13º SIMPÓSIO DE PROFISSIONAIS
DO ENSINO DE QUÍMICA
Instituto de Química – UNICAMP
31/10 e 01/11/2014
RESUMOS DE TRABALHOS DOS PARTICIPANTES
MATERIAL DE APOIO DAS ATIVIDADES EXPERIMENTAIS
Organização:
Coordenação:
Adriana Vitorino Rossi
Acacia Adriana Salomão
Martha Maria Andreotti Favaro
Rita de Cássia Zacardi Souza
Equipe e colaboradores:
André Luís Camargo
Arnaldo Fernandes da Silva Filho
Bruno Ferrari
Diego Lucian Sestari
Fernanda Cristina de Souza Montija
Flávia Cristiane Causs
Guilherme de Souza Tavares de Morais
Gustavo Giraldi Shimamoto
Ivan Mariano Araújo
Iveraldo Rodrigues
José Ricardo Pereira
Lucas Nascimento Trentin
Luiz Renato Steola
Maria Paula Nogueira de Carvalho
Michele Cândida dos Santos
Moacir Soares da Cruz
Nelson Aparecido Correa
Priscilla Ferreira
Rafael Henrique Medeiros
Rafael Mesquita Bezerra
Renata Dias Francisco
Rennan Pimentel de Souza
Roseli Souza
Willian Leonardo Gomes da Silva
13º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
Editorial
Este ano estamos em festa. Além da consolidação do SIMPEQ e
SIMPEQuinho inseridos no programa Novos Talentos da CAPES, inauguramos o
LIFE – Ciências. Trata-se do Laboratório Interdisciplinar de Formação de
Educadores de Ciências, que foi concebido para integrar o projeto institucional
“Espaços interdisciplinares de formação: potencializando o aprendizado da docência
na UNICAMP”, aprovado pela CAPES (Edital 035/2012) e recebeu apoio do Instituto
de Química da UNICAMP para ser implantado, num movimento de revitalização de
um espaço subutilizado por diversos problemas estruturais.
O 13º SIMPEQ vem junto com o SIMPEQuinho – 7 e neste ano nossa equipe
de apoio já é integrada por egressos do SIMPEQuinho. O Lucas Nascimento Trentin
ingressou em 2014 no curso de graduação em Química na UNICAMP, depois de
participar de três edições do SIMPEQuinho, quando era aluno do professor Adeval
Tonholo Junior, frequentador assíduo do SIMPEQ! As pessoas que se juntam ao
grupo sempre somam com suas vivências e propostas, tornando a organização e a
realização do SIMPEQ e do SIMPEQuinho mais dinâmica e criativa.
As parcerias de apoio e incentivo ao trabalho também devem ser celebradas
porque viabilizam a realização e expansão das propostas. Desde 2007 a
KosmoScience, empresa nacional de empresários químicos e educadores, egressos
do IQ-UNICAMP, é parceira de iniciativas voltadas para a educação e apoia nossos
eventos. O SIMPEQ e SIMPEQuinho constam na lista de eventos da Divisão de
Ensino da Sociedade Brasileira de Química e desde 2004, a Regional Campinas da
Sociedade Brasileira de Química nos apoia. Nossos eventos recebem financiamento
da CAPES, integrando o projeto institucional da UNICAMP do programa Novos
Talentos pelo terceiro ano. O Serviço de Apoio ao Estudante, SAE-UNICAMP,
contribui verbas do Programa de Apoio a Projetos Institucionais para os estudantes
de graduação e pós-graduação que formam a equipe de trabalho, carinhosamente
conhecidos como SIMPEQuetes. Em 2014, mais uma vez o apoio pleno e irrestrito
da Diretoria do IQ-UNICAMP foi essencial para a realização do SIMPEQ e do
SIMPEQuinho, agora com mais um espaço para as atividades, o LIFE - Ciências.
Enfim, em 2014, nosso grupo envolve professores e estudantes da educação
básica, de graduação, de pós-graduação, bolsistas do PIBID – CAPES e integra os
programas Novos Talentos e LIFE, ambos da CAPES. Obrigada por estarem
conosco nessa longa e enriquecedora jornada.
Agradecemos muito sua participação e esperamos que aproveitem e aprovem
a programação. Este é o 13° SIMPEQ! E há também o SIMPEQuinho – 7.
Adriana Vitorino Rossi
13º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
Agradecimentos:
 À CAPES. O financiamento do Programa Novos Talentos viabilizou esta edição
do SIMPEQ e SIMPEQuinho de 2014. O programa Laboratório Interdisciplinar de
Formação de Educadores permitiu criar aqui, numa parceria do Instituto de Química
e do Instituto de Biologia da UNICAMP o LIFE-Ciências, presentemente inaugurado.
 À Diretoria do IQ-UNICAMP pelo pleno apoio ao evento e à concretização do
LIFE – Ciências.
 À Kosmoscience, em especial ao seus diretores Daniela e Douglas Terci, pelo
apoio efetivo e constante que patrocina o SIMPEQ e o SIMPEQuinho.
 À Diretoria da Regional Campinas da Sociedade Brasileira de Química pelo
apoio financeiro e brindes.
 Ao Serviço de Apoio ao Estudante SAE-UNICAMP pelas bolsas para os
estudantes da equipe de apoio do SIMPEQ e SIMPEQuinho.
 Aos Professores Doutores Hélio Anderson Duarte (ICEx - UFMG, INCT-acqua),
Susanne Rath (DQA/IQ-UNICAMP) e José de Alencar Simoni (DFQ/IQ-UNICAMP),
pelas atividades conduzidas com a competência e a sensibilidade indispensáveis
para ensinar Química.
 Aos funcionários do IQ André, Clarence, Iveraldo, Manoel, Moacir, Paula e
Rafael, Tiago, Valdevino. Cada um, com o trabalho dedicado em sua função, ajudou
o SIMPEQ acontecer em 2014.
 Ao Museu Exploratório de Ciências pelas cadeiras.
 A você, vindo de perto ou longe, para quem nos esforçamos em organizar o
SIMPEQ e o SIMPEQuinho.
 A todos que participaram de cada etapa e atividade de organização e realização
desta edição, principalmente os funcionários das Oficinas do IQ e da Zeladoria.
Afinal, todo sucesso que houver é mérito dessa equipe pró ativa, que se renova e
sempre supera as expectativas!
Financiamento e Apoio:
13º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
i
Programação
Sexta-feira - dia 31 de outubro (Auditório do Instituto de Química)
18h:30
Recepção e Entrega de Materiais
19h:00
Abertura
19h:45 Inauguração do LIFE-Ciências
20h:00
Confraternização
21h:30
Palestra de abertura: “Recursos minerais, água e meio ambiente”
Prof. Dr. Hélio Anderson Duarte, ICEx - UFMG, INCT-acqua
Dinâmica: "Integrando processos e necessidades de recursos minerais”
Prof. Dr. Hélio Anderson Duarte, ICEx - UFMG, INCT-acqua
Sábado – dia 01 de novembro (ponto de encontro: Auditório do IQ)
8h:30–17h
8h:30
Exposição de painéis com trabalhos
SIMPEQ: Experimentação nos laboratórios do IQ-UNICAMP
Laboratórios de Ensino do Bloco F.
Atividade A:
“Coagulação: Papel no Tratamento de Água”
Profa. Dra. Susanne Rath, IQ-UNICAMP
Atividade B:
“Determinação da massa molar de uma substância que contém
o grupo carbonato”
Prof. Dr. José de Alencar Simoni, IQ-UNICAMP
Experimentação discutida e compartilhada
Horário
08:30 – 10:15
10:45 – 12:30
Grupo 1
Atividade A
Atividade B
Grupo 2
Atividade B
Atividade A
8h:30
SIMPEQuinho: Recepção e comunicação secreta
9h:00
Química em Ação no SIMPEQuinho, com direito a pausa e bate-papo
12h:30
Almoço
14h:00
SIMPEQ:
“Vivências da sala de aula na voz dos professores”
Professores Participantes do SIMPEQ
Apresentação de Trabalhos e Debates
14h:00
SIMPEQuinho:
Distração e concentração na Química
Café
15h:30
16h:00
SIMPEQ:
Homenagem ao Prof. Dr. Nivaldo Baccan
A produção dos Participantes do SIMPEQ: Trabalhos e Debates
16h:00
17h:00
SIMPEQuinho: Sorvete com Química, sim!!!
Plenária de Encerramento
LISTA DE TRABALHOS APRESENTADOS NO 13° SIMPEQ E SIMPEQuinho
13º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
ii
página
Título
Autores
1
oral e
painel
UTILIZAÇÃO DO FILME ROBÔS COMO FERRAMENTAL MEDIAL NA
ELABORAÇÃO DE LITERATURA CIENTÍFICA POR ALUNOS DE ENSINO MÉDIO
Renata B. Dionysio, Luis
Gustavo M. Dionysio, Vania
Lucia de Oliveira
2
oral e
painel
CONSTRUÇÃO DE INFOGRÁFICOS POR ALUNOS DO ENSINO MÉDIO COMO
PRODUTO DE UMA ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR DE QUÍMICA E
BIOLOGIA SOBRE ANABOLIZANTES
Renata B. Dionysio,
Gustavo M. Dionysio,
Claudio Alzuguir
3
oral e
painel
MUSEU ITINERANTE DE QUÍMICA: HISTÓRIA E ENSINO POR MEIO DE
ATIVIDADES EXPERIMENTAIS
4
oral e
painel
SUPER PILHA (BATERIA) DE BATATA DOCE
5
oral e
painel
6
oral e
painel
ÁGUA POTÁVEL: UMA QUESTÃO DE SAÚDE
UTILIZAÇÃO DE JOGOS DIDÁTICOS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS:
UMA PROPOSTA PRELIMINAR
Luis
Luiz
Naiara C.S. Nascimento, Natalia
C. Araújo, Gilberto S. Silva,
Beatriz Antoniassi
Rafael Batista da Silva, Kauã
Junior de Oliveira, Danillo
Henrique da Silva, Victor Roberto
del Moro, Marcelo Fabiano
André
Geila M. S. Silva, Allan J. Neto,
Luiz R. O. Carvalho, Felipe R.
Silva, Marcelo F. André
Sheylene Alves de Oliveira,
Jakeline de Souza Bastos,
Renata Barbosa Dionysio
7
painel
A QUÍMICA DOS CABELOS NO APRENDIZADO DE pH: MOTIVANDO
ESTUDANTES DE EJA
Vicente G. Oliveira, Silvana M. C.
