ANO 2 - Nº 18 • Edição Mensal - Outubro/2014
•
O agroturismo
das Encostas
da Serra Geral
perdeu seu
“primeiro
lutador”
Pág. 16
O Jornal de Santa Rosa de Lima - A Capital da Agroecologia
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Santa Rosa de Lima, Outubro/2014, Canal SRL
Reportagem ESPECIAL
Mariza Vandresen
Convênios, a quem convêm?
Na edição de dezembro de 2013, o Canal SRL tratou
em sua Reportagem Especial (Polêmica dos Convênios)
dos contratos firmados entre municipalidade e União e
que foram transferidos da gestão municipal anterior à atual. Passados dez meses o assunto volta à tona. Dos oito
convênios pendentes, conforme consta do “Relatório de
acompanhamento de obras”, no site da Caixa Econômica
Federal (CEF), até esta data, cinco deles ainda estão em
vigência. Destes, dois estão atrasados, dois paralisados e
um não iniciado.
Buscou-se, da mesma forma, apurar informações sobre
os novos convênios assinados com a CEF e saber como
está o andamento de cada um deles.
Mais uma vez, com isenção, procurou-se entrevistar todas as partes envolvidas no processo. Parece, entretanto,
existir um pacto para a sonegação e a ocultação de informações aos cidadãos.
Dificuldades para acesso à informação I
No Sistema de Acompanhamento
de Obras – SIURB, disponível no site na
internet da Caixa, é possível acompanhar o progresso das “operações de desenvolvimento urbano e rural”. No caso
do nosso município, aparentemente,
a única evolução que se percebe é na
prorrogação dos prazos de vigências
dos contratos. Como as informações
não esclarecem os motivos das paralisações e atrasos, foram buscadas informações diretamente com o gerente, na
superintendência da CEF em Criciúma,
Nelson de Souza. Através da assessoria
Centro de Atendimento ao Turista.
de comunicação da Caixa, Souza justificou que aquele banco público tem
um volume muito grande de contratos
e que “não é usual atender a este tipo
de solicitação”, pois isso exigiria muito
tempo e eles já teriam “uma agenda
bastante carregada”. Aconselhava que
a reportagem procurasse a prefeitura
de Santa Rosa de Lima, uma vez que
as informações sobre estes contratos,
por serem públicas, deveriam poder
ser acessadas através da administração municipal. Explicava, ainda, que se
houvesse dificuldades, uma solicitação
formal à CEF, feita através da Câmara
de Vereadores, seria atendida.
Construção de calçadas e meio fio.
Dificuldades para acesso à informação II
O Relatório de situações das obras
da Gerência de Filial Desenvolvimento
Urbano e Rural (GIDUR) é um documento técnico que aponta mais precisamente as pendências e solicitações
exigidas pela Caixa ao município, para
o prosseguimento das obras. Embora
esse documento tenha sido solicitado
à Caixa e à Prefeitura Municipal, via
e-mail, a reportagem do Canal SRL não
o recebeu.
Amparada pela Lei de Acesso à Informação, a reportagem do jornal protocolou, no dia 26 de setembro, na
Prefeitura Municipal, um pedido de informações. Como o prazo para resposta é de até 20 dias, não houve tempo
hábil para publicação nesta edição.
Dificuldades para acesso à informação III
A reportagem encontrou Jeferson
Hemkemeyer consultor da empresa
contratada pela prefeitura municipal
para tratar dos convênios, e solicitou
uma entrevista sobre o assunto. Jeferson pediu que os questionamentos fossem enviados ao Secretário municipal
de finanças, Edson (Dedé) Vandresen e
que só os responderia por escrito. Da
mesma maneira, a reportagem encaminhou pedido ao engenheiro contratado
da prefeitura, Leandro Heidemann dos
Santos, que, por e-mail, disse que não
responderia aos questionamentos e
que perguntas sobre o andamento dos
contratos fossem dirigidas diretamente
à gestão municipal.
Vandresen confirmou o recebimento de e-mail com os questionamentos
e disse que daria retorno após uma
reunião que aconteceria no dia 23 de
setembro. Não havendo o prometido
retorno, a reportagem procurou, por
telefone, o secretário. Ele relatou que
o assunto fora discutido em reuniões
com os demais secretários municipais,
ocorrida no dia 22, e com a prefeita,
o engenheiro Leandro e o consultor
Jeferson, na manhã do dia 23. A decisão tomada nessas reuniões é que a
administração pública municipal não
elaboraria nenhuma resposta ao jornal.
Ou seja, abria mão de prestar as informações que, como afirmou a superintendência da Caixa Econômica Federal,
deveriam ser públicas.
Não se acredita que seja um simples sinal de incompetência. O que fica,
então, são algumas perguntas para reflexão do leitor: afinal, existe alguma
coisa a esconder? Do jornal? Dos seus
leitores, que são os contribuintes municipais? Por que?
Novas contratações
Na gestão atual, até o fechamento
desta edição, o município firmou cinco convênios com a Caixa Econômica
Federal, totalizando R$1.309.743,23
de investimentos na área de turismo,
agricultura e esporte. Todos os contratos foram assinados no ano de 2013
e nenhum deles foi iniciado. O único
comentário que o jornal conseguiu da
administração pública municipal sobre
esses contratos foi feito pelo secretário
de finanças, por telefone. Segundo ele,
no caso daquele relacionado a reforma do ginásio de esportes, a prefeitura
aguarda, da Amurel, um projeto de prevenção contra incêndios.
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Santa Rosa de Lima, Outubro/2014, Canal SRL
Relatório de Contratações por município no site da Caixa
segue
Diretor: Sebastião Vanderlinde
Diretora: Mariza Vandresen
Estrada Geral Águas Mornas, s/n.
CEP 88763-000
Santa Rosa de Lima - SC.
Tel. (48) 9944-6161 / 9621-5497
E-mail: [email protected]
Fundado em 10 de maio de 2013,
dia do 51º aniversário de Santa Rosa de Lima
Jornalista Responsável: Mariza Vandresen
Diretor-executivo (Circulação, Comercial, Financeiro, Publicidade e
Planejamento): Sebastião Vanderlinde
Publisher (voluntário): Wilson (Feijão) Schmidt.
O Canal SRL é uma publicação mensal da Editora O ronco do
bugio. Só têm autorização para falar em nome do Canal SRL
os responsáveis pela Editora que constam deste expediente.
Diagramação e Arte: Qi NetCom - Anselmo Dandolini
Distribuição: Editora O ronco do bugio
Tiragem desta edição: 1000 exemplares
Circulação: Santa Rosa de Lima (entrega gratuita em domicílio).
Dirigida, também, a prefeituras, câmaras e veículos de comunicação do Território das Encostas da Serra Geral e a órgãos do
Executivo e Legislativo estadual e federal.
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Santa Rosa de Lima, Outubro/2014, Canal SRL
segue
Reportagem ESPECIAL
Mariza Vandresen
As velhas pendências
Sobre os contratos assinados ainda na gestão anterior, não foi possível acrescentar novas informações àquelas publicadas em Reportagem Especial em dezembro de 2013.
Já a obra do Centro de Atendimento ao Turista foi tema de matéria publicada
em maio de 2014. Nesse caso, a reportagem solicitou entrevista aos gestores municipais, ao engenheiro, ao responsável pelos contratos na prefeitura municipal e
a empresa executora (BF Construções), mas nenhum desses pedidos foi atendido.
Mais uma vez, uma pergunta se impõe: por que esse pacto de silêncio? Por que
esconder informações que a lei determina que sejam públicas, já que são todas
obras públicas feitas com dinheiro público? Não é o Canal SRL quem deve se explicar.
Este contrato está sob investigação de Inquérito Civil instaurado pela Polícia Federal em outubro de 2013, sob suspeita de crime licitatório e desvio de verba pública. Os
recursos estão bloqueados na CEF desde então.
Santa Rosa de Lima, Outubro/2014, Canal SRL
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Santa Rosa de Lima, Outubro/2014, Canal SRL
CADERNO DE RECEITAS
Cuca Crescida
Dona Nina é quem assina o Caderno de Receitas
nesta edição. Ela apresenta sua especialidade, a Cuca
Crescida, diz que não tem nenhum segredo para fazê-la,
no entanto acrescenta, “não é todo dia que eu acerto.
Quando eu era merendeira, veio uma mulher dar um
curso e ela disse assim, ‘olha, no dia que estiver meio estressada não adianta fazer nada, pois não acerta nada’,
e quantas vezes eu já fiz e não deu nada mesmo. Mas
quando a gente está tranquila, quando não está apurada com o serviço, daí a gente acerta”. Se não tem segredo dona Nina, por que sua cuca é tão famosa pelas
redondezas? Dona Nina não sabe responder. Hilberto
Vandresen, seu esposo, que acompanhava nossa conversa da horta ao lado da varanda, declarou, “É vontade
de fazer”.
A Dona Nina
Rosalina Petri Vandresen nasceu no dia 03 de Dezembro de 1950 na Cidade de São Bonifácio. Hoje com
seus 63 anos, Dona Nina, como é carinhosamente chamada, conta que não tinha oito anos completos quando
veio morar em Santa Rosa de Lima, “Vim com a minha
mãe que ficara viúva e meus irmãos, moramos ali embaixo, na comunidade de Rio do Meio”. Se refere “ali embaixo” pois há dois anos, ela e seu esposo mudaram-se
para a Comunidade Nova Esperança, “bem mais pertinho da Serra. Mas aqui também é um lugar bom”.
Estudava nos ranchinhos por aí
“Acho que nem completei bem a quarta série, porque na nossa época não tinha como sair para estudar
e aqui nós não tínhamos escola como tem hoje. A gente estudava nos ranchinhos por aí. Estudei um pouco
na Varginha. Eu parava na casa da minha irmã e cuidava das meninas dela e assim eu podia ir pra escola.
Depois estudei no Rio do Meio. Lá para baixo do Vino
[Lemckhul] tinha um paiolinho velho onde uma menina
dava aula para nós, a Mina Schmidt. Ali, um pouco pra
cá do Gabriel [Oenning] onde hoje tem uma plantação
de pinus, ali nós também íamos para a escola. Era tudo
assim, umas casinhas bem antigas.
Não tinha caderno, a gente usava a lousa, escrevia e
apagava. Livro a gente tinha para ler e lembro que era
bem bom. A gente aprendia bem, eu quase sempre tira-
va em primeiro lugar. Hoje eu até me viro bem, eu acho
que aprendi que chega”.
A infância
“Deste tempo, eu lembro que gostava muito de brincar com minha prima, hoje ela é falecida, a Roberta, morava em São Bonifácio. Então, quando a gente ia pra lá, a
gente passava os domingos juntas e também se reunia
com outras amigas que iam na casa dela. Aqui, a minha
maior brincadeira era cuidar de crianças, fui babá desde
pequenininha, cuidava bastante de crianças por ai, eu
gostava muito.
O namoro
Questionada sobre o namoro, Dona Nina ri. Parece
tímida para falar do assunto e diz que pouco lembra.
“Nos conhecemos já faz um tempão, a gente morava
perto um do outro. “No sábado foi nosso aniversário de
casamento, no dia 20 de setembro comemoramos 45
anos juntos”.
Seu Hilberto diz “é desde o tempo que ele lavava a
loiça” referenciando os tempos de criança. Pergunto se
foi por causa da gaita que ele tocava que o namoro começou. A resposta é não, a gaita ele comprou depois
que se casaram.
Os Colaboradores
Dona Nina junto com seu esposo e os cunhados
fazia parte de um grupo musical que animava bailes e
casamentos por toda a redondeza, Os Colaboradores.
“Só lá no seu Remi, tocamos o casamento dos três filhos
dele. A gente também cantava nas festas de comunidades. O Hilberto era na gaita, o Danilo no pandeiro, o Ivo
na bateria e o falecido Henrique Dutra no violão, e eu
e a Salete, minha cunhada acompanhava na cantoria”.
Seu Hilberto mais uma vez se manifesta, “a voz dela era
o que mais animava a festa”.
A família e a lida
Dona Nina casou-se aos 19 anos e desta união teve
oito filhos. O filho primogênito é falecido. Hoje são sete,
quatro mulheres e três homens, os caçulas são gêmeos.
“A vida era bem complicada, mas muitos davam apoio
para gente e ajudando um ao outro a gente foi indo.
Dona Nina.
Sempre trabalhamos na roça, e quando eu tinha os gêmeos pequenos eu comecei a trabalhar de merendeira
na escolinha, foi no tempo que o Turíbio [Stüepp] era
prefeito. Depois me aposentei pela prefeitura. Agora estou trabalhando pra frente, por que parar não adianta.
Hoje Dona Nina se dedica aos cuidados da casa e trabalha na agroindústria de processamento de verduras e legumes. “De cantar eu já gostava bem mais, mas a gente
vai esquecendo e não sabe mais bem as letras. Eu gosto
de dançar, gosto de fazer comida e gosto muito do meu
serviço na agroindústria. Eu também participo do clube
de mães, mas não tem um dia certo, a gente tem que
combinar o dia que não tem serviço, pois as mulheres,
quase todas trabalham na agroindústria”.
Cuca Crescida
Ingredientes (para uma cuca média)
Massa:
04 colheres de açúcar
03 xícaras de trigo (ou até dar o ponto)
01 Colher de banha
01 Colher de margarina
Uma pitada de sal
Fermento de pão
01 Xícara de água morna
Modo de fazer
Misturar bem todos os todos os
ingredientes em um recipiente e
mexer bem. Cobrir com um pano
e reservar para que cresça. Depois de crescida, despeje a massa
em uma forma untada e deixe-a
crescer mais uma vez, enquanto
isso, prepare a farofa para cobrir
a Cuca. Por tratar-se de uma cuca
crescida, é muito importante deixar a massa descansar, tanto na
bacia como na folheta. A dica para
a medida de crescimento é que
a massa dobre de tamanho, isso
pode levar até uma hora.
Farofa:
Ingredientes
02 colheres de margarina
01 colher de banha
Trigo e açúcar até formar uma farofa um
pouco úmida e farelenta. Cobrir toda a
superfície da massa já enformada.
Santa Rosa de Lima, Outubro/2014, Canal SRL
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TRANSPARÊNCIA
Sujeira nas canaletas?
COMUNIDADE
NOVA ESPERANÇA
Jaqueline Tonn
Recentemente, um fato chamou atenção dos santarosalimenses que
trafegaram entre nosso município e Rio Fortuna. Funcionários da Prefeitura Municipal realizavam a roçagem e a limpeza de canaletas às
margens da SC 108. Além da lentidão na execução do serviço, outras
questões chamaram a atenção: a estrada não é municipal, os servidores públicos estavam fora da área do município e não se soube de
nenhum convênio a esse respeito assinado com o Governo Estadual,
responsável pela rodovia. Ficou a pergunta: por que a administração
municipal mobilizou servidores públicos para realizar esses trabalhos,
quando há tantas demandas por outros serviços?
Na coluna desta edição quero dar um destaque especial ao grande casal, Édio Dutra e Beti Aparecida Carvalho
Dutra, que no dia 11 de setembro comemorou 25 anos
de vida conjugal. A festa foi realizada aqui na sede da comunidade e o que era para ser apenas um simples jantar
quinzenal, transformou-se num momento muito especial, tanto para Édio e Beti, como para todos os familiares
e amigos que aqui se reúnem. A festa se antecipou um
pouco, foi no dia 06, mas para eles o mais importante era
comemorar com todos os moradores da comunidade.
