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Directora
Graça Franco
Sexta-feira, 26-09-2014
Edição às 08h30
Editor
Raul Santos
DEBATE QUINZENAL
Passos sob pressão no
Parlamento
Primárias no PS. Um guia para
indecisos
JORNADAS DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
Há cobardes na net, mas "que culpa têm" as
redes sociais?
Ébola mata sacerdote espanhol
Decisão rara do
Papa: bispo
removido no
Paraguai
Marte: "A vista é
bonita cá de cima"
Cruzeiro salva
centenas de
migrantes no
Mediterrâneo
BRASIL
Rousseff e Marina
Silva quase
empatadas
LUÍS CABRAL
Chicotada
psicológica
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Sexta-feira, 26-09-2014
DEBATE QUINZENAL
JORNADAS DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
Passos sob pressão
no Parlamento
Há cobardes na net,
mas "que culpa têm"
as redes sociais?
Caso Tecnoforma vai marcar o debate
quinzenal desta sexta-feira, que poderá ser o
último de António José Seguro enquanto
líder do PS. Líder da bancada do PSD avisou
que o debate será difícil. Início às 10h.
Nas Jornadas Nacionais das Comunicações
Sociais, D. Pio Alves lembrou que nas redes
sociais encontramos as mesmas pessoas que
encontramos no dia-a-dia. As redes sociais
apenas as expõem mais.
Por Paula Costa Dias
Foto: Paulo Cunha/Lusa
O debate quinzenal desta sexta-feira poderá vir a ficar
na memória. O primeiro-ministro, Passos Coelho, vai
chegar ao plenário debaixo de uma pressão só
comparável à sentida no tempo da "demissão
irrevogável" de Paulo Portas.
É ao primeiro-ministro que cabe a abertura do debate,
às 10h, e Passos gostaria de usar esse espeaço para
assinalar os resultados animadores da economia e o
acordo para o salário mínimo, mas oposição só quer
saber se o agora primeiro-minsitro recebeu dinheiro da
Tecnoforma quando era deputado, nos anos 90.
A expectativa no PSD é a de que o primeiro ministro
esclareça tudo e ponha um ponto final neste caso. Na
quinta-feira, na reunião da bancada parlamentar,
houve solidariedade, mas também pedidos de
esclarecimento rápido. O líder parlamentar, Luís
Montenegro, avisou que iria ser debate quinzenal
muito difícil.
No parceiro de coligação, a esperança é de que o clima,
pelo menos, desanuvie e que seja possível parar a "bola
de neve" que começou a crescer há uma semana e que
também já está a causar apreensão em Belém.
O presidente da Comissão Episcopal da Cultura e
Comunicações Sociais alerta para a importância das
pessoas nas redes sociais, que não pode ser
responsabilizadas por todos os riscos.
Na abertura das Jornadas Nacionais das
Comunicações Sociais, que se realizam esta quinta e
sexta-feira, em Fátima, com o tema "Uma Rede de
Pessoas", D. Pio Alves lembrou que nas redes sociais
encontramos as mesmas pessoas que encontramos no
dia-a-dia. Facebook, Twitter e derivados apenas as
expõem mais.
"Quem frequenta, ainda que moderadamente, as redes,
a par de conteúdos notáveis, depara-se facilmente com
imagens chocantes, linguagens inapropriadas, insultos
gratuitos, acusações caluniosas", começou por referir.
O bispo auxiliar do Porto diz que "quem olha para esta
realidade assim sem mais, isolando-a", pensa que as
redes sociais são "um covil de cobardes" e deixa uma
pergunta: "mas onde é que não existem covis de
cobardes?"
D. Pio Alves responde que esses "covis de cobardes
apenas mudaram de sítio, para um sítio mais cómodo,
mais seguro, mais rentável. Seria caso para dizer:
pobres das redes. Que culpa têm?".
"Não é possível uma sociedade democrática sem
jornalismo"
Nas Jornadas Nacionais das Comunicações Sociais, o
professor da Universidade Católica Eduardo Cintra
Torres defendeu que "não é possível uma sociedade
democrática sem jornalismo".
O crítico de televisão, que falava à margem de um
painel sobre as consequências daquilo a que alguns
chamam "jornalismo descartável", disse que o
jornalismo é "talvez hoje mais importante do que antes,
porque temos acesso a uma quantidade tão grande de
informação e não sabemos o que é jornalismo ou não".
Eduardo Cintra Torres acrescenta que "a informação ou
a falsa informação fazem as pessoas correr riscos em
relação à pressão da mentira e à pressão do marketing
que lhe impõem informações que não são corretas ou
não são verdadeiras".
Época de ouro?
Estamos a viver a época de ouro do jornalismo e a
Igreja deve aproveitar as mais-valias que as redes
sociais trouxeram para melhorar a sua comunicação,
sugere David Dinis, director do jornal "online"
Observador.
À margem das jornadas, David Dinis disse à
Renascença que, para melhorar a sua comunicação, a
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Igreja tem apenas de pôr em prática aquilo que sempre
soube: "nunca ninguém no mundo, na história da
Humanidade, percebeu tão bem o que é colocar-se no
lugar do outro que não as pessoas que estão à frente da
Igreja Católica."
O jornalista acrescentou que "as pessoas na Igreja
Católica não perceberam inteiramente que comunicar
é tão simples como isto: é estar simplesmente no lugar
do outro, é perceber o que é que a pessoa do outro lado
precisa de ouvir, espera ouvir e pode ouvir de maneira
a se ligar mais aquilo que pode ser a mensagem da
Igreja".
As Jornadas Nacionais das Comunicações Sociais
reúnem em Fátima cerca de uma centena de pessoas,
que reflectem sobre o tema "Uma rede de pessoas".
Primárias no PS. Um
guia para indecisos
Se é um dos 235 mil simpatizantes ou
militantes aptos para votar nas eleições
primárias do PS de domingo, pondere bem o
seu voto: Costa e Seguro têm algumas ideias
semelhantes para o futuro, mas também
outras bem diferentes.
Por Carolina Rico
António Costa e António José Seguro partilham mais
do que o primeiro nome. São do mesmo clube e até
usam gravatas iguais em debates televisivos. O que têm
defendido na campanha eleitoral das primárias do PS
também tem muitos pontos em comum. E algumas
diferenças.
A julgar por várias medidas que prometeram levar a
cabo se assumirem o cargo de primeiro-ministro,
Costa e Seguro assumem que esta vai ser sobretudo
uma batalha de personalidades e percepção mediática.
Simpatiza ou milita no PS e ainda está indeciso sobre
em quem votar nas primárias do PS este domingo?
Saiba que decisões aproximam e afastam os dois
candidatos socialistas:
Revisão da lei eleitoral
Seguro quer reduzir de 230 para 181 deputados através
da revisão da lei eleitoral para a Assembleia da
República. Costa reagiu com brado: diz que a medida
eliminaria na secretaria o peso eleitoral da esquerda.
O secretário-geral socialista propõe ainda um reforço
das incompatibilidades dos titulares de cargos políticos
e altos cargos públicos, com a aplicação de um projecto
que obrigue a revelação da origem dos rendimentos e
indicação das entidades pagadoras.
Costa é a favor de rever "o sistema eleitoral para a
Assembleia da República e do sistema de governo das
autarquias locais".
Propõe uma "reforma do sistema eleitoral no sentido de
uma representação proporcional personalizada,
introduzindo círculos uninominais", permitindo votar
no deputado e não no partido.
Seguro é a favor do voto preferencial, com o eleitor a
decidir a que deputado do partido quer dar assento na
Assembleia da República.
O que fazer aos salários?
Tanto Seguro como Costa prometem aumentar o
salário mínimo nacional, mas enquanto o autarca
lisboeta propõe um valor de referência de 522 euros no
próximo ano, Seguro defende que esse “valor deve ser
encontrado em concertação social”.
Aumentar a renumeração mínima auferida em Portugal
é, para Costa, a melhor forma de Portugal voltar a
"ganhar confiança e sair do círculo vicioso, de vistas
curtas e opções limitadas", da "cartilha da troika”. “Os
portugueses vivem aquém das suas possibilidades",
disse por várias vezes.
Repor pensões
Ambos os candidatos socialistas estão de acordo sobre
a necessidade de repor os cortes aos pensionistas em
2015.
Seguro promete acabar com a contribuição de
sustentabilidade aplicada aos pensionistas e revogar os
cortes ao complemento solidário para idosos.
Já Costa propõe a criação de um programa de reformas
a tempo parcial que permita aumentar a contratação de
jovens no desemprego.
Impostos
António José Seguro promete não aumentar a carga
fiscal se chegar a primeiro-ministro. Demite-se se o
tiver que fazer, anunciou.
O adversário defende estabilidade fiscal mas prefere
não ser “imprudente”. Costa tem em conta “as muitas
variáveis na vida política e económica nacional e da
Europa” antes de se comprometer com uma redução de
impostos.
Tanto Seguro como Costa querem reduzir o IVA da
restauração. “De 23 para 13%”, concretiza o secretáriogeral, enquanto Costa destaca apenas a importância de
uma “reponderação das tabelas do IVA”, de modo a
torná-las mais compatíveis com as atividades
económicas portuguesas´.
Seguro quer também eliminar de forma progressiva a
sobretaxa de IRS e prometeu, por outro lado, agravar o
IMI dos fundos imobiliários, obrigando as entidades
que paguem um valor parcial deste imposto a pagá-lo
na totalidade.
O líder socialista garantiu que, se for primeiro-ministro,
vai manter o acordo que assinou com o actual Governo
sobre o IRC, mas não se comprometeu a baixar os
impostos às empresas.
