CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA
PAULA SOUZA
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM INFORMÁTICA COM
ÊNFASE EM BANCO DE DADOS
GLAUCIA APARECIDA BATISTA
HENRIQUE DYODI NAKAMURA
DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA WEB DE ORDEM DE
SERVIÇOS EM CRONOTACÓGRAFOS
LINS/SP
1º SEMESTRE/2014
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA
PAULA SOUZA
FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM INFORMÁTICA COM
ÊNFASE EM BANCO DE DADOS
GLAUCIA APARECIDA BATISTA
HENRIQUE DYODI NAKAMURA
DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA WEB DE ORDEM DE
SERVIÇOS EM CRONOTACÓGRAFOS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a
faculdade de Tecnologia de Lins para obtenção do
Título de Tecnólogo em Banco de Dados.
Orientador: Prof. Me. Adriano Bezerra
LINS/SP
1º SEMESTRE/2014
B333
Batista, Glaucia Aparecida
Desenvolvimento de sistema web de ordem de serviço em
cronotacógrafo / Glaucia Aparecida Batista e Henrique Dyodi Nakamura
– Lins, 2014.
127 f : il.
Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso de Tecnologia em
Banco de Dados) – Faculdade de Tecnologia de Lins Professor Antônio
Seabra, 2014.
Orientador: Prof. Adriano Bezerra
1.Sistema web. 2.Ordem de serviço. 3.Banco de dados.
4.Cronotacógrafo. I.Nakamura, Henrique Dyodi. II.Bezerra, Adriano.
III.Faculdade de Tecnologia de Lins Professor Antônio Seabra. IV.Título.
CDD 005.75
Ficha elaboradora pela Biblioteca da Faculdade de Tecnologia de Lins
GLAUCIA APARECIDA BATISTA
HENRIQUE DYODI NAKAMURA
DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA WEB DE ORDEM DE
SERVIÇOS EM CRONOTACÓGRAFOS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à
Faculdade de Tecnologia de Lins, como parte dos
requisitos necessários para a obtenção para a
obtenção do título de Tecnólogos em Banco de
Dados sob orientação do Prof. Me. Adriano
Bezerra.
Data da aprovação: 11 de Junho de 2014
_______________________________________
Orientador Prof. Me. Adriano Bezerra
_________________________________________
Prof. Me. Rodrigo Moura J. Ayres
__________________________________________
Prof. Me. Fábio Lúcio Meira
Dedico este trabalho a Deus por esta grande
oportunidade que tive e pela suas mãos me
sustentar nos momentos em que mais precisei.
Além disso dedico este trabalho a minha família
que sempre me apoiou. A minha mãe pela
solidariedade prestada para a elaboração deste
trabalho. Aos professores e amigos que me
acompanharam.
Glaucia Aparecida Batista
Antes de tudo, dedico este trabalho a Deus, aos
meus pais, Terezinha A. Y. Nakamura e Jorge
Nakamura, a minha irmã Lidia Nakamura e aos
meus avós.
Henrique Dyodi Nakamura
AGRADECIMENTOS
Primeiramente quero agradecer a Deus por me conceder esta conquista.
Aproveito também para manifestar a minha gratidão a minha família que sempre me
apoiou e me deu o total apoio durante a realização deste trabalho.
Agradeço especialmente ao meu orientador e professor Adriano Bezerra pelas
orientações proveitosas e competentes, pelo apoio e atenção e acima de tudo, por
nos fazer acreditar que este trabalho sempre seria possível.
Agradeço ao meu amigo e companheiro Henrique Nakamura pelo esforço e
empenho para a realização deste trabalho.
Agradeço também aos professores Luiz Fernando de Oliveira Silva, ao Fábio
Lúcio Meira pela atenção e apoio. Aos professores Alexandre de Oliveira Ponce,
Luciane Noronha e Adriana de Bortoli pelas correções do nosso trabalho e pela
disposição para tirar as dúvidas.
Por fim, quero expressar a minha gratidão às pessoas que de alguma forma
contribuíram para a realização deste trabalho.
Glaucia Aparecida Batista
AGRADECIMENTOS
Neste momento que é tão importante pra mim, eu não poderia deixar de
prestar meus agradecimentos às pessoas que, de alguma maneira contribuíram para
que este momento acontecesse.
Agradeço principalmente ao meu orientador, Prof. Me. Adriano Bezerra, por
quem tive a honra de ser orientado, assim como, pelas orientações importantes, e
acima de tudo, por me fazer acreditar que este trabalho seria possível. Aproveito
também para agradecer a minha família especialmente aos meus pais Jorge
Nakamura e Terezinha Nakamura, a minha irmã Lidia Nakamura por sempre me
motivar sendo a razão de estar aqui nesse momento tão importante da minha vida.
Agradeço a todos os meus professores pela contribuição pelo ensino dado
para que eu pudesse conseguir fazer esse trabalho: Prof. Me. Fabio Lúcio Meira,
Prof. Me. Luis Fernando de Oliveira Silva, Prof. Me. Mario Henrique S. Pardo, Prof.
Me. Luciane Noronha do Amaral, Prof. Me. Adriana de Bortoli, Prof. Me.Adriano
Marques, Prof. Me.Alexandre Ponce, Prof. Me.Alexandre Teso, Prof. Me. Elaine V. H.
de Morais, Prof. Me. Euclides Reame Junior, Prof. Me. Luis Antonio Cabanãs, Prof.
Me. Rogério Pinto Alexandre, pelas observações e ensinamentos.
Henrique Dyodi Nakamura
“Quando vem a ideia de profissionalismo, faz
sentido falar sobre ser profissional em Tecnologia
da Informação. Padrões são vitais para que
profissionais de TI possam prover sistemas que
durem” (Tim Berners-Lee).
“Nossa loucura é a mais sensata das emoções,
tudo o que fazemos deixamos como exemplos
para os que sonham um dia serem assim como
nós: LOUCOS... mas FELIZES” (Mário Quintana).
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo desenvolver um sistema Web voltado para as
necessidades de oficinas que prestam serviços em cronotacógrafos. Desta forma,
podem se beneficiar, realizando atividades mais eficazes e eficientes, como por
exemplo, fazer uma busca de selos e lacres utilizados nos serviços por meio de
relatórios ou consultar dados de serviços realizados. Para que o objetivo fosse
concretizado foram utilizadas as seguintes tecnologias: Oracle Database 10g,
Integrated Development Environment (IDE) NetBeans, Java Enterprise Edition (JEE),
IReports.
Palavras-chave: banco de dados, sistema Web, ordem de serviço, cronotacógrafo.
ABSTRACT
This work aims to develop a web system designed for the needs of
workshops, thus, can benefit by making more effective and efficient activities, such
as doing a search for information through reports or consult data services performed.
To that goal was achieved the following technologies were used: Oracle Database
10g, Integrated Development Environment (IDE) NetBeans, Java Enterprise Edition
(JEE), IReports.
Keywords: database, Web system, service order, tachograph.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1.1 – Configuração de um sistema de banco de dados simplificado..............29
Figura 1.2 – Módulos componentes de um Sistema de Gerenciamento de Banco de
Dados e suas interações............................................................................................31
Figura 1.3 – Representação simplificada de um sistema de banco de dados...........33
Figura 1.4 – Exemplo de tabelas................................................................................35
Figura 1.5 – Tela de login do banco de dados Oracle 10g.........................................37
Figura 1.6 – Exemplo de uma tela do banco de dados Oracle 10g...........................37
Figura 1.7 – As várias edições do Java......................................................................40
Figura 1.8 – Edições da linguagem Java e seus respectivos alvos de aplicações....41
Figura 1.9 – Camadas da plataforma JEE.................................................................42
Figura 1.10 – Ciclo de vida de um Servlet..................................................................43
Figura 1.11 – Arquitetura Servlet................................................................................47
Figura 1.12 – Ciclo de execução do JSP....................................................................48
Figura 1.13 – Modelo convencional de aplicação......................................................49
Figura 1.14 – Modelo de aplicação Web baseada em Ajax.......................................50
Figura 1.15 – Exemplo de uma tela da ferramenta iReport........................................52
Figura 1.16 – Exemplo de uma tela da ferramenta iReport........................................52
Figura 1.17 – Exemplo de uma tela da ferramenta iReport........................................53
Figura 1.18 – Visão geral da ferramenta NetBeans IDE............................................54
Figura 1.19 – Visão geral da ferramenta NetBeans IDE............................................54
Figura 1.20 – Visão geral da ferramenta Astah Community.......................................56
Figura 1.21 – Exemplo dos modelos..........................................................................57
Figura 1.22 – SQL Developer Data Modeler – Estrutura Modelo...............................59
Figura 1.23 – Modelo Lógico......................................................................................60
Figura 2.1 – Tela de cadastro de Ordem de Serviço do CPT Dedetizadora..............62
Figura 2.2 – Tela de cadastro de uma Ordem de Serviço..........................................63
Figura 2.3 – Tela de cadastro de uma Ordem de Serviço..........................................63
Figura 2.4 – Exemplo de uma Ordem de Serviço......................................................64
Figura 2.5 – Exemplo de um cronotacógrafo.............................................................71
Figura 2.6 – Exemplo de cronotacógrafo digital.........................................................71
Figura 2.7 – Exemplo de cronotacógrafo e suas informações...................................72
Figura 2.8 – Cronotacógrafo selado...........................................................................72
Figura 2.9 – Modelos de lacres e selos......................................................................73
Figura 3.1 – Diagrama de Caso de Uso.....................................................................81
Figura 3.2 – Diagrama de Classe..............................................................................82
Figura 3.3 – Diagrama de atividade Manter Pessoa..................................................83
Figura 3.4 – Diagrama de MVC Manter Pessoa.........................................................84
Figura 3.5 – Diagrama de sequencia Manter Pessoa................................................85
Figura 3.6 – Diagrama de atividade Manter Veiculo...................................................86
Figura 3.7 – Diagrama de MVC Manter Veiculo.........................................................86
Figura 3.8 – Diagrama de sequencia Manter Veiculo.................................................87
Figura 3.9 – Diagrama de atividade Manter Cronotacógrafo.....................................88
Figura 3.10 – Diagrama de MVC Manter Cronotacógrafo..........................................89
Figura 3.11 – Diagrama de sequencia Manter Cronotacógrafo..................................90
Figura 3.12 – Diagrama de atividade Selecionar Ordem...........................................91
Figura 3.13 – Diagrama de MVC Selecionar Ordem..................................................91
Figura 3.14 – Diagrama de sequencia Selecionar Ordem.........................................92
Figura 3.15 – Diagrama de atividade Gerar Relatório................................................93
Figura 3.16 – Diagrama de MVC Gerar Relatório......................................................93
Figura 3.17 – Diagrama de sequencia Gerar Relatório..............................................94
Figura 4.1 – Tela inicial de cadastro do sistema.........................................................96
Figura 4.2 – Tela de login do sistema.........................................................................96
Figura 4.3 – Formulário para impressão mensal de ordem de serviço......................98
Figura 4.4 – Consulta de serviços..............................................................................99
Figura 4.5 – Tela de exclusão do sistema................................................................100
Figura 4.6 – Tela de cadastro de serviço..................................................................100
Figura 4.7 – Tela de alteração de serviço.................................................................101
Figura 4.8 – Função selPessoa() no item do menu Cliente.....................................102
Figura 4.9 – Função selPessoa().............................................................................103
Figura 4.10 – Geração do relatório de Ordem de Serviço........................................104
Figura 4.11 – Relatório mensal de instalação de Cronotacógrafo............................105
Figura 4.12 – Tela de cadastro.................................................................................106
Figura 4.13 – Tela de consultar Cliente....................................................................107
Figura 4.14 – Tela para cadastrar nova pessoa/Cliente...........................................108
Figura 4.15 – Tela de alteração do cadastro de Cliente...........................................109
Figura 4.16 – Novo veiculo para o Cliente...............................................................110
Figura 4.17 – Veículo do cliente...............................................................................110
Figura 4.18 – Alterar dado do Veículo......................................................................111
Figura 4.19 – Cadastrar Ordem de Serviço..............................................................112
Figura 4.20 – Consultar Ordem de Serviço..............................................................112
Figura A.1 – Instalador do banco de dados do Oracle 10g......................................120
Figura A.2 – Preparando a instalação do banco de dados do Oracle 10g...............120
Figura A.3 – Preparando a instalação do banco de dados do Oracle 10g...............121
Figura A.4 – Instalação do banco de dados do Oracle 10g.....................................121
Figura A.5 – Conclusão da instalação do banco de dados Oracle 10g....................122
Figura A.6 – Localização da pasta do banco de dados do Oracle 10g....................123
Figura A.7 – Tela de login do banco de dados do Oracle 10g..................................124
Figura A.8 – Tela de login do banco de dados do Oracle 10g..................................125
Figura A.9 – Tela principal do banco de dados do Oracle 10g.................................126
Figura A.10 – Exemplo de uma tabela criada no banco de dados Oracle 10g........127
LISTA DE TABELAS
2.1 – Estados onde possuem os Postos de Selagem................................................74
2.2 – Estados onde possuem os Postos de Ensaio...................................................75
LISTA DE ABREVEATURAS E SIGLAS
AJAX - Asynchronous JavaScript and Extensible Markup Language
APIs - Application Programming Interfaces
AWT - Abstract Window Toolkit
BD - Banco de Dados
BDOO - Bancos de Dados Orientados a Objetos
CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
CLT - Consolidação das Leis do Trabalho
CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito
CPU - Central Processing Unit
CSS - Cascating Style Sheet
CTB - Código de Trânsito Brasileiro
CVS - Concurret Version System
DB - DataBase
DBA - DataBase Administrator
DENATRAN - Departamento Nacional de Trânsito
DM - Data Mining
DTDs - Definição de Tipo de Documentos
E/S - Entrada/Saída
EJBs - Enterprise JavaBeans
EPC - Equipamento de Proteção Coletiva
EPI - Equipamento de Proteção Individual
FTP - File Transfer Protocol
GB - Gigabyte
GM - Gabinete do Ministro
HTML DB - HyperText Markup Language DataBase
HTTP - Hypertext Transfer Protocol
IDEs - Integrated Development Envionments
IDL - Interface Description Language
INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia
IP - Internet Protocol
IPEMPR - Instituto de Pesos e Medidas de Paraná
IPEMSP - Instituto de Pesos e Medidas de São Paulo
JDBC - Java Database Connectivity
JEE - Java Enterprise Edition
JME - Java Micro Edition
JSE - Java Standard Edition
JSP - Java Server Page
JSTL - Java Server Pages Standard Library
JVM - Java Virtual Machine
KG – Kilogramas
MVC – Model View Controller
NR - Norma Regulamentadora
ODBC - Open Data Base Connectivity
OLAP - On-line Analytical Processing
OLE DB - Object Linking and Embedding DataBase
OS - Ordem de Serviço
OSMD - Oracle SQL Developer Data Modeling
PBT – Peso Bruto Total
PC - Personal Computer
PHP - Personal Home Page
PIB - Produto Interno Bruto
PL\SQL - Procedural Linguagem\Structured Query Language
RA - Registro do Aluno
SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho
SGBDR´s - Sistemas de Gerenciamento de Banco de Dados Relacionais
SGBDs - Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados
SO - Sistemas Operacionais
SQL - Structured Query Language
TCP - Trasmission Control Protocol
TI - Tecnologia da Informação
UI - User Interfaces
UML - Unified Modeling Language
UoD - Universe of Discourse
XML - eXtensible Markup Language
SUMÁRIO
LISTA DE ILUSTRAÇÕES..........................................................................................13
LISTA DE TABELAS...................................................................................................16
LISTA DE ABREVEATURAS E SIGLAS.....................................................................17
INTRODUÇÃO...........................................................................................................23
1TECNOLOGIAS DE DESENVOLVIMENTO.............................................................25
1.1 BANCO DE DADOS..............................................................................................25
1.1.2 Funcionalidades dos bancos de dados para novas aplicações......................26
1.1.3 Porque utilizar banco de dados.......................................................................28
1.2 SISTEMA DE BANCO DE DADOS....................................................................28
1.2.1 Dados..............................................................................................................29
1.2.2 Hardware.........................................................................................................30
1.2.3 Software...........................................................................................................30
1.3 BANCO DE DADOS RELACIONAL...................................................................33
1.4 ORACLE DATABASE 10g EXPRESSION EDITION………………………...……36
1.5
TECNOLOGIA JAVA…………………………………………………………………38
1.5.1 Java Standard Edition………………………...……………………………………41
1.5.2 Java Enterprise Edition…………………………………………………………….41
1.5.3 Java Micro Edition………………………………………………………………….42
1.5.4 Java Database Connectivity……………………………..………………………..44
1.5.5 Servlets…..………………………………………………………………………….45
1.5.6 Java Server Pages……………………………………...………………………….47
1.5.7 Ajax…………………………………………………………………………………..48
1.5.8 JQuery……………………………………………………………………………….51
1.6 FERRAMENTA IREPORT………………..………………………………………….51
1.7 NETBEANS……………………………………………………………………………53
1.8 ASTAH COMMUNITY………………………………………………………………..56
1.9 ORACLE SQL DEVELOPER DATA MODELER……………………………….….57
1.9.1 Modelo conceitual……………………….……………………………………….…58
1.9.2 Modelo lógico…………………………………………………………………….....58
1.9.3 Modelo físico………………………..………………………………………………60
1.10 CONSIDERAÇÕES SOBRE O CAPÍTULO...……………………………………..60
2
FUNCIONALIDADES………………………….………………………....................61
2.1
ORDEM DE SERVIÇO (OS)………………………………...…………………....61
2.2
PRA QUE FAZER A OS..................................................................................61
2.3
ESTRUTURA DE UMA OS………………………………….…………………….62
2.4
ELABORAÇÃO DE UMA OS…………………………………………….………..65
2.5
OBRIGATORIEDADE……………..……………………………………………….66
2.6
CRONOTACÓGRAFO O QUE É………………………………………….......….68
2.6.1 Origem do cronotacógrafo…………………….…………………………....……..68
2.6.2 Legislação sobre cronotacógrafo…………………………………………………70
2.6.3 Obrigatoriedade do uso do cronotacógrafo.....................................................71
2.7
SELOS NOS CRONOTACÓGRAFOS............................................................72
2.7.1 Tipo de selagem obrigatória em cronotacógrafos...........................................73
2.7.2 Verificação……..……………………………………………………………….......74
2.7.3 As oficinas……………………...………………………………………………......75
2.7.4 Fiscalização…………………………………………………………………….......76
2.8
3
3.1
CONSIDERAÇÕES SOBRE O CAPÍTULO…………………………………....77
ANÁLISE E PROJETO DO SISTEMA.................................................................78
ANÁLISE DE NEGÓCIO…………………………………………………………..78
3.1.1 Introdução do problema……………………………...…………………………....78
3.1.2 Atores envolvidos no Processo……………………………...……………………78
3.1.3 Descrição do Ambiente……………….……………………………………………79
3.2
VISÃO GERAL…….………………………………………………………………..79
3.2.1 Perspectiva……………………...…………………………………………………..79
3.3
ANÁLISE E PROJETO....................................................................................80
3.3.1 Diagrama de Caso de Uso, visão geral...........................................................80
3.3.2 Diagrama de atividade, MVC e sequencia......................................................82
3.4
4
CONSIDERAÇÕES SOBRE O CAPÍTULO.....................................................94
DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA…….…………………………......................95
4.1
DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA WEB………….………………………….95
4.2
MÓDULOS DO SISTEMA…...…………………………………………………….97
4.3
CADASTRO DE SERVIÇOS……………………………………………….…..…98
4.4
AJAX E FUNÇÃO LOAD() JQUERY..............................................................101
4.5
RELATÓRIO MENSAL UTILIZANDO A FERRAMENTA IREPORT...............103
4.6
GERANDO ORDEM DE SERVIÇO...............................................................106
4.7
CONSIDERAÇÕES SOBRE O CAPÍTULO...................................................113
CONCLUSÃO...........................................................................................................114
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS.........................................................................116
APÊNDICE A – Instalação do banco de dados Oracle 10g.....................................120
A.1 ETAPA DE INSTALAÇÃO...................................................................................120
A.2 PREPARAÇÃO DA INSTALAÇÃO.....................................................................121
A.3 TELA DE LOGIN DO BANCO DE DADOS........................................................124
A.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................127
23
INTRODUÇÃO
A informação aliada aos recursos da tecnologia é uma necessidade primária e
elementar para a funcionalidade tática, estratégia e operacional em uma
organização empresarial. Atualmente a computação vem facilitando os processos de
trabalho, reduzindo o tempo, garantindo vantagem no processo de organização, o
que antes era organizado manualmente, nos tempos atuais é realizado e é mais
satisfatoriamente estruturado e organizado por sistemas desenvolvidos pela
computação. Assim, informações podem ser preenchidas através de sistemas que
utilizam bancos de dados, tornando essas informações precisas a seus usuários.
Deste modo, é possível observar e analisar que o meio de organização do trabalho
aliado com a Tecnologia da Informação mudou extremamente se comparado há
apenas algumas décadas.
A influência mais significativa nas organizações empresariais,
nos últimos anos, foi à rápida transformação nos modos de
estruturar e utilizar os sistemas de informação. Vista como um
componente estratégico, a utilização dos sistemas de
informação automatiza processos organizacionais e é fonte de
vantagens competitivas por meio da analise de cenário, além
de oferecer apoio ao processo de decisão e implementação de
novas estratégias de negocio. Nesse cenário, cresce a
necessidade de capturar, gerenciar, processar e compartilhar
informações. Considerando o cenário destacado, um dos
recursos mais importante para qualquer empresa é a sua
coleção de dados. Um banco de dados pode ajudar na
organização de uma quantidade crescente de informação,
maximizando, assim, fontes valiosas de conhecimento. Os
bancos de dados também ajudam as empresas a gerar
informações que podem auxiliar na redução de custo, no
aumento de lucro, no acompanhamento das atividades de
negócios e na abertura de novas oportunidades de mercado.
Há de se reconhecer que os maiores ganhos organizacionais
com os recursos de tecnologia da informação não residem na
simples aquisição, disponibilidade e no uso eficaz de tais
recursos. Espera-se que as atividades de captura,
armazenamento e análise de dados levantem informações
relevantes que possam, por sua vez, gerar conhecimento
(PUGA; FRANÇA; GOYA, 2013, p.1).
Tendo em vista as facilidades proporcionadas pelo uso de sistemas
computacionais, torna-se menos viável para uma empresa continuar com as antigas
formas de organizações e realizações de suas atividades cotidianas. Belmiro (2012)
24
afirma que o investimento em sistemas e tecnologias da informação são
necessários; afirma ainda que uma empresa não sobreviveria sem investir em
tecnologia, pois esses recursos são fundamentais para garantir a sua sobrevivência,
uma vez que se tornaram de extrema importância. Laudon e Laudon (2011) defende
a necessidade de que as organizações empresariais hoje não sobrevivem mais sem
as tecnologias de informação, uma vez que essas tecnologias processam,
armazenam e distribuem informações que servem para apoiar tomada de decisões,
a coordenação e o controle de uma organização.
Seguindo esse conceito, constata-se que a oficina SisCrono encontra-se hoje,
sem um sistema específico e adequado para controlar e gerenciar o relatório de
atividades, pois as informações da Ordem de Serviço (OS) são feitas pro meio de
planilhas eletrônicas e quando o responsável quer fazer uma consulta de informação
gasta-se muito tempo para procurar os dados requeridos. Assim torna-se complexo
a tarefa de organizar e elaborar os relatórios da OS. Acredita-se que o
desenvolvimento do sistema Web na oficina SisCrono poderá contribuir para agilizar
as realizações das atividades solicitadas pela OS. Pois por meio do desenvolvimento
de um sistema específico para a realização dessas atividades, esses serviços
poderá vir a ser realizados com maior eficácia e agilidade.
Sendo assim, esta monografia tem por objetivo o desenvolvimento de um
sistema Web para a realização das atividades de relatórios da oficina com foco nas
tecnologias utilizadas. Por meio desse sistema proposto, pretende-se tornar possível
uma forma de organização da realização das atividades, contribuindo no
desempenho das tarefas desenvolvidas. Para que esse objetivo possa ser
concretizado, será utilizada as seguintes ferramentas: Java Enterprise Edition (JEE),
o banco de dados Oracle Database 10g Express Edition, IReports e Integrated
Development Environment (IDE) Netbeans.
Quanto a estruturação do trabalho, no primeiro capítulo serão abordadas as
ferramentas e suas tecnologias para a realização deste trabalho. No segundo
capítulo será apresentada as principais funcionalidades de uma OS e suas
particularidades, bem como, também será abordado os principais aspectos e
componentes de um cronotacógrafo.
No terceiro constará a análise de sistema. O quarto capítulo apresentará
informações sobre o desenvolvimento do sistema Web.
25
1 TECNOLOGIAS DE DESENVOLVIMENTO
Neste capítulo abordaremos as ferramentas presentes e suas tecnologias para a
realização deste trabalho.
1.1 BANCO DE DADOS
A expressão banco de dados originou-se do termo inglês Databanks. Este foi
trocado pela palavra Database – Base de dados - devido possuir significações
apropriadas (SETZER; CORRÊA DA SILVA, 2005).
Segundo Date (2004, p.10), um banco de dados é uma coleção de dados
pertinentes, usada pelos sistemas de aplicação de uma determinada empresa.
Resumindo, um banco de dados é um local onde são armazenados dados
necessários à manutenção das atividades de determinada organização, sendo este
repositório a fonte de dados para as aplicações atuais e as que vierem a existir.
De acordo com Price (2008), banco de dados é um conjunto de dados
coerentes e organizados, devidamente relacionados e que podem ser armazenados,
possui um conjunto predefinido de usuários e de aplicações. Para Elmasri e Navathe
(2011, p. 4) os dados são fatos que podem ser gravados e que possuem um
significado implícito. Por exemplo, considerando nomes, números telefônicos e
endereços. Essas informações são uma coleção de dados com um significado
implícito, consequentemente, um banco de dados.