Demanda de transparência
O assunto foi levado ao conhecimento do vereador Luiz Schmidt que, na sessão da Câmara de
Vereadores do dia 25 de agosto, apresentou ofício
(nº 06/2014) solicitando esclarecimentos ao executivo municipal sobre o assunto. O pedido foi justificado pela ausência no Portal da Transparência
do município de qualquer informação sobre essa
ação e pelo fato do secretário do Desenvolvimento Regional de Braço do Norte (36ª SDR), Roberto
Kuerten Marcelino, ter declarado, em entrevista
ao Canal SRL, que havia assinado um contrato, de
aproximadamente trezentos mil reais, com a iniciativa privada, para a realização dos mesmos serviços. Mais do que isso, junto ao ofício, seguiu uma
cópia do contrato administrativo 012/2014, firmado entre aquela secretaria de desenvolvimento
regional e a empresa Alexandre Chaves de Mello
ME, no valor de R$ 281.465,33, para “execução da
conservação das rodovias estaduais pavimentadas
sob abrangência da 36ª SDR de Braço do Norte/
SC”.
Os filhos
Depois de algum tempo vieram os filhos, Tharles, Keli
e Ketli. Uma “escadinha” como eles mesmo dizem. Muitas
estações depois, a surpresa foi em dobro com a chegada
das gêmeas Klairi e Kerolain. Eu só fiquei com uma dúvida, qual das duas nasceu primeiro, diga lá Beti. Édio?
(risos)
Evasiva
Na resposta à Câmara, a prefeita municipal se
limitou a informar: “em relação à execução da limpeza de canaletas e roçagem, até o momento a
prefeitura não possui nenhum convênio com esta
modalidade firmado com o governo do Estado e
que se houvesse qualquer dúvida que o vereador
buscasse informações na SDR”.
Contestação
O vereador Luiz Schmidt declarou à reportagem que a resposta é insuficiente e esclareceu que
é favor da manutenção da rodovia, mas que não
se pode aceitar uma situação tão pouco clara: “O
Estado está pagando a empreiteira e a prefeitura
que executa os serviços de roçagem e da limpeza
das canaletas e arcando com os custos? Faltam explicações! Falta transparência!”.
O que diz o responsável pela 36ª SDR
Adelício Margotti, secretário interino da SDR de
Braço do Norte, afirmou, em entrevista direta, que
o secretário de obras de Santa Rosa de Lima, Bertilo Heidemann, buscou aquela secretaria regional
para obter recursos para a limpeza da rodovia SC
108, antes da Gemüsefest e que a ele fora explicado que esse pedido precisaria passar por todos
os processos: edital, entrega de proposta e contratação de empresa. “Então ele mesmo disse: ‘vou
roçar aquilo’. Isso é o que foi feito. Se alguém falou
que a empresa pagou a prefeitura, na verdade, não
pagou nada! Foi iniciativa da administração local
para a limpeza, antes da Gemüse Fest. De fonte se-
gura! E não tem como alguém provar o contrário.
A empresa assinou o contrato depois disso tudo”.
Falta de transparência
Questionado do porque da prefeitura realizar
a limpeza muito depois da Gemüsefest, Adelício
Margotti alegou que não tinha conhecimento desse fato e que, se isso estivesse acontecendo, era
uma iniciativa de única e exclusiva responsabilidade da prefeita e do secretário de obras do município.
Sobre o contrato com a empresa Alexandre
Chaves de Mello (veja box), o gerente interino informou que, até aquele momento [17 de setembro], fora realizada apenas uma medição e um
pagamento pelos serviços. Completou que o primeiro pagamento atrasou porque a empresa também havia atrasado para entregar a “medição” dos
serviços prestados. A reportagem insiste em saber
se a empresa recebeu pela limpeza das canaletas e
a roçagem entre Santa Rosa de Lima e Rio Fortuna
e o gerente interino diz que para saber disto nossa
equipe teria que solicitar os relatórios no departamento jurídico ou no setor de engenharia. Encontrado na recepção da Secretaria, o engenheiro
do órgão disse que os documentos poderiam ser
apresentados somente se houvesse uma solicitação à 36ª SDR. Tal demanda de informações será
protocolada na secretaria pela reportagem.
Outro lado
A reportagem tentou vários contatos telefônicos para ouvir o Secretário de Obras, Bertilo Heidemann, mas nenhuma das ligações foi atendida
ou retornada.
O namoro
Os dois eram vizinhos e se conheciam desde pequenos. Na juventude sempre se encontravam nas festas de
interior. E foi numa destas, em honra a Nossa Senhora
Aparecida, no dia 12 de outubro de 1986, na comunidade de Rio do Meio, que eles iniciaram o namoro. Essa
Santa é boa, hein! E tem festa lá dia 12.
Casal caseiro
Édio e Beti saem bem pouco, dizem-se “bem caseiros”, mas, quando se fala em cantar na igreja ou jogar
um futebol nosso amigo Édio não pensa duas vezes. A
Beti é daquelas mulheres muito dedicadas e caprichosas,
adora um bordado. Ela também é nossa mãe protetora e está sempre disposta a ajudar quando e quanto for
necessário. Geralmente, quando alguém fica doente por
aqui [e como a farmácia é longe], a Beti sempre tem um
remedinho.
A família
Édio e Beti construíram uma família com uma vida
carregada de emoções e surpresas. Firmes, sempre demonstram o amor e a dedicação que uma família precisa
ter para superar as lutas e alcançar os objetivos.
É por isso, que eu, na condição de prima, quase irmã
destes dois, não posso deixar passar em branco toda
essa trajetória linda construída com amor e dedicação e
sempre apoiando quem precisa. Quero agradecer cada
momento compartilhado e toda ajuda que Édio e Beti doaram em prol de nossa comunidade.
Esperamos comemorar as bodas de ouro, de diamante e de tantos outros elementos preciosos, pois é isso
que vocês são, pedras preciosas em nossas vidas. O que
vocês dois somam e o que vocês compartilham é exemplo para muitos que buscam a felicidade e a superação.
Felicidades sempre!
Coincidências
A empresa vencedora da licitação
para executar a manutenção da rodovia SC 108, Alexandre Chaves de Melo
ME, já é conhecida dos leitores do Canal
SRL. Ela apareceu nas matérias sobre a
execução da quadra coberta na comunidade de Cabeceira do Rio Bravo Alto,
já que também foi a empresa contratada
para aquela obra. Como já foi noticiado,
todas as tratativas sobre aquela obra pública estão sob investigação da Polícia
Federal.
Édio e Beti com os filhos.
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Santa Rosa de Lima, Outubro/2014, Canal SRL
As Leis que
regem o trabalho no campo
Tributação para o homem do campo
Em sequência à série de reportagens sobre as leis que afetam as
propriedades rurais, nesta edição,
apresenta mais informações sobre os
impostos para produtores rurais. Dois
são os mais comuns: o Imposto de
Renda sobre a receita agropecuária e
o Imposto Territorial Rural (ITR).
Conforme tabela de 2012, devem
declarar imposto de renda todos os
produtores rurais com renda bruta superior a R$ 122.783,25. “Para
2013, esse valor terá o reajuste anual. É possível que fique em torno de
R$ 130 ou R$ 140 mil”. Hoje a Receita
Federal brasileira tem um dos controles mais modernos do mundo. “Com
o cruzamento de informações e análises de declarações de empresas, órgãos públicos e consultas ao CPF da
pessoa, é possível saber quem deve
e quem não deve pagar imposto de
renda”, informa o contador Renério.
O recomenda-se que os produtores declarem o imposto mesmo que
não atinjam o teto. “Quem tem capital (propriedades) acima de R$ 300
mil já deve fazer a declaração anual”,
alerta. “Fazer a declaração também é
importante em anos que a atividade
trouxe prejuízos. Nestes casos, os valores podem ser deduzidos nos anos
seguintes”, explica o profissional. Por
exemplo, se um produtor teve um
lucro bruto de R$ 110 mil (abaixo do
teto) e despesas no valor de R$ 120
mil, o prejuízo de R$ 10 mil pode ser
compensado nos anos seguintes. Se
o lucro líquido ultrapassar o teto, ele
pode abater o prejuízo e ser dispensado do pagamento do imposto naquele ano.
Para evitar problemas com a Receita Federal, o produtor deve guardar as notas fiscais de todas as despesas com a atividade rural, inclusive os
que não declaram imposto. “O ideal é
se organizar já no início do ano”, sugere o contador. Todas as notas devem ser registradas em um livro caixa.
“A Receita Federal disponibiliza um
modelo no site (http://www.receita.
fazenda.gov.br). O próprio produtor
pode utilizá-lo, basta ter um computador com acesso à internet”. Renério
lembra que as notas fiscais devem ser
guardadas por cinco anos. “Elas são
a prova do produtor, caso a Receita
questione as informações”.
Devem ser guardadas notas fiscais
de compra, venda pagamentos de encargos e mão de obra, entre outros.
Para que tenham validade, devem
constar na nota os dados da empresa fornecedora do produto/serviço,
além do nome e CPF do contribuinte.
São consideradas despesas com a atividade a aquisição de insumos, equipamentos, veículos para a atividade,
mão de obra, entre outras. Também
podem ser incluídos os dependentes,
bem como despesas médicas.
As declarações devem ser enviadas à Receita Federal entre os dias
1º de março e 30 de abril. “Quem não
obedecer ao prazo pagará multa de
1% ao mês-calendário ou fração de
atraso, calculada sobre o total do imposto devido apurado na declaração,
ainda que integralmente pago, sendo
que o valor mínimo é de R$ 165,74 e
o valor máximo é de 20% do imposto
sobre a renda devida”. Para a declaração de imposto de renda para pessoa
física, os pontos principais são: a receita da atividade rural, a despesa da
atividade rural, e a compensação de
prejuízos.
Notas do produtor rural
A responsabilidade da emissão
da nota fiscal de produtor é do próprio produtor rural, além de ser uma
obrigação, ela traz benefícios. Por
meio dela é possível aumentar a arrecadação do Município, que pode
ser revertida em melhorias para o
próprio agricultor. Sem a emissão
das notas, está arrecadação é destinada para outros municípios.
Maiores informações:
www.receita.fazenda.gov.br
Rua Gov. Jorge Lacerda, 1333 – Centro – Braço do Norte – SC
Av. sete de setembro, 627 – Centro – Rio Fortuna – SC
Contadores responsáveis: Romilton Baggio e Renerio Roecker.
Santa Rosa de Lima, Outubro/2014, Canal SRL
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Condomínio Cachoeiras
O condomínio Cachoeiras é formado por quatro famílias que constituem
parte dos sócios fundadores da Agreco e da Cresol Encostas da Serra Geral.
Sua missão é produzir um alimento sadio, tanto para os membros da família
como para os consumidores de seus produtos. Desde sua constituição, produzem e embalam verduras prontas para o consumo. A Coluna Rede Agreco/
CooperAgreco foi até a comunidade de Rio Bravo Baixo, no município de Rio
Fortuna e detalha um pouco mais deste empreendimento rural.
“Começamos juntos, fomos
os cabeças que começamos e
aguentamos até hoje. Uma das
poucas agroindústrias que não
pararam de funcionar”
zem em coro, “a Karla é quem quebra a
cabeça. As contas, anotações, etiquetas
são tudo para ela”. Questionadas as três
preferem sem dúvida a roça do que os
papéis e contas. Todas reconhecem a
responsabilidade de Karla.
Vanilda Boeing Schueroff (60), Irma
Boeing Schueroff (56), Anísia Feldhaus
Schueroff (50) e Karla Wiemes (27) são
as principais responsáveis pelo funcionamento da agroindústria Cachoeiras. Elas
plantam, colhem, higienizam, processam,
embalam e expedem as verduras, frutas
e legumes que são comercializados in
natura pela CooperAgreco. “A gente que
faz tudo, o Cirineu e nós aqui, as vezes
o Zé ajuda também”. Se referem a ajuda
que recebem do esposo de Dona Vanilda,
Seu Cirineu Schueroff e do filho, José Luiz
Schueroff. “E se tem bastante produto a
gente paga alguém para ajudar”. O serviço da roça é feito diariamente por Dona
Vanilda, Dona Irma e Dona Anísia. “No
plantio, nós que enfrentamos, são as mulheres”. Karla, a mais nova das três, é formada em Ciências Contábeis e, meio sem
jeito, diz que não vai para a roça mas é ela
quem cuida dos pedidos, pagamentos e
contabilidade do condomínio. As três di-
“Para produzir é bastante trabalhoso, sacrificamo-nos mas nos
sentimos honradas porque este
alimento não tira, mas sim aumenta a saúde do nosso semelhante”
Algumas das plantações são mantidas em sociedade e outras, cada família
tem suas próprias. “Cenoura, beterraba,
aipim, batata-doce, abóbora, alface, repolho, couve, tempero verde, limão, laranja.
Sempre produzimos isso”. Tudo é vendido in natura, alguns produtos ainda são
congelados e outros embalados a vácuo.
“Na maioria dos pedidos é tudo higienizado, próprio para o consumo, a couve por
exemplo já vai a salada picadinha, mas
tem pedidos que é feito apenas uma limpeza, sem a higienização”.
Num dia normal, a colheita começa
ao raiar do dia. “Colhe, traz pra agroindústria, lava nos tanques, entra para a
Vista do Condomínio Cachoeiras.
agroindústria onde é feita a higienização,
daí vai para empacotar, já no final do dia”.
O trabalho delas é bastante intenso e
diário, inclusive domingos e feriados. “No
dia que vem o pedido a gente trabalha ali
[na agroindústria] e na folga que sobra é
na roça”. O pedido é expedido duas vezes por semana, mas elas relatam que
é preciso de mais dias na agroindústria
para deixar tudo pronto. “Agora que começa época de mais pique, trabalhamos
de segunda a sábado e domingo ainda
enviamos a carga”.
“No serviço, não dá para perder um minuto”
Quando questionadas sobre os desafios, elas ficam mudas. Depois Anísia
avalia. “Falta a força física, mas o que
uma não dá conta sozinha a outra ajuda”.
Dona Vanilda acha mais difícil o trabalho
na roça, “no sol quente, na idade que nós
já estamos” (risos). Dona Irma diz que
gosta de trabalhar, “mas tem que trabalhar” e enfatiza, “se não!”
“Estamos com pouca gente,
não dá para produzir mais”
Vanilda, Karla, Irma e Anizia picando aipim.
Hoje toda a produção é comercializada e não supre a demanda de pedidos da
CooperAgreco. Em função do grande ritmo de trabalho, elas sinalizam que para
aumentar a produção tem que aumentar
a mão de obra. “Inclusive estamos diminuindo um pouco. Não estamos mais
dando conta. Hoje, para nós está bom,
mas se for para aumentar a gente não
tem condições e se for para pagar mão
de obra, alguns produtos não compensam muito”.
“Muitos filhos teriam ficado em
casa”
Elas lamentam que a Agreco não tenha vindo antes. “Naquela época, quando
não tinha outra maneira de fazer dinheiro os filhos saíram de casa. Casaram e
foram obrigados a sair. Se tivesse o que
nós temos hoje muitos tinham ficado.
