução fácil para uma tentativa de
incorporação dessa figura no campo da ficção. É lidando com o impasse, ao invés de fáceis soluções, que Graciliano vai
criar Vidas Secas, elaborando uma linguagem, uma estrutura romanesca, uma constituição de narrador em que narrador
e criaturas se tocam, mas não se identificam. Em grande medida, o debate acontece porque, para a intelectualidade
brasileira naquele momento, o pobre, a despeito de aparecer idealizado em certos aspectos, ainda é visto como um
ser humano de segunda categoria, simples demais, incapaz de ter pensamentos demasiadamente complexos. O que
Vidas Secas faz é, com pretenso não envolvimento da voz que controla a narrativa, dar conta de uma riqueza humana
de que essas pessoas seriam plenamente capazes.
Luís Bueno. Guimarães, Clarice e antes. In: Teresa. São Paulo: USP, nº 2, 2001, p. 254.
120) No TEXTO II, verifica-se que o autor utiliza
a) linguagem predominantemente formal, para problematizar, na composição de “Vidas Secas”, a relação entre o
escritor e o personagem popular.
b) linguagem inovadora, visto que, sem abandonar a linguagem formal, dirige-se diretamente ao leitor.
c) linguagem coloquial, para narrar coerentemente uma história que apresenta o roceiro pobre de forma pitoresca.
d) linguagem formal com recursos retóricos próprios do texto literário em prosa, para analisar determinado momento
da literatura brasileira.
e) linguagem regionalista, para transmitir informações sobre literatura, valendo-se de coloquialismo, para facilitar o
entendimento do texto.
121) A partir do trecho de Vidas Secas (texto I) e das informações do texto II, relativas às concepções artísticas do romance
social de 1930, avalie as seguintes afirmativas.
I) O pobre, antes tratado de forma exótica e folclórica pelo regionalismo pitoresco, transforma-se em protagonista
privilegiado do romance social de 30.
II) A incorporação do pobre e de outros marginalizados indica a tendência da ficção brasileira da década de 30 de
tentar superar a grande distância entre o intelectual e as camadas populares.
III) Graciliano Ramos e os demais autores da década de 30 conseguiram, com suas obras, modificar a posição social
do sertanejo na realidade nacional.
É correto apenas o que se afirma em
a) I.
c) III.
e) II e III.
b) II.
d) I e II.
Texto para as questões 122 e 123
FLATS/ROOMS OFFERED
RENT FREE ROOM modern comfortable flat, furnished, near London, share kitchen, bathroom, TV, near tube, bus,
shops, offered by bachelor musician to quiet, friendly, non-smoking girl. STUDENTS preferred, references essential,
exchange housekeeping. $35 per month plus deposit. Tel. 732-4367 after 6:00 p.m.
122) O texto acima:
a) faz propaganda de venda de um apartamento moderno e confortável, com quarto e cozinha, em Londres;
b) refere-se a anúncio de venda de uma confortável casa, toda mobiliada, com quarto, cozinha, sala com TV, em
Londres
c) trata de um anúncio que oferece a troca de uma casa por um apartamento moderno e confortável, perto de Londres
d) refere-se a anúncio de um quarto vago para alugar, num apartamento mobiliado, com uso compartilhado da cozinha
e) é o anúncio de aluguel de um quarto confortável, numa casa moderna e grande, toda mobiliada, em Londres
.11.
123) Leia as afirmações referentes ao texto:
I) O proprietário do apartamento dá preferência a jovem solteiro, bacharel em música e que não seja fumante.
II) Exigem-se referências e depósito para se alugar o quarto, dando-se preferência a estudantes.
III) O aluguel mensal da acomodação é de 35 libras, exigindo-se pagamento adiantado, sem depósito prévio.
IV) O apartamento citado no anúncio localiza-se perto de lojas, do metrô, de ônibus e de Londres.
Estão corretas apenas as afirmações:
a) I e IV
c) I, II e III
e) I e III
b) II e IV
d) II e III
Texto para as questões 124 a 126.
RIO TO STAGE 2016 OLYMPIC GAMES
Brazil will become the first South American country to host the Olympics after the city of Rio de Janeiro was chosen
to stage the 2016 Games. Rio won a majority of the 95 votes at the meeting in Copenhagen, eliminating Madrid in the
final round. Tokyo and Chicago had already been knocked out. “The world has recognised that the time has come for
Brazil,” said President Luiz Inacio Lula da Silva.
Chicago’s early exit was a surprise, after bookmakers made them favourites. US President Barack Obama had
flown to Denmark on Friday morning to join his wife, Michelle, and make an emotional address to the International
Olympic Committee delegates.