Um banco de dados representa alguns aspectos do mundo real, sendo
chamado às vezes, de minimundo ou de Universo de Discurso - Universe
of Discourse (UoD). As mudanças no minimundo são refletidos em um
banco de dados.

Um banco de dados é uma coleção lógica e coerente de dados com
algum significado inerente. Uma organização de dados ao acaso
(randômica) não pode ser corretamente interpretada como um banco de
dados.

Um banco de dados é projetado, construído e povoado por dados,
atendendo a uma proposta específica. Possui um grupo de usuário
26
definidos e algumas aplicações preconcebidas, de acordo com o interesse
desse grupo de usuários.

Um banco de dados possui algumas fontes das quais os dados são
derivados, alguns níveis de interação com os eventos do mundo real e um
grupo de usuários interessados em seu conteúdo.
Conforme Leite (2008, p.2), é importante enfatizar que um banco de dados
contém os dados dispostos numa ordem bem determinada em função do projeto do
sistema e com um objetivo bem definido e representando aspectos do mundo real.
Sendo assim, um banco de dados é uma fonte de onde podemos extrair uma gama
de informações derivadas, com um nível de alteração com eventos do mundo real
que representa.
Para Elmasri e Navathe (2011, p. 3), na expressão banco de dados estão
subentendidas as prioridades abaixo:
Um banco de dados representa algum aspecto do mundo real,
às vezes chamado de minimundo ou de universo de discurso
(Universe of Discourse - UoU). As mudanças no minimundo são
refletidas no banco de dados. Um banco de dados e uma
coleção logicamente coerente de dados com algum significado
inerente. Uma variedade aleatória de dados não pode ser
corretamente chamada de banco de dados. Um banco de
dados é projetado, construído é populado com dados para uma
finalidade específica. Ele possui um grupo definido de usuários
e algumas aplicações previamente concebidas nas quais esses
usuários estão interessados (ELMASRI; NAVATHE, 2011, p3).
Sendo assim, um banco de dados é um conjunto organizado de dados
relacionados, criado com determinado objetivo e que atende uma comunidade ampla
de usuários.
1.1.2 Funcionalidades dos bancos de dados para novas aplicações
Conforme afirma Elmasri e Navathe (2004), o sucesso dos sistemas de banco
de dados em aplicações tradicionais encorajou os desenvolvedores de outros tipos
de aplicações a se esforçarem para usá-los. Essas aplicações tradicionalmente
usavam seus próprios arquivos especializados e estruturas de dados. A seguir
alguns exemplos dessas aplicações:
27

Aplicações cientificas, que armazenam uma grande quantidade de dados
resultantes de experimentos científicos em áreas como física avançada ou
mapeamento do genoma humano.

Armazenamento e restauração de imagens, de notícias escaneadas ou
fotografias pessoais, as imagens fotografadas por satélite e imagens de
procedimentos médicos, como raio X ou ressonância magnética.

Armazenamentos e recuperação de vídeo, como filmes ou videoclipes de
notícia ou de máquinas fotográficas digitais.

Aplicações para Data Mining (DM) garimpagem de dados, que analisam
grandes quantidades de dados pesquisando as ocorrências de padrões
específicos ou relacionamentos.

Aplicações especiais, que armazenam as localizações espaciais dos
dados, tais como informações a respeito do tempo ou sobre os mapas
usados em sistemas de informações geográficas.

Aplicações referentes a séries temporais, que guardam informações como
dados econômicos em intervalos regulares de tempo, como, por exemplo,
vendas diárias ou composições mensais do Produto Interno Bruto – PIB.
De acordo com Elmasri e Navathe (2004), os sistemas relacionais básicos
não eram adequados para muitas dessas aplicações, por uma ou mais das razões a
seguir:

As estruturas de dados mais complexas eram necessárias para a
modelagem da aplicação do que uma representação relacional simples.

Os novos tipos de dados eram imprescindíveis, além dos tipos numéricos
básicos e as cadeias de caracteres (strings).

As novas operações e construtores de linguagens de consulta eram
essenciais para manipular os novos tipos de dados.

As estruturas de armazenamento e indexação eram necessárias.
Afirma ainda Elmasri e Navathe (2004), esses fatos direcionaram os
profissionais envolvidos com o desenvolvimento dos Sistemas Gerenciadores de
Banco de Dados (SGBDs) a adicionar funcionalidades aos seus sistemas. Algumas
delas eram de propósito geral, como o conceito de incorporação dos Bancos de
28
Dados
Orientados
a
Objetos
(BDOO)
aos
sistemas
relacional.
Outras
funcionalidades eram especificas, na forma de módulos opcionais que poderiam ser
usados para aplicações com as séries temporais.
1.1.3 Por que utilizar banco de dados
Conforme Date (2004), as vantagens de utilizar um banco de dados se
aplicam na intensidade ainda maior a um ambiente multiusuário, no qual o banco de
dados provavelmente será muito maior e mais complexo que no caso do ambiente
monousuário.