Zanini, Adriana V. Rossi
8
oral e
painel
CORES, FRAGRÂNCIAS E SENSAÇÕES
Cheila C. Oliveira, Haroldo L.
Oliveira, Walkristian K. D. Lamar
9
painel
EXPERIMENTAÇÃO LÚDICA DO MODELO CIENTÍFICO NA CONSTRUÇÃO DO
CONHECIMENTO PARA A SOLUÇÃO DO ENIGMA DAS CAIXINHAS
Zilda A. G. Bianchim
10
painel
11
painel
GOSTAR DE QUÍMICA, DESENVOLVENDO TAMBÉM VALORES SOCIAIS E
ÉTICOS.
Wellington R. A. Oliveira
AS MUDANÇAS PARA A FORMAÇÃO DE UM NOVO PROFESSOR.
Marcos A. Maccari
12
painel
CONSTRUÇÃO DA OFICINA "RADIOTERAPIA": DESAFIOS NA ESTRUTURAÇÃO
DO TEMA PARA UMA ESCOLA DE EJA
Vitor Secamilli Silva, Silvana M.
C. Zanini, Adriana V. Rossi
13
painel
PROJETO E CONSTRUÇÃO DE BOMBA CENTRÍFUGA DE BAIXO CUSTO COM
ALUNOS DA ÁREA QUÍMICA: APRENDENDO A APRENDER
André Luís C. Peixoto
14
painel
PARCERIA PIBID/UPM E ESCOLA MUNICIPAL: REFLEXÕES SOBRE AS
ATIVIDADES PEDAGÓGICAS DIFERENCIADAS DE QUÍMICA - REFORÇO
15
oral e
painel
COLETA DO ÓLEO USADO: A QUÍMICA PRESERVANDO O MEIO AMBIENTE
16
painel
HISTÓRIA, OBTENÇÃO E APLICAÇÕES DO ETANOL NO BRASIL
17
painel
PRODUÇÃO DE PAPEL UTILIZANDO MATERIAIS ALTERNATIVOS
Fernanda A. da Silva, Jaqueline
F. da Rocha, Priscila F. da Silva,
Shirley N. Maciel, Tamires B.
Ribeiro, Maura V. Rossi, Nancy
C. Masson
Marcelo D. Trancoso, Alessandra
L. Nascimento, Analice S. de
Lira, Eduarda N. da Silva, Laís C.
R. Simões, Nayara V. Oliveira
Marcelo D. Trancoso, Alessandra
L. do Nascimento, Débora S.
Leitão, Jéssica K. P. de Queiroz,
Luciana C. Amaral
Leonardo P. Dugolin, Lucas W.
da Silva, Thiago Bertaglia,
AUTORES DE TRABALHOS APRESENTADOS NO 13° SIMPEQ E SIMPEQuinho - 7
13º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
página
7, 12
15, 16
5
15
13
3
8
4
16
15
5
14
5
3
8
6
14
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4
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16
1, 2
2
5
15, 16
5
4
11
14
3
14
3
15
14
4
1, 2, 6
6
14
7, 12
14
17
1
7
4
12
8
10
9
autor
Adriana V. Rossi
Alessandra L. Nascimento
Allan J. Neto
Analice S. de Lira
André Luís C. Peixoto
Beatriz Antoniassi
Cheila C. Oliveira
Danillo Henrique da Silva
Débora S. Leitão
Eduarda N. da Silva
Felipe R. Silva
Fernanda A. da Silva
Geila M. S. Silva
Gilberto S. Silva
Haroldo L. Oliveira
Jakeline de Souza Bastos
Jaqueline F. da Rocha
Jéssica K. P. de Queiroz
Kauã Junior de Oliveira
Laís C. R. Simões
Leonardo P. Dugolin
Lucas W. da Silva
Luciana C. Amaral
Luis Gustavo M. Dionysio
Luiz Claudio Alzuguir
Luiz R. O. Carvalho
Marcelo D. Trancoso
Marcelo F. André
Marcelo Fabiano André
Marcos A. Maccari
Maura V. Rossi
Naiara C.S. Nascimento
Nancy C. Masson
Natalia C. Araújo
Nayara V. Oliveira
Priscila F. da Silva
Rafael Batista da Silva
Renata B. Dionysio
Sheylene Alves de Oliveira
Shirley N. Maciel
Silvana M. C. Zanini
Tamires B. Ribeiro
Thiago Bertaglia
Vania Lucia de Oliveira
Vicente G. Oliveira
Victor Roberto del Moro
Vitor Secamilli Silva
Walkristian K. D. Lamar
Wellington R. A. Oliveira
Zilda A. G. Bianchim
iii
13º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
1
UTILIZAÇÃO DO FILME ROBÔS COMO FERRAMENTAL MEDIAL NA
ELABORAÇÃO DE LITERATURA CIENTÍFICA POR ALUNOS DE ENSINO
MÉDIO
Renata B. Dionysio (PQ)¹, Luis Gustavo M. Dionysio (PB)2 , Vania Lucia de
Oliveira (PQ)3
1
Universidade Federal do Tocantins - Araguaína, 2Instituto Federal de Educação,
Ciência e Cultura do Rio de Janeiro, 3Centro Universitário Augusto Motta - RJ
Tecnologia da Informação e Comunicação, Produção Científica, Ensino Médio
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
A utilização de filmes nas aulas de ciências faz com que os alunos observem os fatos
científicos dentro de um cenário contextualizando e oportunize o desenvolvimento de uma
reflexão crítica a cerca da maneira que o conhecimento científico está sendo apresentado.
Oliveira (2006) destaca que além da possibilidade de serem utilizados como ferramenta
medial esses filmes possuem efeitos especiais e recursos tecnológicos que retém a atenção
dos alunos. Para o presente trabalho utilizamos o filme Robôs com 32 alunos da segunda
série do Ensino Médio. O objetivo da atividade foi extrair do filme elementos que
remetessem a ideia de sustentabilidade e posteriormente, em grupo, redigissem um texto no
gênero científico para apresentação na Feira de Ciências da escola.Essa proposta foi
desenhada por professores de Química e Geografia e contou com a colaboração do
professor de Literatura.
DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
Realizamos um pré-teste com os alunos com o objetivo de investigar os conhecimentos
prévios sobre sustentabilidade e a partir daí desenvolvemos a atividade pedagógica.O préteste nos apresentou um cenário já conhecido e discutido por muitos educadores de ensino
de ciências (CIRINO, SOUZA, 2008), a sustentabilidade ligada a preservação de florestas,
ligada diretamente a ambientes onde o homem não atua diretamente e a contaminação de
principalmente da água e causada pelo lixo. Realizamos então durante as aulas algumas
exposições orais sobre questões teóricas e abríamos sempre para debates com a turma.
Nesse momento, procuramos trabalhar com os principais conceitos e utilizando
propagandas, textos e imagens como ferramentas mediais. Durante a exibição do filme de
animação percebemos que os alunos conseguiram identificar conceitos relacionados à
sustentabilidade em algumas cenas e prontamente crivam situações para expor na feira.
Eles elegeram uma cena e a partir dela descreveram como a sustentabilidade era
identificada ali como também conceitos científicos relacionais.Os temas abordados foram
utilização consciente, reutilização e reciclagem.
CONCLUSÃO
A utilização do filme Robôs como ferramenta medial na abordagem temática de
sustentabilidade foi satisfatória, pois através dele os alunos conseguiram realizar
transposições didáticas de conceitos trabalhados nas aulas teóricas. Eles também ao
construir o texto trabalharam elementos teóricos, do senso comum e cenas do filme.
Acreditamos que oportunizar alunos a experimentarem uma escrita científica faz com que
eles desenvolvam habilidades relacionais e reflexivas.
AGRADECIMENTOS E REFERÊNCIAS
Agradecemos a UFT, IFRJ e UNISUAM.
CIRINO,M.M.;SOUZA,A.R. O Discurso de alunos do Ensino Médio a respeito da “Camada
de ozônio”.Revista Ciência & Educação.v.14, n.1, p.115 – 134, 2008.
OLIVEIRA JB. Cinema e imaginário científico. Hist. Cienc, saude-Mang. 2006 outubro;
13(suplemento): p. 133-50
13º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
2
CONSTRUÇÃO DE INFOGRÁFICOS POR ALUNOS DO ENSINO MÉDIO
COMO PRODUTO DE UMA ABORDAGEM INTERDISCIPLINAR DE
QUÍMICA E BIOLOGIA SOBRE ANABOLIZANTES
Renata B. Dionysio(PQ)1, Luis Gustavo M. Dionysio (PB)2, Luiz Claudio
Alzuguir (PG)3
1 Universidade Federal do Tocantins - Araguaína, 2 Instituto Federal de Educação,
Ciência e Cultura do Rio de Janeiro, 3 Universidade Federal do Rio de Janeiro
Anabolizantes, Alfabetização Científica, Divulgação Científica
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
A utilização de temas geradores (CÓRDOVA e PERES, 2008) tem se tornado muito comum
no Ensino de Ciências Naturais. Essa prática permite um trabalho interdisciplinar e
possibilita um maior envolvimento dos alunos, por serem geralmente, temas sociais. O tema
Anabolizante foi escolhido devido as frequentes perguntas feitas pelos alunos nas aulas de
Biologia e Química, sendo que, a inclusão da informática auxiliou na realização de um
material de divulgação científica direcionado para a comunidade escolar. Optamos por uma
divulgação não só através dematerial impresso, como também pelas redes sociais onde os
alunos poderiam compartilhar com os seus amigos (LEVY, 2000). Dessa forma, a atividade
pedagógica foi elaborada para trabalhar o tema, de amplo interesse por parte dos alunos, de
maneira com que eles buscassem as informações e construíssem infográficos para divulgar
o estudo realizado por eles..
DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
O trabalho foi realizados com 52 alunos de duas turmas de 2ª série do Ensino Médio de
uma escola particular situada na Zona Norte do Rio de Janeiro. Tratava-se de uma proposta
onde eles iriam construir, com os recursos disponibilizados pelo professor de Informática,
um infográfico que abordasse o tema "Anabolizantes" a partir de textos orientadores
distribuídos pelo professor de Química ou qualquer outro material que eles pesquisassem. O
produto seria exposto nos murais da escola e também numa página de uma rede social. A
prática pedagógica durou seis tempos de aula. Os alunos trabalharam em grupos de no
máximo 5 e foram orientados a construir um objeto de divulgação que contemplasse mais a
imagem em detrimento do texto. Durante a realização da atividade, desde a negociação da
imagem até a seleção do texto percebemos que houve grande envolvimento dos alunos,
resultando em intensas trocas de informações entre os grupos. Eles se preocuparam, de
maneira geral, onde seria exposto o trabalho por causa da linguagem imagética e verbal que
iriam utilizar para alcançar o público.