But the gesture – the first time a current US president had addressed the IOC in an attempt to win the Games –
failed to persuade the voters as Chicago became the first city to see its dream of hosting the biggest sporting event
in the world fall by the wayside. Speaking to reporters at the White House on his return, Mr Obama said he wished he
had come back with better news, but congratulated Brazil for a “truly historic” win. “As friends to the Brazilian people,
we welcome this extraordinary sign of progress,” he said.
The president said he had no doubt that Chicago’s bid had been the strongest possible, could not be prouder of
the city, and insisted that he had no regrets about travelling to Denmark. “I believe it is always a worthwhile endeavour
to promote and boost the United States of America,” he added.
(http://news.bbc.co.uk/sport2/hi/olympic_games/8282518.stm)
124) De acordo com o texto:
a) O Rio de Janeiro será a primeira cidade sul-americana a sediar os Jogos Olímpicos.
b) Cidades dos cinco continentes candidataram-se à vaga de sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
c) Barack Obama viajou para a Dinamarca a fim de sortear qual cidade sediaria os jogos de 2016.
d) A esposa de Obama viajou junto com o marido para o evento.
e) Tóquio era a cidade favorita para sediar os Jogos Olímpicos. III e IV
125) Qual a maior surpresa do processo de escolha da sede para os Jogos de 2016?
a) O fato de, pela primeira vez, um presidente norte-americano ter viajado para interceder pela candidatura de seu país.
b) A reação emocional do presidente brasileiro ao saber do resultado positivo para o Brasil.
c) A eliminação de Chicago da disputa de sediar os Jogos.
d) O fato de uma cidade sul-americana ter sido escolhida.
e) O fato de um presidente ter escolhido qual será a sede de uma competição olímpica.
126) The sentence “Rio de Janeiro was chosen to stage the 2016 Games” is in the Passive Voice. Which other sentence
in the text presents the same structure?
a) “The world has recognised that the time has come for Brazil”.
b) “Mr Obama said he wished he had come back with better news.”
c) “Chicago became the first city to see its dream of hosting the biggest sporting event in the world fall by the wayside.”
d) “Tokyo and Chicago had already been knocked out.”
e) “US President Barack Obama had flown to Denmark on Friday morning to join his wife, Michelle.”
Texto para as questões 127 e 128.
Most people know what an iPod is, but what does this word mean? According to one theory, it‘s an acronym for
“Interface Protocol Option Devices”. According to another, “I” stands for “internet”, while Pod stands for “portable
device”. A pod also refers to a container provided by nature: peas grow in a pod, and an iPod contains music.
Podcasting, on the other hand, is a variation of broadcasting. Now you can download programs from the internet
onto your iPod, instead of listening to them on the radio.
(Speak Up, n° 231)
127) De acordo com o texto:
a) o iPod, segundo mais de uma teoria, é um invólucro natural.
b) o iPod, de acordo com mais de uma teoria, é um anacronismo.
c) o iPod é algo conhecido pela maioria das pessoas.
d) a internet permitiu a criação, ainda que teórica, de uma variante de gravador de músicas.
e) o iPod, um aparelho portátil, pode ser usado como internet.
.12.
128) No texto anterior, a analogia entre o iPod e a vagem justifica-se porque:
a) ambos são invólucros naturais.
d) nenhum dos dois é de grande porte.
b) ambos abrigam algo em seu interior.
c) os dois são portáteis.
e) os dois desempenham funções orgânicas.
TEXTO I
RELATOR DE LA ONU CULPA A LOS BIOCOMBUSTIBLES DE LA CRISIS ALIMENTARIA
La transformación de alimentos en biocombustibles y la especulación financiera son las principales causas de
la subida de los precios de los alimentos, denunció este lunes el relator de Naciones Unidas para el Derecho a la
Alimentación, Jean Ziegler, que calificó la crisis de “auténtica tragedia”, reseñó Efe. El relator, que ofreció una rueda de prensa en Ginebra para hacer balance de su mandato a punto de finalizar,
aseguró que los biocombustibles son “un crimen contra gran parte de la humanidad, algo intolerable” pues la
transformación masiva de alimentos en agrocarburantes ha provocado la escalada de los precios de productos
básicos para la supervivencia de millones de personas.
Según datos de la FAO (Fondo de la ONU para la agricultura y la alimentación) citados por Ziegler, en el último
año el precio de los cereales, especialmente el trigo, ha aumentado 130 por ciento; el arroz 74 por ciento, el de la soya
87 por ciento y el del maíz un 53 por ciento. Por ello, abogó por una moratoria inmediata durante al menos 5 años en
la producción de biocarburantes.
