AU TO RA L TO DI R EI AVM FACULDADE INTEGRADA ID O PE LA LE I DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA EG A EDUCAÇÃO CONTINUADA E O PEDAGOGO COMO Por: Vania Silva Castro DO CU M EN TO PR OT FACILITADORES DA GESTÃO DO CONHECIMENTO Orientador Prof. Ms. Maria da Conceição Maggioni Poppe Rio de Janeiro 2012 2 AVM FACULDADE INTEGRADA LICENCIATURA EM PEDAGOGIA A EDUCAÇÃO CONTINUADA E O PEDAGOGO COMO FACILITADORES DA GESTÃO DO CONHECIMENTO Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Licenciatura em Pedagogia. Por: Vania Silva Castro 3 AGRADECIMENTOS Primeiramente a Deus e aos meus protetores espirituais, por terem me possibilitado a encontrar pessoas de luz, de caráter e postura simplesmente maravilhosa, onde umas passaram e outras permanecem em minha vida oferecendo amor e carinho conforme a necessidade do momento. Aos Professores da AVM, que, com seus conhecimentos, ajudaram-me em minha formação acadêmica. Especialmente a orientadora Maria Poppe. Aos Funcionários da AVM, especialmente ao Gilberto, Teresa e Ana Cristina, que me atenderam com grande diferencial: carinho e paciência aos momentos difíceis que compartilhei durante o curso. A todos que conheci através do Colégio Recanto. Profissionais da instituição e de estabelecimentos vizinhos, como a querida e estimada Cristiane Arigoni que sempre me incentivou até mesmo com algumas orientações na monografia. Todos, de certa forma, colaboraram para meu crescimento pessoal e profissional. Aos meus colegas de curso, pela motivação. Especialmente Aline Ferreira, Maria Daniele, Nelly Carvalho. Demonstramos que mesmo no EAD é possível estreitar laços de amizades e cumplicidade, sem limites tão pouco, distância. Ao colégio Lima Nascimento que possibilitou a prática de toda a teoria aplicada pela AVM e fez com que a experiência surgisse mediante ao estágio. Aos meus vizinhos: Adriana Cassiano, João Paulo Fernandes, Flávia Cavalheiro e André Gomes que elaboraram vários cardápios, poupando-me do preparo que requer a dedicação de certo tempo. Assim como a renovação de energia garantida com os momentos de lazer e distração compartilhados com a Clara e Gabriella Cassiano crianças cheias de luz e muita alegria. 4 DEDICATÓRIA Dedico esta monografia primeiramente, à minha mãe e ao meu avô, a Sra. Maria Tereza de Oliveira da Silva e o Sr. Manoel Alaor da Silva, infelizmente falecido, por terem me mostrado o que é amor incondicional; ensinando a olhar a todos pelos olhos do coração; e com isso demonstraram ser possível viver bem e para o bem numa vida de simplicidade conquistando as pessoas pelo que somos e não pelo que temos. Exemplo de honestidade. Ao meu sempre “namorido” e por muitas vezes “patrocinador” Sidney Santiago dos Santos, que colaborou financeiramente para que fosse possível a continuidade dos meus estudos. Embora sua impaciência - nos últimos períodos - com tantos livros, desorganizações e esquecimentos, soube suportar esta fase tão primordial. Ao amigo e ex- professor Renan Fadul – curso de Gestão de pessoas- com sábias orientações e sincero incentivo. Foi capaz de me convencer que era chegado o momento às transformações, porém, nada fácil, mas sim possível. Pessoa mais sincera e iluminada que passou a fazer parte do que sou hoje. A amiga Lidiane Rocha que incentivou, pesquisou e encontrou a AVM. Assim como, ajudou com pacientes leituras e opiniões aos meus projetos, resenhas e monografia. Uma grande parceira e Pedagoga. Muito querida e importante essa nossa amizade que ultrapassa os laços profissionais e educacionais que compartilhamos. A minha irmã de alma Érica Nogueira que incentivou, emprestou e deu sugestões de artigos e livros. Especialmente por confiar em compartilhar sua vida profissional em uma sociedade inovadora: INOVART CONSULTORIAS. Amo muito todos vocês! 5 EPÍGRAFE “Quando começamos a vida, cada um de nós recebe um bloco de mármore e as ferramentas necessárias para transformá-lo em uma escultura. Podemos arrastá-lo intacto atrás de nós ou podemos lhe dar uma forma gloriosa.” (Richard Bach) “A educação faz com que as pessoas sejam fáceis de guiar, mas difíceis de arrastar, fáceis de governar, mas impossíveis de escravizar” (Henry Peter) “É a disposição das velas e não a força da ventania que determina o caminho a seguir” (Heloísa Luck) “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção.” (Paulo Freire) 6 RESUMO Sabe-se que a gestão do conhecimento está surgindo como uma nova teoria e ferramenta. Incorporadas nas ações estratégicas das organizações inserindo a educação como um fator primordial ao sucesso frente ao mundo moderno que cada vez mais busca a capacidade de troca de informações e integração - os quais são indicativos de permanência e liderança às organizações. Assim, o conhecimento tornou-se o grande desafio enquanto a educação destacou-se como meio ao aperfeiçoamento. Nesse sentido, surge um novo pedagogo com novas competências -simultaneamente - ao momento que os profissionais deixam de ser recursos para serem o capital intelectual. Contudo, esta realidade gerou o interesse de aprofundar o conhecimento sobre a gestão do conhecimento e consequentemente, averiguar se a educação continuada e o pedagogo seriam seus elementos facilitadores. Todavia, destaca-se nesta pesquisa a evolução da educação, o papel do pedagogo, assim como responder o que seria a educação continuada e o capital intelectual e por fim conceituar a gestão do conhecimento. Palavras-chave: O papel do pedagogo, Educação Continuada, Gestão do Conhecimento. 7 METODOLOGIA Em virtude da Gestão do Conhecimento ter se consolidado aos modelos de gestão com práticas empreendedoras ao conhecimento organizacional, tais como: o desenvolvimento e a implementação de estratégias que envolvem as pessoas integrantes da organização – capital intelectual - com seus conhecimentos compartilhados e renovados. Apesar disso, faz-se necessário um estudo às novas culturas de desenvolvimento e aperfeiçoamento profissional e pessoal facilitadoras desta gestão, tais como: a Educação Continuada e o papel do pedagogo. Gestores, consultores e acadêmicos vêm falando do conhecimento como o principal ativo das organizações, assim como a preocupação com o capital intelectual – as pessoas – as quais deixaram de ser recursos. Tendo em vista todas estas informações, nesta pesquisa, a metodologia utilizada baseou-se na exploração bibliográfica e webgráfica com utilização de fontes secundárias. Os autores Otaíza (2008), Libâneo (1994), Demo, (1996), Luck (2008), Coll (1995), Haddad (2007), são alguns dos quais auxiliaram a pesquisa no que diz respeito à questão educacional, desde sua história e evolução até os dias de hoje, assim como o conceito de educação continuada. Enquanto, Drucker (2002), Mello (2000), Chiavenato (2008), Kraemer (1989), Kober (2004), Stewart (1998), Valentim (2003), contribuíram para o entendimento sobre a educação corporativa, capital intelectual e a gestão do conhecimento. Assim, todos contribuíram para a conclusão enriquecida desta pesquisa tão desafiadora de se realizar. 8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 09 CAPÍTULO I: Educação: História e a atuação do pedagogo ...................................... 11 I. I – Breve história da Educação ........................................................................... 12 I. II - A atuação e o papel do pedagogo na atualidade ........................................... 16 CAPÍTULO II – Educação continuada: uma iniciativa cada vez mais necessária ....... 22 II.I – Aprendizagem – Treinamento e desenvolvimento: uma visão empresarial da Educação continuada ............................................................................................ 25 II.II – Aperfeiçoamento – Aprendizagem e desenvolvimento: uma visão educacional da Educação Continuada ....................................................................................... 