JORNAL DIÁRIO INSULAR | FUNDADO EM 1946 | Jornal Diário | Terceira - Açores | Ano LXIX | N.º 21623 | PREÇO 0,60 EUROS | DIRECTOR JOSÉ LOURENÇO | www.diarioinsular.com
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base das lajes
FaP Vs câmara da Praia
Um mecanismo na Lei do
A Força Aérea embargou
Orçamento da Defesa é
duas obras na Praia, por se
visto com maus olhos pela
encontrarem na zona de
Casa Branca. Tudo pode
servidão militar. A autar-
atrasar nas Lajes. [06]
quia critica a decisão. [08]
Obama pode
vetar lei
Embargo
contestado
fotografia esPaço talassa
DIÁRIO INSULAR
empresa mais antiga de whale watching nos açores vai deixar de mergulhar com a espécie
golfinhos sob pressão
[página 12]
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sáB | 10.10.15
|02| RegIãO
10.out.2015 DIÁRIO INSULAR
tânia Rocha, nutRicionista
Ora entãO diga lá... diga lá vOcê
O resultado da primeira reunião de
três horas entre a coligação PSD/
CDS-PP e o Partido Socialista foi o
esperado: NADA! As declarações
de ambos, no fim da ronda, são
de bradar aos céus: o líder do PS
lamenta-se depois de uma reunião
“inconclusiva” de que a coligação
não apresentou propostas concretas e o líder da coligação lamentase ao achar que deveria ser o PS
a apresentar as suas condições. E
pronto! Nova reunião agendada
para terça-feira, com Passos ainda a adiantar estar disponível para
fazer uma “adivinhação” das medidas que os socialistas desejam
ver aprovadas para garantir um
acordo. Poucos saberão o que se
discutiu durante três horas, mas
a julgar por estas declarações, o
mais provável é que tenha sido o
sexo dos anjos, para ganhar tempo. Do lado dos socialistas, para
reunirem à esquerda e pressionarem à direita; do lado da coligação,
ganhar tempo para desgastar a
improvável solução de um governo de esquerda e assim pressionar
os socialistas para se chegarem ao
centro. Haverá certamente implícitas muitas outras estratégias que
não cabem nestas linhas e todas
elas legítimas, têm é de despachar-se e quebrar com a tradição
lusa de tudo demorar, de deixar
as questões a marinar, para dar
aquele ar de tudo muito pensado,
negociações muito ponderadas,
conquistas de terreno pedregoso
a pulso, e minado a passo, como
se não soubéssemos que é pura
perda de tempo e que, se quisessem, tudo se passaria diferente e
muito mais simplesmente. Alguém
acredita que se tenham sentado
à mesa sem propostas na mão e
que se tivessem apenas discutido
a questão da iniciativa? Mas isto
é de gente que pretende chegar
a um acordo? Não é assim que se
conquistam os portugueses para a
participação cívica, nomeadamente a mandatar através do voto os
representantes que hão de negociar soluções para o país. Enquanto não derem sinais de empenhamento nas negociações que não se
podem arrastar indefinidamente,
significa que não querem acordo
e muito menos põem o interesse
do país à frente do interesse partidário. Obviamente que este estado
de coisas é um gozo para os comentadores que diariamente nos
brindam com cenários, onde tudo
vale e tudo vende.
Admiram-se depois que os portugueses tenham dos políticos uma
ideia quase indecorosa! São eles
próprios através destes comportamentos que dão o pau para as colheres e... colheres cheias de coisa
nenhuma.
frAnciscO mAdurO-diAs [10]
Água quente precisa-se
“Existe água quente subterrânea... nesta ilha...”
m. pAtrãO neves [10]
Entendam-se, o país está primeiro!
“O tempo não é de jogos, mas de consensos.”
nunO melO Alves [11]
Breve análise sobre os resultados eleitorais
“A vitória do PS nos Açores é relativa e curta.”
frAnciscO cOelhO [11]
Cavaco
“Ele continua a fazer das suas...”
Escola tem
papel fulcral
na alimentação
das crianças
A nutricionista Tânia Rocha fala ao DI sobre o facto de os Açores serem a região do país com mais
crianças com baixo peso e deixa conselhos aos pais
e às escolas.
Os AçOres sãO A regiãO dO pAís
cOm mAis criAnçAs cOm bAixO pesO,
segundO A AssOciAçãO pOrtuguesA
cOntrA A ObesidAde infAntil. Que
cAusAs vê pArA este fenómenO?
Os dados apresentados resultam
do estudo “Childhood Obesity
Surveillance Initiative (COSI)” que
monitoriza a obesidade infantil em
vários países europeus. Atualmente na terceira fase do COSI Portugal (2012/2013) os dados indicam
que nos Açores, de acordo com os
critérios da OMS, 24% das crianças (6 aos 8 anos) apresenta excesso de peso, 10% obesidade e 4%
baixo peso. O facto de se verificar
um aumento de crianças com baixo
peso na região é preocupante e este
fenómeno pode dever-se à situação
socioeconómica das famílias. Se
por um lado, muitas famílias passam por dificuldades económicas,
por outro, ainda existe falta de informação sobre escolhas alimentares saudáveis, que inevitavelmente
se reflete nos hábitos alimentares e
estado nutricional das crianças.
cOmO se pOde cOntOrná-lO?
Muito já tem sido feito. Por exemplo em 2009 a Presidência do Governo Regional criou um projeto
de Prevenção e Tratamento da
obesidade infantil na Região Autónoma dos Açores, criando equipas
multidisciplinares de intervenção,
onde garantiu a contratação de um
nutricionista em todas as Unidades
de Saúde da Região. Por outro lado,
e de acordo com o Plano Regional
de Saúde 2014-2016, a promoção
da alimentação saudável surge em
várias áreas de intervenção, como
na área da saúde infanto-juvenil e
promoção da saúde em contexto
RegIãO |03|
DIÁRIO INSULAR 10.out.2015
escolar. Ainda temos muito trabalho pela frente, é verdade, e um
novo desafio será prevenir o aparecimento de crianças com baixo
peso, para tal, deveremos repensar
nos apoios a estas famílias, bem
como apostar na sua educação alimentar, no sentido de conhecerem
os alimentos mais nutritivos e saudáveis, que não são necessariamente os mais caros. Por outro lado, a
escola tem um papel fulcral, uma
vez que é onde as crianças passam
uma grande parte do seu dia, sendo portanto aí que ingerem uma
parte substancial de alimentos.
Qual é a diferença entre uma criança magra e saudável e uma com Que
nos devemos preocupar?
Ainda existe muito a ideia que uma
criança mais magra é mais saudável e, pelo contrário uma criança
que está acima do peso não o é.
É preciso perceber que a deficiência nutricional pode ocorrer independente do peso, isto porque
essa deficiência acontece quando
se come muito ou se come pouco,
ocorrendo em ambos os casos um
desequilíbrio entre as necessidades energéticas e a ingestão dos
nutrientes. Por exemplo, existem
crianças geneticamente magras,
mesmo quando a alimentação é
feita de forma adequada. Por outro lado, o aumento de peso pode
resultar do sedentarismo e não
necessariamente do excesso de comida. Podemos então diferenciar
uma “criança magra saudável” de
uma “criança magra não saudável”,
ou seja, uma criança “magra saudável” é aquela que apesar de magra,
alimenta-se bem, tem uma alimentação saudável, pratica atividade
física, não tem problemas de saúde. Por outro lado, uma “criança
magra não saudável” é aquela que
mesmo magra, pode apresentar um
perfil metabólico alterado, como
alterações no perfil lipídico (colesterol, triglicerídeos,…), tensão arterial mais elevada, maus hábitos
especialmente no intervalo das refeições, o excesso de consumo de
sal e gordura, nomeadamente na
confeção das refeições, incentivar
que as crianças não fiquem mais
de três horas sem comer, evitando
Fruta deve ser grátis
em todas as escolas
alimentares e um estilo de vida sedentário. A preocupação passa por
garantir uma alimentação saudável
a todas as crianças.
Que conselhos deixa aos pais e encarregados de educação para Que
tenhamos crianças mais saudáveis?
De um modo geral passa por evitar
o excesso de consumo de açúcares,
períodos prolongados de jejum,
muitas vezes por imposição dos
horários dos adultos, incentivar a
toma do pequeno-almoço completo
e equilibrado, incluindo uma fonte
de lacticínios, farináceos (pão, bolachas, cereais,..) e fruta. Estabelecer regras e limites às crianças no
consumo de guloseimas, gelados,
batatas fritas, refrigerantes. Promover uma alimentação equilibrada, evitando o consumo excessivo
de proteínas (nutriente encontrado principalmente na carne, peixe
e ovos) e incentivando o consumo
de produtos hortícolas (legumes e
hortaliças) e fruta e incentivar as
crianças a praticar atividade física.
o Que gostava de ver acontecer nas
escolas?
É fundamental a promoção de uma
Alimentação Saudável nas escolas
e para tal seria importante, por
exemplo, regulamentar e monitorizar o funcionamento das cantinas
escolares, com o objetivo de garantir que seja oferecido as crianças
refeições equilibradas, saudáveis e
atrativas. Incentivar também a formação profissional dos cozinheiros
e auxiliares, para que adquiram
conhecimentos e técnicas sobre
alimentação saudável. Por outro
lado, gostaria que fosse distribuído fruta gratuitamente em todas
as escolas, à semelhança do que
já se verifica em algumas escolas a
nível nacional e regional (projeto
“Heróis da fruta”), com o objetivo
de sensibilizar os mais novos e respetivas famílias, para a importância de uma alimentação saudável e
promovendo o consumo de fruta.
Através desta medida poderíamos
também envolver os produtores
locais. Seria também importante
disponibilizar mais apoio nutricional nas escolas, a crianças com excesso peso e baixo peso, bem como
sessões de educação alimentar, de
caris mais prático, como ensinar
a leitura dos rótulos, a ida ao supermercado, escolhas alimentares
saudáveis, workshops de culinária
saudável… para as crianças e respetivas famílias.
|04| RegIãO
10.out.2015 DIÁRIO INSULAR
EmprEitada adjudicada por 400 mil Euros
décima Edição
Selagem da lixeira do Corvo
avança antes do final do ano
Angra Night Runners
na próxima quarta-feira
fotogrAfiA fernAndo ferreirA
A décima edição do evento Angra
Night Runners, organizado pela
Junta de Freguesia da Sé e pela Associação Prazer em Correr da Ilha
Terceira, decorre na próxima quarta-feira, a partir das 19h30, com
concentração na Praça Velha.
Está prevista uma caminhada de
cinco quilómetros e uma corrida de
cinco, oito e doze quilómetros. Os
percursos têm passagem pelo Monte Brasil.
Segundo a organização do evento, “tratando-se de uma atividade
noturna, a utilização de lanterna é
obrigatória e, por questões de segurança, também um colete ou roupa
refletora”.
EntrE 14 E 17 dEstE mês
Mercado de Artesanato
em Ponta Delgada
corVo Aterro de inertes vai dotar a ilha de condições para a deposição de resíduos de construção e demolição não perigosos
A selagem da lixeira do Corvo arranca até ao final do
ano. A empreitada vai custar 400 mil euros e tem um
prazo de execução de cerca de sete meses.
indispensável e que os atuais locais
de deposição sejam objeto de intervenções de selagem e recuperação
paisagística.
livro dE ramiro carrola
GrAciosA e Flores
A selagem da lixeira e a construção
de um aterro de inertes na ilha do
Corvo avança “antes do final deste
ano”, anunciou ontem o Governo
Regional.
A empreitada de selagem da lixeira e de construção de um aterro
de inertes no Corvo foi adjudicada
pelo Governo Regional à empresa
Tecnovia Açores, Sociedade de Empreitada S. A, por cerca de 400 mil
euros.
A obra, inscrita na Carta Regional
de Obras Públicas, tem um prazo
de execução de cerca de sete meses
e enquadra-se no Plano Estratégico
de Gestão de Resíduos dos Açores, tendo como principal objetivo
resolver os problemas ambientais
decorrentes da lixeira a céu aberto,
nomeadamente os impactes sobre
a qualidade do ar e das águas, na
saúde pública e na qualidade da
paisagem.
Aterro de inertes
Segundo o executivo açoriano, a
construção do aterro de inertes vai
dotar o Corvo das condições necessárias para a deposição dos resíduos de construção e demolição
produzidos na ilha, que atualmente
não dispõem de destino final adequado.
Este aterro destina-se apenas a depósito dos resíduos de construção e
demolição não perigosos e que não
podem ser reutilizados ou reciclados noutras obras.
As opções do Governo Regional em
matéria de gestão dos resíduos, com a construção e pleno funcionamento dos centros de processamento em sete das nove ilhas -, apontam
para que a deposição de resíduos
em aterro seja reduzida ao mínimo
A terceira edição deste ano do Mercado Urbano de Artesanato (MUA)
decorre em Ponta Delgada de 14 a 17
deste mês. O MUA, promovido pelo
Centro Regional de Apoio ao Artesanato, em parceria com a Associação
Anda & Fala, integra 10 espaços expositivo-comerciais a cargo de artesãos de áreas como as fibras vegetais,
as escamas de peixe, a bijuteria, as
queijadas da vila, o chá da Gorreana,
os acessórios de moda, os vimes em
papel, a tecelagem e a fotografia.
De acordo com o executivo açoriano, as empreitadas referentes à
selagem de aterros na Graciosa e
Flores estão em fase de conclusão,
seguindo-se agora a obra de selagem no Corvo.
No início de 2016 arranca a selagem do aterro de Santa Maria, já
adjudicada.
Também no próximo ano serão desencadeados os procedimentos para
abertura dos concursos das selagens
nas ilhas do Faial e São Jorge.
Até 2020, a Região pretende preparar para reutilização e reciclagem
pelo menos 50 por cento dos resíduos urbanos.
A ilha do Corvo, classificada como
Reserva da Biosfera pela Unesco
(Organização das Nações Unidas
para a Educação, Ciência e Cultura), é a mais pequena do arquipélago dos Açores e conta com cerca de
400 habitantes.
“A Calúnia - o milagre”
lançado em Angra
O livro “A Calúnia - o milagre”, da
autoria de Ramiro Carrola, é lançado na próxima segunda-feira, pelas
20h30, no Salão Nobre dos Paços do
Concelho de Angra do Heroísmo.
Luís Rafael Martins do Carmo, professor do Seminário Maior de Angra, será o orador convidado da sessão de lançamento do livro, editado
pela Chiado Editora.
DIÁRIO INSULAR 10.OUt.2015
pUbLIcIDADe |05|
|06| RegIãO
10.out.2015 DIÁRIO INSULAR
Lei do orçamento da defesa dos estados unidos da amÉriCa Para 2016
Possível veto de Barack Obama
pode atrasar reavaliação das Lajes
bASE DAS lAJES Lei aprovada pelo Senado volta a colocar hipótese da criação de centro de informações
Uma estratégia para contornar tetos orçamentais é
mal vista pela Casa Branca. Se a Lei do Orçamento
da Defesa for vetada, tudo fica atrasado nas Lajes.
roberto monteiro sobre eConomia indePendente das Lajes
Ilha não deve cruzar os braços
O presidente da Câmara Municipal
da Praia da Vitória, Roberto Monteiro, defende que a aprovação da Lei
do Orçamento da Defesa dos EUA
para 2016 pelo Senado é “uma etapa
ganha”, mas alerta para a necessidade da Terceira não “cruzar” os braços no esforço de construção de uma
economia para a ilha que não esteja
dependente da Base das Lajes.