Disponível em: <www.elpais.com>. Acesso em: 30 abr. 2008.
129) Según el texto, es correcto afirmar:
a) El aumento de los precios de los biocombustibles se debe a una especulación.
b) La crisis financiera es el resultado del cambio de alimentos en biocombustibles.
c) La producción de agrocarburantes encarece los precios de los alimentos.
d) La crisis del sector alimentario conducirá a una moratoria de al menos cinco años.
e) La población más pobre tiene dificultades en sobrevivir a la dicha crisis.
130) Es correcto decir que el relator de la ONU:
a) Aboga los biocombustibles a la especulación financiera.
b) Está en contra de cualquier especulación de la prensa suiza.
c) Llama la atención para la tragedia de los alimentos trangénicos.
d) Asegura el combate a la escalada de precios de los combustibles.
e) Demuestra preocupación por la supervivencia de gran parte de la humanidad.
TEXTO II
El Clarín. 11 de enero de 2003. Apud FANJUL Adrián. (Org.) São Paulo. Editora Moderna, 2005.
131) En el texto anterior, les falta el acento a seis palabras. ¿Cuáles son estas palabras?
a) Academia – recia – pantalon – util – terminos – propios.
b) Segun – pantalon – util – Diccionario – Panhispanico – terminos.
c) Segun – pantalon – util – Panhispanico – terminos – caracter.
d) Academia – recia – originariamente – util – Diccionario – sonoro.
e) Segun – Academia – originariamente – Diccionario – propios – caracter.
TEXTO III
“Ésta es la historia de Diego de la Vega y de cómo se convirtió en el legendario Zorro. Por fin puedo revelar su
identidad, que por tantos años mantuvimos en secreto…”
California, año 1790: empieza una aventura en una época fascinante y turbulenta, con personajes entrañables
y de espíritu indómito, y un hombre de corazón romántico y sangre liviana. Llegó la hora de desenmascarar al Zorro.
Isabel Allende rescata la figura del héroe, “una mezcla de Robin Hood, Peter Pan y Che Guevara, pero sin tragedias”,
según palabras de la autora, y, con ironía y humanidad, le da vida más allá de la leyenda.
“He creado un Zorro de corazón romántico y naturaleza divertida” Isabel Allende “Quien quiera una novela escrita
con indudable pulcritud y una aproximación diferente y más creíble al personaje enmascarado, tiene garantizadas
unas horas de sabrosa lectura”
La Nueva España
“Bonita, inquietante y profunda”
The Guardian
.13.
132) Aparecen en el texto:
1. Una breve presentación del argumento de la obra.
2. Una biografía comentada del escritor.
3. Críticas sobre la novela.
4. Una sintética exposición del personaje.
Señala la alternativa correcta.
a) Las opciones 1, 2, 3 y 4 son verdaderas.
d) Solamente las opciones 2 y 4 son verdaderas.
b) Solamente las opciones 1, 3 y 4 son verdaderas.
c) Solamente las opciones 1, 2 y 4 son verdaderas.
e) Solamente la opción 1 es verdadera.
133) Según los críticos, la obra:
a) Ha logrado crear un Zorro de corazón romántico y naturaleza divertida.
b) Reproduce de manera idéntica la bonita e inquietante historia del Zorro.
c) Está escrita de manera descuidada y con un lenguaje rebuscado.
d) Garantiza horas de buena lectura al que se proponga hacerlo.
e) Pone en duda la verdadera identidad del personaje Zorro.
TEXTO IV
El secreto de la creatividad. Según reporta una investigación llevada a cabo por médicos alemanes, nuestro cerebro
sigue tratando de solucionar los problemas a los que se ha enfrentado a lo largo del día mientras duerme. Esta es la primera
prueba fehaciente de que la calidad y el tiempo de sueño están ligados a la creatividad y a la capacidad del cerebro para
resolver problemas. La recomendación de los investigadores: que hagas ejercicio, no comas mucho antes de dormir y que
te relajes antes de ir a la cama, y por supuesto, cerrar los ojos durante ocho horas.
(Revista Men’s Health, marzo 2004, p.9)
134) “Mientras” indica que dos acciones ocurren al mismo tiempo. En el texto estas acciones son:
a) Seguir tratando de solucionar, y dormir.
d) Haber enfrentado, y dormir.
b) Seguir tratando de solucionar, y haber enfrentado.
c) Seguir tratando de solucionar, y ha enfrentado.
e) Seguir tratando, y solucionar.
