¦ y1 t™ ' 'Wm ' ¦" \' N. 31—Anno 3o. '.. Julho de ÍS?£ MA JORNAL DE AGRICULTURA E HORTICULTURA PRATICA " "Ml REDIGIDO COM A C0LUB0RÂÇÃO DOS EX.MM SRS. J. Barbosa Rodrigues, Conselheiro H. de Beatirepaire Rohan, Dr. J. M. Caminhoá, L. Caminhoá, Conselheiro G. S. de Capanema, A. B. Forzani, Dr. C. Jobert, Dr. M. A. da Silva, Dr. Nicoláo J. Moreira, Dr. T. Peckolt, etc, etc. Publicação mensal com 20 paginas (pelo menos) e numerosas gravuras, intercaladas no texto, representando animaes domésticos, machinas agrícolas e plantas novas. Summario Chronioa.—Plantas annuaes.—Videiras americanas. —Ceplialotus follioularis. — Opuntias.— Eüoalyptus. ~* Legumes novos.—Floral.—Plantas novas. 8$>O00 por anno ."' A assignatura para a Corte pôde ser tomada á rua de S. Leopoldo 46, ou em casa do Sr. M. R. Oliveira Real, rua do Hospicio 5 A. 10$000 por anno A assignatura para as Provincias meio de carta registrada, pôde ser tomada nas agencias do correio ou directamente, por com declaração do valor, dirigida ao redactor, F. Albuquerque caixa do correio 418, RIO DE JANEIRO. Notas.—A assignatura começa sempre em Janeiro e acaba em Dezembro. Devido a aglomeração de trabalho nas oficinas dos Srs. B. & S. Laemmert, o numere de Maio não retardada a impressão do numero de Junho; dando-os agora pôde ser impresso em tempo, sendo mesmo a um tempo pedimos desculpa aos Srs. assignantes. -*.»ú*-w- Um BIS JÍAraíKIK© EM CASA DO' REDACTOR Rua de S. Leopoldo, 46. 1878 VANTAGENS ADVERTISEMENTS AT THE RATE OF : Whole page £ 4. 0.0 » 2,10.0 Half of pago (across) . . . » 1.17.0 Third of pago (across] . . . » 1.10.0 Quarter of page (across) . . )} 2.10.0 Ono column » 1.10.0 Half column » 1, 0.0 Quarter column Á Reduction for a Series of Insertions. Should bo forwardcd to Mrs. STEEL & JONES 4, Spring Gardens, üharing Cross, LONDON. ou a Mr. J. Vial, 37 rue de Trcvisc, PARIS. "^r^^^r 5 m zlÂ%- ^yg& XXy&W!. zpaj â aag a axta .tua »«SSg!!4í Jornal mensal com 32 ras intercaladas, e uma de horticultura impressa matérias interessantes. assignatura annual Rs. paginas dc texto, muitas gravuestampa colorida. Bonita revista em excellente papel, c cheia de Edição cm inglez e em allemão, 5£000. Vic*1i'g Vlowei* abísi Vegetalile Cíartleii; brochado 1$, encadernado 2$000. Vicli'S Catalogue — 300 gravuras, apenas 40 rs- F. ALBUQUERQUE Rio do Janeiro esiá aütorisado para receber assignaturas para qualquer, ou para todas as nossas publicações. James Vick, Rochestcr, N. Y. U. S. A* JOURNAL DES ROSES Publicaçtlo mensal especialmente consagrada á cultura da roseira, cada fasciculo com uma estampa colorida representando uma rosa nova, quo começou a ser publicado em França cm Janciro do 1877. Assignatura annual Rs. 6$000. Agente para o Brazil F. Albuquerque Rio de Janeiro. r***^ryv^7V..tl' y r> ,r *-, _wtiti.,~t *^'m£9;— AOS NOSSOS ASSIGNANTES l.a A assignatura do Jornal das Familias que custa Rs. 10$000 na Corte, e Rs. 12|000 nas Provincias, fica reduzida a Rs. 8|>000 na Corte e Rs. 9$60O nas Provincias, para os assignantes da Revista de Horticultura. 2.a A assignatura da La Saison, que custa na Corte Rs. 12$000, e nas Provmcias Rs. 14$000, fica também reduzida a Rs. 9$600 e 11$200. 3„a Do mesmo modo para a Illustraçao do Brazil, cujos preços são iguaes aos da La Saison. Igualmente a assignatura da Revista de Horticultura (Rs. 8$000 e 10$000) fica reduzicla a Rs. 6$400 e 8$, para os assignantes de quaesquer desses interessantes e muito úteis jornaes iilustrados. E porém condição essencial que as assignaturas sejão pedidas directamente aos eclitores dos mesmos, ou a nós ; o que fácilmente pode ser feito por carta registrada, ou remettendo a importância em um valle postal. REVISTA DE HORTICULTURA O Io E 2° VOLUMES (1876-77) rcmcUidos, registrados, para qualquer ponto do Império, Rs. SSÜ00 brochados, o Rs. 10S000 encadernados, cada um. Remtctcr a importância ao Redactor 1. ALBUaUERÜUE Rio dc JitiH iro. Sementes! Plantas! Cebolas! M. R. DE OLIVEIRA REAL RUA DO HOSPÍCIO, 5 A tem sempre disponíveis toda a sorte de mudas de plantas conhecidas no paiz, grande variedade de cebolas do flores, o variado sortimento do somentos para horta o jardim. Jr^Vw/J-SJ «LC^/-AJulho do 1878. 0 café da íiberia e a geada.—De um dos nossos assignantes da provincia de S. Paulo recebemos unia interessante carta, qne vem demonstrar mais uma bôa qualidade do Café da Libéria. Alem de transcrevel-a, cumpre-nos agiadeçer ao Sr. Cerqueira Leite a promptidãp com que nos communicou o intercsssníe facto ; assim lhe seguissem o exemplo os nossos fazencleiros, que deixão sempre inedictas observações que fazem, e que de grande utiliclade seriào se fossem conhecidas. « Já não deve pairar mais a menor duvida no espirito do mais incrédulo agricultor. « Dissipou-se para sempre a duvida que existia nos ânimos que, com quanto crentes, temião nao obstante qualquer tentamen na cultura do café da Libéria, e hoje é isso ponto resolvido da maneira a mais espiem d ida. « E o caso : nesta provincia, no municipio do Ribeirão-Preto, na fazenda do Sr. João Franco de Moraes Octavio, espirito tão empreliendedor quão laborioso agricultor, acabamos de ver o melhor resultado que se podia colher relativamente á geada cahida no pé do caie da Libéria (cofea liberica.) * O Sr. João Tranco plantou no meio de um seu cafesal (cofea arábica), que se acha na idade de três annos, alguns pés de caie da Libéria, que estão de dous palmos de altura, tendo um anno de idade, os quaes n-,da e nada softrerào absolutamente com a extraordinária geada, que cahio nas noites de 17 para 18, e desse dia para o de 19, geada que matou quasi completamente aquelle, « E que se diga, (segundo nos informou, um leal amigo), que o rocio onde se acha esse cafesal não é sujeito á geada, não ; o Sr. Franco desceu em extremo dos logares apropriados, tanto que a geada fez alii um horrível estrago, matando essa parte de seu grande cafesal. « O Sr. Franco está perfeitamente convencido, ao menos por esse lado, cie que o café da Libéria é sem contestação alguma supe™ rior a outros. « lí é pouco, o cafesista ter certeza que o seu cafesal não morre de geada, o seu maior inimigo ? Não serã esse café o santo maná para aquelles que tem s.ó terras baixas, sufeitas á geada, que em uma só noite rouba-lhes o trabalho de muitos annos, o sacriíicio sem o almejado resultado, o pão para sua subsistência ? « Não 6 esta a qualidade mais importante do café da Libéria para nós. « A sua producção é sem duvida maior do que a do da Arábia, não só porque a baga é muito maior, quasi o dobro, como porque a arvore e maior, ciando mais por esta razão, quando não fosse por outra qualquer causa. O plantio, o cultivo, etc, é igual ao outro. « Parece-nos incontestável a superioriclade deste sobre o outro café. «Pelo que nós lemos nos livros dos mestres, e observamos agora com este facto em nossa própria provincia, nos leva a crer que afinal os lavradores desta rubiacea viráo a plantar só o da Libéria. <r Em Campinas alguns importantes lavradores, como o intelligente e • enérgico Sr. Barão de Indayatuba, vão ensaiar essa nova KEVISTA Í22 DÈ não com planta em suas fazendas, mas meia dúzia de pés, « O Sr. Barão de Inclayatuba creio que plantará vinte mil pés, e o nosso intelligente e bom amigo Antônio Carlos de Salles vai plantar em sua fazenda do Ribeirão-Preto trinta mil pés. « Deus permitta que estes lidadores incansaveis abrão-nos novos horizontes onde os laboriosos agricultores desajudados de terras livres encontrem auxiliares de tamanha valia, para garantirem o futuro de suas familias, e firmarem a renda do paiz. « O autor destas linhas, que vôl-as dirige ao simples correr da penna, não é Sr0 RecTactor, agente empregado de um particular ou de governo algum. « É brazileiro, e verdadeiramente enthusiasta de seu paiz, que deseja expor aos agricultores do Brazil o que ainda não está conhecido, c indicar um meio onde muita gente acharia recursos para si e sua familia, enriquecendo por conseqüência os cofres públicos. Campinas, Junho 78. A. I3o CERQUEIÍU LEITE.  seda do Brazil.—É um máo vezo aquelle nosso de querermos quasi sempre imitar só naquillo em que não o estrangeiro devíamos fazel-o ; a cultura do trigo, que tantos dos nossos agrônomos forcejão por introduzir entre os trópicos, a cultura dos Eucalyptos nas mesmas paragens, a da amoreira e tantos outros absurdos certificarião a nossa asserção, se ainda houvesse quem delia duvidasse : muitos esforços c sacrifícios tem já custado entre os trópicos o Sericaria mori (bicho de seda da amoreira),, o qual, em um relatório a seu propósito apresentado á Sociedade de Acclimação de Pariz, acaba de merecer-nos o seguinte prix rfencouragement. « Continuando, devo confessar que é de lastimar que, quando as sedas da China e do Japão esmagão o mercado com os seus preços Ínfimos, os brazileiros facão taes sacrificios para acclimal-a em sen paiz, quando IIOETICULTÜRA Julho de 1878. têm em casa o Attacus aurota, espécie indigena, que poderião crear com facilidade. » E... toque a musica. Importação de plantas. — O Sr. W. Bull, horticultor em Londres, acaba de receber duas consignações de orchideàs, que são provavelmente as duas maiores remessas de plantas que têm sido jamais feitas; calculase, pois seria quasi impossivel contar as plantas, no numero fabuloso de 2,000,000 (dous milhões) de exemplares, recebidos pela maior parte em excellente condição ; a maior porção foi remettida de Assam. 0 jardim de Antibes.—0 Sr. Charles Naudin, do Instituto, nomeado director do Ldboratorio de Ensino Superior, creado no jardim do Sr. Thuret, comprado ultimamente pelo governo francez, mudou a sua residência para aquelle novo estabelecimento; a botanica, e sobre tudo a horticultura tem muito a esperar de tal director. As feras na índia.