Anais do IX Seminário de Iniciação Científica, VI Jornada de Pesquisa e Pós-Graduação
e Semana Nacional de Ciência e Tecnologia
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
19 a 21 de outubro de 2011
PATOLOGIA DE SEMENTES OLERÍCOLAS
Cleiton da Silva Oliveira (UEG)1
[email protected]
Lucas Emanuel Nunes Gonçalves (UEG)2
[email protected]
Ana Paula Simplicio Mota3
[email protected]
Maristela dos Santos Rey Borin4
[email protected]
Robson José de Oliveira Junior (UEG)5
[email protected]
Introdução
As hortaliças são produtos importantes na alimentação e na economia nacional.
Esta importância se deve não só ao valor agregado do produto que é comercializado
como também nas muitas espécies distribuídas por dezenas de cultivares comerciais
(REIFSCHNEIDER, 1985).
NASCIMENTO (2002) afirma que a importação de sementes de hortaliças no
Brasil deve-se a diferentes fatores: falta de tradição na produção de sementes e
ineficiência de tecnologia de produção de sementes para determinadas espécies;
condições climáticas inadequadas para o florescimento e produção de sementes de
algumas hortaliças; baixo custo na aquisição de sementes em algumas hortaliças; e, a
facilidade de importação, devido à rapidez de informação e aquisição de sementes, em
conseqüência da globalização de mercado da comercialização de sementes de alto preço
de algumas hortaliças.
A associação de patógenos a diversas sementes, inclusive de olerícolas é uma
preocupação antiga e tem sido apontada como causa responsável de inoculo primário
de epidemias e doenças nessas espécies de plantas (BOFF, 1995).
A análise sanitária é um método pouco utilizado entre produtores e
comerciantes de hortaliças, mas além de ser um parâmetro que determina a qualidade da
semente, pode ser uma medida útil no controle de diversas doenças.
Testes de patologia de sementes podem esclarecer causas de baixa germinação
comum em amostras com elevados índices de fungos patogênicos. Um exemplo claro
dessa situação é fornecido pelo DIACOM (diagnóstico completo) que esclarece a baixa
germinação de sementes quando estas estão com elevados índices de Phomopsis spp
(HENNING & FRANÇA NETO, 1981).
A escolha do método a ser utilizado depende de fatores como o patógeno,
condições laboratoriais disponíveis e propósitos do teste. Podem ser utilizados métodos
com ou sem incubação, métodos de sintomas em plântulas, testes bioquímicos, testes
sorológicos e microscopia eletrônica (HENNING, 2005).
1
PBIC/UEG - Programa Voluntário de Iniciação Científica da UEG.
² PIVIC/UEG – Programa Voluntário de Iniciação Cientifica da UEG.
3
Colaboradora – Graduanda em Agronomia pela Universidade Federal de Goiás.
4
Colaboradora Pós-doc Universidade Federal de Uberlândia
5
Professor Msc em Bioquimica e Genética(UFU) da Universidade Estadual de Ipameri Robson
José de Oliveira Júnior
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e Semana Nacional de Ciência e Tecnologia
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
19 a 21 de outubro de 2011
Objetivo
O presente trabalho teve como objetivo avaliar a patologia de sementes de duas
importantes espécies olerícolas amplamente cultivadas no Brasi, pepino (Cucumis
sativus) e Repolho (Brassica oleracea var. Capitata).
Metodologia
Os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Análise de Sementes da
Universidade Estadual de Goiás (UEG), Unidade Universitária de Ipameri. Foram
avaliadas patogenicidade de sementes das seguintes espécies de hortaliças: Pepino
(Cucumis sativus) e Repolho (Brassica oleracea var. Capitata).
Para realização do teste de sanidade foi utilizado o teste do papel-filtro (blottertest), sob condições de fotoperíodo de 12 horas luz/escuro e temperatura de 25°C,
sendo as sementes incubadas por 7 dias.
Para execução do teste, utiloizou-se caixas plásticas (gerbox) lavadas com
detergente e desinfestadas com hipoclorito de sódio (1%). Posteriormente, colocou-se
duas folhas de papel filtro em cada gerbox e adicionou-se água esterilizada suficiente
para umedecer o papel.
Foram utilizadas 200 sementes (anteriormente tratadas com fungicidas)
distribuídas em 8 repetições de 25 sementes para cada espécie. A distribuição das
sementes foi baseada considerando-se o tamanho das sementes.
As médias foram comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de
significância.
Resultados e discussão
Nas sementes avaliadas de pepino verifica-se seis gêneros de fungos:
Trichoderma sp., Rhizopus sp., Penicillium sp., Fusarium sp., Quetomio sp. e Phoma
sp,, sendo que a maior média foi obtida pelo fungo Rhizopus sp., entretanto não
ocorreu diferença significativa entre os tratamentos.
Já nas sementes de repolho, houve maior incidência do fungo Penicillium sp,
dentre os três ocorridos. Também não ocorreu diferença significativa entre os
tratamentos. Os dados foram submetidos a um teste de normalidade que indicaram a
necessidade de transformação em "(x+k)^1/2" com k = 0,1.
Conclusões
As análises feitas nas sementes de pepino e repolho mostram a incidência de
fungos de armazenamento, como Penicillium sp., e biocontroladores como o fungo
Trichoderma sp., e outros, que apesar de serem considerados saprófitas por alguns
autores, devem ser contados pela sua importância. Sendo que o primeiro pode ser
responsável pela completa deterioração das sementes quando as condições de
armazenagem são inadequadas.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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e Semana Nacional de Ciência e Tecnologia
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19 a 21 de outubro de 2011
BOFF, P.; STADNICK, M. J.; FERRARI, R.; DA SILVA, T.D. Estado Sanitário de
Semente de Cebola Comercializado em Santa Catarina. Revista Brasileira de Sementes,
1995. V 17, nº2, p 125-132.
HENNING, A.A. Patologia e Tratamento de Sementes: noções gerais. Embrapa Soja,
2005. 1 ed, 52p.
HENNING, A.A.; FRANÇA NETO, J.B.; COSTA, N.P. Avaliação dos efeitos de
diferentes níveis de sementes com mancha-púrpura, sobre qualidade fisiológica e
sanitária das sementes. In: Centro Nacional de Pesquisa de Soja. Resultados de Pesquisa
de Soja 1980/81. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. 1981, p 290-294.
NASCIMENTO, W. M. A semente germina. Cultivar HF, 2002. v 12, p 14-16.
REIFSCHNEIDER, F. J. B.; CUNHA, M. C.; GUEDES, A. C. Diagnóstico da
Patologia de Sementes no Brasil. Revista Brasileira de Sementes, 1985. v 7, nº2, p 125132.
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