“É mais uma pequena etapa ganha
em prol de um processo que desejamos que a curto, médio prazo venha a produzir os seus efeitos. No
entanto, tenho medo que as pessoas
da Terceira desarmem quanto à luta
que estão a travar para criar uma
nova economia, porque surgiram
perspetivas claramente positivas”,
reforçou o autarca.
Quanto à reavaliação das valências
da base, prevista na lei, Roberto
Monteiro avançou ter “fé e esperança de que seja caminhar no sentido
de uma solução”.
“No memorando de entendimento
resultante da última Bilateral ficou,
no seu ponto número cinco, a resolução de quer o governo português
como o americano trabalharem afincadamente no sentido de encontrarem novas soluções para a Base das
Lajes, orientadas para o século XXI.
Qualquer uma das propostas que estão em avaliação vão neste sentido”,
afirmou.
O presidente dos Estados Unidos
da América pode estar a prepararse para vetar a Lei do Orçamento da
Defesa para 2016 (National Defense
Authorization Act), o que atrasaria
o processo de reavaliação de valências para a Base das Lajes.
De acordo com os media norte-americanos, a aprovação da lei, quartafeira, no Senado, desafiou a ameaça
de veto de Barack Obama.
No centro da discórdia está um mecanismo incluído na lei que permite
contornar tetos orçamentais e adicionar mais 89,2 biliões de dólares
à despesa na área militar.
Em concreto, a medida a que a Casa
Branca se opõe transfere biliões de
dólares para uma categoria pensada
para emergências militares, deixando o Departamento da Defesa introduzir esses custos no défice.
O senador democrata Jack Reed,
da comissão das Forças Armadas
do Senado dos EUA, considerou já
que esta lei pretende ignorar o verdadeiro propósito dessa categoria e
tratá-la como um “estratégia orçamental” para contornar os limites
de financiamento.
“Porque estão os democratas a
opor-se a uma lei que autoriza o financiamento de que as nossas tropas precisam para operar?”, questionou, por outro lado, o senador
republicano John Tune.
A concretizar-se, este seria o quinto veto do mandato presidencial de
Obama.
Recorde-se que o National Defense
Authorization Act compromete o
Secretário da Defesa a submeter,
até março, às comissões responsáveis por estas pasta nas duas câmaras do Congresso uma avaliação da
viabilidade operacional da utilização das Lajes para acolher serviços
de informação militar, para treino
ar-ar de pilotos de caça e para a presença rotativa de forças navais.
Até um de abril, se o Secretário da
Defesa considerar que as Lajes são
uma opção viável para uma ou mais
destas valências, deve submeter às
comissões da Defesa do Congresso
um plano de utilização.
Sublinhe-se que a referência a novas valências para a base militar
não é colocada em causa pela Casa
Branca. Porém, o diferendo sobre o
mecanismo orçamental pode atrasar o processo das Lajes.
RegIãO |07|
DIÁRIO INSULAR 10.out.2015
trabalhadores da infraestrutura militar queixam-se de falta de informação sobre a sua situação laboral
Ordenados na Base das Lajes
baixam com novas colocações
base das lajes Pensa-se que estejam garantidos, isto é, sem alteração das especificações de serviço, apenas 100 postos de trabalho
Com a reorganização laboral na Base das Lajes, são
expectáveis quebras nos ordenados dos trabalhadores. Ainda não há, contudo, informações oficiais.
Os ordenados dos trabalhadores da
Base das Lajes devem baixar com as
novas colocações. Os funcionários
ainda não têm informações oficiais
da FEUSAÇORES, mas sublinham
que a tendência e a perceção que
têm é essa.
Na verdade, a falta de informações
é, de acordo com Luís Moniz, da
Comissão Representativa de Trabalhadores Portugueses da Base das
Lajes, um dos maiores entraves que
se colocam à tomada de decisões
por parte dos próprios funcionários.
“A FEUSAÇORES ainda não nos
forneceu a lista de todas as posições e qualificações. Já pedimos todas essas informações”, sublinhou
o responsável.
A lista em causa já foi pedida há
meses. Esta semana, altura em que
ficou fechada a primeira fase das
colocações diretas, a Comissão
Representativa dos Trabalhadores
Portugueses da Base das Lajes voltou a pedir essa documentação.
“Disseram-nos que estão à espera
de ordens superiores, mas este é
um direito da Comissão de Trabalhadores que nos está a ser negado”, avançou.
Só conhecendo os dados, frisa Luís
Moniz, será possível saber de que
forma é que o processo está a decorrer.
É que nem o número de colocações
diretas é oficialmente conhecido.
Pensa-se que, neste momento, haja
apenas 100 postos de trabalho garantidos, isto é, postos em que não
se verifica a alteração das especificações de serviço.
“É intenção da Comissão que todos
os trabalhadores que não querem
ir para casa sejam colocados. Se o
processo estiver a ir nesse sentido, muito bem. Se, pelo contrário,
o processo estiver a decorrer com
percalços, como parece, então é sinal que se calhar as coisas não estão a correr bem”, sustentou Luís
Moniz.
Embora os trabalhadores tenham
assistido a sessões de esclarecimento, não se conhecem, do mesmo
modo, os critérios da reorganização
laboral.
“Não nos dizem quais são os critérios para as colocações. Falam muito em qualificar... Resta saber o que
é que isso quer dizer”, afirmou o
responsável.
Recorde-se que os trabalhadores
da Base das Lajes que rescindiram
por mútuo acordo começaram a sair
no final do mês de setembro. Neste
momento, a infraestrutura militar
tem menos 140 funcionários portugueses.
trabalhadores FEUSAÇORES ainda não deu listas de posições e qualificações
|08| RegIãO
10.out.2015 DIÁRIO INSULAR
autarquia diz que a decisão foi baseada num mapa desatualizado
Duas obras embargadas na Praia
pelo Ministério da Defesa
base das lajes Obras realizadas na zona de servidão militar necessitam da autorização do Ministério da Defesa
Para o Ministério da Defesa, as casas encontram-se
na zona de servidão militar à Base das Lajes. A autarquia da Praia diz que a pista não existe há 50 anos.
O Ministério da Defesa embargou
duas obras na Praia da Vitória, por
considerar que se encontravam dentro da zona de servidão militar. A
autarquia contesta a decisão e alega
que os mapas em que o ministério
se baseia estão desatualizados.
Em causa estão duas casas em construção na zona do Pico Celeiro, na
Praia da Vitória, próximo de onde
existiam antes tanques de combustíveis, agora desativados. Uma
estava a começar a ser construída,
mas a outra já estava quase concluída e as duas famílias encontram-se
numa situação complicada, porque
têm compromissos com a banca e
veem agora as obras paradas.
Para Roberto Monteiro, presidente
da Câmara Municipal da Praia da
Vitória os embargos são “atos de
abuso de poder do Ministério da
Defesa”. “Nota-se que como os pareceres estão a ser emitidos em Lisboa, há um desconhecimento total
da realidade”, acusou.
Segundo o autarca, o ministério considera que as casas estão numa zona
de servidão a um cone de uma pista
“que já não existe há 50 anos”.
Antes, a autorização da realização
de obras na zona que rodeia a Base
das Lajes era da competência da
Força Aérea, na ilha Terceira, mas
agora as decisões estão centralizadas em Lisboa, no Ministério da
Defesa.
Para Roberto Monteiro, para além
de atrasar o processo, esta centralização faz com que os decisores
olhem para mapas “que não correspondem à realidade”. A zona de
servidão militar à Base das Lajes foi
decidida na década de 50 e desde
então o mapa não foi alterado.
Há cerca de um ano que foi apresentada uma proposta de revisão da
servidão militar, que na altura foi
contestada pela autarquia da Praia
da Vitória, mas o processo ainda
não teve desfecho.
Os proprietários já enviaram um
documento de recurso e se o Ministério da Defesa não revogar a decisão, a autarquia ameaça pedir uma
providência cautelar para suspender os efeitos do embargo.
“Não tenho dúvidas nenhumas de
que o tribunal está do lado das famílias e do município, tendo em conta que até nem houve por parte do
Ministério da Defesa uma coerência
de processo”, salientou Roberto
Monteiro, alegando que existem casas ao lado das obras embargadas
que tiveram autorização para serem
construídas.
DI tentou obter uma reação da Força Aérea, mas até ao fecho da edição não recebeu resposta ao email
enviado.
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RegIãO |09|
DIÁRIO INSULAR 10.out.2015
cds-pp propõe reforço de auxiliares, governo diz que já o fez
na freguesia do raminho
Pró-sucesso tem medidas
de combate ao bullying
governo adjudica obra
na Ribeira Francisco Vieira
proteção de crianças Avelino Meneses diz que as escolas são seguras
Questionado pelos deputados, Avelino Meneses admitiu que nem tudo nas escolas é perfeito, mas disse
que são dos lugares mais seguros para as crianças.
O secretário regional da Educação
garante que a tutela está atenta ao
bullying nas escolas e que reforçou
o número de auxiliares e de professores de educação especial. As políticas de proteção de crianças não
são perfeitas, mas para Avelino Meneses a perfeição só existe no céu.
“Estou em crer que no arquipélago
dos Açores, as escolas são efetivamente dos lugares mais seguros
para crianças, quer em termos de
segurança propriamente dita, quer
em termos de muitos outros aspetos. É também nas escolas, nas cantinas escolares, que eles aprendem a
comer devidamente e muitas vezes
essas aprendizagens são estragadas
nalgumas casas”, salientou.
Avelino Meneses foi ouvido, ontem,
num grupo de trabalho da Comissão de Assuntos Sociais, criado
para analisar e avaliar as políticas
de proteção de crianças na Região.
Questionado pela deputada do
CDS-PP, Graça Silveira, sobre a
coordenação entre as equipas multidisciplinares de intervenção, Avelino Meneses disse que as respostas não são ótimas, mas são boas,
garantindo que tanto nas equipas
de intervenção precoce, como nas
Comissões de Proteção de Crianças
e Jovens (CPCJ) existe uma “articulação boa” entre os membros dos
vários departamentos do Governo
Regional (Saúde, Solidariedade Social e Educação).
Graça Silveira alertou o secretário
para o problema do bullying nas
escolas, defendendo um reforço do
número de auxiliares e a sua formação. Segundo o governante, o
programa Pró-Sucesso, que começou a ser implementado este ano,
contempla medidas de combate ao
bullying, em parceria com outros
departamentos do Governo, incluin-
do mecanismos de sinalização.
Avelino Meneses adiantou que a
tutela contratou neste ano letivo
“mais de 80 assistentes técnicos e
operacionais”, alegando que esse
reforço, mesmo colmatando a saída
de outros, permitiu “o rejuvenescimento dessa categoria profissional”.
A deputada do CDS questionou
ainda o secretário sobre o facto dos
docentes de educação especial serem muitas vezes colocados a fazer
substituição de docentes.
Avelino Meneses admitiu que isso
acontece, mas salientou que já foram discutidas soluções com os sindicatos, no âmbito da discussão do
Estatuto da Carreira Docente, que
passam pelo reforço de pessoal e
pela criação de “mecanismos que
favoreçam a não deslocação de professores de apoio”.
O governante acrescentou que no
âmbito do concurso extraordinário de integração de professores no
quadro, em 2015, foram abertas 29
vagas para professores de educação
especial, que passaram de 222 para
244.
O grupo de trabalho ouviu ainda
a presidente da equipa de Coordenação Regional da Intervenção
Precoce, Anabela Faria, que disse
que as equipas de intervenção precoce começam agora a ter os meios
adequados às necessidades, porque
passaram a ser seguidos critérios
de elegibilidade, que reduziram o
número de crianças apoiadas por
estas equipas.
Em 2013/2014 foram apoiadas 352
crianças, apenas em seis concelhos
das ilhas Terceira e São Miguel. No
início de 2015, em todas as ilhas,
contavam-se 258 crianças apoiadas,
sendo que atualmente esse número
desceu para as 180.
Anabela Faria defendeu a necessidade de um reforço da formação
das equipas e a formalização de parcerias com hospitais e autarquias,
por exemplo. Face à falta de verbas
para reforçar os meios humanos, a
responsável considerou que é preciso fazer uma melhor gestão dos recursos existentes e promover uma
maior articulação com as CPCJ e
com o Instituto da Segurança Social
dos Açores, para evitar a sobreposição de recursos.
O Governo Regional adjudicou ontem a empreitada de intervenção na
Ribeira Francisco Vieira, na freguesia do Raminho, por 551 mil euros,
à empresa Transjet-Construções e
Transportes, Lda.
A empreitada, inscrita na Carta Regional de Obras Públicas, tem um
prazo de execução de seis meses e
prevê a proteção, regularização e
controlo das cheias na ribeira, assim como a requalificação ambiental do leito e das margens.
A linha de água irá sofrer uma intervenção ao longo do seu trajeto de forma a facilitar o melhor escoamento
dos caudais afluentes, consolidando
os muros já existentes, construindo
e reconstruindo alguns muros de suporte lateral e criando duas bacias de
retenção. A intervenção prevê ainda o
reperfilamento das margens laterais
com taludes estáveis e a criação de
acessos às pastagens. Está também
previsto o desassoreamento do leito,
sendo que as operações de limpeza e
desobstrução do leito e margem da
ribeira serão realizadas ao longo de
todo o traçado a intervencionar.
na próxima semana
governador nacional
dos Lions nos Açores
O governador nacional do Distrito
115 Centro Sul dos Lions de Portugal desloca-se aos Açores na próxima semana para uma visita oficial
às ilhas das Flores, Terceira e São
Miguel.
Carlos Manitto Torres estará nos
três grupos do arquipélago, entre
os dias 13 e 17 deste mês, para se
inteirar da atividade localmente desenvolvida pelo maior movimento
mundial de clubes de serviço cívico, num programa que inclui ainda
contatos com autoridades e visitas
a instituições.
Na ilha Terceira, o governador dos
Lions visita a cidade da Praia da
Vitória durante a manhã de terçafeira, enquanto na tarde do dia seguinte apresenta cumprimentos ao
presidente da Câmara Municipal de
Angra do Heroísmo, visita a Santa
Casa da Misericórdia de Angra e
participa na assembleia solene do
Lions Clube da Terceira, presidido
por Manuel Areias Amaral. Carlos
Torres visita ainda o Diário Insular, na manhã da próxima quintafeira.
|10| OpINIãO
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franciscO madUrO-dias
[email protected]
D
ei de caras, há pouco
tempo, com um cartaz de
divulgação de um investimento feito na Graciosa,
no edifício das termas do Carapacho.
Pomposamente falava em turismo termal.
Sem grande trabalho de memória lembrei-me que os Açores têm, além das
termas do Carapacho, as termas do
Varadouro, no Faial e as das Furnas,
em São Miguel.
As dinâmicas são diferentes e as dimensões também, do mesmo modo que as
possibilidades de acesso e o conhecimento existente e divulgado à volta de
cada uma delas não é o mesmo.
No entanto e em resumo é um recurso
que não existe, existindo embora e, sobretudo, não está nem integrado, nem
coordenado, nem assumido, apesar
do dinheiro que se tem gasto e do que
m. PaTrãO neves
Q
uando quase uma semana depois das eleições legislativas
não temos um Primeiro-Ministro indigitado para formar
Governo, num país frágil, muito frágil,
vulnerável, muito vulnerável, é impossível que me proponha reflectir publicamente sobre qualquer outro tema
que não o do rescaldo das eleições.