—Durante o anno de 1876 fôrão mortos na índia 22,357 animaes ferozes, além de 270,185 serpentes venenosas; e em 1877, animaes ferozes 23,459 e 212,371 serpentes, fazendo um total, durante os dous annos, de 528,372 animaes destruidos ; mas nem assim os animaes ferozes deixárão de destruir, durante o mesmo espaço de tempo, 102,830 animaes domésticos e 40,273 pessoas. As victimas humanas em 1876 fôrão 21,000, das quaes 52 mortas pelos elephantes, 156 pelos leopardos, 917 pelos tigres, 123 pelos ursos, 887 pelos lobos, 49 pelas hyenas, 143 por diversos animaes ferozes, e 15,946 pelas cobras! E ainda ha na Europa quem tenha medo de vir para o Brazil por causa das cobras ; antes a febre amarella, que com mais efficacia pôde ser combatida com a Divina Providencia. Papel de Agrião.— Em Hespanha uma fabrica de papel está explorando actualmente para o seu fabrico uma nova matéria prima, o Agrião, cujo papel, bom para cigarros, é aconselhado aos fumantes que soffrem do peito. Julho de 1878, REVISTA m HORTICULTURA Arvores em Washington. —Nas ruas de PLANTAS Washington já estão plantadas 40,000 arvores que, quando crescidas, proporcionaráõ um passeio de 200 milhas pela sombra. 0 Congresso Agricola. — O Ministro da Agricultura convocou os lavradores das provincias do Rio de Janeiro, S Paulo, Minas e Espirito-Santo, para um congresso, que deve reunir-se aqui no dia 8 deste mez, e estudar as seguintes questões : I. Quaes as necessidades mais urgentes e immediatas da grande lavoura ? II. É muito sensível a falta de braços para manter, ou melhorar e desenvolver os actuaes estabelecimentos da grande lavoura ? III. Qual o modo mais efficaz e conveniente de supprir essa falta? IV. Poder-se-ha esperar que os ingênuos, filhos de escravas, constituão um elemento de trabalho livre e permanente na grande propriedade? No caso contrario, quaes os meios para reorganisar o trabalho agricola ? V. A grande lavoura sente carência de capitães ? No caso affirmativo é devido este facto á falta absoluta delles no paiz, ou a depressão do credido agricola? VI. Qual o meio de levantar o credito agricola ? Convém crear estabelecimentos especiaes ? Como fundal-os ? VII. Na lavoura tem-se introduzido melhoramentos ? Quaes ? Ha urgência de outros ? Como realisal-os ? Não cremos que o resultado immediato dessa assembléa possa ser outro senão o reconhecimento que o tempo da grande lavoura no Brazil s'en va] mas como quer qne seja, se não damo? emb(yras especiaes aos nossos grandes lavradores, damol-os de certo a todos os habitantes deste paiz, pelo passo importante que o governo acaba de dar, consultando francamente sua opinião : se elle sempre fizesse assim, e mais se a escutasse ? F. Albuquerque. .tóô ANNUAES (Continuação.) (*) SEGUNDA PARTE 42. Godetia. Spach. O gênero Godetia, da familia das onagrarias, é formado por plantas* herbaceas e annuaes, da Califórnia e do Chile; uma das espécies mais estimadas é a Godetia rubicunda, Spach, da Califórnia, ((ig. 84), planta pubescente. ramificai Ia na base; ramos estendidos, erectos, com 50 a 70 centiafr w /^mM^^iÂ^ culadas,lanceoladas ^^^Wfe# cie um verde acia- vwLWMSr zentado; ílÒ!'es tlxil e ^SWmmwt & lares, Grandes, em ^s^Êmyrí^sm^^^- fôrma de taça, em e Fig. 84-Goilcllai?»iblcuuclu. esp}gas folhudas muito compridas, de uma bonita côr de vinho, com uma mancha purpurina na base de cada pétala. Esta esplendida planta fôrma moitas comde diapactas com mais de 40 centimetros metro, inteiramente cobertas pelas fulgurantes corollas de suas flores, e é vantajosamente applicada para beirar os grandes niassiços de arbustos, para a formação de cestas, e ornamentação dos alegretes; pode também ser cultivada em vasos; suas flores servem para bouquets. Semea-se em viveiros, c muda-se para terra leve e fértil; podendo também ser semeada no loffar onde deve florescer. Var. — G. rubicunda splendens, com as manchas maiores, e de um carmim brilhante, e G. Schamini, com as flores de um branco rosado, manchadas de carmim. 43. Gomplireaa. Um* Da familia das amarantaceas, o gênero Gomphrena é geralmente conhecido e apreciado entre nós por sua espécie typo a Gomapreciada Perpetua phrena globosa, Linn. a (*) Vide pag, 10(3. REVISTA 124 DE cios nossos jardins : planta herbacea, oriunda da índia, e actualmente introduzida em todos os jardins do mundo. A Gomphrena globosa é uma planta de muito porte pyramidal, com o caule erecto, ramificada desde a parte inferior, com 50 a 60 centimetros de altura; folhas oppostas, peovaes, cheias qnenas, ià&k flBfôa c|e pe]]os brancos. S3HÍ& curtos e duros; capitulos axillares(íig.85) em numero de 1 a 3, cie flores apetalas, escondidas por bracteas 6 scamosas, de um viomte, muito 99KP$P bonitas e estimadas por sua longa duração, que lhe mereceu Fig. S-S-G1 mphrcua o nome vulgar de í>lolüsa Perpetua, pelo qual é geralmente conhecicla. Cortadas cedo, e seccas á sombra, as flores da Perpetua conservão-se indefinidamente, e entrão ria preparação dos bouquets de Sem«rá¥<r*ri,^f.. previvas. No jardim a Gomphrena é muilo própria para a formação cie cestas, muito vistosa, sendo também muito ornamental como planta isolada, mesmo quando cultivada em vaso. Gosta de uma terra leve, fresca e fértil; semêa-se em viveiros. Var.—A G. globosa tem produzido três variedacles: uma de flores brancas, e outra côr de carne, e a ultima branca rajada de roxo. 44. Gutierrezia. Lng. O gênero Gutierrezia foi creado por Lagasca, na familia das compositas, para uma planta do México, a Gutierrezia gy.nnospermoides (fig. 8G.), com o caule erecto, ramificado, de 60 centimetros a 1 metro de altura, com as folhas alternas, glutinosas, lanceoladas, e flores de um amarello brilhante, em capitulos compactos, dispostos em corymbos regulares. Tanto por seu porte, como por suas flòres abundantes, e de côr brilhante, esta Julho de 1878. HORTICULTURA soplanta é bastante ornamental, convindo bretudo aos grandes t$2iiy> <Sfe ^-'^ll-r^j. jardins. em todos r álÊÊmÊm® os Prospera terrenos, mas prefere os enxutos, e bem expostos ao sol. Semêa-se em viveiros, podendo ser mudada para novo viveiró, oncle esperao o a p pareci m e n to das flores, para primeiras L f^ . Fig. 86 — Gu.fiérrvzh\ l i WÊÊÊÈ a^S^~^r^^.S;*^="T*.-i!»7*;i;«3írv gym1 ili ni ti v amen te iiosiicnuoiiies ser cie "em mudada para o logar que deve florescer, 45. Gypsophilla. lu™, E^te gênero da familia das caryopliillcas, contém 36 espécies, oriunda cias regiões temperadas do antigo continente, todas herbaceas, e pela maior parte vivazes; entre as annuaes distingue-se a Gypsophilla elegans. (fig- 87), Bbrst. pequena planta do Caucaso, muito estimacia, para a confecção de bouquets, e mais ainda para ramalhetes, aos quaes seu1-: pamculos comnuinicão a ele•«to é^ * caracterisa que gancia «** X/> * «KN> \ ,íU'': '•'£.. -Tí •*<?. «I .Ta .H . W. a espécie; também serve muito para a formação de cestas nos jardins* sendo ainda muito própria paia o \h%m;yí 'W jardim na janella, quando cultivada em vaso. Caule muito ramifiFig. 87—GyiiropUilIa cado na base, com 40 cle&ans. a 50 centimetros de aitura; folhas sesseis, oppostas ; flores pequenas, numerosas, brancas, em paniculos clichotomos, axillares ou terminaes, com as ramificações numerosas, e muito finas. Semêa-se no logar onde deve florescer. **"\/ .' . *.n-»\\n.i.!h> v. * Wr"* y.|. i. \ 46. Helianthus. i.iim. O gênero Helianthus, da familia das compositas, e formado por plantas quasi exclusiyamcnte cia America do Norte, contém Julho do 1878. REVISTA DE numerosas espécies, das quaes só duas tem bastante importância para serem geralmente conhecidas, e freqüentemente cultivadas : uma, o Helianthus tuberosus, planta vivaz, de importância somente em agricultura, por seus tubercuios conhecidos pelo nome de Topinambour, é uma planta brazileira ; a outra, que também pertence á America do Sul, é o HORTICULTURA 125 Helianthus uniflorus, dos horticultores, ou Girasol da Rússia, com dous metros, ou mais, de altura, produzindo apenas uma única flor (capitulo), que chega a ter 40 centimetros, e mesmo mais de diâmetro. H. macrophyllus giganteus, com as mesmas dimensões que o precedente, tanto na flor, que também é única, como na altura, mas tendo as folhas ainda mais amplas. Tanto esta, como a variedade anterior, são apenas plantas curiosas, próprias, quando muito, para serem cultivadas nos quintaes, ou nos grandes jardins paysagistas (sem fallar da grande cultura pela producção das sêmentes, ou pelas propriedades desinfectantes de que a planta parece gozar), e nunca nos pequenos jardins, onde só as seguintes variedades devem ser introduzidas. H. annuus flore pleno, (fig. 88) no qual o disco central desapparece completamente debaixo de numerosos ligulos, I que formão ás jlôres dobradas na familia das compositas. | Helianthus aniWUS, Linn. planta peruana, muito notável pelo tamanho dos seus capitulos, que chegão a ter mais de 20 centimetros de diâmetro ; o caule grosso, coberto de pellos, com dous metros ou mais de aitura, é simples, ou um pouco esgalhado na parte superior; as folhas são grandes, aiternas, pecioladas, cordiformes, e cobertas de pellos curtos c ásperos: as flores numerosas estão reunidas em grandes capitules, formados por um disco largo, escuro, avelludado, rodeado de numerosos ligulos amarellos. Esta enorme flor, que imita perfeitamente a figura sobre a qual o sol é geralmente represem tado, já era cultivada nos templos do Peru, antes da descoberta da America, e dedica ia ao sol, consagração que lhe conservou Linnêo ao dar-lhe o nome botânico de Helianthus, ou Flôv-Sol, nome que lhe é conserrado vulgarmente em quasi todos os no nosso, paizes do mundo, menos talvez onde o nome de Girasol recorda mais a atribue cie acompapropriedade que se lhe nliar o curso deste astro. De muita importância nos grandes jardins effeito, quando paysagistas, onde é de grande visto ao longe, o Girasol, sobretudo nas variedades de porte resumido, e de flores dobradas, é também muito apreciável nos jardins de menores dimensões. Preferindo os terrenos muito férteis e humidos, ou mesmo pantanosos, o Girasol cresce todavia em toda a qualidade de terras, mesmo nas áridas. Semea-se no logar onde deve florescer, ou em viveiros, de onde as suas raizes, muito curtas e numerosas, favorecem a transplantaça o. Var. O Girasol tem produzido algumas ; variedades, das quaes as mais estimadas são II. annuus sulphureus, tambem muito dobrado, mas differindo do anterior, em ter os capitulos de um amarello muito claro, ou côr de enxofre. "¦0 ^ __w H. californicus fl.pl. cxcelFig- 88-iiciian- lente variedade, com as flores y^ dobrada8) maiores u.u.s aunaus que no typo, emquanto a planta é de dimensões muito menores. H. annuus nanus, variedade verdadeira¦ mente anã; capitulos pouco menores que no typo com os ligulos côr de laranja, e o disco preto. H« nanus fl. pi ainda menor, com as flores do mesmo tamanho, perfeitamente dobradas. 