135) Según el texto, si diéramos un orden informal y afirmativo la frase se quedaría así:..........ejercicio todos los días,
..........mucho antes de dormir y .................antes de ir a la cama, y por supuesto, ...............los ojos durante ocho horas.
a) haz, come, relaja, cierra
d) haz, coma, relaje, cerra
b) haga, coma, relaje, cerre
c) hace, come, relaja, cierra
e) hace, come, relaje, cierre
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
136) Estima-se que haja, 209 espécies de mamíferos, distribuídos conforme a tabela abaixo.
Grupos taxonômicos
Número de espécies
Artiodáctilos
4
Carnívoros
18
Cetáceos
2
Quirópteros
103
Logomorfos
1
Marsupiais
18
Perissodáctilos
1
Primatas
20
Roedores
33
Sirênios
1
Edentados
10
TOTAL
209
Deseja-se realizar um estudo comparativo entre três espécies de mamíferos, uma do grupo Cetáceos, outra do grupo
Primatas e a terceira grupo Roedores. O número de conjuntos distintos que podem ser formados com essas espécies
para esse estudo é igual a:
a) 1320
b) 2090
c) 5845
d) 6600
e) 7245
.14.
137) Para mostrar aos seus clientes alguns produtos que vende, um comercial reservou um espaço em uma vitrine, para
colocar exatamente 3 latas de refrigerantes, lado a lado. Se ele vende 6 tipos diferentes de refrigerante, de quantas
maneiras distintas pode expô-los na vitrine?
a) 144
b) 133
c) 120
d) 72
e) 20
138) Os alunos de uma escola organizam um torneio individual de pingue-pongue nos horários de recreio, disputado por
16 participantes, segue o esquema abaixo:
Foram estabelecidas as seguintes regras:
• Em todos os jogos. O perdedor será eliminado;
• Ninguém poderá jogar duas vezes no mesmo dia;
• Como há cinco mesas, serão realizados, no máximo, 5 jogos por dia.
Com base nesses dados, é correto afirmar que o número mínimo de dias necessários para se chegar ao campeão
do torneio é de:
a) 8
b) 7
c) 6
d) 5
e) 4
139) Num determinado bairro há duas empresas de ônibus, Andabem e Bompasseio, que fazem o trajeto levando e trazendo
passageiros do subúrbio ao centro da cidade. Um ônibus de cada uma dessas empresas parte do terminal a cada 30
minutos, nos horários indicado na tabela.
ANDABEM
BOMPASSEIO
...
...
6h 00min
6h 10min
6h 30min
6h 40min
7h 00min
7h 10min
7h 30min
7h 40min
...
...
Carlos mora próximo ao terminal de ônibus e trabalha na cidade. Como não tem hora certa para chegar ao trabalho e
nem preferência das empresas, toma sempre o primeiro ônibus que sai do terminal. Nessa situação, pode-se afirmar
que a probabilidade de Carlos viajar num ônibus da empresa Andabem é:
a) Um quarto da probabilidade de ele viajar num ônibus da empresa Bompasseio.
b) Um terço da probabilidade de ele viajar num ônibus da empresa Bompasseio.
c) Metade da probabilidade de ele viajar num ônibus da empresa Bompasseio.
d) Duas vezes maior do que a probabilidade de ele viajar num ônibus da empresa Bompasseio.
e) Três vezes maior do que a probabilidade de ele viajar num ônibus da empresa Bompasseio.
140) Umas das principais causas da degradação de peixes é a contaminação por bactérias. O gráfico apresenta resultados
de um estudo acerca da temperatura dos peixes frescos vendidos em cinco peixarias. O ideal é que esses peixes sejam
vendidos com temperatura entre 2°C e 4°C. Se selecionado aleatoriamente uma das cinco peixarias pesquisadas, a
probabilidade de ela vender peixes frescos na condição ideal é igual a:
a)
1
2 b)
1
3
c)
1
4
d)
1
5
e)
1
6
.15.
Texto para as questões 141 e 142.
Em um concurso de televisão, apresentam-se 3 fichas voltadas para baixo, estando representadas em cada uma
delas as letras T, V e E. As fichas encontram-se alinhadas em uma ordem qualquer. O participante deve ordenar as
fichas ao seu gosto, mantendo as letras voltadas para baixo, tentando obter a sigla TVE. Ao desvira-las, para cada
letra que esteja na posição correta, o participante levará um premio de R$ 200,00.