26 CAPÍTULO III – Gestão do Conhecimento ................................................................. 28 III.I – Dado – informação e conhecimento: inteligência organizacional ................... 29 III.II – Gestão do conhecimento: o que é ............................................................... 32 III.III – Capital Intelectual: fundamental à Gestão do Conhecimento ...................... 36 III.IV –Gestão do Conhecimento e aprendizagem ................................................. 38 CONCLUSÃO ............................................................................................................ 41 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁTICAS .............................................................................. 45 ÍNDICE ....................................................................................................................... 44 FOLHA DE AVALIAÇÃO ............................................................................................ 51 9 INTRODUÇÃO A partir do conhecimento adquirido por intermédio de estudos acadêmicos no decorrer da Licenciatura de Pedagogia; a Educação Continuada destacou-se por proporcionar o aperfeiçoamento e manutenção de uma formação de qualidade. A gestão do conhecimento é frequentemente estudada e apresentada por sua sistematização tecnológica do conhecimento – como um conversor do conhecimento adquirido ao longo da vida aos manuais, banco de dados, memorandos - (conhecimento explícito) desta forma, proporciona a formação do conhecimento organizacional. A Educação Continuada e o pedagogo proporcionam e motivam novos aprendizados, conceitos e qualificações aos profissionais. Cada vez mais se faz necessário a capacitação do profissional tanto quanto sua constante busca pela informação. O mais importante é a forma pela qual se conquista o compartilhamento do conhecimento adquirido ao longo de seus estudos e experiências, para tanto, dependerá de sua motivação em realizá-lo. Neste sentido, houve a necessidade de averiguar como a Educação Continuada e o Pedagogo podem ser elementos facilitadores da Gestão do Conhecimento, sendo que com um novo foco: o capital intelectual. Para tanto, pode-se conferir no primeiro capítulo, desta pesquisa, denominada por Educação: história e a atuação do pedagogo, uma breve evolução da história da educação e o papel do pedagogo na atualidade. 10 Nesta direção, o segundo capítulo, Educação continuada: uma iniciativa cada vez mais necessária preocupou-se em responder o conceito da educação continuada, sua aplicabilidade nas organizações – empresariais e educacionais. Por fim, o terceiro capítulo, buscou-se não apenas o conceito de Gestão do Conhecimento como também a sua aplicabilidade. Assim como, a forma pela qual se une com a aprendizagem e sua importância ao Capital Intelectual. Desta forma, busca-se averiguar como a Educação Continuada e a atuação do Pedagogo podem ser elementos facilitadores da Gestão do Conhecimento. 11 CAPÍTULO I EDUCAÇÃO: HISTÓRIA E A ATUAÇÃO DO PEDAGOGO Faz-se necessário destacar que o foco desta pesquisa sobre a Educação e sua história é de caráter científico. Todavia, não veremos a História da Educação como disciplina curricular e ou acadêmica. Há diversas definições ao termo educação, no entanto, a definição que mais se aproxima desta pesquisa é a definição de Demo (2003, p.16) “Educação não é só ensinar, instruir, treinar, domesticar, é, sobretudo formar a autonomia do sujeito histórico competente, uma vez que, o educando não é o objetivo de ensino, mas sim sujeito do processo, parceiro de trabalho, trabalho este entre individualidade e solidariedade” Mediante ao que Demo define, percebe-se que a educação que esta pesquisa visa é aquela que proporciona um processo de formação do indivíduo o qual estimule uma atitude de constante autoavaliação que o facilite em suas escolhas da vida e contribua para uma formação integral de sua personalidade. Como bem pode notar, trata-se de uma formação humanística que promove a formação de uma consciência crítica, a qual valorize a ética e a solidariedade: necessária para sua socialização seja no âmbito pessoal ou profissional. A partir de leituras de obras publicadas sobre a educação e sua história que pretendemos, neste capítulo, evidenciar não só a breve história da educação como a atuação do pedagogo na atualidade. 12 1.1 - – Breve história da educação É pertinente lembrar que o desenvolvimento da história da educação traz uma complexidade ao seu direcionamento às pesquisas – em virtude de sua inserção no campo histórico ser amplo e de difícil direcionamento - assim como se distancia da disciplina escolar. No entanto, “Conhecer a história não é apenas tomar contato com o passado, mas usar essa informação para entender como o presente e futuro se constrói.” Grossi (2008, p.4). A história da educação é essencial à explicação da evolução e aprimoramento da educação – esta, fundamental à existência e ao funcionamento das sociedades. Muito antes de existirem as escolas, o assunto já era investigado, discutido e tratado pelos pensadores. Na verdade, o pensamento educacional é tão antigo quanto à filosofia seu objetivo era explicar o mundo pela observação das forças da natureza - e nas sociedades primitivas o aprendizado consistia num processo iniciado na família. Com o passar do tempo, houve a especialização das tarefas dentro de um grupo e posteriormente a mesma ocorreu dentro da sociedade e conforme sua complexidade criava-se sistemas de aprendizados diferenciados. O desenvolvimento histórico da sociedade e a descoberta da ciência impõem mudanças aos processos de aprendizagem, assim como se inicia a necessidade de resolver um velho problema: como e quanto instruir. 13 A partir da análise do processo educacional na visão dos pensadores, observamos que para Sócrates este processo baseava-se no ensino pelo diálogo de forma a levar o indivíduo à sabedoria e à prática do bem. Sócrates transformou-se num modelo de educador com um sistema educacional que proporcionava o desenvolvimento do pensamento. Já para Platão, objetivava-se na formação do homem moral, vivendo em um Estado justo. Segundo a concepção platônica através da educação seria possível testar as aptidões dos alunos e os considerados talentosos receberiam uma formação completa. Mediante este fato, constata-se que o conhecimento era monopolizado conscientemente. Tanto quanto, a educação, cada vez mais, tornou-se um meio de capacitação para desempenhar as atividades políticas, típicas das classes dominantes. A arte da palavra não foi de livre acesso ao povo. Esta prática perpassou tempos e chegou ao Brasil da mesma forma: restrita; em alguns momentos com objetivos políticos. No Brasil, o domínio português, nos primeiros anos, trouxe os padres jesuítas e com eles um ensino com o propósito de dar cultura geral básica sem contribuições para uma transformação na vida social e econômica do país. Seguindo o pensamento de Romanelli (2008, p. 34) “O ensino, assim, foi conservado à margem, sem utilidade prática visível para uma economia fundada na agricultura rudimentar e no trabalho escravo”. Assim, evidentemente, observamos que os objetivos práticos da ação jesuítica eram o recrutamento de fiéis e servidores. 