47. Helichrysum. d. c. O gênero Helichrysum, formado por De Candolle, na familia das compositas, contém é formado por peperto de 300 espécies; ou sub-arbustivas, quenas plantas herbaceas oriundas quasi todas do Sul da África, mão se tendo ainda encontrado nenhuma espécie *3££kiZZ 12C REVISTA DE americana; as suas flores, rodeadas de bracteas escariosas, que conservão as suas cores por muitos annos, quando colhidas ainda novas, lhes tem valido por toda a terra o nome vulgar de Semprevivas, e Immortaes ; sendo o primeiro desses nomes dado entre nós quasi exclusivamente a uma espécie vivaz, o Helichrysum orientale, cultivado em larga escala na Europa, por causa, da importância industrial que têm os seus capitulos, usados para a fabricarão de coroas e outros adornos funerários. Ao depois dessa, a espécie mais importante é o Helikrysum bracteatum, Wüd. (fig. 89) Julho de 1878. HORTICULTURA o disco como as escamas que o cercão) são de um branco assetinado. H. b. Borussorum rex, planta maior que o typo, com grandes capitulos, de 6 cent. de diâmetro, de côr variável, mas pela maior parte das vezes de um branco amarei lado com o disco alaranjado. H. b. incurvum, com capitulos grandes, amarello claro, escamas muito pequenas, arqueadas para dentro. H. monstrosum rubrum, planta muito baixa, e compacta; capitulos muito grandes, muito numerosos, de côr violeta purpurina. H. nanum luteum, tem apenas 30 ou 40 centímetros cie altura, e os capitulos amarellos. H. nanum álbum, que só differe do precedente por ter o disco amarello e as escamas brancas. cia Nova Hollanda; planta annual de 1 metro a 120 cent.de altura,muito ramificada; folhas gran48. Helipterum. d. c. des, inteiras ; flores em capítulos terminaes, forA differença botânica entre os gêneros Hemados por um disco ama- lipterum e Helichrysum, ambos creados por rello, rodeado de nume- De Candolle é tão pequena, que alguns rosas bracteasescamosas, autores os considerão apenas como dous sub^ ss^Kg__j^eãBai>- cie um amarello dourado gêneros, do único gênero Helichrysum. Fig. 8f>-Heiiehiys«m e brilhante: bastante paOs Helipterum, cuja significação em vulbracicatum reci(J0S CQm QS da g^ gar é aza do sol, como sol de ouro è a signipreviva (II. orientale); os ficação da palavra Helichrysum, são formados capítulos àoH.bracteatum por numerosas espécies tanto oriundas do (fig. 90) mais conhecido en- Cabo da Bôa Esperança, como da Nova Holtre nós pelo nome de Im- landa; algumas de suas espécies são vivazes, mortal,Tpoiemtev a mesma outras annuaes; entre as ultimas se disapplicação,pois se conser- tingue o vão por tempo indefinido, Helipterum Humboldtianum, Gaud. origiseccos á sombra, quando nario cie Nova Hollanda, pequena planta, de antes de completamente 20 Fig oo-capituio de a 40 centímetros de altura, II. bracteatum abertos. pouco ramificada; folhas alternas, lanceoladas, ondulaNimia mente próprio para a confecção de das ; flores em capitulos cestas, a que as suas flores abundantes e bripequenos, muito numerosos, agglomerados Ihantes dão um grande realce, os Helichrysum nas extremidades dos também podem facilmente ser cultivados em ramos (fig. 91) formanvasos. do um corymbo muito Semêa-se em viveiros ou nos logares onde regular; disco pequeno devem florescer, em terra leve, arenosa e de um amarello brilhanexposta a pleno sol. te, rodeado de escamas Var.—O Helichrysum bracteatum, ou Imda mesma cor. mortal, tem produzido numerosas variedades Semêa-se no War, que se perpetuão facilmente por meio de suas ou em viveiros; quer sementes; as mais importantes são : Fig. 9i-iieMpterumHiiiif uma terra leve, enxuta, H. bracteatum álbum, cujos capítulos e mesmo sêcca. (tanto ' f j^mS^MÊÈ"4*"^xm^Jj0L n V*>k##/^ -.- £jT ¦' F*4m\X*jft^PjFâ^JT,' TÍ_f_H___?Sj?«J'V*k*y*A¥^\ t* •? mtá-1% A.rAnT - àf J^míJ <^__b__l Julho de 1878. REVISTA DE 49. Hugelia. Rchb. O gênero Hugelia, da familia das Ombelliferas, synonymo de Didiscus, Iíook. e Trachymenc, Grrah. contém apenas duas espécies indigenas da Nova Hollanda, das quaes a mais importante e freqüentemente cultivada é a Hugelia ccemlea (fig. 92) pequena planta, coberta de pellos glandulosos, com o caule erecto, ramificado na parte superior, elevando-se a 50 e 80 centimetros; folhas pecioladas, tripartidas, e flores de um bonito azul celeste em umbellas simpies. Extraordináriamente bonita, esta planta é infelizmente muito delicada, e teme muito a humiJm1*\'' Jr ã Ufc ^^^ / Tig. 92 -Hugeliaccerulea. ^ 12? HORTICULTURA . deye ger ^ tivada em terra leve, arenosa, bem enxuta, ou melhor em vasos bem drainados. Semêa-se no logar ou em viveiros. 50. Impatiens. Linn. Typo da familia das balsamineas, o gênero Impatiens contém numerosas espécies tanto annuaes como vivazes, muitas das quaes notaveis pela belleza de suas flores; a mais importante é sem duvida alguma a Impatiens balsamina, Linn. que deu o seu nome á toda a familia; pequena planta herbacea, annual, oriunda da índia, de onde foi trazida no século xv ; caule grosso, nodoso, herbaceo, succulento, ramificado na base ; folhas lanceoladas, denticuladas ; flores axillares, solitárias ou geminadas, com um grande esporão, e vermelhas; fructo capsular, com 5 válvulas herbaceas, que, quando maduras, e ao menor toque, se apartão bruscamente, projectando ao longe as suas sementes, de onde o nome de Impacientes. Assim se descreve o typo selvagem da Balsamina, no qual todavia se pôde fácilmente reconhecer a Balsamina de nossos jardins, onde antigamente (não queremos pensar que ainda hoje) era conhecida pelo nome... mal sonante de Beijos de frade (proh pudor!) Poucas plantas merecem tanto a estimação em que são tidas como a Balsamina; facilidade de cultura, belleza das fôrmas, e frescura do colorido, tudo a recommenda, e faz delia uma planta de primeira ordem, que não precisa ser recommendada. Prosperando em todos os terrenos, e em todas as exposições, a Balsamina prefere todavia os terrenos frescos, e as exposições um pouco sombrias. Semêa-se em viveiros, mudando-se para novo viveiro, onde podem esperar o apparecimento das primeiras flores, para serem transplantadas definitivamente, pois poucas plantas supportão essa operação com tanta facilidade;póde também ser cultivada em vasos. Var. — Poucas plantas tem variado tanto como a Balsamina ; de vermelhas que erão as suas flores, apresentão hoje quasi todos os coloridos imagináveis, o branco, o rosa, o vermelho, o violeta se mostrão successivamente nas suas diversas gradações, ou isolados, ou diversamente misturados. Os horticultores têm desprezado a nomeação e conservação das diversas variações, contentando-se com guardarem isolados os coloridos extremos, e sobretudo as diversas raças que a Balsamina tem produzido, e que são conhecidas pelo nome de Balsaminas Camelias, ou extra dobradas e (fig. 93) na qual as flores muito grandes, muito dobradas, se mostrão do tamanho e fôrma de uma Camelia: as cores mais freqüentes nessa raça são: o branco, carne, fogo, violeta e carmim, isolados, ou diversamente misturados. Balsaminas dobradas, menos dobradas Fig.-93.In.pa.iens balsamina e menog ^^ que na primeira, as flores desta raça apresentão todavia coloridos muito notáveis, con- Í28 REVISTA DE HORTICULTURA tendo ainda, além da precedente, as cores branco amarellado, pardo de linho, aurora e sol ferino, tanto puras, como salpicadas. Balsaminas anã, notáveis sobretudo pelas pequenas dimensões de suas plantas, que apenas chegão a 20 ou 30 centímetros de altura, as flores desta raça são menos dobradas que nas outras, e apresentão também coloridos bastante variados. (Continua.) Julho de 1878. mento (aoutement) dos sarmentos é muito tardio. As principaes iEstivalis são : o Jacques, Herbemont,Cunningham, Black-July, Rulander, Louisiana, Nortori7s Virginia, e Cynthiana. Ohio, Sugar-Box, BlackSpanish. Lenoir De origem muito mal determinada, esta variedade, que por seu valor occupa, não só o primeiro logar do grupo a que pertence, VIDEIRAS mas também de todas as variedades ameriAS MELHORES VARIEDADES AMERICANAS canas, é fácil de distinguir. Seu porte é semiSua producção e exigências erecto, approximando-se assim das variedades As variedades de videiras americanas mais francezas; os sarmentos são grossos, duros, recommendaveis,actualmente, podem ser cias- e providos de gavinhas intermittentes. As sificadas nos grupos botânicos das Mstivalis, folhas novas têm os bordos rosados; as adulCordifolia eLabrusca- bem como em uma ca- tas são finas, glabrescentes, e de um verde tegoria intermediária que comprehende as escuro na face superior, cobertas na face invariedades obtidas por hybridação ou cruza- ferior de um ligeiro feltro aranhoso, que lhe mento. dá uma côr verde azulada; são divididas em Ia iEstivalis.