0 UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE FISIOTERAPIA Diego José Pompeu Medeiros Flávio Luís Amaral da Silva ESTUDO DA PREVALÊNCIA DE LESÕES NO APARELHO LOCOMOTOR EM PRATICANTES DE JUDÔ BELÉM 2008 1 Diego José Pompeu Medeiros Flávio Luís Amaral da Silva ESTUDO DA PREVALÊNCIA DE LESÕES NO APARELHO LOCOMOTOR EM PRATICANTES DE JUDÔ Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Fisioterapia do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade da Amazônia - UNAMA, como requisito para obtenção do título de bacharel em fisioterapia, orientado pelo professor e fisioterapeuta Erielson dos Santos Bossini. BELÉM 2008 2 Diego José Pompeu Medeiros Flávio Luís Amaral da Silva ESTUDO DA PREVALÊNCIA DE LESÕES NO APARELHO LOCOMOTOR EM PRATICANTES DE JUDÔ Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Fisioterapia do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da UNANA, como requisito para obtenção do título de bacharel em fisioterapia, orientado pelo professor fisioterapeuta Erielson dos Santos Bossini Banca Examinadora _________________________________ Prof°. Erielson dos Santos Bossini Orientador _______________________________________ Profº. Fernando Pereira de Jesus – UEPA _________________________________ Ft. Hugo de Melo Figueiras Apresentado em: ___ /____/ 2008. Conceito: _______________ BELÉM 2008 e 3 Dedicatória “Aos meus queridos pais, José Olanda e Rosinete, por todo amor, apoio e incentivo que sempre me deram, também a toda comunidade judoista do nosso estado da qual eu me orgulho em fazer parte”. Diego José Pompeu Medeiros 4 Dedicatória “Aos meus amados pais Flávio e Erinice pelo dom da vida, por todo amor e incentivo que sempre me deram e em especial por mais essa vitória”. Flávio Luís Amaral da Silva 5 AGRADECIMENTOS A DEUS, que nos deu força e saúde para que mesmo diante de muitas dificuldades, conseguíssemos realizar este trabalho. Aos meus pais JOSÉ OLANDA e ROSINETE pelo amor incondicional, pela educação que recebi, pelo sacrifício de muitas vezes renunciarem aos seus sonhos, para custear minha graduação, por me apoiarem e incentivarem, por serem meu espelho e meu orgulho. Todas as minhas vitórias hoje e sempre serão dedicadas a vocês. Sem vocês nada disso seria possível. Aos professores/senseis de Judô (Fernando de Jesus, Alan Saraiva, Gervásio Leão, Paulo Nascimento (Paulão), Emanuel Mendes, Antonio Gomes (Loro), Clidenor e Alleni Ozório), pela paciência e gentileza de nos permitir fazer as entrevistas muitas vezes durante os treinos. Aos amigos e faixas pretas 1° Dan de judô Bessa, Josiel, Roberto, Leandro e Luiz Márcio, pela disponibilidade, paciência e ajuda na realização das fotos das técnicas para o trabalho. Ao amigo e companheiro de TCC, FLÁVIO, pela dedicação, paciência e amizade construída em todos esses anos. Aos meus amigos (as), que sempre acreditaram e apoiaram meu objetivo, compreendendo minha ausência nas mais diversas situações. Aos professores do curso de graduação de Fisioterapia da UNAMA, pelos valiosos ensinamentos, em especial aos professores Nelson Higino, Valéria Normando, Mauro Fonteles, Dorneles, Said, Tainá, Erielson, Reinaldo, Elza Claúdia. Aos Fisioterapeutas da Fisioclínica (Gisele Eguchi, Ana Júlia, Tainá, Carina e Daniel, pela paciência e ensinamentos durante o período em que passei pelo estágio extra-curricular. A Profª Sandra Lobato (ex-diretora do CCBS-UNAMA) pelo carinho, dedicação e competência nas mais diversas vezes que procurei sua ajuda para resolver problemas. 6 Aos colegas de graduação, pela convivência diária, onde muitas vezes passei mais tempo do dia com vocês do que na minha casa, e pela união compartilhada durante esses quatro anos de curso. Á vocês o desejo de sucesso. A todas as pessoas que colaboraram direta e indiretamente para a realização desse trabalho. Muito obrigado. Diego José Pompeu Medeiros. 7 AGRADECIMENTOS A DEUS por me guiar, me proteger e conduzir por todos esses anos. Aos meus pais, FLÁVIO e ERINICE, pelo amor incondicional, por me apoiarem e incentivarem sempre, pela educação que recebi, por serem meu espelho e meu orgulho. Todas as minhas vitórias hoje e sempre serão dedicadas a vocês. Sem vocês nada disso seria possível. Ao meu irmão FÁBIO, pelo amor, companheirismo e ombro amigo durante toda a trajetória da minha vida pessoal e profissional, aos meus verdadeiros amigos, eles sabem quem são, por que é com eles que divido minhas alegrias, duvidas e esperança e neles deposito minha confiança. Ao amigo e companheiro de TCC, DIEGO, pela dedicação, paciência e amizade construída em todos esses anos. Desejo que DEUS ilumine o seu caminho para que ele seja repleto de vitórias, conquistas e felicidades. Aos Senseis de judô pela gentileza de nos permitir realizar as entrevistas muitas vezes durante os horários de treinos. A todos os professores do curso de graduação de Fisioterapia da UNAMA, pelos valiosos ensinamentos. Aos colegas de graduação, ou melhor, á minha segunda família, pela convivência diária, onde muitas vezes passei mais tempo do dia com eles do que na minha casa, e pela união compartilhada durante esses quatro anos de curso. Á vocês o desejo de sucesso. A todas as pessoas que contribuíram direta ou indiretamente para a realização deste trabalho. Muito obrigado. Flávio Luis Amaral da Silva. 8 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Ushiro-ukemi 38 Figura 2 – Mae-ukemi 39 Figura 3 – Yoko-ukemi 39 Figura 4 – Tati-zempo-kaitem-ukemi 39 Figura – Tai – Otoshi 40 Figura – Kata-guruma 40 Figura 7 – Koshi- guruma 40 Figura 8 – Harai-goshi 40 Figura 9 – Hiza – guruma 41 Figura 10 – Uchi-mata 41 Figura 11 – Tomoe – Nage 41 Figura 12 – Kata – Otoshi 41 Figura 13 – Kami-Shiho-Gatame 42 Figura 14 – Yoko-Shiho-Gatame 42 Figura 15 – Ushiro-kessa-gatame 42 Figura 16 – Tate-shiho-gatame 42 Figura 17 – Kata Ha-jime 43 Figura 18 – Sankaku-jime 43 Figura 19 – Juji-gatame 43 Figura 20 – Ude-garami 43 Figura 21 – Ippon-seio-nage 44 Figura 22 – Ude garami 44 Figura 23 – Tai-Otoshi 44 Figura 24 – O-soto-gari 45 Figura 25 – De ashi harai 45 Figura 26 – Sassae Tsurikomi Ashi 45 9 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Faixa etária de idade 53 Tabela 2 – Peso dos atletas 54 Tabela 3 - Tempo de prática do judô 55 Tabela 4 – Freqüência de treino semanal 56 Tabela 5 – Carga horária de treino diário 57 Tabela 6 – Objetivo da prática do judô 58 Tabela 7 – Momento de ocorrência da lesão 59 Tabela 8 – Lesões quanto ao tempo de prática 60 Tabela 9 – Mecanismo das lesões 61 Tabela 10 – Tipo de lesão 62 Tabela 11 – Local de acometimento 63 Tabela 12 – Segmento corporal lesionado 64 Tabela 13 – Tratamento utilizado 65 10 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 – Faixa etária de idade 53 Gráfico 2 – Peso dos atletas 54 Gráfico 3 - Tempo de prática do judô 55 Gráfico 4 – Freqüência de treino semanal 56 Gráfico 5 – Carga horária de treino diário 57 Gráfico 6 – Objetivo da prática do judô 58 Gráfico 7 – Momento de ocorrência da lesão 59 Gráfico 8 – Lesões quanto ao tempo de prática 60 Gráfico 9 – Mecanismo das lesões 61 Gráfico 10 – Tipo de lesão 62 Gráfico 11 – Local de acometimento 63 Gráfico 12 – Segmento corporal lesionado 64 Gráfico 13 – Tratamento utilizado 65 11 Epígrafe “A simplicidade é a chave de toda arte superior, da vida e do judô”. Jigoro Kano 12 RESUMO MEDEIROS, Diego José Pompeu e SILVA, Flávio Luís Amaral. Estudo da Prevalência de Lesões no Aparelho Locomotor em Praticantes de Judô. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Jun/ 2008. Introdução: O judô é uma arte marcial criada em 1882, conhecida como “caminho suave”. Trata-se de um esporte de contato, caracterizado pela importância do fator força durante a sua prática, com grande sobrecarga no sistema músculo-esquelético de tal forma que apresenta um considerável risco para ocorrência de lesões. Objetivo: Verificar a prevalência de lesões no aparelho locomotor de praticantes de judô. Método: Trata-se de um estudo transversal, observacional, descritivo e inferencial onde foram entrevistados 134 praticantes de judô de 6 academias de Belém, através de questionário avaliativo referente a incidência de lesões durante a prática do esporte, obedecendo aos critérios de inclusão e exclusão, para a análise dos dados foi usado o programa Bioestat 4.0, admitindo-se um erro amostral de 5% e fixado intervalo de confiança de 95%. Resultados: Através da pesquisa foi constatado, que os praticantes que apresentaram maior índice de lesões tinham mais de 5 anos de prática no esporte, apresentando uma grande ocorrência de lesões ligamentares, tendo os membros superiores (ombro) como o seguimento corporal mais lesionado e fazendo uso do repouso como principal forma de tratamento.Conclusão: Esta pesquisa foi importante para comprovar cientificamente a ocorrências das lesões em judocas de Belém do Pará e para conscientizar atletas, treinadores e dirigentes da ocorrência das mesmas. Palavras-chave: lesões, judô, atletas. 13 ABSTRACT MEDEIROS, Diego José Pompeu e SILVA, Flávio Luís Amaral. Research of prevail the loco motor system of judo fighters damage. Work of course conclusion (WCC). Jun/2008. Introduction: The judo is a martial art born in 1882, known as “light way”. It’s a sport of contact, characterized about the importance of the strength factor between it’s practice, with a big overload on muscle-skeleton system in the way that it shows in a considerable risk of physic damages. Object: To prevail the loco motor system of judo fighter’s damage. Method: It’s a transversal research, of observation, of description and of rational idea, there was interviewed 134 judo practicing’s of 6 academies from Belem, according to the assessment questionnaire referred of incidence of damages during the sport practice, obeying the criterions of conclusion and exclusion, to analyze the data the were used in the program Bioestat 4.0, admitting an sample mistake of 5% and fixed break of confidence of 95%. Results: According to the research there was found, that the practicing’s that show more damages or illnesses had more than five years of sport practicing, showing big happening of ligament damage (or torn of ligament), getting the superior members (shoulder) as the most illnesses corporal o seguiment and using as rest the best way of curing. Conclusion: This research was important to prove scientific the physic damage on judo practicing’s from Belem of Pará and to make the athlete, teachers, trainers and people from this spot aware. Word-Key: Damage; judo; athlete. 