14 Entretanto, gradativamente, a educação foi tendo uma importância e pequenas modificações, sendo que o marco da virada da história da educação foi em 1930 onde o processo de urbanização e industrialização - pelo qual o Brasil passava - reflete fortemente a crescente defasagem educacional e o desenvolvimento do país. O ensino expandiu-se em virtude do crescimento demográfico e a intensificação do processo de urbanização. Sendo que, neste momento, a demanda pelas escolas cresce e não há um quantitativo de vagas suficientes para atendê-la. Desta forma, gera-se um desequilíbrio entre a demanda social por vagas nas escolas e as vagas disponíveis efetivamente à sociedade. Romanelli (2008, p. 33), em seu livro “História da Educação no Brasil”, faz a relação entre educação e o desenvolvimento, mediante leitura percebe que esta relação transgride por três fases de evolução do sistema educacional brasileiro: - Primeira fase – De 1930 a 1937: A Reforma Francisco Campos ocorrida em 1931 e a luta dos Pioneiros da Escola Nova contra as forças conservadoras da época, culminando com a carta de manifesto de 1932; - Segunda fase - De 1937 a 1946: Representou um intervalo nas lutas ideológicas em torno dos problemas educacionais; Destacam-se, também, as Leis Orgânicas do Ensino, as quais começaram a ser promulgadas a partir de 1942, e estruturaram o ensino técnico–profissional durante o período. - Terceira fase- De 1946 – 1961: Reinicia-se as lutas ideológicas em torno do Projeto de Lei para a construção das Diretrizes e Bases da Educação do Brasil. Em 1961, após treze anos de discussões, é promulgada a primeira 15 Lei que regulamenta as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a Lei n°. 4.024/61. Em 1964, inicia-se um período de regime militar e com ela uma crise na educação, onde esta teve, dentre outras características, práticas autoritárias nas ações do Estado, pela imposição de censura prévia a todos os meios de comunicação e principalmente pela “anulação” (restrição política e cerceamento) dos direitos constitucionais. Ainda, de acordo com Romanelli, a educação no Brasil, nesse período histórico, foi marcada por duas reformas – uma no ensino primário e outra no ensino superior, assim como teve grande ênfase ao tecnicismo educacional. Estas reformas, juntamente com os acordos e as implantações realizadas aconteceram principalmente com o objetivo de implantar programas americanos no Brasil. Afirma Romanelli que de forma autoritária e sem qualquer discussão com a sociedade brasileira ou com as universidades implantaram a Lei n° 5.540, de 28 de novembro de 1968, que fixa normas de organização e funcionamento do ensino superior e sua articulação com a escola média, causando uma reforma do ensino superior, onde estabeleceu, dentre outros, o regime de créditos, a matrícula por disciplina e o vestibular classificatório. Já na década de 70, institui-se o 2° grau como ensino profissionalizante com a lei 5692/71 a qual reforma o ensino do 1º e 2º grau. Somente em 1988, o processo de democratização reiniciou e junto com a aprovação da Constituição Democrática vem à garantia do ensino público e gratuito. Neste momento, a constituição propõe acabar com o analfabetismo em dez anos e passa a obrigar o Estado a oferecer o ensino fundamental a todos. 16 O ensino brasileiro é regulamentado pela Lei n° 9394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional (LDB), onde esta estabelece no “caput” de seu artigo 1° a definição de educação: “A Educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais”. (www.planalto.gov.br, 19/10/2011) Hoje, no Brasil, observamos uma ampliação no campo educativo principalmente após a criação da Lei n° 9394/96. Nesta direção, Libâneo (2002, p. 153-154) destaca: “a produção e disseminação de saberes e modos de ação (conhecimentos, conceitos, habilidades, hábitos, procedimentos, crenças, atitudes), levando a práticas pedagógicas”. Desta forma, estamos diante de uma “sociedade genuinamente pedagógica”, conforme expressão de Beillerot. 1.2 - A atuação e o papel do pedagogo na atualidade Para um melhor entendimento torna-se necessário conhecer a PEDAGOGIA para posteriormente compreender a atuação e o papel do PEDAGOGO na atualidade. De acordo com Ghiraldelli (2006, p. 39), há uma a apresentação plena da definição do que é pedagogia: 17 “O que é a PEDAGOGIA? A modernidade reconstrói o termo na medida em que o associa à utopia educacional, ciência da educação e à filosofia da educação, deixando no passado as conotações ligadas às ideias de “condução da criança” e de “preceptorado”, mais afinadas com a sua origem. Os tempos modernos secundarizam a noção de pedagogia como mera atividade prática, o “tomar conta das crianças”, privilegiando a acepção enquanto indicadora de um programa, enquanto um conhecimento específico, um saber complexo a respeito da educação das crianças, da produção delas e dos adultos e das relações disso com a vida em geral”. (www.scribd.com, 22/10/2011) O conhecimento necessariamente para acontecer de fato precisa ser aplicado de forma a produzir: a aprendizagem, resultados e melhorias nos processos. Permanentemente, o conhecimento assume novas configurações e modifica-se, atualiza-se, logo, mantém-se em constante reconstrução com intuito de alcançar uma qualidade na educação. Já para esta qualidade na educação pensa-se em todo o processo de aprendizagem do indivíduo envolvido, com objetivos propostos e no desejo da formação e construção da cidadania. Visto que o conhecimento acontece a partir do ensino é pertinente ir de encontro ao que afirma Freire ( 2003, p.47): "Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar sua própria produção ou a sua construção." Para tanto, cabe ao pedagogo analisar e intervir na realidade educacional assim como na aprendizagem. Afinal, será ele o articulador e organizador do processo pedagógico, na busca da qualidade de ensino e aprendizagem. Uma vez que o: 18 “Pedagogo é um educador profissional capaz de atuar em espaços escolares e não escolares, na promoção da aprendizagem de sujeitos em diferentes fases de desenvolvimento humano, em diversos níveis e modalidades do processo educativo. Sua função é planejar, executar, coordenar, acompanhar e avaliar tarefas próprias do setor da educação como a docência do ensino infantil e fundamental, coordenação pedagógica, orientação educacional e gestão e, ainda, acompanhar e avaliar projetos e experiências educativas em ambientes não escolares como empresas, ONGs, sindicatos, movimentos sociais, hospitais e outros.” (http://pt.wikipedia, 19/10/2011). Logo, podemos dizer que o pedagogo está ligado ao ato de conduzir o indivíduo ao saber e à busca de estratégias e metodologias no intuito de garantir uma apropriação de informações e conhecimentos para melhorarem tanto a qualidade do desempenho profissional quanto pessoal. Cabe ao Pedagogo preocupar-se com estratégias para a transmissão do conhecimento de forma a provocar mudanças no comportamento do indivíduo, na verdade, torna-se sua missão. Atualmente, o Pedagogo dispõe de uma vasta área de atuação. Além de instituições de ensino, empresas dos mais diversos setores fazem parte do seu campo de atuação. O papel do pedagogo é fundamental, pois todo processo de mudança exige uma ação educacional e gerir o conhecimento é uma tarefa de modificação de valores o qual o pedagogo se compromete em realizar. Para um melhor desempenho de suas atividades pedagógicas, será primordial a criação de estratégias educacionais – projetos – com o objetivo de motivação ao aprendizado, seja aos alunos e ou aos profissionais. Atualmente, a capacidade de gerenciar a informação se torna a competência de maior valor, uma vez que o conhecimento se modifica 19 constantemente frente às descobertas científicas e a grande rede do ciberespaço que produz saberes em conjunto. “Considerando-se, ainda, os vínculos entre educação e economia, as mudanças recentes no capitalismo internacional colocam novas questões para a Pedagogia. O mundo assiste hoje a intensas transformações tecnológicas em vários campos como a informática, a microeletrônica, a bioenergética. Essas transformações tecnológicas e científicas levam à introdução, no processo produtivo, de novos sistemas de organização do trabalho, mudanças no perfil profissional