Quando os acontecimentos políticos se
sucedem em catadupa, com múltiplos
actores e emitindo sinais contrários,
qualquer reflexão sobre o momento
presente é rapidamente ultrapassada
por nova bizarrice e torna-se desactualizada da manhã para a tarde.
Mas, todavia, há factos que perduram
e há gestos que marcam…
A voracidade de interpretações criativas, ditadas por uma militância cega e
inconsequente, não apaga a realidade
dos factos: a coligação PSD/CDS ganhou as eleições legislativas e em 40
anos de democracia portuguesa, como
aliás em qualquer país democrático,
quem ganha as eleições é responsável
pela iniciativa de formar governo. É
incompreensível, além de incoerente
e contraditório, que quem perdeu as
eleições se coloque agora “em bicos
10.OUT.2015 DIÁRIO INSULAR
Água quente precisa-se
se tem dito em torno. O resultado é a
inexistência de uma verdadeira rede
de locais, estabelecida, identificada,
divulgada, estudada, dinamizada e capaz.
É claro que a “maior hidrópole do
mundo”, como já ouvi dizer, poderia
ser suficiente para o que se quisesse
fazer, neste campo, se os Açores se resumissem a São Miguel, mas como não
é assim a realidade, resta saber o que
se pretende/pode/quer/acha relevante
fazer quanto ao resto, acreditando que
será um poucochinho mais do que requalificar as requalificações, de vez em
quando.
Desde logo não conheço qualquer tipo
de efectiva dinâmica governamental
nesse sentido, que integre e dinamize
um recurso onde as valências de ambiente, saúde e turismo, interno e externo, se encontram.
Por outro lado não encontro esforço
público ou privado actual no que toca
à investigação e conhecimento das
propriedades dessas águas, sejam elas
mais quentes ou mais mornas, conducente à sua efectiva promoção e uso.
Resulta daí que a divulgação é pobre,
desconexa, desinteressante, desligada do esforço global que interessaria
fazer e fora do conceito holístico que
deveria existir.
Entro agora aqui com a ilha Terceira.
Não sendo propriamente uma nascente de água quente e, por isso mesmo,
não podendo ser apelidada de termal,
no sentido estrito da palavra, existe
água quente subterrânea, já analisada,
descoberta e identificada nesta ilha, só
que o poço que a descobriu está selado. Ora isso permite colocar a possibilidade de se ter, a prazo, mais um
ponto possível de usufruto da génese
vulcânica das ilhas, o que permitiria
ter uma rede de quatro pontos no arquipélago, variada e diversificada.
Tenho para mim que a valorização
desse recurso, aqui, desequilibraria a
nosso favor este impasse em que vivemos, há décadas, pois este tipo de
actividade tanto pode ser interessante
para quem queira ficar quinze dias,
como para quem queira passar por lá
em um ou durante os dois ou três dias
que resolva passar numa dada ilha
e, sem dúvida, estabelece uma ponte
muito sólida entre a natureza e o ser
humano, nestas ilhas.
Geoparque Açores, Parques Naturais
dos Açores, Governo Regional dos
Açores, Universidade dos Açores, Autarquias, Câmara de Comércio…; Não
faltam entidades que podem ser responsabilizadas pelo impasse ou que
devem ser envolvidas no sucesso.
Entendam-se, o país está primeiro!
de pés” para chegar ao poder, maquinando estratagemas que rotulam de
democráticos para estropiar o voto
livre dos portugueses.
O Presidente Cavaco Silva ainda não
indigitou o líder da coligação vencedora a formar Governo (apesar da
nossa esquerda, e até comentadores
supostamente informados e sérios,
o criticarem despudoradamente por
o ter feito). E podia tê-lo feito. Era,
aliás, o que esperava a maioria das
pessoas que se mantêm racionais e
objectivas, na alucinação retórica que
tomou conta do nosso país. Porém, o
Presidente voltou a surpreender, pela
positiva (a história não deixará de lhe
fazer justiça!), tal como já antes o tinha feito, pressionando os partidos
políticos para um amplo consenso nacional de governo. É coerente e coloca
o país acima de todos os interesses
partidários, o que parece incomodar
muita gente. Qual será a resposta dos
partidos…?
E a resposta esboça-se sob a forma
de gestos que vão assinalando um
caminho e que não se apagam. Quem
esqueceu, por exemplo, o gesto de
desencadear uma luta fratricida pelo
poder socialista com o pretenso argumento de que a vitória do então líder
era “poucochinha”, ou o de agora de,
perante uma derrota estrondosa, não
se demitir? É este líder, enfraquecido
pela derrota e descredibilizado pela
incoerência das atitudes, que traça
gestos no presente em nome de um
partido que se reivindica de charneira mas que está a reboque de um mau
perdedor. E ele multiplica gestos que
colocam em causa a herança do partido socialista de que (apesar de efemeramente) deveria ser fiel guardião mas
que ameaça comprometer.
Primeiro critica o Presidente da República sem que se perceba porquê, uma
vez que reconhece não ter este indigitado um Primeiro-Ministro e estar a
exercer a pressão para que os partidos
do arco da governação, isto é também
o PS, construam uma plataforma de entendimento estável para a governação
do país. O desrespeito institucional
não é uma estratégia em que partidos
responsáveis se revejam; neste caso é
esquizofrénico pois a opção presidencial favorece o PS. Outro gesto intencionalmente marcante foi começar por
se reunir com o PCP, provavelmente o
partido comunista mais ortodoxo da
Europa e mera quinta força política no
actual espectro nacional com um total
de 8% de votos. É esta a prioridade do
partido socialista?!.
Só posso supor que se trate de uma
estratégia para ganhar força negocial
com a coligação mas mesmo como
tal é arriscada. É arriscada para o PS,
sendo impensável que militantes ou
simpatizantes advoguem maioritariamente ligações à esquerda radical
em que o partido nunca se reviu. O
risco já iminente de fractura interna
aumenta o que sendo negativo para o
PS, arrastará consigo o seu líder, de
forma mais rápida e hostil do que a já
inevitável. É, pois, arriscada também
para o líder socialista. Mas importome muito mais por ser arriscada para
o país: internamente, protela a construção de um caminho necessário e
urgente, externamente, acrescenta
uma nota de indefinição e instabilidade que afectará a credibilidade a custo
de todos nós conquistada.
O tempo não é de jogos mas de consensos. Entendam-se a bem do país!
www.mpatraoneves.pt
DIÁRIO INSULAR 10.OUT.2015
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OpINIãO |11|
Cavaco
nUnO MelO alves
Breve análise sobre
os resultados eleitorais
franciscO cOelhO
O
s resultados das eleições
confirmaram parte das
tendências que se formaram nos meses que antecederam o ato eleitoral. A coligação
Portugal à Frente (PaF) ganhou inequivocamente as eleições: elegeu mais
deputados e teve mais votos, sendo
a força política concorrente mais votada. Mesmo tendo perdido a maioria absoluta, a vitória da PaF é anda
mais significativa e evidente tendo em
conta que nas últimas eleições, para
o Parlamento Europeu, a coligação
foi derrotada pelo PS, embora, nessa
altura, a vitória socialista foi considerada “poucochinho” pelo próprio PS.
Esse vitória amarga levou ao derrube
de António José Seguro na liderança
do Partido e quando António Costa
assumiu a liderança do PS, quer as
sondagens, quer as expectativas dos
eleitores, indiciavam uma expressiva
vitória nas legislativas sobre a PaF,
tendo até hipótese de chegar à maioria
absoluta. Mas o PS viria a ser o grande
derrotado das eleições, por falhar redondamente todos os seus objetivos.
Ao longo do ano que antecedeu as
eleições o PS andou sem estratégia
política e ao reboque dos acontecimentos, oscilando entre apresentar-se
como responsável, defendendo que o
País respeite e assuma os seus compromissos, e entre piscar o olho à extrema esquerda insurgindo-se contra
a austeridade e “colando-se” à vitória
do Siryza na Grécia, até percebe que
o Syriza não conseguiria nada do que
prometera aos gregos, e que teria que
recuar aceitando as imposições dos
resgates.
Esta falta de clareza quando à sua
estratégia para a solução do problema nacional - talvez provocada pelas
franjas da extrema esquerda dentro
do PS - em vez de revelar aos eleitores
um PS com capacidade de ser alternativa revelou antes um Partido à deriva e sem as suas referências. O eleitorado insatisfeito e revoltado com a
situação imposta pela Troika, em vez
de votar PS - por saber as responsabilidades o PS tivera nessa matéria
- optou por votar na esquerda radical
(nas europeias esse eleitorado tinha
premiado Marinho e Pinto). E o Bloco
de Esquerda registou uma subida notória, tendo beneficiado de votos que
fugiram ao PS.
A coligação PaF, por ter sido sempre
clara nos seus propósitos - de não deixar o País cair numa deriva demagógica - conseguiu transmitir confiança
e propósito. Conseguiu passar a mensagem que fez o que necessitava de
ser feito e que esse rumo começara a
dar frutos, com impactos positivos na
economia. O PS mostrou-se hesitante
nas suas convicções - nunca se sabendo se tentaria ser alternativa na forma
de atingir os objetivos ou se pretendia
ser alternativa nos objetivos (como o
BE quer ser).
Nos Açores o cenário foi um bocadinho diferente. No caso do BE nos Açores, foi idêntico, tendo sido catapultado, pela mesma tendência nacional,
para um resultado também histórico
na Região. Ao contrário do que aconteceu a nível nacional, o PS ganhou nos
Açores, tendo eleito mais deputados e
obtido mais votos. Porém, nos Açores,
a coligação PaF concorreu separada. O
CDS-PP até concorreu coligado com o
PPM na Aliança Açores, algo que não
surtiu os efeitos desejados.
Nos Açores o CDS-PP foi eleitoralmente castigado pelo voto útil: a distância
que cultivou em relação à PaF fez com
o PSD recebesse os votos destinados a
manter a coligação PSD/CDS no poder.
Na Madeira ocorreu o mesmo: o CDS
tinha tentado distanciar-se da coligação da República e como tal, também
foi castigado, perdendo o deputado
eleito em 2011.Diria até que passouse com o CDS nos Açores aquilo que
aconteceu ao PS no todo nacional: a
ambiguidade em relação ao projeto
nacional ajudou ao voto útil noutras
forças políticas (PSD e BE respetivamente). Contudo, nos Açores, há uma
nuance interessante: a vitória do PS
nos Açores é relativa e curta. A soma
dos votos do CDS e do PSD iguala,
praticamente, a votação obtida pelo
PS. Ou seja, pode-se inferir que, caso
a coligação PaF tivesse sido extensível
aos Açores, dissipando ambiguidades,
haveria uma forte probabilidade da
PaF ter ganho também na Região.
Agora resta-nos esperar para sabermos
se as ambiguidades já passaram ao PS
e se será um partido do centro-esquerda ou se embarcará em radicalismos
que não representam nem a maioria da
população que votou no dia 4, nem a
maioria dos próprios socialistas. Será o
PS a decidir se Portugal será desgovernado pela extrema esquerda ou se manterá o rumo da consolidação orçamental
e económica. Que decida bem.
É
verdade que, em Março,
livramo-nos dele. Até lá,
ele continua a fazer das
suas…
Cavaco não foi ao 5 de Outubro.
Embora tivesse rudo pensado,
andou meditando pelo pátio dos
bichos… Depois chamou o líder
do seu partido e encarregou-o de
amanhar uma solução de Governo. Quer dizer: meteu a Constituição em banho-maria, fez-se de
moderno, e declarou clara preferência por uma solução.
Mas depois de quatro anos e meio
de austeritaria, o povo trabalhador arriscou novas opções, novas
experiências. O tabu da esquerda
incapaz de construir uma solução
de governo, no entanto, move-se.
O PS, referencial incontornável
para a estabilidade, bem resolveu
fazer aquilo que a Cavaco doía:
pôs-se a dialogar, à esquerda e à
direita, à cata duma solução estável e consentânea com o cerne
do seu programa. E Belém, agora,
já chamou Costa… E voltaram os
tempos da Política!
Noutra sede, Cavaco resolveu propor uma revisão constitucional.
Para além do reforço dos poderes do PR, queria os seus vigários
(Representantes da República)
sentadinhos no Conselho de Ministros… Esqueceu-se o saudoso
porque a “graça” da figura perdeu
o “ministro”?
Eis outro assunto que também ao
Parlamento competirá a seu tempo resolver…
|12| RegIãO
10.out.2015 DIÁRIO INSULAR
empresa mais antiga de whale watching da região vai deixar atividade
Mergulho com golfinhos pode estar
a pressionar a espécie nos Açores
fotografia Espaço talassa
Há regras, mas não há fiscalização e isso, diz Serge
Viallelle, serve de pouco.
O Espaço Talassa, nas Lajes do Pico, vai deixar de
mergulhar com golfinhos
em 2018.
A empresa mais antiga de whale
watching nos Açores, o Espaço Talassa, das Lajes do Pico, vai deixar
de mergulhar com golfinhos. Serge
Viallelle, proprietário, diz que não
quer participar da crescente pressão que está a ser colocada sobre a
espécie na Região.
Em declarações ao DI, o responsável
sublinhou que a situação tem vindo
a agravar-se nos últimos anos. Ainda que, nas ilhas, as regras sobre
a observação de cetáceos e sobre
o mergulho sejam apertadas, não
há fiscalização, pelo que é habitual
ver-se quase 30 mergulhadores em
barcos que, sublinha Serge Viallelle, com certeza passam mais de três
horas na água com os animais - o
que não é permitido.
E ainda que esses casos sejam conhecidos, refere, sem provas suficientes - e, mais uma vez, sem fiscalização - não é fácil avançar com
ações judiciais sobre esses observadores.
“É um comportamento irresponsável e eu não quis que a minha
empresa participasse disso”, sustentou.
O respeito pela lei e pelos animais
é, de acordo com o proprietário, um
código de honra para o Espaço Talassa que, ao longo dos anos, tem
aplicado as suas próprias medidas
de proteção aquando do mergulho
com golfinhos.
“Em 2001 estabelecemos o código
de ‘soft encounter’. Nós é que vamos mergulhar com eles, não são
eles que estão ali para nós. Mas no
fundo, quisémos também, com isso,
limitar os riscos para os clientes:
pedimos atestados, não fazemos
saídas no dia-a-dia, temos pacotes
de uma semana para termos tempo
- porque o tempo é a chave -, te-
mergulho com golfinhos Empresas transportam mais de 20 mergulhadores e passam mais de três horas dentro de água
mos uma tripulação especializada”,
avançou, sustentando, contudo, que
já não é possível continuar a vender
esta atividade e, ao mesmo tempo,
apelar a uma atitude sustentável e
ao turismo responsável quando não
é isso que acontece.
É por isso que, em 2018, o Espaço
Talassa vai deixar de mergulhar
com golfinhos. Essa alteração vai
ocorrer apenas daqui a dois anos
porque, entretanto, a empresa já
conta com marcações e sabe que,
com uma importância de 12% no total da faturação, seria “impossível”
deixar de vender a atividade agora,
sem que isso tivesse impactos financeiros graves.
Apesar disso, Serge Viallelle acredita que será possível, depois, remediar os impactos da cessação de
atividade, nomeadamente com a
substituição por outras iniciativas.
Neste momento, frisou, o Espaço
Talassa está a apostar em passeios
a pé e, no próximo ano, vão ser oferecidos pacotes que incluem apresentações sobre temáticas que vão
desde a cultura da vinha, passando
pela baleação ou pelo aparecimento
de baleias azuis.