CONCLUSÃO
A utilização de um tema motivador auxilia na criação de propostas interdisciplinares que
juntamente com as características da atividade pedagógica podem posicionar o estudante
no papel de produtor, utilizando para isso as informações disponilizadas ao longo da
atividade além da contrução de uma proposta inovadora de divulgação científica dentro da
Escola Básica. A utilização das redes sociais como ferramenta de interação entre os sujeitos
permitiu múltiplas redes de conhecimento.
AGRADECIMENTOS E REFERÊNCIAS
UFT, IFRJ e UFRJ.
CÓRDOVA, S. T.; PERES, J. A. Utilização de recursos áudio visuais na docência de
medicina veterinária. Revista Eletrônica Lato Sensu. mar.2008.
LEVY, P. A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço. São Paulo: Loyola,
2000.
SANTAELLA, L. Linguagens Líquidas na Era da Mobilidade. São Paulo: Paulus, 2007.
13º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
3
MUSEU ITINERANTE DE QUÍMICA: HISTÓRIA E ENSINO POR MEIO DE
ATIVIDADES EXPERIMENTAIS
Naiara C. S. Nascimento1 (EB), Natalia C. Araújo1 (EB), Gilberto S. Silva1 (PB),
Beatriz Antoniassi2 (PQ).
1 Escola Estadual Professora Dinah de Moraes e Seixas. Pederneiras/SP.
2 Universidade Sagrado Coração. Bauru/SP.
Museu. Ensino-aprendizagem. Experimentos.
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
Ambientes não-formais de ensino possuem características como sistematização e
organização e ocorrem fora do ambiente formal de ensino, podendo ser desenvolvida em
museus e centros de ciências. No entanto, esses locais encontram-se situados em grandes
centros, o que dificulta o acesso, com mais frequência dos estudantes do interior e ainda
possuem o desafio de mostrar a área de química através de situações simples, como, por
exemplo, experimentos seguros, de baixo custo e que sejam dinâmicos. Além da dificuldade
de utilização de ambientes não-formais para o ensino de química, há também a inexistência,
principalmente em escolas da rede pública, de aulas experimentais que auxiliariam na
compreensão de conteúdos das ciências exatas, suas aplicações no cotidiano, colaborando
para uma aprendizagem significativa, portanto duradoura. Diante do exposto este trabalho
objetivou a integração da história da química com atividades experimentais.
DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
Este projeto utilizou instrumentos, tais como vidrarias, reagentes e equipamentos obtidos do
patrimônio histórico da Universidade Sagrado Coração, para integrar a história da química a
realização de atividades práticas descritas no Currículo do Estado de São Paulo: Ciências
da Natureza e suas tecnologias. As atividades foram realizadas nas classes do Segundo
Ano do Ensino Médio da Escola Estadual Professora Dinah de Moraes e Seixas, na cidade
de Pederneiras/SP, e buscou ampliar os horizontes dos alunos, trazendo a Química para a
vida dessas pessoas. Foi apresentado para as quatro salas do 2º ano do Ensino Médio, 150
alunos, a história da química e uma introdução dos conceitos necessários para realização
dos experimentos, que foram realizados utilizando o conteúdo do 2ºBimestre, previsto no
Currículo de Química. Em seguida, foram expostos instrumentos do museu itinerante, como
frascos, reagentes, as primeiras balanças, relacionando o “ontem” e o “hoje”, da química,
mostrando sua história e aplicação nas atividades práticas realizadas que envolveram
Condutibilidade elétrica e Transformações químicas.
CONCLUSÃO
Através da aplicação de um questionário verificou-se que 80% dos alunos possuem grande
grau de dificuldade em associar a matéria estudada em sala de aula com os experimentos
realizados. Portanto, há a necessidade da inserção da atividade prática, uma vez que essa
apresenta grande importância no processo de ensino-aprendizagem. E 90% dos alunos
desconheciam os instrumentos apresentados no museu, mostrando que não há uma
divulgação da história da química nas aulas do ensino médio.
AGRADECIMENTOS E REFERÊNCIAS
CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
MARANDINO, Martha. A pesquisa educacional e a produção de saberes nos museus de
ciência. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, 2005. v. 12. p.161-81.
13º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
4
SUPER PILHA (BATERIA) DE BATATA DOCE
Rafael. F. Silva¹ (EM), Kauã J. Oliveira¹ (EM), Danilo H. Silva¹ (EM), Victor R.
Moro¹ (EM), Marcelo, F. André2 (PG).
1 E.E. Gentila Guiuzzi Pinatti, Sebastianópolis do Sul. 2 Instituto de Química,
UNICAMP, Campinas.
pilha, bateria, óxido-redução, energia elétrica
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
A produção de energia elétrica vem se tornando um dos aspectos mais cruciais da
sociedade contemporânea. Quando se fala em energia elétrica, costuma-se pensar nas
grandes hidrelétricas, que produzem milhares de megawatts, e nas grandes redes de
distribuição de energia. Mas, igualmente importante é a energia elétrica produzida por
pequenas pilhas e baterias, que acionam equipamentos portáteis, ás vezes muito pequenos,
como, por exemplo, os relógios de pulso (Villullas, 2002). No dia-a-dia usamos os termos
pilha e bateria indistintamente. Entretanto, pilha é um dispositivo constituído unicamente de
dois eletrodos e um eletrólito, arranjados de maneira a produzir energia elétrica, enquanto
bateria é um conjunto de pilhas agrupadas em série ou paralelo, dependendo da exigência
por maior potencial ou corrente (Bocchi, 2000). Este experimento tem por objetivo a
compreensão da obtenção de energia elétrica através de um processo redox.
DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
A construção da super pilha (bateria) de batata-doce, foi realizada cortando-se uma batatadoce descascada em 3 ou 4 rodelas grossas, de um lado foi colocado um eletrodo de cobre
(moeda de 5 centavos) e do outro um eletrodo de zinco (arruela), em seguida foi medido
com um voltímetro a voltagem da célula, na sequência as células foram empilhadas e entre
cada célula foi colocado uma lâmina de EVA (isolante) e feita a ligação em série das células
unitárias através de fios de cobre e com o voltimetro foi novamente lida a nova voltagem. A
"super pilha" foi então empregada para ascender um led. Outra pilha de batata-doce foi
montada e em cada célula, os eletrodos foram embebidos em ácido ácetico (vinagre
comercial) e observou-se que a tensão aumentou devido ao aumento da concentração do
eletrólitos presentes (aumento da força iônica). Uma terceira pilha foi montada e nela os
eletrodos foram mergulhados numa solução salina de cloreto de sódio, e neste último caso a
tensão obtida foi a menor entre as três "super pilha", nesse caso, o sal presente funcionaria
como desidratante da batata-doce, justificando o resultado experimental.
CONCLUSÃO
Os alunos foram sujeitos ativos na construção do seu conhecimento, observaram na prática
a conversão de energia química em energia elétrica, compreenderam o processo de
oxirredução, perceberam que uma pilha pode ser construída com materias do dia-a-dia e
como a química enquanto ciência está presente no cotidiano e contribui para o avanço
tecnológico.
AGRADECIMENTOS E REFERÊNCIAS
Agradecimentos a direção/coordenação pedagógica da E. E. Gentila Guiuzzi Pinatti pelo
apoio e incentivo . Referências: 1.Villullas, H. M; Ticianelli, E. A.; Gonzáles, E.R. Quimica
Nova na Escola, 2002, 15, 28. 2. Bocchi, N.; Ferracin, L. C.; Braggio, S. R. Química Nova na
Escola, 2000, 11,3. 3. http://www.youtube.com/watch?v=anXqqp_m6Ow
13º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
5
ÁGUA POTÁVEL: UMA QUESTÃO DE SAÚDE
Geila M. S. Silva¹ (EM), Allan J. Neto¹ (EM), Luiz R. O. Carvalho¹ (EM), Felipe R.
Silva¹ (EM), Marcelo F. André2 (PG).
1 E.E. Gentila Guiuzzi Pinatti, Sebastianópolis do Sul. 2 Instituto de Química,
UNICAMP, Campinas.
tratamento de água, floculação, filtração, pH
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
É fato notório, reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que o fornecimento
de água em quantidade suficiente e de boa qualidade é uma das medidas prioritárias para a
saúde de uma comunidade (SANCHES, 2003). Nos centros urbanos, as estações de
tratamento de água (ETA) são projetadas para fornecer continuamente água para o
consumo humano, atendendo a padrões de potabilidade estabelecidos pelo governo e
fiscalizados por autoridades sanitárias (Portaria MS n° 1469) (MAIA, 2003). A água, captada
nos mananciais, se torna potável passando por processos que destroem os
microorganismos, potenciais causadores de doenças, retiram sedimentos em suspensão e
controlam o gosto (MAIA, 2003). Este experimento foi realizado com os alunos da 2ª série
do ensino médio. Os objetivos compreenderam a necessidade de tornar a água potável ,
aplicando conceitos e processos, como separação de sistemas heterogêneos, solubilidade e
transformação química.
DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
A primeira etapa do processo consistiu na construção de um dispostivo para simulação de
uma ETA. Ele foi construído com 2 garrafas plásticas de 500 mL, 3 colheres (sopa) de
pedras (de brita), 4 colheres de areia grossa, 7 colheres de areia fina, 1 colher de carvão em
pó tesoura e fita adesiva. Na segunda etapa do processo foram realizadas as etapas de
tratamento de água, pré-cloração, floculação, filtração e verificação do pH, da forma descrita
a seguir. Em 30 mL de água foi adicionada 1 colher de areia e agitou-se a mistura, em
seguida foram adicionadas 8 gotas de solução de água sanitária e agitou-se a mistura
novamente, este procedimento descreve a etapa de pré-cloração. Para a etapa de
floculação foram adicinadas 40 gotas de uma solução de Al(OH)3 (6,0 g/L) comprada em
farmácia, pois não foi possível a compra do sulfato de alumínio (agente floculante), esta
solução foi deixada em repouso por 15 min. e após o repouso a solução foi filtrada no
dispositivo construído na etapa 1 desta situação aprendizagem. O pH foi verificado
empregando 1 gota de indicador universal em 10 gotas de água, esse valor foi comparado
com o pH obtido usando os papeis indicadores tornassol e universal.