Combate à corrupção
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António José Seguro tem vindo a criticar fortemente o
que diz serem as relações de promiscuidade entre a
política e os poderes económicos, admitindo avançar,
no Parlamento, com medidas que possam evitar ou
prevenir essas supostas ligações perigosas.
Para Costa, o caminho a seguir deve ser o reforço das
competências das polícias e do Fisco na fraude e
evasão fiscais.
a qualquer partido cujos princípios estejam em
conformidade com os valores socialistas. Os militantes
teriam depois de aprovar esta coligação em referendo.
No que diz respeito a coligações, qualquer partido à
esquerda poderá estender a mão tanto a Seguro como a
Costa, que, no entanto, fazem questão de excluir a
hipótese de entendimento com o PSD de Passos
Coelho.
Abrir portas que se fecharam
Enquanto Costa manifestou interesse em apostar na
cultura, com a recuperação do ministério, Seguro
prometeu esta terça-feira reabrir os tribunais
encerrados pelo Governo no âmbito do novo mapa
judiciário, acusando o executivo de ser "uma espécie de
aspirador" que "está a esvaziar" o interior do país.
Novas e velhas lideranças
António José Seguro disse, em entrevista à
Renascença, que se perder as eleições primárias para
candidato do PS a primeiro-ministro, retira-se e não vai
concorrer às eleições directas para a liderança
socialista.
Apesar de ter recusado a ideia em 2011, se vencer as
eleições primárias, Costa pretende continuar a
presidência da Câmara de Lisboa até às eleições
legislativas.
E a dívida?
O "Contrato de Confiança" de António José Seguro
propõe "renegociar a dívida pública por forma a
promover a extensão de maturidades e a revisão dos
custos de financiamento".
Já o autarca de Lisboa considera que este "não é o
momento certo" para discutir uma eventual
reestruturação da dívida do país. Só mais tarde deverá
ser escolhida "a solução que melhor sirva os interesses
de Portugal", que deve "cumprir escrupulosamente as
suas obrigações e compromissos".
Seguro é também favorável a "reforçar as emissões de
dívida pública abertas ao público em geral".
Tratado Orçamental
Costa defende uma revisão das metas inscritas no
Tratado Orçamental Europeu subscrito por Seguro, que,
por sua vez, pede apenas uma extensão dos prazos
para o seu cumprimento.
"Apesar de eu não ter negociado o Tratado Orçamental,
não hesitei em votá-lo favoravelmente para dar um
sinal na Europa de que eu quero que Portugal fique na
Zona Euro", disse Seguro à Renascença.
Mais preocupado com o posicionamento de Portugal
no contexto europeu, Costa pensa propor um "seguro
de desemprego europeu ou um seguro contra choques
conjunturais na Zona Euro provocados por quebras
intensas de actividade económica”.
Emprego
Costa quer combater a precariedade laboral, tornando
"menos atractivo para os empregadores,
nomeadamente via diferenciação da TSU, o recurso às
formas precárias de trabalho, por comparação com as
formas mais estáveis", mas também "introduzir nas
regras de contratação pública e de acesso aos apoios
públicos a apresentação por parte das empresas de
garantias de verificação da conformidade com os
princípios da legislação laboral em vigor"
Seguro diz que não há uma “poção mágica” geradora
de postos de trabalho, mas compromete-se a criar um
pacto de emprego que envolva "empresas, instituições
de educação-formação, associações profissionais,
municípios e parceiros sociais".
Futuras coligações
Alcançar a maioria absoluta é um objectivo comum dos
dois candidatos, mas Seguro antecipa que não
governará em minoria, pelo que está disposto a unir-se
Funcionários
judiciais cumprem
dia de greve nacional
O Sindicato dos Oficiais de Justiça ficam de
fora desta greve convocada pelo Sindicato
dos Funcionários Judiciais, que considera ser
necessário “dizer basta”.
Trabalhadores afectos ao Sindicato dos Funcionários
Judiciais (SFJ) cumprem, esta sexta-feira, um dia de
greve nacional, em protesto contra a desconsideração
de que foram alvo na nova organização judiciária e
para exigirem mais funcionários judiciais.
A greve, que contempla também um dia de paralisação
em cada uma das 23 comarcas da reorganização
judiciária, foi anunciada a 4 de Setembro pelo
presidente do SFJ, Fernando Jorge, que considerou
"necessário dizer basta" na greve nacional e nas
paralisações diárias, que começam a 1 de Outubro, nos
Açores.
O Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ) não adere à
greve por considerar que "não estão reunidas as
condições" e também porque está a "ultimar o seu
caderno reivindicativo para 2015", para apresentar ao
Governo "antes da discussão do Orçamento do Estado".
"Os funcionários judiciais estão desejosos de
demonstrar a sua indignação e insatisfação", disse, na
altura, Fernando Jorge, salientando que é preciso o
Ministério da Justiça admitir mais funcionários
judiciais e resolver as questões da aposentação e o
acesso às categorias de chefia.
O dirigente sindical acrescentou que os funcionários
judiciais se sentem "desconsiderados na nova
organização judiciária" que entrou em vigor no dia 1 de
Setembro, sublinhando, porém, que "cumpriram, de
uma forma empenhada, todas as tarefas que lhe foram
atribuídas, inclusive transportar processos, arrumar
móveis e até fazer limpezas nos tribunais".
"Fizeram mais do que lhes era exigido", afirmou,
acrescentando que até o Ministério da Justiça admite
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que é necessário contratar mais funcionários judiciais.
Continente sob aviso
amarelo no fim-desemana devido à
chuva
O aviso amarelo é emitido pelo IPMA sempre
que existe uma situação de risco para
determinadas actividades dependentes da
situação meteorológica.
Évora e Beja 28, Faro, Bragança, Vila Real e Viseu 24,
Guarda 21, Angra do Heroísmo 23, Ponta Delgada e
Santa Cruz das Flores 22 e no Funchal 25.
LUÍS CABRAL
Chicotada
psicológica
Cada vez que nos deparamos com um
escândalo, é importante encontrar um bode
expiatório. A questão de se tratar do
verdadeiro culpado ou a raiz do problema
parece nesses casos relativamente
secundária: o que importa é mostrar que o
"board" da empresa, ou o primeiro ministro
do governo, estão em "perfeito" controle da
situação.
Foto: Manuel de Almeida/Lusa
Todos os distritos de Portugal continental vão estar, no
fim-de-semana, sob aviso amarelo devido à previsão
de aguaceiros fortes e acompanhados de trovoada,
segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera
(IPMA).
De acordo com o IPMA, os 18 distritos do continente
vão estar sob aviso amarelo, o terceiro mais grave de
uma escala de quatro, entre as 12h00 de sábado e as
12h00 de domingo.
O aviso amarelo é emitido pelo IPMA sempre que existe
uma situação de risco para determinadas actividades
dependentes da situação meteorológica.
O IPMA prevê para esta sexta-feira nas regiões do norte
e centro do continente céu pouco nublado ou limpo,
aumentando de nebulosidade na região centro para o
final do dia, vento em geral fraco predominando do
quadrante leste, soprando moderado nas terras altas até
ao final da manhã e neblina ou nevoeiro matinal em
alguns vales e terras baixas.
No sul prevê-se períodos de céu muito nublado com
ocorrência de aguaceiros, sendo por vezes fortes e
acompanhados de trovoada durante a tarde, vento em
geral fraco predominando do quadrante leste e neblina
ou nevoeiro matinal em alguns vales e terras baixas.
Para a Madeira, a previsão aponta para períodos de céu
muito nublado e vento em geral fraco do quadrante
norte.
Nos Açores prevê-se céu geralmente pouco nublado,
aumentando a nebulosidade para a noite, possibilidade
de aguaceiros fracos e vento sueste bonançoso,
enfraquecendo a partir da tarde.
Quanto às temperaturas, em Lisboa, Porto, Braga e
Castelo Branco prevê-se uma máxima de 27 graus,
Paulo Bento deixou de ser seleccionador nacional.
Ninguém o afirmou explicitamente, mas todos sabem
que todos sabem que a última gota de água foi a
derrota da equipa portuguesa no jogo contra a Albânia.
Diz o presidente da Federação que foi uma decisão
unânime. Para muitos foi também uma decisão
esperada, ou pelo menos não surpreendente. No
futebol, os maus resultados levam frequentemente a
mudanças, e quase sempre as mudanças começam
com o treinador.
No entanto, a evidência estatística das equipas de
futebol profissional indica que o impacto, no médio
prazo, das trocas de treinador são, em média, nulas.
Porquê então esta "mística" das "chicotadas
psicológicas"? Creio que há duas explicações, uma
estatística e uma comportamental. A explicação
estatística dá pelo nome de "reversão para a média", um
nome sonante para um fenómeno simples: tudo o que
vai acima acaba por cair, e tudo o que vai abaixo acaba
por subir. (Bem, tudo, tudo, não, mas os resultados das
equipas de futebol, sim). Por outras palavras: como as
chicotadas psicológicas são antecedidas de uma série
de maus resultados, é muito provável que os resultados
seguintes sejam melhores. Ainda por outras palavras: é
difícil que o novo treinador, no seu jogo inaugural, faça
pior do que perder em casa com a Albânia.
A explicação comportamental também tem o seu
interesse. O treinador é escolhido pelo presidente do
clube (ou da Federação, no caso da Selecção). Os
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presidentes têm de mostrar que controlam a situação,
que estão fazendo algo para resolver o problema; e a
forma mais simples, rápida e visível de mostrar
trabalho feito é mudar o treinador.