e novas exigências de qualificação dos trabalhadores, que acabam afetando os sistemas de ensino.” Libâneo (2002, p. 28) Sendo assim, o pedagogo auxilia na formação de alunos aprendizes, pesquisadores e cidadãos não como um mero educador, mas sobre tudo como um mediador. Conforme afirma Libâneo (2002, p. 55) “A atuação do pedagogo escolar é imprescindível na ajuda aos professores no aprimoramento do seu desempenho na sala de aula (conteúdos, métodos, técnicas, formas de organização da classe), na análise e compreensão das situações de ensino com base nos conhecimentos teóricos, ou seja, na vinculação entre as áreas do conhecimento pedagógico e o trabalho de sala de aula”. Desta forma, observa-se que uma atuação mediadora e orientadora proporciona o crescimento da organização assim como aos que nele atuam, seja organização escolar e ou empresarial. Em ambas, as atividades práticas fazem-se necessárias ao desenvolvimento integral das pessoas, influenciando-as positivamente com o objetivo de aperfeiçoar a produtividade pessoal; media-se o relacionamento humano – por meio de ações pedagógicas que promova um ambiente 20 agradável e positivo: estimulador à produtividade. Provocará o entusiasmo, estimulará o crescimento como também, incentivará positivamente a qualificação constante e a socialização da equipe. É possível observar que: "As empresas passaram a se preocupar não só com treinamento, mas com educação também. Elas perceberam que a pedagogia aumenta a eficácia dos programas de treinamento porque as pessoas aprendem melhor. E, quanto maior a coerência entre a cultura da companhia e os princípios pedagógicos aplicados, maior será o sucesso da empresa no mercado." Ébole (2003, P. 34). A partir do exposto, é possível entender que para conduzir é necessário conhecer. Somente a partir do conhecimento é possível encontrar estratégias e metodologias eficazes. Pois os campos de maior potencial de crescimento necessitam de metodologia e planejamento, de forma a trazer a didática, a tecnologia e os recursos instrucionais eficazes e não só o treinamento. "Hoje, as palavras de ordem dentro das organizações são: mudança e gestão do conhecimento. Nesse contexto, o papel do pedagogo é fundamental, pois todo processo de mudança exige uma ação educacional e gerir o conhecimento é uma tarefa, antes de tudo, de modificação de valores organizacionais". VERA MARTINS, pedagoga especialista em treinamento e desenvolvimento de pessoas em empresas. Lorenzo (www.oei.es, 22/10/ 2011) A mudança exige uma ação educacional, conforme se observa nas palavras da pedagoga Vera Martins. Esta mudança é tão essencial quanto uma formação capaz de promover uma constante e atual qualificação do indivíduo 21 Nota-se, portanto, que a atuação e principal papel do pedagogo está em apresentar-se como mediador de todo esse aprendizado e motivador para que o profissional se transforme num capital intelectual. Mediante ao que se apresenta nesta primeira parte da pesquisa, é possível perceber que cabe ao pedagogo motivar e integrar ações educacionais capazes de produzir o desenvolvimento, a fim de promover de forma prática e eficiente uma gestão do conhecimento de excelência aos envolvidos na organização. 22 CAPÍTULO II EDUCAÇÃO CONTINUADA: UMA INICIATIVA CADA VEZ MAIS NECESSÁRIA “Nunca é cedo ou tarde demais para se aprender” (http://pt.wikipedia.org, 22/09/2011). A capacidade de competir e a garantia de um futuro profissional, num mundo globalizado, cada vez mais são vinculadas à educação, e para tanto, não se há idade e ou momento adequado para se aprender. Pois, “[...] À medida que as novas tecnologias e processo de produção transformam a economia internacional, o futuro do desenvolvimento do mundo e o lugar que cada nação ocupará nele dependem, agora, muito mais que apenas há uma geração, da capacidade de adquirir e aplicar o conhecimento no trabalho e na vida cotidiana.” Kober (2004, p. 8) Averigua-se, portanto, que o conhecimento está em constante transformação, para tanto, o aprendizado precisa estar presente tanto na vida cotidiana quanto na profissional de cada indivíduo. Frente à globalização, e ao acelerado avanço tecnológico percebe-se a necessidade de uma formação de constante e sistemático aperfeiçoamento com transformações nos processos de desenvolvimento humano. 23 Cada vez mais, aprende-se a usar o conhecimento, teorias e conceitos que vai muito além dos sistemas educacionais e da Educação formal. Como afirma Haddad (www.oei.es, 22/09/2011): “O paradigma da sociedade contemporânea é a mudança constante dos processos de produção e das formas de relação social, devido à introdução de novas tecnologias que rapidamente ficam superadas e à ampliação vertiginosa das possibilidades de comunicação e produção de informações. Esse cenário evoca, necessariamente, o princípio da flexibilidade dos processos educativos e, portanto, o imperativo de ampliar o conceito de educação para além dos sistemas escolares. A necessidade de informação passa ocupar cada vez mais o espaço na vida dos indivíduos, não só das crianças, mas também dos adultos”. Cada um de nós tem um vasto potencial de talentos que no decorrer da vida molda-se conforme desenvolvimento e conhecimento. Contudo, o que leva o indivíduo ao desenvolvimento de suas capacidades inatas são a educação e as oportunidades que encontram e as que buscam. Neste, último a Educação continuada está intrinsecamente presente. A Educação Continuada implica em práticas para o desenvolvimento do indivíduo, as quais o tornam mais qualificado para sua atuação no mundo do trabalho e da vida. Trata-se de um processo educacional à formação intelectual: estar sempre a atualizar os sujeitos. Perpassa pela transmissão e transformação do conhecimento no mundo profissional. Segue de encontro à produção e acumulo de conhecimentos sobre a natureza das coisas. Por outro lado, proporciona a transferência – compartilhar - esse conhecimento. 24 Vale ressaltar que se trata de alternativas para minimizar as dificuldades existentes, assim como, ao seu aprimoramento, direcionando-o à busca da competência pessoal, profissional e social. Àqueles que usam esses conhecimentos os transforma em instrumentos de produção, consequentemente, alcançam a transformação pessoal e profissional. Seja uma organização empresarial e ou escolar trata-se de uma abordagem para complementar a formação dos profissionais, auxiliando-os a aproximarem-se da realidade social e oferecendo subsídios para que possam entender atender e contribuir para a organização frente as mudanças necessárias à atuação de excelência – qualidade. A educação é um processo permanente, que buscam alternativas e soluções vivenciadas nas organizações e tem como intuito atualizar e melhorar a capacidade de uma pessoa ou grupo, frente à evolução técnico-científica e às necessidades profissionais e sociais. Portanto, deve ser entendida como um fator que influenciará no processo de reflexão e transformação das práticas vigentes nos serviços, para que os profissionais possam enfrentar a realidade, através da complementação e/ou aquisição de novos conhecimentos. A educação continuada é definida por uma variedade de expressões, tais como: treinamento em serviço, educação no trabalho, educação em serviço, Educação Continuada. Contudo, todas as definições estão numa perspectiva educativa, tanto quanto, numa abordagem de se descobrir e se aperfeiçoar cada vez mais. 25 2.1 - Aprendizagem - Treinamento e Desenvolvimento: uma visão empresarial da Educação Continuada Em razão das novas tecnologias e da nova gestão organizacional a experiência deve ser completada com qualificação. Uma vez que, “O futuro e a capacidade das nações de competir num mundo globalizado são situados no contexto ligado à educação.” Kober (2004, p. 8) Com base neste mesmo pensamento, porém de forma mais abrangente Kober (2004) aponta que para a qualificação profissional junto a educação estão outros fatores, tais como: o “modo de fazer” e o “saber fazer”. Os quais ainda segundo Kober (2004) se dá basicamente por duas formas: uma informal, por meio das relações interpessoais que se estabelecem no interior das organizações e a outra, formal, por meio de treinamentos. Percebe-se, portanto, como é constante e permanente a relação ensinoaprendizagem. Segundo Chiavenato (2004, p. 4) “a aprendizagem nas organizações torna-se a questão – chave para a criação contínua da vantagem competitiva”. Será por meio da aprendizagem a aquisição de habilidades à inovação de produtos, processos e serviços em benefício da empresa. Como consequência: competitividade da empresa e aprimoramento do capital humano. 