“Já comecei a contactar com os
meus clientes, agências na Alemanha, na Inglaterra e no Canadá e
até agora o impacto tem sido muito
positivo e se calhar não vou perder
assim tanto, se calhar até ganho,
porque é a imagem da empresa que
está em causa: uma imagem séria,
ligada à sustentabilidade e ao turismo responsável”, referiu.
Serge Viallelle espera que outras
empresas sigam as mesmas pisadas
e que, ao mesmo tempo, as autori-
dades cumpram o seu trabalho.
“Uma nova lei é nada se não houver
controlo. Uma nova lei nunca será
justa se os nossos representantes
continuarem a fechar os olhos perante atividades ilegais. E não estou
a referir-me só às embarcações que
estão sedeadas nos Açores, mas também a algumas, o que já denunciei,
que ostentam bandeiras estranhas e
que operam de forma impune nas
águas dos Açores”, escreve na carta
difundida na internet.
O proprietário do Espaço Talassa
chama ainda a atenção para a necessidade de regular o mergulho
com tubarões, uma atividade que
“emergiu de um dia para o outro,
sobretudo na Horta e na Madalena,
que dá um bom dinheiro - e ainda
bem -, mas que não tem os riscos
calculados para os clientes”.
pUbLIcIDADe |13|
DIÁRIO INSULAR 10.OUt.2015
|14| OpINIãO
10.OUT.2015 DIÁRIO INSULAR
DIA MUNDIAL DOS CUIDADOS pALIATIVOS
10 de OUTUbrO de 2015
Sandra MarTinS Pereira (1) &
PablO Hernández-MarrerO (2)
Implementação dos Cuidados Paliativos
nos Açores: necessidades, desafios e potencialidades numa Região Ultraperiférica, por vezes, “escondida” na sua “açorianidade”.
Em jEito dE introdução…
Este ano, o Dia Mundial dos Cuidados
Paliativos celebra-se a 10 de outubro sob
o lema “Vidas escondidas, doentes escondidos”. Numa tentativa de “trazer à luz
os mais escondidos” e, como tal, os mais
vulneráveis, esta iniciativa assenta numa
visão de acesso universal aos cuidados
paliativos para todos os que deles necessitem.
Segundo a Worldwide Hospice and Palliative Care Association, promotora habitual
do Dia Mundial dos Cuidados Paliativos,
são os mais vulneráveis (crianças, idosos,
pessoas seropositivas e/ou ou SIDA, homo
e transsexuais, presidiários, soldados,
residentes em meios rurais) os que menos acesso têm a cuidados paliativos de
qualidade. A este grupo de “escondidos”
acrescentamos os exilados, repatriados e
migrantes, os quais, em virtude das suas
condições e formas únicas de vida, estão
em risco de ficar privados dos cuidados
de que necessitam e aos quais têm direito.
Também menos visíveis e, como tal, mais
“escondidos” estão aqueles que residem
em regiões ultraperiféricas, remotas e arquipelágicas, como é o caso das ilhas açorianas. É sobre estes e o desenvolvimento
de cuidados paliativos neste contexto que
esta reflexão incide maior enfoque.
o quE são cuidados paliativos?
Os cuidados paliativos são cuidados ativos
e globais, prestados a pessoas em intenso
sofrimento decorrente de doença grave,
incurável, progressiva, sobretudo quando
em fase avançada e/ou terminal. Este tipo
de cuidados tem por objetivo melhorar a
qualidade de vida, promover a dignidade
da pessoa doente e apoiar os seus familiares, durante toda a trajetória de doença e
no luto. Note-se, porém, que os cuidados
paliativos não devem confinar-se à fase final da vida (1-2).
Cada vez mais, a evidência científica tem
demonstrado os benefícios duma introdução precoce dos cuidados paliativos, conjuntamente e de modo integrado com tratamentos com intencionalidade curativa,
repercutindo-se em termos de quantidade
e qualidade de vida (3). Acresce ainda que
os cuidados paliativos têm contribuído
para uma redução de hospitalizações desnecessárias, sobretudo no final da vida,
estando ainda associados a uma redução
de custos inerentes a medidas diagnósticas e tratamentos agressivos, muitas vezes
desproporcionados (3). Neste sentido, o
contributo dos cuidados paliativos estende-se para além do controlo sintomático,
já que potencia uma melhor gestão da situação do doente e uma eficiente gestão de
recursos.
“Hidden lives, hidden patients”
– vidas escondidas, doentes escondidos
quais as nEcEssidadEs dE cuidados
paliativos nos açorEs?
Estima-se que cerca de 60% das pessoas
falecidas em determinada região, por ano,
teriam necessitado, em algum momento,
de cuidados paliativos; esta percentagem
aumenta para 80% nas situações de doença
oncológica. Mais, é recomendado que, por
cada 100.000 habitantes, deveria haver 10
camas de cuidados paliativos (nível especializado), em termos de assistência domiciliária deveria haver, em média, 1-1,5 equipas, e
todos os hospitais deveriam ter uma equipa
intra-hospitalar de suporte (4-8).
Em 2011, a população açoriana era de
246.102 habitantes, dos quais 137.699
residiam na ilha de São Miguel, 56.062
na ilha Terceira, 15.038 na ilha do Faial,
14.144 na ilha do Pico e, os demais cidadãos eram residentes nas ilhas de São Jorge, Santa Maria, Flores, Graciosa e Corvo
(9). Considerando as estimativas acima
enunciadas e com bases nestes dados, haveria, nos Açores e em 2011, uma necessidade de, pelo menos, 24 camas de cuidados paliativos. Acresce ainda que, em
2012, 76,1% das pessoas que morrem na
Região Autónoma dos Açores (RAA) tiveram, como causa de morte, uma situação
passível de causar necessidades múltiplas
e complexas, suscetíveis de beneficiar de
cuidados paliativos (i.e., 32,7% dos óbitos foram devidos a doenças do aparelho
circulatório, 25,2% por tumores malignos,
13,4% por doenças do aparelho respiratório, e 4,8% por diabetes) (10).
Face ao exposto, denota-se a necessidade
premente de implementação de cuidados
paliativos na RAA. Esta situação impõe,
pois, desafios transformacionais para os
profissionais de saúde e requer o estabelecimento dum enquadramento ético que integre os princípios dos cuidados paliativos
na gestão, acompanhamento e cuidado à
pessoa em situação crónica e/ou paliativa.
como consagrar o dirEito univErsal aos cuidados paliativos para
todos os açorianos?
Em Portugal e, como tal, nos Açores, o
direito aos cuidados paliativos está consagrado, por lei (Lei nº 52/2012 de 5 de
setembro). Não obstante, o acesso a cuidados paliativos carateriza-se por assimetrias de cariz diverso: geográficas, económicas, de diagnóstico, e de idade (2).
A RAA é uma das regiões do país aonde o
desenvolvimento dos cuidados paliativos
é pautado de maior complexidade, sobretudo devido aos desafios inerentes a uma
grande dispersão geográfica, à insularidade e localização ultraperiférica. Conscientes da necessidade de implementação e
desenvolvimento de cuidados paliativos,
diversas iniciativas foram realizadas, ao
longo da última década, nesta matéria. A
título de exemplo, destacam-se as iniciativas seguintes: programas de formação
pós-graduada em cuidados paliativos promovidos pelo Governo Regional (regime
de b-learning) e pela Escola Superior de
Enfermagem de Angra do Heroísmo da
Universidade dos Açores (regime presencial e por videoconferência); atividades
formativas de curta duração organizadas
por diversas entidades, nomeadamente
pela Associação Portuguesa de Cuidados
Paliativos – Núcleo Regional dos Açores;
e Proposta de Programa Regional de Cuidados Paliativos elaborado e apresentado
pela Secção Regional da RAA da Ordem
dos Enfermeiros. Em nosso entender,
pese embora as necessidades e desafios
reconhecidos, há, como resultado destas
iniciativas, potencialidades e elementos
facilitadores a uma efetiva implementação
e desenvolvimento de cuidados paliativos
nos Açores.
As complexas caraterísticas de insularidade e localização ultraperiférica dos Açores
(à semelhança de outros arquipélagos da
Macaronésia e/ou de países com grande
dispersão geográfica e áreas remotas como
o Canadá e Austrália) implicam que as
estimativas quanto aos tipos de números
de camas, equipas e serviços de cuidados
paliativos sejam definidos no âmbito de
um plano estratégico devidamente definido, e que inclua um ‘Modelo Integrado de
Serviços de Cuidados Paliativos’. Acresce
ainda a necessidade de perspetivar os cuidados paliativos como uma necessidade e
matéria de saúde pública, implementando
políticas de saúde que promovam a qualidade e acesso a este tipo de cuidados (11).
As seguintes recomendações podem ser
particularmente úteis para o desenvolvimento do modelo integrado de cuidados
paliativos acima enunciado: (i) Integração,
mediante definição e implementação de
abordagens e níveis de cuidados paliativos
diversos, mudança de paradigma de conceção de cuidados, colaboração inter-profissional, inclusão dos cuidados paliativos
na agenda política e abordagens comunitárias; (ii) Formação, com a implementação
de programas formativos de níveis distintos, de cariz interdisciplinar e com a integração dos cuidados paliativos na formação pré-graduada de todos os profissionais
de saúde; (iii) Clarificação de conceitos;
(iv) Avaliação e monitorização efetiva da
oferta de cuidados paliativos já existente
e das decisões éticas e cuidados prestados
em fim de vida; (v) Investigação, para uma
prática de cuidados e definição de intervenções com base em evidência (11).
Em jEito dE conclusão…
Os cuidados paliativos são uma necessidade e direito de todos os cidadãos que
padecem de doença grave, incurável, progressiva, geradora de intenso sofrimento
e/ou que ameace a vida. Em Portugal, este
direito está consagrado por lei e é independente da idade, género, etnia, diagnóstico, sexualidade, residência/geografia.
Neste sentido, há que focar a atenção no
risco que certas vidas têm de ficar “escondidas” e, como tal “esquecidas”, como é
o caso das vidas daqueles que vivem (n)a
“Açorianidade”. As recomendações, plano
estratégico e modelo integrado aqui sumariamente apresentados darão, no nosso
entender, ênfase a um ‘Modelo específico-flexível-açoriano, centrado no cidadãocliente’ que garanta a acessibilidade, justiça, dignidade e continuidade de cuidados
dentro dum contexto arquipelágico peculiar como os Açores.
rEfErências:
(1) MARTINS PEREIRA, Sandra – Cuidados
Paliativos. Confrontar a morte. Lisboa: Universidade Católica Editora, 2010.
(2) MARTINS PEREIRA, Sandra – Palliative
Care in Portugal and Europe: Different Concepts and Organizational Models, Different
Levels of Development, Different Needs and
(Potential for) Further Development. Atención
Primaria, 46(Espec Cong 1) (2014), p.2.
(3) HAINES, Ian E – Managing patients with
advanced cancer: the benefits of early referral
for palliative care. Medical Journal of Australia,
Vol. 194, Nº 3, p.107-108.
(4) CAPELAS, Manuel Luís – Cuidados Paliativos: Uma Proposta para Portugal. Cadernos de
Saúde, Vol. 2, N.º 1 (2009), p.51-57.
(5) FERRIS, Frank et al. – A Model to Guide
Patient and Family Care: Based on Nationally
Accepted Principles and Norms of Practice.
Journal of Pain and Symptom Management,
Vol. 24, Nº 2 (2002), p.106-123.
(6) FRANKS, Peter J et al. – The level of need
for palliative care: a systematic review of
the literature. Palliative Medicine, Vol. 14, Nº 2
(2000), p.93-104.
(7) GÓMEZ-BATISTE, Xavier et al. – Organización de Servicios y Programas de Cuidados
Paliativos. Madrid: Arán Ediciones, 2005.
(8) HERRERA, Emilio et al. – Regional Palliative Care Program in Extremadura: An Effective Public Health Care Model in Sparsely Populated Region. Journal of Pain and Symptom
Management, Vol. 33, Nº 5 (2007), p.591-598.
(9) SERVIÇO REGIONAL DE ESTATÍSTICA
DOS AÇORES. Censos 2011. [Consult. 27 março. 2015]. Disponível na internet:<URL: http://
estatistica.azores.gov.pt/upl/%7B93c000f3e5fc-4083-9efb-86f5138810e7%7D.pdf.
(10) INE, DGS/MS, PORDATA – Óbitos por algumas
causas de morte. [Consult. 27 março. 2015]. Disponível
na internet:<URL: http://www.pordata.pt/Municipios/
% C3%93bitos+por+algumas+causas+de+mort
e+(percentagem)-373.
(11) MARTINS PEREIRA, Sandra et al. – A
public health approach to improving palliative
care for older people. In: VAN DEN BLOCK,
Lieve et al. Palliative Care for Older People. A
Public Health Perspective. Oxford: Oxford University Press, 2015; p.275-291.
(1) Enfermeira, Licenciada em Ciências da
Educação, Mestre e Doutora em Bioética, Pósdoutoramento em Investigação em Cuidados
Paliativos. Co-coordenadora do Grupo de Trabalho sobre Formação em Cuidados Paliativos
em Enfermagem da European Association for
Palliative Care.
(2) Enfermeiro, Mestre em Saúde Pública, Mestre e Doutor em Investigação em Serviços de
Saúde, especialidade de Organização e Gestão
de Serviços de Saúde. Professor na Universidade de Las Palmas de Gran Canaria. Membro
do Grupo de Trabalho sobre Formação em Cuidados Paliativos em Enfermagem da European
Association for Palliative Care.
OpINIãO |15|
DIÁRIO INSULAR 10.OUT.2015
‘Tás sentada de esplanada?
Terra Chã, 3 de Outubro de 2015
Sabemos da visita dos sogros e logo planeamos descalcificar a máquina de café. Não
a usamos há meses, e eles gostam daquele
ritual do cafezinho.
A ver se não nos esquecemos de tocar as pilhas ao relógio da sala. E ao da cozinha. Ou
então de substituí-los aos dois, que devem
ter avariado.
De resto, mudar a rede de descanso para
a outra parede, prender o varão do duche
e transferir o bengaleiro para o escritório.
E chega.
A não ser que pintemos os quartos. Há que
tempos falamos nisso. Dávamos um jeito
ao salitre, pintávamos tudo e mudávamos
a cortinas.
Aliás, já que mudávamos as cortinas dos
quartos, mudávamos as da casa toda. Recuperávamos a cómoda velha, colávamos
as mesas-de-cabeceira e trocávamos as fitas
aos estores.
Bom, mesmo, era pôr portadas. E vidros
duplos. Haverá tempo?
Felizmente, no corredor não há muito que
fazer. Dávamos uma pintadela, só para
lavar a cara, e mudávamos os candeeiros.
Podíamos centrar melhor a foto da Sandra.
E pintar a tijoleira.
Ou arrancá-la.
As portas também precisavam de uma pinturinha, que os cães arranham-nas. Mas,
nesse caso, atacávamos já os tectos falsos
também. E encomendávamos uma estante.
Precisamos de mais uma estante. Uma para
o corredor, duas para o escritório e ficava
tratado.
Entretanto, recarregávamos os extintores,
mudávamos o sofá e comprávamos uma
máquina de sopas. Lá fora, semeávamos
relva no curro, arranjámos novas cepas
de beladonas e entrelaçávamos melhor as
eras.
E estava feito. Feito!
