DERMATOFITOSES POR FUNGOS: OS PRINCIPAIS TÓPICOS SOBRE ALGUNS TRATAMENTOS E PREVENÇÕES Solange Aparecida de Moraes∗ Talita Oliveira da Silva∗∗ INTRODUÇÃO O clima tem uma grande influência para a contaminação das dermatofitoses, sendo mais comuns no verão e outono e em regiões de maior temperatura e umidade (SAMPAIO; RIVITTI, 1998). Os agentes dermatófitos causadores mais comuns das tinhas são classificados em três gêneros: Trichophyton que afetam pêlos, pele e unha, Epidermophyton afetam pele e unha, Microsporum afetam pelos e pele (LEVINSON, 2010). E de acordo com seu habitat natural os dermatofitos são divididos em três grupos, que são classificados como geofílicos, zoofilicos e antropofílicos (SILVA; CASTRO, 2010). São fungos que tem a capacidade de fazer ligações moleculares com a queratina, de forma que posam utiliza-la para sua alimentação e através dessa habilidade eles acabam invadindo os tecidos ceratinizados principalmente o extrato córneo da epiderme, pêlos, unhas e tecidos de animais (FITZPATRICK, 2011). O objetivo deste presente trabalho será analisar o mecanismo de ação dos dermatofitos através de revisão bibliográfica os principais tópicos de alguns tratamentos e prevenção. DESENVOLVIMENTO TINHA DA MÃO ∗ Discente Docente ∗∗ 1 Segundo SIDRIM e ROCHA (2010), o agente dermatófito causador mais comum da tinha da mão / micose da mão é o T.rubrum. A contaminação ocorre por contato direto de pessoas contaminadas como, por uma porta de entrada como cortes, algum trauma e por animais contaminados, cachorros e gatos (LEVINSON; JAWETZ, 2007). São descritos três tipos clínicos de invasão por um dermatófito como: Subungreal distal e/ou lateral, responsável em mais de 90% dos casos em determinadas regiões, a lesão se inicia na borda livre da unha, onde acontece o deslocamento da lâmina superficial a região acometida vai evoluindo tornando a unha com aspecto opaca, esbranquiçada e espessa, geralmente pode ser observada a lamina superficial, mas com a evolução da onicomicose a lamina acaba por ser atacada e podendo vir à queda (SIDRIM; ROCHA, 2010). Subungreal proximal, a lesão é iniciada na extremidade proximal, observam-se manchas brancas ao nível da lúnula, acomete toda a unha á medida em que vai crescendo pode adquirir semelhanças entre a onicomicose subungreal distal (SAMPAIO; RIVITTI, 1998). Superficial branca caracteriza-se por aparecimento de manchas brancas na parte medial da lamina superficial da unha, opacas, espessamento, hiperqueratose, e deformação as manchas de coloração amarelas vão aparecendo de acordo com a evolução da lesão, essa lesão não tem predisposição de raça nem sexo, e somente são observadas após a puberdade (SIDRIM, ROCHA 2010. A micose acomete também crianças, porem, é mais frequente na população adulta entre 40-60 anos, sendo mais comum em mulheres por estarem mais expostas, e contaminação por manicures e pedicures pela retirada da cutícula (SAMPAIO; RIVITTI, 2008). TINHA DO CABELO A tinha é o nome dado por qualquer lesão dermatofítica que acomete o extrato córneo do couro cabeludo ou em qualquer outra região como, por exemplo, barba e bigode, a tinha capitis conhecida como micose do couro cabeludo e cabelo é causada 2 por diversos tipos de dermatofitos, sua transmissão acontece no ambiente domestico, através de contato com indivíduos contaminados (SAMPAIO; RIVITTI, 1998). A sua incidência é desconhecida, trata-se de um tipo de micose que acomete principalmente crianças encontra-se localiza na cabeça comum entre idades de 3 a 14 anos, em adultos é incomum esse tipo de micose, a lesão é contagiosa e pode se tornar epidêmica (FITTZPATRICK, 2011). A infecção no couro cabeludo apresenta início sutil, tem pouca inflamação e geralmente é persistente, lesões e bordas não são delimitadas, e pode se tornar semelhante à dermatite seborreica (Manual Merckel, 2000, Ed.17). Esse tipo de lesão evidentemente esta correlacionada à pobreza, aglomeração de pessoas e hábitos de higiene extremamente precários, onde geralmente não se faz higienização correta do couro cabeludo (ZAITZ, 2010). Segundo SILVA e CASTRO (2010), o agente causador microsporum canis é o mais comum encontrado no Brasil é um fungo do tipo zoofílico. Os adultos como pais, avós, podem ser portadores subclínicos e assintomáticos para a micose do couro cabeludo da criança, principalmente para os dermatófitos adaptados como os do gene antropofílicos (ZAITZ, 2010). A contaminação acontece por meio de organismos cultivados através de fomites como escovas, pentes, bonés, travesseiros, brinquedos, acentos, telefone, onde servem de reservatório para diversos tipos de fungos, mesmo após o cabelo ter sido submetido à queda ainda pode hospedar organismos por mais de 1 ano, a erradicação total da doença se torna muito difícil pois é comum carreadores assintomáticos (FITTZPATRICK, 2011). CONCLUSÃO Este presente trabalho se encontra em andamento, porem ao avaliar os conteúdos já trabalhados pode se observar que, as dermatofitoses são lesões causadas 3 por fungos, transmitidas por contato direto, sendo mais frequentemente incidentes durante épocas mais quentes e úmidas do ano, mais comum em homens. Medidas preventivas são importantes e depende do tipo da dermatofitóse, tratamento de animais e pessoas com a lesão ou até mesmo portadores sadios, evita a disseminação dos dermatofitos. Por conta disso alguns tratamentos são muito eficazes, e prevenções muito importantes para evitar o seu acometimento e disseminação. REFERÊNCIAS FITZPATRICK, Thomas B; WOLFF, Klaus; DEFFERRARI, Rafael (Rev. téc.). Tratado de dermatologia. 7. ed., Rio de Janeiro: Revinter, 2011. LEVISION, Warren. Microbiologia Medica e Imunologia. 10. ed., Porto Alegre: Artmed, 2010. LEVISION, Warren; JAWESTZ, Ernest, SENNA, José P.M (Trad.). Microbiologia Médica e Imunologia. [Reimpr]. Porto Alegre: Artmed, 2007. MANUAL MERCKEL, Diagnostico e tratamento. 17. ed., São Paulo: Roca, 2000. SAMPAIO, A. P. Sebastião; RIVITTI, A. Evandro. Dermatologia. 1. ed., São Paulo: Artes Medicas, 1998. SAMPAIO, A.P. Sebastião; CASTRO, M. Raymundo; RIVITTI, A. Evandro. Dermatologia Básica. 2. ed., São Paulo: Artes Medica, 1981. SIDRIN, José. J.C; ROCHA, Marcos F.G. Micologia médica Á luz de autores contemporâneos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. SILVA, Márcia R.e; CASTRO, Maria C.R de. Fundamentos de Dermatologia. Rio de Janeiro: Atheneu, 2010. ZAITZ, Clarice, et al. Compêndio de micologia médica. 2. ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. 4