—Caracteres geraes tres lobos ovaes-lanceolados por sinus proAs variedades desta classe tem os sar- fundos e arredondados. Floresce nos primeiros dias de Junho e mentos de côr glauca, com a casca adherindo fortemente ao lenho, que freqüentemente é seu cacho negro, muito comprido, com bagos muito duro e de um enraizamento difficil. esphericos muito compridos, (doze a quaO broto tem gavinhas intermittentes por torze millimetros de diâmetro) amadurece no series de duas. Deixando com intervallo uma Herault, em fins de Setembro. As uvas são folha que a não possue na face opposta ao pouco sujeitas á podridão, «dá um vinho seu ponto de inserção. Na occasião da evolu- muito bom, carregado de côr, e com 12 °/oCÍe ção os brotos são geralmente de uma côr ro- álcool, mais ou menos.» (Saint Pierre.) O sada, do mesmo modo que as margens dos vinho perde ás vezes parte de sua bonita côr, foliolos terminaes ; segundo o Sr. Planchon, mas é fácil fixal-a, accrescentando-lhe uma essas pequenas folhas se expandem depressa, muito pequena quantidade de aciclo tartrico. O Jacques tem como principal bondade emquanto nas Cordifolia guardão por mais tempo a fôrma de gotteiras. As folhas são re- prosperar em quasi todos os terrenos; sua cortadas ou não, lanudas nas duas faces em- transplantação exige alguns cuidados, e dá-se quanto novas ; mais tarde são glabrescentcs bem com uma demora de um anno pelo na pagina superior, e muitas vezes de côr es- menos nos viveiros, onde elle pega na procura, sem serem luzidias; a pagina inferior é porção de 85 a 90 °/0. Como resistência é a variedade de que se glauca, e coberta de pellos curtos, parte dos quaes tem a apparencia de teias de aranhas. tem obtido melhores resultados; e sendo susTanto a floração como a maturação são tar- ceptivel de ser cultivada pelos seus producdias; o cacho é comprido, laxo, preto, com os tos, merece ser também classificada entre os bagos farinhosos, de 13 a 16 millimetros de melhores cavallos para a enxertia. diâmetro, e de muito.bom gosto ; pôde ficar Em 1874, o Sr. Gastou Bazille, de Saintpor muito tempo sobre a cepa, ao depois do Sauveur, communa de Lattes, perto deMontcompleto amadurecimento, sem se estragar. pellier, plantou com o Jacques uma parte da Nas variedades deste grupo o endureci- sua propriedade que se acha em uma situaJacques.— Syn: : ' YY£- ''..¦¦¦ - *:*Vf/.:?/«:w;5'*'-^ :: Julho de 1878. fifi-¦-%¦ : Yr ¦'¦' : fi .-¦'¦ REVISTA ¦• ¦. ¦.-'/¦¦'.-'/'.'¦ DE ção excepcional quanto á humidade do terreno; este anno vinte e oito pés lhe derão 206 kilogrammas de uvas, ou7k300 por cada planta; o numero de cachos era de 20 a 25, e alguns pesarão 450 grammas. Em nossa ultima excursão a Saint-Sauveur, medimos cachos com 0m32 de comprimento, e sarmentos com 8 a 9 metros de desenvolvimento. O Sr. Bazille calcula que seja preciso um uvas pouco mais de dous kilogrammas de rendipara produzir um litro de vinho; esse mento é fraco, mas alguns provadores considerão este vinho como equivalente ao Borgonha e ao Roussillon. Bonitos exemplares de Jacques existem também perto de Montpellier, em casa dos Srs. Vialla, Planchon, Fermaud, Sijas, Bonscaren, Fabre, e F. Sabatier. Herberaont.—Syn: IíTarren HORTICULTURA 129 Esta variedade pega muito diíficilmente de estaca; é quasi inútil plantal-a por esse modo, sobretudo nos terrenos que pôde utilisar, e, para ella mais que para todas as outras, o enraizamento prévio nos viveiros é indispensável, Nos arredores de Montpellier, o Herbemont não prospera nas planicies, mas é soberbo em uma collina calcarea da propriedade do Sr. Gaston Bazille, em Meric, do mesmo modo que em casa do Sr. Fabre, em SaintClement. Cunningham.—-Syn.: Long. O Cunningham, originário da Virgínia, é uma das mais bonitas e mais vigorosas variedades exóticas. Estende sobre o terreno seus sarmentos compridos e fortes, munidos de gavinhas intermittentes; sua folha é grande, quasi inteira, glabrescente e de um verde fosco muito carregado superiormente, glauca Originário da Carolina do Sul, ou de War- e pubescente na face inferior; além disso a ren (Geórgia) o Herbemont se reconhece por grande espessura do limbo fal-a parecer seu porte estendido (etalé), seu sarmento forte ooTOSseira. Sua floração e sua maturação têm logar e muito duro, com gavinhas intermittentes; sua folhagem assemelha-se muito, na fôrma, ao mesmo tempo que a do Jacques e do Hercom a do Jacques, mas parece de uma con- bemont. O cacho, negro arrôxado, cylindrico, textura mais grosseira, de uma côr menos bastante comprido, com os bagos muito apercarregada, verde claro superiormente, e verde tados, de quinze millimetros de diâmetro, in- apodrece com muita facilidade. « O vinho da a baixo; parte pubescencia glauco por variedade é de qualidade ferior da folha é mais forte que na variedade produzido por esta °/0de álcool, mas é pouco muito bôa; tem 13 precedente. Floresce e amadurece nas mesmas épocas colorido. » (Saint Pierre.) o Cunningham é precioso é comprido, America, . Na cacho, seu o Jacques; preto, que muito apertado, com bagos esphericos de para as colunas expostas ao sul, com terras O Sr. L. pobres, ligeiramente calcareas. » (Bush.) ; quatorze millimetros de diâmetro. No Herault, os brotos amadurecem muito Reich, na Camargue, obteve este anno três litros de vinho por cada cepa de uma planta- tardiamente nas terras profundas, e poderião «O vinho sentir a influencia das geadas se fosse culidade. de annos seis a três de ção bom tivado mais ao norte. Por causa deste inconde é mas colorido, é fornece pouco que °/0 de álcool. e pela facilidade com que as uvas 10 veniente, de média a dá e (Saintgosto, se estragão, não nos parece cultivavel senão Pierre.) é exo O Herbemont está destinado a prestar gran- como cavallo para enxertía, para que des serviços nascollinas muito seccas do Meio- cellente. Perto de Montpellier, as mais bellas amosdia; porque pelo que temos podido observar, Srs. P. vegeta muito mal nas terras profundas e ires- trás se encontrão na propriedade dos cas. É, juntamente com o Jacques, a única va- \ Fermaud, Gaston Bazille e Planchon. riédade que possa produzir economicamente Black-July.—Syn.: Devereux, Lenoir. um vinho de algum merecimento; mas, além é uma variedade vigorosa, Black-July O também é fim, esse com de sua cultura e compridos sarmentos com estendendo-se, um excellente cavallo para os enxertos. i 130 REVISTA DE HORTICULTURA Julho de 1878. cobertos de uma inflorescencia farinhosa, tampa que se abre e fecha á vontade ; nada ás vezes abundante; as folhas são grandes, falta, nem mesmo o liquido, como podeis vêr as do levantando a tampa. quasi inteiras, e muito parecidas com Mas demo-nos pressa em deixar esses Cunningham, sendo todavia menos verdes, e tornando-se vermelhas quando velhas, em- modos de gracejo. A natureza, a seu turno, e terrível, ou graquanto as desta variedade apenas amarelle- ou grandiosa) ou sombria ciosa e alegre, impõe sempre admiração e cem antes de cahir. Os fructos do Black-July amadurecem respeito; e o gracejo perante suas obras, tarde; são de um negro arrôxado, em cachos parece-nos um sacrilégio. A descoberta desta planta graciosa é decompridos, soltos, com bagos de quatorze millimetros de diâmetro, mais ou menos. < O vida ao francez Labilladiére; elle a enconseu vinho, franco no gosto, contém perto de trou nos logares pantanosos, na terra de Van Leuwen, na extremidade sudoeste da 12 % de álcool. > (Saint-Pierre.) > Nova Hollanda, e Esta variedade descreveu-a e figusendo rústica, forrou no seu Specinecerá um bom cavallo para a enxerm en Plantarum No tia nos terrenos arivce-Hollandce. dos do sul. Os mais Mais tarde R. bonitos pés existem Brown, companhei^^Jy^WKsSm yj.if<^* ** 1VW. <i9^^^9)B^ l\il_ /' í My i Xtt. ei'tfiij |i y \^^ em casa do Sr. G. ro de viagem do Bazille e na escola capitão Flinders, de Agricultura de encontrou-a nas Montpellier. do esIII i,,,,iiiOT^ l^ li proximidades treito do Rei Jorge, F. Beeheeet. e publicou também uma figura e descripção, taes como (Continua.) se devia esperar de tão consummado Fig. 94.—Cephalofns folliciilaris. botânico. No seu paiz natal o Cephalotus floresce no mez de Dezembro ; a data de sua primeira importaCEPHALOTUS FOLLICÜLARIS ção parece ser 1823, quando o capitão King trouxe alguns exemplares vivos para o jardim Mais uma dessas plantas que têm o dom de Kew. de fixar a admiração, mesmo daquellas Descr. Raiz vivaz, subfusiforme ; 2 a 3 pessoas que, por seu gosto ou por seus hábitos, hastes muito curtas, tendo na baze um tubo se dedicão menos ás producções naturaes. de folhas radicaes ; umas ellipticas, lanceoCom effeito, lançai por um só instante vossos ladas, inteiras, purpurinas, sem olhares sobre esta humilde planta, e examinai nervuraspecioladas, apparentes : as outras em fôrma o modo singular por que a natureza traba- de ascidias, munidas de um operculo, e suslhou suas pequenas folhas não dirieis a tentadas ; por peciolos muito curtos : ascidias miniatura dessas pequenas chaleiras, que ovadas, obliquamente calceiformes, de conas nossas caseiras collocão á lareira para textura ao mesmo tempo herbacea e membrapreparar o saboroso liquido, que deve, ao nosa, verdes, salpicadas de purpura. Duas depois da comida, facilitar a digestão, e cristas lateraes obliquas e uma central, cordestender agradavelmente as fibras do ce- rem longitudinalmente de cima para baixo : rebro ? E realmente isso aqui está o bojo a mediana é muito dilatada no bordo, e ; arredondado, o pescoço cnrtn. ep até **á aa n^ elegantemente franjada pescoço curto, própria | de pellos. O interior lá ,ÍWMW^'#li Im- Julho de 1878. REVISTA DE HORTICULTURA 131 desses vasos foliaceos é purpurino, e contém, como os dos Nepenthes e Sarracenias, um A familia das cactaceas, tão estimada dos liquido mais ou menos abundante, no qual vem se afobar uma multidão de insectos. horticultores e dos amadores, tanto pelas fôr0 orifício é contraindo, hyppocrepico ; o mas variadas e bizarras das numerosas espécies bordo é formado por uma multidão de pe- que a constituem, como pela belleza perequenas cristas verticaes, apertadas umas grina das flores de alguns de seus gêneros, contra as outras, de uma linda côr purpu- tem relativamente pequena importância na rina ou violeta. Entre estas cristas as que agricultura, que apenas se tem apoderado estão collocadas diante das cristas longitu- de raras Opuntias, não obstante ser este clinaes do limbo da urna são mais grossas gênero tão numeroso que mais de cem de vivas que as outras, que vão diminuindo á medida suas espécies já têm sido introduzidas que se approximão do logar em que se in- nas collecções da Europa. Não carecemos descrever aqui a fôrma essere o operculo; este é plano-convexo, verde, ligeiramente pelludo no exterior, purpurino tranha e bizarra das Opuntias, bem conhecino interior, com grossas veias ramificadas, o das e vulgares entre nós, onde são geralbordo é denticulado como o de certas con- mente chamadas Urumbebas, ou Tunas, nem trataremos da chás bivalvas; ao :*Sk mais importante nascer o operculo dellas — a Opun33h&% r está sempre fechatia coccinellifera, do, só se abre á ouNopal, grande medida que a asplanta do México, ei dia se desenlargamente cultivolve. vada ali e em aiO scapo é terguns outros paiminai e eleva-se a 28. m W* <'¦" •¦'' *s^^mSíkK.