141) A probabilidade de o concorrente ganhar exatamente o valor de R$ 400,00 é igual a:
a) 0
1
b)
3
c)
1
2
d)
2
3
1
6
142) A probabilidade de o participante não ganhar nenhum prêmio é igual a:
a) 0
e)
b)
1
3
c)
1
4
d)
1
2
e)
1
6
143) Um jogo de memória é formado por seis cartas, conforme as figuras que seguem:
Após embaralhar as cartas e virar as suas faces para baixo, o jogo deve buscar as cartas iguais, virando exatamente
duas. A probabilidade de ele retirar, ao acaso, duas iguais na primeira tentativa é de:
a)
1
2
b)
1
3
c)
1
4
d)
1
5
1
6
144) No triângulo de Pascal
n=0
1
n=1
1 1
n=2
1 2 1
n=3
1 3 3 1
n=4
1 4 6 4 1
.......
A soma dos elementos da linha n com os da linha n + 1 é:
a) n(n+1)
b) 2n . 2n + 1
c) 3 . 2n
d) 2 . 2n + 1
e) 3n . 2n + 1
e)
.16.
145) O valor numérico das expressão abaixo é:
2n
( )3
n
0
n
+ ( 1n ) 3n-1 + ( n2 ) 3n-2 + ...( nn-1) 3 + ( nn )
a) 2
b) 3n
c) 2n . 3n
d) 2n
e) 3n . 4n
146) Seja a equação x3 + 11x2 – 160x + D = 0. Sabendo-se que uma das suas raízes é – 20, então:
a) As outras duas raízes são 3 e –4
b) As outras duas raízes são –4 e 5
c) As outras duas raízes são 4 e 5
d) As outras duas raízes são –3 e –5
e) As outras duas raízes são 3 e 5
147) Se x = 1 é a raiz de multiplicidade 3 do polinômio x3 + ax2 + bx + c, então:
a) a = –3, b = 3 e c = –1
b) a = –3, b = –3 e c = 1
c) a = 0, b = 0 e c = –1
d) a = –1, b = 1 e c = –1
e) a = –1, b = –1 e c = 1.
148) Considere o polinômio P(x) = x4 – x3 – 14x2 + 2x + 24. Sabendo-se que o produto de duas raízes de P(x) é –12, o
produto das outras raízes é:
a) –2
b) 2
c) 4
d) –4
e) 5
149) Se a unidade imaginária i é a raiz do polinômio P(x) = (x2 – 1)(x2 + bx + c) + x, em que b e c são números reais,
então, a soma das raízes de P(x) é igual a:
1
a) –
4
b) –
c)
1
2
1
2
1
4
e) 4
1
150) Sejam p(x) = ax2+ (a –15)x + 1 e q(x) = 2x2 – 3x +
polinômios com coeficientes reais. Sabendo-se que esses
b
polinômios possuem as mesmas raízes. Então, é correto afirmar que o valor de a + b é:
a) 3
b) 6
c) 9
d) 12
e) 15
151) O polinômio P(x) = x4 – 3x3 – 2x2 + 12x + m tem uma raiz dupla x = 2. As outras raízes estão no conjunto:
a) {–1, 3, 2}
b) {1, 0, 3}
c) {1, 2, 1}
d) {1, 3, –2}
e) {–2, 2, 3}
152) Considere as funções polinomiais dadas por p(x) = x3 – 4x2 + 7x – 3 e q(x) = –6x – 3. Os números complexos na
forma z = a + bi, que satisfazem a equação p(x) = q(z), são:
a) z = 0, z = 3 + 2i e z = 3 – 2i
b) z = 0, z = 2 + 3i e z = 2 – 3i
c) z = 0, z = –2 + 3i e z = –2 – 3i
d) z = 0, z = 3 + 2i e z = 2 + 2i
e) z = 0, z = 3 + 3i e z = 3 – 3i
d)
.17.
153) Sobre a equação 200x3 + 2007x2 + 2006x = 0, é correto afirmar que:
a) Não possui raízes reais.
b) Tem apenas uma raiz real.
c) Tem 2 raízes iguais.
d) Tem 3 raízes positivas.
e) Tem 3 raízes distintas.
154) Na arquitetura, a Matemática é usada a todo momento. A geometria é especialmente necessária no desenho de
projetos. Essa parte da Matemática ajuda a definir a forma dos espaços, usando as propriedades de figuras planas
e sólidas. Ajuda também a definir as medidas desses espaços.
Uma arquiteta é contratada para fazer o jardim de uma residência, que deve ter o formato triangular. Analisando a
planta baixa, verifica-se que os vértices possuem coordenadas A(8,4), B(4,6) e C(2,4). No ponto médio do lado formado
pelos pontos A e C, é colocado um suporte para luminárias.