Aliás, este tipo de comportamento é também visível
nos mundo empresarial e político. Cada vez que nos
deparamos com um escândalo, é importante encontrar
um bode expiatório. A questão de se tratar do
verdadeiro culpado ou a raiz do problema parece
nesses casos relativamente secundária: o que importa
é mostrar que o "board" da empresa, ou o primeiro
ministro do governo, estão em "perfeito" controle da
situação.
Não quero com isto dizer que a recente decisão do
Presidente da Federação tenha sido errada, mas
preferiria que, no futebol tal como noutros contextos,
seguíssemos uma política de mais longo prazo.
Primárias
GRAÇA FRANCO
Salário mínimo
Faz sentido retirar por cada 20 euros de
aumento no salário mínimo dois euros aos
trabalhadores ao mesmo tempo que desiste
de cobrar 3,9 euros na parte correspondente
às contribuições suportadas pela entidade
patronal?
Por Graça Franco
Mais vale tarde do que nunca. Mais vale Outubro que
Janeiro. A espera podia significar, à cabeça, perder 60
euros e isso ainda é dinheiro. Um ano depois de
patrões e sindicatos chegarem a acordo sobre a
urgência do aumento percebe-se bem que a UGT não
tenha hesitado em subscrever um acordo que
praticamente se resume a repor o poder de compra
perdido desde 2011. Foi o possível.
A troika já lá vai há quatro meses e o Governo
escudava-se na necessidade da partida para ir adiando.
Porquê agora? Porque o crescimento o permite ou
porque as primárias do PS o aconselham rápido e o
tornam inevitável? Talvez as duas coisas. Seja como for
abençoado ganho “colateral” da guerra socialista.
Para quase meio milhão de portugueses (350 mil no
privado e 75 mil no sector público) estes quase 20 euros
a mais por mês podem fazer a diferença entre
conseguir ou não pagar a conta da água.
Claro que o acordo de concertação de 2006 exigia 500
euros pagos desde 2011 e só nestes três anos, além da
perda de salários reais em 4,5%, somam-se os outros
prometidos 15 euros perdidos mensalmente. Esses não
serão recuperados tão cedo. Aliás, não haverá mais
espaço para jogadas eleitorais porque o acordo vigora
até final de 2015. Reconhecer este dado não seria
cedência mas prova de realismo da Intersindical.
Mais incompreensível é a estratégia do Governo: faz
sentido retirar por cada 20 euros de aumento no salário
mínimo dois euros aos trabalhadores ao mesmo tempo
que desiste de cobrar 3,9 euros na parte
correspondente às contribuições suportadas pela
entidade patronal? Não creio.
Ou melhor, esta ajuda parafiscal aos patrões que pagam
pior, além de vir distorcer a concorrência, só se justifica
se se estiver convencido da bondade dos argumentos
da troika.
Para os nossos credores os salários de miséria em
Portugal, além de excessivamente altos (daí o
congelamento imposto…), constituíam também um
travão à criação de emprego e à competitividade.
Mesmo representando pouco mais de um terço do
irlandês, francês, belga e luxemburguês, e ficando-se,
por exemplo, 25% aquém do espanhol.
Ou seja, esta política só faz sentido se o Governo se
posicionar senão como mais “troikista” que a troika,
pelo menos tão “troikista” quanto.
É verdade que o acréscimo das contribuições dos
trabalhadores acabarão por parcialmente compensar “o
desconto” feito aos patrões e acabará neutra em termos
de défice final, mas o que o Governo insiste é em fazer
em menor escala a polémica transferência de
descontos do bolso dos trabalhadores para o dos
empregadores.
Pior ainda, os patrões que pagam mais e por isso
aceitam reduzir as respectivas margens não terão este
nem outro bónus fiscal. Se isto não é fomentar uma
política de baixos salários é pelo menos ser cúmplice
da dita.
Mas também em matéria de sustentabilidade da
Segurança Social o sinal é errado. Lembram-se
daqueles 100 milhões que estava previsto o Governo
cobrar a partir de 1 de Janeiro do próximo ano no
quadro da suposta “reforma” da sustentabilidade da
Segurança Social? Eles resultavam de um aumento dos
descontos de todos os trabalhadores em 0,2 pontos a
somar aos 11% em vigor, considerado inevitável.
Um esforço essencial para que não fossem só os
pensionistas a garantir a sustentabilidade do sistema. É
verdade que o Governo já desistiu da cobrança,
agendada para 2015, em resultado do chumbo do
Tribunal Constitucional, mas vir agora encontrar folga
(sempre serão 20 milhões perdidos) para reduzir a
cobrança nas quotizações patronais deixa o povo
baralhado.
Não colhe sequer a questão da defesa da
competitividade externa porque maior parte dos
trabalhadores abrangidos (cerca de 100 mil nas
limpezas, a que se somam os pequenos serviços como
cabeleireiros, empresas de reparação, panificadoras,
etc.) está situada nos sectores produtores de “bens e
serviços não transaccionáveis” ou seja, ao abrigo da
concorrência externa estando apenas uma parte
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reduzida nos lanifícios, têxteis, calçado, etc., onde a
conquista de mercados há muito deixou de poder ser
feita à custa de baixos salários – e ainda bem.
Estado terá dois
meses para
responder a
candidaturas a
dinheiros europeus
Governo aprova em Conselho de Ministros as
regras de candidatura aos novos fundos
comunitários.
Miguel Poiares Maduro, o Governo colocou como
objectivo executar 5% dos fundos no próximo ano. No
anterior quadro comunitário, o valor em 2008 [primeiro
ano do QREN 2007-2013] foi de 2%.
Para atingir este objectivo as primeiras candidaturas
deverão começar a ser aceites já em Novembro e as
primeiras movimentações de dinheiro poderão ocorrer
no mês seguinte, caso “a UE tenha disponibilidade de
avançar dinheiro do próximo Orçamento já este ano”.
Poiares Maduro disse que este quadro comunitário será
orientado para os “resultados, a simplificação e a
transparência”.
O ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional
garante que as empresas vão receber o dinheiro
mediante o “cumprimento dos resultados”, e que esses
mesmos resultados serão posteriormente ponderados
no “acesso a outras candidaturas”. Ou seja, uma má
execução será penalizada quando a empresa o
organismo tentar aceder a um novo financiamento
comunitário, e premiada se tiver bons resultados.
Haverá também uma diferenciação a nível das regiões
na atribuição de dinheiro comunitário. “A
comparticipação será maior para certo tipo de
territórios, e mesmo dentro das Comunidade
Intermunicipais haverá diferenças”.
Nem um Euro devolvido
O Governo avançou ainda que do anterior quadro
comunitário de apoio, há 3.600 milhões de euros por
executar, mas que já estão comprometidos. Ou seja,
existem projectos já aprovados que ainda não
começaram no terreno ou não estão concluídos.
“Portugal não vai devolver um único euro a Bruxelas”,
rematou Castro Almeida.
Foto: Lusa
Por João Carlos Malta
O Governo fixou os prazos que o Estado terá para
responder a candidaturas a fundos comunitários em
dois meses, e num mês e meio para os pagamentos
das comparticipações a cada um dos projectos. Estas
regras vão vigorar até 2020. O Executivo promete
despedir os gestores que não consigam atingir estes
objectivos.
Esta foi uma das novidades dadas pelo secretário de
Estado do Desenvolvimento Regional, Castro Almeida,
esta quinta-feira durante a conferência de imprensa do
Conselho de Ministros em que foi aprovada a orgânica
e gestão dos fundos comunitários do próximo
programa quadro, o Portugal 2020.
O governante assumiu que está na altura do Estado ser
tão exigente nos seus pagamentos e procedimentos
como é no relacionamento com os cidadãos e
empresas no que diz respeito a prazos.
Os gestores dos programas operacionais que tenham
médias anuais de resposta superiores em 20% a estes
prazos [60 dias para os pedidos de candidatura e 45
dias para fazer os pagamentos] serão “substituídos”.
Castro Almeida assegurou ainda que as empresas vão
começar a receber o dinheiro do próximo quadro
comunitário de apoio, o Portugal 2020, “a partir da
Primavera de 2015”. Portugal vai receber, nos próximos
sete anos, 25 mil milhões de euros.
Executar mais projectos já em 2015
Numa conferência em que também esteve presente o
ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional,
Decisão rara do
Papa: bispo
removido no
Paraguai
O Vaticano acaba de anunciar a substituição
do bispo de Ciudad del Este. Em causa está o
facto de a diocese ter albergado um
sacerdote acusado de abusos sexuais de
menores.
Por Filipe d'Avillez
O Papa ordenou a substituição do bispo Rogelio
Ricardo Livieres Plano, da diocese de Ciudad del Este,
no Paraguai. A decisão segue-se às conclusões de uma
visitação apostólica da diocese, uma espécie de
inspecção ordenada por Roma, levada a cabo em
Julho.
Numa nota publicada pelo Gabinete de Imprensa da
Santa Sé, o Vaticano dá conta da substituição do bispo,
mas não entra em detalhes sobre as razões, limitandose a dizer que a “árdua decisão” penosa foi tomada para
o “bem maior da unidade da Igreja de Ciudad del Este e
da comunhão episcopal no Paraguai”.
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Sabe-se, porém, que dois factores podem ter
contribuído para este desenlace, muito raro na Igreja. O
principal é o facto de o bispo Livieres Plano ter
nomeado como Vigário-geral da diocese o padre
Carlos Urrotigoity, que tinha sido acusado de abusos
sexuais de menores durante uma estadia na diocese de
Scranton, nos EUA. Embora nunca tenha sido
condenado pelos crimes, está identificado por essa
diocese como “uma séria ameaça a jovens”.