Quando tivéssemos tempo, então sim, tratávamos do WC suplementar, do conservatory, do canil, do apartamento na garagem
e da limpeza da mata. Fazíamos nova fossa
e levantávamos uma sebe a Oeste.
Talvez os primos quisessem vender o cerrado.
Mas, para já, vou só descalcificar a máquina
do café. Não me esqueci de comprar kits,
pois não?
Terra Chã, 6 de Outubro de 2015
Em miúdo, ia muito ao futebol. O
meu pai tinha um gratificado e levava-me na camioneta da Polícia. Sentávamo-nos, eu no meio dos agentes e
ele ao lado do condutor, muito sério,
e ressoavam de imediato na minha
cabeça as primeiras flautas do Semper Fidelis, de John Philip Sousa.
Eu não sabia que se chamava Semper Fidelis ou quem era John Philip Sousa. Conhecia apenas aquelas
flautas, que imaginava tocadas por
raparigas. O sussurro dos trompetes.
Clarinetes e cornetins num frémito.
A explosão dos trombones, homens
agora – bombos, pratos e tambores,
e trompas, e fagotes, em glória e fidelidade.
Na verdade, eu também não sabia o
que era um cornetim. Gostava daquela marcha. Era a marcha do Campo
de Jogos Municipal de Angra, em dia
de jogo do Lusitânia. Tocava antes,
ao intervalo e depois da partida.
Ainda hoje consigo assobiá-la.
Chegávamos muito cedo, a tempo
de abrir os portões. E era naquelas
primeiras duas horas, ainda os jogadores não tinham chegado, que acontecia o meu jogo. Os velhos estacionavam na cabeceira, onde deixavam
senhoras fazendo renda. Os pais de
família enchiam a bancada, com os
seus rádios e as suas almofadinhas
de napa. Os durões ficavam no peão,
fumando e insultando o árbitro.
Às vezes eu percorria o perímetro
todo de uma vez, como se os humores das diferentes tribos compusessem eles próprios uma marcha de
John Philip Sousa, com a sua húbris
e a sua anagnórise, o seu pathos e o
seu clímax. Outras vezes sentava-me
apenas, comendo amendoins, até que
aquele lugar me parecia a montanha
cósmica, o axis mundi, a libertação
do fluxo da vida no corpo da Terra.
Mais tarde fui jogador. Jornalista
desportivo. Até convidado de honra.
Nunca mais encontrei a verdade definitiva que se escondia naquelas tardes do Municipal. Já ninguém toca as
marchas de John Philip Sousa.
Terra Chã, 7 de Outubro de 2015
São oito da manhã quando começamos
a subir a Canada da Serra. Hoje o céu
acordou desanuviado, com a limpidez
feérica que sempre faz suceder aos
longos dias de chuva. E, antes mesmo de chegarmos às charolesas do Zé
Maria da Adega, há dois cerrados com
angus e ramo-grandes dispostas como
que num xadrez, muito pretas umas,
vermelhíssimas as outras.
Pastam numa serenidade conformada, até feliz. Mas a certa altura passamos na curva e duas delas erguem
a cabeça, com um ar inquiridor. E eu
pergunto-me: o que vêem os animais
quando nos vêem passar? O que vê
um bicho quando olha um homem?
O que vêem estas bezerras destinadas ao matadouro quando passamos
os dois, eu e a Catarina, com roupas
desportivas e cães presos a trelas?
Conhecemos o que dos animais nos
disse tanta literatura, mas em todos os casos o homem manteve-se
no centro. A ratazana de Gunther
Grass, o cão de Thomas Mann, até a
baleia de Ahab – todos eles existiram
primeiramente em função de nós. A
quinta de Orwell foi uma metáfora
para a nossa sociedade. Os patos e
os ratos de Walt Disney assumiram
formas humanas.
Mas alguma coisa eles hão-de ver
quando nos olham. Continuará o homem no centro do planeta? Continuará o sol no centro do sistema? O que
serão a dor e o prazer, exactamente?
E o desejo, e a humildade, e o medo, e
a melancolia? E essa fome sem remédio a que se chama poesia?
A ciência estuda os animais sencientes, prova-nos que eles podem
sentir e garante-nos que esse estado
não está tão distante do pensamento
quanto isso. Mas que papel representa num encontro assim a consciência?
Que curiosidade, que perplexidade
há naqueles olhares? Sobretudo: o
que vêem os outros animais quando
olham os nossos cães e se apercebem
que eles vivem connosco, na nossa
casa, segundo as nossas regras, comendo a nossa comida?
Terra Chã, 9 de Outubro de 2015
Amanhã vou ao transitário buscar
umas paletes. Chegou a hora de fazer
uma poltrona para a Jasmim.
Não me iludo quanto à originalidade
do empreendimento. Já toda a gente
aprendeu a fazer móveis a partir de paletes. Mas desde que tenho dois cães
que a poltrona do Melville é o único
motivo de discórdia entre eles.
Os casais sem filhos podem ser bastante ridículos. Nós não disfarçamos
nada bem.
De maneira que, na terça-feira, passei
na Construtora e comprei pregos e parafusos, colchetes e cantoneiras. Creio
que não precisarei da serra circular,
mas se precisar peço ao Chico. De resto, o berbequim, a lixadeira e o serrote
já ali estão de lado, e fitas métricas é o
que aí não falta.
A pistola de pregos dispenso – carpintaria sem martelo nem parece carpintaria. É natural que venha a precisar
de mais lixa, mas logo se vê. Quanto
aos colchetes, a ver se não acabo por
usar cantoneira em tudo.
De qualquer modo, se não sobrassem
peças não teria graça.
Vou começar por escolher a palete
mais feia para a base e depois afixarlhe outra por cima. Para os braços e
as costas, estou quase certo de que
uma inteira é de mais, pelo que estou
preparado para cerrar. Lixar será trabalhoso, mas com paciência chega-se
lá. Só pintar me chateia.
Ainda não sei que acabamento aplicarei, mas o Celso da CIN costuma ter
boas ideias. Seja como for, eu teria
sempre de passar na cidade a comprar
as esponjas.
A ver se não me esqueço de avisar a
minha pobre mãe de que vai ter de forrar almofadas outra vez. Mas primeiro
ainda preciso de arranjar uma carrinha
emprestada, que no carro não consigo
enfiar uma palete sequer.
Vou dar um toque ao João.
Se correr bem, ainda faço mais umas
quantas poltronas para o jardim, que
não tarda aí a Primavera. Acho que
vou comprar uma serra eléctrica. E um
creme hidratante.
|16| OpINIãO
10.OUT.2015 DIÁRIO INSULAR
AçOriAnOs nO QUébec (1)
JOsé AndrAde (*)
A Casa dos Açores
com sotaque francês
N
o segundo maior país
do mundo, na segunda
mais populosa província
do Canadá, na segunda
maior cidade do país, a primeira
Casa dos Açores em terras canadianas simboliza há 37 anos os açorianos do Québec que são quase 80%
dos portugueses de Montreal. Das
nossas 15 Casas em 6 nacionalidades, esta é a única que fala açoriano
com pronúncia francesa…
Sucede ao primeiro Rancho de Cantares e Bailares da Casa dos Açores
do Québec, criado em 1992 por iniciativa de José de Sousa, José Cordeiro e Tony Melo, e convive com
outros cinco ranchos resistentes
– Campinos do Ribatejo, Cana Verde, Estrelas do Atlântico, Rancho
Folclórico de Santa Cruz e Praias de
Portugal.
privando com Bill gates
Uma grande comUnidade
O Canadá foi o último grande destino da emigração açoriana, na sequência do Brasil e dos Estados
Unidos da América ou mesmo da
Bermuda e do Havai. A nossa emigração sistemática para este país
conta apenas 62 anos, considerando
o protocolo assinado em 1953 entre
Portugal e Canadá, mas foi tão intensiva que já corresponde à grande
maioria dos cerca de meio milhão
de portugueses em geral (de primeira, segunda e terceira gerações)
registados na estatística canadiana
de 1991.
Os portugueses, especialmente açorianos, radicaram-se sobretudo na
província do Ontário (202.000),
mas também no Québec (43.000)
e na Columbia Britânica (23.000)
ou até nas províncias de Alberta
(9.700) e Manitoba (9.500).
Em Montreal, estima-se que 78%
dos portugueses residentes são
oriundos dos Açores, maioritariamente da ilha de São Miguel. São da
Ribeira Grande, de Rabo de Peixe,
da Lagoa, concentraram-se inicialmente no chamado “bairro português” mas, nas últimas três décadas,
dispersaram para cidades próximas
como Laval ou Sainte-Thérèse.
Foi aqui que se estabeleceu a primeira Casa dos Açores do Canadá,
em 1978, ainda antes das do Ontário (1985) ou do Winnipeg (1992).
a primeira no canadá
A Casa dos Açores do Québec foi
fundada a 18 de julho de 1978, na
cidade de Montreal, por iniciativa
dos açorianos Tadeu Rocha, Carlos Saldanha, Maria Elvira Saldanha-Teixeira, Joviano Vaz e Manuel
Contente. A sua comissão instaladora ficou constituída pelos cinco
fundadores e ainda Aires Whytton
da Silva, António Bairos, Guilherme
Álvares Cabral e Norberto Aguiar,
procedendo à elaboração dos primeiros estatutos.
Só 13 anos depois foi eleita a primeira direção efetiva, em assembleia geral de sócios realizada a 18
de novembro de 1991, na sua sede
provisória da rua St-Joseph. Ficou
constituída por Guilherme Álvares
Cabral (presidente), António Tavares (vice-presidente), Manuel António Pereira (secretário), Benjamim
Moniz (tesoureiro) e ainda Carlos
Saldanha, Norberto Aguiar, Alfredo
Ponte, Victor Puim e José Coelho
(vogais).
Guilherme Cabral, o primeiro presidente eleito, nasceu em 1939, na
Bélgica, mas depressa viajou para a
ilha de São Miguel, a terra da sua
família. Com 25 anos de idade,
emigrou para o Canadá, residindo
primeiro na cidade de Toronto, em
1964, e fixando-se depois na cidade
de Montreal, em 1973. Fez carreira
profissional no ramo imobiliário,
mas foi também presidente da Caixa Portuguesa de Montreal.
Sob a sua presidência, a Casa dos
Açores transferiu-se para uma segunda sede provisória, na rua StDominique, inaugurada em fevereiro de 1992. A primeira direção
aqui eleita era presidida por Manuel
António Pereira, que conduziu os
destinos da instituição até ao ano
2000.
Filarmónicas e Folclore
Manuel Pereira nasceu em 1942 na
freguesia de S. José, em Ponta Delgada, e emigrou para o Canadá em
1967, recém-casado. Começou por
trabalhar no aeroporto de Montreal e, dois anos depois, transferiu-se
com a família para os Estados Unidos da América, como supervisor
de uma fábrica de tecidos em New
Bedford. Regressado a Montreal em
1971, fez os cursos de mecânica e
imobiliária, mas foi no departamento de compras da companhia de
aviação KLM que estabilizou a sua
atividade profissional até aposentarse em 1998.
Desde sempre e ainda hoje ligado à
Casa dos Açores do Québec, adquiriu a atual sede própria em 1996,
pelo valor de 170 mil dólares, graças a um empréstimo por 10 anos
com a sua responsabilidade pessoal
e a de Guilherme Cabral, João Reis,
Eduardo Leite e Alfredo Ponte. Esta
sede, localizada no número 229 da
rua Fleury Oeste e inaugurada a 22
de março de 1997, dispõe de bar,
salão e biblioteca, dispensando ainda parte do edifício para instalação
provisória da Filarmónica do Divino
Espírito Santo de Laval.
Outras duas filarmónicas encontram-se formalmente constituídas
no seio da comunidade lusitana da
província do Québec – a Filarmónica Portuguesa de Montreal, agora
em fase de inatividade, e a Banda de
Nossa Senhora dos Milagres.
Na sede atual funciona também o
Rancho Folclórico “Ilhas de Encanto” da Casa dos Açores do Québec,
o oitavo grupo de folclore existente
na comunidade portuguesa, que foi
fundado em 1997 com 27 dançarinos, nove músicos e quatro cantadeiras, sob a direção de João Rebelo.
A nossa “embaixada açoriana” em
Montreal tem recebido a visita oficial de diversas entidades, como
sejam o presidente da Assembleia
Legislativa da Região Autónoma dos
Açores, Alberto Romão Madruga da
Costa (1994), o presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos
César (1997), o Bispo de Angra,
D. António Sousa Braga (1999), o
Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário
(2003) ou o presidente da Assembleia da República, João Bosco Mota
Amaral (2003).
Depois de Guilherme Álvares Cabral, Manuel António Pereira, Emanuel Martins, Gil do Couto, Damião
de Sousa e Dora Barão, a Casa dos
Açores do Québec é atualmente presidida, desde 2010, por Benjamim
Moniz.
Benjamim Moniz nasceu em Rabo
de Peixe, em 1949, e emigrou com
a família em 1966. Primeiro viveu
nos Estados Unidos da América, em
East Providence, com a esposa natural da Ribeira Grande, onde tiveram os primeiros dois de três filhos.
Depois radicou-se no Canadá, em
Montreal, desde que em 1975 recebeu uma “carta de chamada” para
reunir a família, agora já com cinco
netos. Filho de carpinteiro, trabalhou sempre numa companhia de
construção de móveis de alta qualidade, chegando mesmo a construir a
secretária do escritório de Bill Gates
em Manhattan e a biblioteca da sua
mansão em Long Island. “Ele era
tão simpático que até me ajudou a
acartar as madeiras”, explica o marceneiro micaelense que privou com
o magnata americano...
(Continua)
(*) Deputado no Parlamento dos Açores
(*) No âmbito da deslocação realizada
à XVIII Assembleia Geral do Conselho
Mundial das Casas dos Açores
DeSpORtO |17|
DIÁRIO INSULAR 10.OUt.2015
NAS ESCOLAS DO CONCELHO DE ANGRA
Terceira Basket realiza
ações de captação
CARtAZ pARA
O FIM De SeMANA
FUTEBOL
NACIONAL SENIORES
SÁBADO, 15:00
Angrense/Praiense
(municipal de Angra)
LIGA MEO AÇORES
DOMINGO, 11:30
Barreiro/Vitória
(campo do Barreiro)
DOMINGO, 15:00
Rabo Peixe/Lusitânia
(campo Bom Jesus)
Marítimo/Vilanovense
(estádio de Sta. Cruz)
TAÇA AFAH
DOMINGO, 15:00
Marítimos/Fontinhas
(campo São Mateus)
Lajense/Boavista
(campo das Lajes)
BASqUETEBOL
LIGA MASCULINA
SÁBADO, 16:30
Barcelos/Lusitânia
(escola de Barcelos)
FORMAÇÃO DESPORTIVA é uma prioridade no projeto do Terceira Basket Club
DOMINGO, 17:00
Oliveirense/Lusitânia
Eventos tiveram como palco as escolas do 1.º ciclo
de São João de Deus e da Terra Chã. Terceira Basket
Club fala em sucesso desportivo e social.
Prosseguindo o trabalho efetuado na
época desportiva 2014/15, com vista à almejada captação e fixação de
atletas, o prestigiado Terceira Basket
Club já levou a efeito esta temporada
(2015/16) mais duas ações de captação, dirigidas, na circunstância, ao
escalão etário de minis e realizadas
nas escolas do 1.º ciclo de São João
de Deus, na freguesia de Santa Luzia, e da Terra Chã.