14 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 16 2 OBJETIVO 18 3 REFERENCIAL TEÓRICO 19 3.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O JUDÔ 19 3.1.1 – Histórico do judô 19 3.1.2 O Judô como esporte olímpico: 20 3.1.3 O Atleta de Judô 21 3.2. Pontuações 21 3.2.1 Ossaekoni 22 3.3 BIOMENCÂNICA APLICADA AO JUDÔ 22 3. 4 - TÉCNICAS DO JUDÔ 23 3.4.1 Ukemi-no-waza 23 3.4.2 Nage-waza 24 3.4.2.1 Tachi-waza 24 3.4.3 Katame-waza 27 3.5 TÉCNICAS QUE PODEM PROVOCAR LESÕES DURANTE 28 A PRÁTICA DO JUDÔ. 3.5.1 - Lesões da articulação do ombro. 28 3.5.1.1- Ippon-seio-nage 28 3.5.1.2 - Ude garami 28 3. 5.2 - Lesões da articulação do joelho 29 3.5.2.1 - Tai-otoshi 29 3.5.2.2 - O-soto-gari 29 3.5.3 - Lesões da articulação do tornozelo. 29 3.5.3.1 - De ashi harai e Sassae tsurikomi ashi 29 3.6 – AS LESÕES NOS ESPORTES 30 3.7 - AS LESÕES NO JUDÔ E A FISIOTERAPIA 32 4 METODOLOGIA 35 5 RESULTADOS 37 6 DISCUSSÃO 50 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 54 REFERENCIAS 55 15 APÊNDICES 60 APÊNDICE 1 61 APÊNDICE 2 62 APÊNDICE 3 63 ANEXOS 65 ANEXO 1 66 ANEXO 2 70 ANEXO 3 71 16 1 INTRODUÇÃO O judô foi criado por Jigoro Kano em 1882. Esta arte marcial caracteriza-se por um grande número de técnicas e bases filosóficas, de grande valor na formação do indivíduo. Atualmente, é uma das modalidades esportivas que apresenta grande adesão, principalmente em idades púberes e pré-púberes. Esse fenômeno pode ter sido impulsionado pelas conquistas olímpicas dos atletas Aurélio Miguel e Rogério Sampaio, bem como pelas decorrentes divulgações em mídia televisiva, mostrando as participações internacionais da equipe brasileira nas últimas décadas. (BARSOTTINI et al. 2006; FRAGA, 2002) É baseada em técnicas de projeções, imobilização, chaves de articulação e estrangulamento, durante a prática desta modalidade utiliza-se muito do conhecimento da educação física, para o aquecimento, condicionamento físico, coordenação, flexibilidade, força e relaxamento. [O JUDÔ: O que é? Online] Trata-se de um esporte combativo em que dois lutadores, seguindo técnicas e regras, permanecem frente á frente e lutam para determinar um vencedor. Caracteriza-se o fator força como estrema importância durante sua prática, com inegável sobrecarga no sistema músculoesquelético. (COHEN & ABDALLA; 2003) O judô apresenta um considerável risco para ocorrência de lesões, sendo apontado com destacado risco relativo através da análise comparativa entre diferentes modalidades esportivas. (CARAZZATO et al.1995; BARSOTTINI et al. 2006) As lesões incidentes no judô são aquelas decorrentes principalmente dos movimentos específicos do esporte, ou seja, atos de puxar, empurrar, arremessar, estrangular e técnicas de ataque às articulações. (COHEN & ABDALLA; 2003) Nesse sentido, várias pesquisas têm focalizado a relação desse esporte e a ocorrência de lesões, relatando casos específicos como, por exemplo, lesões em articulações do joelho, tornozelo e cotovelo, osteodistrofia de cotovelos e interfalangianas dos dedos e inclusive a influência do treinamento de alto rendimento no desenvolvimento de desvios posturais em adolescentes. (FRAGA; 2002) Independente do tipo de lesão desportiva, elas são resultantes de uma complexa interação de fatores de risco intrínsecos e extrínsecos ou pela combinação dos dois. São inerentes aos fatores de risco intrínsecos aqueles relacionados a : idade, sexo, condição física, 17 desenvolvimento motor, alimentação e fatores psicológicos. Por outro lado, os fatores de risco extrínsecos estão relacionados a: especificidade técnica de cada modalidade, tipo de equipamento, usado, organização do treino e da competição, cargas do treino e da competição e condições climáticas. (SANTOS et al.; 2001) A fisioterapia esportiva que é parte indissolúvel da medicina esportiva e possui métodos e práticas que são aplicados no tratamento, reabilitação e prevenção das lesões causadas na prática esportiva profissional e de lazer. (NEGRÃO; 1995) O fisioterapeuta que atua na área esportiva deve ter além de uma boa formação profissional, muita experiência pessoal em programas de exercícios e esportes competitivos, pois só assim, terá condição de entender os vários problemas do atleta e da medicina desportiva e de trabalhar de forma criativa e eficiente para a solução dos mesmos. (NEGRÃO; 1995) 18 2. OBJETIVO 2.1 OBJETIVO GERAL Verificar a ocorrência de lesões no aparelho locomotor em praticantes de judô. 2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO Verificar as principais estruturas anatômicas acometidas durante a pratica do judô, bem como o tipo de lesão: se muscular, tendinosa, ligamentar ou óssea. 19 3 – REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O JUDÔ 3.1.1 – Histórico do judô A crônica antiga do japão (NIHON SHOKI), no ano de 720 d.c, menciona a existência de certos golpes de habilidade e destreza utilizado nos combates corporais e também no complemento da força física e mental. As técnicas de ataque e defesa utilizados na época guardam semelhança com os golpes contemporâneos do sumô e do antigo ju-jutsu. Não havia regras de combate e as lutas poderiam desenvolver-se até a morte de um dos competidores.(CARAZZATO et al.; 1996) O ju-jutsu era a arte marcial utilizada pelos samurais, e várias formas dela se desenvolveram durante os períodos Sengoku (1477-1603) e Tokugawa (1604-1868). Em 1868, após várias guerras civis e períodos de muita turbulência interna, foi instaurado o império Meiji. O sistema feudal foi extinto e houve uma completa reestruturação da sociedade. Com isto terminou o período dos samurais e senhores feudais, havendo uma centralização do poder e uma tendência à unificação de vários elementos da sociedade vigente. Com o fim dos samurais, as várias escolas de ju-jutsu, na época, uma arte altamente desenvolvida, porém dispersa, tenderam a se extinguir. (COHEN & ABDALLA; 2003) Um jovem chamado Jigoro Kano (1860-1938) de apenas 18 anos, pequeno e franzino por natureza, começou a praticar ju-jutsu com intenção de diminuir sua fraqueza física e melhorar sua saúde. Após meses de prática e inúmeras frustações, já que o tradicional ju-jutsu era uma arte apenas para aqueles dotados de força física, surgiu a idéia de modificar a arte tradicional e criar o judô. (WILSON & RODRIGUES, 2007) Considerado o pai do judô, Kano pesquisou e estudou sobre todas as escolas de jujutsu existentes e, a partir da combinação dos aspectos teóricos e práticos de suas observações, fundou um procedimento único, permitindo um treinamento mais efetivo e abordando aspectos físicos e mentais. Ele também eliminou todos os golpes e técnicas perigosas e potencialmente lesivas. (COHEN & ABDALLA; 2003) Foi em fevereiro de 1882 que o judô teve sua origem oficial com a padronização de normas com a finalidade de tornar o aprendizado mais fácil, bem como o estabelecimento de regras para o confronto esportivo, nesse período foi inaugurada a primeira escola de judô do mundo, denominada de Kodokan (Instituto do caminho da fraternidade). A Kodokan ficava no segundo andar de um templo budista, e no inicio possuía apenas 12 tatames. (WILSON & RODRIGUES, 2007; CARAZZATO et al.; 1996; VIRGILIO 1986) 20 Segundo Wilson & Rodrigues (2007) diferentemente do ju-jutsu que se baseava no “vencer ou morrer, lutar até a morte”, o judô se baseia no “ceder para vencer”. Kano ainda inseriu princípios físicos, como equilíbrio, gravidade, deslocamento e sistema de alavancas, além de importantes ferramentas didático-pedagógicas de ensino, para fazer do judô uma arte perfeita e segura para todos. Para isso criou o principio de amortecimento de quedas e a roupa especial de treino chamada judogui, conhecida popularmente no ocidente como quimono. Dedicou-se principalmente aos métodos de projeção. (WILSON & RODRIGUES; 2007) O Judô de Kano se baseia no melhor uso da energia que existe dentro de cada um de nós. Inspirou-se em três princípios para idealizar o judô. [HISTÓRIA DO JUDÔ, Online] • SEIRYOKU-ZEN-YO – máxima eficiência com mínimo esforço • JITA KYOEI – bem estar e benefícios mútuos • JU – suavidade No Brasil, esse esporte teve seu início com a imigração japonesa no começo do século XX, os primeiros professores japoneses desenvolveram um trabalho de ensino nos moldes do judô tradicional. O principal precursor do judô no Brasil foi Mitsuyo Maeda, conhecido como Conde Koma, apesar de ter se estabelecido anos depois da entrada dos primeiros imigrantes japoneses, Maeda veio como divulgador oficial da Kodokan nas américas. Hoje o país tem grande expressão em nível mundial, demonstrado pelos resultados obtidos em torneios internacionais, campeonatos mundiais e olimpíadas. (CARAZZATO et al., 1996; WILSON & RODRIGUES, 2007) 3.1.2 O Judô como esporte olímpico: O judô surgiu nos jogos olímpicos de Tóquio em 1964, inicialmente com três categorias, conforme o peso e mais uma categoria aberta (absoluta). No entanto foi em 1974, que a FIJ (Federação Internacional de Judô) introduziu as novas regras, com o objetivo de torná-lo mais dinâmico, dando mais ação às lutas e tornando mais fácil a assimilação pelo público leigo. (CARAZZATO et al., 1996) No entanto essas novas regras passaram a vigorar a partir dos jogos olímpicos de Moscou em 1980, contribuindo para melhorar sobremaneira a imagem do judô como esporte 21 internacional, sendo introduzida neste momento a divisão em sete categorias conforme o peso a qual vigora até hoje. (WILSON & RODRIGUES, 2007) O judô na Ásia, Europa e América do Norte (EUA e Canadá) e América do Sul (Brasil e Argentina) é hoje amplamente difundido, nos meios esportivos, sendo quase um esporte profissionalizado em alguns da Europa. (CARAZZATO et al., 1996) 3.1.3 O Atleta de Judô Segundo Carazzato et al. (1996), ao praticante dessa arte marcial, não é permitido técnicas de socar e chutar, sendo assim e caracteriza-se pelo fator força como de estrema importância, com inegável sobrecarga no sistema músculo-esquelético. Apresenta também uma característica singular por aceitar uma variedade de biótipos entre seus praticantes, altos, baixos, leves, pesados, brevelíneos e até longelíneos, são