Agora eles já têm seus serviços e é muito
difícil os mais novos hoje quererem a lida
na roça”. A esperança de continuidade,
segundo elas esta com o filho de Dona
Valéria e quem sabe com os netos.
“A gente fica muito contente”
Todas concordam que apesar de
bastante trabalho a vida delas e de suas
famílias melhorou bastante. Para Karla, que trabalha meio expediente como
contadora na prefeitura de Rio Fortuna
é um incremento na renda. “Hoje em dia
um salário fixo não tem muita perspectiva de crescimento, e para sobreviver é
difícil. Outra coisa é como as pessoas estão aderindo aos alimentos saudáveis, os
benefícios que eles trazem. Pessoas que
vem aqui visitar o condomínio, a gente vê,
eles ficam encantados quando veem a
produção. Isso é muito gratificante”.
As três também se orgulham, “já passou muita gente aqui visitando e todo
mundo está elogiando o nosso trabalho e
isso deixa a gente fica contente. Os motoristas contam que quando nossos produtos chegaram na escola tudo prontinho,
higienizados, as merendeiras ficaram encantadas, nunca tinhas servido um produto orgânico com a qualidade que elas
viram”.
10
Santa Rosa de Lima, Outubro/2014, Canal SRL
EDUCAÇÃO
Ideb 2014 mostra recuo no município
Situações como essa são consideradas como “Estado de alerta” pelo Ministério da Educação.
Cada escola e cada município do país têm seu próprio Ideb (leia Box) e suas metas a alcançar. No nosso município, para o Ideb 2014, dispomos apenas dos resultados para a 8ª Série/9º Ano. No caso dos
estudantes da 4ª Série/5º Ano, não houve Prova Brasil em 2013, porque as turmas tinham menos de 20
alunos. Para o ensino médio os índices são disponíveis apenas para Santa Catarina como um todo.
Os números
Ideb 2014 para 8ª Série/9º Ano, para Redes Municipal e Estadual em Santa Rosa de Lima
Redes
Municipal
Estadual
2007
Ideb
5,1
4,3
2009
Ideb
Meta
5,2
5,4
4,4
Depoimentos
2013
Ideb
Meta
4,9
5,7
5,1
4,9
“Baseando-me no que o [Eduardo]
Deschamps [Secretário Estadual de Educação] disse, houve esta queda em função da progressão automática. A gente
escuta meninos de 13, 14 anos dizendo:
‘vou estudar pra que? se no final do ano
eu tenho aprovação...’ Então, para mim,
este é o principal fator que levou a esta
queda no índice. Mas só isso não justifica. Para termos uma média boa, temos
que ter mais dedicação dos nossos alunos. Tem que ter maior investimento do
município, do Estado, em educação. Tem
que buscar cursos de aperfeiçoamento
para professores, investir em tecnologias
para melhorar o trabalho dos professores. A progressão automática também
precisa ser revista. A tendência no Estado é ter esta mudança, de não mais haver a progressão automática. Eu até acho
que nós temos que torcer para isso. Nós,
como município, poderíamos até fazer.
Mas, como trabalhamos em parceria
com o Estado, não tem como uma instituição trabalhar diferente da outra.”
Loreni Philippi
Diretor do Centro Educacional Santa
Rosa de Lima – Núcleo
Como se pode notar, em 2007, primeiro ano de aplicação do índice, o
Ideb da Rede Municipal (5,1) era bastante superior ao da Rede Estadual
(4,3). Por isso, as metas estabelecidas para ela ao longo do tempo foram
também maiores.
O que se constatou, nesse período de seis anos, entretanto, foi um recuo da qualidade do ensino, medido pelo indicador, na rede do município.
E, com isso, um forte distanciamento da meta projetada.
Já no caso da Rede Estadual, nota-se uma melhora do Ideb que partiu
de um número bem baixo. Se em 2013 o índice supera a meta estabelecida, atingiu apenas aquele que a Rede Municipal já havia obtido em 2007. É
interessante registrar que o Ideb alcançado pela Rede Municipal em 2013 é
exatamente a meta prevista para a Rede Estadual (4,9) no mesmo ano.
Assim, há sinais claros de estagnação e de recuo da qualidade do ensino
em Santa Rosa de Lima. Este é um cenário considerado preocupante, sobre
o qual gestores, educadores e famílias precisam refletir.
A reportagem do Canal SRL procurou ouvir educadores para fomentar o
debate no município.
O que é o Ideb
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado
pelo Ministério da Educação, em 2005, para avaliar a qualidade das escolas e redes de ensino (municipais e estadual). O indicador combina a
taxa de aprovação informada pela escola com o desempenho dos estudantes do 5º e do 9º anos do Ensino Fundamental e do 3º ano do Ensino
Médio, em português e matemática, na Prova Brasil.
Para que serve o Ideb
O Governo Federal estabeleceu metas de qualidade a serem alcançadas a cada ano e acompanha o desempenho em educação das escolas,
municípios e estados.
Lei de Responsabilidade Educacional e prefeitos que não poderiam se candidatar
A oferta de ensino de qualidade é prevista pela Constituição do país,
mas a lei maior não prevê punições para o seu descumprimento. Por
isso, tramita no Congresso Nacional, desde 2006, o projeto de Lei de
Responsabilidade Educacional, que tornaria inelegível por cinco anos o
prefeito que piorar os índices locais de qualidade de educação.
Os defensores do projeto acreditam que a lei seria uma ferramenta
jurídica para que o Ministério Público cobrasse resultados dos gestores
na Justiça, com chances de punição por improbidade administrativa.
Já os críticos à proposta acreditam que a lei incentivaria uma “caça às
bruxas” e que a melhora do Ideb depende, também, da quantidade de
recursos de cada prefeitura. Outro argumento é que o Índice pode ser
afetado por problemas ou situações que fogem do controle da administração municipal, como uma greve prolongada dos professores, por
exemplo.
“Eu penso que para aumentar este
índice e para aumentar o nível de conhecimento dos alunos tem que atribuir
responsabilidades. Não aos alunos, mas
aos pais, aos professores. E para que
isso aconteça, eu penso que se faz necessário uma mudança radial na educação brasileira. Não adianta querer tapar
o sol com a peneira. Tem que trabalhar
a realidade mesmo. O aluno hoje é pre-
parado pra vida? De que maneira? Como
ele vai sair da escola preparado para a
vida, se na escola ele não tem responsabilidades? Qual vai ser a responsabilidade dele quando adulto? Em quem
ele está se espelhando? Com quem ele
aprende? Com a família e com a escola.
Se não houver uma mudança radical no
comportamento da família e no método
de ensino, a gente não vai alcançar nem
o índice e nem o objetivo maior, que é
preparar realmente o aluno para a fase
adulta, para a vida dele.
A tecnologia, hoje, influencia muito
a não aprendizagem do aluno. Ele não
tem mais motivação para vir para escola.
Quando termina a aula, a motivação dele
é ir correndo pra casa entrar nas redes
sociais e estar por dentro de tudo. E de
que forma a escola e a família poderiam
aproveitar esta tecnologia para o ensino?
Seja para os conhecimentos, seja para
responsabilidade. Tem que receber estas informações, trazer para o lar, para a
escola e transformar em conhecimento.
E isso servir para a vida.”
Marilucia Uliano
Professora
Santa Rosa de Lima, Outubro/2014, Canal SRL
“Pelo que eu acompanho aqui na Escola nos últimos tempos, não dá para
levar tão à risca estes dados, principalmente pela importância que se dá aqui
dentro para isso. Por exemplo, os números já estão aí, mas na Escola não se falou em IDEB em nenhum momento. Este
índice é absorvido mais em função da
obrigatoriedade. É muito apática a discussão. Nunca, em nosso planejamento,
estamos baseados nestes números. Não
sei se é certo ou errado, mas a escola
tem este encaminhamento. E isso me
“Particularmente, não acho que este
índice retrate bem a realidade. A forma
de avaliação do Ideb como um todo é
passível de aberturas, de muitas brechas. Independente do resultado, eu
penso que deve haver um mecanismo
mais criterioso para retratar bem a real
situação.
Outra questão é da própria legislação: ter os ciclos da reprovação ou não
[progressão automática]. Talvez a equipe
pedagógica tenha que se reposicionar,
porque acaba sendo uma forma de fazer com que a criança busque uma responsabilidade maior. Eu penso que isso
pode interferir. Eu concordo com a aprovação automática, só que talvez a escola
não esteja preparada.
Estes índices não relatam o ano de
2013. Na verdade, a criança está estudando há vários anos e o acúmulo daquele aprendizado é que vai ser retratado. É
faz crer que não são muito fidedignas
estas informações. Acho que não temos
regressão. Temos uma evolução. Mas é
difícil fazer a mensuração, pois estamos
com muitos projetos voltados para a
área ambiental e social e estes números são mais pautados nas disciplinas de
matemática e português. Isso pode estar
dando este reflexo. Na evolução, eu não
vejo queda não.
A solução para aumentar este índice
talvez seria criar uma metodologia de
aplicação e de preparação dos alunos,
levando em conta que estes números
são importantes em outras esferas. Para
nós, dentro da escola, não muda nada.
Mas sabendo como são olhados os números de fora para dentro, a escola deveria dar mais importância para isso. É
claro que os alunos também respondem
a uma conjuntura que está colocada: de
pais que não vêm à escola, de professores, de um conjunto de coisas. A própria
dificuldade de nós lidarmos com a tecnologia, com as redes sociais. Os alunos
recebem muitas informações, que eles
mesmo processam. E nós não conseguimos acompanhar. Existe também uma
apatia ao estudo que está aumentando.
Tem um número grande de variáveis e
fatores para avaliar.”
Volnei Luiz Heideamann
Orientador Educacional
uma avaliação de um período anterior.
Eu não sei se é a metodologia, mas os
índices, para o Brasil como um todo, caíram. Claro que existem escolas que são
exceções, que têm conseguido melhorar
estes números. Mas, infelizmente, é triste
para o Brasil. Tanto esforço e investimento em educação. Historicamente, nunca
se investiu tanto. E a gente não consegue
melhorar este índice. Santa Rosa de Lima
está dentro desta situação que puxou a
média nacional para baixo.
Para melhorar, apostamos na formação dos professores, através da parceria
com o IFSC. Mas isso não é de um ano
para o outro que vai dar resultado. Estamos, hoje, montando uma proposta de
legislação dentro da Educação onde um
dos itens é a questão curricular, no que é
possível modificar além do padrão nacional. A questão dos conselhos escolares,
da gestão democrática dentro da escola. Uma das grandes decepções minhas,
com o que acontece hoje na prática, são
os conselhos. Eles existem meramente
‘para cumprir tabela’ democrática, mas
não funcionam de verdade. Eu acho que
teria que implantar um conselho com
funcionalidade. Nas escolas onde foi implantado, ele deu resultado positivo. Os
dados são apresentados pelo próprio
MEC. São caminhos possíveis. Agora, no
dia a dia, tem que mudar a legislação.
Tem que ter este envolvimento da sociedade. Talvez seja um dos grandes desafios para a gente melhorar estes índices
também”.
Rudinei Pacheco
Secretário Municipal de Educação
11
“Eu acredito que a queda foi na prova
escrita. Isso já aconteceu mais vezes. Nós
já tivemos esta oscilação nos índices. É
difícil dizer, mas acredito que isso pode
ser reflexo do momento de aplicação da
prova. Ou do fato de ter, nestas classes
avaliadas, alunos com dificuldades. Inclusive, portadores de necessidades especiais que têm dificuldade de fazer um
exame com tantas questões de matemática e português. Eu não vi durante este
ano, no ano passado, pelo menos com
os alunos do quinto ano que eu trabalho,
que eles tiveram tanta dificuldade, que
houve queda no aprendizado. A gente
percebe que eles têm condições.”
Salésio Wiemes
Professor
“Na turma que prestou a última prova, tinha alunos muito bons. Mas, em geral, era uma turma com dificuldades. Havia alunos com necessidades especiais e
creio que isso que fez o índice diminuir.
Também houve bastante mudança no
quadro de professores.
Com o evoluir das séries, os estudos
vão ficando cada vez mais complicados.
Da primeira à quarta, por exemplo, o
professor está mais presente. Já da quinta à oitava, o aluno é mais autônomo e
isso dificulta um pouco. Pois o aluno
com maior autonomia acaba ‘copiando
e colando’. Nos últimos anos, também
surgiram muitas tecnologias que motivam mais os alunos do que ler e escrever. Estes nossos alunos têm potencial,
sim. Mas esta autonomia, as redes sociais e outras coisas que facilitaram mais
a vida evitaram que eles lessem mais. Eu
penso que temos que voltar, de novo, a
exigir mais leitura e mais escrita dos alunos. E não tanto xerox. Os professores
percebem isso. Mas perceber é uma coisa e colocar em prática é outra. Os nossos alunos não perderam a capacidade.
O que se perdeu foi a dedicação. Hoje
também é muito namorico... Muitos alunos já têm moto, que os próprios pais já
dão. Então, isso é mais interessante que
a escola. Eles estão com 14 anos e estão
livres, livres.
A queda se deve a muitos fatores.
Precisa de um trabalho em conjunto.
Deve ter um compromisso de todos.
Nós sabemos disso! Mas, da teoria à
prática existe uma distância. Talvez nossos alunos também não estejam conscientes de importância que tem esta
prova. Teve um ano que nós trabalhamos e conseguimos um Ideb bom.
Eu apliquei a provinha Brasil no segundo ano [do Ensino Fundamental], só
para análise da escola, para ver quais as
maiores dificuldades dos nossos alunos.
Eles já ficaram ligadinhos na prova. Na
parte de leitura, alguns alunos foram
muito bem e outros, nem tanto. Mas
no segundo ano, como o governo federal não exige leitura, os nossos alunos
estão muito bem obrigada. Na parte de
matemática, eles se saíram melhor. Tivemos uma média geral de 7.”
Nair Mendes Elias Tavares
Orientadora educacional
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Santa Rosa de Lima, Outubro/2014, Canal SRL
LEGISLANDO
COMUNIDADE
RIO BRAVO
Karla Folster | Júnior Alberton | Ana Paula Vanderlinde
Na comunidade de Águas Mornas,
chama atenção de quem passa a beleza
e a harmonia do Sítio Orgânico Schmidt, de propriedade de dona Selita, seu
Lindolfo e do filho do casal, Valdemar. A
família é associada a CooperAgreco e a
Acolhida na Colônia.
A procura é grande
Nesta temporada que abre com a primavera, o carro chefe na produção familiar é o cultivo de morangos
orgânicos. Foram plantados dez mil pés, entre eles, espécies variadas como o San Andreas, o Amora, o Albion
e o Camarosa. A procura pelo suculento e espetacular
fruto faz dona Selita se adiantar, “acho que ano que vem
vamos ter que plantar mais, não damos conta dos pedidos. Recém iniciou a colheita e já tem muita gente vindo
comprar os morangos. Colocamos no facebook e os morangos estão fazendo o maior sucesso. Tem gente até
de Porto Alegre pedindo. Mas lá não dá para ir entregar
como a gente faz aqui na praça”.