O bispo paraguaio defendeu a sua acção dizendo que
as acusações nunca foram provadas e os apoiantes de
Urrotigoity afirmam que elas são falsas e motivadas por
divergências teológicas, uma vez que o padre, bem
como o bispo, são tidos como conservadores. Contudo,
a decisão de dar um cargo de destaque a um padre
acusado de abusos sexuais, mesmo sem que essas
acusações tenham sido comprovadas como falsas,
contradiz a política de "tolerância zero" que o Vaticano
tem vindo a promover em relação a este assunto, ao
longo dos últimos anos, o que poderá ter conduzido à
resignação forçada de Livieres Plano.
O segundo factor em causa é, precisamente, o
conservadorismo do bispo, tanto teológico como
litúrgico, que o colocava, muitas vezes, no campo
oposto dos restantes bispos do Paraguai, considerados
mais liberais.
O facto de a nota realçar a importância da “comunhão
episcopal” indica que esta poderá ter sido uma das
razões consideradas. Livieres Plano é um grande crítico
da teologia da libertação. Os seus defensores apontam
para os resultados práticos da sua actividade pastoral,
que incluem um grande aumento de vocações,
casamentos pela Igreja e baptizados naquela diocese.
Professores e alunos
protestam contra o
atraso na colocação
de docentes
Uma semana depois do pedido de desculpas
do ministro Nuno Crato, ainda há
professores em falta. Os pais começam a
ficar preocupados.
Precisamente uma semana depois de o ministro da
Educação ter pedido desculpa pelos erros nas listas de
colocações de professores, centenas de docentes, mas
também de alunos, foram esta quinta-feira até à porta
do ministério dizer que continua tudo na mesma.
Eram à partida iniciativas separadas, mas acabaram por
juntar-se no mesmo objectivo.
Os professores contratados exigiram soluções rápidas
para o impasse que se instalou, enquanto os alunos,
como os da Escola Secundária Artística António Arroio,
em Lisboa, pediam docentes para poderem trabalhar.
À Renascença, Joana Pratas, uma das alunas presentes
no protesto, diz que naquela escola faltam pelo menos
50 professores. "É uma vergonha porque estão sempre
a adiar e nunca há data de começo. Não percebemos o
porquê da falta de colocação na escola", disse a aluna
durante os protestos.
Também os directores das escolas estão descontentes,
já que ainda não receberam indicações do ministério.
"As escolas não têm a mais pequena noção porque, de
facto, uma semana depois não recebemos qualquer
informação do ministério ou da Direcção-geral do que
se estaria a passar. Por isso, estamos estoicamente à
espera que nos coloquem os professores em falta",
explicou à Renascença o presidente da Associação
Nacional de Dirigentes Escolares, Manuel Pereira.
No agrupamento escolar de Cinfães, diz Manuel
Pereira, ainda há 16 professores em falta, dos quais sete
são de educação especial. Mais sete técnicos estão
ainda por colocar, o que faz com que cerca de 60
alunos dos cursos vocacionais tenham aulas a 50%.
Decorridas já duas semanas de aulas, a falta de
professores começa a preocupar os pais, diz Adelino
Calado, director do agrupamento de escolas de
Carcavelos: "Começaram já as várias perguntas sobre
quando os professores são colocados, que medidas
que vamos ter para recuperar as aulas que não foram
dadas, enfim, estão a começar a ficar preocupados".
Neste agrupamento na zona da Grande Lisboa, faltam
13 professores.
Ainda esta semana, segundo apurou a Renascença,
poderá haver indicações da tutela relativas às
correcções das listas que deverão ser feitas por fases.
Incêndio em
habitação de Viana
do Castelo faz dois
feridos graves
A habitação "ficou quase totalmente
destruída", confirmaram os bombeiros.
Um homem e uma mulher ficaram feridos com
gravidade na sequência de um incêndio esta quintafeira numa habitação na freguesia de Chafé, em Viana
do Castelo, disse à Lusa fonte da protecção civil.
De acordo com fonte do Comando Distrital de
Operações de Socorro (CDOS) de Viana do Castelo o
incêndio que deflagrou cerca das 21h30 provocou
ainda uma terceira vítima, assistida no local por uma
viatura do INEM, desconhecendo-se seu estado de
saúde e identidade.
O homem, de 52 anos, residente na habitação situada
junto à Igreja de Chafé, freguesia da margem esquerda
do rio Lima, "sofreu "várias queimaduras" e foi
transferido para a Unidade de Queimados do hospital
de São João no Porto".
Já a mulher foi transferida para a Unidade Local de
Saúde do Alto Minho (ULSAM).
Segundo fonte dos Bombeiros Municipais, corporação
que coordenou as operações de combate às chamas, a
habitação, "ficou quase totalmente destruída".
Contactada pela Lusa, fonte do comando distrital da
GNR de Viana do Castelo afirmou serem
desconhecidas as causas do incêndio, "seguido de
uma explosão".
9
Sexta-feira, 26-09-2014
Detido homem na
sequência do
sequestro em Nelas
Um homem e uma mulher foram libertados
da casa onde estiveram sequestrados. A GNR
diz que não foi necessário o uso da força.
Um homem foi detido esta quinta-feira em Canas de
Senhorim, Nelas, depois de ter sequestrado um outro
homem, disse à agência Lusa uma fonte da GNR.
O porta-voz da GNR, Marco Cruz, disse à Lusa que não
foi preciso utilizar a força para libertar a pessoa
sequestrada do interior de uma residência e que "tudo
se resolveu da melhor forma".
O detido foi levado para as instalações da GNR de
Canas de Senhorim.
Uma mulher, que também estaria no interior desta
residência, em Lapa do Lobo, foi igualmente libertada,
embora, e ainda de acordo com a GNR, "tivesse
liberdade de movimentos dentro de casa".
Dezenas de pessoas estiveram concentrados durante a
tarde de quinta-feira nas imediações a casa em Lapa
do Lobo, Canas de Senhorim, concelho de Nelas.
Marco Cruz disse à Lusa que o sequestrador terá atraído
para sua casa um homem, com quem teria litígios
devido a dívidas. O alerta para o incidente foi dado por
um familiar do sequestrado, disse a mesma fonte da
GNR à Lusa.
"Operação Baco"
volta às estradas de
Lisboa sexta e sábado
GNR vai realizar centenas de acções de
fiscalização à condução sob influência de
álcool.
A GNR vai retomar em Lisboa na sexta-feira e no
sábado a “Operação Baco”, de fiscalização à condução
sob influência de álcool e de substâncias psicotrópicas
e combate à criminalidade.
Estão previstas 645 acções de fiscalização em “vias
onde as infracções por excesso de álcool são mais
frequentes e dão origem a um risco acrescido de
acidentes de viação, (sobretudo nos acessos a
estabelecimentos de diversão noturna) e existam dados
ou indícios da prática de ilícitos de natureza criminal",
lê-se em comunicado.
As acções vão envolver 1.715 militares da Unidade
Nacional de Trânsito, dos comandos territoriais e da
Unidade de Intervenção.
Desde o início de 2014, no âmbito da “Operação Baco”,
foram testados 779.496 condutores, dos quais mais de
18 mil conduziam com taxa de álcool superior ao
permitido por lei. Quase sete mil foram detidos por
conduzirem com taxa crime.
"Perante estes números, o combate à sinistralidade
rodoviária continua a ser uma prioridade estratégica da
GNR, estando planeadas diversas operações nacionais,
com empenhamento intensivo e simultâneo de meios
de modo a maximizar a capacidade de intervenção",
sublinhou a GNR.
Grupo Mello "viu-se
obrigado" a retirar
oferta pela Espírito
Santo Saúde
Salvador de Mello mantém interesse na
aquisição da Espírito Santo Saúde.
Foto: José Sena Goulão/Lusa
O Grupo Mello retira a oferta pública de aquisição (OPA)
sobre a Espírito Santo Saúde (ESS), mas que mantém a
determinação na aquisição da empresa.
"Perante as condições impostas pela Comissão do
Mercado e Valores Mobiliários (CMVM), a José de Mello
Saúde viu-se obrigada a sair desta operação mantendo
intacto o interesse na Espírito Santo Saúde", disse esta
quinta-feira o presidente da empresa.
Salvador de Mello defendeu, em conferência de
imprensa, que o regulador “não deveria registar a oferta
original” do grupo mexicano Ángeles, antes da decisão
da Autoridade da Concorrência.
"Não entendo a decisão da CMVM. Foi feito um registo
com prazos mínimos de mercado, o que praticamente
nunca aconteceu em Portugal", sublinhou.
O presidente da José de Mello Saúde assegurou ainda
que o grupo "mantém a determinação" na aquisição da
ES Saúde, sem "prescindir da autorização da Autoridade
da Concorrência".
Salvador de Mello não especificou como o pretende
fazer, indicando apenas que a "operação deve ser
transparente e de mercado" e que terá de se olhar para
"circunstâncias novas" que podem surgir na sextafeira.
"Somos o operador com mais condições para valorizar
o projecto da ES Saúde. O que o mercado vai fazer,
compete ao mercado decidir", respondeu Salvador de
10
Sexta-feira, 26-09-2014
Mello aos jornalistas, quando questionado sobre a
possibilidade de o mercado não aceitar a oferta dos
mexicanos da Ángeles.