vistos em treinamento. Apesar dessa ampla variedade, o esporte seleciona e desenvolve no praticante algumas características comuns, tais como equilíbrio, agilidade, força estática dos membros superiores e explosão dos membros inferiores, assim como capacidade anaeróbica e aeróbica. (CARAZZATO et al., 1996) Os oponentes permanecem segurando um no uniforme do outro, permanecem a maior parte do tempo entre os golpes, com a base firme, as plantas dos pés no solo e os tornozelos afastados um do outro numa distância aproximada de um pé. Os movimentos são na maior parte do tempo suaves com as plantas dos pés deslizando e esfregando o solo. Os golpes e os movimentos de defesa partem dessa posição, e consistem em empurrar, puxar, arremessar, cair, estrangular, atacar as articulações e imobilizar o oponente. (COHEN & ABDALLA; 2003) 3.2. Pontuações O objetivo máximo do judô é projetar o adversário, de modo que ele coloque as costas no chão. Como não se consegue executar uma técnica perfeita, foram criadas pontuações de menor valor, porém de igual importância durante a luta. (WILSON & RODRIGUES, 2007) • Koka – É a menor pontuação no judô. Um koka se realiza quando o oponente cai sentado. • Yoko – Equivale a um terço de ponto. Um yuko se realiza quando o oponente cai de lado. • Wazari – Equivale à metade de um ponto; após o segundo wazari você tem um ippon • Ippon – é o ponto inteiro ou golpe perfeito 22 3.2.1 Ossaekoni: Segundo Wilson & Rodrigues (2007), quando a luta é levada para o solo e o adversário fica imobilizado sem condições de sair, é aberta uma contagem pelo árbitro, que de acordo com o tempo, pode evoluir ou não para um ippon. Tempo de 10 - 15 segundos equivale a um koka De 15 – 20 equivale a um yuko De 20 – 25 equivale a um wazari Total de 25 segundos equivale a um ippon 3.3 BIOMENCÂNICA APLICADA AO JUDÔ No estudo da biomecânica aplicada ao judô ou a qualquer outro esporte é enfocada a análise física dos movimentos do corpo humano e que esses movimentos são estudados por meio de leis e padrões mecânicos levando em consideração a técnica de execução do movimento preestabelecido e as características anatômicas do executante. (FRANCHINI 2001) Nesse sentido o corpo humano é definido como um complexo sistema de segmentos articulados em equilíbrio estático ou dinâmico, onde o movimento é ou pode ser produzido por forças internas e externas, que atuando fora do eixo articular, provocam deslocamentos angulares dos segmentos corporais. (FRANCHINI 2001) O objetivo do atacante é deslocar o centro de gravidade do oponente para fora de sua base de sustentação e assim eliminar sua estabilidade. Combinações de forças como puxar, empurrar, erguer e rodar, são utilizadas para alcançar este fim. (MENDES & KURA; 1999) O abaixamento do centro de gravidade aumenta a estabilidade do atleta. O posicionamento dos pés em ângulo reto proporciona boa estabilidade lateral e anteroposterior. Ter a linha do centro de gravidade mais próxima do pé anterior libera a perna posterior para rasteiras e outros movimentos descentralizadores usados contra o oponente. (MENDES & KURA, 1999; VIRGILIO, 1986) As preensões no quimono têm objetivo de facilitar os movimentos de empurrar – puxar e de rotação do oponente. A aplicação de força na manga do quimono roda o oponente em torno do seu eixo longitudinal. A aplicação de força na lapela superior e na gola, produz movimento de rotação para frente e para trás. (CARR; 1998) Gama (1987) relata que um dos princípios físicos mais importantes em que se fundamenta o judô, é a potencia, que se define como a capacidade de realizar uma contração 23 muscular máxima num tempo mais curto possível. Potência é, portanto o produto da força pela velocidade. Portanto o judoca de qualidade superior combina essas duas grandezas para obter uma resposta motora mais eficiente. A preparação para uma projeção necessita de uma série de movimentos rotatórios de empurrar - puxar, no qual o principal objetivo é deslocar o centro de gravidade do oponente para uma posição de estabilidade mínima. Seja qual for à técnica de projeção e sua possibilidade de aplicação, propiciar o desequilíbrio do adversário é primordial para o sucesso das fases subseqüentes, tanto que esse é um dos “ensinamentos máximos” deixados por Jigoro Kano – “o melhor uso de energia - ceder para vencer”, ou seja, um mínimo de força para um Máximo de eficiência. (FRANCHINI 2001) 3. 4 - TÉCNICAS DO JUDÔ Para ascender na graduação do judô, o atleta é avaliado pela sua habilidade individual, verificada através de exames especiais e pela eficiência nas competições aliados a sua conduta na pratico do judô. (MENDES & KURA; 1999) 3.4.1 Ukemi-no-waza Segundo Wilson & Rodrigues (2007), Ukemi é o nome dado ao conjunto de técnicas para o amortecimento das quedas, para que um judoca tenha uma base sólida é preciso, antes de aprender a derrubar, aprender a cair corretamente. O ukemi é subdividido em quatro técnicas, dependendo para onde é direcionada a queda: Ushiro-ukemi, que se trata do amortecimento de queda para trás; Mae-ukemi, que se refere ao amortecimento de queda para frente; Yoko-ukemi, a queda para o lado; Tati-zempo-kaitem-ukemi, que se faz um rolamento por cima de um dos ombros caindo na posicção de yoko-ukemi (Figuras 1, 2, 3 e 4 respectivamente). Figura 1 – Ushiro-ukemi Fonte: Pesquisa de campo - ADESEF-UEPA/abril – 2008. 24 Figura 2 – Mae-ukemi Fonte: Pesquisa de campo - ADESEF-UEPA/abril – 2008. Figura 3 – Yoko-ukemi Fonte: Pesquisa de campo - ADESEF-UEPA/abril – 2008 Figura 4 – Tati-zempo-kaitem-ukemi Fonte: Pesquisa de campo - ADESEF-UEPA/abril – 2008 3.4.2 Nage-waza -- Técnicas de projeções do oponente, (FRANCHINI; 2001). 3.4.2.1 Tachi-waza: Técnica onde o lutador ao executar a projeção do adversário permanece em pé. Sua divisão é feita a partir da parte do corpo que mais ajuda na projeção do adversário, dividi-se em: Te – waza, no qual o braço do judoca é a parte principal utilizada (Figuras 5 e 6); Koshi – waza, o quadril do judoca é a parte principal utilizada (Figuras 7 e 8); AshiI-waza, a perna do judoca é a parte principal utilizada (Figuras 9 e 10); Sutemi-waza, nesse caso ocorre quando o judoca ao projetar o adversário sacrifica sua posição de pé deitando-se no solo (Figuras 11 e 12). 25 Figura 5 – Tai – Otoshi Fonte: Pesquisa de campo - ADESEF-UEPA/abril – 2008 Figura 6 - Kata-guruma Fonte: Pesquisa de campo - ADESEF-UEPA/abril – 2008 Figura 7 – Koshi - guruma Fonte: Pesquisa de campo – Pará Clube/abril-2008 Figura 8 - Harai-goshi Fonte: Pesquisa de campo - ADESEF-UEPA/abril – 2008 26 Figura 9 – Hiza-guruma Fonte: Pesquisa de campo - ADESEF-UEPA/abril – 2008 Figura 10 – Uchi-mata Fonte: Pesquisa de campo - ADESEF-UEPA/abril – 2008 Figura 11 – Tomoe-nage Fonte: Pesquisa de campo - ADESEF-UEPA/abril – 2008 Figura 12 - Kata-Otoshi Fonte: Pesquisa de campo - ADESEF-UEPA/abril – 2008 3.4.3 Katame-waza – Técnicas de solo e essas se dividem em: Ossae-komi-waza, onde o lutador imobiliza o adversário de costas no tatame (Figuras 13, 14, 15 e 16); Shime-waza, onde o judoca usa técnicas de estrangulamento do oponente (Figuras 17 e 18); Kansetsuwaza, utilização de técnicas de aplicação de chave nas articulações do braço (Figuras 19 e 20). 27 Figura 13 - Kami-shiho-gatame Fonte: Pesquisa de campo - ADESEF-UEPA/abril – 2008 Figura 14 - Yoko-shiho-gatame Fonte: Pesquisa de campo - ADESEF-UEPA/abril – 2008 Figura 15 – Ushiro-kessa-gatame Fonte: Pesquisa de campo – Pará Clube/abril-2008 Figura 16 – Tate-shiho-gatame Fonte: Pesquisa de campo – Pará Clube/abril-2008 28 Figura 17 - Kata Ha-jime Fonte: Pesquisa de campo - ADESEF-UEPA/abril – 2008 Figura 18 - Sankaku-jime Fonte: Pesquisa de campo - ADESEF-UEPA/abril – 2008 Figura 19 - Juji-gatame Fonte: Pesquisa de campo - ADESEF-UEPA/abril – 2008 Figura 20 - Ude-garami Fonte: Pesquisa de campo - ADESEF-UEPA/abril – 2008 3.5 TÉCNICAS QUE PODEM PROVOCAR LESÕES DURANTE A PRÁTICA DO JUDÔ. 3.5.1 - Lesões da articulação do ombro. 29 3.5.1.1- Ippon-seio-nage: nesta técnica a lesão pode decorrer da violência com que o judoca traciona o braço do oponente, imprimindo velocidade e explosão ao movimento, podendo causar lesões intra-articulares (Figura 21) Figura 21 – Ippon-seio-nage Fonte: Pesquisa de campo – Pará Clube/abril-2008 3.5.1.2 - Ude garami: nesta técnica o executante, imprime uma rotação externa forçada á articulação do ombro podendo provocar lesões articulares como: luxações, subluxações, rupturas e estiramentos ligamentares (Figura 22). Figura 22 – Ude garami Fonte: Pesquisa de campo - ADESEF-UEPA/abril – 2008 3. 5.2 - Lesões da articulação do joelho. 3.5.2.1 - Tai-otoshi: a lesão pode ocorrer no momento em que o executante da técnica coloca sua perna direta na altura do 1/3 distal da tíbia direita do oponente para fazer a alavanca e arremessá-lo, pode lesar estruturas intra-articulares como ligamento cruzado posterior (Figura 23). Figura 23 – Tai-Otoshi Fonte: Pesquisa de campo – Pará Clube/abril-2008 30 3.5.2.2 - O-soto-gari: as lesões podem ocorrer quando, ao se aplicar a alavanca, o oponente para não cair apóia-se na sua perna direta através do descarregamento de peso sobre a mesma, havendo um deslocamento forçado da tíbia para frente podendo provocar lesões ligamentares (Figura 24). Figura 24 – O-soto-gari Fonte: Pesquisa de campo - ADESEF-UEPA/abril – 2008 3.5.3 - Lesões da articulação do tornozelo. 