A distância do suporte até o ponto B mede, em unidades de comprimento:
a)
37
b)
3
c)
5
d)
13
e)
17
155) Os catetos AC e AB de um triangulo retângulo estão sobre os eixos de uma sistema cartesiano. Se M = (–1, 3) for o
ponto médio da hipotenusa BC , é correto afirmar que a soma das coordenadas dos vértices desse triângulo é igual a:
a) –4
b) –1
c) 1
d) 4
e) 6
156) Em relação a um sistema cartesiano ortogonal, com os eixos graduados em quilômetros, uma lancha sai do ponto (–6, –4),
navega 7 km para leste, 6 km para norte e 3 km para oeste, encontrando um porto. Depois continua a navegação, indo 3 km
para norte e 4 km para leste, encontrando um outro porto. A distância, em quilômetros, entre os portos é:
a) 7
b) 3 5
c) 2 3
d) 7
e) 5
157) A palavra "perímetro" vem da combinação de dois elementos gregos: o primeiro, peri, significa "em torno de", e o
segundo, metron, significa "medida".
O perímetro do trapézio cujos vértices têm coordenadas (–1, 0), (9, 0), (8, 5), (1, 5) é:
a) 10 +
29 + 26
b) 16 +
29 + 6
c) 22 +
26
d) 17 + 2 26
e) 17 + 29 + 26
158) Os pontos A = (0, 3), B = (4, 0), e C (a, b) são vértices de um triangulo equilátero no plano cartesiano. Considerando-se
essa situação, é correto afirmar que:
a) b =
4
a
3
b) b =
4
7
a3
6
c) b =
4
a+3
3
d) b =
4
3
a3
2
e) b =
3
a
2
.18.
159) A figura abaixo mostra a trajetória de um móvel a partir de um ponto A, com BC = CD, DE = EF, FG = GH, HI = IJ e
assim por dian­te.
Considerando infinita a quantidade des­ses segmentos, a distância horizontal AP al­cançada por esse móvel será de:
a) 65 m
b) 72 m
c) 80 m
d) 96 m
e) 100 m
160) Nessa figura, ABCD é um retângulo cujos lados medem b e 2b. O ponto R pertence aos segmentos AC e BD e, ARDS
é um quadrilátero em que M é ponto médio do segmento RS.
O segmento MP, expresso em função de b, é
a)
b 5
5
b)
b 5
3
c)
2b 5
3
d)
3b 5
5
e) 2b 5
161) Considere o retângulo ABCD da figura, de dimensões AB = b e AD = h, que foi dividido em três regiões de áreas
iguais pelos segmentos EF e GH.
  
x
As retas EF, BD e GH são paralelas. Dessa forma, sendo AE = x e AF = y, a razão
é igual a:
b
2 2.
a)
3 b)
2.
2
c)
3.
2
d)
6.
4
6.
3
162) Considere uma placa retangular ABCD de acrílico, cuja diagonal AC mede 40 cm. Um estudante, para construir um
par de esquadros, fez dois cortes retos nessa placa nas direções AE e AC, de modo que DÂE = 45° e BÂC = 30°,
conforme ilustrado a seguir:
Após isso, o estudante descartou a parte triangular CAE, restando os dois esquadros.
e)
Admitindo que a espessura do acrílico seja desprezível e que 3 = 1,7, a área, em cm2, do triângulo CAE equivale a:
a) 80
b) 100
c) 140
d) 180
e) 200
.19.
163) A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) aconteceu no Rio de Janeiro, em julho de 2013, e atraiu visitantes do Brasil
e de vários outros países.
Segundo a Prefeitura do Rio, 3,2 milhões de pessoas compareceram à cerimônia de encerramento da JMJ, que
ocorreu na Praia de Copacabana.
(folha.uol.com.br/poder/2013/07/1318073-calculo-oficial-de-3-milhoes-de-pessoasem-copacabana-e-superestimado-diz-datafolha.shtml Acesso em: 16.08.2013. Adaptado)
A área da superfície ocupada pelas pessoas que compareceram à cerimônia de encerramento da JMJ equivale à
área da superfície de cerca de N campos de futebol do estádio do Maracanã.
Sabendo-se que o campo de futebol do Maracanã tem forma retangular com dimensões de 105 metros por 68 metros
e adotando-se que, em uma concentração de grande porte como essa, um metro quadrado é ocupado por 4 pessoas,
em média; então, considerando os dados apresentados, o número inteiro positivo mais próximo de N será:
a) 45.
b) 57.
c) 112.
d) 136.
e) 144.
164) O plantio da grama de um campo de futebol retangular foi dividido entre três empresas. A primeira empresa ficou
4
3
responsável por
da área total, a segunda empresa ficou responsável por
da área total e a última empresa
7
10
pelos 900 m2 restantes. Sabendo-se que o comprimento do campo mede 100 m, sua largura é:
a) 66 m.
b) 68 m.
c) 70 m.
d) 72 m.
e) 74 m.