1.ª AÇÃO DE CAPTAÇÃO
Deste modo, a designada 1.ª ação
de divulgação e captação de basquetebol levada a cabo pelo Terceira Basket na campanha em curso
aconteceu no passado dia 22 de setembro, na Escola EB1 de São João
de Deus.
Estiveram então presentes os treinadores e atletas da coletividade,
Francisco Simões, Daniel Brandão,
Fe Tomassi, Eduardo Sousa, Filipe
Pinheiro, Matt Smith e Tiago Rai-
mundo.
Segundo o emblema angrense, “a
iniciativa processou-se com muita dinâmica e alegria, tendo os 60
alunos das quatro turmas presentes
ficado bastante satisfeitos e agradados com a atividade efetuada. No
final, teve lugar a tradicional foto
de família, bem como um período
de perguntas e respostas aos nossos
atletas seniores”.
O clube promotor da diligência deixa ainda um agradecimento à professora Luísa Silva “que nos deu
abertura e condições para que esta
ação fosse um verdadeiro sucesso”.
2.ª AÇÃO DE CAPTAÇÃO
Entretanto, a segunda iniciativa do
género sucedeu no dia 24 de setembro, na Escola EB1/JI Professor
Maximino F. Rocha, na freguesia da
Terra Chã, igualmente no concelho
de Angra do Heroísmo.
Colaboraram os treinadores e atle-
tas do Terceira Basket, Francisco
Simões, Fe Tomassi, Eduardo Sousa, Filipe Pinheiro, Matt Smith e
Tiago Raimundo.
Tendo outra vez por base fonte do
clube, “a ação decorreu com imensa dinâmica e alegria, tendo os 80
alunos das quatro turmas presentes
ficado bastante satisfeitos e agradados com a atividade desenvolvida.
No final teve lugar a foto de família,
assim como um período de perguntas e respostas aos nossos atletas
seniores”.
Também aqui, a agremiação sediada
na cidade açoriana Património Mundial deixa um agradecimento à professora Ângela Abreu “que nos deu
abertura e condições para que esta
ação fosse, tal como a anterior, um
enorme êxito desportivo e social”.
Mantendo aquela que é a sua linha
de atuação (em que a formação humana e desportiva é uma espécie de
bandeira), o Terceira Basket, cuja
comissão de gestão é liderada por
Vítor Soares, deve apostar em outros projetos semelhantes ao longo
da temporada vigente, os quais, em
boa verdade, também funcionam
como um excelente meio de promoção da prestigiada modalidade.
(Salvador Machado)
LIGA FEMININA
SÁBADO, 15:30
Olivais/Boa Viagem
(pav. Augusto Correia)
PROLIGA
SÁBADO, 20:00
Benfica “B”/Terceira
(pav. Fidelidade)
DOMINGO, 13:15
Estoril/AngraBasket
(pav. Salesianos)
vOLEIBOL
PRIMEIRA DIvISÃO
SÁBADO, 16:30
AJFB/Sp. Espinho
(Vitorino Nemésio)
TéNIS DE MESA
ETTU CUP
(SeXtA A DOMINGO)
GDCSJ/DT/Yroni/GSK
(Luxemburgo)
DIvISÃO DE HONRA
SÁBADO, 14:00
Porto Salvo/USFC
(Leões Porto Salvo)
|18| DeSpORtO
10.OUt.2015 DIÁRIO INSULAR
COMO DEStINO DE NAtUREZA
Trail Run promove
imagem dos Açores
fotografia www.epictrailrunazores.com
TRAIL RUN em clara expansão nas ilhas do arquipélago açoriano
Governo destaca a importância de eventos de ‘Trail
Run’ para a promoção do arquipélago. ‘Epic Trail Run
Azores – ETRA’ decorre este fim de semana.
O Diretor Regional do Turismo realçou, em Ponta Delgada, a importância dos eventos de ‘Trail Run’ para
a promoção dos Açores, salientando a divulgação que permitem das
paisagens da Região como cenários
de competição e, simultaneamente,
como produto turístico de lazer,
através dos trilhos.
João Bettencourt, que falava na
apresentação do ‘Epic Trail Run
Azores – ETRA’, frisou que este
evento “além de trazer à Região
centenas de pessoas, com impacto
direto na economia local, permite
mostrar aquilo que de melhor os
Açores têm para oferecer e para cativar muitos amantes do turismo de
natureza por esse mundo fora”.
“Está provado que a visibilidade
deste tipo de eventos, que tiram partido dos nossos recursos naturais e
potenciam a sua qualidade ambiental, associando a vertente lúdica e
competitiva, contribui eficazmente
para atrair praticantes deste tipo de
desportos, mas também um nicho
de mercado de turistas que privilegiam o contato com a natureza, que
consequentemente se traduzirá no
aumento de fluxos turísticos para a
Região”, frisou.
João Bettencourt afirmou que o Governo dos Açores apoia a realização
deste tipo de eventos, que colocam
em destaque a Região “através da
sua diversidade e particularidade
paisagística, e da sua especial apetência para a prática de desportos
em contato com a Natureza”, resultando assim “num enorme sucesso
na promoção dos Açores e na criação de notoriedade do arquipélago
como destino de turismo de nature-
za nos mercados internacionais”.
Na sua intervenção, o Diretor Regional salientou que este segmento
tem grandes perspetivas de crescimento a nível mundial, acrescentando que os Açores têm todas as
condições para se posicionarem internacionalmente como destino de
turismo de natureza.
Nesse sentido, destacou a importância dos trilhos terrestres, um produto de ano inteiro e transversal a todas as ilhas, recordando que existem
atualmente no arquipélago 80 trilhos
homologados, com uma extensão total superior a 716 quilómetros.
“Apesar da oferta já consolidada, os
Açores ainda podem crescer neste
produto, tanto em oferta, como em
procura, agora mais do que nunca,
face a esta nova realidade que o turismo açoriano vive atualmente”,
afirmou, aludindo ao melhoramento das acessibilidades na Região em
virtude da revisão do modelo de
transporte aéreo ocorrido em março e que impulsionou o crescimento do setor do turismo a níveis de
dois dígitos.
“Acreditamos sinceramente que esta
nova realidade, associada à realização de eventos como este, que acrescentam valor ao destino Açores,
tornando-o numa referência internacional de turismo de natureza, irá
influenciar positivamente a captação
de fluxos turísticos”, salientou.
O Epic Trail Run Azores é disputado ao longo de dois dias, tendo
início hoje com um trail noturno de
15 quilómetros ao longo da Reserva
Florestal do Pinhal da Paz.
Amanhã é realizado um trail diurno
de 27 quilómetros, que atravessará
a Lagoa do Fogo, entre outras paisagens, terminando nas Portas do
Mar, em Ponta Delgada.
“Estamos perante um projeto que
nasce com a ambição de se tornar
uma referência no panorama internacional do ‘Track Running’,
uma modalidade de atletismo com
grande projeção mediática e que
tem vindo a conquistar adeptos de
todas as partes do Mundo”, disse
João Bettencourt, afirmando que o
ETRA “é mais um evento que nasce
nos Açores para o Mundo”.
DeSpORtO |19|
DIÁRIO INSULAR 10.OUt.2015
4.ª JORNADA DA LIGA MEO AÇORES
BASQUEtEBOL
Lusitânia e Vilanovense
com viagens complicadas
Jogos nacionais
sem árbitros oficiais
fotografia pedro alves/di
“B”, Lajense “A” – Lusitânia “A”,
Lusitânia “B” – Lajense “B”, Angrense “A” – Barreiro e Vilanovense – Fontinhas. Terça-feira, 19:00,
Praiense “B” – Barreiro. Quinta-feira, 18:30, Boavista – Marítimos.
FUTSAL
LUSITÂNIA E VILANOVENSE querem contrariar dificuldades e somar pontos
Equipa de João Eduardo Alves visita Rabo de Peixe,
ao passo que os subordinados de Nuno Janeiro atuam na ilha branca, ante o líder Marítimo.
Está agendada para amanhã, domingo, a quarta jornada da Liga Meo
Açores, em futebol. Conferimos, a
propósito, os jogos em exibição e
respetivas equipas de arbitragem:
São Roque – Vale Formoso, 15:00,
campo de São Roque. Árbitro: José
Pereira. Assistentes: João Medeiros
e Luís Fundo. Prainha – Sporting de
Guadalupe, 15:00, campo do Vitória
(Pico). Árbitro: Duarte Travassos.
Assistentes: Nuno Medeiros e Fábio
Oliveira. Observador: Paulo Sousa.
Rabo de Peixe – Lusitânia, 15:00,
campo do Bom Jesus. Árbitro: Hélio Duarte. Assistentes: Nuno Costa
e Marco Silva. Observador: Hélder
Medeiros. Barreiro – Vitória, 11:30,
campo do Barreiro. Árbitro: Dioclécio Ávila. Assistentes: João Paulo
Medeiros e Rodrigo Pereira. Marítimo – Vilanovense, 15:00, estádio
de Santa Cruz da Graciosa. Árbitro:
Márcio Duarte. Assistentes: José
Valério e Rogério Sousa.
AFAH
Vejamos agora o programa para o
fim de semana, sob a égide da Associação de Futebol de Angra do
Heroísmo (AFAH):
Taça AFAH: amanhã, 15:00, Marítimos – Fontinhas e Lajense – Boavista. Taça Fernando Pacheco Pereira de Juniores “A”: hoje, Lajense
– Angrense (15:00) e Lusitânia
– Praiense (15:30). Campeonato de
Juniores “B”: hoje, 13:00, Barreiro
– Angrense e Lusitânia – Lajense;
quarta-feira, 19:00, Angrense – Lajense e Barreiro – Lusitânia.
Torneio de Abertura de Juniores
“C”: amanhã, 11:30, Angrense – Lusitânia e Praiense – Lajense. Torneio
de Abertura de Juniores “D”: hoje,
10:00, Fontinhas – Lusitânia “B”, Boavista – Angrense “B”, Lusitânia “A”
– Vilanovense e Lajense – Praiense.
Torneio de Abertura de Juniores
“E”: amanhã, 09:30, Praiense “A”
– Boavista, Marítimos – Angrense
Continuando na área de jurisdição
da AFAH, viramos agulhas para o
futsal:
Torneio de Abertura de Seniores:
hoje, Grupo “A”, União Praiense
– Porto Judeu (19:00, Vitorino Nemésio) e São Sebastião – São Carlos
(19:00, São Sebastião). Grupo “B”,
São Brás – Casa da Ribeira (19:00,
Casa da Ribeira) e Posto Santo
– Lusitânia (19:00, pavilhão municipal de Angra).
Grupo “C”, Porto Martins – Matraquilhos (19:00, Porto Martins) e Ladeira Grande – União Sebastianense (21:00, pavilhão municipal de
Angra). Grupo “D”, Agualva – Biscoitos (21:00, Vitorino Nemésio) e
Barbarense – Doze Ribeiras (19:00,
Santa Bárbara).
Torneio de Abertura de Juniores
“A”: hoje, 17:00, Casa da Ribeira
– Marítimo (final), Matraquilhos
– São Sebastião (3.º/4.º lugares),
União Praiense – Barbarense (5.º/6.
º lugares) e Biscoitos – Posto Santo
(7.º/8.º lugares).
Torneio de Abertura de Juniores
“B”: amanhã, Ladeira Grande – Porto Judeu (15:00), Posto Santo – Marítimo (14:00), Barbarense – Matraquilhos (14:00) e Biscoitos – Casa
da Ribeira (14:00). Terça-feira, Matraquilhos – Posto Santo (19:30).
Quarta-feira, Casa da Ribeira – Porto Judeu (20:00).
Torneio de Abertura de Juniores
“C”: hoje, 15:00, Barbarense – Posto Santo e Agualva – União Praiense. Torneio de Abertura de Juniores
“D”: amanhã, Casa da Ribeira –
Posto Santo (10:00), Matraquilhos
– Lusitânia (11:30), Biscoitos – São
Sebastião (10:00) e Porto Judeu
– Barbarense (10:00).
Torneio de Abertura de Juniores
“E”: hoje, Posto Santo – Casa da Ribeira (10:00), São Sebastião – Biscoitos (10:00), Barbarense – Ladeira Grande (10:00) e Matraquilhos
– Cabo da Praia (11:30). Quarta-feira, São Sebastião – Ladeira Grande
(17:00).
Uma vez que Federação Portuguesa de Basquetebol e Associação
Nacional de Juízes de Basquetebol
continuam sem chegar a acordo relativamente ao pagamento dos valores em falta às equipas de arbitragem, tudo aponta para que os jogos
da primeira jornada dos diversos
campeonatos nacionais não contem
com a presença dos juízes.
Ainda assim, o Conselho de Arbitragem da Federação procedeu às
respetivas nomeações, o que, segundo conseguimos apurar, deixa
em aberto a possibilidade de um
entendimento de última hora (o
que, inclusive, pode ter acontecido
já depois do fecho desta edição).
FUtEBOL
Santa Clara
segue na taça
O Santa Clara, da Liga de Honra,
apurou-se quinta-feira para a terceira eliminatória da Taça de Portugal, ao vencer no terreno do Pedras
Rubras, no desempate por grandes
penalidades (7-6), depois da igualdade sem golos no final do prolongamento. Na próxima fase da prova
rainha, a equipa das ilhas de bruma volta a visitar uma formação do
Campeonato Nacional de Seniores,
deslocando-se agora ao campo do
Trofense.
AtLEtISMO
Associação promove
curso e reciclagem
A Associação de Atletismo da Ilha
Terceira (AAIT) leva a efeito, entre
23 e 25 de outubro, na escola básica
e secundária Tomás de Borba, um
curso de admissão de juízes de atletismo e uma reciclagem de juízes.
O evento funciona no seguinte horário: 23/10 – 20:00/23:00; 24/10
– 09:00/13:00 e 14:00/17:00; 25/10
– 09:00/13:00 e 14:00/15:30. São
requisitos a escolaridade mínima
obrigatória; 16 anos de idade à data
do exame; e bom comportamento
moral, cívico e desportivo.
A ficha de inscrição deve ser enviada para o endereço eletrónico
[email protected] ou, então,
entregue na sede da AAIT, sita ao
Jardim dos Cortes-Reais, n.º 30, Espaço F – Estrada Gaspar Corte-Real,
9700-030 Angra do Heroísmo.
|20| DeSpORtO
10.OUt.2015 DIÁRIO INSULAR
PRIMEIRA DIVISÃO DE FUtSAL
Dupla terceirense no Gualtar/Braga
DUPLA TERCEIRENSE continua em grande estilo na arbitragem nacional
Os árbitros terceirenses Sérgio
Silva e José Silveira, ambos filiados no Conselho de Arbitragem da
Associação de Futebol de Angra do
Heroísmo, integram a equipa de
arbitragem que dirige esta tarde,
a partir das 16:30, o dérbi entre
Gualtar e Sporting de Braga, válido para a sexta jornada da fase regular do Campeonato Nacional da
Primeira Divisão de Futsal Masculino, temporada 2015/16.
A aguardada peleja concretiza-se
no pavilhão desportivo da escola
EB 2/3 de Gualtar, na cidade dos
arcebispos, sendo que o Gualtar
ocupa o 10.º lugar da classificação
geral e o Sporting de Braga o terceiro, daí o natural favoritismo dos
forasteiros.
Sérgio Silva desempenha as funções de primeiro árbitro e José Silveira as de segundo juiz de campo.
O cronometrista indicado é o internacional Ruben Guerreiro, o qual
pertence aos quadros do Conselho
de Arbitragem da Associação de
Futebol do Algarve.