26 A aprendizagem nos remete ao entendimento de um processo de aquisição de novos conhecimentos, os quais provocam a aquisição de novos comportamentos e transformação de hábitos e experiência. O processo de aprendizagem é constituído pelo treinamento e desenvolvimento e de certa forma responsável pela alteração de comportamento, uma vez que conta com mudanças provocadas pela transmissão de informações, desenvolvimento de habilidades, de atitudes e de conceitos, tais como: flexibilidade, proatividade, melhor comunicação, praticidade, organicidade e motivação. 2.2 - Aperfeiçoamento – Aprendizagem e Desenvolvimento: uma visão educacional da Educação Continuada Aos educadores, em plena sociedade do conhecimento e atuante no mundo educacional, cada vez mais se faz necessário encontrar maneiras de permanecer aprendendo e desenvolvendo profissionalmente, desta forma a Educação Continuada atende às exigências atuais. A Educação Continuada pode ser entendida como uma atualização de conhecimentos, um aperfeiçoamento, necessários a partir das novas tecnologias e pelos relacionamentos no mundo em constante transformação. A implementação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, que delibera entre seus inúmeros artigos a questão da formação de professores expressa nos artigos 61 a 67 da referida lei, também delibera a formação continuada que é considerada direito de todos os profissionais que trabalham em qualquer estabelecimento de ensino e apoiam o processo de ensino e aprendizagem. 27 Observa-se que ela não só possibilita a progressão funcional como também proporciona o desenvolvimento dos professores, numa perspectiva de valorização do profissional da educação escolar. A vida profissional merece atenção continuamente frente às mudanças constantes no mundo globalizado e à acelerada produção de conhecimentos que trouxeram uma exigência aos profissionais de uma melhor formação em virtude de um mercado cada vez mais exigente. Consequentemente, novos olhares a respeito ao processo de formação do professor na sociedade e a sua participação social vem de encontro a preparação de um agente de transformação o que exige melhores índices de qualificação profissional constante. Segundo Coll (1995, P. 22), “o desenvolvimento humano é em grande parte resultado da educação recebida e nessa perspectiva o processo de formação de professores deve assegurar o estudo das diversas fases de desenvolvimento que o ser humano é submetido em contato com o meio sociocultural que vive”. A partir desta afirmação, podemos perceber que apenas através do aperfeiçoamento e desenvolvimento constante será possível à transformação do profissional que pode contar com a Educação continuada para esta conquista e aprendizado. 28 CAPÍTULO III GESTÃO DO CONHECIMENTO O processo da globalização, impulsionado pela tecnologia da informação e pelas comunicações, resultou o caráter competitivo que as organizações vivem atualmente, assim como a valorização da informação e a inovação tecnológica. desenvolvimento Desta constantemente forma, passou manter-se a ser atualizado necessário e em tanto às organizações empresariais quanto escolares. Para tanto, passou a ser necessário focar dois elementos fundamentais: a gestão do conhecimento e o capital intelectual. Segundo Kraemer (2004): “A gestão do conhecimento surgiu na década de 1990, como uma proposta de agregar valor à informação e facilitar o fluxo interativo em toda a corporação. Ela desenvolve sistemas e processos que visam adquirir e partilhar ativos intelectuais. Reporta inevitavelmente ao uso pleno do conhecimento, direcionando-o como diferencial estratégico competitivo de sucesso. Aumenta a geração de informações que sejam úteis e significativas e promovam atividades, enquanto procura aumentar o aprendizado individual e grupal. Além disso, ela pode maximizar o valor da base de conhecimento da organização em funções diversas e localizações diferentes.” (www.gestiopolis.com, 25/01/2012). A gestão do conhecimento possui características marcantes e poderosas, capazes de criar oportunidades efetivas de desenvolvimento 29 individual e corporativo. Para tanto, é fundamental que as organizações atentem-se com seus colaboradores, considerados como Capital Intelectual, de forma que estes não mudem para outras organizações, além da atenção aos que permanecem para que não percam a motivação para o constante aperfeiçoamento. Entretanto, é importante entendermos as diferenças entre dado, informação e conhecimento que fazem parte do cotidiano de todo profissional e passa por transformações frequentemente, assim como auxiliam na aprendizagem e aperfeiçoamento de cada profissional envolvido e comprometido com o sucesso e manutenção da gestão do conhecimento. 3.1 Dado, Informação e Conhecimento: inteligência organizacional. Alguns autores fazem distinção entre: dado, informação e conhecimento. Enquanto, para Mello e Burlton (2000 apud CARVALHO 2003, p. 26), a definição de conhecimento, situa-se “em uma escada de conceitos onde dado, informação, conhecimento e sabedoria são os degraus”. Estes degraus serão detalhados a seguir: a) Dado: fatos estruturados, valores de parâmetros e medidas, geralmente sem um contexto; b) Informação: dado e contexto de referência que estabelece significado ou valor para o negócio ou alguém relacionado a ele; c) Conhecimento: o que orienta as pessoas no uso de dados e informações para fazer julgamento, tomar decisões ou realizar trabalho; 30 d) Sabedoria: Confiança comprovada no conhecimento ou tomada de decisão de alguém, geralmente obtida por meio da experiência. Para A Microsoft (2000 apud CARVALHO 2003, p. 26), a definição de dado, informação e conhecimento tem ênfase na tecnologia: a) Dados: [...] A maioria das organizações armazena grandes volumes de dados em bancos de dados altamente estruturados, como os sistemas de gestão empresarial ERP (Enterprise Resource Planning). Além disso, a maioria das empresas assina fontes externas de dados que fornecem dados demográficos, estatísticas competitivas e outros dados sobre o mercado. A principal atividade para construção de valores em torno dos dados dos negócios é a capacidade de análise, síntese e da posterior conversão dos dados em informação e conhecimento: b) Informação: é o produto da captura e fornecimento de contexto às experiências e ideias. [...] A principal atividade para construção de valores em torno da informação gerencia o conteúdo de forma a facilitar a localização, reutilização e o aprendizado a partir de experiências para que os erros não se repitam e o trabalho não seja dobrado; c) Conhecimento: é composto de experiências tácitas, ideias, "insights", valores e julgamento de pessoas. É dinâmico e somente pode ser acessado através de colaboração direta e de comunicação com os especialistas que detêm o conhecimento. Os sistemas de Gestão do Conhecimento devem fornecer incentivos culturais para compartilhar as experiências pessoais que tradicionalmente formam o valor da pessoa para a empresa. Atualmente, a colaboração de uma pessoa para uma empresa reside na criação de um novo conhecimento, através da colaboração com outras pessoas e da síntese de informações e dados existentes. 