Como comprar
Para quem quiser saborear essa delícia, a comercialização dos morangos é feita diretamente na propriedade. Os moradores da região também podem fazer seus
pedidos na página do facebook (Sitio Organico Schmidt
Schmidt). Nas quartas feiras a entrega é feita em Santa
Rosa de Lima e no sábado, no município vizinho de Rio
Fortuna. “Tem gente de Braço do Norte que também
pede, daí eles vão buscar lá em Rio Fortuna e tem muita
gente que vem comprar aqui mesmo”. Segundo alguns
consumidores, o que impressiona é a beleza e a doçura dos morangos. Dona Selita manda um recado, “quem
quiser visitar e conhecer nossa produção de morando, é
só chegar na propriedade e conversar conosco”.
Parte da produção de morangos que não é comercializada in natura é transformada em geleia pela Agroindústria das Águas.
Morangos frescos, colhidos na hora.
Festa no interior
A festa da padroeira Nossa Senhora da Piedade, na
comunidade católica do Rio Bravo Alto, alcançou sua
meta e foi um sucesso de público, tanto no baile de sábado à noite, como no almoço de domingo. Há anos a
comunidade católica de Rio Bravo Alto realiza sua festa
sempre no final do mês de setembro e serve um delicioso almoço colonial preparado pela própria comunidade.
Essa especialidade de fazer uma comida típica é o grande chamariz destas festas de interior e isso tem atraído
cada vez mais pessoas.
A comunidade quer agradecer a presença de todos e
quem não pode prestigiar o evento desta vez, o convite
para o próximo ano já está feito.
Os vereadores que compõem a bancada PP e PT, a partir desta edição, assinam este espaço para divulgar os trabalhos realizados como representantes do
povo na Câmara Municipal de Santa Rosa de Lima. Aqui o leitor acompanhará o
resumo dos principais ofícios, requerimentos e proposições apresentados aos
poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
Por iniciativa dos vereadores,
Edna Bonetti, Robison Siebert (Xaveta), Salésio Wiemes e Luiz Schmidt (Loi) a bancada dos partidos
PP e PT destacam aqui os pedidos
realizados.
Lar legal
Solicitam os vereadores que a
Administração Municipal encaminhe Ofício à Secretaria de Estado
da Assistência Social, Trabalho
e Habitação do Estado de Santa
Catarina solicitando a inclusão do
município no Programa de Regularização Fundiária – Lar Legal,
que tem como objetivo regularizar
terrenos urbanos, onde os proprietários não possuem o título
[Escritura]. Os edis justificam, “em
nosso município existem vários loteamentos que precisam de regularização e a gestão deve aproveitar esta oportunidade e aderir ao
programa. Com certeza será uma
ação de suma importância para o
município, principalmente para os
moradores que possam se enquadrar no programa”.
Britador
A Bancada solicitou ao Poder
Executivo de Santa Rosa de Lima
que encaminhe à Casa Legislativa,
no prazo que estabelece a legislação, informações sobre a aquisição de um britador de pedras:
nome da empresa vencedora da
licitação; o ano; o modelo; e o valor
pago pelo do equipamento. Justificam que o envio das informações
é de suma importância para que
os vereadores possam fiscalizar e
acompanhar as ações do Executivo.
Plano Diretor
O vereador Salésio Wiemes solicita que Administração Municipal
tome iniciativa de elaborar o Plano Diretor do Município de Santa
Rosa de Lima. Para o vereador, há
27 de setembro
Dia do Idoso
anos o tema é bastante discutido
mas, até o momento, nenhum encaminhamento foi realizado, “diferente da maioria dos municípios
vizinhos que já tomou esta iniciativa”. O Ofício sugere que a prefeita convoque uma reunião entre o
Executivo e Legislativo.
“O Plano Diretor é um documento com diretrizes e encaminhamentos para uma melhor organização e desenvolvimento de
um município e a necessidade de
sua elaboração é manifestada por
todos”, argumentou Salésio.
Nome às ruas
O vereador também solicitou
ao presidente da Casa Legislativa
que seja marcada uma reunião
entre os poderes Executivo e Legislativo municipais para discutir
sobre a nomenclatura das ruas
o dos bairros que ainda não possuem identificação formal, bem
como a atualização dos endereços
das residências urbanas do nosso
município.
Assistência a produção orgânica
Salésio também apresentou
Ofício à chefe do executivo municipal, com cópia para o Secretário
de Agricultura, solicitando que seja
disponibilizado um Engenheiro
Agrônomo ou Técnico Agrícola
especialmente para atender os
agricultores ecológicos ou produtores orgânicos do município de
Santa Rosa de Lima. Justifica que
esta atividade movimenta aproximadamente R$ 5.000.000,00 (cinco milhões) por ano na economia
local, gerando renda, empregos,
mantendo muitas famílias no meio
rural e produzindo alimentos de
qualidade. “Até 2012 os agricultores orgânicos tinham a sua disposição um Engenheiro Agrônomo
exclusivo para atendê-los e pelos
dados apresentados e por ser um
setor importantíssimo na economia do município, precisa de mais
atenção por parte da gestão municipal”.
SC 108
Vereador Luiz Schmidt apresentou Ofício à prefeita pedindo
esclarecimentos sobre a forma
como a prefeitura havia assumido
os trabalhos de limpeza das canaletas e a roçagem nas margens da
Rodovia SC 108 entre Santa Rosa
de Lima e Rio Fortuna. O questionamento, segundo o vereador, se
justificava por não existir nenhuma informação no Portal da Transparência sobre os gastos com estes serviços; por esta Rodovia ser
de responsabilidade do Estado; e
pelo fato da Secretaria de Desenvolvimento Regional de Braço do
Norte ter anunciado a liberação de
aproximadamente R$ 300,00 para
uma empresa executar a manutenção das rodovias pavimentas
sob sua regência.
Borrachudos
Vereador Luiz sugeriu que se
levantasse novamente o debate
sobre o combate ao borrachudo
e que se tomassem medidas para
evitar a sua proliferação. Citou
como exemplo, a manhã do dia 7
de Setembro, onde as pessoas e,
principalmente as crianças, ficaram muito incomodadas com as
inúmeras investidas deste minúsculo inseto durante os atos solenes em comemoração à pátria.
Robison (Xaveta), colega de bancada, deu total apoio a proposição.
Xaveta lembrou que na administração anterior era aplicado periodicamente o inseticida biológico
BTI nos córregos que circundam
as comunidades. Lembrou que o
maior foco de resistência na “praça” está próximo a uma granja de
suínos.
Idoso é quem tem o privilégio de viver uma longa vida… velho
é quem perdeu a jovialidade.
Você é idoso quando sonha e quando ainda aprende… você é
velho quando apenas dorme e nem ensina mais...
Você é idoso quando se exercita e quando tem planos… você
é velho quando somente descansa e só tem saudades.
Para o idoso o calendário está repleto de amanhãs… para o
velho o calendário só tem ontens.
Que você, quando idoso, viva uma vida longa, mas que nunca
fique velho.
Uma homenagem dos vereadores Edna e Xaveta.
Santa Rosa de Lima, Outubro/2014, Canal SRL
13
Meine Meinung Minha Opinião
Wilson Feijão Schmidt
Posição e disposição
Interessante a polêmica gerada, no município, pelo editorial corajoso feito pelos responsáveis pela O Ronco do Bugio na capa da
última edição. Muitas coisas foram ditas e ouvidas: “vão perder anunciantes”... “Disseram que não iriam ‘fazer política’ e olha aí...”, “Botar
‘Votamos Dilma’ na capa faz parecer que todo mundo que escreve
no jornal é Dilma”... E por aí vai. Vamos a esses temas.
Anúncios e massas
O jornal resiste muito bem
aos constantes ataques de alguns políticos locais a sua viabilidade econômica. O principal é
pressionar anunciantes. É uma
ação canalha feita por quem está
descontente com a linha editorial
do Canal SRL, mas não porque
seus editores votam Dilma. Afinal,
esses políticos também vão votar Dilma. Simplesmente porque
nunca pegaram um Governo Federal tão bom para um pequeno
município. O que eles não gostam
é da linha investigativa das reportagens feitas nestas páginas. O
que gostariam é que os editores
deste jornal seguissem a linha de
outras publicações que chegam
ao município e se contentassem
em “mamar nas tetas” do cofre
público municipal e retribuir publicando elogios e matérias escritas pela própria prefeitura. Mas
isso não ocorre e não ocorrerá, e
o Canal SRL se comporta como
massa de bolo: “quanto mais batem, mais ele cresce”...
Política e lados
Matéria muito interessante
publicada na última edição do
Canal SRL, justamente sobre
as eleições, mostra a geleia geral
das posições políticas dos partidos que atuam no município. Assim, claramente, é possível, como
fizeram os editores da O Ronco
do Bugio, defender a candidatura Dilma, sem se misturar ao
“Fla X Flu” simplificador da politica
local. O que está posto em jogo
pelo editorial não é o 11 X 15. O
que está em jogo é se os santarosalimenses querem um Governo
Federal forte trabalhando para
prover as necessidades de bem
estar para o povo, ou se querem
aquele Governo Federal “máximo” para as elites, os bancos e
as grandes empresas e “mínimo”
para a maioria da população. É
claro que os candidatos que temem a continuidade de um bom
governo feito para os trabalhadores não assumem isso. Afinal, primeiro, eles precisam do voto do
povo. Só depois poderão operar
contra ele.
Colunistas e posições editoriais
Como colaborador deste jornal, fico muito tranquilo com a
decisão editorial dos responsáveis pela O Ronco do Bugio. E
não apenas porque concorde
com o posicionamento e a escolha deles. Mas porque essa postura é comum em sociedades e
jornais efetivamente democráticos. Também, porque prefiro os
editores que assumem suas posições. Piores são aqueles donos
de jornais da região que recebem
“grana” pública e oficial todos os
meses e fazem “política chapa
branca” com notinhas e informes
publicitários disfarçados, de forma a enganar seus leitores.
Destaco que um editorial representa a posição dos editores
e não de todos os colunistas.
Os bons jornais, aliás, têm colunistas com posições diversas e
até conflitantes. Alguns editores
ou donos de jornal assumem,
nos editoriais, suas próprias posições. Outros disfarçam. Basta
ver os grandes jornais brasileiros,
que fazem, hoje, de forma furtiva,
a mais forte e nojenta campanha
de oposição, ao mesmo tempo
em que alegam neutralidade.
Segundo eles, bastaria medir em
centímetros o espaço que os diferentes candidatos têm, para ver
que a cobertura dos jornais deles
é igualitária. Não importa, para
esses representantes das elites
e dos poderosos, que estejam
falando mal da Dilma e bem do
Aécio e da Marina.
Corrupção e tráfico de influência
O Ministério Público de Santa Catarina e o Gaeco (Grupo de
Atuação Especial de Combate às
Organizações Criminosas) montaram uma operação conjunta,
com o nome “Trato Feito”, para
investigar obras públicas no município. Trata-se de fraudes em
licitações e em medições e pagamentos de fornecedores de
material e serviços de pavimentação ou de outras obras. Além
disso, empresas privadas que
ganhavam licitações acabavam
usando maquinários e servidores
da prefeitura. Ou seja, recebiam
o dinheiro, mas quem realizava o
serviço era a própria prefeitura.
É claro que, em seguida, as empresas faziam chegar uma parte
desse dinheiro na mão de secretários e funcionários municipais.
Os crimes apurados são corrupção (ativa e passiva), advocacia
administrativa, peculato, tráfico
de influência, fraudes em licitação e associação criminosa.
Ah, é bom registrar: pela primeira vez interessou a esta coluna o que acontece em outro
município que não Santa Rosa de
Lima. A operação Trato Feito foi
realizada em Balneário Camboriú. Bem distante, portanto, do
que acontece por aqui...
COMUNIDADE
RIO SANTO ANTÔNIO
Mariléia Torquato | Carol Rodrigues
Nossa comunidade esteve bastante
movimentada nos dias 20 e 21 de setembro durante a realização do 2º Torneio de laço Piquete Três Irmãos. Foram
inúmeros visitantes durante os dois dias
de festa e confraternização entre amigos.
Cavalgando
A programação no sábado, pela manhã, iniciou com
uma cavalgada com a participação de mais de 80 cavaleiros e amantes desta atividade que vieram de diversos
municípios e localidades da região das Encostas da Serra. Ao meio meio-dia, os cavaleiros e demais visitantes
puderam saborear um delicioso almoço.
Torneio de laço
As provas do torneio de laço iniciaram no sábado a
tarde e seguiram durante todo o domingo, “só paramos
para almoçar”, descreve um dos organizadores. “Com
um dia muito bonito, o público saiu de casa e veio prestigiar nossa comunidade. O número de pessoas superou
todas as nossas expectativas”.
Agradecimento
Em nome dos organizadores gostaríamos de agradecer a colaboração de todos que ajudaram a realizar
a festa, agradecer, em especial, a todos que estiveram
em nossa comunidade prestigiando este evento. E que
venha o próximo.
Parabéns
Gostaríamos de parabenizar os organizadores do
evento que fizeram um ótimo trabalho, pois além de
reunir amigos ainda resgatam tradições.
14
Santa Rosa de Lima, Outubro/2014, Canal SRL
PATRIMÔNIO SANTAROSALIMENSE
Ida e o Rio do Meio;
“para aqui mudei, aqui fiquei”
Hoje, a maior alegria da Vó e Bisa Ida é estar cercada dos netos e bisnetos e ver que alguns
deles já planejam fazer casas ali no Rio do Meio, no mesmo terreno que ela ajudou a conquistar e onde construiu sua vida.
No dia a dia, continua cozinhando no fogão a lenha e recebendo em sua casa.
No momento da entrevista, aguardava um dos netos para o almoço. Enquanto conversávamos a comida em preparação estava sobre a chapa, espalhando um aroma convidativo pela
casa. Dona Ida só reclama que já não pode mais cuidar bem do quintal, como fazia até há
pouco tempo. O fato do nome do próximo bisneto ser o mesmo do pai dela (Henrique), além
de trazer alegria para a Bisa, parece sinalizar, justamente, que a vida e a família dela continuam,
se renovam e permanecerão por muito tempo.
Oitenta anos e muito otimismo.
Oitenta anos
Dona Ida Vandresen Schmidt
nasceu no dia 6 de setembro de
1934, o que é confirmado apenas
pela sua certidão de batismo. O registro civil foi feito quase dois anos
depois. O pai dela contava que isso
ocorreu porque moravam em São
Bonifácio e “para esse tipo de registro precisava ir a cavalo até Palhoça. Então, deixava até que tivesse
uma turma e uma pessoa ia lá”. No
caso da pequena Ida essa providência precisou ser tomada logo após
a morte da mãe, quando ela tinha
apenas um ano e oito meses. Depois, a menina viu “o pai arrumar
uma madrasta” e, aos sete anos,
a família mudar “para a Varginha,
onda hoje mora o Frido Loch” e, em
seguida, “para cima de um morro,
onde morava o Lino Wiggers”. Para
ela “o pai mudou, porque gostava
de mudança... [risos] Porque “o lugar em que ele morava em São Bonifácio era muito bom e lindo, e ele
foi pra uma morraria, que nossa”!
Foi por esse gosto, entretanto,
que a história de Dona Ida se ligou
à de Santa Rosa de Lima.