CONCLUSÃO
Os alunos foram sujeitos ativos na construção do seu conhecimento e averiguaram a
importância do tratamento de água para o bem-estar e saúde de uma comunidade, além de
entenderem os processos fisico-químicos também discutiram a valorização do consumo
consciente e sustentável deste recurso indispensável à sobrevivência da vida na terra.
AGRADECIMENTOS E REFERÊNCIAS
Agradecimentos a direção e a coordenação pedagógica da Escola Estadual Gentila Guiuzzi
Pinatti pelo apoio e incentivo . Referências: 1.Sanches, S. M.; Silva, C. H. T. P.; Vieira, E. M.
Quimica Nova na Escola, 2003, 18, 49. 2. Maia, A. S.; Oliveira, W.; Osório, V. K. L. Química
Nova na Escola, 2003, 17,8. 3.Caderno do professor, vol 1, 54.
13º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
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UTILIZAÇÃO DE JOGOS DIDÁTICOS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS: UMA PROPOSTA PRELIMINAR
Sheylene Alves de Oliveira (IC), Jakeline de Souza Bastos (IC), Renata
Barbosa Dionysio (PQ)
Universidade Federal do Tocantins - Araguaína.
Educação de Jovens e Adultos, Educação em Química, Práticas pedagógicas
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) sempre é um desafio no cenário educacional, uma
vez que exige tratam-se de sujeitos que em algum momento de suas vidas se afastaram da
escola e muitas vezes sentem-se excluidos e não pertencentes dessse espaço. Assim a
atuação dos docentes precisa ir além de ministrar conteúdos da grade curricular, faz-se
necessário um maior envolvimento e a criação de estratégias didáticas que permitam esse
educando se interessar e entusiasmar através das atividades promovidas e assim abrir
possibilidades para eles conhecimento.
Quando se trata do Ensino de Ciências precisamos garantir que os conhecimentos
desenvolvidos sejam percebidos como úteis e significativo e para isso precisamos relacionálos com os saberes trazidos pelos alunos.
Diante dos inúmeros desafios da Educação de Jovens e Adultos optamos por desenvolver
uma atividade que auxiliasse na fixação dos conteúdos trabalhados durante as aulas
teóricas.
DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
Foi realizado uma atividade experimental sobre densidade com alunos do 1ª série do Ensino
Médio da EJA. Os alunos ainda não conheciam o tema,dessa forma trabalhamos com
alguns conceitos chaves. O experimento realizado propunha a preparação de soluções com
diferentes quantidades de açúcar e diferentes cores de corantes e colocá-las em um copo
de modo que não se misturassem. Ao observarem que os líquidos coloridas não se
misturavam, os alunos mostraram-se impressionados e muito envolvidos tentando
desvendar o que acontecia. Um dos alunos então respondeu que os líquidos não se
misturavam devido a diferença de densidade causada pelas diferentes quantidades de
açúcar presente em cada cor. Ao final da atividade, os alunos relataram que gostaram da
atividade experimental pois sentiam-se estimulados a descobrir uma explicação e dessa
forma aprenderam os conteúdos, como solubilidade, dissolução e densidade de forma
diferente do ensino tradicional ao qual estão acostumados.
CONCLUSÃO
A atividade pedagógica realizada com os alunos possibilitou uma interação entre os
componentes do grupo em prol da cooperação para alcançarem a resposta correta.
Observamos que houve um empoderamento desses alunos frente ao conhecimento já pelo
simples fato de tentar responder corretamente acessavam várias informações e buscavam
formular uma resposta que atendesse a solicitação.
Essa atividade nos incentivou a desesnvolver mais estudos sobre atividades diferenciadas
específicas para esse público
AGRADECIMENTOS E REFERÊNCIAS
UFT
FREIRE, P. Conscientizando – Teoria e Pratica da Libertação. São Paulo, Moraes, 1980.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. São Paulo, Paz e Terra, 1996.
13º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
7
A QUÍMICA DOS CABELOS NO APRENDIZADO DE PH:
MOTIVANDO ESTUDANTES DE EJA
Vicente G. Oliveira*¹ (IC), Silvana M. C. Zanini² (PB), Adriana V. Rossi¹ (PQ)
¹UNICAMP, Campinas-SP; ² C.E.E.J.A. Jeanete A. G. A. Martins, Campinas-SP.
*[email protected]
Oficinas temáticas, Cabelo, Educação de Jovens e Adultos, PIBID.
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
No contexto do subprojeto PIBID da licenciatura em Química da Unicamp, foi desenvolvida
uma oficina relacionada ao cabelo para uma escola pública de Educação de Jovens e
Adultos. Esse tema foi proposto por despertar o interesse dos estudantes, já que envolve
muitas questões cotidianas: desde sua importância como valor estético, os tratamentos
atuais, o crescente mercado consumidor, até questões relacionadas ao uso de substâncias
químicas controladas. O objetivo das oficinas temáticas realizadas nessa escola é
proporcionar maior aproximação dos estudantes com conteúdos de química através de
estratégias metodológicas que despertem interesse e estimulem a participação dos
estudantes e ao mesmo tempo, proporcionem a oportunidade para os bolsistas do
programa, futuros professores, de exercício de transposição didática, orientada e
supervisionada.
DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
A partir do tema escolhido, fez-se um questionário a ser respondido pelos estudantes para
saber dos mesmos: os hábitos, a periodicidade, os problemas e os gastos relacionados ao
uso de produtos para cabelos. Os dados obtidos foram tabulados e apresentados, servindo
de reflexão para a escolha de conteúdos químicos relevantes, adequados para dar
respostas às questões levantadas e que pudessem ser acessados e compreendidos pela
maioria dos estudantes participantes, de maneira satisfatória. Acidez, basicidade e pH foram
escolhidos como os principais conceitos a serem tratados a partir dessa temática. Estes
foram suficientes para explicar o papel da cutícula na manutenção da saúde do cabelo e
problemas relacionados a sua destruição ou fragilização. Tratou-se dos mitos e verdades
sobre o cabelo utilizando-se dos conceitos químicos trabalhados como suporte para refutar
os erros comuns e reforçar as percepções verdadeiras que os alunos possuíam sobre o
tema. Como parte final, foi realizada uma atividade prática sobre pH, testando-se xampus e
condicionadores com de papel indicador universal e extrato de repolho roxo.
CONCLUSÃO
A oficina ocorreu com participação ativa e perguntas dos estudantes, mostrando a
motivação pelo tema. A escolha dos conceitos químicos foi adequado pois esclareceu a
maior parte das dúvidas, além de subsidiar a apresentação do tema. A atividade prática
permitiu o prolongamento do debate, além da socialização dos estudantes, aproximando o
diálogo entre jovens, adultos, professores e bolsistas. Houve produção de material didático
nos moldes das atividades aplicadas em sala.
AGRADECIMENTOS E REFERÊNCIAS
À CAPES, pelo financiamento de bolsas; à equipe de gestores, professores e estudantes da
escola pela abertura de espaço e valiosa interação.
BARBOSA, A. B.; SILVA, R. R. Xampus. Química Nova na Escola, 2 (1995).
SOUZA, E. S.; AZEVEDO, M. G. B.; FONSECA, M. G. Química do Cabelo como Tema
Gerador de Conhecimento de Química. XIV ENEQ, 2007.
13º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
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CORES, FRAGRÂNCIAS E SENSAÇÕES
Cheila C. Oliveira (PB)
Haroldo L. Oliveira (PB)
Walkristian K. D. Lamar (PB)
E.E."Profª Celeste Palandi de Mello" - Campinas
interdisciplinaridade, polaridade, funções orgânicas, artesanato
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
O projeto “Cores, fragrâncias e sensações” está sendo realizado para que haja a integração
de distintas áreas do conhecimento, com conteúdos de Arte, História e Química, a fim de
contribuir para a socialização dos alunos com assuntos de seu cotidiano, pois estes
possuem valores históricos, científicos e úteis na vivência deles. O objetivo norteador deste
projeto é tornar a aprendizagem mais significativa a partir de experimentos, relatos e
produção de materiais artesanais, atrelando os conteúdos apresentados ao Currículo do
Estado de São Paulo.
DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
Durante o projeto, destacamos que História, por exemplo, resgatou a origem dos aromas,
as grandes navegações, a utilização das especiarias na atualidade e em tempos remotos; já
Arte realizou a confecção de cestinhas de jornais, que além de trabalhar com a reciclagem,
favoreceu a socialização dos alunos com um artesanato pouco utilizado por eles; por fim,
Química fabricou sabonetes e sachês artesanais, inserindo conceitos como polaridade,
processos de destilação, extração de óleos essenciais, funções orgânicas, solubilidade,
volatilidade, dentre outros, onde os conteúdos foram diferenciados para as segundas e
terceiras séries do Ensino Médio.
No decorrer das aulas foram apresentados vídeos, tais como: “Perfume – a história de um
assassino” e “Lixo extraordinário”; entrevista da TV Record – programa Saúde na mesa
(tema: Especiarias); vídeo aula do Novo Telecurso – nº 43 (tema central: detergentes). Texto
investigativo: “Xampus” (Química Nova na Escola), com atividade na forma de palavracruzada. Atividades envolvendo assuntos expostos e trabalhados em sala de aula,
enquetes, discussões, fabricação de produtos artesanais e descoberta de fragrâncias
diferenciadas através do olfato.
CONCLUSÃO
Concluímos que o projeto está sendo bem aceito pelos alunos e que a fabricação dos
sabonetes, sachês e cestinhas foi muito prazerosa; as pesquisas, experimentos, vivências
de situações concretas favoreceram na construção de conteúdos conceituais complexos e
importantes em cada área do conhecimento e, por fim, ressaltamos e intensificamos que há
possibilidade de áreas distintas realizarem uma ação que promova um aprendizado
consolidado na vida dos docentes e dos discentes.
AGRADECIMENTOS E REFERÊNCIAS
Agradecemos aos alunos e gestores que apoiaram nossa iniciativa.