31 Já para Valentim (2003, p.18): Dado, informação e conhecimento são matérias primas para o processo de inteligência competitiva. “O profissional da informação, através dessa atividade, visa apoiar a organização e, através de sua atuação, possibilita maior flexibilidade de atuação no mercado, assim como maior capacidade de inovação. A inteligência competitiva precisa de profissionais qualificados para desenvolver as atividades inerentes a ela”. Mediante as definições acima, podemos perceber que há um ponto em comum à definição de conhecimento, a qual depende de um conjunto de informações que irão influenciar nas tomadas de decisões. A necessidade das tomadas de decisões acertadas, assim como a competição cada vez mais presente entre os colaboradores das organizações exigiu melhor preparo destes para enfrentar as exigências do mundo profissional. Para Choo (2003, p. 17): “uma organização preparada para o mercado é denominada uma “organização do conhecimento”“. “Aquela que possui informações e conhecimentos que a tornam bem informada e capaz de percepção e discernimento. Num nível mais profundo, a organização do conhecimento possui informações e conhecimentos que lhe conferem uma vantagem, permitindo-lhe agir com inteligência, criatividade e, ocasionalmente, com esperteza. Está preparada para sustentar seu crescimento e se desenvolver num ambiente dinâmico. Mas, porque sente e entende o ambiente que a cerca, a organização do conhecimento, é capaz de se preparar para a adaptação com antecedência. Contando com a competência e a experiência de seus membros, ela é capaz de constante aprendizado e inovação. Aplicando normas e rotinas aprendidas para a tomada de decisões, está preparada para empreender ações objetivas no momento apropriado. No coração da organização do conhecimento está a administração dos processos de informação que constituem a base para criar significado, construir conhecimento e tomar decisões.” 32 A tomada de decisão, seja ela individual ou coletiva, necessita de dados, informação e conhecimento alicerçando a ação. Isso significa que cada decisão poderá influenciar o rumo de uma organização. Portanto, dados, informação e conhecimento direcionados à tomada de decisão são primordiais ao processo de inteligência organizacional, aprendizagem e desenvolvimento que valorize os direitos e deveres, a ética, a solidariedade, sustentabilidade e o amor. 3.2 Gestão do Conhecimento: o que é? A gestão do conhecimento "está, dessa maneira, intrinsecamente ligada à capacidade das empresas em utilizarem e combinarem as várias fontes e tipos de conhecimento organizacional para desenvolverem competências específicas e capacidade inovadora [...]". Terra (2000, p.70) Atualmente, vista como fonte de vantagem competitiva, a gestão do conhecimento busca atender às demandas de informação e conhecimento, de forma a atender também às necessidades das organizações escolares, seja para um ensino de qualidade, seja como fonte organizadora aos processos e práticas educacionais, seja com desenvolvimento de ações que coloquem em prática a filosofia da organização. Conforme Woida e Valentim (2006, p.10): “a gestão do conhecimento é compreendida como um novo processo necessariamente social e organizacional provido de estratégias, objetivos e etapas simultâneas, que visa num primeiro momento, desenvolver nas pessoas a capacidade de percepção, de criação de significado e de construção de conhecimento e, num segundo 33 momento, visa desenvolver nas pessoas a capacidade de transformar o conhecimento conhecimento em e informação, usar compartilhar informação e informação e conhecimento”. (http://www2.marilia.unesp.br, 25/01/2012) A gestão do conhecimento é um processo empreendedor, que faz uso de vários recursos tecnológicos e de informação, porém não estará em funcionamento eficiente e eficazmente senão for apreendida e compreendida pelas pessoas da necessidade de compartilhamento do conhecimento e da informação. Para qualquer organização o compartilhamento é inevitável e tratandose de aprendizagens – que acontece constantemente – promover a integração, criar condições para o desenvolvimento torna-se fundamental. Contudo, a gestão do conhecimento estará tomando seu curso natural de funcionamento. No entanto, é necessário fazer com que as pessoas envolvidas compreendam a importância do compartilhamento da mesma forma que possam compreender o que se propõe a gestão do conhecimento. Pois, “[...] conhecimento produzido sem ser compartilhado não é conhecimento disponível para o crescimento da empresa. Então, tudo passará pelo querer pessoal de dividir o que se sabe. Pode existir, sim, uma pessoa que estimule a implementação desse estado de compartilhamento generalizado, mas cada um, intrinsecamente, responsável por querer fazer acontecer.” Carvalho (2003, p.63) Na verdade, o “conhecimento é uma mistura fluída de experiência condensada, valores, informação contextual insight experimentado, a qual 34 proporciona uma estrutura para a avaliação e incorporação de novas experiências e informações, ele costuma estar embutido não só em documentos ou repositórios, mas também em rotinas, processos, práticas e normas organizacionais”. Davenport e Prusak (2001, p. 6) Observa-se que o compartilhamento, seja do conhecimento ou da experiência, irá auxiliar consideravelmente a interação entre as pessoas e o crescimento individual e da própria organização. Conforme Miller (2002, p.58) “convencer as pessoas a compartilharem seus conhecimentos é um grande problema existente nas organizações, pois ao considerarem que informação é poder, não estão dispostas a cedê-la facilmente”. O compartilhamento pode resultar uma maior produtividade e inovação bem maior do que poderia alcançar individualmente. Entretanto, torna-se necessário que a cultura organizacional promova uma mudança de comportamento aos seus colaboradores, assim como valorize ideias e contribuições, além de proporcionar a compreensão da importância de produzir e explicitar conhecimento individual para benefício da organização como um todo. A partir desta cultura organizacional a gestão do conhecimento estará em pleno funcionamento eficazmente. Nota-se que para uma organização realize/ aplique a gestão do conhecimento, não basta conectar as pessoas às informações, mas sim, conectá-las umas as outras, pois como afirma Morin (2005, p. 18) “o conhecimento é um fenômeno multidimensional, de maneira inseparável, simultaneamente físico, biológico, cerebral, mental, psicológico, cultural e social”. Segundo Valentim (2003): 35 “Somente é possível realizar gestão do conhecimento, - aqui entendida como um "conjunto de estratégias para criar, adquirir, compartilhar e utilizar ativos de conhecimento, bem como estabelecer fluxos que garantam a informação necessária no tempo e formato adequados, a fim de auxiliar na geração de ideias, solução de problemas e tomada de decisão”. Ainda conforme Valentim (Data Gama Zero, 25/01/2012): “A gestão do conhecimento é um processo dinâmico, por isso, não é possível medir onde acaba o conhecimento do indivíduo que o socializou do conhecimento gerado por outro indivíduo a partir do conhecimento socializado pelo primeiro e, assim, sucessivamente. Em outras palavras, a dinâmica é tal que não é possível saber exatamente quando o indivíduo está criando conhecimento (tácito), do momento que está socializando (explícito). Exatamente por esse motivo é essencial que todos os indivíduos atuem numa cultura organizacional positiva em relação a gestão do conhecimento, caso contrário, não será um processo dinâmico, característica primeira da gestão do conhecimento”. Nota-se que a gestão do conhecimento depende de uma estrutura organizacional para interface e mediação ao acompanhamento e utilização do conhecimento organizacional nas ações estratégicas, além de uma cultura favorável à prática da socialização do conhecimento e de um comprometimento com o processo. À medida que a expansão da gestão do conhecimento ocorre naturalmente, oportuniza-se o desenvolvimento dos envolvidos criam-se novos ambientes, assim como ocorrem novos processos proporcionando ações interativas e de conjunto. 