Então, decidiram que na celebração
do octagenário dela, os filhos e netos trabalhariam para “fazer tudo”.
E, de fato, todo mundo se envolveu: alguns foram churrasqueiros,
outros cozinheiros, os netos foram
os garçons... Eles dizem que não sabem se conseguiram estar à altura
do que ela fazia, mas que tentaram,
como uma forma de homenageá-la.
Parece que sim, porque, à reportagem, Dona Ida descreve, com satisfação, que esse foi um dos pontos da festa que trouxeram a ela
grande alegria: “a família que preparou e realizou tudo”!
A festa
“Eu nunca pensei que iria chegar
nessa idade. [risos] E estou bem.
Foi uma festa muito bonita. A parentagem toda estava. Não faltou
ninguém. Todos se divertindo. Muito alegres e contentes”.
Os filhos contam que a forma de
organizar a comemoração foi uma
maneira de recordar uma das coisas que Dona Ida mais gostava: participar da organização de festas de
casamento. Relatam que, naquele
tempo, tinha que fazer tudo. Nada
era contratado. Tinha que fazer o
barraco, a mesa, a churrasqueira –
e não tinha carvão pra comprar. Era
tudo feito. Contam que a mãe era
convidada para as festas e para trabalhar na preparação. Ela começava
a trabalhar na quarta-feira e gostava muito, fazia com o maior prazer.
Lembranças da infância
Como na maioria dos relatos feitos ao Patrimônio, as recordações
de Dona Ida dos tempos de criança
são marcadas principalmente pelo
trabalho. E, também, pela escola. “A
gente acompanhava os pais e trabalhava muito. Ia pra escola, mas
quando voltava, era pra roça”. Diz
que “aprendia bem e o gosto que
tinha era estudar”. Fez “da cartilha
até a terceira serie”, dos oito aos
doze anos, na “escolinha” da Varginha, sempre com a Professora Lucila Manoel Teodoro. A professora,
que morava na comunidade, “era
rigorosa, mas muito boa”. “Eram
quatro classes na sala. Ela passava
coisas no quadro, tinha as lições, as
tabuadas, tinha que ler os pontos...
Por exemplo, nós tínhamos que dizer quantos e quais eram os esta-
Santa Rosa de Lima, Outubro/2014, Canal SRL
15
zer”. Depois do casamento, permaneceram quatro meses ali com a
família do marido e, em seguida, “o
Tino e o [irmão] José compraram a
meia uma serraria lá no Rio da Vagem (Anitápolis), uma meia hora da
estrada geral ali pra dentro, e nós
fomos de muda para lá.” Foram uns
quatro anos de vida passados naquela localidade. Houve mais uma
morada “pra baixo do Povoamento”, para então, por volta de 1959,
chegar ao Rio do Meio, local para
onde, ela diz, “mudou e ficou”.
Dona Ida, Seu Tino e parte dos filhos, frente à casa em que passou um grande “pedaço” da vida.
dos do Brasil”. E a antiga aluna da
Dona Lucila diz nunca ter tido dificuldades, sabendo ler e fazer contas muito bem e só tirando notas
ótimas.
Ser professora, “não deu!”
Depois, queria estudar em Rio
Fortuna. Uma tia, casada com um
irmão do pai, e o primo Paulino,
que iria estudar na mesma classe, vieram buscá-la “para parar na
casa deles e seguir em frente nos
estudos”. Ela recorda: “o pai deixou,
mas a madrasta, não. Disse que eu
precisava continuar ali, para ajudar
a trabalhar. Não deu! Tive que ficar
na roça e trabalhar muito”. Fica claro que essa passagem a marcou
bastante, porque ela “sonhava ser
professora, mas naquele tempo
precisava sair de casa para continu-
ar os estudos” e diz, sorrindo, que
acha que é “por isso, os filhos foram
todos estudar”.
Até hoje, ela gosta de ler. No momento, está lendo dois livros. Um
sobre o Papa Francisco e outro sobre o Padre Marcelo. E afirma que lê
de ponta a ponta todas as edições
do Canal SRL. Atualmente, acompanha com satisfação a educação dos
netos e bisnetos. A maior diferença, para ela, é que, nesses dias em
que estamos, como as crianças não
precisam trabalhar, têm muito mais
tempo para estudar. “Na minha infância, só à noite, depois de ter trabalhado a tarde toda na roça, que a
gente ia fazer os deveres, estudar a
tabuada ou os pontos... Com luz de
querosene. Eu passava as tardes na
roça pensando no que eu tinha que
fazer à noite. E com vontade de es-
Dona Ida e os filhos no aniversário de 80 anos.
tudar. E o pai também insistia para
fazer tudo certinho”.
Novas mudanças, constituindo
sua própria família
Ida morou com o pai até os 18
anos. Começou um namoro com
“um quase vizinho, com quem andava sempre junto e conversava
muito”, o Tino Schmidt. E dali saiu
casamento. A festa foi na casa do
sogro, seu Antônio, onde hoje mora
o irmão dela, Renato Vandresen
[que também já foi personagem
do Patrimônio – Edição Ago/2014].
A festa foi “como era de costume:
almoço e, à tarde, um café... Mas foi
um casamento pequeno, só com
a família e os vizinhos. E nem teve
gaiteiro nem baile. O sogro gostava
de festa, mas eles moravam numa
casinha pequena e não deu pra fa-
O Rio do Meio
Dona ida recorda com um sorriso nostálgico: “Aqui era muito mato
ainda. Todos viviam à base de engordar porco. Só o Adolfo Assing tinha uma serraria, vivia da madeira.
Mas os outros eram tudo na base
do porco. Eram poucas casas, mas,
bem dizer todas, de tijolo à vista
com madeira [refere-se ao estilo
enxaimel]. Depois, quando as famílias tiveram condições, trocaram
por casas de madeira – canela e
peroba, que construíam no mesmo
lugar onde estava a antiga. A nossa
estava ruim, com as paredes caindo. Os outros, eu não sei. Decerto
por problemas também, como um
esteio podre que não dava pra trocar, com perigo da casa virar... Daí
todo mundo foi trocando as casas.
Desmanchava a antiga e fazia a de
madeira no mesmo lugar. Acho que
só sobrou a do Bernardo Kulkamp,
que fez a nova sem desmanchar a
velha. Os outros, não! Desmancharam tudo! Nós contratamos uma
empreitada com o Alfredo Wentz
e ele fez essa casa que está aí até
hoje. Quando a construímos, fomos
morar no paiol da estufa. Como era
empreitada, eles trouxeram uma
turma de camaradas e a madeira já
beneficiada e levaram pouco tempo. Foi uma alegria passar para a
casa nova, com muito mais espaço”.
A morada da vida e a vida na
terra
“Já tínhamos quatro filhos quando compramos esse terreno de 55
hectares, aqui na beira do rio, e fazíamos engorda de porco para pagá-lo. Compramos do Antônio Oenning. Ele foi para o Paraná e vendeu
para nós. Já tinha a casa velha, paiol,
chiqueiro, tudo pronto. Plantava
batata, aipim, milho... E tratava os
porcos. Quando eles estavam gordos, vendia uma chiqueirada de
doze, quinze. Vendia pro Fernando
Hermesmeyer. Tinha que levar lá na
estrada, porque não tinha ponte.
Tocava ou levava de carsegue
16
Santa Rosa de Lima, Outubro/2014, Canal SRL
segue
ro de boi e passava por um passo de
rio. E aquela prestação ia toda para
o terreno. Recebia aquele dinheiro
e ia todo pra pagar o terreno... Mas
tinha vaca de leite e fazia manteiga
pra vender. Tinha galinha e ovos pra
vender. E produzia tudo pro gasto... Assim ia vivendo... Roupa era
pouca. Comprava a de domingo e
a de semana. Tinha diferença! Mas
era pouca e comprava na venda do
Seu Fernando e marcava. Quando
ia vender o porco, ele já descontava. Tinha também os uniformes da
escola. Era camisa branca e azul a
saia pras meninas e o calçãozinho
pros rapazinhos Mas era tudo de
pé descalço. Não tinha sapato. Era
um par e não sei quantos anos levava ele. Na roça, não tinha bota, não
tinha nada. Pra roçar capoeira, era
tudo descalço. A gente passava um
medo de cobra que era uma coisa.
[risos] Mas tinha que roçar, não é?”
Novos ciclos
Depois, o porco macau não ti-
PATRIMÔNIO SANTAROSALIMENSE
nha mais valor, os compradores
quebraram todos e, em 1970, “pra
ter recurso”, começaram a plantar
fumo. “Estávamos com uma turma de oito filhos. O Wilson já tinha
saído pra estudar e tinha que pagar tudo – porque naquele tempo,
nada era de graça. O instrutor da
companhia veio e passou a conversa no Tino [risos] e nós fomos os
primeiros a plantar fumo por aqui.
Depois, outros botaram estufa também, mas nós fomos os primeiros.
E fazia um bom dinheiro. O fumo
dava bom. Plantamos fumo por vinte anos. Os filhos sempre ajudando.
Iam pra escola, mas quando voltavam iam junto pra roça, ou colher
fumo, ou cuidar da fornalha. Tudo
no serviço também. Depois veio a
Agreco. No começo, foi uma coisa
do Wilson. O Tino concordava com
ele e foi começado. Ele [o marido]
cuidava do viveiro de mudas e trabalhava o dia inteiro com aquilo. E
tinha as verduras. Nós plantávamos
verdura e beneficiávamos aqui. Eu
sempre trabalhando junto”.
“A vida foi só trabalhado...
Sempre, sempre”...
“Era o dia todo na roça. Perto do
meio dia eu vinha em casa e aprontava a comida. À tarde, voltava pra
roça. Levava as crianças. Elas eram
acostumadas desde pequeninhas a
ficar com os pais na roça. Ficavam
na sombra, brincavam. Um cuidava
do outro. Os com sete, oito anos,
que podiam trabalhar, que já tinham uma enxadinha, ajudavam
e aprendiam. E os outros ficavam
escorregando nos barrancos, brincando na terra. À noite, quando
chegava em casa, eu fazia a comida
e tinha os serviços da casa, enquanto ele [o marido] cozinhava o trato
dos porcos. No fumo fazia tudo junto, na roça, colher à mão, costurar
à mão as folhas, estufar, cuidar da
fornalha durante a noite... Tudo! E,
além disso, cozinhava, lavava a roupa... Ajudava as crianças a fazer os
deveres da escola. Era apertado o
serviço!
Tinha um trabalho em que eu
me divertia muito. Era festa de casamento. Eu trabalhava muito nos
casamentos.
Quando eles aconteciam, se fazia tudo em casa e eu ia ajudar. As
mulheres da vizinhança se juntavam todas para preparar as coisas
e era bem divertido”.
Lazer, só no sétimo dia
“Era trabalho de segunda até sábado à noite. Só no domingo, era ir
na praça, para a missa ou o culto. Ia
a pé com os filhos, carregando um,
outro... Às vezes botava algum no
cargueiro...
E, à tarde, se visitava os vizinhos.
Naquele tempo, tinha uma vida
de vizinhança bem forte. A gente
fazia um café com bolo e cuca, os
homens jogavam baralho, as mulheres conversavam e a criançada
brincava, jogava bola, discutia, brigava... [risos] Quando anoitecia,
todo mundo ia embora”.
Causos
(com a ajuda dos filhos)
Bicicletas e “falência”
Antes as crianças estudavam
aqui na escolinha do Rio do
meio. Quando elas passaram
a estudar na praça, não tinha
transporte como hoje. O Tonho
tinha ganhado uma bicicleta
numa rifa e para os outros não
irem a pé sempre, ele [o marido]
comprou mais três bicicletas. Aí,
os vizinhos diziam: ‘Ih, gastando
desse jeito, o Tino vai à falência’.
Naqueles tempos, não era
como hoje. Mesmo bem mais
tarde, quando a Nete e o Lúcio
foram estudar em Rio Fortuna,
tinha que ir de moto até a praça e lá pagava a Kombi da Erika...
Porque o Neusinho também estudava e se juntavam para pagar
o transporte.
Sem pressa
O Tino, quando tinha visita,
gostava de conversar. Mas tinha
um vizinho que extrapolava. Às
vezes vinha de manhã e ficava
proseando até a tarde. E tinham
assunto... Mas o Tino preferia
que esse vizinho viesse à noite,
porque isso ajudava a passar
o tempo, quando ele tinha que
cuidar da fornalha da estufa.
Naquele tempo não tinha energia. A estufa ficava do lado da
casa, mas era preciso olhar o termômetro de cinco em cinco minutos. Era fornalha aberta e não
podia sossegar um instantinho.
Era direto, cuidando. O Tonho e
o Loi cuidavam até meia noite,
um dia cada um. E eu e o Tino
dividíamos as madrugadas.
Nessas noites em que o vizinho vinha conversar, quando estava se preparando para ir embora, botava um pau no fogo pra
fazer uma tocha de brasa que
ajudava a iluminar o caminho.
Quando estava bem incendiado, certinho, o Tino puxava um
assunto que interessava e ia lá e
jogava o tição preparado dentro
da fornalha. O vizinho reclama-
O lugar predileto para passar o tempo e ver o “movimento”.
va: ‘Ô Tino, meu tição’. E ele, ‘Ah,
desculpa!’ O vizinho colocava outro... Puxavam novo assunto. E
acontecia a mesma coisa. Tudo
se repetia. Assim, muitas vezes
esse vizinho acabava indo embora só de manhã, com o raiar
do dia.
Com pressa
Esse mesmo vizinho veio, um
dia, buscar um cachaço emprestado, num dia em que o Tino estava bem enrolado de serviço. E
o vizinho dá-lhe a puxar conversa e a querer ficar proseando.
Nós tínhamos um porco comum,
grandão... Como era frequente
naquele tempo, os vizinhos pediam emprestado o animal para
cobrir as porcas. E o cachaço já
sabia, quando iam lá no chiqueiro e botavam a corda nele, era
porque ele iria ter uma tarefa
boa pra fazer. Ficava que ficava...
Pois era quase noite, o Tino foi
logo no chiqueiro, passou a corda no cachaço e entregou para
o vizinho. O cachaço começou a
correr... O vizinho atrás, na ponta da corda... Perdeu o chapéu,
perdeu o chinelo e foi pelo caminho, com o cabelo deitado.
Santa Rosa de Lima, Outubro/2014, Canal SRL
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Família SRL
COMUNIDADE
SANTA BÁRBARA
Adolfo Wiemes
Família – Vocação,
Bíblia e Rosário
Agosto foi o mês das vocações. A família é a primeira e principal
delas, pois no seio da família surgem todas as outras vocações.
Setembro foi o mês da Bíblia, que é a palavra de Deus escrita. E
agora entramos no mês de outubro que é o de Nossa Senhora
do Rosário. De 13 de maio a 13 de outubro, Nossa Senhora do
Rosário apareceu aos três humildes pastorzinhos: Lúcia (11 anos),
Francisco (9 anos) e Jacinta (7 anos).
nos salvar e gozar da felicidade
eterna.