- Barbosa, A. B.; Silva, R. R. Química Nova na Escola, 2, 3, 1995
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc02/quimsoc.pdf
- Santos, P. N.; Aquino, K. A. S. Química Nova na Escola, 33, 160, 2011
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc33_3/160-RSA02910.pdf
13º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
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EXPERIMENTAÇÃO LÚDICA DO MODELO CIENTÍFICO NA
CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO PARA A SOLUÇÃO DO ENIGMA
DAS CAIXINHAS
Zilda A. G. Bianchim¹ (PB).
1. EMEF Paulo Freire - Americana (SP)
Ensino Fundamental, Etapas da pesquisa, Cultura Cientifica, Macro e Micro
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
A proposta experimental foi aplicada em uma turma do 5º ano do Ensino Fundamental I e se
constituiu em desafiar os alunos para que descobrissem o conteúdo que havia nas caixinhas
de fósforos, que lhes foram dadas fechadas e lacradas.
A atividade ocorreu em três aulas e os alunos puderam experimentar e perceber as etapas
da construção do conhecimento científico, como apontadas por Marson et al (2011):
definição do problema que a situação apresenta; análise e descrição das observações;
representação das ideias com o uso da terminologia apropriada; formulação de hipóteses e
a elaboração de uma lei, teoria ou modelo.
Segundo izzo ( 14) “Frequentemente, o conhecimento quotidiano é transmitido junto com
percepções do mundo que conjugam evidências s crenças e valores compartilhados pela
comunidade" e neste sentido, o objetivo desta proposta foi proporcionar a inserção à cultura
científica nos anos inicias da escolarização.
DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
Os alunos foram muito receptivos à atividade proposta. Diante da perspectiva de que
grandes objetos como garrafa, telha, pedra de granito, entre outros, poderiam estar nas
caixinhas, manifestaram surpresa, porém buscaram justificativar tal possibilidade dizendo:
“Só se for um pedaço, uma amostra”.
O fato da sequência didática ter se desenvolvido em diferentes momentos contribuiu para o
êxito da proposta no sentido de proporcionar aos alunos a oportunidade de vivenciarem
como se dá o processo de construção do conhecimento científico, visto que o tempo é um
fator importante para a significação das ideias, pois é no processo de envolvimento com a
pesquisa, através das trocas, reformulações e estudos constantes que os conhecimentos
científicos são construídos.
Vivenciar essa particularidade tornou essa atividade bastante significativa para os alunos,
assim como a compreensão de que a ciência explica o universo macro através do micro, o
visível com o invisível foi um conhecimento construído de modo fundamentado e
significativo. Além disso o caráter lúdico desafiador causou grande surpresa ao grupo, ao
constatarem de fato os materiais que estavam no interior das caixinhas de fósforos.
CONCLUSÃO
O desenvolvimento das etapas do modelo científico de produção do conhecimento se deu
de forma contextualizada e lúdica e os alunos perceberam e compreenderam as
características e diferenças entre conhecimento científico e o saber do senso comum.
Entenderam também tratar-se de um processo de elaborações e reelaborações de ideias
contínuo. A proposta promoveu, já no Ensino Fundamental, a inserção precoce à cultura
científica, uma vez que o contato com este conhecimento acontece tardiamente.
AGRADECIMENTOS E REFERÊNCIAS
Agradeço à Profa. Adriana Vitorino Rossi
MARSON, G.A. et al. Química. A matéria não é contínua: A Química explica o visível com o
invisível. Licenciatura em Ciências USP/UNIVESP, 2011. Tópico 6, p.112-133.
BIZZO, N. Projeto de Ensino de Ciências I: bases teóricas. Revisão. Licenciatura em
Ciências USP/UNIVESP, 2014. Cap.4, p.62-73.
13º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
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GOSTAR DE QUÍMICA, DESENVOLVENDO TAMBÉM VALORES
SOCIAIS E ÉTICOS
Wellington R. A. Oliveira¹ (IC)
UNICAMP- UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
Educação para a vida, Autônomos, Competentes, Solidários.
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
Tendo como iniciativa a educação não só no contexto do conteúdo específico, química no
caso, uma oportunidade de atrelar o conhecimento escolar com valores e fatos da
atualidade, desenvolve o interesse dos estudantes, para se tornarem autônomos, solidários
e competentes. Autônomos porque serão capazes de tomar decisões por si mesmos, em
busca de conhecimento. Solidários, porque são estiumlados a se preocupar com as outras
pessoas e o bem-comum. E, por fim, competentes, porque serão preparados para
compreender fenômenos em uma dimensão mais ampla a partir de conceitos químicos que
trazem explicações não só micro-ambiente e sim também em macro-ambiente. Um exemplo
específico de tema para essa abordagem envolve a emissão de gás carbônico: é importatne
que os estudantes entendam que são parte de uma sociedade e que são capazes, partindo
de pequenos esforços pessoais, mudar todo um contexto social.
DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
O caminho escolhido para esta proposta de educar para a vida é para preparar o estudante
para experimentar, compreender e incorporar o aprendizado da química em seus modos de
ser, com "valores positivos", fazendo uma oficina com recortes de notícias sobre efeito
estufa, emissão de gás carbônico, chuva ácida, entre outros. Voltado para estudantes de
ensino médio, não se trata de uma proposta inédita, mas sim de uma maneira diferenciada
de ensinar o conteúdo escolar, criando oportunidades para os estudantes experimentarem,
compreenderem, escolherem e ainda incorporarem em suas vidas. Trata-se de enxergar o
estudante não como problema e sim, mas como uma solução, partindo de debates simples e
relações com leituras do campo ciêntífico.
Consequencia do trabalho é que o estudante pode relacionar algo complexo com algo
próximo a sua realidade, compreendendo a importância dos estudos da química e a sua
aplicação, abrir debates e buscar soluções para problemas de grande impacto local e social,
deixando que por iniciativa própria promovam possíveis soluções, incentivar os projetos que
os próprios estudantes passarem a desenvolver.
CONCLUSÃO
Educar para a vida é não só ensinar, mas dar a oportunidade de aprender e mostrar ao
estudante que ele pode ser protagonista de projetos simples, envolvendo a química no seu
cotidiano. Também é buscar ser solidário com o planeta e com as pessoas, respeitando a
natureza à partir do conhecimento químico, que pode afetá-la. É apoiar e ver a evolução de
um estudante a partir de pequenos atos e construir um futuro melhor não só para si e
aqueles que estão próximo, mas para todo o planeta.
AGRADECIMENTOS E REFERÊNCIAS
Quero deixar aqui meu muito obrigado à Profa. Dra. Adriana Vitorino Rossi, ao me acolher e
orientar, dando oportunidade para desenvolver e criar, pesquisar e buscar. Agradeço ao
subprojeto PIBID-IQ-UNICAMP pela iniciativa e valorização dos estudantes.
- Costa, Antonio C. G. Programa Cuidar: Conversando com os pais. 1 ed. HS Editora Ltda
13º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
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AS MUDANÇAS PARA A FORMAÇÃO DE UM NOVO PROFESSOR
Marcos A. Maccari (IC)
¹UNICAMP, Campinas-SP; [email protected]
Transposição didática, prática docente, Educação de Jovens e Adultos, PIBID
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
Participo como bolsista do programa PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à
Docência) desde o início de 2014 porque senti ausência de orientações mais próximas e um
espaço diferentes para discutir e compartilhar ideias sobre situações de ensino e
aprendizagem. Dentro das atividades realizadas no PIBID, trabalhamos com duas que
considero extremamente valorosas para formação e aprimoramento da prática docente. A
oportunidade de observar uma professora mais experiente trabalhando e compartilhando
ideias dessa prática e a elaboração de oficinas temática com o objetivo de explorar os
conhecimentos científicos de uma forma mais motivadora e acessível para os alunos,
permitiu-me fazer modificação em minha prática docente, que relato aqui.
DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
Para preparar aulas, são necessários esforços para conseguir aproximar e adequar a
linguagem química para que os alunos consigam acessa-la. A participação no programa
PIBID, tem possibilitado observar formas de abordagens dos conteúdos químicos despertam
minha atenção e motivam algumas novas atitudes. Por exemplo, para tratar do assunto
dissolução, em um primeiro momento, recorria ao uso da linguagem química de uma forma
bem tradicional, tentando ser muito preciso, colocando informações novas e utilizando as
simbologias relacionadas. Em determinado momento, a aula “empaca” pois o foco ficam
muito mais no entendimento de determinada simbologia (carga dos íons em solução, por
exemplo) do que do próprio conceito de dissolução. Refleti sobre isso e rapidamente
encorajei-me a mudar de atitude; para novamente abordar esse conteúdo, busquei outro
caminho, omitindo a simbologia, buscando deixar mais simples e claro o raciocínio para o
entendimento do conceito de dissolução. Percebi um resultado mais favorável a partir dessa
forma de explicar, o que me deixou gratificado.
CONCLUSÃO
Atribuo que a minha rápida mudança de atitude deu-se, em grande parte, devido às
vivências ocorridas no subprojeto do PIBID, trazendo-me mais segurança para atitudes
positivas em minha prática e estímulo para encontrar novas maneiras para que o
conhecimento químico possa ser acessado pelos alunos.
AGRADECIMENTOS E REFERÊNCIAS
À CAPES, pela bolsa oferecida, a professora supervisora Silvana, pelo compartilhamento de
sua experiência e cooperação, a professora Adriana, coordenadora do programa, pelo
incentivo e orientação.
13º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
12
CONSTRUÇÃO DA OFICINA "RADIOTERAPIA": DESAFIOS NA
ESTRUTURAÇÃO DO TEMA PARA UMA ESCOLA DE EJA
Vitor Secamilli Silva (IC)*¹, Silvana M. C. Zanini² (PB), Adriana V. Rossi¹(PQ)
[email protected].
¹UNICAMP, Campinas-SP; ² C.E.E.J.A. Jeanete A. G. A. Martins, Campinas-SP.
Oficina Radioterapia, PIBID, EJA, tema delicado
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
No contexto do programa PIBID (Programa Institucional de Iniciação à Docencia),
estruturamos uma oficina sobre radioterapia em escola de jovens e adultos, localizada na
cidade de Campinas. Motivados pelo tema, temos enfrentado desafios para aboradá-lo, pois
sabemos que é delicado e causa temor para muitas pessoas. A metodologia adotada foi a
escolha de conteúdos que possam esclarecer quanto a segurança desse tipo de tratamento
(radioterapia), objetivando proporcionar o envolvimento dos estudantes e o esclarecimento
de dúvidas, para desfazer informações incorretas.
DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
Após a escolha do tema, pensamos em aborda-lo de forma a valorizar os conhecimentos
científicos ligados à segurança do tratamento radioterápico, utilizando a história da
radioatividade e os desafios para estabelecer procedimentos mais seguros. Isso abre a
possibilidade de tratar o assunto de forma a minimizar alguns temores dos estudantes. O
segundo passo foi a elaboração de um questionário a ser respondido pelos estudantes
antes da realização da oficina, para fazer o levantamento dos conhecimentos prévios,
temores e opiniões sobre o assunto. O terceiro passo envolve o tratamento dos dados
obtidos e a utilização dos mesmos como contribuição informativa para a maneira de tratar
do assunto na oficina. Também esperamos utilizar os dados para retomar o debate do
acidente com Césio em Goiânia em 1987, em que faltou conhecimento científico para a
população diante das negligências ocorridas.
CONCLUSÃO
Com esta forma de tratar temas delicados em oficina, buscamos introduzir conceitos e
informações para estimular a formação de ideias e o debate em torno desse assunto tão
importante. Esta é uma forma de aplicar os conhecimentos científicos para tentar suplantar
algumas idéias baseadas no senso comum e também aumentar a confiança da população
nos profissionais e nos procedimentos que utilizam da radiação.
AGRADECIMENTOS E REFERÊNCIAS
À CAPES, pela bolsa oferecida e à Equipe Gestora do Centro Estadual de Educação de
Jovens e Adultos Jeanete A. G. A. Martins, pela abertura e cooperação.
CRUZ SOUZA de, F.R. Radioatividade e o Acidente de Goiânia, Cad. Cat. Ens. Física,
Florianópolis, 1987.
13º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
13
PROJETO E CONSTRUÇÃO DE BOMBA CENTRÍFUGA DE BAIXO
CUSTO COM ALUNOS DA ÁREA QUÍMICA: APRENDENDO A
APRENDER
André Luís C. Peixoto¹ (PB, PQ)
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), campus
Capivari
Ensino Técnico, Operações Unitárias, Bombas Centrífugas, Reciclagem de Materiais
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
A bomba centrífuga é uma bomba do tipo dinâmica, ou turbo bomba. São projetadas e
indicadas para operar a grandes vazões e não tão elevadas pressões, sendo um
equipamento essencial em indústrias de processos químicos. É constituído por um impelidor
(transfere energia cinética ao fluido que passa por ele, podendo ser aberto, semi-aberto, ou
fechado, simples ou de dupla sucção), carcaça (com função de contenção do fluido e a
conversão da energia cinética em energia de pressão), e pelo sistema de vedação. O curso
técnico em química do IFSP campus Capivari oferece aos alunos, no 3º ano, a disciplina de
Processos Químicos Industriais e Operações Unitárias. Como o profissional técnico é dele
exigido maiores habilidades práticas e empíricas, buscou-se construir conceitos mecânicos,
fenomenológicos e limitantes do transporte de fluidos em indústrias químicas a partir da
elaboração do projeto de construção de bombas centrífugas e sua execução.
DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
Os alunos foram divididos em grupos com quatro integrantes cada. A eles foi permitido que
tivessem acessoria de profissionais da área mecânica e elétrica, favorecendo a
interdisciplinaridade que é exigida do profissional contemporâneo. Dos alunos não foram
exigidos tipo de material a ser aplicado e nem do tipo de motor a ser empregado. Contudo,
foi exigido que o equipamento estivesse em perfeito funcionamento findado período de um
bimestre, com vazão relativamente alta do fluido e baixo custo operacional. Todos os grupos
documentaram os encontros para o projeto e construção das bombas ao longo do bimestre
letivo. Terminada a construção das bombas centrífugas, os grupos fizeram cálculos de
potência real, comparando-a com a potência nominal, determinação da vazão de
bombeamento, verificação da existência ou não existência de cavitação e custo energético procurando-se, para isso, informações tarifárias na distribuidora de energia elétrica que
atende a região. Um dos grupos utilizou, basicamente, ralos de banheiro (PVC) como
carcaça, canos para entrada e saída do fluido, um rotor de madeira e furadeira doméstica
como motor. O custo operacional foi de R$ 2,53 por 8 horas de uso.
CONCLUSÃO
Alunos relataram que, quando apresentada a proposta do trabalho, não seriam capazes de
executá-la. Contudo, com os encontros dos grupos de trabalho, foram adquirindo as
competências necessárias para a construção do equipamento, aliando conhecimento teórico
adquirido com leitura técnica com a execução prática/empírica do projeto. Os alunos
reportaram como maior dificuldade o selamento das bombas, ocasionando vazamentos.
AGRADECIMENTOS E REFERÊNCIAS
CONSTRUÇÃO de uma bomba centrífuga. Produção de E. Avanci; L.T. de Oliveira; M.R.X.
Gosmate; M.P. de Jesus. Coordenação de A.L.C. Peixoto. São Paulo: IFSP, 2014. 1 vídeo
(8 min). Disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=a7sj5Y6DY0Y&list=UUEyYPRoVbGGtSJnJVgzbbJw.
13º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
14
PARCERIA PIBID/UPM E ESCOLA MUNICIPAL: REFLEXÕES SOBRE AS
ATIVIDADES PEDAGÓGICAS DIFERENCIADAS DE QUÍMICA REFORÇO
Fernanda A. da Silva (IC), Jaqueline F. da Rocha (IC), Priscila F. da Silva (IC),
Shirley N. Maciel (IC), Tamires B. Ribeiro (IC), Maura V. Rossi (PQ), Nancy C.
Masson (PB)
1 Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) - São Paulo/SP
2 Escola Municipal de Ensino Fundamental e Médio Vereador Antonio Sampaio DRE J/T - São Paulo/SP
PIBID, reforço escolar, projetos, aprendizagem
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) é um programa
viabilizado pelo Ministério da Educação (MEC), fomentado pela Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) que visa promover atividades de
iniciação à docência para aproximar os acadêmicos dos cursos de licenciatura ao contexto
escolar para a realização de ações educativas que lhes permitam um maior envolvimento
com o trabalho na escola e que deem bases para sua futura profissão docente. Pode-se
dizer que a participação do PIBID é uma forma alternativa para contribuir no processo de
ensino e aprendizagem com mais qualidade nas escolas e, para os acadêmicos, ao
propiciar vivências diferenciadas.
Este trabalho apresenta algumas reflexões a respeito da participação nas Atividades
Pedagógicas Diferenciadas de Química - Reforço, desenvolvidas na EMEFM Vereador
Antônio Sampaio, DRE J/T, na zona norte em São Paulo.
DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
Após um período de observação das aulas, foi proposto a realização do reforço, no horário
do almoço (das 12:15 às 13:30) inicialmente às quintas-feiras no 2º.bimestre e no 3º.
bimestre às terças e quintas feiras, contemplando os alunos do ensino médio do período da
manhã e da tarde. Em conversa com a supervisora do projeto na escola com os
acadêmicos, foram definidos temas básicos que seriam abordados nas aulas.
Foi possível observar uma aproximação de todos os envolvidos, um aumento do interesse
dos alunos refletido em mais questionamentos durante as aulas diárias, melhora nas notas e
aumento gradual do nº. de alunos nas aulas.
Quanto aos acadêmicos observou-se a percepção das outras facetas da carreira de
professor, que não se resume mais na visão de passar conhecimento, mas envolve
principalmente o como passar este conhecimento, ainda mais em salas de aula com
diferentes tipos de inclusão. Frustações em perceber que não se faziam entender e a
constante busca em formas de transmitir o conhecimento que atinjam a todos. E a sensação
prazeroza de ouvir um "muito obrigado pois eu entendi" dos alunos.
CONCLUSÃO
A participação do PIBID/UPM na escola propicia aos estudantes um processo de ensino e
aprendizagem mais significativo e incentiva os acadêmicos a viver a carreira docente
experimentando e vivenciando de modo reflexivo-prático, o que aprendem na universidade.
Outro fator importante é a interação com o professor supervisor que se dá através do
constante diálogo com os acadêmicos: problemas levantados e compartilhados; saberes
trocados, e estratégias sugeridas e negociadas.
AGRADECIMENTOS E REFERÊNCIAS
À Direção da escola EMEFM Vereador Antonio Sampaio pelo acolhimento do projeto, à
CAPES/MEC e ao PIBID/UPM.
13º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
15
COLETA DO ÓLEO USADO: A QUÍMICA PRESERVANDO O MEIO
AMBIENTE
Marcelo D. Trancoso (PB); Alessandra L. do Nascimento (IC); Analice S. de Lira
(EB); Eduarda N. da Silva (EB); Laís C. R. Simões (EB); Nayara V. Oliveira (EB).
COLÉGIO BRIGADEIRO NEWTON BRAGA, Rio de Janeiro
Palavras chave: meio ambiente; preservação; óleo usado; sabão.
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
A questão ambiental tem sido amplamente discutida em todos os níveis da sociedade.
Diversos encontros são realizados, visando debater problemas ambientais e encontrar
soluções que diminuam os efeitos negativos, já sentidos pela população. Um dos resíduos
gerados em nossas casas, que pode causar sérios danos ao meio ambiente, é o óleo usado
para fritura que, normalmente, é despejado nos ralos das pias das cozinhas. Muito pode ser
feito com o óleo usado, como, sabão, detergente, amaciante, etc. Sabendo disso, há três
anos, passamos promover a coleta do óleo usado em nosso colégio e, através de processos
químicos, transformamos o óleo coletado, em sabão (barra e líquido) que são utilizados no
próprio colégio e também, produzimos biodiesel. Dessa forma, esperamos diminuir os danos
ambientais causados pelo descarte de maneira errada, do óleo de fritura usado e mostrar
que a química também, contribui para a preservação do meio ambiente.
DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
Participam desse trabalho quatro alunas do Ensino Médio, que são responsáveis por: coletar
o óleo; transformar o óleo em sabão; divulgar essa atividade no colégio e em feiras de
ciências; ministrar aulas, em turmas do colégio, demonstrando a produção do sabão e
biodiesel, a importância da reciclagem e outros(as).Uma parte do óleo coletado é utilizada
na produção de sabão (barra e líquido) que são distribuídos nos banheiros do colégio. A
outra parte do óleo é trocada junto a uma cooperativa, por produtos de limpeza (desinfetante
e cloro) que são empregados na limpeza do colégio. A preparação do biodiesel visa apenas
demonstrar a importância e mais uma aplicação da reciclagem. Não é nosso objetivo o uso
deste combustível. Este trabalho é desenvolvido há três anos e, até o primeiro semestre de
2014, foram obtidos os seguintes resultados: quantidade de óleo coletado: 841 litros;
material de limpeza recebido: 417 litros; barras de sabão produzidas: 161 barras de 200
gramas cada. Atualmente temos em estoque, 90 litros de óleo usado que, acrescidos de
outras quantidades que ainda receberemos este ano, serão trocados junto à cooperativa,
por produtos de limpeza, ao término do ano letivo.