TORNEIO DE ABERTURA
Por outro lado, em desafio em atraso da primeira ronda do Torneio
de Abertura de Futsal da Associação de Futebol de Angra do Heroísmo, escalão de seniores masculinos, Grupo “C”, a Ladeira Grande,
atuando na condição de visitada
(pavilhão da escola da Ribeirinha),
bateu, na noite da passada quartafeira, o Porto Martins, por duas
bolas a uma.
Olhando para o quadro da classificação geral, lidera o Matraquilhos
FC, com seis pontos acumulados
(2V0E0D) – que confirma, deste
modo, o estatuto de favorito do
grupo. Ladeira Grande e Porto Martins somam três pontos (1V0E1D).
O União Sebastianense ainda não
pontuou (0V0E2D).
A primeira fase da competição termina já este fim de semana, conforme, aliás, peça publicada também
nesta edição.
FotograFia pedro alves/di
PRIMEIRA DIVISÃO DE VOLEIBOL
Fonte alberga
Sp. Espinho (16:30)
Encontro realiza-se hoje,
às 16:30, no complexo
Vitorino Nemésio.
Associação de Jovens da Fonte do
Bastardo e Sporting Clube de Espinho (dois históricos do voleibol
luso) rivalizam hoje, sábado, a partir das 16:30, no pavilhão do complexo desportivo Vitorino Nemésio,
cidade da Praia da Vitória, em peleja válida para a ronda inaugural do
aguardado Campeonato Nacional
da Primeira Divisão de Voleibol
Masculino. Como sempre acontece,
a entrada é livre.
Para além do embate a efetuar na
ilha Terceira – com certeza o mais
emotivo do dia, atendendo ao previsível equilíbrio de forças –, que
envolve dois sérios pretendentes ao
almejado título, a jornada comporta
ainda os jogos que se seguem:
Hoje: Esmoriz – Castêlo da Maia,
Sporting das Caldas – Académica
de Espinho, SL Benfica – Ginásio
Vilacondense e Vitória de Guimarães – Académica de São Mamede.
O duelo Leixões – Atlântico da Madalena foi adiado para o dia 21 de
outubro.
FEMININOS
Em relação ao género feminino,
quadro competitivo em que militam
as picoenses do Clube Desportivo
Ribeirense, a abertura da magna
prova é sinónimo de rodada dupla.
Partidas em cartaz:
Hoje: Castêlo da Maia – Belenenses, Boavista – Santo Tirso, Lusófona – Ribeirense do Pico, Sporting
de Braga – Leixões, Atlético VC
– Porto Vólei 2014 e Escola Pedro
E. Lobato – Gueifães.
Amanhã: Belenenses – Lusófona,
Sporting de Braga – Boavista, Atlético VC – Castêlo da Maia, Gueifães
– Santo Tirso, Escola Pedro E. Lobato – Ribeirense do Pico e Porto
Vólei 2014 – Leixões.
ALEXANDRE AFONSO pretende recolocar a Fonte na rota dos títulos
pUbLIcIDADe |21|
DIÁRIO INSULAR 10.OUT.2015
cLUbe NÁUtIcO De ANgRA
80º aniversário do clube
MUNICIPIO DE ANGRA DO HEROÍSMO
câmara Municipal de Angra do Heroísmo
Informamos todos os SÓCIOS que o nosso CLUBE vai festejar o seu aniversário no dia 24 de OUTUBRO DE 2015 (Sábado), tendo início o almoço
às 13H00.
Os sócios que desejem participar no nosso convívio com familiares e amigos devem proceder à sua
inscrição no CLUBE.
No dia 24 de Outubro, o CLUBE estará reservado
até às 17H00 para sócios, familiares e convidados
inscritos para o convívio.
aViso n.º 65/2015
suspensÃo de trÂnsito
A Câmara Municipal de Angra do Heroísmo avisa a população em geral que será suspenso o trânsito a partir das 22:00 horas
do dia 11 de outubro até às 16:00 horas
do dia 12 de outubro de 2015, na Rua do
Salinas, freguesia da Sé, destinado à remoção de bens móveis, do edifício n.º 21.
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Angra do Heroísmo, 9 de outubro de 2015.
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Contactar:
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que cada letra corresponde a cada espaço. Deixe um espaço
entre cada palavra. O anúncio não poderá ultrapassar o número
de quadrados do formulário.
2. O formulário deverá ser enviado para a morada indicada, junto
com o valor correspondente ao número de publicações.
3. O anúncio terá um custo de 6 euros por cada publicação.
4. O anúncio será publicado na edição seguinte à sua recepção.
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DIÁRIO INSULAR - FIchA TécNIcA: Propriedade: Propriedade: Sociedade Terceirense de Publicidade, Lda., nº. Pessoa Coletiva: 512002746 nº. registo título 101105, Jornal diário de manhã, composição e Impressão:
Oficinas gráficas da Sociedade Terceirense de Publicidade, Lda. Sede: Administração e Redação - Avenida Infante D. Henrique, n.º 1, 9701-098 Angra do Heroísmo Terceira - Açores – Portugal. Telefone: 295401050 |
Telefax: 295214246. [email protected] | www.diarioinsular.com | [email protected] Diretor: José Lourenço. chefe de Redação: Armando Mendes. Redação: Hélio Jorge Vieira, Fátima Martins, Helena
Fagundes, Carina Barcelos e Oriana Barcelos. Desporto: Mateus Rocha (coordenador), Luís Almeida, Daniel Costa, José Eliseu Costa e Carlos do Carmo. colaboradores: António Bulcão, João Bosco Mota Amaral,
Francisco dos Reis Maduro-Dias, Ramiro Carrola, Luiz Fagundes Duarte, Gustavo Moura, José Guilherme Reis Leite, Eduardo Ferraz da Rosa, António Ventura, António Vallacorba, Diniz Borges, Jorge Moreira, Paulo Gomes,
Daniel de Sá, Soares de Barcelos, José Eduardo Machado Soares, Fábio Vieira, Arnaldo Ourique, José Decq Mota, Artur Lima, Cláudia Cardoso, Berto Messias, Luís Couto, José Aurélio Almeida, João Bruto da Costa, Aníbal
Pires, Mário Cabral e Luís Filipe Miranda Fotografia: António Araújo, João Costa,Fausto Costa e Pedro Alves. Design gráfico: António Araújo. Agência e Serviços: Lusa. Edição Eletrónica: Rui Azevedo. Sócios-Gerentes
com mais de 10% de capital: Paula Cristina Lourenço, José Lourenço, Carlos Raulino, Manuel Raulino e Paulo Raulino. Tiragem desta edição: 3.500 exemplares; Tiragem média do mês anterior: 3.500 exemplares;
Assinatura mensal: 12 euros.
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Baseado em factos verídicos, o autor
relata duas histórias de vida, uma
delas - O Milagre - vivida aqui, nesta
nossa cidade de Angra do Heroísmo.
O seu lançamento será no dia 12
de Outubro, às 20H30, com uma
sessão de apresentação no Salão
Nobre da câmara Municipal de
Angra do Heroísmo.
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trabalho?
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Bahia BR com reconhecimento em Lisboa por
seus trabalhos e por sua loja de búzios.
Estará de passagem na Ilha Terceira entre 15
a 21 de Outubro.
MUNICIPIO DE ANGRA DO HEROÍSMO
câmara Municipal de Angra do Heroísmo
A Câmara Municipal de Angra do Heroísmo
avisa a população em geral que será suspenso o trânsito, nos dias 12 e 13 de outubro
de 2015, na Rua Prof. José de Melo, freguesia da Ribeirinha, em virtude da reposição
do pavimento asfáltico.
Angra do Heroísmo, 9 de outubro de 2015.
O Presidente da Câmara Municipal
José Gabriel do Álamo de Meneses
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DIÁRIO InSulAR 10.OuT.2015
TELEVISÃO
RTP-A
SÁBADO 16:00 Atlântida - Madeira 17:35 Água
de Mar 18:20 Viajar é Preciso 18:53 Pit Stop
19:25 Sabores das Ilhas 20:00 Telejornal Açores
Direto 20:44 A Mãe do Senhor Ministro 21:30 O
Cometa da República 22:15 CAFÉ MODERNO
22:35 Pedro e Inês 23:30 Telejornal Açores 00:00
RTP Informação/RTP Açores
DOMINGO 17:00 Consulta Externa 17:35 Água
de Mar 18:20 Festival da Canção Infantil Baleia
de Marfim 20:00 Telejornal Açores 20:40 Whats
Up - Olhar a Moda 21:15 Teledesporto 22:00
CAFÉ MODERNO 22:15 Pedro e Inês 00:00 RTP
Informação/RTP Açores
Fonte: http://www.rtp.pt/acores
RTP1
SÁBADO 05:25 Zig Zag 07:00 Bom Dia Portugal
Fim de Semana Direto 09:08 Surf Report 09:18
A Praça 10:24 Agora Nós 11:30 Uma Mesa Portuguesa Com Certeza... Em Portugal 12:00 Jornal
da Tarde Direto 13:10 Voz do Cidadão 13:29 Aqui
Portugal Direto 19:00 Telejornal Direto 19:45 Linha
da Frente 20:13 Memórias da Revolução 20:28 O
Homem do Saco 21:45 The Master - O Mentor
(Filme) 00:21 Bullitt (Filme) 02:14 Futebol: Magazine Liga dos Campeões 02:42 Janela Indiscreta
VII 03:18 Músicas de África 04:14 Televendas 05:00
As Horas Extraordinárias
DOMINGO 05:30 Zig Zag 07:00 Bom Dia Portugal
Fim De Semana Direto 09:00 Eucaristia Dominical Direto 10:00 Velhos Amigos 11:00 Bbc Terra
12:00 Jornal Da Tarde Direto 13:11 Memórias
Da Revolução 13:15 Só Visto! 14:15 Arrow 15:45
Futebol: Seleção Nacional (Aa) Pré-match Direto
16:00 Futebol: Seleção Nacional (Aa) Sérvia X
Portugal Direto 18:00 Programa A Designar 19:00
Telejornal Direto 20:00 The Voice Portugal Estreia
21:45 Hora Da Sorte: Sorteio Do Joker 22:15
Guerra É Guerra Estreia (Filme) 00:00 Resumos
- Qualificação Euro 2016 00:30 As Chaves Do
Poder (Filme) 02:30 Só Visto! 03:15 Televendas
05:00 Consigo
Fonte: http://www.rtp.pt/rtp1
RTP2
SÁBADO 06:00 Euronews Direto 06:45 Zig Zag
09:50 A Cavalo 10:20 Biosfera 10:51 Palácios de
Portugal 11:19 Hotéis Lendários 11:47 Qualificar
Mais 12:18 Cosmos: A Odisseia no Espaço 13:04
Pais Desesperados 13:57 Desporto 2 Futsal:
Campeonato Nacional Futsal 2015/2016 Boavista x Benfica Direto 18:02 Olhar o Mundo
18:48 Visita Guiada 19:21 Cuidado Com a Língua!
19:38 Os Simpsons 20:00 Jornal 2 Direto 20:48
Orson Welles Estreia 21:47 Já Vi Este Filme 21:50
O Segredo de um Cuscuz (Filme) 00:18 Já Vi
Este Filme 00:23 Conversa Capital Estreia 01:10
Deep PurpleEstreia 02:07 Cosmos: A Odisseia
no Espaço 02:53 Euronews Direto
DOMINGO 06:00 Euronews Direto 07:00 Zig Zag
10:00 Caminhos 10:30 70x7 11:00 Programa a
designar 11:30 Surf Total 12:00 Portugal 3.0 12:45
Voz do Cidadão 13:00 Pais Desesperados 14:00
Desporto 2 Futsal: Campeonato Nacional Futsal
2015/2016 Sporting x AD Fundão Direto 18:00 Criar
é Fundamental 18:30 Palcos Agora 19:00 Produtos
da Terra 19:30 Palácios de Portugal 20:00 Jornal 2
mETEOrOLOGIa
Direto 20:30 Uma Nação em Armas Estreia 21:30 Os
Influentes 22:30 A Entrevista de Maria Flor Pedroso
Estreia 23:00 Custódio Castelo na Cidade da Praia
23:55 Olhar o Mundo 00:35 Euronews Direto
Fonte: http://www.rtp.pt/rtp2
SIC
SÁBADO 05:15 Etnias 05:55 Julius Jr 06:45 Masha E O
Urso 07:05 H2o Aventuras De Sereias 07:35 Phineas
& Ferb 08:25 Alvin E Os Esquilos 08:50 Sonic Boom
09:20 Os Vingadores 09:40 Dragões: Em Busca
Do Desconhecido 10:15 Violetta 11:15 O Nosso
Mundo - 24/7 Wild 12:00 Primeiro Jornal 13:00 Alta
Definição 13:55 Fama Show 14:45 Grande Matiné:
Miúdos E Graúdos 16:45 Sessão Hollywood: Amigos Improváveis Estreia 19:00 Jornal Da Noite 20:30
Coração D´ouro 21:30 Totoloto 21:45 A Regra Do
Jogo 22:50 Som De Cristal 23:50 House Of Cards
00:35 Cinema: Millenium 1, Os Homens Que
Odeiam As Mulheres 03:25 Televenda
DOMINGO 05:30 Julius Jr 06:00 Lego Ninjago 06:30
H2o Aventuras De Sereias 07:00 Pac-man E As
Aventuras Fantasmagóricas 07:30 Sonic Boom 08:00
Os Vingadores 08:30 Violetta 09:15 Violetta 10:15
E-especial 11:00 Vida Selvagem - Attenborough 60
Years In The Wild 12:00 Primeiro Jornal 13:15 Portugal
Em Festa 19:00 Jornal Da Noite 20:30 Peso Pesado
22:30 Cinema 01:45 Cinema 02:15 Televenda
Fonte: http://sic.sapo.pt/
TVI
SÁBADO 05:30 Os Mundos de Mia 06:00 Kid
Kanal - Winx 06:20 A Lenda de Despereaux
07:53 Inspector Max 12:00 Jornal da Uma 13:00
Chicago Fire 14:50 Stardust - O Mistério da Estrela
Cadente 17:30 A Quinta 19:00 Jornal das 8 20:27
A Única Mulher 21:25 A Quinta 22:15 Detenção
de risco 00:50 Ora Acerta 02:00 Filha do Mar
02:46 Sonhos Traídos 03:45 TV Shop
DOMINGO 05:15 Batanetes 05:30 Os Mundos de
Mia 06:00 Os Mundos de Mia 06:30 Kid Kanal Winx 07:00 Detective Maravilhas 08:00 Campeões
e Detectives 08:45 Querido, Mudei a Casa! 09:30
Oitavo Dia 10:00 Missa 11:30 Câmara Exclusiva
12:00 Jornal da Uma 13:00 Somos Portugal 19:00
Jornal das 8 20:45 A Quinta 00:00 A Quinta 00:15
Rainhas de Nova Iorque 01:15 Ora Acerta 02:30
Sonhos Traídos 03:30 TV Shop
Fonte: http://www.tvi.iol.pt/
SPORT TV destaques
SÁBADO 00:00 Sport.tv5 Camp. Do Mundo Gp
Japão Moto3 Direto 00:00 Sport.tv2 Wnba Indiana
X Minnesota Direto 00:55 Sport.tv5 Camp. Do
Mundo Gp Japão Motogp Direto 01:00 Sport.tv3
Wrestling 01:55 Sport.tv5 Camp. Do Mundo Gp
Japão Moto2 Direto 03:00 Sport.tv3 Desportos
De Combate Direto 03:35 Sport.tv5 Camp. Do
Mundo Gp Japão Moto3 Direto 04:30 Sport.tv5
Camp. Do Mundo Gp Japão Motogp Direto 04:30
Sport.tv2 Ténis Atp World Tour 500 Pequim Direto
05:00 Sport.tv4 Golfe Presidents Cup Direto 06:00
Sport.tv3 Desportos Radicais Direto 09:00 Sport.