* zes, onde é fonte 40 centimee 30 á^^^V__. *Bf^y-y=>"b^ "y de grande riquetros de altura, pelza, por viver soludo, cylindrico, *i»V ' c^__«cãsfe". v breellao pequeno com 1 e 2 bracinsecto que proteas, e sustenta Fig. 95—Ópiiutia Raflinesqulaiia duz uma das mais um cacho simples coou composto. O perigono é pequeno, es- ricas e preciosas matérias colorantes:—a branquiçado, pelludo, formado de 5 seg- chenilla. mentos ovados, um pouco espessos, cobertos O gênero Opuntia contém também algude papillas finas. Os estames, em numero mas espécies, que já são, oudeveráõ ser aprede 12, são alternos, insertos sobre o disco, ciadas algum dia, como arvores de frutas; o e mais curtos que os segmentos ; os fila- que bem merecem não só pela bondade de mentos são dilatados, rosados. As antheras seus fructos, pela facilidade de sua cultura, e são tubulares, e em parte escondidas por sobretudo pela aclaptabilidade aos terrenos um grande connectivo globuloso. Os pis- mais estéreis ou ingratos, preferindo geraltillos, em numero de 5, estão dispostos em mente todas as cactaceas as terras seccas, circulo, em redor de um tufo de pellos ; o pedregosas, c mesmo os próprios; rochedos, estigma é obtuso. onde qualquer outra cultura seria de todo hnpossivel. CH. LEMAIRE. Algumas dessas espécies já têm mesmo certa importância econômica pelo emprego des Serres.) (Flore de cerque seus fructos têm na alimentação tas populações; as mais importantes são: PU ¦£sm\w&'^ :J?;t^ >T>J^-\r^ty</ n *^,'*iKr,**^..^_/l_f»»»*g-i 132 REVISTA DE A Opuntia vulgaris, da America do Norte, forpequena urumbeba, muito esgalhada, mando pequenas montas rasteiras, suppôrtando facilmente o frio, que se naturalisou na Europa nas margens cio Mediterrâneo, onde actualmente vive no estado selvagem; seus fructos vermelhos levão dous annos a amadurecèr, e são estimados. A Opuntia ÍÍCUS indica, grande espécie arborescente, da America Meridional, levada muito cedo para a Europa, onde se aclimou perfeitamente, e tornou-se selvagem; muito cultivada na Sicilia, onde os seus fructos são consumidos em grandes quantidades, esta especie tem ali produzido algumas vr.rieclades, uma com os fructos amarellos, a outra brancos, e uma terceira com fructos vermelhos, inteiramente desprovidos de sementes. Labouret, (*) tratando da Opuntia Jicus indica, diz: « Esta espécie muito antiga, tem se naturalisado na Itália e na Sicilia; pretende-se que tenha sido introduzida na Hespanha lo o ao depois da descoberta da America, que dali se tenha espalhado peloTyrol, pela .Dalmaíia, e por quasi toda a Itália Meridional e Sicilia, onde cresce no estado selvagem. Os terrenos que havião sido cobertos pelas lavas do Etna e do Vesuvio fôrão posteriormente fecundados por meio de plantações de Opuntia desta espécie. Suas raizes, insinuam clo-se pelas rachas da lava, conseguirão desaggregal-as, ajudadas pelas chuvas; os detrictus, as folhas (artículos) mortas, decompondo-se, produzirão um excellente húmus, c fizerão desses terrenos, completamente incultos, as mais ricas collinas cia Europa para a cultura da vinha. » A Opuntia Raffinesquiana (fig. 95) é umapequena espécie, muito rústica, que foi ultimamente introduzida mesmo nos paizes septentrionaes da Europa, onde prospera; oriunda do valle doMississipi, ella parece ser cultivada em larga escala nos arredores de Nova-York, que consome largas quantidades de seus fructos vermelhos. A t Opuntia braziliensis, é uma das mais bo~ nitas, e das maiores espécies conhecidas; o •) Monograpliie de Ia famille d s eaetéess Paris, á Ja Lij braine Agricolo. HORTICULTURA Julho de 1878. seu crescimento muito rápido, e os fortes espinhos que cobrem toda planta, fazem que na provincia doRio-Grande do Sul, e em alguns logares do Prata, ella seja aproveitada para cercar os vastos potreiros, que tornão-se assim verdadeiramente impenetráveis; os seus fructos transparentes, em fôrma de figos, contêm uma massa esverdiada, acidulada, de gosto muito agradável, bastante apreciada, não obstante a grande dificuldade que existe em sua manipulação, devido á grande quantidade de setulas, espinhos diminutissimos, contidos em suas areolas, que ao menor descuido se implantão nas mãos, eno rosto, causando uma sensação bem desagradável, e mesmo dolorosa. O insecto da cochenilla(Coccuscacti) é frequentemente encontrado nas cercas de Tunas (Opuntia braziliensis) que fechão os potreiros nas proximidades da cidade de Pelotas, mas nenhum proveito se tira delles, como aliasse faz com tantas outras riquezas que existem entre nós, completamente desprezadas, e é mesmo provável que se algum dia algum indústrioso quizer entre nós ensaiar essa rica cultura, mande com grandes custos vir do México, ou das estufas da Europa, tanto o Nopal, como o insecto que vive sobre elle, como presentemente vemos dar-se com a amoreira e Bicho de sede. A Opuntiabraziliensis, constituindo uma das maisfort.es cercas conhecidas, produzindo em abundância fructos saborosos, podendo, quasi sem dispendio, produzir largas quantidades de uma das mais ricas matérias colorantes devia ser olhada pelos brazileiros como uma das mais preciosas dádivas da natureza. Nenhuma planta resiste tanto á secca prolongada como os cictos; arrancados, e recolhidos elles se conservão vivos, durante annos, os bois, as vacas, comem com facilidade as suas folhas (?) e as procurão com avidez em tempo de secca; nos logares mais áridos da Algeria a Opuntia vulgaris é freqüentemente cultivada com vistas nessa propriedade.... não seria a Opuntia Braziliensis um grande auxiliar em épocas desastrosas que costuma atravessar o Ceará ? REVISTA Julho de 1878. DE HORTICULTURA EUCALYPTUS Eucalyptus amygdalina.— Espécie de dimensões colossaes, não parecendo difficil buanto á natureza do terreno; encontra-se ordinariamente nos terrenos arenosos e pedre_rosos, e é considerada como uma das espécies menos sensiveis ao frio. E. bicolor.—Arvore de tamanho mediano ; madeira de construcção, de grande valor; como qualidade iguala ás variedades designadas pelo nome de Iron-Bark (páo de ferro) : rústico. E. botrioides.—Esta espécie prefere os terrenos humidos. E. calophylla.—Espécie muito ornamental, folhas persistentes, largas, e coriacea; resiste bem nos terrenos seccos, mas o seu crescimento, relativamente ao de muitos dos seus congeneros, é vagaroso. E. citriodora. —Notável pelo cheiro agradavel e penetrante de suas folhas. Prefere os terrenos seccos. E- coecifera. — Esta espécie, do mesmo modo que os E, stricta urnigera, amygdcdina, coriacea e Gunnii, é citada entre as menos sensiveis ao frio. E. fiisslis.—Visinlio do E. goniocalix, possue as mesmas qualidades, mas é menos difíicil sobre a natureza do terreno. E. gigantea.—Arvore muito bonita; prospera nos terrenos pobres; madeira dura, compacta. E. globulus.—E esta a variedade que até hoje tem sido propagada mais, e que tão largamente tem justificado as esperanças dos seus introduetores. E. goniocalix.—Madeira dura, compacta,; espécie de grandes proporções, crescendo sobretudo nas florestas humidas da NovaGalles do Sul e da Victoria. E. Gunnii.—Veja-se o que foi dito a proposito do E. coriacea. E. hemiphloia.—Arvore de tamanho mediano ; madeira dura, excellente para lenha. E. leilCOiylon.—Espécie de grandes dimensões ; cresce mis montanhas pouco ferteis cia Nova Galles do Sul, e da Victoria ; madeira parda, fácil de ser trabalhada, bem de uma que notavelmente dura e compacta, força e tenacidade muito grandes ; parece ser rústica no Sul da França. E. longifolia.—Grande arvore de porte magnífico; madeira muito bôa, resistindo facilmente á humidade ; assignálado como seccos ; parece prosperando em. terrenos ser rústico no Sul da França. E. CO.OSSea —% o Karri da Austrália, arvore que chega a dimensões gigantescas. E. coriacea.—Os E. coriacea e Gunnii, são duas espécies particularmente interessantes e de sua pouca por causa de sua robustez sensibilidade ao frio ; sua introducção poderia ser tentada nos paizes em que se foi mal suecedido com as espécies mais delicadas. E. comuta.—Espécie muito rara ; é o Yeit da Austrália ; chega a 30 e 33 metros de altura. E. corymbosa.—Altura mediana; prospera nos terrenos seccos ; madeira vermelha. Ei corynocalyx.—Fôrma e folhagem particular; resiste bem á sêcca ; teme as liumidades. 133 j E. marginata (Jarra ou Djaryl).—-Madeira muito dura, principalmente empregada nas construcções marítimas ; grão fino e apertado, com bonitos veios que recordão o mogno. E. meliodora.—Arvore de porte mediano ; parece temer a humidade. E. microphylla.—É uma das variedades designadas com o nome de Iron-Bark (páo de ferro); bôa como madeira de construoção civil, muito fácil de ser trabalhada; lenha de primeira qualidade ; chega a 40 metros de altura. E. oblíqua.—Parece ser apenas uma synonymia do E. gigantea* 134 REVISTA DE E. paniculata.—É uma das variedades do Iron-Bark (páo de fen-o); muito fácil de rachar em pequenos serrafos para latadas e cercas: chega a 40 metros de altura. E. platypus.—Esta espécie teme a humidade. E. polyanthemos (Scliau), populnea (Muiler) e populifolia (Iíook).—Arvore de dimensões medianas, de uma fôrma particular, e dando mais sombra que as outras espécies. Teme a humidade. E. resinifera.—E esta a variedade que o Sr. Trottier recominencla com o nome de Red-gum, como resistindo melhor a secca do que o E. globulus. E. robusta.—Uma das variedades que se dão melhor em terrenos humidos. E. rostrata (Red-gum).