3.5.3.1 - De ashi harai e Sassae tsurikomi ashi: nestas técnicas o executante pode varrer o tornozelo do adversário depois que este estabilizou seu peso sobre o pé, provocando um esforço em inversão do tornozelo, podendo ocasionar lesões ligamentares e ósseas (Figuras 22 e 23). Figura 25 – De ashi harai Fonte: Pesquisa de campo - ADESEF-UEPA/abril – 2008 Figura 26 – Sassae Tsurikomi Ashi Fonte: Pesquisa de campo - ADESEF-UEPA/abril – 2008 31 3.6 – AS LESÕES NOS ESPORTES Segundo Eitner (1989), aumentos constantes da demanda de exercícios modernos e competitivos trazem consigo um aumento simultâneo no risco de lesões. O enorme desgaste do treinamento e da competição atualmente existente nos esportes competitivos resulta em uma freqüência cada vez maior em sérias lesões traumáticas e danos ao sistema músculos esquelético, provenientes de desgastes anormais extremos. O perigo da lesão tem aumentado não somente entre atletas de competição, mais também nos esportes praticados popularmente. A epidemiologia das lesões esportivas é uma área de interesse de pesquisa nos Estados Unidos e em todo mundo esportivo. (EITNER; 1989) As lesões decorrentes de modalidades esportivas são freqüentes e geram preocupações constantes na vida tanto do atleta, do técnico, como do dirigente dos dirigentes esportivos, pois além do prejuízo físico e psíquico para o atleta, também é prejuízo financeiro para o clube e geram dificuldades para o técnico em seu plano geral de treinamento. (SANTOS et al; 2001) Segundo Meneses (1983), os atletas estão potencialmente sujeitos em qualquer fase (treinamentos ou competições) a sofrerem lesões, as quais são diretamente proporcionais as evidências dos fatores pré-disponentes (intrínsecos e extrínsecos). As estatísticas mostram que a maioria das lesões esportivas ocorrem com maior freqüência, pouco antes ou logo após períodos de férias ou de repouso, devido ao cansaço ou desgaste físico e mental que o atleta apresenta em decorrência da participação nos treinamentos e competições, ou pela falta de obtenção das condições psicológicas, físicas, técnicas, do ritmo e coordenação, mínimas necessárias á pratica de qualquer modalidade esportiva. Existem sete mecanismos básicos pelos quais os atletas podem sofre lesão: por contato direto, sobrecarga dinâmica, esses ocorrem subitamente, impacto cíclico, excesso de uso, são crônicos e revelados principalmente pela obtenção de uma historia acurada, a vunerabilidade estrutural, falta de flexibilidade, desequilíbrio muscular e crescimento rápido. Estes mecanismos podem ocorrer isoladamente ou em conjunto. (MCKERG & VAN CAMP; 2001) Os fatores extrínsecos referem-se á: Instalações esportivas, tipos de calçados, proteção corpórea, condições do tempo, objetos do esporte e doping. Fatores intrínsecos referem-se á: Vida diária, escolha do esporte ideal, inaptidão para o esporte, treinamento e deficiências esportivas. (MENESES; 1983) Para Grissogono (2000), classificam-se as lesões em: típicas e atípicas. Lesões típicas representam aquelas mais freqüentes na pratica esportiva, ou seja, as mais comuns em cada modalidade esportiva, incidindo de forma muito superior em relação ás atípicas, ocorrendo 32 tanto na fase de treinamento quanto na fase de competição. Já as lesões atípicas, são acidentais, isto é, que não são comuns á determinada modalidade esportiva, ocorrendo de forma rara no esporte. Para Hillman (2002), as lesões podem ocorrer em duas fases distintas, ou seja, na fase de treinamento ou na fase de competição. Sendo que na fase de treino elas acometeriam com menor intensidade e gravidade, uma vez que nesta fase não há a necessidade de autoafirmação e o desejo de suplantar marcas/ e ou vontade de vencer adversários, o que aumenta a freqüência e a gravidade das lesões. Soares (2003) descreve que o mecanismo de lesão relacionada ao esporte pode ser dividido em três categorias: a primeira categoria é a do uso excessivo, o fator comum nas lesões por uso excessivo é a presença de micro traumas repetitivos a uma estrutura anatômica em particular, forças friccionais, forças de tração e forças de sobrecarga cíclica podem causar inflamação secundaria de estruturas envolvidas, resultando em dor e incapacidade, o segundo mecanismo de lesão relacionada a esportes é o contato direto; e a terceira categoria é a insuficiência de partes moles, uma contração muscular violenta única ou um esforço podem lesar uma estrutura sem uso excessivo especifico e sem qualquer contato. Para Gama (1987), o regime alimentar é importante para a boa forma e bem-estar geral. Para os esportistas os carboidratos são especialmente importantes para obtenção de energia, a ingestão de líquidos também é importante para se evitar cãibras, desidratação e exaustão pelo calor. Menezes (1983) diz que equipamentos de segurança, como capacetes, protetores de boca, coletes acolchoados, caneleiras, joelheiras, tonozeleiras e outros, são imprescindíveis a sua respectiva modalidade. As regras do esporte devem ser entendidas pelos praticantes e aplicadas pelos juizes ou árbitros, isto é especialmente importante em esportes de contato, como o rúgbi, naqueles em que podem haver colisões, como o squash e nos de combate como o boxe. Onde as regras são estipuladas de modo a proteger os praticantes de maiores danos. Segundo Rodrigues (1994), somente a profissão médica possui os conhecimentos especializados e as instalações e equipamentos para o uso de técnicas de diagnostico objetivo, como raios X, analises de sangue, mapeamento ósseo e de outras inúmeras investigações internas. Uma vez diagnosticada a lesão, habitualmente o melhor tratamento será dado por um fisioterapeuta, que pode fazer uso das técnicas da fisioterapia para ajudar o paciente a superar a fase inicial da lesão (dor e edema), e depois orientá-lo ao longo das fases de recuperação. 33 3.7 - AS LESÕES NO JUDÔ E A FISIOTERAPIA Conforme Santos et al. (2001) o tipo de lesão está associado ao tipo de esporte, e que os desportos de contato são aqueles que apresentam o maior risco de lesões. Sendo o judô um esporte de contato, pressupõe que seus praticantes estão mais suscetíveis ás lesões. Devido ao grande avanço do judô em técnicas e competitividade, cresce a necessidade dos atletas de treinar e melhorar a sua performance. (CARR; 1998) Segundo Carr (1998), alguns atletas são negligentes quanto a alongamentos e aquecimentos antes das lutas durante as competições, estes sem duvida são fatores que causam lesões, principalmente nos períodos mais frios. Outro fator é que alguns atletas costumam perder peso para lutar e o fazem na maioria das vezes, por desidratação, o que pode ocasionar no momento da luta fadiga muscular, câimbras, tonturas, vômitos e desmaios. Encontra-se também nas competições atletas inexperientes e despreparados fisicamente e/ou psicologicamente, aqueles que lutam em categorias diferentes: os que simulam lesões e os que escondem as lesões anteriores, colaborando com o aumento do índice de lesões no meio do judô. Soares (2003) relata que para a pratica deste esporte é necessário um condicionamento físico prévio não só dos músculos e articulações como também da própria mente, pois neste as ações podem ser violentas para as estruturas osteo-mio-ligamentares, pois é da conjugação entre mente músculos que partirão as melhores ações de ataque e defesa. Yoshitomi et al; (2006) define o esporte como um aperfeiçoamento físico do individuo por meio de técnicas e exercícios musculares; o aquecimento antes dos treinos e competições e considerado muito importante para evitar estiramentos, torções ou lesões mais graves, visto que no judô têm-se muitas quedas, rolamentos, pegadas etc, as quais se não forem bem desenvolvidas podem também levar a uma lesão muscular ou óssea. Para Santos et al; (2001), as lesões no judô ocorrem na maioria das vezes, devido aos movimentos de rotação exagerados sobre um dos pés e devido aos movimentos com paradas bruscas. Conforme Amorim et al; (2007), embora o judô seja uma modalidade bilateral, muitos competidores praticam as técnicas unilateralmente proporcionando o surgimento de assimetrias morfológicas e nos níveis de força muscular. Além disso, há o uso da sobrecarga, ou seja, o peso do judoca projetado ao chão principalmente nas técnicas de braço e quadril, sobre a coluna vertebral e membros inferiores. Os movimentos unilaterais, que no judô são as rotações de tronco, contribuem para o desenvolvimento de certos tipos de desvios posturais, como a escoliose, especialmente em 34 condições dinâmicas como cargas assimétricas de grande intensidade, resultando em redução dos níveis de desempenho motor e desportivo e na qualidade de vida dos praticantes desta modalidade. (AMORIM et al; 2007) Segundo Cruz (1997), as competições de judô têm um baixo índice lesional, sendo raras as lesões graves durante a sua prática. Por outro lado Chereguini & Tonello (2008), constataram lesões de judocas durante competição e concluíram que o maior número de lesões ocorreu em judocas iniciantes, ou seja, entre um a dois anos de prática. Grissogono (2000) são comuns lesões nos esportes, em especial as que afetam a articulação do ombro incluindo, luxações que podem ocorrer concomitantemente a lesões de nervos. No judô uma lesão resultante de uma luxação anterior com lesão concomitante de nervo torácico e escapular dorsal pode produzir á perda de função e instabilidade do ombro. Em geral á dois mecanismos que levam a esta lesão: a lesão indireta causada por excesso de alongamento do nervo ou lesão direta causada por um golpe. A disposição dos tatames é de vital importância na confecção do tablado de competição. A má colocação ou disposição incorreta pode provocar afastamentos, saliências, ou depressões que invariavelmente levarão à lesões, transformando um material utilizado como meio de prevenção em um agente traumático. (MENEZES; 1983) O ideal para evitar as lesões nos esportes é ter uma equipe multidisciplinar composta de profissionais especializados, entre eles professor de educação física, psicólogo, nutricionista, médico e fisioterapeuta. (NEGRÃO; 1995) Para Soares (2003), visando à redução de lesões a fisioterapia deve utilizar-se da prática da prevenção como regra e não como exceção. Técnicas específicas de prevenção de lesões poderão levar os atletas amadores a desenvolverem-se melhor nos treinos e competições. O fisioterapeuta atua tanto na área preventiva quanto curativa, realizando um exame físico para identificar se existe algum fator que possa desencadear uma lesão. Os exercícios cinesioterapêuticos são indicados para desenvolver este trabalho na medida em que fortalecem e reequilibram os músculos. (MENDES & KURA; 1999) Deve ser realizado um trabalho de conscientização respiratória. O fisioterapeuta e fundamental na recuperação do atleta lesionado, avaliando e tratando com os procedimentos que julgar adequados. Muitas vezes, devido à ansiedade de voltar a lutar, o atleta interrompe o tratamento, correndo o risco de novas lesões. [Fisioterapia e o Judô online] 35 Segundo Franchini (2001), as regras de atendimento na área do judô seguem conforme determinação da Confederação Brasileira de Judô (CBJ). Na área de luta são prestados primeiros socorros. Nos casos simples, o atleta