CONCLUSÃO
Os sabões distribuídos nos banheiros dos alunos e os materiais de limpeza recebidos
contribuem para a melhoria do ambiente escolar. A coleta do óleo contribui de forma
sustentável para a preservação e conservação do meio ambiente. Vários alunos perguntam
detalhes do trabalho, dizem que é interessante obter, a partir de óleo usado, um sabão que
faz espuma, lava e é empregado na limpeza. Com isso este trabalho contribui também, para
aumentar a curiosidade e o interesse dos alunos pela química.
AGRADECIMENTOS E REFERÊNCIAS
Aos Professores do Mestrado Profissional em Ensino de Química, do Instituto de Química,
UFRJ.
Reciclagem de Óleo de Cozinha. Disponível na internet em <http://www.biodieselbr.com >
Acesso em fev 2012.
Aprenda a Fazer Sabão com Óleo de Cozinha Usado. Disponível na internet em
<http://www.ecycle.com.br > Acesso em fev 2012.
13º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
16
HISTÓRIA, OBTENÇÃO E APLICAÇÕES DO ETANOL NO BRASIL
Marcelo D. Trancoso (PB); Alessandra L. do Nascimento (IC); Débora S. Leitão
(EB); Jéssica K. P. de Queiroz (EB); Luciana C. Amaral (EB).
COLÉGIO BRIGADEIRO NEWTON BRAGA
Rio de Janeiro - RJ
Palavras chave: Etanol; combustível; fermentação.
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
O etanol ou álcool etílico pode ser obtido por processos bioquímicos (fermentação) ou via
sintética, a partir da beterraba, milho, arroz, mandioca e outras. No Brasil este álcool é
produzido através da fermentação do caldo da cana-de-açúcar. A fermentação é um
processo que compreende um conjunto de reações enzimáticas. Neste caso a fermentação
é realizada pelo microorganismo Saccharomyces cerevisae, uma levedura, que converte,
pela ação de enzimas, o açúcar da cana (sacarose) em etanol, dióxido de carbono e
produtos secundários. Sabendo que o etanol tem significativa importância para a economia
do país, resolvemos desenvolver este trabalho, no qual, a partir da obtenção experimental
do etanol pela fermentação do caldo da cana-de-açúcar, esperamos promover a
interdisciplinaridade, trabalhando a história do etanol no Brasil; mostrar algumas aplicações
e importância do etanol no cotidiano e motivar os alunos ao estudo da química.
DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
Inicialmente ministramos uma aula expositiva onde é apresentado um histórico do etanol;
suas aplicações; importância; vantagens e desvantagens do seu uso, em relação à gasolina
e processo de fermentação. Em seguida iniciamos o experimento, colocando numa retorta
200 mL de caldo de cana e 20 g de fermento biológico (fermento de padaria). Após alguns
minutos, começa à formação de dióxido de carbono, confirmando a fermentação que é
concluída em dois dias. Decorrido esse tempo, realizamos a obtenção do etanol,
transferindo o fermentado, contido na retorta, para uma aparelhagem de destilação. Após
alguns minutos, o etanol começa a ser obtido. Inicialmente este álcool é identificado por seu
odor característico e em seguida, pela queima de parte do etanol obtido num vidro de
relógio. A fermentação e a destilação não apresentam dificuldades para realização. O uso
do etanol como combustível é importante, pois além de menor custo na produção que os
combustíveis fósseis, o etanol é um combustível renovável, pois o CO2, produzido em sua
combustão, é retirado da atmosfera pela fotossíntese, com o plantio de nova safra de canade-açúcar, para produção de mais etanol.
CONCLUSÃO
Trabalhamos a interdisciplinaridade com a história do etanol e a fermentação biológica.
Destacamos a importância do etanol, principalmente como combustível.
Os alunos demonstram maior interesse pela aula experimental do que pela aula teórica, o
que já era esperado, pelo fato da química ser uma ciência experimental.
Acreditamos que a realização desta atividade experimental, possa ajudar a despertar o
interesse dos alunos pela química, motivar ao seu estudo e facilitar o ensino desta ciência.
AGRADECIMENTOS E REFERÊNCIAS
Aos Professores do Mestrado Profissional em Ensino de Química, UFRJ.
LISBOA, Julio Cezar Foschini. Ser Protagonista. 1. ed. São Paulo: SM, 2010. v.1.
USBERCO, João; SALVADOR, Edgar. Química. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2006. v. 1.
ALVEZ, Líria. Álcool versus gasolina. Disponível em: <http://www.brasilescola.com> Acesso
em: 17 set. 2014.
13º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
17
PRODUÇÃO DE PAPEL UTILIZANDO MATERIAIS ALTERNATIVOS.
Leonardo P. Dugolin (EB), Lucas W. da Silva (EB), Thiago Bertaglia (EB) e Ana
Carolina G. Ribeiro (FM)
ETEC Prof° Dr José Dagnoni, Santa Bárbara D´Oeste
Papel Alternativo, Resíduos Agroindustriais, Sustentabilidade.
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
Historicamente o papel surgiu no Egito, já que os egípcios utilizavam o papyru para a
produção. Entretanto o papel como conhecemos hoje surgiu na China. Sua utilização em
larga escala não ocorreu rapidamente, na realidade o papel ganhou a escala industrial com
a criação da imprensa por Guttenberg em 1440. Mas com alta demanda industrial veio à
escassez de matérias-primas e assim pesquisas começaram e a madeira foi encontrada
como a solução do problema, já que a mesma não alterava a qualidade do papel
drasticamente.
Mas atualmente com a ameaça do aquecimento global e a excessiva emissão de gás
carbônico sua utilização vem sendo repensada dando abertura para a utilização de outras
fibras. Neste contexto o grupo tem o objetivo de desenvolver um papel alternativo utilizando
as fibras do bagaço de cana-de-açúcar e fibras da casca do coco verde, que são resíduos
da agroindústria e tem potencialidade na área da produção de Celulose.
DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS
A extração da celulose do bagaço da cana-de-açúcar e da fibra do coco verde foi realizada
com cozimentos, para a digestão da lignina e hemocelulose, utilizando hidróxido de sódio
8% M/V durante duas horas em temperatura de ebulição. Respeitando a quantidade de
solução em uma proporção de 6:1, os resultados foram promissores para a cana-de-açúcar,
ela ficou menos rígida, o que indicava a digestão da lignina, por outro lado, a fibra do coco,
foi necessário recozimento para atingir o resultado desejado. Após o cozimento, foi
necessário lavar e retirar todo o hidróxido de sódio residual e neutralizá-lo para descarte.
O branqueamento foi realizado em banho com hipoclorito de sódio 12% diluído com água
destilada. A celulose branqueada foi lavada com água, filtrando e prensando para retirar o
excesso de água. Utilizamos cerca de 7g de cada celulose em conjunto com 150 mL de
água destilada, usando um liquidificador para obter uma polpa, que foi jogada sobre uma
tela plástica fina, espalhada e por fim, cobrimos com filme plástico e um peso. Após a
secagem, obtivemos dois papeis: o de cana, mais branco, e o de coco, um pouco amarelado
e mais resistente.
CONCLUSÃO
O grupo chegou à conclusão de que ambas as matérias-primas utilizadas são promissoras
quanto à produção de celulose e papel, visto que os papeis produzidos foram avaliados
positivamente e acredita ainda que com o branqueamento feito pela indústria o papel
proveniente da casca do coco verde entrará no padrão que é utilizado atualmente.
AGRADECIMENTOS E REFERÊNCIAS
Agradecimento a nossa coordenadora de curso Profa. Vivian Marina Barbosa Ramires aos
professores pelo apoio ao nosso trabalho, a Ezequiel Mocelin, Bracelpa e Elós Senhoras por
informações importantes para elaborar o trabalho.
13º SIMPEQ
Resumos de trabalhos e material de apoio
Material de Apoio
para as Atividades Experimentais
O material referente à atividade experimental foi organizado pela equipe do
13º SIMPEQ, a partir de textos encaminhados pelos responsáveis dos experimentos.
No final, apresentamos um questionário de avaliação do 13º SIMPEQ.
Solicitamos que você o preencha e entregue aos monitores no encerramento
do evento porque sua opinião é muito importante para o direcionamento de esforços
para aprimorar nosso evento. Pretendemos levantar a opinião dos participantes
sobre as atividades desenvolvidas. Os dados serão úteis para avaliar o evento e
orientar eventuais alterações necessárias para aprimorar possíveis edições futuras.
Repare que no final do questionário há espaço onde você deve colocar seu
nome, mas não é para identificar suas respostas. Separe este quadro preenchido
antes de entregar o questionário aos monitores e coloque o quadro na urna para
concorrer no sorteio de brindes na Plenária de Encerramento.
Para contatos e críticas: [email protected]
Agradecemos sua participação!
13º SIMPEQ
Atividade A
A
Coagulação: Papel no Tratamento de Água
Profa. Dra. Susanne Rath, Rafael Silveira Porto, Rita de Cássia
Zaccardi de Souza
IQ - UNICAMP
[email protected]
Introdução
A água doce é o recurso essencial para a sobrevivênica e manutenção da
vida. De toda a água existente no nosso planeta, apenas 0,77% está disponível para
nosso consumo. Não somente a quantidade de água tem um papel importante no
nosso ecossistema, mas também a qualidade da mesma. Indubitavelmente, a nossa
forma de viver nas últimas décadas tem impactado não só o meio ambiente, mas
também a qualidade da água.
Embora a água seja essencial para a vida, também pode servir de veículo de
transmissão de doenças. John Snow, médico anestiologista, sem dispor de
conhecimentos relativos à existência de microorganismos, demonstrou por meio do
raciocínio epidemiológico, que a água era a responsável pela transmissão da cólera
que se abateu sobre Londres em 1854. Além de agentes biológicos a água pode
conter uma ampla variedade de contaminantes químicos e físicos que são
decorrentes dos efluentes lançados nos recursos hídricos. Desta forma, faz se
necessário purificar a água para que a mesma seja própria para consumo humano.