O grupo mexicano oferece 4,50 euros por cada acção
sobre a ES Saúde. Também a Fidelidade está na corrida
à aquisição da empresa liderada por Isabel Vaz,
propondo pagar 4,72 euros por acção.
Por sua vez, a United Healthcare Group pretende
adquirir a participação de 51% detida pela Espírito Santo
Health Care Investiments no capital social da ES Saúde
por aquisição particular.
Demite-se comissão
de auditoria da
Espírito Santo
Financial Group
Não foram apresentadas as razões para estas
saídas.
A comissão de auditoria da Espírito Santo Financial
Group (ESFG) demitiu-se com efeitos imediatos. O
anúncio foi feito em comunicado, publicado esta
quinta-feira, mas não são apresentadas as razões para
estas saídas.
Além do presidente, Fernando Pereira Coutinho, e dos
dois administradores da comissão de auditoria, José
Ruivo da Pena e Luís Daün e Lorena, demitiram-se
também outros dois administradores.
Bernard Basecqz sai da administração do ESFG, onde
estava desde 2008. Num outro comunicado é
anunciada a saída de Philippe Guiral, na administração
desde 2000. Era também administrador do BESI e
presidente do Banque Espírito Santo et de la Vénétie e
foi vice-presidente executivo do BES entre 1991 e 1999.
A sociedade do Grupo Espírito Santo, sediada no
Luxemburgo, está sob gestão controlada, um regime
idêntico ao da protecção de credores.
Bancos recebem
resultados
preliminares dos
testes de stress
O anúncio formal dos resultados dos testes
de stress deverá ser feito a 26 de Outubro.
Os bancos começam a receber informações sobre os
“testes de stress” já esta segunda-feira.
Arrancam na próxima semana as reuniões informais
do Banco Central Europeu (BCE) sobre os testes de
stress, aos 131 bancos da zona euro.
São "diálogos de supervisão", incluídos no processo de
análise, durante os quais as instituições recebem
informações parciais e preliminares sobre as
conclusões do BCE. O objectivo é que se preparem para
a eventual necessidade de um reforço de capital até ao
anúncio formal dos resultados.
Segundo a agência Reuters, que cita fontes próximas
do processo, os bancos estão a receber instruções para
que investiguem todos os rumores que circulem sobre
eventuais resultados. Sempre que se verifique que são
verdadeiros, a informação deve ser confirmada.
O anúncio formal dos resultados dos testes de stress
deverá ser feito a 26 de Outubro.
Associação de
reformados critica
governador do
Banco de Portugal
Em causa a defesa da pré-reforma dos
trabalhadores mais velhos.
A associação APRe! repudia as declarações do
governador do Banco de Portugal, em que propôs a
pré-reforma dos trabalhadores com mais idade,
alertando que as "reformas antecipadas oneram e
sobrecarregam" o orçamento da Segurança Social.
O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa,
defendeu na terça-feira a necessidade de encontrar
mecanismos de pré-reforma para trabalhadores com
"longas carreiras contributivas", que não se adaptaram
às novas condições de trabalho, com rendimentos e
níveis de produtividade decrescentes.
"Saberá o Dr. Carlos Costa que as 'reformas antecipadas'
oneram e sobrecarregam o orçamento da Segurança
Social? Que quanto mais forem os 'reformados
antecipadamente' maior é a despesa e menor a receita
contributiva", questiona a Associação de Aposentados,
Pensionistas e Reformados em comunicado enviado à
agência Lusa.
A associação cita no comunicado declarações do
Governador do Banco de Portugal, em que
"aconselhou" que deveriam ser alargadas as reformas
antecipadas, possibilitando que os "grisalhos"
abandonassem mais cedo o mercado de trabalho
porque se refugiam nas "baixas" dos Centros de Saúde
e impedem de dar o lugar aos mais novos.
"Não deveria o Dr. Carlos Costa remeter-se ao exercício
exclusivo das suas funções de Governador do Banco de
Portugal? E exercê-las em pleno? Ou será que quer
'reforma antecipada'? Para que se mete em assuntos
que não lhe dizem respeito", questiona ainda a
associação.
No comunicado, a associação critica também o
Governo por ter "cedido à pressão das entidades
patronais" para fazer aprovar na concertação social o
novo salário mínimo para 505 euros, "reduzindo-lhes a
contribuição mensal da TSU em 0,75% sobre toda a
massa salarial declarada".
"Estamos em presença de mais um duro 'golpe' na
receita da Segurança Social e de mais um 'álibi' para se
iniciarem novas desculpas dos 'maus pagadores' e da
alegada falta de meios para respeitar o que deveria
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Sexta-feira, 26-09-2014
ser a 'honradez' do Estado 'pessoa de bem'", sublinha.
A APRe! manifesta "o seu repúdio por estes dois
acontecimentos" e garante que irá defender as pensões
e lutar "por todos os meios para que os fundos da
Segurança Social sejam reforçados e nunca
‘esvaziados' por medidas políticas desta natureza".
Lamenta ainda que a política esteja a ser baseada em
cortes, quando "deveria ser norteada por reforços e
alternativas de financiamento da Segurança Social"
para "manter-se sustentável" e "honrar os
compromissos assumidos com os reformados e
pensionistas".
humana e o outro contra aqueles que desrespeitam e
são verdadeiramente criminosos e assassinos".
Para o ministro português, "a questão mais importante
do combate ao terrorismo, e especificamente ao
terrorismo do Estado Islâmico, é conquistar os espíritos
para a condenação das acções terroristas e desse
projecto imperialista - que é utópico mas comete
muitos crimes e cria situações dramáticas em muitos
países - de tentar reconstituir um califado, isto é, uma
união do poder político e do poder religioso opressiva
das pessoas e que não olha a meios para atingir os seus
fins".
Machete defende que
líderes religiosos
devem ajudar a
combater
extremismo
FBI identifica
assassino dos
jornalistas na Síria
Governante português diz que é “muito
importante ter a colaboração dos países
muçulmanos e dos muçulmanos em geral”
no combate ao Estado Islâmico.
O director do FBI, James Comey, confirma que foi
identificado o assassino dos dois jornalistas norteamericanos decapitados na Síria.
O homem, que fala com sotaque inglês nos vídeos das
decapitações, é conhecido como “Jihadi John”. O FBI
não divulga, para já, publicamente o nome deste
suspeito.
O embaixador britânico nos Estados Unidos, Peter
Westmacott, já tinha dito no mês passado que a
identificação estava próxima. Estava a ser usada
“tecnologia sofisticada, incluindo software de
reconhecimento de voz”.
Os jihadistas do Estado Islâmico decapitaram James
Foley e Steven Sotloff, dois jornalistas norteamericanos, e ainda o britânico David Haines.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete,
defendeu que o combate ao extremismo de grupos
como o Estado Islâmico deve ser feito com a
cooperação dos países islâmicos e dos respectivos
líderes religiosos.
"É muito importante ter a colaboração dos países
muçulmanos e dos muçulmanos em geral, das
autoridades religiosas, para desautorizar, para as
pessoas perceberem que esta acção do Estado Islâmico
é profundamente ilegítima mesmo numa perspectiva
religiosa", disse Rui Machete numa entrevista
concedida à Rádio ONU em Nova Iorque, onde
participa na 69ª sessão anual da Assembleia-Geral das
Nações Unidas, que decorre até 30 de Setembro.
O chefe da diplomacia portuguesa considera que é
necessário os países islâmicos procederem a essa
desautorização "sobretudo através das lideranças
religiosas", para que ela "não apareça como uma
espécie de movimento do Ocidente contra o Oriente".
Trata-se, frisou, de "um movimento dos povos
civilizados e das pessoas que respeitam a dignidade
Nome não foi divulgado. Homem com
sotaque britânico decapitou dois jornalistas
norte-americanos e um cidadão britânico.
Estado Islâmico
planeava atacar
metropolitanos de
Paris e EUA
O alerta foi dado pelo primeiro-ministro
iraquiano. Os Estados Unidos dizem não ter
conhecimento da ameaça.
O Estado Islâmico planeava atacar os metropolitanos
de Paris e dos Estados Unidos, disse esta quinta-feira o
primeiro-ministro iraquiano.
Haider al-Abadi avançou aos jornalistas que o plano
terá sido descoberto pelos serviços secretos do seu
país, que a informação era “credível” e de que os
Estados Unidos já foram avisados.
Em acusa estarão membros estrangeiros do Estado
Islâmico que planeavam um “ataque iminente”.
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Sexta-feira, 26-09-2014
Em acusa estarão membros estrangeiros do Estado
Islâmico que planeavam um “ataque iminente”.
Oficiais do Ministério da Defesa norte-americano
disseram, contudo, que não tinham quaisquer provas
de que os jihadistas estivessem de facto a planear um
ataque às estações de metro daquele país.
Anteriormente os Estados Unidos já receberam várias
ameaças semelhantes, mas não há informação recente
sobre um plano iminente pelo Estado Islâmico.
Estado Islâmico
treina crianças para
atentados suicidas,
diz testemunha
A informação surge na edição "online" do
jornal inglês “The Telegraph” e parte de um
residente da cidade de Raqqa
Foto: DR
O Estado Islâmico opera campos de treino especiais
para crianças e jovens com menos de 16 anos, onde
lhes ensina a manusear armas, a matar e a torturar
presos e a fazer atentados suicidas.
A informação surge na edição "online" do jornal inglês
“The Telegraph” e parte de um residente da cidade de
Raqqa, um activista que se identifica como Ibrahim alRaqqawi e que é apoiante da oposição ao regime, mas
opositor ao Estado Islâmico.