é atendido e continua a luta e, ao término do combate, procura o Departamento Médico se for necessário. Nos casos mais graves, a luta é interrompida e o atleta é retirado da área para uma melhor avaliação e, se necessário, encaminhado para o hospital. O fisioterapeuta atua utilizando as seguintes condutas: primeiros socorros, posicionamento do atleta, bandagem, crioterapia e massoterapia. Após realizar o atendimento, caso suspeite de alguma lesão grave, podem ser realizados testes ortopédicos. Caso seja comprovada alguma lesão, encaminha-se o atleta para um atendimento especializado. (EITNER 1989) O estabelecimento de metas é aspecto importante da assistência reabilitativa. No campo da Medicina Atlética e, Fisioterapia, as metas podem ser definidas com base no tipo de lesão e o nível de competição do atleta. As categorias de sexo, e de idade dos participantes atléticos também são dignos de consideração no planejamento de estratégias e metas de tratamento. A meta da reabilitação é restaurar um estado ótimo de saúde e função até o seu potencial máximo. (SOARES; 2003) 36 4 METODOLOGIA O presente estudo foi realizado após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade da Amazônia - UNAMA é de caráter transversal, observacional, descritivo e inferencial. Foi realizado no período de 13 abril à 13 de maio de 2008 através da aplicação de questionário avaliativo contendo questões de múltipla escolha, elaborado e aplicado pelos autores da pesquisa á 134 praticantes de judô do sexo masculino, de 6 academias de Belém do Pará previamente selecionadas, as quais foram: Associação dos Docentes da Escola Superior de Educação Física (ADESEF), Associação Paraense de Artes Marciais (APAM), Associação Pará Clube, Associação Maynard Jones de Paiva, Associação Veleiro de Judô e CEFET Judô - Pa. Os critérios de inclusão para o estudo exigiam que, o entrevistado fosse praticante de judô, que aceitasse espontaneamente todos os requisitos da pesquisa mediante a assinatura do Termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), que este estivesse devidamente vinculado a uma das academias selecionadas, fosse do sexo masculino; estivesse na faixa etária compreendida no intervalo de idade entre 15 a 45 anos e possuísse no mínimo 1 ano de prática na modalidade. Foram excluídos do estudo os praticantes que, não aceitaram participar espontaneamente da pesquisa por não concordar em assinar o TCLE, os praticantes do sexo feminino, os que não estivessem devidamente vinculados ás academias selecionadas, os que não se enquadraram na faixa etária de 15 á 45 anos de idade e os que tinham menos de 1 ano de prática. Os participantes após tomarem conhecimento da pesquisa, foram informados quanto à natureza e o propósito da mesma, assinaram o Termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE Anexo1 e Anexo2), e consentiram à obtenção e o registro dos dados para efeito de pesquisa e publicação cientifica dos resultados, conforme determina a resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. A entrevista foi realizada de forma individual, mediante a utilização do questionário, com a finalidade de se obter informações a respeito da identificação e acometimento de lesões relacionadas à prática do judô. Durante a aplicação do questionário aos entrevistados, foram respondidas perguntas referentes à: academia onde pratica o judô, idade, peso, categoria, membro dominante (base), tempo de prática, freqüência de treino semanal e carga horária /dia, objetivo da prática do judô, prática de outro esporte, realização aquecimento e alongamento antes do treino, quanto à 37 utilização de equipamento de proteção individual, se já sofreu alguma lesão relacionada ao judô, em que condições ocorreu (am) essa(s) lesão (es), tipo da lesão, localização, lado e segmento(s) corporal (is) acometido(s) e o tipo de tratamento utilizado. Após a coleta de dados, foi utilizado o sistema de banco de dados MS-ACCESS para armazenar e organizar a amostra. Sendo realizada a análise e interpretação dos dados, admitindo-se um erro amostral de 5% e em seguida, aplicada estatística descritiva. Foi fixado o Intervalo de Confiança de 95% para estimação das prevalências das lesões nível de significância alfa = 0.05 para rejeição da hipótese de nulidade. Todos os procedimentos foram realizados sob o suporte computacional do pacote bioestatístico BioEstat 4. 38 5 RESULTADOS Na distribuição quanto à faixa etária, verificou-se que dos 134 entrevistados, 51 praticantes apresentaram idade entre 20 a 29 anos de idade (38,1%), 33 apresentaram idade entre 17 a 19 anos de idade (24, 6 %), 26 com idade acima de 30 anos (19,4%) e 24 entre 15 a 16 anos de idade (17,9 %). Conforme tabela e gráfico abaixo: Faixa Freq. Perc(%) 15 a 16 anos 24 17,9% 17 a 19 anos 33 24,6% 20 a 29 anos 51 38,1% acima de 30 anos 26 19,4% Total 134 100,0% Tabela 1 – Faixa etária Fonte: Pesq. De campo/abr-2008 ! Gráfico 1 – Faixa etária Fonte: Pesquisa de campo/abril-2008 39 Quanto ao peso em (kg), observou-se que dos 134 entrevistados, 58 praticantes apresentaram peso entre 61 a 73 kg (43,3%), 31 com o peso entre 49 a 61 kg (23,1%), 20 entre 73 a 85 kg (14,9%), 16 entre 85 a 97 kg (11,9 %), 7 com peso entre 97 a 109 kg (5,2%) e 2 entre 109 a 121 kg (1,5%). Conforme tabela e gráfico abaixo: Peso/Kg Freq. Perc(%) 49 61 31 23,1% 61 73 58 43,3% 73 85 20 14,9% 85 97 16 11,9% 97 109 7 5,2% 109 121 2 1,5% 134 100,0% Total Tabela 2 – Peso dos atletas Fonte: Pesquisa de campo/abril-2008 # $ " Gráfico 2 – Peso dos atletas Fonte: Pesquisa de campo/abril-2008 " 40 Em relação ao tempo de prática do judô, verificou-se que, dos 134 entrevistados, 84 praticantes apresentaram mais de 5 anos de prática (62,7%), 18 apresentaram de 2 a 3 anos (13,4 %), 15 de 3 a 5 anos (11,2%), 17 de 1 a 2 anos de prática ( Conforme tabela e gráfico abaixo: Tempo de prática Freq. Perc(%) De 1 a 2 anos 17 12,7% De 2 a 3 anos 18 13,4% De 3 a 5 anos 15 11,2% Mais de 5 anos 84 62,7% Total 134 100,0% Tabela 3 – Tempo de prática Fonte: Pesquisa de campo/abril-2008 # Gráfico 3 – Tempo de prática Fonte: Pesquisa de campo/abril-2008 %& ' ( 41 Conforme a freqüência de treino semanal observou-se que dos 134 entrevistados, 57 praticantes apresentaram freqüência de 3 vezes por semana (42,5%), 39 de 5 vezes por semana (29,1%), 23 de 4 vezes por semana (17,2%), 10 com 2 vezes por semana (7,5%), 3 com 1 vez por semana (2,2%) e 2 praticantes com 6 vezes por semana (1,5%). Conforme tabela e gráfico abaixo: Freqüênc./treino Semanal Freq. Perc(%) 1 vez 3 2,2% 2 Vezes 10 7,5% 3 Vezes 57 42,5% 4 Vezes 23 17,2% 5 Vezes 39 29,1% 6 Vezes 2 1,5% Total 134 100,0% Tabela 4 – Freqüência treino semanal Fonte: Pesquisa de campo/abril-2008 # ( +* "+* +* +* +* * Gráfico 4 - Frenq. Treino semanal Fonte: Pesquisa de campo/abril-2008 & & ) 42 Quanto a carga horária de treino diário, dos 134 entrevistados, 106 praticantes afirmaram que treinam de 1 a 2 horas/dias (79,1%), 16 treinam de 2 a 3 horas diárias (11,9%), 6 com carga horária de 3 a 4 horas por dia (4,5%), 5 com 1 hora por dia (3,7%) e 1 praticante treina mais de 4 horas por dia (0,7%). Conforme tabela e gráfico abaixo: C. H. de treino Freq. Perc(%) 1 hora 5 3,7% de 1 a 2 horas 106 79,1% de 2 a 3 horas 16 11,9% 3 a 4 horas 6 4,5% Mais de 4 horas 1 0,7% Total 134 100,0% Tabela 5 - Treino Diário Fonte: Pesquisa de campo/abril-2008 ! - , " Gráfico 5 - Treino Diário Fonte: Pesquisa de campo/abril-2008 & 43 Quanto ao objetivo da prática do judô, dos 134 entrevistados, 84 praticantes informaram que praticam o judô a nível competitivo (62,7%), 21 à nível de condicionamento físico (15,7%), 6 como lazer (4,5%), 21 tem mais de 1 objetivo (15,7%) e 2 praticantes tem outros objetivos na prática do judô (1,5%). Conforme tabela e gráfico abaixo: Objetivos Freq. Perc(%) Competitivo 84 62,7% Cond. Físico 21 15,7% Lazer 6 4,5% Outro 2 1,5% Mais de 1 Objetivo 21 15,7% Total 134 100,0% Tabela 6 - Objetivo da pratica Fonte: Pesquisa de campo/abril-2008 Objetivos da Prática de Judo 62,7% 15,7% 15,7% 4,5% Competitivo Cond. Fisico Gráfico 6 – Objetivo da prática Fonte: Pesquisa de campo/abril-2008 Lazer 1,5% Outro Mais de 1 Objetivo 44 Quanto ao momento de ocorrência da lesão, dos 134 entrevistados, somente 121 foram acometidos de lesão, e somente estes estão relacionados no gráfico, 66 praticantes referiram acometimento de lesão durante o treino (54,5%), 28 foram acometidos durante competição (23,1%), 24 durante treino e competição (19,8%) e somente 3 durante o pré-treino (2,5%). Conforme tabela e gráfico abaixo: Momento da ocor. lesão Freq. Perc(%) Treino 66 54,5% Competição 28 23,1% Treino+Competição 24 19,8% Pre-treino 3 2,5% Total 121 100,0% Tabela 7 – Momento de ocorrência Fonte: Pesquisa de campo/abril-2008 . / # 0& 1( 2( " " " ! " Gráfico 7 – Momento de ocorrência Fonte: Pesquisa de campo/abril-2008 #$ %! " #$ 45 No que se refere à correlação das lesões quanto ao tempo de prática, dos 121 entrevistados, 76 tinham mais 5 anos de prática (62,8%), 17 estavam no intervalo de 2 a 3 anos (14%), 15 entre 3 a 5 anos (12,4%) e 13 de 1 a 2 anos (10,7%). Conforme tabela e gráfico abaixo: Tempo de prática Freq. Perc(%) De 1 a 2 anos 13 10,7% De 2 a 3 anos 17 14,0% De 3 a 5 anos 15 12,4% Mais de 5 anos 76 62,8% Total 121 100,0% Tabela 8 – Tempo de prática x Lesão Fonte: Pesquisa de campo/abril-2008 Distribuição quanto ao Tempo de Prática 62,8% 70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 10,7% 14,0% 12,4% 20,00% 10,00% 0,00% De 1 a 2 anos Tabela 8 - Tempo de prática x Lesão Fonte: Pesquisa de campo/abril-2008 De 2 a 3 anos De 3 a 5 anos Mais de 5 anos 46 Quanto ao mecanismo de lesão, dos 121 entrevistados, 95 apresentaram lesão por contato direto (78,5%), 14 por sobrecarga (11,6%), 11 por movimento repetitivos (9,1%),1 sem resposta (0,8%). Conforme tabela e gráfico abaixo: Mecanismo da lesão Freq. Perc(%) Contato Direto 95 78,5% Sobrecarga 14 11,6% Mov. Repetitivos 11 9,1% sem resp 1 0,8% Total 121 100,0% Tabela 9 – Mecanismo de lesão Fonte: Pesquisa de campo/abril-2008 '+ #$ ,+ )*" &' - . ) ( ! Gráfico 9 – Mecanismo de lesão Fonte: Pesquisa de campo/abril-2008 " 47 Quanto ao tipo de lesão ocorrida, dos 121 entrevistados, constatou-se que 53 apresentaram lesão ligamentar (43,8%), 28 lesão muscular (23,1%), 25 por fratura/fuxação (20,7%), 9 por contusão 7,4% e 6 por lesão tendinosa (5%). Conforme tabela e gráfico abaixo: Tipo de lesão Freq. Perc(%) Ligamentar 53 43,8% Muscular 28 23,1% Fratura/Luxação 25 20,7% Contusão 9 7,4% Tendinosa 6 5,0% Total 121 100,0% Tabela 10 – Tipo de lesão Fonte: Pesquisa de campo/abril-2008 Distribuiçãos das lesões sofridas por Tipo 43,80% 23,14% 20,66% Gráfico 10 – Tipo de Lesão Fonte: Pesquisa de campo/abril-2008 no sa 4,96% Te nd i Co nt us ão Fr at ur a/ Lu xa çã o us cu la r 7,44% M Li ga m en ta r 45,00% 40,00% 35,00% 30,00% 25,00% 20,00% 15,00% 10,00% 5,00% 0,00% 48 Quanto ao local de acometimento das lesões, dos 121 entrevistados, 51 apresentaram lesão nos membros superiores (42%), 27 nos membros inferiores (22,3%), 19 nos membros superior e inferior (15,7%), 8 no tronco (6,6%), 6 no membro superior, membro inferior e tronco (5,0%), 4 em membro superior e tronco (3,3%), 3 em membro superior, membro inferior, tronco e cabeça (2,5%), 1 apresentou lesão na cabeça ( 0,8%) e 2 não responderam (1,7%) Conforme tabela e gráfico abaixo: Local Freq. Perc(%) Membros Superiores 51 42,1% Membros inferiores Membros Sup + Inf Tronco 27 19 8 22,3% 15,7% 6,6% Membro Sup + Inf +Tronco Membros Sup+Tronco M. Sup+inf+tron.