Palavra da salvação
Tudo isso envolve a família a
fim de que ela se mantenha no
caminho do bem e da justiça que
é o próprio Jesus Cristo, pois ele
mesmo disse: “Eu sou o caminho,
a verdade e a vida verdadeira (Jo
14,6). Devemos ler na Bíblia, principalmente o Novo Testamento
que fala mais da vida do nosso
Salvador. Viver e colocar em prática tudo aquilo que Cristo nos
ensinou e observar os Dez Mandamentos da Lei de Deus para
Nossa Senhora do Rosário e
seus pedidos
Foram seis aparições, nas
quais só Lúcia conversou com
Nossa Senhora. Em todas, ela
recomendava a reza do rosário
diariamente se for possível, principalmente em família, colocando
uma intenção pela qual queremos pedir e orar à Nossa Senhora e a Deus, ou aos Santos.
Nossa Senhora também pediu que se fizesse muitas penitências, pois muitas almas iriam
para o inferno, por não haver
ninguém que as realizasse por
elas. E disse que se não fizermos penitência e não rezarmos
o terço todos os dias possíveis,
o castigo virá. É o que estamos
presenciando por aí afora, principalmente nas grandes cidades.
Onde muitos não respeitam as
coisas alheias, dando muitos
prejuízos com os estragos que
fazem.
Nossa Senhora do Rosário e
suas previsões
Dizem que a natureza quando é maltratada, um dia se cobra.
É o que está acontecendo atualmente nas cidades baixas, planas
e perto de grandes rios. São enchentes, alagamentos, tornados
com fortes rajadas de ventos,
dando muito prejuízos e deixando muita gente sem abrigo e até
sem nada.
Desentendimentos e guerrilhas entre um país e outro, e assim vai. Tudo isso porque a maioria do povo de Deus não pratica
mais a religião segundo o plano
de Deus e o ensino de Cristo.
A maioria do povo não vai
mais a igreja para participar da
celebração da missa ou cultos.
Apenas um pequeno grupo
participa.
Tudo isso Nossa Senhora de
Fátima previu em suas aparições,
que aconteceram em 1917.
Exame de consciência
Após ler este texto cada um
examine como está agindo em
sua vida e em sua família. Lembrem-se, todos, que estamos vivendo, temporariamente, neste
mundo, por causa de Deus. Precisamos nos preparar para salvar
nossa alma, que veio de Deus e
a Ele deve voltar no dia de nossa
morte.
Rodinei Beckhauser
Criança dá trabalho
Na correria dos dias atuais vê-se cada vez mais a dificuldade que os pais estão tendo para cuidar e “educar” seus
filhos. Na maioria das famílias, pai e mãe trabalham o dia
inteiro e as crianças acabam ficando muito do seu tempo na
escola, esta que lhes transitem os conhecimentos científicos. Mas a educação para a vida, a transmissão dos valores,
dos princípios, das crenças, estes são papéis que competem
exclusivamente aos pais. Hoje vimos que muitas vezes isso
não vem sendo feito. Talvez, não por falta de vontade dos
progenitores, mas por falta de tempo e de mais dedicação.
Muitos pais se enganam quando colocam na escola a responsabilidade de educar um filho. A escola ensina, a família
é quem educa.
Escola e família
Que possamos cada vez mais ver a participação dos pais
na vida escolar dos filhos. É preciso que escola e família caminhem juntos para formarmos bons cidadãos. Só assim
deixaremos filhos melhores para o mundo e não apenas um
mundo melhor para nossos filhos. Os pais devem dedicar
mais tempo e se responsabilizar mais a educação das crianças pois, como diz o velho ditado, “educação vem de berço”.
Criança Feliz
Esta minha opinião se baseia no anseio que temos de
que todas as crianças sejam felizes e se tornem adultos
responsáveis e educados. Por isso mando um abraço todo
especial para todas as crianças e que Nossa Senhora Aparecida, que divide o seu dia com elas, abençoe a todas.
Internet: missão quase impossível
Os usuários do sinal da internet disponibilizado gratuitamente pela prefeitura municipal de Santa Rosa de Lima,
através de um sistema de antenas, têm visto a conectividade
a rede mundial como uma missão quase impossível pois, a
lentidão na abertura de sites e páginas é bastante considerável. Por vezes, conectar-se, torna-se totalmente impossível. Aqui na comunidade cerca de 10 pessoas usam o sinal
gratuito e pouco mais de cinco usuários usam o sinal da telefonia celular, mas as reclamações acabam por serem as
mesmas.
Festa e amizade
Nossa comunidade passou o último 28 de setembro
reunida durante todo o dia. Depois da celebração dominical
foi a vez de sentar e trocar conversas. E tudo ficou melhor
porque o encontro foi acompanhado de uma saborosa e suculenta feijoada, que dessa vez foi patrocinada pelos amigos
Antônio Blasius, Dilnei Boegger e Edvan Heidemann. Nada
melhor do que um dia maravilhoso entre amigos fortalecendo nossos laços de comunidade e de amizade. Em breve tem mais, pois amigos, comida e bebida é a combinação
mais que perfeita. Obrigado aos amigos patrocinadores do
feijão e a todos que estavam presentes. Até a próxima!
18
Santa Rosa de Lima, Outubro/2014, Canal SRL
SUSTENTABILIDADE
Santa Rosa de Lima, Outubro/2014, Canal SRL
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SRL na 9ª Feira Regional de Ciências e
Tecnologias Sustentáveis
Duas turmas da Escola de Educação Básica Professor Aldo Câmara apresentaram projetos na
etapa regional da Feira de Ciências. Os estudantes do 9º Ano, coordenados pelo professor da
disciplina de Educação Física e regente da turma, Ronaldo de Oliveira Alves, expuseram maquete de uma casa com projeto para captação e reutilização da água da chuva. Já os componentes
do Terceirão, dos períodos matutino e noturno, coordenados pelas professoras Albertina e Camila
Wiemes, partiram do problema que a escola tem com relação ao esgoto e propuseram um sistema
para tratamento dos dejetos e reutilização da água para irrigação de uma horta escolar, associado
a um conjunto de placas para captação de energia solar.
tadual. “A Feira Estadual é de Ciências e
Tecnologias. Nós, da Gered-BN, ampliamos para Ciências e Tecnologias Sustentáveis. Objetivamos colocar a questão
da sustentabilidade porque acreditamos
que em tudo o que fazemos doravante
temos que considerá-la. Não podemos
mais pensar em tecnologias sujas. Queremos que o aluno, ao pensar em algum
projeto, pense também na sustentabilidade”.
Alunos do 9º Ano e o projeto de Reutilização da Água em casa.
Experiências e resultados
Patrícia Oenning, do 3º Ano, participa
pela primeira vez do evento. Bastante
desinibida e mostrando conhecimento
de causa, ela fala sobre os projetos. “A
ideia principal é trazer a sustentabilidade para a escola, como a gente mostra
através da fossa, do projeto de coletar a
água da chuva e da energia solar. Desde
cedo os alunos precisam ter consciência
da importância da sustentabilidade para
a vida deles, para a natureza. Isso vai ser
cada vez mais necessário. A gente vai
precisar reaproveitar”. Patrícia avalia sua
participação no evento: “É uma experiência nova. Quando a gente estuda, se
dedica e é classificado [para a Regional],
fica feliz por nosso trabalho ser reconhecido. Muito feliz mesmo”.
Vanusa Weber, aluna do 9º Ano, também gostou bastante que sua Turma tenha sido classificada para a fase regional.
“É legal porque vem um monte de gente
ver o nosso projeto. Fazem um monte
de perguntas. Achei muito interessante”.
Evelin Siebert pensa o mesmo: “Foi muito
legal a gente mostrar o que a nossa sala
fez. Também gostei muito da Feira porque todos os temas apresentados eram
sobre sustentabilidade, energias renováveis”.
O professor Ronaldo, que também
participa pela primeira vez completa, “é
uma experiência que só irá acrescentar.
Eu estive olhando todos os projetos e
achei o nível da feira muito bom. Estão
todos de parabéns”. Eliete May da Rosa,
diretora da Escola Aldo Câmara, também
acompanhou a Feira e avalia os trabalhos
como bem interessantes. “Nossos alunos apresentaram ideias de reutilização
da água. Vemos a água como solução e
também como uma preocupação, já que
ela está sendo desperdiçada. O projeto
dos alunos, tendo em conta o problema
com a fossa, apontou uma solução. Eu
ouvi comentários bem positivos sobre
os trabalhos da nossa escola. E a Feira
chama atenção pelas ideias que outras
escolas estão apresentando”.
Pensar na sustentabilidade
A Feira Regional, promovida pela Gerência Regional de Educação de Braço
do Norte (Gered-BN), envolve quinze
instituições de ensino da região. A nona
edição aconteceu no dia 17 de setembro, em Rio Bonito, no município de Braço do Norte. Para o Gerente Regional de
Educação, Ademar Rohling, presente no
evento, é importante destacar o diferencial entre a Feira Regional e a Feira Es-
Da ideia às tecnologias
Questionado sobre a possibilidade
do projeto relacionado ao problema da
fossa ser implantado, o gerente sinalizou. “Já existem algumas tecnologias
que estão sendo trabalhadas na região.
Eu sugiro à Escola Aldo Câmara e à comunidade que nos procure, para que a
gente possa organizar uma visita a estas
iniciativas. Em Pinheiral, a Universidade
Federal de Santa Catarina está com um
projeto que desenvolve tecnologias sociais relacionadas à água. Em Orleans
tem outro projeto. A parir da proposta
dos estudantes, é possível buscar algumas tecnologias que possam resolver o
problema atual da escola”.
Os que fazem a diferença
Ademar Rohling destaca o importante papel das escolas neste tipo de evento
e agradece aos diretores, aos professores e estudantes. “Temos que reconhecer que, nas nossas escolas, sempre tem
aquele professor que faz a diferença.
Para uma feira de ciências, o professor
tem que se dar um pouco mais. Parabéns também a todos os alunos que
explicaram seus trabalhos, todos muito
interessantes. O nível realmente é muito bom. Vai ser uma dificuldade para os
avaliadores escolher os trabalhos para a
etapa estadual”.
Nova etapa
Ao final da realização da Feira, foram
divulgados três projetos selecionados
para a etapa estadual. No Ensino Médio,
foram escolhidas a Escola Jacob Luiz Naibel, com o projeto Tecnologia sustentável de biogás, e a Escola Dom Joaquim,
com o projeto Educação Ambiental:
energia eólica. No Ensino Fundamental,
foi a Escola Engenheiro Annes Gualberto,
com o projeto de Sustentabilidade: horta
suspensa. O evento estadual ocorre nos
dias 8 e 9 de outubro, em Florianópolis.
Alunas do Terceirão e o projeto Escola Sustentável.
Espaço d’Acolhida
Thaise Guzzatti
A perda de um protagonista
Primavera de 2014. Manhã de 26 de setembro. Fomos, todos da Acolhida na Colônia, surpreendidos com o comunicado do falecimento do Neno
(Idalino Bonettti). Passado o primeiro impacto da notícia e o sentimento de
profunda tristeza, relembramos a nossa trajetória, os sonhos do início e os
que acalentamos até hoje, as dificuldades, as trocas, os aprendizados, o
respeito e a admiração que nutríamos por aquele pioneiro do agroturismo
em Santa Rosa de Lima e no Brasil.
Ideais de um pioneiro
Nosso querido Neno possuía uma
natureza serena e otimista, Sempre
demonstrou estar aberto ao diálogo
e a novas experiências. Mesmo nas
adversidades dos anos 90, nunca deixou de acreditar ser possível reverter o esvaziamento populacional da
sua terra natal, as Encostas da Serra
Geral. Conhecia a dura realidade da
agricultura familiar e sabia que ela
precisava de alternativas.
Inconformado e otimista, participou ativamente do processo de mudança iniciado com a Agreco, tendo
levado a produção de hortaliças orgânicas para o pé da Serra Geral. Mais
do que isso, com visão de futuro, foi
Neno, capa de uma publicação Agreco.
um dos principais articuladores locais
do processo de desenvolvimento do
agroturismo. Isso quando a maioria
perguntava e debochava: “Turismo?
Aqui em Santa Rosa de Lima? Nesse
fim de mundo?” Neno, visionário, teimava e argumentava, dizendo ser o
agroturismo uma ótima oportunidade de reverter o declínio do “interior”.
A maioria dos agricultores e das
pessoas dizia: as estradas são ruins;
a energia elétrica é fraca; não temos
telefone... E Neno pregava serenamente: “Aqui nas Encostas da Serra
Geral, estamos no lugar mais bonito
do mundo! Temos muito a oferecer!
Vai dar tudo certo!”
Com a percepção de uma pessoa
que conviveu com a natureza, teve
muita paciência, tolerância e sabedoria. Mergulhou fundo para conhecer os princípios do agroturismo e, a
partir daí, participou da cruzada para
implantação da Acolhida na Colônia.
Ações de um pioneiro
Como um igual, acompanhava os
técnicos nas visitas aos agricultores,
mobilizando, incentivando e fazendo
com que cada um se reconhecesse.
Provocava, em todos, o auto reconhecimento e a autoestima, em um
meio em que havia tanto descrédito. Já naquele tempo, dizia aos agricultores que eles eram portadores
e guardiões de conhecimentos, de
histórias, da tradição. E que isso tinha muito valor. Falava do potencial
da região e da importância da água e
de outros recursos naturais que nela
estão presentes. Afirmava e reafirmava a possibilidade de mudanças,
de inovações, de soluções. Ensinava
que cada um dos habitantes de Santa
Rosa de Lima seria capaz de construir
um novo destino, de escrever outra
história coletiva.
Acolhida e reconhecimento de
uma liderança
Em 1999, acontece a conquista pioneira para o país: um grupo
de agricultores funda a Acolhida na
Colônia. E Neno, merecidamente, é
eleito seu primeiro presidente. Um
ano depois, ele atravessou o Atlântico, para conhecer, na França, a associação irmã, Accueil Paysan e suas
principais lideranças. A língua não foi
problema, porque os ideais eram os
mesmos.
Tributo
Neno deixou um legado à Acolhida na Colônia. Nossa justa homenagem ao nosso “primeiro lutador” (que
é o que significa a palavra protagonista) é multiplicar a semente que ele
plantou nas Encostas da Serra Geral.
É fortalecê-la aqui e propagá-la pelo
país.
Siga a Luz, amigo querido! De
fato, como você previu, deu tudo
certo! E você permanecerá, sempre,
um membro da Acolhida. Afinal, cada
ato nosso por um mundo melhor e
mais solidário, terá um pouquinho de
você.
Idalino Bonetti (Neno).
22
Santa Rosa de Lima, Outubro/2014, Canal SRL
Promoção da SAÚDE
COMUNIDADE
Murilo Leandro Marcos
RIO DO MEIO
Ana Beatriz Kulkamp | Diana Kulkamp | Karine Neckel
O grande dia está chegando
Em outubro nossa comunidade está em festa e bastante
contente, pois volta a realizar a tradicional Festa em Honra a
Nossa Senhora Aparecida. A comissão de Assuntos Econômicos e Pastorais, com o apoio do Grupo de Jovens do Rio do
Meio e do Piquete Aliança Tropeira, está preparando um grandioso e espetacular evento nos dias 11 e 12 deste mês. Em
nome da comunidade gostaríamos de contar com a presença
de você, caro leitor. Então deixamos aqui nosso recadinho,
convide sua família, seus amigos e venha conosco fazer esta
belíssima festa.