165) As disputas de MMA (Mixed Martial Arts) ocorrem em ringues com a forma de octógonos regulares com lados medindo um pouco menos de 4 metros. Medindo o comprimento exato de seus lados, pode-se calcular a área de um
“Octógono” decompondo-o, como mostra a figura a seguir, em um quadrado, quatro retângulos e quatro triângulos
retângulos e isósceles.
A medida do lado do quadrado destacado no centro da figura é igual à medida a do lado do “Octógono”. Se a área
desse quadrado é S, então a área do “Octógono” vale:
a) S(2 2 + 1).
b) S( 2 + 2).
c) 2S( 2 + 1).
d) 2S( 2 + 2).
e) 4S( 2 + 1).
166) Um bloco sólido de pedra com forma de paralelepípedo retângulo de 12 metros de altura, 10 de largura e 4 metros de
profundidade é demarcado de forma a ser dividido em 30 paralelepípedos iguais e numerados,
conforme mostra a figura. Se forem extraídos os paralelepípedos de número 7, 9, 12 e 20, então
a nova área superficial do bloco será de:
a) 480 m2
b) 104 m2
c) 376 m2
d) 488 m2
e) 416 m2
167) Uma empresa fabrica porta-jóias com a forma de prisma hexagonal regular, com uma tampa no formato de pirâmide
regular, como mostrado na figura.
As faces laterais do porta-jóias são quadrados de lado medindo 6 cm e a altura da tampa também vale 6 cm. A parte
externa é revestida com um adesivo especial, sendo necessário determinar a área total do porta-joias para calcular
o custo de fabricação do produto. A área da parte revestida, em cm2, é igual a:
a) 72(3 + 3).
b) 36(6 + 5).
c) 108(2 + 5).
d) 27(8 + 7).
e) 54(4 + 7 ).
.20.
3
.
3
Aumentando-se a aresta da base em 2 cm e mantendo-se a aresta lateral, o volume do prisma ficará aumentado de
108 cm3. O volume do prisma original é:
a) 108 cm3.
b) 36 cm3.
c) 18 3 cm3.
168) Considere um prisma regular reto de base hexagonal, tal que a razão entre a aresta da base e a aresta lateral é
d) 36 3 cm3.
e) 40 cm3.
169) No sólido representado abaixo, sabe-se que as faces ABCD e BCFE são retângulos de áreas 6 cm2 e 10 cm2
respectivamente.
O vo­lume desse sólido é:
a) 8 cm3
b) 10 cm3
c) 12 cm3
d) 16 cm3
e) 24 cm3
170) No Paraná, a situação do saneamento público é preocupante, já que o índice de tratamento de esgoto é de apenas
53%, ou seja, quase metade das residências no Estado ainda joga esgoto em fossas. José possui, em sua residência,
uma fossa sanitária de forma cilíndrica, com raio de 1 metro e profundidade de 3 metros.
Supondo que José queira aumentar em 40% o volume de sua fossa, mantendo a profundidade, assinale a alternativa
que apresenta de quanto o raio deve ser aumentado percentualmente. (Dado: 1,4 = 1,183)
a) 11,8%
b) 14,0%
c) 18,3%
d) 60,0%
e) 71,2%
171) Uma empresa de produtos de limpeza deseja fabricar uma embalagem com tampa para seu produto. Foram apresentados dois tipos de embalagens com volumes iguais. A primeira é um cilindro de raio da base igual a 2 cm e
altura igual a 10 cm; e a segunda, um paralelepípedo de dimensões iguais a 4 cm, 5 cm e 6 cm. O metro quadrado
do material utilizado na fabricação das embalagens custa R$ 25,00.
Considerando-se p = 3 o valor da embalagem que terá o menor custo será igual a:
a) R$ 0,36.
b) R$ 0,27.
c) R$ 0,54.
d) R$ 0,41.
e) R$ 0,51.
172) É possível usar água ou comida para atrair as aves e observá-las. Muitas pessoas costumam usar água com açúcar,
por exemplo, para atrair beija-flores. Mas é importante saber que, na hora de fazer a mistura, você deve sempre usar
uma parte de açúcar para cinco partes de água. Além disso, em dias quentes, precisa trocar a água de duas a três
vezes, pois com o calor ela pode fermentar e, se for ingerida pela ave, pode deixá-la doente. O excesso de açúcar,
ao cristalizar, também pode manter o bico da ave fechado, impedindo-a de se alimentar. Isso pode até matá-la.
Ciência Hoje das Crianças. FNDE; Instituto Ciência Hoje, n. 166, mar 1996.