36 Pois, segundo Luck (2006), “O processo educacional só se transforma e se torna mais competente na medida em que seus participantes tenham consciência de que são corresponsáveis pelo seu desenvolvimento e seus resultados”. Luck (2006, p.76) Contudo, é notória a importância da valorização do capital intelectual para que de fato aplique-se eficientemente a gestão do conhecimento. 3.3 Capital Intelectual: fundamental à gestão do conhecimento A inovação é uma ferramenta que vem ocupando espaço e tornando-se competitiva entre as organizações. Diante a tantos desafios, criar ações estratégicas é o caminho para manter-se competitivo e esta oportunidade de solucionar e inovar é encontrada no capital intelectual. Segundo Chiavenato (1999): “Capital intelectual é a soma de tudo o que você sabe. Em termos organizacionais, o maior patrimônio de uma organização é algo que entra e sai pelas suas portas todos os dias, ou seja, são os conhecimentos que as pessoas trazem em suas mentes – sobre produtos, serviços, clientes, processos, técnicas etc. Este capital intelectual: algo que não vê que não é físico nem ocupa lugar, não é contabilizado pelas tradicionais partidas dobradas nem equacionado em número quantificáveis, mas que está transformando rapidamente o mundo dos negócios. Isto significa que ter as pessoas certas e saber aplicá-las, mantê-las e monitorá-las é vital para as organizações de hoje e de amanhã”. Chiavenato (1999a, p.419) 37 Para que a organização seja beneficiada por este capital, será necessário valorizar seu recurso humano, pois só terá sucesso quem souber gerir seu capital intelectual: o recurso raro e intangível de uma organização. Assim, torna-se fundamental criar /oportunizar o envolvimento das pessoas com a organização. Em suma, cabe ressaltar que o entendimento de que o desenvolvimento e envolvimento das pessoas contribuem de forma significativa às mudanças e melhorias de uma organização. De acordo com Luck (2006), “[...] o processo educacional só se transforma e se torna mais competente na medida em que seus participantes tenham consciência são responsáveis pelo mesmo. Além do que, esse processo está mais de acordo com os princípios naturais de atendimento às necessidades flutuantes e mutáveis das comunidades e grupos sociais, cuja dinâmica de mudança se acentua gradativamente, demandando atenção imediata e mais próxima [...]”. Luck (2006, p. 80) Entretanto, verifica-se a necessidade do entendimento da visão, missão e valores das organizações, como também de oferecer um treinamento e aperfeiçoamento apropriado, para desenvolver as qualidades, habilidades e conhecimentos de sua equipe. Fica notória a importância da valorização das pessoas pelo seu intelecto. Não há como negar que estimular, atrair, reter e desenvolver da melhor forma possível este capital passa a ser uma das estratégias rumo ao sucesso de uma organização. 38 Mediante ao exposto, as pessoas não são mais vistas como recursos, mas como fonte de vantagem à competitividade e o envolvimento de cada um é capaz de aumentar a satisfação, lealdade e a confiança. Observa-se, atualmente, nas organizações a realização de ações sociais, investimentos e resultados positivos com o serviço em equipe, resultante do talento e desenvolvimento de seus colaboradores, o que justifica os investimentos em programas de capacitação e incentivos ao aperfeiçoamento pessoal e profissional, além de ser um dos elementos importantes à conquista de avanços na carreira e ampliação do capital intelectual. O mundo contemporâneo impõe às organizações, sem precedentes, a investir no capital intelectual, tendo em vista que o conjunto de ações e intervenções é que estabelecem a continuidade e atribui o caráter de processo contínuo e global – fundamental à gestão do conhecimento em prática. 3.4 Gestão do Conhecimento e Aprendizagem: A atual necessidade de uma aprendizagem constante e diversa é consequência do crescente fluxo de informações. Portanto, a implantação da gestão do conhecimento juntamente com um processo de aprendizado pode proporcionar situações e transformações capazes de desenvolver a habilidade criativa e empreendedora dos envolvidos. É possível perceber como as organizações no mundo atual necessitam oportunizar crescimento profissional, conhecimento e informação, em virtude da demanda de sujeitos cada vez mais qualificados rumo à inovação, e crescimento da produtividade e da qualidade. 39 A partir do processo de aprendizagem nas organizações é possível encontrar soluções aos problemas organizacionais. É capaz de transformar o comportamento e pensamento dos envolvidos. Para tanto, cada vez mais está frequente e comum abrir espaços para o pedagogo nos campos organizacionais – seja escolar ou empresarial. De forma consciente e comprometidamente o pedagogo elabora projetos, formula hipóteses, busca soluções as quais visem melhorias aos processos organizacionais e garantem a qualidade do atendimento além de criar estratégias de motivação e uma cultura de formação continuada aos colaboradores. A partir de 2006, o curso de Pedagogia no Brasil passou a ser organizado por novas Diretrizes Curriculares Nacionais, o que ampliou o campo de atuação do pedagogo que antes predominantemente era nas organizações escolares e agora também nos campos não escolares, no mundo corporativo. Afinal, ficou estabelecido a capacitação para planejamento, execução, coordenação, acompanhamento e avaliação de projetos e experiências não escolares, somado com a produção e difusão do conhecimento científico-tecnológico em ambos contextos – escolares e não escolares. (RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 1, Art. 4º parágrafo único). Conforme afirma Andrade Filho (2006): “A inserção dos PEDAGOGOS EMPRESARIAIS no mercado de trabalho tende a preparar este profissional para atuar na área empresarial e desenvolver habilidades humanas e técnicas com vistas à compreensão das transformações provocadas pelos avanços das ciências e das novas tecnologias [...] exige das instituições formadoras o poder de ‘inovar e reinventar’ o perfil do pedagogo brasileiro para enfrentar e ampliar o novo mercado de trabalho na atual sociedade informatizada”. Andrade Filho (2006, p.8) 40 Assim, além da consistente formação filosófica e humanística técnico-pedagógica, as instituições formadoras precisam incluir no cursos de pedagogia conteúdos que capacitem solidamente os pedagogos para a educação corporativa”. Como podemos perceber a aprendizagem com inclusão de ações pensadas e desenvolvidas por um pedagogo visa garantir o domínio do conhecimento da e na organização de modo a criar oportunidades de trocas, cooperações, reflexões e de construções coletivas de soluções. Há de se conquistar habilidades tais como: criatividade, espírito de inovação, comprometimento, trabalho em equipe para vencer dificuldades cotidianas enfrentadas pelos integrantes de uma organização. Nota-se que o resultado da aprendizagem organizacional é uma constante educação continuada e uma gestão do conhecimento em pleno andamento mediado por estratégias planejadas pelo pedagogo. Portanto, a gestão do conhecimento e a aprendizagem organizacional andam de mãos dadas rumo ao sucesso e à criatividade atuante no mundo da competitividade. 