I Encontro de cavaleiros Piquete Aliança Tropeira
Convidamos especialmente, para a programação de sábado, os adeptos e apreciadores de cavalos, cavalgadas e boa
companhia entre amigos. Venham prestigiar o primeiro encontro de cavaleiros promovido pelo grupo de amigos do Piquete Aliança Tropeira, aqui do Rio do Meio.
Programação
Sábado – 11/10/2014
7:30hs – Recepção dos cavaleiros com café da manhã
8h:30min – Saída da cavalgada (em frente ao Centro Comunitário)
12:00hs – Almoço
22:00hr – Baile com as bandas Nova Era e Jeito Safado
Ingressos antecipados com os integrantes do Grupo de Jovens.
Domingo – 12/10/2014
10:00hr – Santa Missa em honra a Nossa Senhora Aparecida
12:00 hr – Almoço
14:00 hr – Bingo
Durante os dias de festa haverá completo serviço de bar e
cozinha. Mais uma vez em nome da comissão organizadora,
agradecemos a presença de todos e afirmamos que faremos
de tudo para manter a maior marca da nossa gente, a arte de
receber bem.
Em honra a Santa Catarina
No mês de novembro é vez da comunidade de Santa Catarina fazer a festa em honra a sua padroeira, Na próxima edição traremos mais informações sobre este importante evento
e sua programação. Fiquem ligados aqui na coluna da Comunidade do Rio do Meio.
Outubro rosa é tempo de
deixar as mamas em paz!
A coluna deste mês, assim como as eleições, promete ser polêmica. Em tempos de outubro rosa, milhares de pessoas se mobilizam pelo câncer de mama, mulheres fazem mamografia e cidades se pintam de rosa. A pergunta é: mamografia salva vidas?
Para responder a essa pergunta, temos inicialmente que ter
clareza da finitude da vida, isto é,
um dia todos vamos morrer. Seja
por câncer, infarto, derrame ou
infecção, todos passaremos para
o infinito. O câncer, a doença do
século, sempre existiu e continuará existindo. Se a expectativa de
vida aumenta, consequentemente aumenta também a prevalência de câncer como causa de
morte, assim como antigamente
morríamos muito mais em decorrência de diarreia ou de sarampo. Não acredito que “venceremos” o câncer. O câncer não
está para ser vencido, mas compreendido.
Isso não significa ignorar as
mortes decorrentes do câncer
de mama ou negar o avanço da
ciência. Os profissionais de saúde deveriam justamente buscar
evitar mortes prematuras, prolongar anos de vida com qualidade e aliviar o sofrimento evitável.
Mas será que ao recomendar a
mamografia anual a todas as mulheres com 40 ou 50 anos, com
ou sem sintomas em suas mamas, com ou sem história familiar de câncer de mama, estamos
fazendo bem?
A resposta pode estar num
dos maiores e mais longos estudos já realizados sobre o tema.
Pesquisadores da Universidade
de Toronto, no Canadá, observaram, durante 25 anos, 89.835
mulheres entre 40 e 59 anos,
que foram divididas em dois
grupos. Metade das mulheres
realizaram mamografias anuais.
Ao final do estudo, os cientistas
diagnosticaram câncer de mama
em 3.250 das mulheres examinadas anualmente, e em 3.133
das que não passaram por nenhum exame. No grupo das mulheres que fizeram mamografia,
500 morreram em decorrência
do câncer de mama, enquanto
que no outro grupo 505 mulheres morreram da doença. A mortalidade cumulativa de câncer
de mama foi semelhante entre
os dois grupos, o que parece reforçar as crescentes evidências
de que mamografias anuais não
reduzem o risco de uma mulher
morrer de câncer de mama.
As mamografias, constatou o
estudo, elevam o tempo conhecido de sobrevivência sem afetar
o curso da doença, isto é, ao invés de descobrir um nódulo na
mama num exame de toque em
2011, a mulher pode descobri-lo
em 2007 com uma mamografia, mas isso não significa que a
mulher viverá mais. Ela vive mais
tempo sabendo que tem a doença, mas geralmente o tempo de
vida é o mesmo.
Outro problema de realizar
mamografias anuais para todas
as mulheres é que tais exames
detectam muitas anormalidades
que nunca seriam fatais, mesmo
se não fossem tratadas. É o caso
das mulheres com nódulos, cistos e calcificações. Muitas mulheres têm, algumas desenvolvem
câncer e outras não. O grande
desafio está em descobrir em
quais mulheres essas alterações
podem se transformar num câncer.
De acordo com o estudo, as
mamografias estão provocando
uma epidemia do que os pesquisadores chamam de “excesso de
diagnósticos” ou sobrediagnóstico. Quase 22% dos cânceres
invasivos detectados por mamografias eram inócuos, o que significa que eles não iriam causar
sintomas ou morte para a mulher. Mas sem fazer a devida diferenciação, muitas mulheres hoje
em dia estão sendo diagnosticadas e tratadas desnecessariamente. Estas mulheres terão
uma parte ou a totalidade da sua
mama removida e irão, frequentemente, receber radioterapia e,
por vezes, quimioterapia.
Há de se considerar também
a tensão psicológica por que
passam milhões de mulheres até
saber se tem ou não um câncer.
Segundo pesquisadores da Dinamarca, de cada 1.000 mulheres
que fazem rastreamento com
mamografia, cerca de 100 mulheres saudáveis passam por um
falso alarme e tem a sensação
de “talvez ter um câncer” a cada
novo exame.
Fazer ou não fazer mamografia?
Muito importante é lembrar
que as controvérsias acerca da
mamografia envolvem as mulheres saudáveis, sem doenças, sem
anormalidades nas mamas e
sem histórico familiar de câncer
de mama. Surgindo alguma alteração nas mamas ou tendo um
parente de 1º grau com câncer
de mama não falamos de rastreamento, mas sim de investigação
diagnóstica e, nessas situações,
não há dúvida da necessidade
de ajuda médica. Em relação às
mulheres saudáveis, a sugestão
é buscar informações de qualidade não baseadas no medo ou
em “achismos” e fazer opções
conscientes acerca do seu corpo.
E o câncer?
Ao invés do medo, ação: evite
todo e qualquer produto químico industrial; evite pesticidas e
inseticidas; evite os produtos de
limpeza e de higiene que contenham alumínio, parabenos, ftalatos e estrógenos; coma produtos
orgânicos e de animais alimentados a pasto; reduza o açúcar,
farinhas brancas, margarina e
gordura hidrogenada; aumente
a ingestão de fontes de ômega-3 como peixes, crustáceos e
produtos animais orgânicos; aumente a ingestão de alimentos
orgânicos anti-câncer de mama
como alho, alho-poró, cebolinha,
couve-flor, repolho, brócolis, rabanete, cebola, couve, espinafre,
beterraba, cúrcuma, soja, chá
verde e frutas; faça 20-30 minutos de atividade física diariamente; tome sol durante 20 minutos
por dia; pratique uma atividade
de meditação e tranquilidade
como yoga; resolva os traumas
do passado; aprenda a acolher
suas próprias emoções e deixa
-as se dissipar sem se prender a
elas; encontre uma pessoa com
quem possa partilhar suas emoções; busque uma conexão mais
ampla; procure uma atividade
em que se sinta útil e tenha convivência comunitária.
Santa Rosa de Lima, Outubro/2014, Canal SRL
23
AGRICULTURA FAMILIAR
Cadastro Ambiental
Rural ao alcance dos
proprietários rurais
Agreco, CooperAgreco e Sintraf, entidades envolvidas com a Agricultura Familiar em Santa Rosa de Lima, oferecem aos
agricultores associados a realização gratuita do Cadastro Ambiental Rural (CAR),
uma exigência do Novo Código Florestal Brasileiro que deve ser cumprida até
Maio de 2015, com prorrogação de mais
um ano. Todo proprietário e proprietária rural é obrigado a fazer este cadastro
que integra as informações ambientais
das propriedades, gerando uma base
de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento. Para
oferecer este suporte aos associados, as
entidades contrataram a Engenheira Ambiental, Suzana Schueroff, que irá atender os agricultores e alimentar o sistema
com as informações fornecidas e gerar o
CAR.
Por satélite
O cadastro rural, que só pode ser feito pelo computador, é um levantamen-
to de informações georreferenciadas
do imóvel, com delimitação das Áreas
de Proteção Permanente (APP), Reserva
Legal (RL), remanescentes de vegetação
nativa, área rural consolidada, áreas de
interesse social e de utilidade pública.
“Estas informações, fornecidas pelos agricultores, irão gerar um mapa digital sobre
uma imagem de satélite do Google Earth
e este mapa ficará com o agricultor para
eventuais dúvidas”.
Como fazer
O serviço está disponível desde o primeiro dia deste outubro. É necessário
trazer a matrícula [escritura] do imóvel,
documentos pessoais do proprietário e
comprovante de residência. “Os dados
alimentados no cadastro serão aqueles
fornecidos pelo próprio agricultor e se
houver alguma informação equivocada é de responsabilidade dele. O mapa
também servirá caso o agricultor precise
fazer alguma regularização da propriedade”, esclarece a engenheira. Suzana aten-
de os agricultores no escritório do Sintraf, de Segunda a Sexta Feira, das 8:00
às 12:00hs.
Atendimento diferenciado
Luiz Schmidt, presidente do Sintraf
fala os motivos que levaram as entidades
a oferecer este tipo de serviço aos seus
associados. “Nós achamos interessante
pois existe uma demanda muito grande.
No município, passa de mil o número de
matrículas [escrituras] rurais e leva em
média mais de uma hora por matrícula.
Na prefeitura também é prestado este
serviço mas ainda assim a demanda é
muito grande, como nossas entidades
trabalham diretamente com a agricultura familiar, decidimos prestar este atendimento diferenciado aos nossos associados. Luiz explica que aos produtores
ou proprietários rurais não associados,
o serviço também está disponível, mas
será estabelecida a cobrança de uma
taxa pelo serviço. “Caso os agricultores
queiram se associar é só entrar em con-
tato com nossos escritórios. Na Agreco é
preciso buscar a certificação e a anuidade. No Sindicato, por exemplo, essa anuidade é de $R100,00. Com isso, automaticamente, o associado tem a gratuidade
dos serviços que prestamos”.
Mais do CAR
O cadastro é tido também como uma
ferramenta importante para auxiliar no
planejamento do imóvel rural e na recuperação de áreas degradadas. O CAR fomenta a formação de corredores ecológicos e a conservação dos demais recursos
naturais, contribuindo para a melhoria da
qualidade ambiental, constituindo-se em
instrumento de múltiplos usos pelas políticas públicas ambientais e contribuindo
para o fortalecimento da gestão ambiental e o planejamento municipal, além de
garantir segurança jurídica ao produtor,
dentre outras vantagens.
EDUCAÇÃO
Semana Nacional
do Trânsito
Os alunos da Escola de Educação Básica Professor
Aldo Câmara participam da palestra “Trânsito, Conhecer
e Saber Conviver”, proferida pelo soldado da Polícia Militar
Ronaldo Michels.
O tema da Semana Nacional do Trânsito, que se realiza todo os anos entre os
dias 18 e 25 de setembro, trouxe o lema,
“Cidade para as pessoas, proteção e prioridade ao pedestre”, mas a apresentação
do soldado Michels, que é capacitado em
Educação para o Trânsito, vai mais além
deste assunto, dando bastante ênfase à
educação e conscientização para o trânsito.
Durante aproximadamente 1h30min,
Ronaldo abordou questões como condução de veículo automotor sem habilitação, Lei Seca e embriagues ao volante,
utilização de celular pelo condutor, a importância do uso do capacete, da cadeirinha para bebes e do cinto de segurança
e dicas de como se comportar no trânsito sendo um pedestre, um ciclista, um
motociclista e um motorista. Para Ronaldo a palestra pretende fazer com que os
jovens e adolescentes façam reflexões e
se perguntem, ‘quanto vale minha vida?’.
Com cenas fortes e pronunciamentos
contundentes, o soldado quer ressaltar como são importantes o cuidado e a
atenção para prevenir acidentes e preservar a vida. Em Santa Rosa de Lima,
foram realizadas três palestras, uma em
cada turno de aula.
Para preservar a vida
Segundo Ronaldo, a Polícia Militar realizou diversas outras atividades durante
a Semana do trânsito, além de palestras
em 14 escolas da região. O encerramento, na sexta feira (18), foi em Braço do
Norte, com escolinha de trânsito, brinca-
Soldado Ronaldo Michels palestrando aos alunos do E.E.B. Aldo Câmara.
deiras e sorteio de brindes. São responsáveis pela organização, a Sargento
Thatiane, a Soldado Fernanda, o Major
Marcos, o Soldado Ronaldo e o responsável pela escolinha de trânsito, Sargento
Maxsoel. A Semana do trânsito também
contou com a colaboração de inúmeros
policiais que fizeram toda a segurança
para o evento.
Para Ronaldo, todas estas ações são
de extrema importância, “nosso objetivo é tornar nosso trânsito mais seguro,
onde podemos, com simples atitudes,
prevenir acidentes e preservar a vida”.
A Semana Nacional de Trânsito
é comemorada anualmente entre os dias 18 e 25 de setembro,
conforme artigo 326 do Código de
Trânsito Brasileiro. Todos os Órgãos ou Entidades componentes
do Sistema Nacional de Trânsito
participam das programações.
24
Santa Rosa de Lima, Outubro/2014, Canal SRL
Maratcha
Edésio Willemann
M&M
O Gemüsefest Volks Tanz Grupp, grupo de dança germânica de Santa Rosa de Lima, representou muito bem o município e a
nossa cultura na Oktbertanz. O evento, realizado na primeira colônia alemã de Santa Catarina, em São Pedro de Alcântara, abre o
calendário das festas de outubro no Estado.
O grupo de dança germânica participou também de evento em Cerro Negro, no município de Ituporanga. Mais uma vez realizou um
show de dança e alegria, arrancando muitos aplausos da plateia. No dia seguinte (foto), para um momento de confraternização e
integração, a turma toda foi convidada para tomar café com o grupo de dança de Cerro Negro, na casa da Dona Rute.
Matheus Baumann trocou de idade no
dia 06 de Setembro. A homenagem é da
família e dos amigos.
Dona Erna comemorou com os filhos,
netos e bisnetos, no dia 02 de setembro, seus bem vividos 90 anos. A festa
foi na casa da filha Norma. Desejamos
a senhora muita saúde e tranquilidade!
São os votos de todos que a cercam.
Acione da Silva Vandresen soprou velinhas no dia 23 de setembro. Felicidades!
Que a vida lhe traga muitos sonhos e realizações.
Mentira
Edson Baumann
Nina (Cecilia Benedet), a proprietária
De uns dos salões de beleza mais badalado da cidade, soprou velinhas no dia
27 de setembro. Sua amiga e fiel cliente
kelin Dutra é quem manda postar esta
homenagem para você aqui na M&M.
Parabéns Nina!
Kelin, nossa colega de jornal, colunista
da Comunidade de Rio dos Índios fica
um ano mais linda no dia 25 de outubro. Te desejamos muitas conquistas e
realizações, parabéns e muitos anos de
vida!