Raqqawi diz que se calcula que há cerca de 200 a 300
crianças no campo, que se apresenta como se fosse
“uma espécie de associação de escuteiros”.
Alguns dos membros do campo são filhos de
combatentes estrangeiros que viajaram para a Síria
com as suas famílias, mas nalguns casos as crianças
são levadas sem o consentimento dos pais, noutros é
dito aos pais que os jovens apenas vão aprender sobre
o Islão e ler o Alcorão.
Mas a realidade do que se passa no campo é bem
diferente, insiste Raqqawi. Além de aprenderem a
manusear material de guerra e instruídos segundo a
doutrina extremista do grupo, as crianças recebem
uma prova final antes de se “formarem”, sendo
obrigadas a torturar ou a matar um preso do Estado
Islâmico.
O testemunho de Al-Raqqawi não pode ser confirmada
no terreno, uma vez que a cidade de Raqqa está nas
mãos do Estado Islâmico, mas é sustentado por
fotografias e vídeos, alguns postados por militantes do
EI, de crianças com armas e em exercícios militares.
A notícia surge dias depois de os Estados Unidos e
aliados árabes terem começado a atacar o Estado
Islâmico com raides aéreos em Raqqa e noutros
pontos. Na madrugada desta quinta-feira, pelo menos
14 militantes foram mortos em mais um
bombardeamento, segundo o Observatório Sírio dos
Direitos Humanos.
ESTADOS UNIDOS
Chefe da polícia de
Ferguson pede
desculpa a família de
vítima
Michael Brown foi assassinado em Agosto
por um agente e o seu corpo esteve mais de
quatro horas na rua.
O chefe da polícia de Ferguson, Tom Jackson, gravou
um vídeo onde pediu desculpa à família de Michael
Brown, um jovem assassinado por um agente.
Tom Jackson reconheceu que o corpo do rapaz de 18
anos ficou demasiado tempo na rua antes de ser
retirado pelas autoridades.
A mensagem, divulgada por uma agência de relações
públicas, foi tornada pública no mesmo dia em que os
pais de Michael Brown estiveram em Washington com
líderes dos direitos civis nos Estados Unidos.
Michael Brown foi morto a 9 de Agosto depois de um
incidente ainda não devidamente explicado com o
agente Darren Wilson. O corpo ficou na rua por mais de
quatro horas.
Este caso fez levantar uma série de protestos, alguns
violentos, na cidade que duraram várias semanas e só
terminaram a pedido da família da vítima.
No vídeo o chefe da polícia também pediu desculpa
aos manifestantes pacíficos que tenham sentido a sua
liberdade violada pela resposta das autoridades às
manifestações violentas.
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Sexta-feira, 26-09-2014
Baixa confirmada na
Administração
Obama
Eric Holder vai deixar de ser o ProcuradorGeral dos Estados Unidos.
realizava trabalho missionário num hospital da Libéria.
Foi transferido de avião para os Estados Unidos. No
Centro Médico do Nebrasca foi tratado com o fármaco
experimental TKM-Ebola e também recebeu um “soro
de convalescença”, produzido a partir de anticorpos
extraídos de um sobrevivente do ébola, o médico
missionário Kent Brantly.
O surto de ébola começou na Guiné Conacri e
propagou-se à Serra Leoa, Libéria, Nigéria e Senegal.
Em seis meses morreram quase três mil pessoas.
Ébola mata sacerdote
espanhol
Padre García Viejo, que tinha contraído a
doença na Serra Leoa, estava internado
desde domingo em Madrid.
Foto: Shawn Thew/EPA
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama,
anunciou a resignação do Procurador-Geral Eric
Holder.
Em conferência de imprensa, Obama adiantou ainda
que Holder vai manter-se no cargo até à confirmação
do sucessor.
Não foram avançadas as razões para a saída de Holder
deste importante cargo na administração Obama.
Eric Holder, um aliado próximo de Barack Obama, foi o
primeiro negro a ocupar o cargo de Procurador-Geral
dos Estados Unidos.
Com a saída de Holder, são apenas dois os ministros
que se mantêm no cargo original desde o início da
Administração Obama há seis anos: Arne Duncan
(Educação) e Tom Vilsack (Agricultura). Também Shaun
Donovan está desde o início no Governo do Presidente,
mas mudou de pasta.
Médico americano
livre do ébola
Rick Sacra contraiu a doença na Libéria e foi
tratado nos Estados Unidos com um um
fármaco experimental.
Um médico norte-americano, que tinha contraído
ébola na Libéria, foi declarado livre do vírus depois de
ter sido submetido a um tratamento com um fármaco
experimental.
“Fui declarado livre e a salvo do vírus. Graças a Deus.
Amo-vos a todos”, anunciou Rick Sacra, de 51 anos, em
conferência de imprensa realizada esta quinta-feira no
Centro Médico do Nebrasca.
Os médicos que trataram Rick Sacra confirmaram que
o vírus do ébola não foi detectado em duas análises ao
sangue realizados com 24 horas de diferença.
O obstetra norte-americano contraiu a doença quando
O segundo cidadão espanhol a ser infectado com o
vírus do ébola morreu esta quinta-feira, num hospital
de Madrid.
O padre García Viejo, de 70 anos, contraiu a doença na
Serra Leoa e tinha sido transferido no domingo para
Espanha.
O médico e missionário trabalhava há 12 anos naquele
país africano, onde dirigia um hospital na cidade de
Lunsar.
García Viejo não foi tratado com o Z-Mapp, um
medicamento ainda em fase de testes, uma vez que se
encontra esgotado.
Trata-se do segundo cidadão espanhol a morrer com
ébola. O primeiro foi o sacerdote Miguel Pajares, que
contraiu a doença na Libéria e faleceu a 12 de Agosto,
em Madrid.
O actual surto de ébola começou na Guiné Conacri e
propagou-se à Serra Leoa, Libéria, Nigéria e Senegal.
Em seis meses morreram quase três mil pessoas.
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Sexta-feira, 26-09-2014
Xanana Gusmão
critica ONU e pede
agenda de
desenvolvimento
transformadora
Para responder aos desafios mundiais, é
preciso uma organização mais "operante,
mais activa e menos estereotipada",
considera o timorense.
Para o chefe do Governo timorense, a ONU tem de
trabalhar em cooperação estreita com as outras
organizações, sobretudo, regionais e actuar com
"profundo respeito pela soberania de cada Estado e
pelas suas idiossincrasias".
"Todas as acções levadas a cabo têm sido apenas uma
continuidade de medidas exercidas que na maioria dos
casos não produziram resultados muito positivos",
afirmou.
BRASIL
Rousseff e Marina
Silva quase
empatadas
Eleições presidenciais brasileiras estão
marcadas para 5 de Outubro.
Xanana Gusmão
O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão,
teceu críticas à "prática incorrecta" das organizações
internacionais de medir o mundo e pediu uma agenda
de desenvolvimento "verdadeiramente
transformadora".
O histórico líder timorense falava num discurso
proferido na 69ª Assembleia-Geral da ONU, em Nova
Iorque.
"Vamos entrar no ano de 2015, sabendo que 2,2 mil
milhões de pessoas do mundo estão já ou vão entrar na
faixa da extrema pobreza sem sequer conhecer o que
são os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio",
afirmou Xanana Gusmão.
"É, portanto, para nós aqui presentes uma oportunidade
histórica para partilharmos as nossas reflexões sobre
os imensos desafios que temos pela frente de forma a
delinearmos uma agenda verdadeiramente
transformadora onde nenhum país fique para trás",
disse Xanana Gusmão.
No discurso, o primeiro-ministro timorense chamou
também a atenção para o que considerou a "prática
incorrecta das organizações internacionais de medir o
mundo", colocando no "mesmo saco" os 193 países
membros da ONU.
"Esses índices da economia de desenvolvimento
estabelecem escalas de valores não só injustas, como
desmotivadoras para a maioria dos países
subdesenvolvidos", alertou o primeiro-ministro
timorense.
Xanana Gusmão deixou também críticas às Nações
Unidas, afirmando que para responder aos desafios
mundiais é preciso uma organização mais "operante,
mais activa e menos estereotipada".
A Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e a principal
opositora nas eleições brasileiras de 5 de Outubro estão
praticamente empatadas na última sondagem
conhecida.
Segundo o estudo da “Vox Populi”, Rousseff consegue
42% das intenções de voto, contra 41% da candidata do
Partido Socialista Brasileiro. A diferença está dentro da
margem de erro.
A anterior sondagem da Vox Populi, apresentada pela
TV Record, dava sete pontos de vantagem a Rousseff
em relação a Marina Silva, na terça-feira passada.
Se nenhum dos candidatos tiver maioria absoluta nas
eleições de 5 de Outubro, uma segunda volta realiza-se
dia 26 entre os dois primeiros classificados.
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Sexta-feira, 26-09-2014
Cruzeiro salva
centenas de
migrantes no
Mediterrâneo
Marte: "A vista é
bonita cá de cima"
A sonda indiana MoM já chegou à atmosfera
de Marte e fotografou de perto o planeta
vermelho.
Grupo de 345 pessoas foi resgatado ao largo
de Chipre.
Investigadores do ISRO celebram o sucesso da missão. Foto:
Jagadeesh NV/ EPA
Foto: Ministério da Defesa de Chipre
Centenas de migrantes, a maioria mulheres e crianças,
foram resgatados por um navio de cruzeiro, esta
quinta-feira, no Mediterrâneo.
Cerca de 345 pessoas estavam a bordo de uma
embarcação que ficou em dificuldades devido ao
estado alteroso do mar e vento forte, a cerca de 90
quilómetros da ilha de Chipre.