+cabeça 6 4 3 5,0% 3,3% 2,5% Cabeça sem resposta Total 1 2 121 0,8% 1,7% 100,0% Tabela 11 – Local de acometimento Fonte: Pesquisa de campo/abril-2008 Distribuição das lesões quanto o Local de acomentimento Cabeça0,83% M. Sup+inf+tron.+cabeça 2,48% Membros Sup+Tronco 3,31% Membro Sup + Inf +Tronco Tronco 4,96% 6,61% 15,70% Membros Sup + Inf 22,31% Membros inferiores 42,15% Membros Superiores 0,0% Gráfico 11 – Local de acometimento Fonte: Pesquisa de campo/abril-2008 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 49 Quanto ao segmento corporal lesionado, dos 121 entrevistados, 28 apresentaram lesão isolada de ombro (23,1%), 11 lesões de joelho (9,1%), 7 nas mãos e dedos (5,8%), 6 nos pés e dedos (5%), 4 na coluna lombar (3,3%), 3 no cotovelo (2,5%), 3 punho (2,5%) e 59 apresentaram mais de 1 seguimento corporal lesionado (48,8%). Conforme tabela e gráfico abaixo: Seguimento Corporal Freq. Perc(%) Ombro Joelho Cotovelo Pé e dedos Mãos e dedos Coluna Lombar Punho 28 11 3 6 7 4 3 23,1% 9,1% 2,5% 5,0% 5,8% 3,3% 2,5% Mais de 1 segmento lesionado 59 48,8% Total 121 100,0% Tabela 12 – Segmento corporal Fonte: Pesquisa de campo/abril-2008 Distribuição das lesões quanto ao seguimento corporal 23,10% Ombro Joelho Mãos e dedos 48,80% Pé e dedos 9,10% Coluna Lombar Cotovelo Punho 5,80% 5,00% 3,30% 2,50%2,50% Gráfico 12 – Segmento corporal Fonte: Pesquisa de campo/abril-2008 Mais de 1 segmento lesionado 50 No que refere ao tratamento utilizado, dos 121 entrevistados, 40 utilizaram somente repouso (33,1%), 27 procuraram atendimento médico (22,3%), 20 realizaram fisioterapia (16,5%), 13 tiveram que imobilizar (10,7%), 4 utilizaram todos os tratamentos citados no questionário (3,3%) e 17 realizaram outros tipos de tratamentos (14%). Conforme tabela e gráfico abaixo: Tratamento Freq. Perc(%) Repouso 40 33,00% Médico 27 22,00% Fisioterapia 20 17,00% Imobilização 13 11,00% Todos 4 3,00% Outros tratamentos 17 14,00% Total 121 100,00% Gráfico 13 – Tratamento Fonte: Pesquisa de campo/abril-2008 Distribuição dos tratamentos utilizados 14% Repouso 3% 33% Médico Fisioterapia 11% Imobilização Todos 17% Outros tratamentos 22% Gráfico 13 – Tratamento Fonte: Pesquisa de campo/abril-2008 51 6 DISCUSSÃO De acordo com o estudo, foi verificado que 62,7% dos entrevistados tinham mais de cinco anos de prática do judô, tempo que para o esporte é considerado satisfatório para a aquisição de habilidades especificas ao esporte. Segundo Robert (1983), o judoca para adquirir um conhecimento técnico significativo em termos de performance, necessita da automatização do movimento, e isto ocorre, somente após um treinamento sistemático de vários anos consecutivos, englobando vários fatores, que incluem a preparação física, técnica, tática, preparação psicológica, dentre outras. Carazatto et al. (1996) constataram através de uma pesquisa feita com 129 atletas de judô de alto nível, uma alta incidência de lesões no aparelho locomotor, sendo que foram observadas predominâncias de lesões articulares em atletas com maior tempo de treinamento, maior nível e maior peso. Notaram também uma incidência maior de lesões nos atletas que iniciaram seus treinos em idades mais precoces e permaneceram em atividade competitiva por mais tempo. As lesões traumáticas são mais comuns nos esportes de contato, nossos achados conferem com os dados da literatura, onde 78,5% dos nossos entrevistados, referiram acometimento de lesão por contato direto. No que diz respeito ao tipo de lesões, segundo Menezes (1993), as lesões articulares são comuns em esportes de contato, a exemplo das entorses e luxações, da mesma forma que as lesões musculares. Velin et al. (1994) avaliaram 541 lesões esportivas em crianças e adolescentes durante o ano de 1992, sendo o judô, o responsável por 7,2% delas. O excesso de treino, conhecido como síndrome do over training, é relacionado como outro aspecto importante dentro do treinamento de qualquer modalidade esportiva, mais especificamente no âmbito do judô, como fator essencial ao acometimento de lesões. (CALLISTER et al.;1990) Em nosso estudo, verificou-se que, entre os entrevistados, o objetivo maior da pratica do judô se refere á competição (62,7%), mas, no entanto somente 23,1% relataram acometimento de lesão durante a mesma. Conforme Cruz (1997), as competições de judô têm um baixo índice lesional, sendo raras as lesões graves durante a sua pratica. Por outro lado outros estudos diagnosticaram, lesões de judocas durante as competições e concluíram que o maior numero de lesões ocorreram em judocas iniciantes,ou seja, entre um até dois anos de prática. (LIMA et al.; 1998) 52 Segundo Almeida (1991), os mecanismos de lesões nos esportes, relacionam-se com os fatores de risco que são classificados em extrínsecos e intrínsecos. Em nosso estudo, observou-se que 66 (54,5%) relataram acometimento de lesão durante os treinos, podendo ser enquadrado como um fator intrínseco para lesões. Por ser o judô um esporte bastante susceptível as lesões, deve ser trabalhado de modo planejado, simétrico e racional, para além de outros fatores, para se prevenir as lesões. É comum a lesão acontecer durante o “handori” (treino em condições de confronto direto) fator extrínseco, e quando isto se dá de forma desconcentrada (sem levar a sério), aumentam as chances de ocorrer lesões acidentais. (ALMEIDA; 1991) Quanto ao tempo de prática, nossos resultados vão de encontro aos estudos de Lima et al. (1998), onde em tal estudo, foi demonstrado que atletas com tempo de treino de 1 a 2 anos, foram os que apresentaram maior número de lesões no judô, em nosso estudo os praticantes que apresentaram maior acometimento de lesão foram os que possuíam mais de 5 anos de pratica do judô. No que se refere ao tipo da lesão, em nosso estudo o maior índice se deu a lesões do tipo ligamentar (43,8%), seguido por lesões do tipo muscular (23,1%). Carazatto et al. (1992) analisando os casos de traumatologia esportiva atendidos em um ambulatório, entre dez modalidades esportivas (voleibol, handebol, ginástica olímpica, futebol, basquete, judô etc.), o judô foi o responsável pelo menor numero de atendimentos. A região mais afetada na pratica de judô foi o joelho, principalmente por lesões meniscais e ligamentares, seguido por lesões de coluna. De acordo com Cohen & Abdalla (2003) estudos realizados por Kurihara & Wilson, em 1969, descreveram as lesões mais comuns no judô em ordem de freqüência: entorses de tornozelos e de punho, luxações de ombro, lesões nos dentes e na boca, fraturas de costela e de clavícula. Segundo estudos de Santos et al. (2001), verificou-se que um grupo de 42 judocas acompanhados por 12 meses, apresentou um total de 42 lesões. Destas, 38,1% (16); foram entorses/torções (joelho, tornozelo e dedos), 28,6% (12) foram luxações (ombro e joelho); 19% (8) equivalem a pancadas (choque com joelho, perna, cabeça) e 14,3% (6) representaram as distensões. Em nosso estudo, o local de maior incidência lesional foram os membros superiores (42,1%), mais especificamente o ombro (23,1%), seguidos de outros índices menores como cotovelo (2,5%), mãos e dedos (5,8%) e punho (2,5%). 53 Os membros inferiores ocuparam o segundo lugar com (22,3%), mais especificamente o joelho (9,1%), pé e dedos (5,0%), coluna lombar (3,3%), e mais de um segmento corporal lesionado (48,8%). Um estudo realizado com 46 atletas de judô do Vale do Paraíba, foi verificado que o joelho apresentou um total de 23% de ocorrências lesionais, sendo a região anatômica com maior índice de queixas e que as lesões de tornozelo atingiram a marca expressiva de 14%, sendo o terceiro item mais citado. (BARSOTTINI et al. 2006) Conforme Barsottini et al. (2006) é grande o predomínio de lesões em joelhos e tornozelos de atletas de judô. Segundo Jjamill & Knutzen (1999), a articulação do ombro e constantemente lesada por trauma direto ou uso excessivo repetidos; a luxação ou subluxação na articulação glenoumeral é freqüente devido à falta de contenção e a dependência dos tecidos moles para obter contenção e suporte na articulação. Em nossa pesquisa foram encontrados 11 casos (9,1%) de acometimento de lesão por movimentos repetitivos. Conforme Soares (2003), é possível que possam ocorrer lesões do nervo axilar, associadas à lesão da bainha rotatória; e que estes traumatismos correspondam a um mecanismo de extensão com tração do membro superior; as lesões osteoarticulares, luxações glenoumeral e fraturas de escápula, mecanismos de lesão pelos quais podem ocorrer na pratica do judô. Segundo Carazatto et al. (1996) estudos realizados em 1984 por Orava et al., houve três casos de osteólise distal da clavícula em praticantes de judô e ressaltaram a dificuldade de diferenciar esta patologia com a luxação da articulação acrômioclavicular. Koiwai (1965) apud Cohen & Abdalla (2003) estudou lesões dentro da modalidade, encontrando um total de 70 lesões, das quais 27 luxações (40%), 7 entorses graves (10%), 4 concussões (5,7%), 4 contusões graves (5,7%), 2 lesões de cartilagem de joelho (2,8%) e 5 lesões associadas (7,15%). Neste mesmo estudo das 27 fraturas, onze