—Espécie de dimensões gigantescas ; prosperando á beira dos rios e nos logares humidos ; madeira dura, compacta, estimada pela marcenaria. E. siderophloia (Red Iron-Bark). —Madeira muito estimada para dormentes de caminhos de ferro, e para todos os usos em que se requer força e duração ; excellente para lenha.—Chega a 50 metros de altura. E. sideroxilon. —- Arvore muito direita, muito alta, e de crescimento rápido, das montanhas da Austrália ; é uma das madeiras mais duras; muito elástica, resiste muito bem á acção da água e da humidade. E esta a espécie que é mais particularmente conhecida pelo nome cie Iron-Bark (páo de ferro.) E. Stuartiana (Apple tree).—Esta espécie foi também designada pelo nome de watergum tree, por causa cie preferir os terrenos fortemente alagados. E encontrada em todas as localidades da Tasmania, da Victoria e da Austrália do Sul, tanto nas montanhas como nas planicies, e por toda a parte aicança dimensões enormes, apenas ultrapassadas pelos E. amygdalina e colossea. E. tcreticornis.—Espécie do crescimento rápido, alcançando grandes dimensões; prós- HORTICULTURA Julho de 1878. perandoem terrenos humidos, tem sido visto resistindo perfeitamente á secca. E. urnigera.—E, juntamente com a E. coriacea e Gunnii, um dos que melhor resistem ás geadas. E. viminalis, var. Swamp-gum. — Cresce nos terrenos pantanosos da Tasmania ; resiste bem, ao que parece, aos ventos do mar. Além destas espécies de Eucalyptus, que se encontrão assim notadas no ultimo catalogo de sementes da casa Vilmorin de Pariz, muitas outras ainda possue a Austrália ; entre ellas, o Sr. Vilmorim offerece, sem as acompanhar de abservação alguma, as seguintes espécies : Eucalyptus concolor,cordata,Cunninghami, dichromophloia, ficifolia, floribunda, latifolia, Lehmannii, patens, pilularis, piperita, radiata, redunca, regnans, Resdonii, undulata, e viminalis da variedade Manna-Gum, além de duas espécies não momeadas. Mas nem assim se esgota a extensa nomenclatura do notável gênero, como bem provão os Eucalyptus Diemensis, Mirabilis, Rotunda, Tasmania e Umbellata, cujas sementes nascem e produzem plantas esbeltas.... em Pelotas. (*) LEGUMES NOVOS DE 1877 *í) ( Continuação Alface Roquette; não se mostrou aqui nem vigorosa, nem rústica, nem bôa; ignoramos se se comportará melhor debaixo de vidraça; mas para o pleno ar é uma variedade que deve ser abandonada, a menos todavia que o anno próximo seja-lhe mais propicio, cousa de que duvidamos. Cebola branca precoce da rainha; o seu principal mérito é a grande precocidade, o que é de muita vantagem para a plantação do cedo; é pouco vigorosa, por isso deve ser (•) Vid. R. de H. pag. 62 deste volume. (**) Vide pag. 120 \ r Julho de 1878. REVISTA DE HORTICULTURA plantada basta; sendo de primeira qualidade, convidamos os hortelões a experimentar a sua cultura. Cebola branca chata de Itália: muito maior que a precedente; produz maior colheita; mas a sua qualidade é interior, sendo também mais tardia Tem as mesmas propriedades que a cebola branca commum. Cebola vermelha de Agosto; pôde ser igualmente semeada no outono, e passar o inverno na terra; produz cabeças de tamanho mediano; é muito acre, e não vale tanto como as cebolas brancas citadas acima, nem sobre tudo a nossa cebola amarella deVertus. Cebola gigante de Rocca; vale mais que a precedente; seu rendimento é mais consideravel. Colhemos uma cabeça pesando 500 grammas, e que, apezar de seu tamanho, era de primeira qualidade. Evidentemente será um excellente auxiliar para a charcuteria. Comporta-se bem no celleiro, e a sua conservação parece fácil. Cebola Catawissa; em nosso clima ella é antes do que um legume de primeira qualidade, um legume de phantasia. Esta variedade vigorosa e rústica produz bolbos, hastes e bolbilhos, estando os últimos implantados na parte superior da haste. Tanto as cabecas como os bolbilhos são muito inferiores, como qualidade, ás cebolas que cultivamos commummente. Ervilha maravilha de Batt; não diremos o mesmo desta variedade; quasi ana, ella exige nos bons terrenos pequenas estacas esgalhadas; extremamente fértil, vigorosa e rustica. O seu grão é excellente, e quando fôr melhor conhecida, será muito preferida a certas variedades que enchem as collecções de amadores, e particularmente a nossa. Batata Comptons surprise; de origem americana, e de amadurecimento tardio. Produz tanto como a Chardon, possuindo ainda os seus tuberculos, que são roxos, as mesmas qualidades. Juntamente com a outra variedade de 135 batata, de que cuidaremos em breve, e a ervilha maravilha de Batt, são estas as melhores acquisições deste anno. Batata Van der Veer; é também de origem americana, e de certo uma das mais bellas variedades que temos jamais visto. Seus tuberculos são âs vezes enormes, regulares, e só toupor tal fôrma abundantes que uma ceira nos rendeu 10 killograminas!.. . Todavia, apezar do nosso terreno leve e silicoso, sua qualidade é mediana; este anno ella mostrou-se inferior â Chardon-, sendo além disso um pouco mais tardia. Vamos proseguir sua cultura, e esperamos que, nos annos seccos, ou mesmo ordinários, seja sempre conveniente cultival-a em grande escala. Uma vantagem emquanto este que niilita em seu favor é que, anno uma parte de nossa collecção mellou, a batata Van der Veer não foi atacada pelo mal. Rabanete branco gigante de Stuttgart (o tem de extraordinada é pardo) quasi qual nario, nem pelo sabor, nem pela pretendida clima será um máo nosso No precocidade. onde os rabanetes mercados, os para producto vermelhos, côr de rosa, são muito procurados. Rabanete branco de lHopital; um pouco melhor, e também mais francamente branco. Apezar dessas vantagens será sempre uma variedade muito secundaria, e que não pôde ser recommendada. Tomate grande vermelho liso; 6 por nós jnlsuperior.^ Mosmuito variedade uma gado trou-se nas nossas culturas e nas sessões da sociedade onde a vimos, muito superior ainda â descripção que delia fizerào os conscienciosos vendedores, que sobre ella se expressão assim: « Esta variedade, tão notável pela belleza, como pela grandeza dos seus fructos, foi obtida por uma selecção de muitos annos, de nossas por um dos melhores jardineiros vermelho vizinhanças; nasceu do tomate maior; os fructos, que se ainda é mas grande, tornao enormes, são completamente lisos, isto é, sem crostas, com a carne vermelha, completamente cheia e muito succulenta ? » Não se "... ... .'¦'..«: REVISTA 186 DE isso recompôde ser mais verdadeiro; por mendamos muito a cultura desta excellente solanea, Couve flor imperial; somos obrigados a deixarsua descripção para o anno próximo; durante o verão e o outono ella nada produzio aqui. Todavia, cumpre confessar, todas as outras variedades de couve flor não produzirão melhores resultados, e havia já muitos annos que os hortelões deste paiz, não tinhão tão máos resultados com essa cultura, o que foi provavelmente devido ás chuvas frias do verão e do outono. Taes são os resultados das observações feitas durante o anno de 1877 sobre esta serie de legumes novos que, como era de esperar, os produzirão muito bons, medíocres, e mesmo máos. A quantidade dos definitivamente adquiridos á cultura ordinária não é excessiva; mas fosse ella embora menor, nem por isso deveríamos menos felicitar os obtentores, pois o espaço para trabalhar no caminho do novo é immenso,é por assim dizer, indefinido; felizmente o futuro é delles, e elles saberáõ, como até agora, aproveital-o bem. De nossa parte proniettemos-lhes nosso modesto concurso, e nos comprometlèmos, desde já, a proseguir no anno próximo a cultura de todas as suas introducções. E. Lambin . (Gazette du Village.) 0 FLORAL O Sr. Dudouy tem em Saint-Ouen (França) um jardim muito interessante. Diversas plantas são ali cultivadas com as raizes na terra, ou em arêa, ou entre esponjas, ou entre musgo, e não deixão por isso de produzir largas e abundantes folhagens, magnificas flores, fructos volumosos, troncos grossos e robustos. Pecegueiros, Cerejeiras, Pereiras, vivem ahi em vasos de pequenas dimensões, e dão, nestas circumstancias, os seus fructos com HORTICULTURA .. .' ;...:¦,.•.'¦'. Julho de 1878. tanta largueza, como se tivessem, para alimentar-se, um largo e fundo terreno, Nas mesmas condições, em Agosto ultimo, alguns Tomateiros derão excellentes productos. Na terra do jardim, em Julho, colhêrão-se Grãos de bico, que, em seguida, se semearão, e que, já em Agosto, tinhão flor para uma secunda colheita. O Sr. Thinard, empregando os mesmos meios naNormandia, tem conseguido cultivar Begonias de dous metros e meio de circumferencia e um metro de altura, em vasos de dous decimetros de diâmetro, cheios de musgo verde e sem terra. As raizes podem vêr-se, por entre o musgo, e são de uma carnação br.mca e rosada, completamente natural. Os Coleus, plantas de folhas vermelhas, hoje tão vulgares nos jardins portuguezes, são criados em vasos de um palmo e chegão ahi a um metro de diâmetro. Os Feijões e as Ervilhas desenvolvem-se abundantemente em pequenos vasos sem terra. As Begonias conservão-se por muitos mezes em vasos de uma pollegada de diâmetro, lanÇando hastes tão grossas como o próprio vaso, e raizes que saliem delle por ali não (aberem, e vem acolher-se e ramificar-se por entre o musgo verde collocado em volta. Qual é a explicação de todos estes milagres? Já muita gente começa a convencer-se que qualquer planta se pôde criar sem terra. Por isso começão as casas pequenas e os jardins estreitos a encher-se de vegetaes, que elevem fornecer ás familias os productos das grandes hortas. A explicação destes factos estranhos é, como se vai ver, a mais simples das explicações. O Sr. Alibaud—discipulo enthusiasta de Dudouy—mostrou-me uma vez na varanda de um 3° andar onde mora, em Pariz, um caixote com arca, cheio ie plantas altas de Ervilhas, e, por cima, da parede, a gaiola de um grande papagaio brazileiro. —« Aqui tem as minhas crias, disse-me elle. Para ter uma planta ou um animal são precisas exactamente as mesmas cousas, que se resumem no alimento e no espaço indispensavel para o corpo caber e desenvolver-se, ¦ yfifi: Julho de 1878, REVISTA DE HORTICULTURA 137 fica O que come o papagaio? Sopas, O que comem facilmente como, desfiando um tecido, se as Ervilhas? Uns pós que eu mesmo preparo sabendo que elle é composto, por exemplo, e com água. Todas as manhãs venho dar de cie lã e algodão. E como, pondo algodão assim almoçar ás Ervilhas e ao papagaio: a um dou lã em um tear, o tecido se fôrma, sopas, ás outras dou os pós. Nada mais sim- também pondo junto das raizes de uma planta nova azoto, phosphoro, enxofre, potassa, cal, pies. A chimica agricola é uma grande cousa ! ferro, silica, sal e água, essa planta magnesia, visto eu tenho trigo nao cie campos Quantos com meia dúzia de plantas espalhadas por deve desenvolver-se. Quando a planta se põe na terra, esta tem uma vasta extensão, e, apezar disso, a alimentos necessários, e morrer á fome ! E como uma grande mesa de sempre alguns dos e raro. bastará fornecer-lhe phosphato de cal, nitrato sêcco encontra se só onde pao, jantar de ammonia e sulphato A mesa é o campo extenso; o pao é os ali- de potassa, sulphato mentos escassos cie que esse trigo precisa, c de cal. Posto isto, descobrio-se que, se todas as tem assim, ainda mal, nutrirem, o que, para mesmas comidas, nem das nutrem se chamado, raizes, de ser procurado pelas por plantas têm as mesmas symassim dizer, por ellas, muitas vezes em vão. para todas igualmente Estas sào clifferentes, seAs minhas plantas quasi que nao têm mesa, pátlíias especiaes. e representão necessidades mas têm banquetes; dou-lli'os eu nestes pós, ' o-undo as plantas, cie alimentação. Ha homens especiaes também como caixa, naquella estão pequena que ali comer muita carne, outros vê, mas que tem cozin1 ado e prompto, mais qne precisão de vegetaes, e, alimentão se sobretudo o alimento vegetal que que quaesquer plantas que é preciso beber óleo pXira regiões nas terreno. de hectare polares, um em podem encontrar e viver. Para se terem plantas basta ter o espaço re- ter calor exemplo, que o Trigo, soube, se Assim troncas, por seus os com stricto onde ellas cáibao sobretudo muito o Centeio, Cevada, a em querem Ter comer. de dar-lhes e folhas c raizes, os legumes sobretudo muita potassa, o azoto, caou ter como é papagaios casa plantas os Nabo*, principalmente phosphato. narios. Eu nao tenho aqui, neste 3° andar, Milho, ainda—e nesse descobrio-se ultimo Por motivos mesmos um Cedro do Líbano, pelos Sr. Dudouy experiências inteo fez sentido uma elephante, um tenho por que não ter indias podião ressantes—que plantas inamovivel, porque girafa ou um senador oecupão muito espaço, e comem demasiado gestões. como é que uma planta come. Saibamos » para as minhas posses. eu enumerei, entrão, substancias As os que todos como ora, é O Sr. Alibaud por raizes, e espaágua, em dissolvidas pelas considerado apóstolos das novas doutrinas, ramos e folhas cias plantas. lhão-se as Todas pelos original. um na sua rua como se espalhão ? e entrão Por que por defronte, mora que manhãs unia vizinha que só razão; um panno molhado uma Darei veesperanças de quando o vê, cominovido e séçca. Por que? porque a água ar ao suas ás põe-se almoçar plantações, getaes, dar dc o ar em fôrma de foi molhava o para ramalhete um que ás gargalhadas, pede-lhe, rindo Acontece o mesmo a tudo evaporou-se. vapor, ao noite á levar de Pinheiros com raiz para está molhado e ao ar. que baile. Ora as plantas têm logo por dentro da consiAlibaud amigo meu o Os pós que das folhas, água que as íinissima as cozinhado pelllcula para dera como alimento ja está constantemente—ora mais, e molha Alfredo que Sr. plantas, sào compostos pelo conforme ha mais calor ou mais menos, ora nome o têm França, em Dudouy, vendem-se vento etc.,—evaporandp-se e sahindo para tempo algum ha sào pree Floral, de sonoro Esta água, que sabe pelas íi atmosphera. agricultura. conisados nos iornaes cie deixa nellas um logar vasio, que é folhas, : o mysteno Desvelemos emfim mais água que vem debaixo, fácilpor soube-se preenchido as Analysanclo plantas, esta acção ás raizes, entra chegada até tão que, mente de que ellas se compõem; quasi 138 REVISTA DE por ellas água com substancias dissolvidas. È como se estivesse em cada folha uma bomba a aspirar, a sugar para o ar a água da planta, e, por fim, a da terra. Esta água entra para o vegetal com tudo o que tem em dissolução—bom e máo; e entra em tanta maior quantidade por baixo, quanto mais água sahir por cima; isto é, quanto maior é a evaporação. Ora uma planta que evapora muito é uma planta gulosa, comillona, soffrega, que mette, mette para dentro, sem cuidar no que precisa, nem no que, por ser demasiado, ella não pôde digerir. Assim, por exemplo, quando uma planta evapora muito e acha muita cal na terra ao seu alcance, esta entra pelas raizes, mas fica sem emprego em differentes pontos, prejudicando-lhe a vida, como nos prejudicaria se comêssemos muitos caroços de pecegos, ou uns poucos de pães em massa criia. Muitas doenças de vegetaes, até ha pouco sem explicação satisfactoria, não têm outro motivo ; são indigestões, a que talvez se sigão, e a chimica o dirá um dia, terríveis dispepsias. Ora as plantas gulosas conhecem-se fácilmente: são em primeiro logar as de folhas largas, porque são as que evaporão mais. Nas mesmas condições um pé de Tabaco evapora 459 grammas de água, uma Begonia de grandes folhas 207 grammas, emquanto que um pé de Fuchsia apenas 80. As plantas herbaceas, verdes, evaporão mais, pelos seus tecidos tenros e aquosos, que as arvores lenhosas e resequidas. Por isso o Sr. Dudouy fabrica quatro Floraes: ^ O 1.° (para as plantas de folhas pequenas) rico em phosphoro, potassa e cal; 0 2.° (para as folhas largas) rico sobretudo em azoto, que, não ficando em depósitos no interior dos vegetaes, não é indigesto; 0 3.° para as plantas lenhosas de folhas estreitas; O 4.° para as plantas lenhosas de folhas largas. ¦A L pois o Floral com que o meu amigo o Sr. Alibaud se propõe criar florestas espessas HORTICULTURA Julho de 187Ô. e abundantes hortas no seu 3 o andar da rua Soufflot, em Pariz.. Resume o Floral'na sua composição as descobertas dos últimos 50 annos de chimica agricola, cujos elementos capitães eu mencionei ha pouco. Alimento cozinhado, condensado, na melhor fôrma para a planta o comer, e por isso relativamente barato, o Floral pôde dar-se em pequena dose e ser na realidade muito ; é o extracto de carne das plantas. Eu conheci na America um fabricante, que desçobrira o meio de encerrar em um vidro de duas pollegadas de altura, que elle vende por dous dollars, todo o poder alimentício de um boi sem ossos. O Floral é ainda, pelo que já mostrei, um alimento completo mas hygienico. Na sua applicação estão previstos os golotões vegetaes. Lisboa. Jayme Batalha Reis. (Jornal de Horticultura Pratica.) RETRATOS DE PLANTAS NOVAS. PUBLICADOS EM 1878. Lilium cordifolium, Thunb.— Do Japão; folhas grandes, largas, cordiforrnes, como as do L. giganteum, do Himalaya; 4 a 6 flores grandes, brancas, com as bases, nos três segmentos inferiores, salpicadas de purpura.—<Bot, Mag. tab. 6337. Kcellesteinea graminea. Reich. f.—Pequena e muito elegante orchidea daGruiana ingleza; folhas graminiformes, de 4 a 6 pollegadas de comprimento; 6 a 8 flores campanuladas, de 15 a 20 millimetros de diâmetro, côr de palha, rajadas transversalmente de vermelho.— Bot. Mag. tab. 6338. Anthuriumtrifidum.—Bonita aroidea; folhas largas, grandes, trifidas; peciolos, peduneulos e flores (spatha) vermelhas.—Bot. Mag. tab. 6339. Bilbergia pallescens.—Bonita bromeliacea brazileira; folhas com a face interna de um Jiüho de 1878. REVISTA DE 139 HORTICULTURA verde brilhante salpicada de branco, e a ex- no centro de folhas grandes, compridas, terna de um verde pallido ligeiramente es- largas; a flor é azul, salpicada de azul mais triada transversalmente; grandes bracteas escuro, com um traço amarello no centro roseas rodeando uma espiga de flores grau- de cada segmento externo. — Bot. Mag. des, verdes, com as extremidades roxas.— tab. 6352. Bot. Mag. tab. 6342. Dendroseris macrophylla. — Bonita arvoíris cretensis.—Da Grécia e Ásia Menor; reta, com o caule simples, ou bifurcado, folhas espécie rhizomatosa produzindo uma flor crecto, terminando por um tufo de flores única, erecta, roxa, tendo os tres segmentos grandes, e numerosos capitulos de eleexteriores as bases brancas com uma larga amarellas; quer as flores, quer o porte inesta recente mancha amarella, e esfriada de roxo.—Bot. o-ante, recommendão muito troducção da casa J. Veitch.—Bot. Mag. Mag* tab. 6343. tab. 6353. Pleroma gayanum. — Melastomacea peSpathoglottis Petri.— Bonita orchidea cias ruana: flores grandes, campanuladas, branlilaz claro, cas, com o centro amarellado ; arbusto ilhas do Pacifico; flores grandes, em granbonito e ornamental. — Bot. Mag. tab. manchadas de purpuro, produzidas des racimos.—-Bot. Mag. tab. 6354. 6345. Ischaruin angustatum.—Aroidea da Syria, Crossandra guineensis. — Pequena planta estreito comspatho seu interessante tanto por bonita herbacea, extraordinariamente um roxo quasi negro no interior, dc flores; nas c prido, folhagem na como no porte, um spadice fino, comprido e da folhas grandes, largas, verdes, com todas as contendo Mag. tab. 6355. reticulações de um amarello de ouro, e os mesma côv.—Bot. formando peciolos vermelhos; flores lilaceas Fevillea Moorei. — Está planta, que foi reuma pequena espiga que se destaca perfeita- mettida ao Dr. Hooker com o nome de « Sirimente no centro das folhas.—Bot. Mag. cimos curare», se não fôr a que produz o ceietab* 6346. bre veneno empregado pelos Índios do Amatodavia interessante sob o ponto será zonas, vol. 1° — do 223 á Já Hoodia Bainii. pag. suas flores masculiornamental, vista de expor da fallar de da Revista, tivemos occasião de tijolo, conhecidas), nas grandes,côr cujo : aquella (únicas traordinaria Hoodia Gordoni racimos.— Bot. Mag. em expequenos menos é não vista produzidas á retrato temos agora 6356. tranha o : caule de um verde acinzentado tab. com grandes espinhos pardos, flores granOliveri.