Densidade: não há necessidade de arquivos de papel, possivelmente
volumosos.

Velocidade: a máquina pode obter e atualizar dados com rapidez muito
maior que o ser humano, pode também ser respondida com rapidez sem
qualquer necessidade de pesquisas manuais ou visuais demoradas.

Menos trabalhos monótonos: as tarefas mecânicas são sempre feitas com
melhor qualidade por maquina.

Atualidade: informações precisas e atualizas estão disponíveis a qualquer
momento sob consulta.
 Proteção: os dados podem ser mais bem protegidos contra perdas não
intencionais ao acesso ilegal.
Sendo assim, essas vantagens se remetem com intensidade maior levando
em conta um ambiente multiusuário.
1.2 SISTEMA DE BANCO DE DADOS
De acordo com Date (2004, p.6), um sistema de banco de dados é um
sistema computadorizado cuja finalidade geral é armazenar informações e permitir
que os usuários busquem e atualizem essas informações quando as solicitar. O
banco de dados por si só pode ser considerado como o equivalente eletrônico de um
armário de arquivamento, ou seja, ele é um repositório recipiente para uma coleção
de arquivos de dados computadorizados. Os usuários de um sistema de banco de
29
dados podem realizar diversas operações envolvendo tais arquivos, como, por
exemplo: acrescentar novos arquivos ao banco de dados, inserir, buscar, excluir,
alterar e remover arquivos existentes do banco de dados.
Para Date (2004), um sistema de banco de dados é composto por dados,
hardware, software e usuários.
Figura 1.1 – Configuração de um sistema de banco de dados simplificado.
Fonte: Elmasri e Navathe, 2011, p. 4
1.2.1 Dados
Nesse contexto abordado, os dados referem-se ao próprio banco de dados.
Conforme Setzer e Corrêa da Silva (2005) definem os dados como uma
representação simbólica (feita por meio de símbolos), quantificada ou quantificável.
Já Date (2004), os dados de um banco de dados – pelo menos em um sistema
grande estarão integrados e também compartilhados.

Integrado: o banco de dados pode ser considerado como uma
unificação de vários arquivos, de outro modo, seriam distintos com a
30
eliminação de qualquer redundância parcial ou total entre esses
arquivos.

Compartilhado: o banco de dados pode ser compartilhado entre
diferentes usuários, no sentido de que diferentes usuários possam ter
acesso aos mesmos dados, possivelmente ao mesmo tempo.
Complementando, Elmasri e Navathe (2011), afirmam que dados são fatos
conhecidos que podem ser registrados e possuem significado implícito. Dessa
forma, o numero do Registro do Aluno (RA) é um dado, pois para a escola esse
mesmo dado é um fato conhecido, pois contém uma semântica, é representado por
símbolo (algarismo de 0 a 9 – sistema numérico de base 10, logo é quantificado)
sendo assim, é passível de registro.
1.2.2 Hardware
Compreendem os elementos físicos que compõe o sistema de banco de
dados, como as mídias de armazenamento, os dispositivos de entrada e saída,
outros componentes. Conforme Date (2004), os componentes de hardware do
sistema consistem em:
 Volume de armazenamento secundário, normalmente, disco magnético,
que são usados para manter os dados armazenados juntamente com os
dispositivos de Entrada/Saída (E/S) associados a (unidades de discos),
controladores de dispositivos, canais de E/S e assim por diante.
 Processamento de hardware e memória principal associada, que são
usados para dar suporte à execução do software do sistema de banco de
dados.
1.2.3 Software
Conforme Graves (2003), o sistema de banco de dados é composto de um
banco de dados e do ambiente ao seu redor incluindo, o sistema operacional,
hardware e as pessoas que o utilizam. O software é composto de um SGBD, que
fornece acesso ao banco de dados e outros software que integram com o SGBD.
Esses outros softwares podem ser ferramentas do usuário final, de administradores,
31
geradores de relatórios e assim por diante.
Para Date (2004), entre o banco de dados armazenados e os usuários há um
conjunto de programas denominado SGBD. Conforme Silberschatz, Korth e
Sudarshan (1999), o principal objetivo de um SGBD é proporcionar um ambiente um
ambiente tanto conveniente quanto eficiente para a recuperação e armazenamento
das informações do banco de dados.
Figura 1.2 – Módulos componentes de um SGBD e suas interações.
Fonte: Elmasri e Navathe, 2004, p. 26
Para Elmasri e Navathe (2005), um SGBD é uma coleção de programas que
permite aos usuários criar e manter um banco de dados. O SGBD é, portanto, um
sistema de software de propósito geral que facilita os processos de definição,
construção, manipulação e compartilhamento de dados entre vários usuários e
aplicações.
De acordo com Elmasri e Navathe (2011), um SGBD é um software que
32
permite aos usuários a criação e manutenção de um banco de dados. Ele facilita os
processos do banco de dados entre diversos usuários como:

Definição – É a especificação dos tipos, estruturas e restrições dos
dados a serem armazenados e também a definição ou a informação
descritiva do banco de dados na forma de um catálogo ou dicionário que
são chamados de metadados.

Construção – É o processo de armazenar os dados em algum meio
controlado pelo SGBD.

Manipulação – São funções como consulta ao banco de dados para
recuperar dados específicos, atualização do banco de dados e geração
de relatórios.

Compartilhamento – É o acesso ao banco de dados por diversos
usuários e programas simultaneamente.
A construção de um banco de dados é o processo de
armazenar os dados em alguma mídia apropriada controlada
pelo SGBD. A manipulação inclui algumas funções, como
pesquisas em banco de dados para recuperar um dado
específico, atualização do banco para refletir as mudanças no
minimundo e gerar relatórios. O compartilhamento permite aos
múltiplos usuários e programas acessar, de forma concorrente,
o banco de dados. Outras funções importantes do SGBD são a
proteção e a manutenção do banco de dados por longos
períodos. A proteção inclui a proteção do sistema contra o mau
funcionamento ou falhas (crashes) no hardware e segurança
contra acessos não autorizados ou maliciosos. Um banco de
dados típico pode ter um ciclo de vida de muitos anos, então,
os SGBD devem ser capazes de manter um sistema de banco
de dados que permita a evolução dos requisitos que se alteram
ao longo do tempo (ELMASRI; NAVATHE, 2005, p. 4).
De acordo com Date (2004), todas as requisições de acesso ao banco de
dados são tratadas pelo SGBD. Date (2004) afirma que uma função geral fornecida
pelo SGBD é, portanto, a de isolar os usuários do banco de dados do nível de
hardware. Por tanto, para Elmasri e Navathe (2011), o SGBD disponibiliza recursos
para definir, construir, manipular, compartilhar, proteger e manter o banco de dados.
Por definição entende-se a especificação das estruturas de
armazenamento (definição dos elementos e respectivos tipos
de dados que comporão os registros). Construção envolve o
33
armazenamento dos dados (registros e relacionamentos).
Manipulação refere-se à recuperação e a atualização –
inclusão,
exclusão
e
alteração
de
dados.
Por
compartilhamento, a permissão de acesso concorrente a uma
base de dados. Proteção diz respeito à segurança contra falhas
de hardware, software e contra acesso não autorizado. Por
manutenção, o suporte para o crescimento do banco de dados
(ELMASRI; NAVATHE, 2011, p. 3)
Date (2004) afirma que um sistema em banco de dados é basicamente um
sistema
computadorizado
de
manutenção
de
registros;
é
um
sistema
computadorizado cuja finalidade geral é armazenar informações e permitir que os
usuários busquem e atualizem essas informações quando as solicitar. Na figura 1.3
é mostrado que o sistema envolve quatro componentes principais são eles: dados,
hardwares, softwares e usuários.
Figura 1.3 – Representação simplificada de um sistema de banco de dados.
Fonte: Date, 2004, p. 6
1.3 BANCO DE DADOS RELACIONAL
Afirma Elmasri e Navathe (2011), que um banco de dados relacional
representa uma coleção de relações, sendo que cada uma delas é semelhante a
uma tabela de valores ou um arquivo de registros.
34
Os bancos de dados relacionais foram originalmente projetados
com o objetivo de separar o armazenamento físico dos dados
de sua representação conceitual e prover uma fundamentação
matemática para os bancos de dados. O modelo de dados
relacional também introduziu as linguagens de consulta de alto
nível, que são uma alternativa às interfaces para as linguagens
de programação; consequentemente ficou mais rápido de
escrever novas consultas. Os sistemas relacionais foram a
principio, direcionados para as mesmas aplicações dos
sistemas pioneiros, mas foi decisivo o fato de oferecerem
flexibilidade para o desenvolvimento rápido de novas consultas
e para reorganizar o banco de dados quando os requisitos
eram
alterados.
Os
primeiros
sistemas
relacionais
experimentais desenvolveram-se no fim dos anos 70 e os
sistemas de gerenciamento de banco de dados relacionais
(SGBDR´s) introduzidos no inicio dos anos 80 eram muito
lentos, pois não usavam ponteiros para o armazenamento
físico ou registros de dados relacionados. Com o
desenvolvimento de novas técnicas de armazenamentos e
indexação, e com o processamento aprimorado de consultas e
otimização, seu desempenho melhorou. Assim os bancos de
dados relacionais tornaram-se os tipos dominantes, de
sistemas para as aplicações tradicionais de banco de dados.
Os bancos de dados relacionais agora existem na maioria dos
computadores, desde aqueles de uso pessoal até os de
grandes servidores (ELMASRI; NAVATHE, 2004, p.16).
Para Date (2003), os sistemas relacionais são baseados em um alicerce
formal chamado de modelo relacional de dados que é descrito como tendo os
seguintes aspectos:

Aspecto estrutural – os dados no banco de dados são percebidos pelo
usuário como tabela.

Aspecto de integridade – as tabelas satisfazem a certas restrições de
integridade.

Aspecto de manipulação – os operadores disponíveis para o usuário
manipular essas tabelas, por exemplos, para a busca de dados.
Segundo Dias (2006), os bancos de dados relacionais são bastante utilizados,
sendo compostos pelos seguintes conceitos:

Tabela – Um banco de dados relacional é constituído de uma tabela de
dados formada por colunas, cada uma correspondendo a um fragmento
diferente de dados e linhas que representam registros individuais.
35

Colunas – São chamadas também de campos ou atributos. Cada coluna
em uma tabela tem um nome único, dados diferentes e tipos de dados
associados.

Linhas - Também chamadas de registros ou tuplas. Cada linha
representa um registro diferente na tabela.

Valores – Cada linha consiste em um conjunto de valores individuais que
correspondem a colunas. Cada valor deve ter o tipo de dados
especificado pela sua coluna.

Relacionamentos – São os vínculos das linhas de uma tabela com as
linhas de outra tabela, feitos pelas chaves estrangeiras.
Na figura 1.3 é mostrada duas tabelas compostas pelos itens acima e o
relacionamento entre elas, por meio da chave estrangeira.
Figura 1.4 – Exemplo de tabelas.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
36
1.4 ORACLE DATABASE 10g EXPRESSION EDITION
O Oracle Database 10g Expression Edition é uma linha de banco de dados
Oracle 10g. Totalmente gratuita para desenvolvedores, distribuição, uso comercial.
Ele é um banco de dados mais leve e foi desenvolvido utilizando o código base do
Oracle Database Server 10g Release 2. De acordo com Gayer (2006), outras
caracteristicas de destaque do Oracle são:

Estar disponível tanto para Windows como para Linux, ambos na
plataforma 32 bits.

Todos componentes de conectividade - Open Data Base Connectivity
(ODBC), JDBC, Data Provider for.Net e Object Linking and Embedding
DataBase (OLE DB), Personal Home Page (PHP), e Call Interface C e C++,
fazem parte desta versão.

A linguagem Procedural Linguagem\Structured Query Language (PL\SQL),
foi mantida com total compatibilidade com a versão comercial.

A administração pode ser realizada utilizando o Oracle HyperText Markup
Language
DataBase (HTML DB),
ferramenta de administração de
desenvolvimento Web.

A limitação imposta a esta versão está no tamanho da base de dados (4
Gigabyte (GB) incluindo a tablespace SYSTEM que é uma sub-divisão
lógica de um banco de dados utilizado para agrupar estruturas lógicas
relacionadas), utiliza 1 Central Processing Unit (CPU), mesmo que o
servidor tenha mais de um processador e a memória máxima alocada é de
1 GB.
37
Figura 1.5 – Tela de login do banco de dados Oracle 10g.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
Figura 1.6 – Exemplo de uma tela do banco de dados Oracle 10g.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
38
1.5 TECNOLOGIA JAVA
O surgimento da tecnologia Java se deu em 1991, na empresa Sun
Microsystems, com o Green Project, que tinha como mentores Patrick Naughton,
Mike Sheridan e o líder do projeto, James Gosling (JAVA, 2006). Para Mendes
(2009), Java é uma linguagem de programação orientada a objetos, altamente
portátil e com alto desempenho. Constituída pela linguagem de programação
propriamente dita, uma plataforma formada por Application Programming Interfaces
(APIs) e por uma maquina virtual Java – Java Virtual Machine (JVM). Dentre os
fatores de Java ser considerada uma linguagem de alto desempenho, ela conta com
um recurso conhecido como garbage collector (coletor de lixo), que trabalha em
segundo plano liberando memória que não se encontra mais em uso. Isso permite
que a memória desalocada possa ser utilizada por outras partes do sistema,
aumentando o seu desempenho. (MENDES, 2009)
Segundo Caelum (2013), Java é uma linguagem interpretada, compilada e
utiliza o recurso de uma JVM. Esse fato possibilita a sua independência em relação
à plataforma utilizada (Sistemas Operacionais (SO), e tipos de dispositivos, por
exemplo). Para isso, a JVM funciona como um tradutor entre a aplicação e o SO de
forma a realizar chamadas que foram requisitadas pela aplicação. Deste modo,
aplicação não se comunica diretamente com o SO, tornando-a independente.
Para Deitel e Deitel (2010), programas desenvolvidos em Java possuem cinco
fases e são elas:

Edição: o código fonte é escrito em um programa editor, também
podendo ser utilizado em ambientes de desenvolvimento integrado –
Integrated Development Envionments (IDEs) e é armazenado em uma
unidades de disco com a extensão Java.

Compilação: o código fonte é compilado e produz os bytecodes que são
armazenados em um arquivo de extensão class e executados pela JVM.
Os bytecodes são independentes das plataformas (hardware e SOs),
sendo por isso portáveis.
39

Carga: é o processo em que os arquivos class que possuem os
bytecodes são carregados na memória principal.

Verificação: enquanto os bytecodes são carregados é feita uma
verificação para contatar se eles são válidos e não quebram restrições
de segurança do Java.

Execução: nesta fase os bytecodes são executados pela JVM.
A linguagem Java foi projetada tendo em vista os seguintes objetivos:

Orientação a objetos: baseado no modelo de Smalltalk e Simula 67.

Portabilidade: independência de plataforma “write once run anywhere –
escreva uma vez, execute em qualquer lugar” (MOCHOW, 2004).