O tratamento da água é realizado nas Estações de Tratamento de Água (ETA). No
Brasil, as ETA empregam tramentos convencionais que compreendem basicamente
as seguintes etapas:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Pré-cloração
Pré-alcalinização
Coagulação
Floculação
Decantação
Filtração
Pós-alcalinização
Desinfecção (cloro, ozônio, UV)
Fluoretação.
13º SIMPEQ
Atividade A
A
Estas operações tem como principais objetivos a remoção de material
particulado e matéria orgânica dissolvida, assim como algas e organismos
patogênicos. Partículas com um diâmetro menor do que 10 -4 mm contribuem para a
cor e sabor da água e partículas com diâmetro maior do que 10-4 mm são
responsáveis pela turbidez. Uma vez que essas partículas levariam um tempo muito
grande para serem sedimentadas pela ação da gravidade, adicionam-se substâncias
químicas para favorecer o processo, que é denominado de coagulação/floculação.
Neste processo, as partículas coloidais que não iriam se decantar naturalmente são
aglomeradas, formando sólidos de maior tamanho, também chamados de flocos.
Cabe observar, que os coloides apresentam uma elevada relação área/volume,
possuindo dimensões no intervalo de 1 a 1000 nm. Como curiosidade, o termo
colóide, do grego, significa cola e na época referiu-se às soluções de goma arábica.
Como coagulantes empregados nas ETA destacam-se o sulfato de alumínio,
policloreto de alumínio (PAC) e cloreto férrico, entre outros.
As reações químicas envolvidas no processo de coagulação são complexas,
mas podem ser simplificadas e expressas pela seguinte reação:
Al2(SO4)3 + 6 H2O
→
2Al(OH)3(s) + 6H+ + 3SO43-
O hidróxido de alumínio caracteriza-se como uma dispersão coloidal
positivamente carregada, que neutraliza as cargas negativas das partículas coloidais
presentes na água provenientes de argilominerais. Para que essa reação seja
eficiente, faz-se necessário controlar o pH do meio (aproximadamente 7, no caso do
sulfato de aluminio) o que pode ser realizado pela adição de água de cal, hidróxido
de sódio ou outra base. É importante observar que, pela adição do sulfato de
alumínio à água, ocorre uma diminuição do pH do meio, que precisa ser novamente
ajustado para que o processo de coagulação não seja interrompido. Após a
coagulação a água passa para um tanque de floculação no qual ocorre o processo
de agregação e sedimentação. O lodo sedimentado no tanque é removido por pás e
transportado para um aterro sanitário. As últimas etapas são a filtração, cloração e
fluoretação. A filtração é um processo físico que tem por objetivo remover partículas
em suspensão e também alguns compostos dissolvidos. O meio filtrante é composto
de diferentes camadas de areia e carvão. A penúltima etapa do processo é a
cloração que tem como objetivo a desinfecção, ou seja, eliminação de
microorganismos.
13º SIMPEQ
Atividade A
A
Após todo esse processo, a água é distribuída para os reservatórios da
cidade. Um esquema simplificado e animado do processo de tratamento de água
pode ser encontrado no endereço abaixo:
http://site.sabesp.com.br/uploads/file/flash/tratamento_agua.swf.
0102030405060708091011-
Represa
Captação e bombeamento
Pré-cloração, pré-alcalinização, coagulação
Floculação
Decantação
Filtração
Cloração e fluoretação
Reservatório
Distribuição
Rede de distribuição
Cidade
Parte Experimental
Material e soluções para o experimento.
Descrição
Bequer de 50 mL
Tubos de ensaio
Filtro
Bagueta de vidro
Papel de pH
Pipeta de pasteur
Papel de filtro
Algodão
Corante alimentício
Garrafa PET de 500 mL
Água com terra (amostra)
Carvão ativo
ou carvão comum ralado
Areia
Pedregulho
Pedras
Sulfato de alumínio 0,9 mol L-1
ou alúmen de potássio 0,18 mol L-1
Solução de NaOH 1 mol L-1
ou água de cal (Ca(OH)2)
Solução de HCl 1 mol L-1
Quantidade por grupo de alunos
13º SIMPEQ
Atividade A
A
Procedimento
Parte I - Coagulação e floculação
1. Transfira cedrca de 50 mL da amostra turva de água para 3 bequeres (A, B e C).
2. Meça o pH e ajuste o pH da amostra contida no bequer A para 2-3, do bequer B
para 7-8 e do bequer C para 13-14.
3. Adicione 15 gotas da solução de sulfato de alumínio em cada amostra e meça o
pH e caso necessário ajuste o mesmo para os valores anteriormente definidos.
4. Agite bem as soluções com a bagueta e em seguida deixe as soluções em
repouso e observe o que acontece.Anote as observações.
Parte II – Remoção de compostos orgânicos
1. Repita o mesmo procedimento da Parte I usando uma amostra de água turva
adicionada de corante. Anote os resultados
2. Transfira uma alíquota da solução do bequer B (após processo de clarificação)
para um tubo de ensaio e adicione uma ponta de espátula de carvão ativo. Agite
e filtre a solução sobre algodão. Anote o resultado.
Parte III – Sistema de filtração
1. Corte a garrafa PET pela metade
2. Proponha um sistema de filtração com os seguintes materiais: algodão, areia,
carvão ativo e pedregulho.
3. Teste o filtro com a amostra de água turva.
Conceitos a serem discutidos:
1. Porque o pH de torneira é de modo geral menor do que 7? Quais são as
reações químicas que suportam essa informação.
2. Como obter água a pH 7 sem uso de produtos químicos.
3. Porque se faz necessário se ajustar o pH antes do processo de coagulação.
4. Que espécies de aluminio existem presentes no pH 7.
5. Quais são as reações químicas envolvidas no processo de coagulação?
6. Que tipo de compostos ou espécies são removidas nas ETA no processo de
coagulação e floculação.
7. Qual a função do carvão ativo no processo de tratamento de água?
8. Com as informações obtidas neste experimento sugira um processo a ser
usado em uma ETA, para transformar a água de um manancial em água
potável.
Referências
Grassi, M.T. As águas do planeta Terra. Cadernos Temáticos de Química Nova na
Escola, Edição Especial Maio de 2001, pág. 31-40.
Maia, A.S.; Oliveira, W.; Osório, V.K.L. Da água turva à água clara: o papel do
coagulante. Química Nova na Escola, n.18, 49-51, Novembro de 2003.
Jafellici Junior, M.; Varanda, L.C. O mundo dos colóides. Química Nova na Escola,
n.9, 9-13, Novembro de 1999.
12º SIMPEQ
Atividade B
B
Determinação da massa molar de uma
substância desconhecida que contém o grupo
carbonato.
Prof. Dr. José de Alencar Simoni
IQ - UNICAMP
[email protected]
Introdução
A análise quantitativa pode ter múltiplus propósitos. Como o próprio nome
sugere, “quantitativa” significa que valores numéricos relativos à análise são
utilizados para obter alguma informação quantitativa sobre o sistema em estudo. O
experimento a seguir é um exemplo de uma aplicação da análise quantitativa.
Substâncias iônicas que possuem um grupamento CO3 em sua constituição,
como os carbonatos e os hidrogenocarbonatos reagem com ácidos, liberando gás
carbônico e consumindo o ácido. Assim, a quantidade de gás carbônico eliminado e
de ácido consumido, podem ser usados, por exemplo, para se determinar a massa
molar da substância. Também como uma extensão dos resultados obtidos, é
possível, adicionalmente, inferir sobre a identidade dessa substância.
Objetivo
Determinar a massa molar de uma substância e descobrir sua identidade em
dentro de um grupo previamente conhecido de substâncias.
Procedimento
1) Confeccione um disco de alumínio que deverá comportar o sólido a ser pesado.
Coloque o disco na balança e zere. Pese com exatidão uma massa aproximada de
1,5 gramas do sólido desconhecido. Anote o valor de massa.
2) Zere a balança e pese um erlenmeyer de 100 mL, que esteja bem seco.
3) Coloque 50 mL de solução de ácido clorídrico no erlenmeyer.
4) Zere novamente a mesma balança e pese o conjunto erlenmeyer mais o ácido.
5) Retire o erlenmeyer da balança, transfira todo o sólido para dentro do erlenmeyer
e agite o conjunto até não observar mais efervescência.
12º SIMPEQ
Atividade B
B
6) Zere novamente a mesma balança e pese o conjunto erlenmeyer mais o ácido,
mais sólido adicionado.
7) Primeiramente acondicione uma bureta passando um pouco de solução de
hidróxido de sódio 1 mol L-1 em seu interior, em seguida descarte a solução num
béquer.
8) Feche a torneira, preencha a bureta até o topo e acerte o menisco em zero.
9) Adicione três gotas de fenolftaleína ao erlenmeyer e vá adicionando a solução de
hidróxido de sódio até que a solução se torne rosa. Anote o volume gasto. Descarte
o material todo na capela.
Dados a serem anotados
Número da Amostra: ______
1
2
3
4
5
grandeza
Massa de sólido / g
Massa do erlenmeyer / g
Massa do erlenmeyer e solução / g
Massa erlenmeyer+solução+sólido / g
Volume de NaOH / mL
valor
Cálculos
1- Balanceie a equação da reação de neutralização do carbonato:
CO32-
+
H+
→
H2O
+
CO2
2- Balanceie a equação da reação de neutralização do hidrogenocarbonato:
HCO3-
+
H+
→
H2O
+
CO2
3- Calcule a quantidade (em mol) de ácido consumido na reação, a partir do volume
de NaOH gasto na titulação (5) e do valor que teria sido gasto para uma massa
conhecida de ácido. Esse último dado será fornecido.
4-. Subtraia do somatório das linhas 1 e 3 do valor da linha 4. A partir desse valor,
calcule a quantidade (em mol) de CO2 eliminado na reação.
5- Pela relação entre o número de moles de H+ e o número de moles de CO2 é
possível descobrir se seu sólido é um carbonato ou um hidrogeno carbonato?
6- A partir dessa descoberta e da quantidade em mol de CO 2, calcule a massa molar
de seu sólido, já que a relação estequiométrica entre o sólido e o CO2 é conhecida.
7- Sabendo a massa molar do sólido, talvez seja possível descobrir sua identidade,
observando possíveis metais da tabela periódica.
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