O barco enviou um pedido de ajuda esta quinta-feira
de manhã e o navio de cruzeiro “Salamis Philoxenia”
dirigiu-se para o local para garantir a primeira
assistência.
"Foi uma operação muito difícil", declarou à imprensa
cipriota Kikis Vasiliou, director da empresa Salamis
Cruises.
Todos os migrantes, que se acredita serem refugiados
sírios a tentar chegar à Europa, foram resgatados.
Em terra, as autoridades de Chipre colocaram em
marcha um plano para receber este grupo de 345
pessoas, incuindo 52 crianças.
De acordo com o ministro cipriota da Defesa, estão
todos bem de saúde.
Sorria, Marte, está a ser fotografado. A sonda indiana
MoM já chegou à atmosfera marciana e não conseguiu
deixar para si mesma as incríveis imagens do planeta
vermelho.
O aparelho desenvolvido pela “NASA indiana” enviou
esta quinta-feira as suas primeiras fotografias de Marte,
publicadas na página da agência espacial.
1st image of Mars, from a height of 7300 km; with
376m spatial resolution. MT @MarsOrbiter The view is
nice up here. pic.twitter.com/RbqmnSyyFp
— ISRO (@isro) September 25, 2014Na imagem
consegue ver-se com clareza a superfície alaranjada
com manchas negras, cheia de crateras. A fotografia
foi tirada a 7.300 quilómetros de altitude.
A câmara vai também fazer fotos das duas luas de
Marte e irá enviá-las para o nosso centro espacial”,
acrescentou a responsável científica da agência, V.
Koteswara Rao, reforçando o orgulho da Índia em ser o
primeiro país da Ásia a chegar ao planeta vermelho.
A sonda indiana, também chamada de Mangalyaan,
entrou em órbita depois de uma viagem de 10 meses.
Pode continuar a acompanhar a viagem de
Mangalyaan através do Facebook oficial da missão,
onde se pode ler: “Aperte o seu cinto de segurança e
prepara-se para se aventurar pelas fronteiras
desconhecidas da influência marciana”.
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Sexta-feira, 26-09-2014
"SPLENDOR ET GLORIA"
"Jóias da coroa" da
arte sacra
portuguesa juntas
em Lisboa
As custódias da Bemposta e da Sé Patriarcal,
os resplendores do Santo Cristo dos Milagres
e do Senhor dos Passos e o medalhão das três
ordens militares da coroa portuguesa estão
juntas no Museu Nacional de Arte Antiga.
Peça de 1790. Ouro, prata, diamantes, rubis, esmeraldas, granada
Por Maria João Costa
Cinco jóias do património religioso português do
século XVIII podem ser vistas, a partir desta quintafeira, no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), em
Lisboa.
A exposição "Splendor et Gloria" é uma oportunidade
única de apreciar obras que nunca antes foram
expostas em conjunto.
Na pequena sala quadrada do tecto pintado do MNAA,
o brilho das cinco jóias da ourivesaria portuguesa
setecentista ilumina as paredes pretas da exposição
"Splendor et Gloria" coloca, pela primeira vez, lado a
lado as custódias da Bemposta e da Sé Patriarcal de
Lisboa, os resplendores do Senhor Jesus dos Passos e
do Senhor do Santo Cristo dos Milagres dos Açores e o
medalhão das três ordens militares da coroa
portuguesa.
"'Esplendor' é a palavra que se aplica a estas cinco jóias.
Elas são do melhor que se produziu em Portugal,
qualquer uma delas. Por isso, só o conjunto das cinco é
que se podia aproximar, não há nada que se aproxime.
Todas elas são únicas, extraordinárias”, explica Anísio
Franco, um dos comissários da exposição.
A mostra pode ser visitada até 4 de Janeiro.
No Museu do
Oriente, há uma ilha
de Gambozinos…
Espectáculo serve para angariar fundos para
as actividades de um movimento ligado aos
jovens que promove a “superação da
diferença” entre jovens de meios diferentes.
Por Filipe d’Avillez
O Museu do Oriente, em Lisboa, será palco, no
domingo, de um musical com fins solidários. "A Ilha" é
produzido e promovido pelos Gambozinos, uma
associação sem fins lucrativos ligada aos jesuítas.
Miguel da Câmara Machado, um dos organizadores,
explica à Renascença quem são estes “gambozinos”
bem reais: “Os Gambozinos são uma associação
católica de jovens ligados à Companhia de Jesus, que
junta miúdos de realidades socio-culturais muito
diferentes. Começou por ser um programa de campos
de férias para jovens dos dez aos 17 anos e junta
pessoas de Lisboa, Porto e Coimbra, mas também
miúdos de bairros sociais, do Pragal, Peniche e Braga.”
Ao longo dos anos, o movimento foi alargando a sua
actividade: “Cresceu de ser uma associação de campos
de férias para uma associação que ajuda as famílias
nestes bairros, dá explicações e tem uma série de
actividades ao longo do ano de apoio a estes jovens e
crianças necessitados, e ao mesmo tempo de
superação da diferença. Os Gambozinos são uma
associação que começa por fazer conviver a diferença
desde muito pequenos e que tem tido resultados muito
bons ao longo dos últimos anos”.
O espectáculo “A Ilha” serve, precisamente, para
angariar fundos para financiar estas actividades. “É um
projecto que começou a ser falado ao longo do ano,
quer pelos campos de férias estimularem imenso a
criatividade e puxarem talentos muito diferentes das
pessoas envolvidas, quer por se estar a pensar numa
forma de angariar fundos de maneira diferente",
explica.
“Com base nestes talentos reuniram-se estas pessoas e
começou-se a preparar um espectáculo com música,
história e coreografias originais, que ao mesmo tempo
fosse uma história para todas as idades e que
transmitisse um bocado este espírito do que é ser
gambozino", acrecenta Miguel da Câmara Machado.
O resultado pode ser visto por todos, dos mais novos
aos mais velhos, no Museu do Oriente, no domingo, às
16h30 ou às 21h30. Os bilhetes estão à venda no
próprio museu, na Ticketline e nas lojas da FNAC. O
valor é 12 euros, mas é possível adquirir um "pack" de
família por 50 euros.
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Sexta-feira, 26-09-2014
Siza Vieira
distinguido por
projecto na
Alemanha
Bruno de Carvalho
diz que absolvição de
Pinto da Costa "é
uma vergonha"
Arquitecto português impressionou júri dos
Fritz Hoger Awards com o "uso soberano do
tijolo" no Museu Hombroich.
O presidente do Sporting não se conforma
com a decisão do Conselho de Disciplina e
observa que o futebol português caiu em
descrédito.
O arquitecto português Álvaro Siza Vieira foi
distinguido com o prémio máximo do Fritz Hoger
Awards 2014 por excelência em arquitectura construída
a partir de tijolos, com o seu projecto do Museu
Hombroich, na Alemanha.
O imóvel construído sob projecto do arquitecto prémio
Pritzker 1992, que fica em Raketenstation, Hombroich,
Neuss, na Alemanha, tem as paredes revestidas com o
mesmo tipo de tijolo dos edifícios existentes na
fundação Hombroich.
Na sua declaração, o júri do prémio referiu que este
pavilhão do Siza "exemplifica o uso soberano do tijolo
na sua forma simples" no meio da paisagem alemã
onde está inserido.
Foram ainda distinguidos projectos nas categorias
ouro, prata e menção especial.
Foram submetidos a concurso mais de 500 trabalhos,
de 70 candidatos, uma verdadeira amostra "transversal
de arquitectura internacional".
O Fritz Hoger Awards, que é atribuído de três em três
anos, vai na sua terceira edição.
Bruno de Carvalho critica duramente a decisão de ilibar
Pinto da Costa de todas as acusações decorrentes do
caso "Apito Dourado". Através da Sporting TV, o
presidente leonino sublinhou que "é uma vergonha
para o futebol português".
"Todos percebemos o que se passou, porque as escutas
são claras. Houve um decisão técnica de não legalizar
as escutas, não tem nada a ver com o que se passou,
porque as coisas aconteceram", argumentou.
O dirigente acrescentou que "o futebol perde a sua
credibilidade". "Só em Portugal é que damos a imagem
de que vale tudo", continuou. Revoltado com a
absolvição de Pinto da Costa, Bruno de Carvalho
sublinhou que "o Sporting vai continuar a lutar pela
verdade desportiva e pela mudança de
regulamentação".
Reforçando que não pode admirar "uma pessoa que fez
tudo isto para alcançar o sucesso", o presidente leonino
ironizou, referindo que Pinto da Costa ainda poderá ser
indemnizado: "Vamos ver se este senhor não tem a
veleidade de pedir uma indemnização. Se calhar como
juros dessa indeminização, os campeonatos que não
ganhou passam para eles. É um momento muito triste
para o futebol".
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Sexta-feira, 26-09-2014
Sporting
responsabiliza
Godinho Lopes pela
investigação da
UEFA
SPORTING
Jefferson convocado
Defesa brasileiro já cumpriu castigo de um
jogo e está de regresso aos convocados
leoninos, para o desafio com o FC Porto.
A direcção presidida por Bruno de Carvalho
não está surpreendida com o processo e
compromete-se a trabalhar em conjunto
com a UEFA para cumprir com as normas do
"fair play" financeiro.
A SAD do Sporting não foi apanhada de surpresa pela
notícia de que a Comissão de Controlo Financeiro de
Clubes da UEFA está a investigar o clube português
pelo desrespeito das normas do "fair play" financeiro,
apresentando prejuízos nas épocas 2011/12 e 2012/13
acima dos limites permitidos.