Santa Rosa de Lima, Outubro/2014, Canal SRL
Romelania, a Nica, comemorou mais
uma primavera no mês de setembro. A
homenagem especial é de seu companheiro Rod e de todos os amigos e familiares. Felicidades!
Pricila Dutra troca de idade no dia 03 de
outubro. A homenagem é da amiga Kelin.
Felicidades!
Kátia completou 25 primaveras no dia 15
de setembro. A homenagem é do maridão
Ronaldo e da filhota Franciny. Felicidades!
Ricardo troca de idade no dia 18
de outubro. Um parabéns mais que
especial de toda a sua família e da
galera de “domingo à tarde”.
Zeloni Carvalho Warmling completa 61velinhas no bolo da vida no
dia 21 de setembro. A homenagem é
de toda a família e principalmente de
seu esposo Irineu.
Roberto Vandresen Neto comemorou mais um anivesrásio no dia
7 de setembro. A mamãe Adriana,
o papai Lucio e a mana Bianca mandam um abraço mais que especial.
25
26
Santa Rosa de Lima, Outubro/2014, Canal SRL
Esporte Total
COMUNIDADE
MATA VERDE
Kátia Vandresen | Ronaldo Michels
Teremos Eleições
Neste mês de outubro todos os eleitores do nosso querido
Brasil irão às urnas para escolhermos Presidente, Governadores,
Senadores, Deputados Federais e Estaduais. O primeiro turno
acontece no dia 5 e o segundo turno no dia 26. Este é um dos momentos mais importantes da democracia, onde o povo tem em
suas mãos a oportunidade de fazer do nosso país, um verdadeiro país onde não exista mais a pobreza, a desigualdade, e tenha
uma economia cada vez mais forte. É o momento de votarmos
com consciência e tranqüilidade, prestar atenção nas verdadeiras
propostas dos candidatos, de ver o que cada um deles tem para
contribuir com uma melhor qualidade da educação, da segurança
pública, da saúde, ou seja, em todos os setores indispensáveis
para que o Brasil avance em um futuro promissor.
Somos Livres I
Queremos aqui dizer que cada um de nós eleitores é livre
para escolher em quem votar, por isso o voto é considerado secreto, isso se chama democracia. A opinião emitida pela imprensa
é sempre válida para mostrar o que cada canal de comunicação
pensa, o que seus diretores pensam. Com isso queremos esclarecer aqui os questionamentos feitos pelos nossos leitores, a nós
colunistas desde importante espaço destinado pelo Canal SRL a
nossa querida comunidade da Mata Verde a respeito do publicado na capa da edição de setembro, intitulado “Votamos Dilma”.
Respeitamos a opinião dos diretores do Canal SRL, mas esclarecemos que esta opinião não se estende a nós colunistas deste espaço, o que não ficou claro no que foi publicado, dando inclusive
a entender que todos envolvidos com este canal de comunicação
tenham a mesma opinião de seus diretores, o que nos possibilita
de dizer Votamos Marina!
Somos Livres II
Para demonstrar também a você leitor que o Canal SRL é aberto a todos, e aceita críticas construtivas, o que faz deste então um
jornal imparcial, pois nós colunistas buscamos inclusive conversar
a este respeito com os seus diretores no que se referi à publicação “Votamos Dilma”, e temos a liberdade de aqui demonstrar
que nossa opinião se diverge quanto a este assunto. Somos livres
de pensamentos, de opiniões e de opções de candidatos para a
eleição, assim como você amigo eleitor também é. Então desejamos uma boa eleição a todos, e que votem com coragem e a
consciência tranqüila de que fizeram a melhor escolha.
Voltou da Viagem Internacional
Queremos aqui registrar que os santarosalimense Lucio Schmidt e Bertilo Vandresen (Tilico) já voltaram da viagem internacional feita à Costa Rica, na América Central. Mesmo depois do
avião sofrer algumas turbulências devido a tremedeira do Tilico e
do Lúcio, a viagem foi considerada tranqüila e também produtiva.
No quesito produtivo, o projeto Sistema Pastoril Voisan por eles
lá defendido no Congresso Internacional de Ecologia foi um dos
quatro aprovados pelos mais de 60 países lá participantes, e que
agora terá incentivos inclusive dos países Europeus.
Campeonato Municipal de Futsal
Veterano 2014
1ª RODADA 12-09-14 (SEXTA-FEIRA)
Horário
Equipes
X
Equipes
19:00
VALMIR
03
X
08
VANDERSON
20:00
FATINHA
04
X
07
NECO
21:00
LEKE
02
X
05
TITO
2ª RODADA 19-09-14 (SEXTA-FEIRA)
Horário
Equipes
X
Equipes
19:00
FATINHA
04
X
01
LEKE
20:00
VANDERSON
04
X
03
TITO
21:00
NECO
10
X
00
VALMIR
3ª RODADA 26-09-14 (SEXTA-FEIRA)
Horário
Equipes
X
Equipes
19:00
LEKE
02
X
04
NECO
20:00
TITO
11
X
02
VALMIR
21:00
VANDERSON
01
X
01
FATINHA
4ª RODADA 10-10-14 (SEXTA-FEIRA)
Horário
Equipes
X
Equipes
19:00
TITO
X
FATINHA
20:00
VALMIR
X
LEKE
21:00
NECO
X
VANDERSON
5ª RODADA 17-10-14 (SEXTA-FEIRA)
Horário
Equipes
X
Equipes
19:00
NECO
X
TITO
20:00
LEKE
X
VANDERSON
21:00
FATINHA
X
VALMIR
SEMI-FINAL 24-10-14 (SEXTA-FEIRA)
Horário
Equipes
19:30
20:30
1º COLOCADO
2º COLOCADO
FINAL (31-10-14) (SEXTA-FEIRA)
Horário
19:30
20:30
Equipes
3º E 4º
FINAL
4º COLOCADO
3º COLOCADO
Santa Rosa de Lima, Outubro/2014, Canal SRL
27
COMUNIDADE
NOVA FÁTIMA
Alexandre Oenning Bittencourt
A primavera é um período em que vemos as
pessoas mais alegres. É a natureza que se renova e assim como as flores desabrocham também é uma boa época para renovar o espirito.
A chegada da Primavera traz consigo um ar de vida
e de renovação. Aqui em nossa comunidade tudo fica
mais bonito, especialmente os jardins das casas, onde
desabrocham infinitas flores multicoloridas e também
nas lavouras, que entram em clima de total produtividade. Considerada por muitos a mais agradável, alegre e
perfumada, esta estação é bastante esperada pelos moradores que vivem aqui, em particular pelas mulheres,
que tradicionalmente têm uma dedicação especial aos
jardins. Elas plantam, cuidam, trocam mudas e sementes e deixam nossa comunidade muito mais linda nesta
época do ano. Mais um motivo de orgulho para nossa
Nova Fátima.
Time União Bandeirante de Nova Fátima
De pé: Celso, Anselmo, Mico, Edemir, Volnei, Inacio, Sergio, Dilnei e Valdemar.
Agachado: Danilo, Balduino,Nilo, Volnei,Wilmar, Nilso(in memoria) e Mauri.
Campeonato Municipal de Futsal Veterano 2014
Artilharia
ATLETA
EQUIPE
GOLS
RUDINEI SIEBERT
TITO
10
DILNEI WIEMES
FÁTINHA
08
ALEXANDRE HEIDEMANN
NECO
08
LEOMAR HEIDEMANN
NECO
06
LAURO DUTRA
WANDERSON
05
ROBSON SIEBERT
WANDERSON
05
Campeonato Municipal de Futsal Veterano 2014
Exemplo
É nesta época que prestamos mais atenção à Natureza. Gostei muito de um gesto que presenciei no dia 22
de setembro, Dia da Árvore. Dezenas de criancinhas distribuindo mudas de plantas nativas nos estabelecimentos comerciais e residências do Centro de Santa Rosa de
Lima. Interessante também que todas elas levaram uma
arvorezinha para plantar em suas moradas. Fico imaginando, será que plantaram suas arvorezinhas? Será que
os papais e mamães tiraram um tempinho para plantar a muda com seus filhos? Que maravilha quando isso
acontece. Segundo informações da Secretaria de Educação, foram distribuídas cerca de 500 mudas no município. Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente
deve fazer parte do nosso dia a dia. Então não deixemos
de plantar e cuidemos da natureza para que sempre tenhamos flores e também frutos.
Paisagismo
Uma equipe de voluntárias e voluntários realizou um
mutirão de plantio de árvores nativas, flores de diversas espécies e grama nos arredores da Igreja de Nova
Fátima. Parabéns as pessoas que doaram e se doaram
para ver nossa comunidade cada dia mais bonita e organizada.
Viva os noivos!
Luciane Boeing e Leandro Menegali de Piere uniramse em matrimônio no dia 27 de setembro de 2014, na
Igreja Nossa Senhora de Fátima.
A celebração e a festa estavam lidíssimas. Parabéns.
Luciana e Leandro, que vocês sejam muito felizes.
Que esta Primavera, e tantas outras, traga muitas realizações e felicidades!
Tabela de Pontuação
EQUIPES MEIO RURAL
P
J
V
E
D
GC
GP
SG
1º
NECO / XANDE
09 03 03 00 00
06
21
+15
2º
WANDERSON / NEMÉSIO
07 03 02 01 00
07
13
+06
3º
TITO / FABRICIO
06 03 02 00 01
08
19
+11
4º
FATINHA / ADAIR
04 03 01 01 01
09
09
00
5º
LEKE / EDUARDO
00 03 00 00 03
13
05
-08
6º
VALMIR R. / BUNECO
00 03 00 00 03
29
05
-24
Leandro e Luciana.
28
Santa Rosa de Lima, Outubro/2014, Canal SRL
touraram” o motor. Feito o leilão, a pergunta que não quer calar: a prefeitura vai
reverter o valor arrecadado para a Associação, ou vai embolsar o recurso?
Leilão, um sucesso mesmo?
Foi realizado pela administração municipal, no dia 12 de setembro, o leilão
de bens “inservíveis” do patrimônio dos
santarosalimenses. Foram ofertados e
leiloados inúmeros bens, especialmente
equipamentos que eram da Secretaria
de Obras e da Secretaria de Agricultura. A
prefeitura diz que “foi um resultado muito
bom”, porque o leilão rendeu “quase” trezentos mil reais aos cofres do município.
Na avaliação de diversos cidadãos, nem
tão bom assim. Houve itens vendidos por
preços muito abaixo do seu valor real e
que ainda poderiam servir muito bem
para prestar apoio aos agricultores, estes,
sim, sentindo falta dos serviços públicos.
E a “Van da Agreco”?
Este Macau ficou sabendo que até a
“Van da Agreco” foi leiloada. E por um valor bem baixo (R$ 6.800,00). O veículo é
proveniente de um convênio da associação de agricultores com o Ministério do
Desenvolvimento Agrário, há quase dez
anos. Antes, ela tinha seu uso restrito às
demandas da Agreco. E a prefeitura ainda
apoiava a manutenção dele. A partir de
2013, a “Van da Agreco” passou a ser “pau
pra toda obra” na prefeitura, até que “es-
Audiência pública, um recorde negativo de público. Positivo para quem?
No dia 26 de setembro, atendendo
à exigência da Lei de Responsabilidade
Fiscal, o executivo realizou uma audiência pública para apresentar e discutir o
balanço financeiro do segundo quadrimestre de 2014. A realização dessas audiências é uma obrigação para todos os
municípios. O estranho é o número de
cidadãos que participam. Desta vez, salvo
engano, só estavam os servidores municipais que, por força da lei, são obrigados a
participar e a jornalista do Canal SRL. Ninguém mais! Assim fica difícil! Depois, não
adianta reclamar.
Apresentação ou complicação?
Outra questão que chama a atenção
nessas audiências é a forma como são
apresentados os números. São usados
apenas termos técnicos que o cidadão
não tem a mínima condição de entender.
Talvez esteja aí a razão para a não participação da população nessas atividades. Junto com isso já há, normalmente a
“torcida” para que vá pouca gente e que
ninguém pergunte nada. Aí fica mais fácil
escapar de “explicações embaraçosas”.
Ou não é assim?
Dados no portal da transparência
Para os cidadãos mais atentos ao uso
dos recursos públicos, há uma ferramenta muito importante que foi criada justamente para que os gestores públicos
fossem obrigados a informar “em tempo
real” o que estão fazendo com o dinheiro
que é do povo. Ao que parece, aqui em
Santa Rosa de Lima isso não é levado a
sério por quem deveria zelar pela transparência das contas públicas. Quem “dá
uma olhada” no portal (http://e-gov.betha.com.br/transparencia) tem reclamado que as informações não estão atualizadas. E que as disponíveis nem sempre
são suficientes para uma boa análise da
aplicação dos recursos públicos. Ficou
transparente?
A culpa é da Betha
Como esse Macau não entende de
tecnologia, foi “fuçar” para saber o porquê
das informações não estarem atualizadas
conforme determina a lei. Fuça aqui, fuça
ali e disseram que “a culpa é da Betha”.
Como este “tipo banha” não é muito inteligente, foi saber quem era essa Betha.
Aí, descobriu que é o sistema de informática no qual são lançados os dados
que devem estar disponíveis aos cidadãos “em tempo real”. Como a tal Betha
é paga mensalmente pela prefeitura, fica
a pergunta: se os dados não estão sendo
disponibilizados, o pagamento é feito “em
tempo real”? Ou também atrasa?
Repasse já foi feito?
No mês passado, esse gordinho simpático e desconfiado, ficou “encucado” e
suspeitou que os repasse, pela administração municipal, de recursos ao Centro
Comunitário e ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais poderia não se concretizar.
Indicou, ainda, que a culpa seria ardilosamente jogada sobre os vereadores da
oposição que votaram contra o projeto
“Frankstein”. Parece que a suspeita tinha
fundamento. Já se soube que a “culpa”
já foi lançada na “conta” da oposição e
que os recursos não foram para a conta
das organizações. Aguardemos mais um
mês... para ver se a profecia se confirma.
Campanha eleitoral
Como a campanha eleitoral de 2014
está na reta final, já é possível fazer algumas avaliações. Ao que parece esta é
uma campanha muito mais “leve” do que
a de 2012. As tensões são bem menores,
os pedidos de votos são feitos mais “frouxamente”. Isso é bom porque permite ao
cidadão / eleitor assistir à propaganda no
rádio ou televisão e tomar a decisão sobre em quem votar, sem ser “tão pressionado” como nas últimas eleições.
“Tá no mato”. Que mau exemplo!
No trecho em direção as Águas Mornas o Macau notou que uma placa indicativa da localização do Centro de Formação em Agroecologia havia sumido.
Na primeira árvore atrás do local onde
havia essa placa foi afixada uma propaganda de um candidato a deputado estadual. Como porco vive fuçando mesmo,
o Macau encontrou a placa do Centro de
Formação jogada, com suporte e tudo,
“na grota”. Belo exemplo que esse cabo
eleitoral dá para a sociedade e para os
seus eleitores. Se alguém quiser conferir
é só parar e olhar: de um lado, a placa
indicativa jogada. Do outro a cara do candidato que, com um cabo eleitoral desse,
não merece ser votado.
Download

O agroturismo das Encostas da Serra Geral perdeu seu “primeiro