—Em vez de ser ornamem Ardisia des, rotaceas, de um amarello de camur- tal exclusivamente por seus fructos, como delia uma com os seus congêneres, a A.Oliveri ça, ligeiramente rosado fazem— acontece Bot. Mag. é, por. seus grandes corymbos de flores purpuplanta digna de admiração. tab. 6348. rinas, a mais bonita espécie do gênero conhehoje.—Bot. Mag. tab. 6357. Jasminum didymum.— Jasmin oriundo da cida até Ausiralia, notável pela pequenez de suas rupicola. —Elegante palmeira — LOXOCOCCUS cymos flores brancas, formando grandes folhas pennadas.—Bot. Mag. Ceylão; de Bot. Mag. tab. 6349. tab. 6358. Rondeletia odorata breviflora. —Flores Da familia das spectabilis.— Acokaúthera vermelhas, com o centro amarello, sem Apocyneas; do Porto Natal; arbusto; grande aroma.—Bot. Mag. tab. 6350. folhas grandes, inteiras ; flores brancas, em — Bot. Mag. compactos, cymos — iridacea, grandes. Notável Xiphion planifolium. cuja flor única nasce directamente do bolbo, tab. 6359. • >. &JW&)i#&ll-%?£ã&ã' iio REVISTA DE Ambrosinia Bassii. — Muito interessante aroidea, do sul da Europa e norte da África, cujos espathos recordão as flores das Masdevallias.—Bot. Mag. tab. 6360. Grevillea ericifolia. — Proteacea da Aüstralia: pequeno arbusto ; folhas lineares, flores pequenas, gibbosas, recurvadas, vermelhas, com a extremidade amarella, produzidas em racimos laxos.—Bot. Mag. tab. 6361. Crocus etruscus.—Flores grandes, abertas, lilaceas, com o pistillo e as antheras amarellas.—Bot. Mag. tab. 6362. Senecio Sübscandens. — Bonita trepadeira africana; folhas grandes, lobadas, verdes, com as nervuras purpurinas; pequenos cymos formados por pequenos capítulos amarellos. *—Bot. Mag. tab. 6363. Haemanthus Mannii. —Amaryllidacea africana; flores pequenas, vermelhas, formando uma grande umbella.—Boi. Mag. tab. 6364. Fritlilaria Armena.—Bulbo pequeno, flor terminal, solitária, càmpanulada, purpuro escuro ; uma var. amarella. — Bot. Mag. tab. 6365. Griffinia ornata. — Esta espécie, muito parecida com a Griffinia hyacinthina, porém mais robusta, parece habitar os arredores do Rio de Janeiro, de onde eleve ter sido ha pouco remettida para a Europa ao grande introduetor cie plantas, o Sr. William Bull, "Chelsea, de Londres. — Bot. Mag. tab. 6367. Masdevalia polysticta.—A Masclevalia,cujo retrato foi publicado em 1876 (vide Rev. de Hort. vol. 2o pag. 79) com este nome, sendo a Masdevalia melanopus de Reichenbach, o Dr. Hooker figura agora a verdadeira M. polysticta, Reich. f. cujas bonitas flores são de um lilaz palliclo, salpicado de purpura, com os appendices amarellos.—Bot. Mag. tab. 6368. Clematis grewiaeflora.--DoHima.laya; tre- padeira; paniculos axillares, de flores pendentes,campanuladas,de um amarello escuro. —Bot. Mag. tab. 6369. Julho de 1878. HORTICULTURA varia 0 que produz um caráo.—Lemos no ex- cellente Jornal de Horticultura Pratica do Porto: «O Dr. A. Clark, de Philadelphia, fez um calculo, que nos parece realmente curioso : « Cada cardo tem pelo menes 80 cabeças, contendo cada uma 300 sementes. Resulta daqui que a primeira colheita de um simples pé de cardo produz 24 mil cardos; a segunda 536 milhões, a terceira 13 bilhões e 824 mil milhões; a quarta 31,776 bilhões e emfim a quinta a bagatella de 7.982,624,000,000,000,000.000 « Isto é, no espaço de cinco annos salie do seio de uni só cardo, com que cobrir nao só a superfície de toda a terra, mas ainda a de todos os planetas que gyrão ároda do sol. Se todos esses cardos estivessem íeuuidos em massa, e fossem lançados no espaço, oceuparião um volume maior que o do nosso globo. « Ha muito bôa gente que já tem cie si para si que o mundo é um grande cardo!... » 0 café na Califórnia. — O jornal Scientific Farmer, annuneia que, introduzido a quatro annos, o café tem-se mostrado muito produetivo na Califórnia. Fruías na America. —A cultura das arvores fruetiferas progride por tal modo nos Estados-Uniclos, que já lhe estão dedicados 4,500,000 dc terrenos, onde sao cultivadas 112,000,000 macieiras, ?8,000,000 pereiras, 112,700,000 pecegueiros e 141,260,000 videiras, além de outras espécies de arvores ; o seu producto total no ultimo anno financeiro foi calculado cm 138,216,700 dollars, ou metade do valor da colheita do trigo ; nessa somma o valor das mac;ãs entra por 50,400,000 dollars, o das peias 14,130.000 dol., os pecegos 56,135,000 dol., as uvas 2,118,000 dol, os morangos 5,000,000 dol. c as outras fruías por 10,432,000 dollars. Dez mil contos de moi angos !!! Cem mil contos de pecegos!!! já 6 comer frutas. / Rio de Janeiro.—Typ. Universal de E. &H. Laemmert, rua dos luvaliü.e a. 71, pessoas W Precisa-se de 618 pessoas abonadas (uma em cada município) para agenciar assignaturas e annuncios para a Revista de Hokticul- cd c/_ a úi Ç C/5 O _. o tura. Paga-se bôa commissão. Escrever a F. ALBUQUERQUE. d . Cd _. r/3 O M t_ __ _. fiiiPlIJHjí 3E . p .2» __ c ». o «* _. * • ' " : íTI¥,_¦» I ¦.,:_. &__ Wk S_S_-_; =5=3>,-ã.ô".. d o H o Pi to CO CO -. «»•» _ fi] O id 2 0 CD CG I íz. o CC ü Foraitain Pump. Bomba portátil o rcgador, para os jardins, para os incêndios, para refrescar as paredes das casas, lav.ir os car. os, etc, etc. Muito portátil—Lançando a água a 50 pés do distancia. Todas as casas dc cidade c do campo, todas as fabricas, todas as fazendas dovem possuir uma destas bombas. Pesando menos dc 1 libras, podem ser usa;!as mesmo por um menino, !y^J cd O O CO C/3 O) JOSIAH A. WHITJM _s ¦** O •" a O) cd ÜNICO PROPRIETÁRIO E FABRICANTE O 0 q ctí Q_> LU C __-] ÍH gm-a a cs ^ 5 J2 PROVIDGNCE R. I. Participação CAFÉ DA LIBÉRIA fazem ora nossa folha os Srs. John Fetty & C., o ammncio que Revista da para dos atsign*nt« a attenção fa „„•„„'_.« Clnm.mos uumamos aaiunVuu eu a attenção v dos nossos fazendeiros, folha aue chamou a foi que a Revista pnraena o do importante café dA lib.ru, sobre qual experimentar a cultura desta mportante espécie de Café, assignantea nonos dos queirão açoitarem, rauitos c,ue noivei Será possível que berá ucra aviarem,,. pedidos de menos . de 100 plantas; ^u i ui) Jonn cios bis. razão /Uriupllpa que o deixem de fazer em ; daquelles nue a d.sposiçao que completamente assignantes seu, de põe-se dos interesses era cuidar inicl.medio a Bemsta sempre soluc B.llicite em i?e«_i.to sempiç de pelo menos 25 plantas aviadas fossem quantidade j"^ »v.u outiuo que poi queirao fazer pedidos menores, ten o assistiremos. que sèrâo por nós escolhidas, e a cujo encaixotamento importância de _.,?uuu da * ordens, ,. acompanhadas suas wu.u suaa i «D «ontn-rorm dirüilo ciirijao .* vantagens, dessas As pessoas que quzccn gozar cncaixolamcnto, a o seu ALBUQUERQUE y v _. n «y?« on\ nc mnis do Es...... xib...... Dará mais ae p* 25) de menos cada planta pedida (nunca por „"..« *«._,. "-ii _ 1 cada kilo -..„ de semente . E 12JÍ820 para gv remcUer, registrado, pulo correio» R_PACTOR DA. REVISTA DB BORTIOUMÜ»Aí -a ," - - ¦ . Va. v.,.: -¦;. .yyí;'yy-. 171-, £ & o. petty ctobost RUA THEOPHILO 0TT0NI N. 14, SOBRADO Goiiio a venlr nto io leito CAFÉ GIGANTE BA LIBÉRIA, iprtÉs fctllÉ le M0NB07IA, Citai Ia LIBÉRIA, M oarca ai ai MM selo PI CADA PÉ 2$0OO eni caixas de ÍOO mudas mais on menos, de cerca de 3 palmos de aÉura, tronco reforçado e muito viçosas '., y . .¦ .,:-.-; *¦ a . * - A ¦ •'¦ s.yy<._ .7 HV'7v-v- ¦ va ¦ :-i -f'-"~" -.-.-¦-; :- .'¦.;.-¦¦**-" 7A _v7 «& a compradas e escolhidas a capricho por um distineto forazileix^o residente lia, mais de 30 annos em -.;¦ ^r ^ ¦. MOiraOVIÀ, CAPITAL DA LIBÉRIA N. B. — Se fará um abatimento importante para as quantidades maiores. Devido aos conhecimentos e experiência do citado comprador e ás vantagens de unia importação directa em grande escala, os annunciantes se achão habilitados a vender por menos preço do que OUTRA QUALQUER CASA NESTA CORTE apresentando as melhores provas quanto á legitima procedência das mudas que acabão de receber, com os documentos do despacho do navio da LIBBBIA. Os pedidos do interior deveráõ ser feitos somente por intermédio de casas estabelecidas nesta corte. Também receberão quantidade de sementes do mesmo café, chegadas em excellente estado, qne vendem a Rs. 10$000 cada kilo, em porções de 10 kilos, e a 12#000 porções menores. JOHN PETTY & C. EUA THEOPHILO OTTOMI Ü \k NOTA.—A redacção da Revista chama a attenção dos seus assignantes aanuncio. e para "'a participação para este v *• y * faz anterior. ¦>¦".* na ' pagma que Rio de Janeiro.-Typ. Universal de E. & H. Laemmebt, Rua dos Inválidos n. 71. '¦* ¦ ¦ '¦ 'i.'- -'*'-:i "'A '"¦ '* ' i.yy ¦ ¦¦¦ '* -*"*¦' "'.'' -¦''' •"* '¦¦"'y "v-;'v-a'-%' ¦¦ ' ': »* LIBÉRIA FÉ & O, JOH3ST PBTTY RUA THEOPHILO OTTONI N. 14, SOBRADO Mini a vender Mas io lepi CAMGiffl Bi LIBÉRIA iiortM Mffiffl aiwaia tea ia Ia LIBÉRIA, cgal i n IWIA, tant ira DÉ preço uo 2$0OO CADA PE de cerca de 3 palmos de altura, em caixas de 100 mudas mais ou menos, tronco reforçado e muito viçosas * compradas e escolhidas a capricho por um distineto l>razileiro resideixte lia mais de 3 O annos em MOflROVIA, CAPITAL DA LIBÉRIA N. B. — Se fará um abatimento importante para as quantidades maiores. Devido aos conhecimentos e experiência do citado comprador e ás# vantagens de uma importação directa em grande escala, os annunciantes se achão habilitados a vender por menos preço do que OUTRA QUALQUER CASA NESTA CORTE apresentando as melhores provas quanto â legitima procedência das mudas da navio do do despacho os documentos com de receber, acabão que LIBÉRIA. Os pedidos do interior deveráõ ser feitos somente por intermédio de casas estabelecidas nesta corte. Também receberão quantidade de sementes do mesmo café, chegadas em excellente estado, que vendem a Rs. 10$000 cada kilo, em porções de 10 kilos, e a 12#000 porções menores. JOHN PETTY & C. THEOPHILO OTTOHI U UllBIT ASOBUADO ll *; ,.- '¦¦¦"¦¦ A * NOTA.—A redacçào da Revista eliama a atteneão dos seus assignantes para este aununcio, e para a participação que faz na pagina anterior. " * ¦ —' " ¦ ' — ' ¦' ¦ ¦¦ " ¦ ' '¦¦ ¦—¦" ¦¦¦ -¦ Rio de Janeiro.—Typ. Universal de E, & H. Laemmebt, Rua dos Inválidos n. 71. -¦ ••