41 CONCLUSÃO Atualmente, nota-se que o que mais se faz dentro de qualquer organização – escolar e não escolar – é educação, uma vez que, por meio do conhecimento, da informação e instrução preparam as pessoas para executarem bem suas atividades e permanecerem nas organizações. Mediante a busca por metodologias e práticas que facilitem o treinamento e aprimoramento do conhecimento, para um melhor desenvolvimento e desempenho profissional, novos olhares voltaram-se à Educação Continuada. Observa-se que a Educação Continuada transformou-se numa estratégia para potencializar e facilitar o aprendizado e aprimoramento perante as mudanças e demandas do mundo atual que passou a exigir uma formação constante. Desta forma, o Pedagogo, por ser um mediador do aprendizado, facilitador do desenvolvimento e motivador da criatividade e inovação, passou a fazer frente desta nova demanda: modelo de aprendizagem. Pois, o pedagogo habilita-se a planejar todo o processo para que estas iniciativas e demandas sejam atendidas. De fato, percebe-se que foi a partir dessa necessidade que o pedagogo deixou de ter seu papel voltado apenas para a sala de aula e ampliou seu campo de atuação. Portanto, nota-se que a formação do pedagogo passou a estar também para o planejamento, execução, coordenação, acompanhamento, avaliação de projetos, pessoas e análise das dificuldades cotidianas das organizações. O que tanto pode atender uma organização escolar quanto uma não escolar. 42 Logo, o pedagogo tornou-se um facilitador para o envolvimento, a motivação, comprometimento e retenção dos envolvidos com os processos principalmente de aprendizado e desenvolvimento – oportunizando uma constante educação continuada – do capital intelectual da organização da qual faz parte de forma a valorizar e conquistar a fidelidade e satisfação. Assim, o processo educativo desenvolvido nestas organizações torna-se intencional, planejado e organizado ao capital intelectual das organizações. Pois a capacidade de transferir e disseminar conhecimento alcança-se com um intercâmbio de ideias diferentes que são expostas e partilhadas. Nota-se que a interação é fundamental visto que oferece as ferramentas que permitem o armazenamento e a reutilização do conhecimento coletivo da organização. Indo além dos manuais e troca de e-mails; são grandes iniciativas, estratégicas que almejam mudar a forma de comunicação de uma organização. Desta forma, nota-se que o capital intelectual em constante aperfeiçoamento além de facilitar a tomada de decisões mais eficientemente e de melhor qualidade contribui para o crescimento organizacional. Contudo, percebe-se que é preciso que as organizações entendam a necessidade dos envolvidos serem capazes de aprender para desenvolver novas habilidades e conhecimento como forma de garantir a sustentabilidade no mundo contemporâneo. Pois as pessoas deixaram de ser recursos para serem reconhecidos como o capital intelectual das organizações. Assim, a gestão do conhecimento está surgindo como um novo processo e uma nova ferramenta, que aos poucos vem sendo incorporada nos planos estratégicos das organizações, nascendo de ações planejadas e facilitadas por pedagogos inseridos nas organizações para elaborar projetos, 43 formular hipóteses e garantir a qualidade, a motivação e uma cultura de formação continuada ao capital intelectual da organização que se insere. Pois, a gestão do conhecimento não depende apenas de infraestrutura e procedimentos tecnológicos, e sim de outros fatores tais como: geração de novos conhecimentos, compartilhamento de melhores práticas e interações; tudo isso projetado e mediado por um pedagogo. A partir da gestão do conhecimento é possível criar oportunidades efetivas de desenvolvimento individual e coletivo tendo como facilitadores o pedagogo e a educação continuada que pode visar o empresarial: aprendizado, treinamento e desenvolvimento e ou visar o educacional: aperfeiçoamento, aprendizado e desenvolvimento. A gestão do conhecimento mediada por um pedagogo traz bons resultados às organizações. A relação existente entre o pedagogo e o capital intelectual busca resultar em motivação e que venha a proporcionar melhores resultados. Um relacionamento com a finalidade de transformar a organização com um novo modelo de aprendizado. 44 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDRADE FILHO, F. A. de. Filosofia e epistemologia: gestão do conhecimento e Pedagogia Empresarial na sociedade informatizada. Disponível em: <http://www.users. hotlink.com.br/fico/refl0091.htm>.Acesso 26 de janeiro de 2012 BRASIL. Lei-LDB 9394 de 20/12/1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. 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Acesso em 24 de janeiro de 2012. 50 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO ................................................................................................... 02 AGRADECIMENTO .................................................................................................... 03 DEDICATÓRIA ........................................................................................................... 04 EPÍGRAFE ................................................................................................................. 05 RESUMO ................................................................................................................... 06 METODOLOGIA ........................................................................................................ 07 SUMÁRIO .................................................................................................................. 08 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 09 CAPÍTULO I: Educação: História e a atuação do pedagogo ...................................... 11 I. I – Breve história da Educação ........................................................................... 12 I. II - A atuação e o papel do pedagogo na atualidade ........................................... 16 CAPÍTULO II – Educação continuada: uma iniciativa cada vez mais necessária ....... 22 II.I – Aprendizagem – Treinamento e desenvolvimento: uma visão empresarial da Educação continuada ............................................................................................ 25 II.II – Aperfeiçoamento – Aprendizagem e desenvolvimento: uma visão educacional da Educação Continuada ....................................................................................... 26 CAPÍTULO III – Gestão do Conhecimento ................................................................. 28 III.I – Dado – informação e conhecimento: inteligência organizacional ................... 29 III.II – Gestão do conhecimento: o que é ............................................................... 32 III.III – Capital Intelectual: fundamental à Gestão do Conhecimento ...................... 36 III.IV –Gestão do Conhecimento e aprendizagem ................................................. 38 51 CONCLUSÃO ............................................................................................................ 41 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁTICAS .............................................................................. 44 ÍNDICE ....................................................................................................................... 49 FOLHA DE AVALIAÇÃO ............................................................................................ 52 52 FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: AVM FACULDADE INTEGRADA Título da Monografia: A EDUCAÇÃO CONTINUADA E O PEDAGOGO COMO FACILITADORES DA GESTÃO DO CONHECIMENTO Autor: Vania Silva Castro Data da entrega: 29 de fevereiro de 2012 Avaliado por: Prof. Ms. Maria da Conceição Maggioni Poppe e Prof. Dr. Vilson Sérgio de Carvalho Conceito: 10