Recursos de rede: possui extensa biblioteca de rotinas que facilitam a
corporação com Protocolo de Controle de Transmissão – Trasmission
Control Protocol (TCP) e o Protocolo de Interconexão – Internet Protocol
(IP), com Protocolo de Transferência de Hipertexto – Hypertext Transfer
Protocol (HTTP), e o Protocolo de Transferência de Arquivos – File
Transfer Protocol (FTP).

Segurança: pode executar programas via rede com restrições de
execução.
Além disso, podem-se destacar outras vantagens apresentadas pela
linguagem
Java,
sintaxe
similar
a
linguagem
C/C++,
facilidades
de
internacionalização suporta nativamente caracteres unicode. Simplicidade na
especificação tanto da linguagem como do ambiente de execução JVM. É distribuída
com vasto conjunto de bibliotecas ou APIs. Possui facilidades para criação de
programas distribuídos e multitarefas (múltiplas linhas de execução em um mesmo
programa). Deslocação de memória automática por processo de coletor de lixo
(garbage collector). Carga dinâmica de código – programas em Java. São formados
por uma coleção de classes armazenadas independentemente e que podem ser
carregadas no momento de utilização.
Atualmente estão disponíveis as plataformas Java, são elas:
40

Java Standard Edition (JSE) – projetada para execução em máquinas
simples de computadores pessoais e estação de trabalho. Essa plataforma
possibilita o desenvolvimento e a implementação de aplicativos Java em
desktop e em servidores, oferecendo entre outros recursos, segurança e
portabilidade.

Java Enterprise Edition (JEE) – com suporte interno para servlets, Java
Server Page (JSP) e eXtensible Markup Language (XML), essa edição é
destinada a aplicativos baseados no servidor. Essa plataforma tem como
alvo aplicações voltadas para a Internet e é muito utilizada em
desenvolvimentos de aplicativos empresariais.

Java Micro Edition (JME) – projetada para dispositivos como memória,
vídeo e poder de processamento limitado. Essa plataforma oferece
conjunto de tecnologia que disponibiliza recursos para desenvolvedores
criarem aplicações voltadas a dispositivos em que recursos de hardware
são limitados. Essa plataforma é utilizada, por exemplo, em dispositivos
móveis como Smartphones.
Figura 1.7 – As várias edições de Java.
Fonte: Mochow, 2004, p.
41
Figura 1.8 – Edições da linguagem Java e seus respectivos alvos de aplicações.
Fonte: Conceitos básicos das Plataformas Java e J2ME
1.5.1 Java Standard Edition (JSE)
O Java Standard Edition (JSE) é o ambiente de desenvolvimento mais
utilizado. Isso porque seu uso é voltado aos computadores pessoais – personal
computer (PC) e servidores onde há bem mais necessidade de aplicações. Além
disso, pode-se dizer que essa é a plataforma principal, já que, de uma forma ou
outra, o JEE e o JME tem sua base aqui. Pode-se também que esses ambientes de
desenvolvimento são versões aprimoradas de JSE para as aplicações que se
propõem. (PORTAL EDUCAÇÃO, 2009)
1.5.2 Java Enterprise Edition (JEE)
Conforme Doederlein (2009) Java Enterprise Edition (JEE) consiste em uma
grande coleção de APIs, agrupada e projetada de forma consistente e de forma
coerente. A plataforma Java Enterprise Edition surgiu com o objetivo de padronizar e
simplificar a criação de aplicações empresariais. Para isso, propõe um modelo onde
componentes JEE (páginas JSP, Servlets, Enterprise JavaBeans (EJBs), entre
outros escritos pelos usuários da plataforma, podem fazer uso de serviços providos
por esta, os quais simplificam sua implementação e possibilitam maior foco no
negócio. Um diferencial significativo na arquitetura proposta para a plataforma JEE
foi a iniciativa de enfatizar a utilização de padrões de projetos. Tais padrões trazem
inúmeras vantagens na modelagem e implementação de um software: Possibilidade
42
de projetar soluções mais rapidamente e com qualidade já que os padrões são
soluções comprovadamente eficientes para problemas já conhecidos; visam
principalmente flexibilidade, organização e reaproveitamento de código, o que
resultam em maior produtividade, qualidade e facilidade de manutenção das
aplicações assim desenvolvidas.
Os principais serviços disponibilizados pela plataforma JEE destinam-se a
suprir as necessidades de aplicações empresariais distribuídas, isto é, aquela que
necessitam da flexibilidade de disponibilizar acesso à sua lógica de negócio e dados
para diferentes tipos de dispositivos clientes (navegadores, dispositivos móveis,
aplicações desktop, entre outros) e para outras aplicações residentes na mesma
empresa ou fora desta. (DOEDERLEIN, 2009)
Figura 1.9 – Camadas da plataforma JEE.
Fonte: Sampaio, 2011, p.19
1.5.3 Java Micro Edition (JME)
Java Plataform, Micro Edition (JME) é uma tecnologia que possibilita o
desenvolvedor de software para aplicações embarcadas. Segundo Mochow (2004),
JME é destinado diretamente aos dispositivos consumidores com poder limitado.
Muitos desses dispositivos (por exemplo, celulares ou Pager) não têm opção de
download e software de instalação, com introdução do J2M2, os dispositivos micros
não precisam mais ter natureza “estética”. Exatamente como um navegador Web
43
fazendo downloads de applets Java, uma implementação de JME em um dispositivo
permite a opção de navegar, fazer download e instalar aplicativos Java e conteúdo.
1.5.4 Java Database Connectivity (JDBC)
O Java Database Connectivity (JDBC) API Java é o padrão da indústria para
conectividade de banco de dados independente entre a linguagem de programação
Java e uma vasta gama de base de dados Structured Query Language (SQL) e
outras fontes de dados tabulares, como planilhas ou arquivos simples. A API JDBC
fornece uma API de nível de chamada para acesso do banco de dados baseado em
SQL. No Java, diferentemente de outras linguagens, não é possível fazer uma
conexão direta com um BD, por isso ele faz uso de uma Application Programming
Interface (API) para cumprir esse objetivo, que é o JDBC.
De acordo com Gonçalves (2007), JDBC consiste em um conjunto de classes
e interfaces escritas em Java que oferecem uma completa API para programação
com BD. Sendo completamente escrito em Java, ele também tem a vantagem de ser
independente de plataforma, ou seja, não será necessário escrever um programa
para cada tipo de BD, uma mesma aplicação utilizando JDBC poderá trabalhar com
diversos BDs.
Segundo Bárbara (2008), a função do JDBC é enviar instruções Structured
Query Language (SQL) para qualquer BD relacional. Para ele, existem certas
semelhanças entre o JDBC e Open Database Connectivity (ODBC), pois ambos
funcionam como meio de comunicação Banco x Aplicação, porém, ODBC é uma
aplicação restrita ao Windows, enquanto JDBC é multiplataforma.
Conforme diz Kurniawan (2002), é necessário um driver funcionando como
ponte para a comunicação do aplicativo com o SGBD. O driver JDBC do BD ao qual
alguém deseje se conectar é fornecido pelo fabricante de BD ou por outros meios.
Segundo Souza (2007), os drivers JDBC foram divididos em quatro tipos que
são:

Tipo 1 – Ponte JDBC/ODBC – O primeiro tipo criado e atualmente pouco
utilizado pelo fato de usar ODBC, que sacrifica a portabilidade. É escrito
em linguagem nativa e composto por classes do pacote sun.jdbc.odbc e
uma biblioteca de código nativo.
44

Tipo 2 – Driver API-Nativo – Esse tipo eliminou a dependência de ODBC,
mas ainda é escrito em linguagem nativa, basicamente traduz as
chamadas JDBC para as chamadas da API cliente do BD usado. Para
seu uso é necessária à instalação de bibliotecas extras na máquina
utilizada.

Tipo 3 – Protocolo de Rede – Esse tipo é escrito em Java e, assim,
elimina a necessidade de bibliotecas de código nativo. Ele faz a
conversão de chamadas JDBC a um protocolo de rede genérico que,
então, pode ser traduzido a chamadas à API do SGBD.

Tipo 4 – Driver Nativo - Totalmente implementado em Java, converte as
chamadas JDBC diretamente no protocolo do banco de dados,
dispensando uma API cliente intermediaria. É o tipo de driver mais
recomendado.
A tecnologia JDBC permite usar a linguagem de programação Java para
explorar “write once, run anywhere” capacidades para aplicações que requerem
acesso aos dados corporativos. Com um driver JDBC tecnologia habilitada, pode-se
conectar a todos os dados corporativos mesmo em um ambiente heterogêneo.
1.5.5 Servlets
Segundo Horstmann (2004), os servlets Java são mecanismos alternativos
para construir aplicativos da Web. Servlets e JavaServer Pages (JSP) estão
relacionados, ambos são utilizados para gerar conteúdo dinâmico e para interação
com o cliente.
Segundo Horstmann (2004), servlet é um programa Java que executa
cálculos, alguns deles geram código HTML. Ao implementar um servlet, o
programador utiliza uma classe que estende a classe HttpServlet, a qual contém os
seguintes métodos:

GET – Método que obtém informações de um servidor e as envia de
volta ao navegador.

POST – Método que obtém informações que o usuário fornece e as
envia a um servidor.
Ambos os métodos contêm os seguintes parâmetros:
45

Request - Contém detalhes sobre a solicitação.

Response - Permite especificar o que será retornado ao navegador.
Para Gonçalves (2007), servlets são classes Java, desenvolvidas de acordo
com uma estrutura bem definida, e que, quando instalada junto a um servidor que
implemente um servlet container logo podem tratar requisições recebidas de
clientes. Por conseguinte, servlets são à base do desenvolvimento de qualquer
aplicação escrita em Java para a web. Todo servlet possui um ciclo de vida no qual é
composto por três fases, sendo: Inicialização, atendimento as requisições e
finalização.
Segundo Deitel e Deitel (2005), o ciclo de vida de um servlet se inicia quando
o contêiner o carrega na memória, normalmente, em resposta à primeira solicitação
ao servlet. Então os seguintes métodos que formam o ciclo de vida do servlet, são
executados:

init() - O contêiner chama este método uma vez durante o ciclo para
inicializar o servlet.

service() - O contêiner de servlets chama este método para responder a
uma solicitação do cliente para o servlet.

destroy() - É um método de limpeza que é chamado quando um servlet é
finalizado. Todos os recursos utilizados pelo servlet, como abrir arquivos
ou conexões ao BD, são desalocados no momento da execução deste
método.
46
Figura 1.10 – Ciclo de vida de um Servlet.
Fonte: adaptado de Gonçalves, 2007, p.32
Ainda afirma Gonçalves (2007), nesse contexto, a inicialização do servlet
ocorre quando o container carrega o servlet, logo, caso o parâmetro <load-onstatup/> esteja presente e contiver um inteiro positivo, tal carga ocorre quando o
servidor é iniciado, pelo contrário, tal carga ocorre, quando é recebida a primeira
requisição a ser mapeada para aplicação que contém o servlet. Depois de iniciado, o
servlet pode atender requisições e ressalta que enquanto o servidor estiver ativo, e a
aplicação que contém o servlet estiver carregada, este permanecerá recebendo as
requisições e finalmente, quando o servidor é finalizado ou quando aplicações tornase inativo pelo servlet container, logo, o servlet é finalizado.
Segundo Kurniawan (2002), um servlet é uma classe Java que pode ser
automaticamente carregada e executada por um servidor web especial, o qual é
chamado de contêiner servlet. Os servlets interagem com clientes por meio de um
modelo solicitação-resposta baseado em HyperText Transfer Protocol (HTTP). Pelo
fato da tecnologia servlet trabalhar sobre HTTP, um contêiner servlet precisa
suportá-lo como protocolo para solicitações de cliente e respostas de servidor.
47
Na 1.11 é ilustrada a arquitetura de um aplicativo servlet.
Figura 1.11 - Arquitetura Servlet.
Fonte: Kurniawan, 2002, p.06
1.5.6 Java Server Pages (JSP)
Segundo Deitel e Deitel (2010), JSP é uma extensão da tecnologia servlet e,
além disso, cada JSP é um documento que é convertido pelo container JSP em um
servlet. Para Gonçalves (2007), JSP são paginas Java introduzidas em HTML, com
isso a página dinâmica é gerada pelo código JSP.
Horstmann (2004) explica que, ao usuário solicitar uma página HTML de um
servidor na Web, este localiza o arquivo e retorna seu conteúdo. O conteúdo exibido
é o mesmo cada vez que a página é solicitada, ou seja, é estático. Entretanto,
existem sites da Web que oferecem conteúdos mais dinâmicos, cujas informações
são alteradas frequentemente; este é o objetivo da tecnologia JSP: implementar
páginas dinâmicas.
Segundo Gonçalves (2007), uma das vantagens de se desenvolver em JSP é
que a primeira vez em que uma página JSP é carregada, o código é compilado
gerando um servlet, e nas próximas execuções a página é enviada diretamente ao
servlet, sem que haja uma recompilação.
Segundo Horstmann (2004), para se utilizar a tecnologia JSP é necessário ter
um servidor integrado a um contêiner de JSP, que lê a página JSP solicitada e a
transforma em uma página HTML. Existem diversos servidores disponíveis para
48
esse uso, como o Apache Tomcat e o Glassfish.
Segundo Deitel e Deitel (2005), os elementos de script, como os scriptlets,
possibilitam aos programadores a inserção de códigos Java que interajam com
componentes em um JSP, a fim de realizar o processamento de solicitação. A figura
abaixo ilustra o ciclo que acontece ao se utilizar JSP, desde a execução de seu
arquivo, sua tradução para HTML, passando pelo servidor, até chegar ao navegador
do usuário.
Figura 1.12 - Ciclo de execução do JSP.
Fonte: Horstmann, 2004, p.951
Segundo Gonçalves (2007), pelo fato de uma página JSP ser convertida em
servlet, ela passa a ter o mesmo ciclo de vida que o servlet. Em JSP não existem
métodos equivalentes ao doGet e doPost de um servlet para o atendimento às
requisições, porém, existem os métodos jspInit() e jspDestroy() que possibilitam a
implementação de códigos de inicialização e finalização da página.
A codificação de uma página JSP, como Horstmann (2004) explica, se parece
com a de uma página HTML convencional. Entretanto, dentro do código, há
instruções em Java, que são executadas sempre que a página da Web é enviada
para um navegador.
1.5.7 Ajax
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, Ajax não é mais uma linguagem
de programação, tratando-se de uma tecnologia que utiliza recursos das linguagens
JavaScript e XML para definir solicitações assíncronas feitas do lado cliente da
aplicação para o servidor, eliminando o tempo de espera que ocorre no momento em
que a página está carregando seu conteúdo. O processo de realizar requisições de
informações em uma página sem a necessidade de recarregar por completo foi o
fator que mais marcou e fez com que a tecnologia Ajax fosse adotada e aceita por
49
toda a comunidade de programadores Web, o que trouxe também substancial
melhora no modelo de interação, pois o processo de recarga de páginas, em alguns
casos, quando demorados, deixava o usuário frustrado a ponto de desistir de
realizar sua tarefa (NIEDERAUER, 2007; MCLAUGHLIN, 2006).
Conforme Niederauer (2007), em uma aplicação convencional, o processo de
interação inicia quando o navegador cliente faz uma solicitação através do protocolo
HTTP ao servidor requisitando uma página. Esta página retorna, sendo reproduzida
ao navegador Web. Se logo após este procedimento, o usuário fizer a submissão de
um formulário ou clicar em um link, será necessário que a página seja
completamente carregada.
Figura 1.13 - Modelo convencional de aplicação.
Fonte: Rao, 2008
50
Conforme Mclaughlin (2006), para uma aplicação baseada na tecnologia Ajax,
este procedimento é executado apenas na primeira vez que é carregada uma página
Web específica. Se o usuário realizar outra requisição na mesma página, uma
solicitação é feita através do protocolo HTTP ao servidor, onde processa o pedido e
retorna a resposta no formato XML alterando apenas o ponto dentro da página
HTML que é necessário, continuando todo o restante estático. A forma como ocorre
este processo, é mais bem visualizada na figura abaixo.
Figura 1.14 - Modelo de aplicação Web baseada em Ajax.
Fonte: Rao, 2008
Conforme Niederauer (2007) outra vantagem da utilização desta tecnologia é
a possibilidade de realizar várias requisições ao mesmo tempo, ou seja, sua
estrutura de funcionamento, denominada também pelo autor de motor Ajax, permite
realizar simultaneamente diversas requisições.
51
1.5.8 JQuery
O JQuery é uma biblioteca JavaScript rápida, pequena e rica em recursos.
Isso torna as coisas como travessia documento HTML e manipulação de eventos,
animação e Ajax muito mais simples com uma API fácil de usar, que funciona
através de uma infinidade de navegadores (JQUERY, 2014).
1.6 FERRAMENTA IREPORT
A ferramenta iReport visa facilitar a construção de relatórios utilizando a
biblioteca JasperReport. O iReport permite definir relatórios com designs modernos
simples ou complexos, sem a necessidade de escrever linhas de códigos XML, pois
todos os códigos são gerados automaticamente. Além disso, a ferramenta possui um
ambiente que oferece atalhos para tarefas de compilação e visualização dos
relatórios, permitindo-lhe a realização de teste.
Segundo Lima (2009), o iReport é uma ferramenta que visa facilitar a
construção de relatórios utilizando a biblioteca JasperReports através de uma
interface gráfica desenvolvida em Swing. Ele dispõe de importantes ferramentas
para desenvolver relatórios complexos e demorados.
Para Macedo (2010), o iReport é uma ferramenta desenvolvida pela mesma
empresa do JasperReport, a JasperForge, e por isso é muito comum ver os dois
sendo utilizados em conjunto. O iReport é um aplicativo gráfico que permite
“desenhar” um relatório, utilizando uma palheta e arrastando e soltando
componentes, de forma bem parecida com a criação de interfaces e janelas para
programas.
52
Figura 1.15 - Exemplo de uma tela da ferramenta iReport.
Fonte: Macedo, 2010
Figura 1.16 - Exemplo de uma tela da ferramenta iReport.
Fonte: Macedo, 2010
53
Figura 1.17 - Exemplo de uma tela da ferramenta iReport.
Fonte: Macedo, 2010
1.7 NETBEANS
O NetBeans é um ambiente de desenvolvimento integrado (IDE) gratuito e de
código aberto para desenvolvedores nas linguagens Java, C, C++, PHP entre outras.
O IDE é executado em muitas plataformas com Windows, Linux, Solaris e Mac OS.
O NetBeans IDE oferece aos seus desenvolvedores ferramentas necessárias para
criar
aplicativos
profissionais
de
desktop,
empresariais,
Web
e
móveis
multiplataformas. O NetBeans Platform é o runtime das sua aplicações fornecendo
uma base sólida para o desenvolvimento de seus projetos e à criação de “modules”.
O NetBeans IDE é um ambiente de desenvolvimento integrado gratuito e de código
aberto para os desenvolvedores de software. O IDE é executado em muitas
plataformas, como Windows, Linux, Solaris e MacOS. É fácil de instalar e usar essa
ferramenta. O NetBeans IDE oferece aos seus desenvolvedores todas as
ferramentas
necessárias
para
criar
aplicativos
empresariais, Web e móveis multiplataforma.
profissionais
de
desktop,
54
Figura 1.18 - Visão geral da ferramenta NetBeans IDE.
Fonte: Oracle, 2013
Figura 1.19 - Visão geral da ferramenta NetBeans IDE.
Fonte: Oracle, 2013
55
A seguir um pequeno resumo dos principais recursos da plataforma:

Interface com o usuário – os menus, barras de ferramentas e outros
componentes User Interfaces (UI) de apresentação são fornecidos por
esta plataforma.

Editor – rico em recursos para aplicações visuais Swings ou Abstract
Window Toolkit (AWT), para aplicações Web (Servlets e JSP, Java Server
Pages Standard Library (JSTL), Enterprise Java Beans (EJBs) XML com
suporte a Definição de Tipo de Documentos (DTDs) e XML Schemas
entre outros.

Gerenciamento – as views gerenciam a estrutura de projeto localmente ou
remotamente, podendo também utilizar Projects.Sistema de Versões
Concorrente – Concurret Version System (CVS), FTP ou base de dados
remota.

Cross – Plataform – totalmente escrito em Java, portanto é multiplataforma.

Wizards – ferramentas de gerenciamento de códigos, criação de
templates entre outros.
O NetBeans IDE é um conjunto de bibliotecas, módulos e APIs, formando em
ambiente integrado de desenvolvimento visual possibilitando ao desenvolvedor
compilar, debugar, efetuar deploying de suas aplicações. Podem-se destacar os
seguintes recursos dessa plataforma: debugador e compilador de programas, autocompletar avançado, depurador de erros, depurador de Servlets, synttax highlighting
à XML, HTML, Cascating Style Sheet (CSS), JSP, Linguagem de Descrição de
Interface – Interface Description Language (IDL), suporta linguagens Java, C, C++.
Suporta também a XML e HTML, JSP, JSTL,
Servlets. Recursos para
desenvolvimento EJBs, Web Service, macros de abreviação, total suporte ao ANT e
TomCat integrado na IDE, HTTP Monitor para monitoramento de suas aplicações
Web. Indentação automática de códigos disponíveis, refatoração básicas de códigos
Java. Suporte a DataBase (DB), Data view, Connection Wizard. Sendo assim é
possível integrar os módulos e extensões como o Jfluid e JME Mobility.
56
1.8 ASTAH COMMUNITY
A ferramenta Astah Community é open source e é utilizada para o
desenvolvimento da modelagem de software. É flexível e extensível e vários
diagramas. São eles, diagrama de caso de uso, diagrama de classe, diagrama de
sequencia, diagrama de estado, diagrama de atividades, diagrama de componentes,
diagrama de implementação, diagrama de estrutura composta, diagrama de
comunicação e diagrama de pacote.
Figura 1.20 - Visão geral da ferramenta Astah Community.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
O Astah Community é uma ferramenta de modelagem gratuita para projetos
de sistemas orientados a objeto. É baseada nos diagramas e na notação da Unified
Modeling Language (UML) e pode gerar códigos em Java.
57
1.9 ORACLE SQL DEVELOPER DATA MODELER
Segundo Legatti (2008), a Oracle lançou o Oracle SQL Developer Data
Modeling (OSMD) que é uma ferramenta gráfica para modelagem de dados. Essa
ferramenta utiliza a mesma interface do já conhecido Oracle SQL Developer. Essa
ferramenta tem como objetivo facilitar e melhorar a comunicação entre arquitetos,
administradores de dados, administradores de banco de dados, desenvolvedores de
aplicações e usuários, de forma a simplificar o processo de modelagem de dados
como um todo. O OSDM compreende três camadas que podem trabalhar de forma
sincronizada; um modelo lógico, um modelo relacional e um modelo físico. Na figura
1.21 e mostrada uma imagem de exemplo de modelo.
O OSDM é uma nova ferramenta gráfica de modelagem de dados que facilita
e melhora a comunicação entre os dados. Utilizando o OSDM os usuários podem
criar, navegar, editar e desenvolver modelo lógico, relacional e físico. O OSDM é um
modelo completo para solução de implementação para a modelagem de dados
relacionais, seja por novas operações utilizando o banco de dados, capturando
implementações para proporcionar uma representação gráfica e metadados
relacionados para documentação, adicionando e implementando novos requisitos de
dados.
Figura 1.21 - Exemplo dos modelos.
Fonte: Faleiro, 2007
58
1.9.1 Modelo conceitual
Segundo Faleiro (2007), modelo que representa fielmente o negócio em
questão, demonstrando caracteristicas fieis ao ambiente observado ou imaginado
independente
de
qualquer
limitação
imposta
por
tecnologia,
técnicas
de
implementação ou dispositivo físico. Deve ser utilizada na fase de análise, nunca na
fase de projeto, em nível de conversação, representação do negócio, validação de
conceito, etc. Um grande diferencial do modelo conceitual é a sua estabilidade, pois
permanece sem mudanças independente da escolha futura de implementação em
um SGBD relacional ou hierárquico por exemplo. Outro aspecto positivo do modelo
conceitual é que como o mesmo não respeita regras e limitações imposta pela
tecnologia, os desenvolvedores que estarão desenvolvendo o modelo irão conectar
todo seu esforço no aspecto conceitual, obtendo maior detalhamento do conceito
nessa fase.
1.9.2 Modelo lógico
De acordo com Faleiro (2007), ao contrário dos modelos conceituais, os
modelos lógicos são os modelos em que os objetos, suas caracteristicas e
relacionamento têm sua representação de acordo com as regras de implementação
e limitação impostos por algumas tecnologias, modelo esse utilizado já na fase de
projeto, mais independente de dispositivos físicos, implementando conceitos como
chave primária, normalização, integridade referencial, chaves compostas e outros.
Segundo Martins (2011), esse modelo será criado através do modelo
conceitual já construído, teoria essa que alguns autores têm uma visão diferenciada,
definindo que o método para obtenção do modelo lógico é o processo criativo, sem
haver a necessidade de um modelo conceitual.
59
Figura 1.22 - SQL Developer Data Modeler – Estrutura Modelo.
Fonte: Manual do Oracle, 2009
Figura 1.23 - Modelo Lógico.
Fonte: Manual do Oracle, 2009
60
1.9.3 Modelo físico
Para Faleiro (2007), elaborado a partir do modelo lógico levando em
consideração limites impostos por dispositivos físicos e pelos seus requisitos não
funcionais dos programas que acessam os dados, cada dispositivo físico (SGBD)
diferente poderá definir um modo diferente de implementação física das
caracteristicas e recursos necessários para o armazenamento e manipulação das
estruturas de dados.
Segundo Pressman (2006), o modelo de dados consiste em três peças de
informação inter-relacionadas: o objeto de dados, os atributos que descrevem o
objetivo de dados e as relações que conectam os objetivos de dados uns aos outros.
1.10 CONSIDERAÇÕES SOBRE O CAPÍTULO
Neste capitulo foi abordado as ferramentas e suas tecnologias para a
implementação e realização deste trabalho, bem como definir os conceitos e as
principais funcionalidade de cada uma delas.
No próximo capitulo será abordado as principais funcionalidades de uma
Ordem de Serviço (OS) e suas particularidades. Também será abordado sobre os
principais aspectos e componentes de um cronotacógrafo.
61
2 FUNCIONALIDADES
Neste capítulo abordaremos as principais funcionalidades de Ordem de
Serviços (OS) e suas particularidades, bem como, falaremos também sobre os
principais aspectos e componentes de um cronotacógrafo para a elaboração deste
trabalho.
2.1 ORDEM DE SERVIÇO (OS)
Ordem de Serviço (OS) é um contrato a curto prazo entre o fornecedor de
serviços e o contratante de serviços, em que os serviços únicos são específicos em
uma ordem e para o qual o faturamento relacionado ao recurso é executado na
conclusão. OS é uma solicitação de uma atividade de serviços a ser executada em
um objeto de manutenção, em uma sociedade do cliente em uma determinada data.
Para Vieira (2011), OS é um documento para orientar e informar os
trabalhadores de uma determinada organização empresarial, quais os riscos que irá
encontrar no ambiente de trabalho e na execução de suas atividades, para que o
mesmo possa ter alguns cuidados e realizar procedimentos para sua proteção.
2.2 POR QUE FAZER A OS
A OS é um documento de suma importância, onde na hipótese de evento
ocorrido sejam registrados esses fatos. A OS serve como utilitário para fornecer a
documentação de acompanhamento das atividades de serviços. Uma OS é utilizada
para as seguintes requisições:

Executar o planejamento de serviços teóricos, com relação à utilização
de materiais utilitários e pessoal.

Supervisionar a execução de serviços.

Entrar e aprimorar os custos provenientes dos serviços em execução.
Os dados da OS são transferidos para o histórico e são de grande
importância para análise e planejamento futuro. A OS é um documento muito
importante que contém informações sobre um determinado serviço, é também um
documento que serve para orientar e informar os contratantes. Uma OS contém
62
operações que descrevem as etapas de trabalhos individuais.
2.3 ESTRUTURA DE UMA OS
A OS é um documento que tem a função de emitir comunicações internas em
uma organização a respeito de um trabalho que precisa ser efetuado (BRASIL
ESCOLA, 2013). A OS é um documento realizado para orientar e informar aos
colaboradores de uma determinada organização, os riscos que eventualmente irá
encontrar no ambiente de trabalho e na execução de suas atividades.
Uma OS contém operações que descrevem as etapas de trabalhos
individuais. Uma operação pode ser dividida em suboperações se forem necessários
para maiores detalhes. As operações podem ser executadas sequencialmente, em
paralelo, ou em sobreposição de um ao outro. Sua sequência temporal é definida
através de relações. As operações e suboperações podem ser processadas interna
ou externamente.
Uma operação ou suboperação a ser processada internamente refere-se a
um centro de trabalho responsável pela sua execução. As necessidades de
capacidade para a execução da operação ou da suboperação podem ser
planejadas. Os serviços definidos para uma operação externa são solicitados
através do departamento de administração de uma organização empresarial. Os
materiais de reposição e os utilitários são necessários para poder planejar os
serviços na operação. A seguir mostraremos alguns exemplos de telas utilizando
sistemas de OS.
Figura 2.1 – Tela de Cadastro de Ordem de Serviço do CPT Dedetizadora.
Fonte: CPT Softwares, 2012
63
Figura 2.2 – Tela de Cadastro de uma Ordem de Serviço.
Fonte: SoftecSul Inovação, 2013
Figura 2.3 – Tela de Cadastro de uma Ordem de Serviço.
Fonte: SoftecSul Inovação, 2013
64
LOGOTIPO DA
EMPRESA
ORDEM DE SERVIÇO
(OS)
POR ATIVIDADE – SEGURANÇA
DO TRABALHO
Função:Gerente
de Produção
Setor:Produção
1 – DESCRIÇÃO DA FUNÇÃO
Auxiliar o operador durante a fabricação. Cuidar de peças necessárias para a manutenção e
providenciar a sua compra.
Coordenar a manutenção. Enviar peças para o Controle de Qualidade.
Calcular tempo de produção dos materiais. Acompanhar o processo in loco.
2 – AGENTES ASSOCIADOS ÁS ATIVIDADES – NR01, 1.7, “c”, I
* Agente Físico: Ruído equivalente a 78,8 dB (A), atenuado pelo uso efetivo e rotineiro do protetor
auditivo.
* Agente Químico: Óleo
3 – EPI’s DE USO OBRIGATÓRIO – NR01, 1.7, “c”, II
* Protetor auricular tipo concha ou plug de inserção;
* Creme protetor para pele das mãos e braços;
* Óculos de segurança.
4 – RECOMENDAÇÕES
* Atenção e cuidado com as partes móveis das máquinas, não mantenham contato direto com o
equipamento em operação;
* Fume somente em locais permitidos que estejam sinalizados;
* Comunique a CIPA qualquer irregularidade que possa colocar você ou seus colegas em risco de
acidentes;
* Não remova ou ultrapasse as proteções existentes nas áreas;
* Atenção e cuidado durante a utilização das mangueiras de ar comprimido, não as usem contra o
corpo;
* Use EPI1s designados a sua função;
* Comparecer ao departamento médico para exames periódicos quando solicitados.
5 – PROCEDIMENTOS EM CASO DE ACIDENTES – NR01, 1.7, “e”
Todo e qualquer acidente de trabalho, deverá ser comunicado para o superior imediato, na falta
deste para o membro da CIPA e/ou ao RH, para que possa ser providenciada a emissão da CAT –
Comunicado de Acidente do Trabalho, cujo prazo da abertura é de 24h
6 – PUNIÇÕES (o não cumprimento desta OS)
1º ocorrência: advertência verbal + treinamento
2º ocorrência: advertência escrita + treinamento
3º ocorrência: advertência escrita + treinamento
4º ocorrência: desligamento da empresa
7- OBSERVAÇÕES
As orientações aqui contidas não esgotam o assunto sobre prevenção de acidentes, devendo ser
observadas todas as instruções existentes, ainda que verbais em especial as Normas e
Regulamentos da Empresa
APROVAÇÃO:
DATA:
CIPA:
DATA:
DATA DA ELABORAÇÃO:15/03/2014
REVISÃO:0
Figura 2.4 – Exemplo de uma Ordem de Serviço.
Fonte: Vieira, 2013
65
2.4 ELABORAÇÃO DE UMA OS
Conforme a Norma Regulamentadora (NR) 01, o Ministério do Trabalho
especificou alguns objetivos que devem conter na OS. Assim a OS deve conter
informações bem claras e objetivas sobre:

Função (exemplo: Gerente de Produção, Supervisor de Produção,
Operador de Máquina, Auxiliar de Produção, etc);

Setor (informar o local da aplicação da OS);

Descrição da função (descrever todas as atividades exercidas por
aquele colaborador);

Informar os riscos profissionais que possam originar-se no local de
trabalho (NR 01, 1.7, “c”, I);

Informar os meios para prevenir e limitar os riscos e as medidas
adotadas pela empresa (NR 01, 1.7, “c”, II, (informar quais
Equipamento de Proteção Individual (EPI) são de uso obrigatório));

Recomendações (citar algumas recomendações que devem ser
seguidas pelo colaborador, para sua segurança e saúde);

Determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de
acidente ou doença relacionada ao trabalho (NR 01, 1.7, “e”);

Punição (a possibilidade de punição ao trabalhador em caso de
descumprimento das OS expedidas pela empresa);

Assinatura e data (de quem aprovou o documento);

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) (assinatura dos
integrantes da CIPA e data);

Data da elaboração;

Número da revisão (havendo modificação no processo, espaço físico,
etc, pode eliminar ou aparecer nos riscos relacionados a saúde e
segurança, onde a OS deverá ser revisada e controlada).
Para Vieira (2011), a OS sobre segurança do trabalho não deve se limitar à
transcrição de textos legais ou redações padrões, o ideal é que a mesma seja
elaborada conforme as instalações da organização empresarial, arranjo físico,
máquinas, equipamentos, materiais e insumos utilizados na produção. A OS sobre
66
Segurança e Medicina do Trabalho, emitida com base nos riscos reais da
organização, é também um documento extremamente útil na realização das
integrações dos novos colaboradores, podendo ser também utilizada como material
de apoio em treinamentos internos, auditoria e fiscalização (VIEIRA, 2011).
Para Gomes (2012), uma OS pode ser compreendida como um documento
que estabelece os regulamentos e procedimentos internos de segurança e saúde no
trabalho da empresa a cada funcionário e a este cabe cumpri-la plenamente. Afirma
Gomes (2012) que o objetivo da OS é estabelecer ao conhecimento do funcionário
os riscos que irá encontrar no local de trabalho, as possíveis punições pelo
descumprimento da OS, assim como, os regulamentos e procedimentos de
segurança. Visando adotar medidas que possam eliminar ou neutralizar as
condições de insegurança no ambiente de trabalho.
2.5 OBRIGATORIEDADE
Conforme estabelece o artigo 157 da Lei 6.514, de 22 de Dezembro de 1977,
que alterou o capítulo V do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
cabe a empresa: “instituir os empregados, através de ordem de serviço, quanto às
precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças
ocupacionais”. Além disso, de acordo com a norma regulamentadora NR 01 da
Portaria Gabinete do Ministro (GM) nº 3.214, de 08 de Junho de 1978, item 1.7,
alínea “b”, cabe ao empregador: “elaborar ordens de serviços sobre segurança e
saúde no trabalho, dando ciência aos empregados por comunicados, cartazes ou
meios eletrônicos”. O funcionário deve ler com atenção sua OS, buscando assim,
tirar todas as possíveis dúvidas. Pois, ao assiná-la estará afirmando estar ciente de
seus direitos e deveres, dos riscos expostos e procedimentos de segurança
adotáveis em sua atividade no ambiente de trabalho (GOMES, 2012).
Afirma ainda Gomes (2012) geralmente as organizações emitem OS ao
empregado após a palestra ou treinamento de integração do funcionário. Podendo
ser feita em duas ou três vias: uma ao funcionário, uma a organização e no caso de
três vias, uma cópia ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho (SESMT). A empresa deve sempre atualizar a OS nas
ocasiões de alteração do local ou forma de trabalho, assim como, se necessitar de
67
mudanças no tipo de EPI e/ou Equipamento de Proteção Coletiva (EPC). O
empregado ao descumprir algum item da OS estará passível de punição, como a
demissão por “justa causa”, quando for perfeitamente caracterizada e o
descumprimento enquadra-se em algum dos casos descritos no artigo 482 da CLT:
a) Ato de improbidade;
b) Incontinência de conduta ou mau procedimento;
c) Negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do
empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a
qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço;
d) Condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não
tenha havido suspensão da execução da pena;
e) Desídia no desenvolvimento das respectivas funções;
f) Embriaguez habitual ou em serviço;
g) Violação de segredo da empresa;
h) Ato de indisciplina ou de insubordinação;
i) Abandono de emprego;
j) Ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra
qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em
caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
k) Ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas
contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de
legítima defesa, própria ou de outrem;
l) Pratica constante de jogos de azar;
E conforme estabelece o artigo 483, da CLT, o empregado poderá considerar
rescindido o contrato e pleitear sua devida indenização quando:
a) Forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei,
contrário aos bons costumes, ou alheios ao contrário;
b) For tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com
rigor excessivo;
c) Correr perigo manifesto de mal considerável;
d) Não cumprir o empregador as obrigações do contrato;
e) Praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de
sua família, ato lesivo da honra e da boa fama;
68
f) O empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em
caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
g) O empregador reduzir os seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa,
de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários.
§1º - O empregador poderá suspender a prestação dos serviços ou
rescindir o contrato, quando tiver de desempenhar obrigações legais,
incompatíveis com a continuação do serviço.
§2º - No caso de morte do empregador constituído em empresa individual,
facultando ao empregador rescindir o contrato de trabalho.
§3º - Nas hipóteses das letras d e g, poderá o empregado pleitear a
rescisão de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas
indenizações, permanecendo ou não no serviço até final decisão do
processo.
Para Gomes (2012), basicamente a OS deve conter as seguintes
informações: os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho.
Estabelecer as organizações e proibições que o funcionário deve ter conhecimento e
cumprir. Os procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou doença
relacionada ao trabalho. Os EPIs a serem utilizados pelo funcionário e os EPC
disponíveis ao (s) empregado (s). Estabelecer ao conhecimento do funcionário de
que será passível de punição pelo descumprimento de algum dos itens da OS.
Conter as medidas determinadas pelo Ministério do Trabalho aos empregados e em
pregadores que deverão ser adotadas e cumpridas por ambos. As medidas e
comportamentos a serem adotadas pelo trabalhador para prevenir acidentes no
desempenho do trabalho.
2.6 CRONOTACÓGRAFO O QUE É?
O cronotacógrafo é o instrumento destinado a indicar e registrar, de forma
simultânea, inalterável e instantânea, a velocidade e a distância percorrida pelo
veículo, em função do tempo decorrido, assim como os parâmetros relacionados
com o condutor do veículo, tais como: o tempo de trabalho e os tempos de parada e
de direção.
Os veículos de carga com peso bruto acima de 4.536 quilogramas (Kg) e os
69
veículos de passageiros com mais de dez lugares são obrigatórios pelo Código de
Trânsito Brasileiro (CTB) a possuir cronotacógrafo. Através dele, é possível
monitorar o deslocamento do veículo. O disco diagrama, de papel especial, colocado
no cronotacógrafo, registra dados importantes, como as velocidades desenvolvidas
pelo veículo, intervalos de tempo parado e em deslocamento e distâncias
percorridas. São informações aceitas legalmente como prova em caso de acidentes
ou denúncias de má condução do veículo (INMETRO, 2014).
O disco diagrama deve ser trocado a cada vinte e quatro horas ou sete dias,
de acordo com os modelos aprovados e descritos na portaria Instituto Nacional de
Metrologia (INMETRO/DIMEL). O disco diário é único, enquanto o semanal é
composto por sete discos intercalados. O disco contém áreas específicas para
registro de velocidade, distância percorrida e tempo. Em sua parte central, há
espaço apropriado para o nome do condutor, local, data de início e término do
percurso, identificação do hodômetro e número da portaria de aprovação de modelo
do disco ou fita diagrama. Devem constar ainda outros dados como a marca ou
nome do fabricante, velocidade máxima de registro, código de aprovação de modelo
e número das portarias de cronotacógrafos. Embora já mencionada no texto,
reforçamos que a fita diagrama é outro meio de registro das informações de
deslocamento do veículo, usada em alguns modelos do cronotacógrafo (INMETRO,
2014).
2.6.1 Origem do cronotacógrafo
Usado para monitorar o trânsito de ônibus e caminhão, o cronotacógrafo
inicialmente era utilizado em trens. O instrumento de medição de velocidade, tempo
e distância foi criado no século XIX pelo alemão Max Maria von Weber, filho de Carl
von Weber. Nos tempos atuais, o cronotacógrafo de Max é mundialmente utilizado
como meio de controle e fiscalização de veículos e de seus condutores (INMETRO,
2014).
O Brasil está entre os países que tornaram o uso do cronotacógrafo
obrigatório em ônibus e caminhões. Desde 1997, quando foi instituído o CTB,
veículos de carga com peso bruto superior a 4.536 kilogramas e de passageiros com
mais de dez lugares devem ser verificados periodicamente pelo INMETRO, o que
70
aumenta a confiabilidade das medições. A importância do uso do cronotacógrafo
vem crescendo ao longo dos anos em sequencia do número de acidentes fatais,
envolvendo ônibus e caminhões. O instrumento inibe os excessos e ajuda a reduzir
os acidentes, uma vez que registra o histórico das velocidades desenvolvidas,
distâncias percorridas e tempo de movimento e parada do veículo (INMETRO,
2014).
2.6.2 Legislação sobre cronotacógrafo
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estabelece a obrigatoriedade do
cronotacógrafo para veículos de transporte coletivo de passageiro, escolares e
veículos de carga com Peso Total Bruto (PBT) superior a 4.536 kg, conforme
descrito no artigo 105: São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros a
serem estabelecidos pelo Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN); para veículos
de transporte e de condução escolar, os de transporte de passageiros com mais de
dez lugares e os de carga com PBT superior a 4.536 kg, equipamento registrador
instantâneo inalterável de velocidade e tempo (INMETRO, 2012).
Além do contido no CTB, o CONTRAN estabelece através da Resolução
14/98 e 87/99, a obrigatoriedade do registrador instantâneo e inalterável de
velocidade e tempo, nos veículos de transporte e condução escolares, nos de
transporte de passageiro licenciados na categoria aluguel com mais de dez lugares
que estejam realizando o transporte remunerado de passageiros e nos veículos de
carga com capacidade máxima de tração superior a 19 toneladas (fabricação até
dezembro de 1990 com PBT inferior a 19 toneladas estão isentos da obrigatoriedade
do cronotacógrafo) e veículo que transportam produtos perigosos (INMETRO, 2012).
Nas Figuras 2.5 e 2.6 são mostrados os exemplos de cronotacógrafo
utilizados em veículos.
71
Figura 2.5 – Exemplo de um cronotacógrafo.
Fonte: IPEMSP, 2014
Figura 2.6 – Exemplo de cronotacógrafo digital.
Fonte: VDO Brasil, 2014
2.6.3 Obrigatoriedade do uso do cronotacógrafo
O cronotacógrafo é um instrumento de medição utilizado para monitorar a
velocidade, o tempo e a distância percorrida pelo veículo, assim como os
parâmetros relacionados ao condutor do veículo, tais como o tempo de trabalho e os
tempos de parada e de direção. Somente alguns veículos são obrigatórios a portar o
cronotacógrafo. São eles: os veículos de carga com peso bruto acima de 4.536 kg e
os veículos de passageiros com mais de dez lugares. Esta obrigação é uma
exigência legal, que consta no artigo 105 do CTB (IPEMPR, 2014).
72
Figura 2.7 – Exemplo de cronotacógrafo e suas informações.
Fonte: VDO Brasil, 2014
2.7 SELOS NOS CRONOTACÓGRAFOS
O cronotacógrafo é um equipamento instalado em caminhões e ônibus com o
objetivo de registrar o tempo de viagem, distância percorrida e a velocidade
desenvolvida para fins de controle e monitoramento dos condutores. Para que
ocorra o perfeito registro das informações durante o percurso de um veículo, o
cronotacógrafo deve ser devidamente vistoriado e selado pelo INMETRO.
Figura 2.8 – Cronotacógrafo selado.
Fonte: Revista Mundo Trânsito, 2012
73
A vistoria e selagem do cronotacógrafo devem ser realizadas por todos os
proprietários de caminhões e ônibus em qualquer oficina autorizada pelo fabricante
do equipamento e devidamente cadastrada no INMETRO para que o cronotacógrafo
receba a selagem necessária e se submeta à realização de ensaios metrológicos.
Se o cronotacógrafo atender aos requisitos previstos no Regulamento Técnico
Metrológico aprovado pela portaria INMETRO nº 201/04, que estabelece as
especificações a que devem atender os cronotacógrafos, o proprietário do
equipamento recebe o certificado de verificação que possui validade de dois anos.
2.7.1 Tipos de selagem obrigatória em cronotacógrafos
São dois tipos de selos obrigatórios em um cronotacógrafo. Selo plástico/lacre
amarelo com arame para ser colocado na conexão do cabo do cronotacógrafo com a
caixa de câmbio, que pode ser obtido diretamente junto ao IPEM do estado em que
a oficina cadastrada se localiza. Já o selo adesivo/etiqueta pode ser colocado em
pontos do instrumento definido no modelo aprovado pelo INMETRO, que deve ser
providenciado pelo fabricante que necessitar. A cor deste selo é igual para todos os
fabricantes, na medida em que os mesmos serão diferenciados pela letra
identificadora de cada fabricante. A letra precede a numeração sequencial e ambas
são definidas pela Coordenação Geral da Rede Brasileira de Metrologia Legal e
Qualidade – Cored do INMETRO.
Figura 2.9 – Modelos de lacre e selos.
Fonte: INMETRO, 2014
74
2.7.2 Verificação
Os cronotacógrafos devem ser submetidos à verificação inicial, feita antes do
instrumento ser posto a venda. A verificação consiste em observar se o instrumento
foi fabricado de acordo com o modelo aprovado pelo INMETRO e se atende ao
regulamento técnico metrológico especifico para esse instrumento. Depois de
instalado no veículo, o cronotacógrafo precisa passar por verificação subsequente a
cada dois anos, ou sempre que sofrer reparo ou manutenção. Esta verificação
subsequente é realizada nos Postos de Ensaio, credenciados pelo INMETRO, ou na
ausência destes postos, deverá dirigir-se a um Posto de Selagem (IPEMPR, 2014).
Tabela 2.1 – Estados onde possuem os Postos de Selagem
ESTADO
ACRE
ALAGOAS
AMAPÁ
AMAZONAS
BAHIA
CEARÁ
DISTRITO FEDERAL
ESPIRITO SANTO
GOIÁS
MARANHÃO
MATO GROSSO
MATO GROSSO DO SUL
MINAS GERAIS
PARÁ
PARAÍBA
PARANÁ
PERNAMBUCO
PIAUÍ
RIO DE JANEIRO
RIO GRANDE DO NORTE
RIO GRANDE DO SUL
RONDÔNIA
RORAIMA
SANTA CATARINA
SÃO PAULO
SERGIPE
TOCANTINS
Fonte: INMETRO, 201
QUANTIDADE
DE POSTOS
1
5
1
6
35
15
6
11
35
6
28
30
113
19
8
90
22
5
69
11
83
9
1
47
297
5
5
75
Tabela 2.2 – Estados onde possuem os Postos de Ensaio
ESTADO
ALAGOAS
AMAPÁ
AMAZONAS
BAHIA
CEARÁ
DISTRITO FEDERAL
ESPIRITO SANTO
GOIÁS
MARANHÃO
MATO GROSSO
MATO GROSSO DO SUL
MINAS GERAIS
PARÁ
PARAÍBA
PARANÁ
PERNAMBUCO
PIAUÍ
RIO DE JANEIRO
RIO GRANDE DO NORTE
RIO GRANDE DO SUL
RONDÔNIA
SANTA CATARINA
SÃO PAULO
SERGIPE
Fonte: INMETRO, 2014
QUANTIDADE
DE POSTOS
1
1
2
8
4
3
7
12
2
6
6
34
4
4
22
6
2
20
4
35
4
28
76
1
O Posto de Selagem coloca os selos plásticos (lacres) e o selo adesivo
(etiqueta) nos pontos estipulados para essa finalidade. Já o Posto de Ensaio realiza
as inspeções e os ensaios exigidos pelo regulamento técnico metrológico específico
para cronotacógrafos. Nos postos de ensaio também são colocados os selos
plásticos e o selo adesivo. Uma vez aprovado, é emitido o certificado de verificação
com validade de dois anos (IPEMPR, 2014).
2.7.3 As oficinas
Não existe qualquer obrigatoriedade definida pelo INMETRO para empresas
que atuam no âmbito da manutenção e vendas de peças de tacógrafos. A
obrigatoriedade está relacionada exclusivamente com a realização do plano de
76
selagem e dos ensaios nos instrumentos. O processo de cadastramento realizado
pelo INMETRO tem a finalidade de conhecer e, em caso de descumprimento das
regras estabelecidas, responsabilizar as empresas autorizadas pelos fabricantes de
cronotacógrafos para a colocação dos seus selos. O INMETRO não autoriza oficinas
para serviços de manutenção de cronotacógrafos, portanto todos os ajustes que o
responsável entender necessários realizar antes da apresentação do instrumento à
selagem poderá ser realizados em qualquer oficina se sua confiança, não
necessariamente cadastrada (IPEMPR, 2014).
2.7.4 Fiscalização
A fiscalização não estará restrita ao momento das inspeções, podendo ser
exercida em qualquer outro, seja nas estradas ou nas autorizações obtidas pelo
poder concedente dos municípios, estados ou união. A competência para
fiscalização, na medida em que a exigência de utilização do instrumento é do
Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), a atividade de fiscalização quanto
à utilização do instrumento é de competência daquele departamento. As ações de
fiscalização do DENATRAN poderão ser apoiadas por exigências do poder público
concedente das atividades de transporte, por exemplo: as secretarias municipais e
os órgãos estatuais de trânsito que poderão exigir o certificado de verificação para o
licenciamento das atividades de transporte em sua área de competência. Assim
sendo, a fiscalização poderá ocorrer em duas esferas: quanto a utilização do
instrumento pelo DENATRAN; quanto a verificação do instrumento pelo INMETRO e
também pelo DENATRAN, já que sem a correta verificação entende-se que o
instrumento não está sendo utilizado. A fiscalização, a partir das datas especificadas
para cada tipo de veículo, poderá ser feita tanto pelo INMETRO como pelo
DENATRAN da forma acima descrita, nas suas esferas de competência. A exigência
do certificado poderá ser feita em qualquer um dos casos mencionados (IPEMPR,
2014).
77
2.8 CONSIDERAÇÕES SOBRE O CAPÍTULO
Neste capítulo foi abordado as principais funcionalidades de uma OS que se
trata de um contrato a curto prazo entre o fornecedor de serviços e o contratante de
serviços, pois, uma OS trata-se de uma solicitação de uma determinada atividade de
serviço a ser executada em um objeto de manutenção, em uma sociedade do cliente
em uma determinada data.
Também foi abordado as principais estrutura de um cronotacógrafo,
considerando seus principais aspectos: a sua origem, sua obrigatoriedade pois trata
de um importante instrumento de medição utilizado para monitorar a velocidade, o
tempo e a distância percorrida pelo veículo. O instrumento inibe os excessos e
ajudará a reduzir os acidentes, uma vez que registra o histórico das velocidades
envolvidas, distâncias percorridas e tempo de movimento e parada do veículo.
No próximo capítulo será abordado detalhes do desenvolvimento de um
sistema Web de OS para armazenar informações importantes do uso de um
cronotacógrafo.
78
3 ANÁLISE E PROJETO DO SISTEMA
Neste capítulo encontram-se descritas as etapas de análise e projeto do
desenvolvimento
do
SisCrono:
um
sistema
de
gestão
de
serviços
em
manutenção
em
Cronotacógrafos.
3.1 ANÁLISE DE NEGÓCIO
3.1.1 Introdução do Problema
Atualmente
as
oficinas
que
realizam
serviços
de
cronotacógrafos não possuem um sistema informatizado para que possam agilizar e
facilitar as atividades realizadas no cotidiano, bem como gerar os relatórios das OSs
que foram realizadas, uma vez que essas atividades, muitas vezes, são descritas
manualmente. Sendo assim, as realizações das atividades da geração de relatórios
tornam-se onerosa. Com o desenvolvimento de um sistema Web voltado para as
necessidades de oficinas, elas podem se beneficiar, realizando atividades mais
eficazes e eficientes, como por exemplo, fazer uma busca de informação por meio
de relatórios ou consultar dados de serviços realizados.
O desenvolvimento do sistema Web conta com um acompanhamento mais
detalhado para a geração do relatório, por meio desse sistema, as informações
poderão ser visualizadas, alteradas e atualizadas de maneira eficaz. O sistema
permite que o cliente faça consultas no relatório da OS, com isso, trás mais
dinamismo.
3.1.2 Atores envolvidos no Processo
Os atores envolvidos no processo são:

Atendente, que é responsável pela geração de relatórios das OSs da
oficina. O responsável pela geração de relatório possui permissões
para cadastrar cliente, consultar OS, manter veículo, gerar Ordem de
Serviço,
manter
oficina,
gerar
relatório
mensal
e
manter
cronotacógrafo.

Além do Atendente, o sistema SisCrono, possui um ator Administrador.
79
Este ator, possui todas as permissões do sistema, incluindo todas as
permissões do Atendente.

Por fim, o SisCrono também possui um ator Cliente, no qual possui a
permissão de consultar as OSs cadastradas no sistema.
3.1.3 Descrição do ambiente
Atualmente o ambiente da oficina não é totalmente informatizada, por conta
dessa situação, as realizações de suas atividades relacionadas aos cronotacógrafos,
são feitas por meio de planilhas eletrônicas e quando o responsável quer fazer uma
consulta de informação gasta-se muito tempo para procurar os dados requeridos.
Quando ocorre uma alteração de dados, o responsável realiza a alteração
manualmente na planilha eletrônica. O mesmo acontece para cadastrar o cliente,
veículo e cronotacógrafo.
Ao responsável pela geração da OS cabe verificar a documentação e
relatórios pendentes e possíveis atualização dos mesmos. Todas as OSs geradas
nas planilhas eletrônicas são armazenadas e organizadas em pastas contidas no
disco rígido, e toda vez que se necessita fazer uma consulta em alguma OS, existe a
necessidade de se procurar por todas essas pastas. Desta forma, gasta-se muito
tempo com essas consultas e tornam-se exaustivas tais atividades, além de correr o
risco dos arquivos se corromperem ou não serem atualizadas, como por exemplo, se
um cliente não faz mais parte da empresa ou atualizar o endereço de um cliente já
existente.
3.2 VISÃO GERAL
3.2.1 Perspectiva
O sistema SisCrono é um sistema independente, visto que não recebe dados
oriundos de outros sistemas ou software. Com base nessa situação, o objetivo do
desenvolvimento desse sistema é buscar maior eficiência, rapidez e dinamismo por
meio da informatização no setor de gerar relatórios de uma Ordem de Serviço da
oficina SisCrono, bem como, facilitar a realização das atividades.
80
Deste modo, busca-se confiabilidade de dados sobre cliente, veículo,
cronotacógrafo fazendo com que se tenham informações atuais sobre os mesmos.
As necessidades e prioridades do desenvolvimento são: Manter Pessoa,
Manter Veículo, Manter Cronotacógrafo, Manter Ordem de Serviço, Consultar Ordem
e Gerar Relatório.
3.3 ANÁLISE E PROJETO
Nesta seção são explicados os requisitos, o que irão cooperar para melhor
compreensão das funcionalidades e que irão compor o desenvolvimento do sistema
para controle de geração de relatórios de uma Ordem de Serviço.
3.3.1 Diagrama de Caso de Uso, visão geral
Especificação Caso de Uso – Caso de uso gerais aos atores: esses casos
de uso tratam de funcionalidades em comum os atores envolvidos no sistema. São
eles: Administrador que possui a total permissão, sendo que um deles é cadastrar
Atendente e inserir novos serviços. O Atendente é responsável por cadastrar Cliente,
Veiculo, Cronotacógrafo, Oficina, Selecionar Ordem de Serviço, Gerar Relatório. Já
o Cliente possui permissão para consultar as OSs cadastradas no sistema.
81
Figura 3.1 – Diagrama de Caso de Uso.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
82
Figura 3.2 – Diagrama de Classe.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
3.3.2 Diagrama de Atividade, MVC e Sequência
Manter Pessoa: este Caso de Uso apresenta a funcionalidades responsável por
Manter pessoa.
Esta possibilita também o cadastro de cliente, a consulta, a
83
alteração e a exclusão. Nas Figuras 3.4, 3.5, 3.6 são representadas os Diagramas
de Atividade, Diagrama de MVC e o Diagrama de Sequência.
Figura 3.3 – Diagrama de Atividade Manter Pessoa.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
84
Figura 3.4 – Diagrama de MVC Manter Pessoa.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
85
Figura 3.5 – Diagrama de Sequência Manter Pessoa.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
Manter Veiculo: este Caso de Uso apresenta a funcionalidades responsável por
Manter veículo. O responsável pelo setor realiza o cadastro de veículo. Esta
possibilita também o cadastro de veículo, a consulta, a alteração e a exclusão. Nas
Figuras 3.7, 3.8, 3.9 são representadas os Diagramas de Atividade, Diagrama de
MVC e o Diagrama de Sequência.
86
Figura 3.6 – Diagrama de Atividade Manter Veiculo.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
Figura 3.7 – Diagrama de MVC Manter Veiculo.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
87
Figura 3.8 – Diagrama de Sequência Manter Veiculo.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
Manter Cronotacógrafo: este Caso de Uso apresenta a funcionalidades
responsável por Manter Cronotacógrafo. Esta possibilita também o cadastro de
cronotacógrafo, a consulta, a alteração e a exclusão. Nas Figuras 3.10, 3.11, 3.12
são representados os Diagramas de Atividade, Diagrama de MVC e o Diagrama de
Sequência.
88
Figura 3.9 – Diagrama de Atividade Manter Cronotacógrafo.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
89
Figura 3.10 – Diagrama de MVC Manter Cronotacógrafo.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
90
Figura 3.11 – Diagrama de Sequência Manter Cronotacógrafo.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
Selecionar Ordem: este Caso de Uso apresenta a funcionalidades responsável por
Selecionar Ordem. Nas Figuras 3.13, 3.14, 3.15 são representados os Diagramas de
Atividade, Diagrama de MVC e o Diagrama de Sequência.
91
Figura 3.12 – Diagrama de Atividade Selecionar Ordem.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
Figura 3.13 – Diagrama de MVC Selecionar Ordem.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
92
Figura 3.14 – Diagrama de Sequência Selecionar Ordem.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
Gerar Relatório: este caso de uso apresenta a funcionalidades responsável por
Gerar Relatório. Nas Figuras 3.16, 3.17, 3.18 são representadas os Diagrama de
Atividade, Diagrama de MVC e o Diagrama de Sequência.
93
Figura 3.15 – Diagrama de Atividade Gerar Relatório.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
Figura 3.16 – Diagrama de MVC Gerar Relatório.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
94
Figura 3.17 – Diagrama de Sequência Gerar Relatório.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
3.4 CONSIDERAÇÕES SOBRE O CAPÍTULO
Neste capítulo foi realizada a análise de requisitos do sistema por meio do
levantamento de requisitos, Diagrama de Caso de Uso, Diagrama de Atividade,
Diagrama de MVC, Diagrama de Sequencia. Esses processos de análise
possibilitam para que possa haver uma visualização geral do sistema.
No próximo capítulo serão abordados assuntos que fazem referências ao
desenvolvimento do sistema Web.
95
4 DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA
Para o desenvolvimento desse projeto foram utilizadas as tecnologias já
abordadas nos capítulos anteriores. Este presente capítulo tem por finalidade,
introduzir e apresentar maneiras de como essas tecnologias foram utilizadas para o
desenvolvimento do projeto e sua aplicação Web de relatórios e controle das
atividades desenvolvidas na OS de uma oficina. Deste modo, este capítulo abordará
as principais telas das funcionalidades desenvolvidas no sistema.
4.1 DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA WEB
O sistema foi desenvolvido utilizando-se o padrão de projeto Model View
Controller (MVC). Adicionalmente com o emprego de algumas tecnologias, dentre as
tecnologias Java pode-se citar: Java Database Connectivity (JDBC), Java Server
Pages (JSP) e servlets. Também a tecnologia Javascript, no qual utiliza-se o
framework JQuery.
As páginas de interface com o usuário foram desenvolvidas utilizando o
framework JQuery mencionado anteriormente, onde facilita o padrão de interface do
sistema, juntamente com as páginas JSP. Vale destacar ainda que, para o
desenvolvimento do relatório utilizou-se a ferramenta IReport versão 2.0.1, no qual
permite gerar relatórios personalizados e, além disso, relatórios de gráficos. Para
ilustrar um exemplo da facilidade de interface obtida pelo uso desses componentes,
na Figura 4.1 é ilustrada a tela inicial do sistema, onde possui o menu com os links
para todas as funções do mesmo.
96
Figura 4.1 – Tela inicial de cadastro do sistema.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
Na Figura 4.1, pode-se notar o menu principal do sistema, onde pode-se
dizer que é passo inicial para a utilização do mesmo. Assim, tal tela também possui
um gráfico demonstrando o quantitativo total de alguns cadastros do banco de
dados.
Figura 4.2 – Tela de login do sistema.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
97
Além do mais, o sistema exige que seus usuários realizem o login, como
maneira de ter controle e segurança do sistema, na Figura 4.2 é ilustrada a tela de
login do sistema, desde modo, sem a realização do login, não será possível acessar
o sistema. É importante ressaltar que, pode-se realizar login para acessar como
Atendente e como Cliente no sistema. Com o acesso de clientes pode-se consultar
as ordens de serviço referentes ao cliente, entretanto, não pode-se modificar tais
dados.
4.2 MÓDULOS DO SISTEMA
O sistema para cadastro e controle de oficina, é dividido precipuamente no
módulo de controle de cadastros e módulo de geração de relatório mensal de
instalação de cronotacógrafos. O módulo de cadastro pode ser composto pelos
cadastros de:

Cadastro de cliente
 Cadastro de veículo
 Cadastro de ordem de serviço

Cadastro de marca

Cadastro de modelo

Cadastro de serviço

Nível de acesso

Oficina
Em síntese, o sistema trata a instalação de cronotacógrafos basicamente
como um serviço, que é cadastrado inicialmente no controle de serviços do sistema,
assim, para gerar uma ordem de serviço, é preciso buscar o cliente desejado e
escolher o veículo de tal cliente para o qual será gerada a ordem. Desta maneira,
quando gera-se a ordem de serviço, preenche-se os campos necessários de tal
controle e escolhe-se os serviços que serão incluídos em tal ordem. Com isso, o
sistema permite através do controle de relatórios mensal, a visualização de todas as
ordens de serviço realizadas no mês e ano especificado. Na Figura 4.3 é
apresentada a tela no qual especifica-se o formulário para onde pode-se escolher o
mês e ao ano para a impressão mensal do relatório.
98
4.3- Formulário para impressão mensal de Ordens de Serviço.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
4.3 CADASTRO DE SERVIÇOS
Primeiramente, pode-se dizer que todos os cadastros
do sistema estão
baseados no mesmo padrão de layout. Assim, pode-se exemplificar especificamente
o cadastro de serviço do sistema Siscrono, onde pode-se cadastrar os serviços
oferecidos pela oficina, deste modo, tal cadastro é imprecindivel no sistema para a
realização do cadastro de OS. Deste modo, na Figura 4.4 é apresentada a tela de
consulta de serviços no sistema com tais serviços cadastrados.
99
Figura 4.4 – Consulta de serviços.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
Além disso, pode-se destacar que, quando clica-se no botão excluir, é aberta
uma tela aonde no qual pergunta-se ao usuário se deseja realmente excluir o
registro, clicando-se no botão sim, tal registro será excluído com sucesso, senão,
clicando-se no botão não, nenhuma alteração será feita no registro e tal tela será
fechada automaticamente pelo sistema. Na figura 4.5 é apresentada a tela de
exclusão do sistema.
100
Figura 4.5 – Tela de exclusão do sistema.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
Figura 4.6 – Tela de cadastro de serviço.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
101
Figura 4.7 – Tela de alteração do serviço.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
E por fim, pode-se apresentar a tela para se cadastrar um novo serviço no
sistema, conforme ilustra-se na figura 4.6 e a tela de alteração de serviço na figura
4.7. Deste modo, basta clicar no botão Cadastrar, para salvar as informações. Como
mencionado anteriormente, todas as telas de alteração, novo e consulta de registro,
estão baseados como são apresentadas nas figuras 4.4, 4.6 e 4.7.
4.4 AJAX E FUNÇÃO LOAD() JQUERY
Neste sistema foi utilizado o conceito de Ajax, no qual pode carregar
fragmentos de outras páginas dentro de uma div de uma página especificamente,
sem necessariamente carregar todo conteúdo de uma página inteira.
Na Figura 4.8 é mostrada a chamada da função selPessoa(), que está
localizada no menu principal do sistema, na página menu.jsp. Desta maneira,
quando clica-se neste item do menu intitulado “Cliente”, o sistema dispara uma ação
para função selPessoa() mencionada acima. Vale destacar que, tal função utiliza a
102
função load() do JQuery, no qual pode-se carregar algum conteudo dentro de uma
<div></div> qualquer.
Figura 4.8 - Função selPessoa() no item do menu Cliente.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
Além disso, na Figura 4.9 é ilustrada o código da função selPessoa(), desta
maneira, pode-se destacar a implementação da função load(), no qual carrega todo
conteúdo da página selPessoa() dentro da <div id=”conteudo”></div> que está
localizada na página menu.jsp. É importante ressaltar que, a página selPessoa.jsp é
a página que contém a lista com os clientes cadastrados no sistema e a página de
consulta propriamente dita.
103
Figura 4.9 - Função selPessoa().
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
4.5 RELATÓRIO MENSAL UTILIZANDO A FERRAMENTA IREPORT
Para gerar o relatório mensal no sistema é preciso acessar a tela no qual
contém
formulário para selecionar os parâmetros para visualização do relatório
conforme ilustra-se na Figura 4.3.
Assim, tal formulário possui as propriedades action e method apontado para
o método get do servlet RelatorioMensalServico, no qual contém o código para a
geração do relatório em pdf. Na Figura 4.10 é ilustrada o código para a visualização
do relatório.
104
Figura 4.10 - Geração do relatório de Ordem de Serviço.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
Desta maneira, pode-se destacar principalmente as linhas 36 e 37, no qual
recebem os parametros mês e ano do formulário da Figura 4.8. Assim, a linha 51
instância um objeto Map e as linhas 52 e 53 setam os dois parametros no objeto
map denominado “parâmetros”, que serão passados para o arquivo .jasper na
geração do relatório. E por fim, a linha 60 define que o relatório será aberto em pdf.
É importante destacar que, a consulta no banco de dados de tal relatório é realizada
no arquivo .jrxml e depende dos dois parametros passados, que após ser compilado
se transforma em um arquivo com a extensão .jasper. Em suma, depois de gerado, a
visualização do relatório é apresentada conforme é apresentada na Figura 4.11.
105
Figura 4.11 - Relatório mensal de instalação de Cronotacógrafos.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
106
4.6 GERANDO ORDEM DE SERVIÇO
O Atendente é responsavel por cadastrar o cliente, veículo e cronotacógrafos,
porém só o Admistrador pode ter acesso ao check na pessoa Atendente como é
mostrada na figura 4.12.
Figura 4.12 - Tela de Cadastro.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
107
Antes de mais nada, para se
gerar uma ordem de serviço, deve-se
consultar um cliente cadastrado no sistema conforme é mostrado na figura 4.13.
Figura 4.13 - Tela de consultar Clientes.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
108
Caso não tenha o cliente desejado cadastrado, clica-se no ícone [+], para se
cadastrar um novo cliente, conforme é apresentado na figura 4.14. E após preencher
as informações clica-se no botão Cadastrar.
Figura 4.14 - Tela para cadastrar nova pessoa/Cliente.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
Entretanto, caso já tenha-se o cliente desejado cadastrado no sistema, clicase no ícone alterar do cliente, conforme é ilustrado na figura 4.13, para o sistema
abrir a tela de alteração de cliente conforme ilustra-se a figura 4.15.
109
Figura 4.15 - Tela de alteração do cadastro de Cliente.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
Como pode-se notar na figura 4.15, o cliente Henrique Nakamura, conforme
mostra-se na figura, não possui nenhum veículo cadastrado para o mesmo. Assim,
clica-se no botão novo veículo para cadastrar um novo veículo no sistema para tal
cliente, conforme ilustra-se na figura 4.16. Deste modo, deve-se preencher os dados
do veículo propriamente dito e de seu cronotacógrafo, cujos dados são obrigatórios.
110
Figura 4.16 - Novo veículo para o Cliente.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
Após cadastrar um novo veículo neste exemplo, pode-se perceber que foi
adicionado um veículo ao cliente Henrique Nakamura, conforme é ilustrada na figura
4.17.
Figura 4.17 - Veículos cliente.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
111
Por conseguinte, após cadastrar um veículo ao cliente, pode-se alterar os
dados de tal veículo conforme é ilustrada na figura 4.18. Assim, mude os campos
caso forem necessários e clique em cadastrar.
Figura 4.18 - Alterar dados Veículo.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
E por fim, pode-se cadastrar uma determinada ordem de serviço, a um
veículo de algum cliente determinado, assim, clica-se no botão Cadastrar nos itens
de veículos de clientes selecionado, deste modo, o sistema irá abrir a tela para
cadastrar uma nova ordem de serviço ao veículo do cliente conforme é ilustrado na
figura 4.19 e após isso pode-se consultar todas as ordens de serviço do veículo
clicando-se no botão Consultar. Na figura 4.20 é apresentada a tela para consultar
as ordens de serviço de determinado veículo de cliente.
112
Figura 4.19 - Cadastrar Ordem de Serviço.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
Figura 4.20 - Consultar Ordem de Serviço.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
113
4.7 CONSIDERAÇÕES SOBRE O CAPÍTULO
Este capítulo tratou apenas de algumas funcionalidades do sistema. É
importante ressaltar que todos os requisitos propostos nos capítulos anteriores
foram desenvolvidos.
Ressaltando também que existem outras funcionalidades que não foram aqui
ilustradas.
114
CONCLUSÃO
Neste trabalho foi apresentado o desenvolvimento de um sistema Web para
gerar relatórios de atividades de uma OS da oficina SisCrono objetivando a
informatização das atividades cotidianas dessa Ordem. O sistema contou com
algumas áreas distintas, separando as funcionalidades por usuários de acordo com
as rotinas de cada um.
As tecnologias utilizadas para a realização desse trabalho mostram-se
eficazes para a efetivação dos objetivos propostos. O sistema foi desenvolvido
utilizando-se o padrão de desenvolvimento MVC, pois o modelo MVC permitiu
também que o sistema fosse desenvolvido de modo claro ao separar as interfaces,
controles e modelos. Para o armazenamento de informações e criação de tabelas foi
utilizado o banco de dados Oracle Database 10g.
Também foram utilizadas as tecnologias Java, podendo citar JDBC, JSP e
Servlets. Também a tecnologia Javascript no qual utiliza-se o framework JQuery.
Vale ressaltar ainda que, para o desenvolvimento do relatório, utilizou-se o plug-in
IReport, no qual permite gerar relatórios personalizados e, além disso, relatórios de
gráficos. A ferramenta foi de grande contribuição para a geração dinâmica de
documentos por meio do sistema. No sistema também utilizou o conceito de Ajax, no
qual pode-se carregar fragmentos de outras paginas dentro de uma div de uma
página específica, sem necessariamente carregar todo conteúdo de uma página
inteira.
O sistema para cadastro e controle da oficina SisCrono, é precipuamente no
módulo de controle de cadastros e módulo de geração de relatório mensal de
instalação de cronotacógrafos. O módulo de cadastro é composto pelos cadastros
de Cliente, Veículo, Ordem de Serviço, Marca, Modelo, Serviços, Nível de Acesso,
atualização do cadastro da Oficina.
Por derradeiro, acredita-se que após o desenvolvimento do sistema no setor
da oficina Syscrono, o mesmo atuará como um facilitador no processo das
atividades diárias, contribuindo na agilidade e na realização de cadastros, consultas
e geração de relatórios.
Apesar de outras dificuldades comumentes encontradas no desenvolvimento
de um projeto desse porte, os requisitos levantados nos capítulos foram cumpridos e
115
como trabalhos futuros, outras funcionalidades poderão ser abordadas.
116
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBARÁ, Saulo. Gestão por Processos – Fundamentos, técnicas e modelos e
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120
APÊNDICE A – Instalação do banco de dados Oracle 10g
Esse apêndice trata-se de um tutorial de instalação do banco de dados Oracle
10g utilizado para armazenar informações no sistema de relatórios e controle de
atividades de uma OS.
A.1 ETAPA DE INSTALAÇÃO
Primeiramente é necessário baixar o instalador do Oracle 10g, isso pode ser
realizado através do Oracle “www.oracle.com”. Após baixar o instalador Oracle, a
instalação se inicia por etapas. A figura A.1 refere-se ao instalador do banco de
dados do Oracle 10g.
Figura A.1 – Instalador do banco de dados do Oracle 10g.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014.
Após iniciar a instalação do banco de dados Oracle 10g, o instalador será
particionado em etapas. Na Figura A.2 é apresentada uma janela preparando a
instalação.
Figura A.2 – Preparando a instalação do banco de dados do Oracle 10g.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014.
121
Após a preparação da instalação do Oracle 10g, Na figura A.3 é apresentada
duas opções; Reparar e Remover selecione a opção Reparar e clique em Próximo.
Figura A.3 – Preparando do banco de dados do Oracle 10g.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014.
A.2 PREPARAÇÃO DA INSTALAÇÃO
Feito as etapas anteriores mostrará uma janela de que o Oracle 10g está
sendo estalado, como é mostrada na figura A.4 abaixo.
Figura A.4 – Instalação do banco de dados do Oracle 10g.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014
122
Para concluiu a instalação do Oracle 10g, clique em Finalizar como é
mostrada na Figura A.5.
Figura A.5 – Conclusão da instalação do banco de dados do Oracle 10g.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014.
123
Ao ser instalado, os ícones e pastas do Oracle 10g ficará fixados na barra de
menu clicando no botão Iniciar/ Todos os Programas/ Oracle Database 10g Express
Edition como é mostrada na Figura A.6.
Figura A.6 – Localização da pasta do banco de dados do Oracle 10g.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014.
124
A.3 TELA DE LOGIN DO BANCO DE DADOS
Clique em Ir para a Home Page de Banco de Dados na barra de menu em
Oracle Database 10g Express Edition aparecerá a tela de login abaixo como é
mostrada na Figura A.7.
Figura A.7 – Tela de login do banco de dados do Oracle 10g.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014.
125
Para logar com o banco de dado é necessário entrar com o Nome do usuário
e Senha como é mostrada na Figura A.8.
Figura A.8 – Tela de login do banco de dados do Oracle 10g.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014.
126
Após o login com o banco de dados aparecerá à tela abaixo como é mostrada
na Figura A.9. Nessa tela estão as ferramentas utilizadas para a criação e
armazenamento de informações no banco.
Figura A.9 – Tela principal do banco de dados do Oracle 10g.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014.
127
Na Figura A.10 é mostrada o exemplo de uma tela com tabela criada e seus
respectivos valores.
Figura A.10 – Exemplo de uma tabela criada no banco de dados do Oracle 10g.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2014.
A.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste apêndice foi explicado e ilustrado as etapas de como instalar o banco
de dados Oracle 10g e também um exemplo prático de criação de uma tabela.
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