Pretende-se encher completamente um copo com a mistura para atrair beija-flores. O copo tem formato cilíndrico,
e suas medidas são 10 cm de altura e 4 cm de diâmetro. A quantidade de água que deve ser utilizada na mistura é
cerca de (utilize p = 3)
a) 20 mL.
b) 24 mL.
c) 100 mL.
d) 120 mL.
e) 600 mL.
173) Uma indústria de bebidas criou um brinde para seus clientes com a forma exata da gar­rafa de um de seus produtos,
mas com me­didas reduzidas a 20% das originais. Se em cada garrafinha brinde cabem 7 ml de bebi­da, podemos
concluir que a capacidade da garrafa original é de:
a) 875 ml
b) 938 ml
c) 742 ml
d) 693 ml
e) 567 ml
.21.
174) A figura mostra uma peça feita em 1587 por Stefano Buonsignori, e está exposta no Museu Galileo, em Florença,
na Itália. Esse instrumento tem a forma de um dodecaedro regular e, em cada uma de suas
faces pentagonais, há a gravação de um tipo diferente de relógio.
Em 1758, o matemático Leonard Euler (1707-1783) descobriu o teorema conhecido por relação de
Euler: em todo poliedro convexo com V vértices, A arestas e F faces, vale a relação V – A + F = 2.
Ao se aplicar a relação de Euler no poliedro da figura, o número de arestas não visíveis é:
a) 10.
b) 12.
c) 15.
d) 16.
e) 18.
175) Uma piscina na forma retangular tem 12 metros de comprimento, 6 metros de largura e 2 metros de pro­fundidade.
Bombeia-se água para a piscina até atingir 75% de sua altura. A quantidade de água, em litros, para encher esta
piscina até a altura indicada é igual a:
a) 54
b) 108
c) 54000
d) 108000
e) 192000
176) Uma caixa sem tampa é construída a partir de uma chapa retangular de metal, com 8 dm de largura por 10 dm de
comprimento, cortando-se, de cada canto da chapa, um quadrado de lado x decímetros e, a seguir, dobrando-se
para cima as partes retangulares, conforme sugere a figura a seguir:
A expressão que representa o volume, em dm3, da caixa assim obtida é:
a) 80x – 36x2 + 4x3
b) 80x + 36x2 + 4x3
c) 80x – 18x2 + x3
d) 80x + 18x2 + x3
2
3
e) 20x – 9x + x
177) Os produtos de plástico são muito úteis na nossa vida, porém causam muitos danos ao meio ambiente. Algumas
empresas começaram a investir em alternativas para evitar a poluição causada pelo plástico. Uma dessas alternativas
é a utilização do bioplástico na fabricação de embalagens, garrafas, componentes de celulares e autopeças.
Uma embalagem produzida com bioplástico tem a forma de um prisma hexagonal regular com 10 cm de aresta da
base e 6 cm de altura. Qual é o volume, em cm3, dessa embalagem?
a) 150 3
b) 1.500.
.
c) 900 3 .
d) 1.800.
e) 1.800 3.
178) Para a premiação dos melhores administradores de uma galeria comercial, um designer projetou um peso de papel
com a forma de um tetraedro regular reto, de aresta 20 cm que será entregue aos vencedores. Esse peso de papel
será recoberto com placas de platina, nas faces laterais e com uma placa de prata na base. Se o preço da platina é
de 30 reais por centímetro quadrado, e o da prata é de 50 reais por centímetro quadrado, assinale a alternativa que
apresenta o valor mais próximo, em reais, do custo desse recobrimento. (Considere 3 = 1,7)
a) 24.000
b) 18.000
c) 16.000
d) 14.000
e) 12.000
.22.
179) Um fabricante de bebidas, numa jogada de marketing, quer lançar no mercado novas embalagens de latas de alumínio
para os seus refrigerantes. As atuais latas de 350 mL devem ser substituídas por uma nova embalagem com metade
desse volume, conforme mostra a figura:
De acordo com os dados anteriores, qual a relação entre o raio r’ da embalagem de 175 mL e o raio r da embalagem
de 350 mL?
a) r' =
r
r
2
c) r' = r
d) r' = 2r
b) r' =
e) r' = 3 2
180) Para construir uma manilha de esgoto, um cilindro com 2 m de diâmetro e 4 m de altura (de espessura desprezível),
foi envolvido homogeneamente por uma camada de concreto, contendo 20 cm de espessura.
Supondo que cada metro cúbico de concreto custe R$ 10,00 e tomando 3,1 como valor aproximado de p, então o
preço dessa manilha é igual a:
a) R$ 230,40.
b) R$ 124,00.
c) R$ 104,16.
d) R$ 54,56.
e) R$ 49,60.
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Prova - 3º Simulado