tv5 Camp. Mundo F1 2015 Formula 1 Russian
Grand Prix Direto 11:00 Sport.tv4 Golfe European
Tour British Masters Direto 11:30 Sport.tv5 Informação Camp. Mundo F1 2015 Formula 1 Russian
Grand Prix Direto 12:00 Sport.tv5 Camp. Mundo
F1 2015 Formula 1 Russian Grand Prix Direto
13:00 Sport.tv3 Voleibol Camp. Da Europa Sérvia
X Finlândia Direto 13:30 Sport.tv5 Rugby Camp. Do
Mundo Samoa X Escócia Direto 15:30 Sport.tv1
Informação Uefa Euro 2016 Qualificação Direto
15:45 Sport.tv5 Rugby Camp. Do Mundo Austrália
X P.gales Direto 16:00 Sport.tv3 Futebol Uefa Euro
2016 Qualificação Islândia X Letónia Direto 16:00
Sport.tv1 Futebol Uefa Euro 2016 Qualificação
Azerbaijão X Itália Direto 16:00 Sport.tv2 Futebol
Uefa Euro 2016 Qualificação Cazaquistão X
Holanda Direto 16:00 Sport.tv4 Futebol Uefa Euro
2016 Qualificação Noruega X Malta Direto 16:50
Sport.tv3 Informação Uefa Euro 2016 Qualificação Direto 18:00 Sport.tv1 Informação Uefa Euro
2016 Qualificação Direto 18:45 Sport.tv3 Futebol
Uefa Euro 2016 Qualificação Andorra X Bélgica
Direto 18:45 Sport.tv2 Futebol Uefa Euro 2016
Qualificação Bósnia E Herzegovina X P. Gales
Direto 18:45 Sport.tv1 Futebol Uefa Euro 2016
Qualificação Rep. Checa X Turquia Direto 18:45
Sport.tv4 Futebol Uefa Euro 2016 Qualificação
Croácia X Bulgária Direto 19:00 Sport.tv5 Rugby
Camp. Do Mundo Inglaterra X Uruguai Direto 19:30
Sport.tv3 Informação Uefa Euro 2016 Qualificação
Direto 22:00 Sport.tv1 Informação Últimas Notícias
Direto 22:30 Sport.tv1 Rugby Camp. Do Mundo
Resumo Do Dia Direto
DOMINGO00:10 Sport.tv5 Camp. Do Mundo Gp
Japão Moto2 Warm Up Direto 00:40 Sport.tv5 Gp
Japão Motogp Warm Up Direto 01:30 Sport.tv4
Golfe Presidents Cup Direto 02:00 Sport.tv5 Camp.
Do Mundo Gp Japão Moto3 Corrida Direto 03:20
Sport.tv5 Camp. Do Mundo Gp Japão Moto2
Corrida Direto 04:00 Sport.tv2 Ténis Atp World Tour
500 Tóquio Final Direto 04:30 Sport.tv5 Informação
Moto Gp Gp Japão Direto 05:00 Sport.tv5 Camp.
Do Mundo Gp Japão Motogp Corrida Direto 05:00
Sport.tv4 Golfe Presidents Cup Direto 05:00 Sport.
tv2 Ténis Atp World Tour 500 Tóquio Final Direto
06:00 Sport.tv3 Desportos Radicais Direto 10:00
Sport.tv2 Informação Camp. Mundo F1 2015
Formula 1 Russian Grand Prix Direto 10:30 Sport.
tv2 Camp. Mundo F1 2015 Formula 1 Russian
Grand Prix Pré Grelha Direto 11:00 Sport.tv2 Camp.
Mundo F1 2015 Formula 1 Russian Grand Prix
Corrida Direto 11:00 Sport.tv4 Golfe European Tour
British Masters Direto 11:00 Sport.tv5 Rugby Camp.
Do Mundo Argentina X Namíbia Direto 11:30 Sport.
tv3 Ténis Atp World Tour 500 Pequim Final Direto
13:30 Sport.tv5 Rugby Camp. Do Mundo Itália X
Roménia Direto 15:10 Sport.tv3 Andebol Camp.
Da Europa Portugal X Dinamarca Qualificação
Feminina Direto 15:45 Sport.tv5 Rugby Camp. Do
Mundo França X Irlanda Direto 16:00 Sport.tv2
Futebol Uefa Euro 2016 Qualificação Ilhas Faroé X
Roménia Direto 16:00 Sport.tv4 Futebol Uefa Euro
2016 Qualificação Arménia X Albânia Direto 16:00
Sport.tv1 Futebol Uefa Euro 2016 Qualificação
Grécia X Hungria Direto 16:50 Sport.tv2 Informação
Uefa Euro 2016 Qualificação Direto 18:45 Sport.tv4
Futebol Jogo De Preparação Dinamarca X França
Direto 18:45 Sport.tv2 Futebol Uefa Euro 2016 Qualificação Polónia X Rep. Irlanda Direto 18:45 Sport.
tv3 Futebol Uefa Euro 2016 Qualificação Gibraltar
X Escócia Direto 18:45 Sport.tv1 Futebol Uefa Euro
2016 Qualificação Alemanha X Geórgia Direto
19:00 Sport.tv5 Rugby Camp. Do Mundo Estados
Unidos X Japão Direto 19:30 Sport.tv4 Informação
Uefa Euro 2016 Qualificação Direto
Fonte: http://www.sporttv.pt/
InfOrmaçõES
FARMÁCIAS DE SERVIÇO
Angra do Heroísmo | Misericórdia
Praia da Vitória | Cabral
DOMIngO
Angra do Heroísmo | Central
Praia da Vitória | Silva
TAp pORTugAl
295 540 047
Partidas para Lisboa: 17h40/20h40
SATA AIR-AÇORES | 295 540 047
Partidas: 10h00, 14h15, 14h20, 20h55 Ponta Delgada; 11h30 S. Jorge; 16h25 Horta; 11h30 Graciosa;
15h45 Pico.
MISSAS SÁBADOS
Angra 16:00 Estabelecimento Prisional; 17:00 Lar
de Idosos (Santa Casa); 18:00 Sé, São Pedro e São
Luís; 17:00 São Gonçalo; 19:00 Santuário Conceição, S. Bento e S. João de Deus; 20:00 Santa Luzia.
Praia 20h00 3º e 4º Sáb de cada mês Igreja de
S. Pedro - Biscoitos; 19h00 Igreja do Coração Imaculado de maria - Biscoitos; 16:00fontinhas; 17:00
Lajes; 17:30 matriz da Praia; 18:00 Capela do Bairro
Joaquim alves, S. Brás e Vila nova; 19:00 Casa da
ribeira, Lajes e agualva; 19:30 Santa rita.
SERVIÇOS RElIgIOSOS - Igreja Evangélica Baptista
Angra DOmInGOS - rua Jacinto Cândido, 3.
19:30 Culto Q. - Feira Estudo Bíblico e Oração.
Praia DOmInGOS - rua da Estrela, 41 11:30 Culto
- www.iebpv.org.
gRupO OCIDEnTAl
CORVO
FLORES
3-2 METROS
20/40 KM/H
Períodos de céu muito nublado com abertas. Aguaceiros. Vento norte fraco (05/12 km/h), tornando-se
gradualmente fresco (30/40 km/h) com rajadas até 50
km/h e rodando para leste. Mar encrespado, tornandose gradualmente cavado. Ondas noroeste de 3 metros,
tornando-se norte de 2 metros.
STA CRuz DAS FlORES
Água do mar 21ºC
16ºC
20ºC
gRupO CEnTRAl
GRACIOSA
FAIAL
TERCEIRA
PICO
S. JORGE
3-2 METROS
20/30 KM/H
Períodos de céu muito nublado com abertas. Aguaceiros. Vento norte moderado (20/30 km/h) durante
a madrugada, tornando-se bonançoso (10/20 km/h) e
rodando para nordeste. Mar de pequena vaga a cavado.
Ondas noroeste de 3 metros, tornando-se norte de 2
metros.
AngRA DO HEROíSMO
Água do mar 21ºC
18ºC
22ºC
gRupO ORIEnTAl
S. MIGUEL
SANTA MARIA
3-2 METROS
10/30 KM/H
Períodos de céu muito nublado com abertas. Aguaceiros
fracos durante a madrugada e manhã. Vento noroeste
fresco (30/40 km/h) com rajadas até 50 km/h durante
a madrugada, tornando-se gradualmente bonançoso
(10/20 km/h) rodando para nordeste. Mar cavado, tornando-se gradualmente de pequena vaga. Ondas oeste
de 3 metros, tornando-se noroeste de 2 metros.
pOnTA DElgADA
17ºC
22ºC
Água do mar 22ºC
MARÉS
06:53 Baixa-mar | 12:58 Preia-Mar
19:14 Baixa-mar | - - : - - Preia-Mar
Centro Cultural de Angra do Heroísmo
“RICKI E OS FLASH .2D”
De 08 a 12 de outubro, 21h00
Auditório do Ramo Grande
“MAZE RUNNER: PROVAS DE FOGO”
16 e 17 outubro, 21h00
FAROl DAS COnTEnDAS
Visita todas as quartas-feiras
Hora de Inverno - 13.30 às 16.30
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opinião
eduArdo
FerrAz dA roSA
Artur LimA, Líder do CdS/PP-AçoreS
Açorianos não perceberam
proposta da Aliança Açores
Do Ponto De vista Do CDs-PP,
qUe PrinCiPais fatores terão
ContriBUíDo Para os resUltaDos
eleitorais na “aliança açores”
(CDP-PP/PPM) nos açores?
em primeiro lugar, entendo que os Açorianos não perceberam que a “Aliança
Açores” e a candidatura do Professor
Félix rodrigues poderia contribuir para
garantir a maioria de estabilidade que
o País precisava para continuar a sair
da recessão, como tem vindo a acontecer. Se tivesse sido eleito o candidato
desta coligação sentar-se-ia na bancada
do CdS na Assembleia da república,
assegurando a maioria que se perdeu.
Por outro lado, o facto de o PSd não
ter feito coligação com o CdS-PP nos
Açores, à semelhança da coligação
nacional, foi decisivo para que, em
contraciclo com o restante território nacional, a direita ter perdido as eleições
nos Açores. Basta fazer as contas aos
resultados e percebe-se que, mesmo
com o baixo resultado da “Aliança Açores”, dava para o PSd manter os três
deputados que tinha elegido nas Legislativas de 2011. mas as consequências
das decisões que foram tomadas ficam
para quem as tomou. entendo ainda
que dada a confusão que se instalou
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nos eleitores, fruto de não existir nos
Açores uma candidatura que replicasse
a coligação nacional, levou a que o voto
útil funcionasse para o PSd, em vez de
para a candidatura CdS/PPm. Nas regiões Autónomas verificou-se ainda outro
fenómeno: é que o sentido de voto dos
eleitores seguiu a tendência nacional
para algumas forças políticas.
É Possível tirar ConClUsões Destes resUltaDos Para as legislativas regionais Do PróxiMo ano?
Não. Nunca se conseguem fazer extrapolações de resultados nacionais para
resultados regionais. Basta ver na história democrática açoriana que nunca
os mesmos partidos conseguiram ter
resultados iguais ou semelhantes em
eleições distintas. os Açorianos conseguem perfeitamente distinguir os atos
eleitorais e isto é patente nos resultados eleitorais.
qUal a sUa leitUra Dos resUltaDos naCionais Da aliança PsD-PP?
Foi uma grande vitória da coligação
“Portugal a Frente” tendo em conta a
conjuntura nacional. importa não esquecer que os socialistas afundaram o
País e que o Governo PSd/CdS herdou
um programa imposto por entidades
externas (que nos emprestaram dinheiro para pagar salários e pensões) e teve
que adotar medidas de austeridade
para conseguir mandar embora a troika e devolver a soberania a Portugal.
todos os sacrifícios que os Portugueses
fizeram já começam a dar sinais de retoma que são evidentes a nível nacional
e os portugueses perceberam que não
vale a pena cair em tentação e repetir aventuras. Neste sentido, espera-se
que o PS tenha agora a capacidade de
ler os resultados eleitorais e, acima de
tudo, assuma uma postura responsável
para não voltar a atirar Portugal para a
bancarrota.
na sUa PersPetiva, CoMo evolUirá
a sitUação PolítiCa naCional nos
PróxiMos teMPos, tenDo Presente
qUe não há Maioria aBsolUta no
ParlaMento?
António Guterres governou vários anos
sem maioria absoluta e a direita portuguesa foi responsável ao ponto de deixar governar o País. o que se espera é
que o PS deixe governar quem ganhou
as eleições, fazendo propostas válidas e
sérias contribuindo para a governação
do País.
Utopia e Desenganos
A atribuição do Prémio Nobel 2015 da
Literatura à escritora Svetlana Aleksievitch
chamou a atenção do mundo para uma
obra singular, que tem vindo a ganhar
crescente notoriedade na Europa não só
pelo seu carácter propriamente literário
e estilo narrativo quanto pela problemática sociopolítica, cultural e filosófica que
a atravessa e profundamente modela na
vertente ensaística. Nascida em 1948 na
Ucrânia, então pertencente à URSS, o seu
difícil (e arriscado...) trabalho de pesquisa
e escrita (mormente recolha de entrevistas, arquivo de confissões e registo de
histórias de vida), oscilando sempre entre
textos profundamente realistas (alguns
quase surrealistas e para-ficcionais de
tão cruamente contados...), numa espécie
de investigação antropológica de campo,
misto de pesquisa etnológico-civilizacional
e de reportagem jornalística –, tem vindo
a permitir a Svetlana Aleksievitch abordar,
denunciando, fundamentalmente a experiência histórica, ética, espiritual, ideológica
e psico-existencial da chamada era pós-soviética e das implicações que as suas mais
relevantes fracturas sociopolíticas (Perestroika), ambientais (Chernobyl), bélicas (II
Guerra Mundial e guerra do Afeganistão)
e institucionais (nomeadamente o regime
de Loukachenko e o novo czarismo imperial de Putin), atingindo todas as classes e
camadas populacionais da extinta URSS,
provocaram na dramática reconfiguração
destinal e simbólica do chamado “homem
soviético”, na sua mentalidade e desencantos patrióticos ou nacionalistas, porém acima de tudo na sua fixação “utópica” num
passado “comunista” perdido e volatilizado, – naquilo que afinal se traduz no desenvolvimento sofredor (pático e amiúde
patológico) de uma série de mecanismos
compensatórios e ilusórios (ressentidos,
frustrados, desenganados mas ao mesmo
tempo quase delirantes e regressivos),
conforme todos os livros de Aleksievitch o
revelam, desde 1985 (sobre testemunhos
femininos da II Grande Guerra) até ao
mais recente O Fim do Homem Soviético
(único livro seu traduzido em português,
obra vencedora do Premio Médicis Ensaio
e Livro do Ano escolhido pela Revista Lire
em 2013), títulos de uma obra muito apelativa e à qual voltaremos aqui.
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golfinhos sob pressão