envolveram o membro superior: 3 a clavícula, 2 o úmero, 1 o cotovelo, 2 o antebraço, 1 a mão e 2 os dedos. Oito envolveram os membros inferiores: 1 o joelho, 1 tíbia e fíbula, 1 tíbia, 1 fíbula e 4 artelhos. Houve 2 fraturas de vértebras, 1 cervical e 1 lombar. Os 3 casos de contusões graves acometeram o deltóide, região dorsal e cotovelo, entorses graves foram: 1 cervical, 4 acromioclaviculares e 3 de tornozelo. O grupo de lesões associadas incluiu, por exemplo: lesão de tendão calcâneo, queimaduras dos pés e lesão da aponeurose das mãos. 54 As lesões mais comuns encontradas no referido estudo acometeram a região do ombro e a causa mais comum foi devido à técnica inadequada de arremesso do oponente, outro mecanismo de lesão comum encontrando foi à queda sobre o membro superior estendido contra o tatame, quando o atleta é arremessado. As lesões mais comuns causadas por esse mecanismo se deram no cotovelo, antebraço e punho, principalmente fraturas e luxações. (COHEN & ABDALLA; 2003) As condições da superfície de prática do esporte também foram levantadas neste estudo como causadoras de lesões, como no caso de fraturas de dedos de pés e mãos por ficarem presos entre duas placas de tatame. (COHEN & ABDALLA; 2003) Um estudo da incidência de lesões e atendimento médico desportivo nos jogos PanAmericanos de Mar Del Plata, realizados na Argentina, em 1995, encontraram o judô responsável pelo maior numero de lesões na área de traumatologia, principalmente lesões articulares, dentre as 33 delegações presentes, e pelo quarto lugar no numero de atendimentos gerais no departamento médico da referida competição. (CARAZATTO et al. (1995) Com relação ao tipo de tratamento utilizado, nosso estudo comprovou que um total de 33,1% dos entrevistados utilizou repouso como forma de tratamento, ficando o tratamento médico em segundo lugar com 22,3%, seguido da fisioterapia com 16,5%. Isto pode ser pela falta de informação que a maioria dos atletas apresentam, com relação à importância de um tratamento multidisciplinar no que se refere a lesões desportivas. Conforme Ejinisman et al. (2001), no que se refere ao retorno para esporte, principalmente durante o período do tratamento conservador (repouso, reabilitação, antiinflamatórios não hormonais), os atletas devem ser orientados quanto á evolução natural da afecção apresentada, que segue na maioria das vezes o período fisiológico de recuperação das estruturas afetadas (músculos e tendões). Como já mencionado, o judô é uma modalidade esportiva que requer um sistemático treinamento e um longo tempo de prática, para se adquirir um alto nível técnico. Dessa forma, pressupõe-se que o nível técnico do individuo será maior, quanto maior for o tempo de treinamento. Mas, há de se considerar a importância do controle de alguns fatores, como o tipo de treinamento, o tempo das sessões, a intensidade, o condicionamento físico do atleta, entre outros. Então, quanto melhor for o nível técnico, é de se esperar que o individuo faça o melhor uso de sua energia, que melhor seja a antecipação, e utilização de forma racional e diversidade de movimentos na prática desta modalidade, conseqüentemente o risco de lesões será menor. 55 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Levando em consideração os objetivos estabelecidos no inicio deste trabalho e juntamente com os fundamentos teóricos, em face dos resultados encontrados através da pesquisa realizada em seis academias de Belém, envolvendo os praticantes de judô, pode-se constatar que tais praticantes são freqüentemente acometidos por lesões, principalmente no que diz respeito aos membros superiores, mais especificamente a articulação do ombro. Durante a aplicação dos questionários, também foi possível observar, a alta incidência lesional em praticantes com mais de cinco anos na modalidade, embora a maioria dos entrevistados encontravam-se no intervalo de idade entre 20 a 29 anos de idade, também vale ressaltar que de acordo com os resultados, a maior parte dessas lesões ocorreram no momento dos treinos. Ainda foi possível constatar ao longo desta pesquisa que, dependendo do caso da lesão, uma pequena parcela dos entrevistados procuraram todos os tipos de tratamento (médico, repouso, fisioterapia e imobilização). Concluímos que este estudo foi de grande importância no que diz respeito à contribuição de informações para a comunidade cientifica, devido à carência de achados literários relacionados a lesões no judô em Belém do Pará e para a comunidade desportiva, conscientizando atletas, treinadores e dirigentes da ocorrência de lesões na citada modalidade e da importância de se adotar métodos que previnam as mesmas. Diante disso faz-se necessária a continuidade deste estudo, levando-se em consideração a ampliação da amostra, referente ao número de indivíduos e quantidade de academias envolvidas. 56 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAÚJO, L. Fisioterapia e o Judô. Disponível em: htpp://judoesporte.com/Atigos/Textos/Fisioterapia.pdf. Acesso em: 20 mai 2008. ALMEIDA, J. P. P. Programa de prevenção de lesões do desporto: Treino desportivo; vol.19; mar.1991. AMORIM, M. M. et al. Incidência de atitudes escolióticas em atletas de judô com idade Apartir de 18 anos. Rev. Fisioterapia Brasil; vol. 8; n° 4; jul/ago 2007. BARSOTTINI, D.; GUIMARÃES, A. E.; MORAIS, P. N. Relação entre as técnicas e lesões em praticantes de judô. Rev. Bras. Méd. Esporte; Vol.12; n.1; jan/fev. 2006. CALLISTER, et al. Physiological and Performance responses to overtrainig in elite judo athletes. Rev. Medicine & Science in Sports & Exercise; vol.22; n. 6; pág.816-824, Dez 1990. CARAZZATO, J. G.; CABRITA, H.; CASTROPIL, W. Repercussão no aparelho locomotor da prática do judô de alto nível. Rev. Brasileira de Ortopedia; vol. 31, n.12; Pág. 957- 968; 1996. CARAZZATO, J. G. et al. Equipe médica do comitê olímpico brasileiro: atendimento médico desportivo jogos pan-americanos – Mar del Plata – 1995. Rev. Bras. Méd. Esporte; n.1; Pág. 6979; 1995. CARAZZATO J. G. et al.; Incidência de lesões traumáticas em atletas competitivos de dez tipos de modalidades desportivas: Trabalho individual de duas décadas de especialista em medicina desportiva. Rev. Bras. Ortopedia; vol.27; 1992. CARR, G. Biomecânica dos esportes: um guia prático. 1ª ed; São Paulo: Manole; 1998. CHEREGUINI, P. A. C.; TONELLO, M. G. M. Análise cinesiológica do golpe seoi-nage do judô: riscos de lesão para a articulação da coluna vertebral. Buenos Aires: Revista 57 Digital; vol. 12 - N° 118; mar 2008. COHEN, M.; ABDALLA, R. J. Lesões nos Esportes: Diagnóstico, Prevenção e Tratamento. Rio de Janeiro: Revinter; 2003. CRUZ, F. S. Lesões traumáticas no judô. Rev. Portug. Méd. Desp.; vol.82; n.15; ago/set 1997. EJNISMAN, B. et al. Lesões músculo-esquelética no ombro do atleta: mecanismo de lesão, diagnóstico e retorno á pratica esportiva; vol. 36; n.10; 2001. EITNER, D. et al. Fisioterapia nos esportes. São Paulo: Manole; 1989. FRAGA, L. A. C. Presença de atitudes escolióticas em meninos judocas e não judocas: disertação de mestrado em ciências do movimento humano; Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola de Educação Física; 2002. FRANCHINI, E. Judô: desempenho Competitivo. 1ª ed.; São Paulo: Manole; 2001. GAMA, R. J. Manual de iniciação de Judô. 1ª ed.; Rio de Janeiro; 1987. GRISOGONO, V. Lesões no esporte. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes; 2000. HISTORIA DO JUDÔ: Princípios Filosóficos [online] Acesso em 15 abr 2008; Disponível em: http://www.fpj.com.br/historia/historia1.php. HILLMAN, S. K. Avaliação, prevenção e tratamento das lesões esportivas. 1ª ed.; Barueri – SP: Manole; 2002. JJIAMILL, J.; KNUTZEN, K. M. Bases Biomecânicas do movimento humano. 1ª ed.; São Paulo; 1999. LIMA, A. G. T.; NOGUEIRA, J. I.C.; ROCHA, V. M. Incidência de lesões em judocas amadores: Anais do 6° congresso de educação física de paises da língua portuguesa; Lacorunã; 1998. 58 MENDES, A. S. S.; KURA, A. P. Y. O uso de bandagens funcionais como coadjuvante no tratamento f isioterapêutico lesões articulares decorrentes do judô. Belém; universidade estadual do Pará – PA: trabalho de conclusão de curso; 1999. MCKERG, D. B.; VAN CAMP, S. P. Manual de medicina esportiva. 1ª ed.; Barueri – SP: Manole; 2001. MONTEIRO, L. B. O treinamento de judô no Brasil. Rio de Janeiro: Sprint; 1998 MENESES, S. J. S. O esporte e suas lesões. Rio de Janeiro: Palestra; 1983. NEGRÃO, S. S. O Fisioterapeuta no Esporte. Rev. Âmbito Medicina Desportiva, vol. 1; n. 7; Pág. 7 – 12; 1995. Os Princípios do Waza: Classificação das Técnicas (Waza) Acesso em 20 mai 2008; Disponível Em: http://members.fortunecity.com/rogfer/waza.html. O Judô: O que é? Acesso em 20 abr 2008; Disponível em: http://www.judocachoeirinha.com.br ROBERT, L. O Judô. 7ª ed. Lisboa: Editorial notícias; 1983. RODRIGUES, A. Lesões musculares e tendinosas no esporte. CEFESPAR 1ª Edição, São Paulo: ;1994. SANTOS, S. G.; DUARTE, M. F. S.; GALLI, M. L. Estudo de algumas variáveis físicas como fator de influencia nas lesões em judocas. Rev. Bras. cinetroanpometria & desenvolvimento humano; vol. 3; n° 1, pág. 42-54; 2001. SOARES, S. T. M. Trabalho preventivo para lesões de ombro e cinturaescapular em atletas amadores de judô. Brasília; Rev. Bras. Ciên. e Mov.; vol. 11; n° 1, Pág. 29-34; janeiro; 2003. VELIN et al. Evaluation of sport injuries in children and adolescents. Arch Pediatr; vol.1 Pág.202-207, 1994. 59 VIGÍLIO, S. A arte do Judô. São Paulo: Papirus; 1986. WILSON, N.; RODRIGUES, P. C. A. Judô: O caminho da suavidade. São Paulo: Ed. OnLine; 2007. YOSHITOMI, S. K. et. al. Respostas posturais à pertubação externa em judocas de diferentes níveis de habilidade. Rev. Brás. Méd. Esporte; vol. 12; Nº 3; maio\jun 2006. ZATSIORSKY, V. M. Biomecânica no esporte: Performance do desempenho e prevenção de lesão. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; Cap. 24; 2004. 