Em comunicado, a direcção actual responsabiliza a
administração presidida por Godinho Lopes pela
instauração deste processo, que pode resultar em
penalizaçoes para os leões.
"A actual Administração da Sporting SAD, desde a
primeira hora do seu mandato, tomou conta com
responsabilidade desta realidade e desde logo adoptou
um conjunto de medidas rigorosas para inflectir a
difícil situação encontrada e poder vir a cumprir todos
os requisitos necessários ao 'fair play' financeiro", pode
ler-se na mensagem publicada no site.
O Sporting apresenta disponibilidade e vontade de
colaborar na investigação, "respondendo às
solicitações que lhe forem colocadas". A SAD leonina
reforça que não foi surpreendida com as notícias desta
quinta-feira, concluindo que o "tema não é novo, é
apenas mais um dos problema graves e complexos"
com que se debate diariamente.
Leia o comunicado na íntegra
Jefferson, que cumpriu castigo de um jogo de
suspensão em Barcelos, está de regresso aos eleitos de
Marco Silva. A entrada do lateral esquerdo é a grande
novidade na lista de convocados para o clássico com o
FC Porto.
Subsiste a dúvida se o brasileiro regressará
directamente para o onze, tendo em conta a boa
exibição do argentino Jonathan Silva diante do Gil
Vicente.
Marco Silva chamou 21 jogadores para o desafio que se
disputa esta sexta-feira, em Alvalade, a partir das
20h30. Jogo com relato na Renascença e
acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt.
Lista de convocados
Guarda-redes: Rui Patrício e Marcelo Boeck;
Defesas: Cédric, Ricardo Esgaio, Maurício, Naby Sarr,
Paulo Oliveira, Jefferson e Jonathan Silva;
Médios: William Carvalho, Oriol Rosell, Adrien, João
Mário e André Martins;
Avançados: Carrillo, Carlos Mané, Nani, Capel,
Montero, Slimani e Tanaka.
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Sexta-feira, 26-09-2014
FC PORTO
RIBEIRO CRISTÓVÃO
Óliver, Alex Sandro e
Reyes nos "18" para
Alvalade
Venha o clássico!
José Ángel, Quintero (os dois por opção
técnica) e Maicon (devido a castigo) ficaram
de fora da convocatória.
Alex Sandro, Reyes e Óliver Torres foram chamados
para o jogo com o Sporting.
Julen Lopetegui promoveu três entradas na lista de 18
convocados para o clássico. Já José Ángel, Quintero
(os dois por opção técnica) e Maicon (devido a castigo)
ficaram de fora.
Apenas o guarda-redes brasileiro Hélton figura no
boletim médico do FC Porto, realizando treino
condicionado e trabalho de ginásio.
Convocados
Guarda-redes: Fabiano e Andrés Fernández;
Defesas: Danilo, Martins Indi, Marcano, Reyes e Alex
Sandro;
Médios: Casemiro, Rúben Neves, Evandro, Herrera e
Brahimi;
Avançados: Quaresma, Óliver Torres, Tello, Adrián,
Jackson e Aboubakar.
Só logo à noite se ficará a saber se Lopetegui
vai continuar a ser olhado com alguma
desconfiança por alguns adeptos portistas,
ou se, ao contrário, Marco Silva se manterá
sem convencer uma boa parte da família
leonina.
Sporting e Futebol Clube do Porto iniciam hoje uma
jornada muito temporã deste Campeonato, disputando
um jogo a que não pode ser negada importância mas
que, em boa verdade, pouca influência poderá vir a ter
na decisão final. Ou seja, só quando estiverem
cumpridas as 34 jornadas do calendário, se saberá se o
confronto desta noite, em Alvalade, ajudou muito às
contas finais.
Nada disto retira no entanto uma enorme dose de
emoção a um jogo que liga todos os portugueses à
corrente, sejam ou não adeptos de leões ou dragões.
As diferenças pontuais na tabela nem sequer são muito
relevantes, dado que restam espaços suficientes para
rectificar erros eventualmente cometidos no jogo da
capital.
Na análise sempre obrigatória antes de desafios como
este, há contrastes que convém não desprezar:
enquanto os portistas vêm de dois empates
consecutivos com apenas um golo marcado, de
penalty, em Guimarães, os leões emendaram em
Barcelos um percurso sinuoso que parecia querer
conduzir a equipa para o abismo.
A tradição, ainda que favorável ao Sporting, também
não deve ser levada muito a sério como, em futebol, se
recomenda em todas as circunstâncias. É, por isso,
caso para perguntar: que jogo e que resultado, vamos
ter esta noite?
É essa dúvida que vai prolongar-se ainda durante
muitas horas. Só logo à noite se ficará a saber se
Lopetegui vai continuar a ser olhado com alguma
desconfiança por alguns adeptos portistas, ou se, ao
contrário, Marco Silva se manterá sem convencer uma
boa parte da família leonina.
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Sexta-feira, 26-09-2014
REVISTA DA IMPRENSA DESPORTIVA
O clássico e Paulo
Bento zangado
2009, Evans coloca um ponto final num percurso de 13
anos ao mais alto nível no ciclismo de estrada. O
corredor australiano passará a ser embaixador da BMC,
marca de bicicletas suíça que patrocina a BMC Racing
Tema, que o ciclista representa desde 2010.
"Sinto que é o momento certo para terminar a minha
jornada competitiva como ciclista profissional", disse
Evans, em conferência de imprensa.
"Ultra Four Racing"
quebra sossego de
Vimioso
O Sporting-FC Porto continua a dominar manchetes.
"Nervos à flor da relva" é o título do Record, que destaca
o facto de as duas equipas estarem "proibidas" de
perder.
A Bola destaca a estreia dos dois treinadores - Marco
Silva e Julen Lopetegui - neste tipo de duelo e escreve
"Novos clássicos".
O diário O Jogo fala em "Revolução doas artistas",
destacando Brahimi e Nani, duas das estrelas em
campo.
De volta ao Record, destaque para Paulo Bento, que
reage às mais recentes declarações do presidente da
FPF. "Não me ponham na boca aquilo que eu não
disse", é a afirmação em destaque.
Cadel Evans encosta
a bicicleta
O australiano, vencedor do Tour em 2011,
será embaixador da BMC a partir do próximo
ano.
Cadel Evans anunciou, esta quinta-feira, que vai
terminar a carreira de ciclista, aos 37 anos. O
australiano, que está em Ponferrada para participar nos
Mundiais de Estrada, irá correr a clássica da Lombardia,
a 5 de Outubro, e em 2015 alinhará na primeira edição
da Cadel Evans Great Ocean Road Race.
Vencedor do Tour em 2011 e campeão do mundo em
É a última prova do campeonato europeu. O
vencedor vai competir nos Estados Unidos,
em Fevereiro de 2015. A prova portuguesa é
considerada a mais dura a nível europeu.
Foto: DR
Por Olímpia Mairos
A vila de Vimioso, no distrito de Bragança, recebe pela
primeira vez, entre sexta-feira e sábado, a prova final
do campeonato europeu da "Ultra Four Racing", uma
competição de base norte-americana, que junta 33
equipas provenientes de dez países.
Os veículos envolvidos na prova apresentam motores
que podem chegar aos 550 cavalos de potência e têm
como componente principal a suspensão e um chassis
de modelo tubular que está a ser testado pelo exército
norte-americano, para a construção de veículos
destinados a forças especiais e de socorro.
"A prova portuguesa é a mais dura de todas as
realizadas a nível europeu", reconhece José Rui Santos,
director do King of Portugal, prevendo que, dos 33
carros em competição, só uma dezena chegue ao final.
Em jogo vão estar cerca de dez mil euros em prémios, a
distribuir por três categorias, escolhidas perante o grau
de dificuldade da competição. O vencedor de Vimioso
vai competir nos Estados Unidos em Fevereiro de 2015.
A competição é uma coorganização da autarquia de
Vimioso, que conta com apoio logístico do Moto Clube
"Os Furões".
"Esta prova cumpre dois objectivos traçados pelo
município que são: a promoção do concelho e a
dinamização da actividade económica local", refere
António Torrão, vice-presidente da autarquia. "Mesmo
em época de crise, esta iniciativa trás movimento
Sexta-feira, 26-09-2014
económico e social."
Circuito "mais exigente da competição"
A maioria dos concorrentes já se encontra em Vimioso
para a prova final do campeonato europeu da "Ultra
Four Racing". E no circuito internacional já é audível o
barulho dos motores. Os pilotos fazerem o
reconhecimento da pista com cerca de 150
quilómetros, ao mesmo tempo que se ultimam os testes
mecânicos e técnicos.
Juan Carlos Moraleda veio de Madrid e considera o
traçado do circuito "muito duro" e não tem dúvidas que
se trata do "mais exigente da competição".
"A pista tem muita rocha, que se vai desfazendo com a
passagem dos carros, o que o torna mais difícil
ultrapassar alguns obstáculos. Trata-se de um troço
muito duro e rápido, tornando-se muito complexo",
explica o piloto espanhol.
Da Póvoa de Varzim veio Alexandre Leal, que participa
na prova com um carro de classe UTV. "O meu carro
tem características diferentes das dos outros que estão
em competição. Vou ter de fazer uma gestão da corrida
de forma eficiente, para não correr riscos nem sofrer
percalços", diz.
Página1 é um jornal registado na ERC, sob o nº 125177. É
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Braga. O capital da empresa é detido pelo Patriarcado de Lisboa e
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Passos sob pressão no Parlamento