60 APÊNDICES 61 APÊNDICE 1 - ACEITE DO ORIENTADOR UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA - UNAMA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE – CCBS CURSO DE FISIOTERAPIA Eu, Erielson dos Santos Bossini, aceito orientar o trabalho intitulado “Estudo da prevalência das lesões no aparelho locomotor em praticantes de judô”, de autoria dos alunos Diego José Pompeu Medeiros e Flávio Luís Amaral da Silva, declarando ter total conhecimento das normas de realização de trabalhos científicos vigentes, segundo o manual de metodologia cientifica adotado pelo curso de Fisioterapia da UNAMA. Belém – PA ____, _______, 2007 ______________________________________ Erielson dos Santos Bossini Fisioterapeuta CREFITO 34134- F 62 APÊNDICE 2 - QUESTIONÁRIO Universidade da Amazônia - UNAMA Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – CCBS Curso de Fisioterapia Prezado atleta, Gostaríamos que você dedicasse alguns minutos para responder às perguntas que se seguem. Lembramos que suas respostas são confidenciais e sua contribuição será muito importante para nós. Desde já agradecemos sua colaboração. Academia: ______________________________________ Idade: _______________ Membro Dominante (Base): Masc. Fem. Peso: ___________ Categoria: __________ Esquerda 1. Tempo de Prática: Menos de 1 ano De 1 a 2 anos De 2 a 3 anos De 3 a 5 anos Mais de 5 anos 2. Freqüência de treinamento semanal: 2 vezes 3 vezes 4 vezes 5 veses ______________ 3. Carga Horária de Treino Diário: 1 hora. De 1 a 2 horas De 2 a 3 horas De3 a 4 horas Mais de 4 horas 4. Objetivo da prática: Sexo: Direita Competitivo. Condicionamento Físico Lazer Outros: ______________________ 5. Pratica outro esporte? Não Sim ___________________________ 6. Realiza aquecimento antes do treino? Sim Não 7. Realiza alongamento antes do treino? Sim Não 8. Utiliza equipamento de individual durante o treino? Sim Não proteção 9. Você já sofreu alguma lesão relacionada ao Judô? Sim Não ATENÇÃO: AS QUESTÕES A SEGUIR SERÃO RESPONDIDAS APENAS SE VOCÊ JÁ SOFREU ALGUMA LESÃO PROVENIENTE DÀ PRÁTICA DO JUDÔ 63 10. A lesão ocorreu durante: Pré-treino Treino Competição 11. Qual o lado acometido? Esquerdo Direito. Ambos. 12. A sua lesão foi: Recebendo um golpe. Aplicando um golpe. Outro: ___________________________. 13. Como foi o mecanismo da sua lesão? Contato direto (Golpes). Movimentos Repetitivos. Sobrecarga (Parte Física). 14. Qual foi o tipo de lesão? Muscular. Tendinosa. Ligamentar. Fratura/Luxação. Contusão. 15. Qual a localização da lesão? Membros Superiores. Membros Inferiores. Tronco. Cabeça 16. Qual o seu segmento corporal lesionado? Face Ombro Cotovelo Punho Mão e dedos Coluna Cervical Coxa Perna Joelho Tornozelo Coluna Torácica Pé e dedos Coluna Lombar Púbis 17. Tratamento Utilizado? Repouso Fisioterapia Medico Imobilização Outro: ____________________________ Assinatura do avaliado _ ______________________________ Assinatura do avaliador 64 APÊNDICE 3 - ACEITE DA INSTITUIÇÃO UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA - UNAMA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE - CCBS CURSO DE FISIOTERAPIA DECLARAÇÃO: Declaro em nome da academia, ________________________________ ter conhecimento do projeto de pesquisa do trabalho intitulado “Estudo da prevalência de lesões no aparelho locomotor de praticantes de judô”, de autoria dos acadêmicos, Diego José Pompeu Medeiros e Flávio Luís Amaral da Silva, da Universidade da Amazônia, sendo orientados pelo professor Erielson dos Santos Bossini, dando-lhe consentimento para realizar o trabalho nesta instituição, e coletar dados em nosso serviço, dados para analise das lesões dos praticantes de judô durante o período preestabelecido pelo programa. Belém – Pará, ___ de ________de 2008. __________________________________ Professor responsável 65 ANEXOS 66 ANEXO 1 TERMO DE CONCENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO - TCLE “O respeito devido à dignidade humana exige que toda pesquisa se processe após consentimento livre e esclarecido dos sujeitos, indivíduos ou grupos que por si e/ou por seus representantes legais manifestem a sua anuência à participação na pesquisa”. (Resolução. nº 196/96-IV, do Conselho Nacional de Saúde) EU, ____________________________________, tendo sido convidado (a) a participação como voluntário (a) do estudo da prevalência de lesões no aparelho locomotor de praticantes de judô, recebi do Sr. ERIELSON DOS SANTOS BOSSINI, pesquisador responsável, do Sr. DIEGO JOSÉ POMPEU MEDEIROS e FLÁVIO LUÍS AMARAL DA SILVA, acadêmicos do curso de fisioterapia da Universidade da Amazônia – UNAMA, do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde – CCBS, responsáveis por sua execução as informações que me fizeram entender sem dificuldade, os seguintes aspectos: • O estudo se destina à investigação através de pesquisa de campo a prevalência de lesões em praticantes de judô. • A importância desse estudo é de coletar dados estatísticos e identificar se à lesões no aparelho locomotor de praticantes de judô e quais são os seguimentos corporais mais acometidos e na prática do esporte. • Os resultados que se desejam alcançar são os seguintes: verificar quais os tipos de lesões mais freqüentes e que segmento corporal é mais acometido na prática do judô. • Este estudo começará em novembro de 2007 e terminará em maio de 2008. 67 • Este estudo será feito da seguinte maneira: coleta de dados para verificação do numero de entrevistados e aplicação de questionário avaliativo aos mesmos, analise estatística para verificação dos resultados. • Eu participei da seguinte etapa: respondendo as perguntas contidas no questionário • Não há riscos a minha saúde física e mental. • Os benefícios que deverei esperar por minha participação, mesmo que não diretamente: ajudar quanto a identificação de possíveis “lesões no aparelho locomotor na prática do judô”. • Que a minha participação será acompanhada pelos acadêmicos acima, responsáveis pela pesquisa, durante a coleta de dados. • Que, sempre que desejar serão fornecidos esclarecimentos sobre cada uma das etapas do estudo. • A qualquer momento, eu poderei recusar a continuar participando, e também que eu poderei retirar este meu consentimento, sem que isso me traga qualquer penalidade ou qualquer prejuízo. • As informações conseguidas através da minha participação não permitiram a identificação da minha pessoa, exeto aos responsáveis pelo estudo, e que a divulgação das mencionadas informações só será feito entre os estudiosos do assunto. Finalmente, tendo eu compreendido perfeitamente tudo que me foi informado sobre a minha participação no mencionado estudo e estando consciente dos meus direitos, das minhas responsabilidades, dos riscos e dos benefícios que a minha participação implica, concordo em dele participar e para isso eu DOU MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA ISSO EU TENHA CIDO FORÇADO OU OBRIGADO. 68 Endereço: do participante-voluntário Domicilio (rua, praça, conjunto): Bloco: Nº Complemento: Bairro: CEP: Cidade: Telefone: Contato de urgência: Domicilio (rua, praça, conjunto): Bloco: Nº Bairro CEP: Complemento: Cidade: Telefone Endereço dos responsáveis pela pesquisa Nome: Diego Jose Pompeu Medeiros Instituição: Universidade da Amazônia - UNAMA Endereço: Av. Almirante Barroso Complemento: Resid. Gláucia Fonseca Bloco D - Nº 301 Bairro: Marco Telefone p/ contato: 32460533; 81985372. Nome: Flávio Luís Amaral da Silva Instituição: Universidade da Amazônia - UNAMA Endereço: Trav. Angustura Complemento: 25 de Setembro/Duque de Caxias Nº 2948 Bairro: Marco Telefone p/ contato: 32769673; 81254019. Endereço do orientador da pesquisa Nome: Erielson dos Santos Bossini Instituição: Universidade da Amazônia - UNAMA Endereço: Av. Almirante Barroso Complemento: Alameda Tatiana, casa 37 Nº 3629 69 Bairro: SOUZA Telefone p/ contato: (91) 81349288 ATENÇÃO: Para informar ocorrências irregulares ou danosas durante a sua participação no estudo, dirija-se ao Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade da Amazônia – UNAMA, prédio da reitoria, campus Alcindo Cacela (Av. Alcindo Cacela, 287) Telefone: (91) 4009-3000 Belém, ____, de ________ de 2008. ____________________________________ Diego José Pompeu Medeiros ___________________________________ Flávio Luís Amaral da Silva ____________________________________ Erielson dos Santos Bossini Orientador Responsável da Pesquisa 70 ANEXO 2 TERMO DE CONCENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO -TCLE 2 “O respeito devido à dignidade humana exige que toda pesquisa se processe após consentimento livre e esclarecido dos sujeitos, indivíduos ou grupos que por si e/ou por seus representantes legais manifestem a sua anuência à participação na pesquisa.” (Resolução. nº 196/96-IV, do Conselho Nacional de Saúde). Eu,___________________________________________, responsável pelo atleta menor de 18 anos ______________________________________ o qual foi convidado a participar como voluntário do estudo “PREVALÊNCIA DE LESÕES NO APARELHO LOCOMOTOR DE PRATICANTES DE JUDÔ”, recebi do Sr. ERIELSON DOS SANTOS BOSSINI, pesquisador responsável, do Sr. DIEGO JOSÉ POMPEU MEDEIROS e do Sr. FLÁVIO LUÍS AMARAL DA SILVA, Acadêmicos do Curso de Fisioterapia, do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da UNAMA, responsáveis por sua execução, as seguintes informações que me fizeram entender sem dificuldades e sem dúvidas os seguintes aspectos: • O estudo se destina a investigar através da pesquisa de campo a prevalência de Lesões no aparelho locomotor de praticantes de Judô. • A importância desse estudo é de coletar dados estatísticos e identificar se à lesões no aparelho locomotor de praticantes de judô e quais são os seguimentos corporais mais acometidos e na pratica do esporte. • Os resultados que se desejam alcançar são os seguintes: verificar quais os tipos de lesões mais freqüentes e que segmento corporal é mais acometido na pratica do judô. 71 • Esse estudo começará em novembro de 2007 e terminará em maio de 2008. • Este estudo será feito da seguinte maneira: coleta de dados para verificação do numero de entrevistados e aplicação de questionário avaliativo aos mesmos, analise estatística para verificação dos resultados. • Eu participei da seguinte etapa: respondendo as perguntas contidas no questionário • Não há riscos à sua saúde física e mental. • Os benefícios que deverei esperar por minha participação, mesmo que não diretamente: ajudar quanto a identificação de possíveis “lesões no aparelho locomotor na prática do judô”. • Sua participação será acompanhada por mim, ou outro responsável legal maior de idade, e pelos acadêmicos citadas acima, responsáveis pela pesquisa, durante as entrevistas. • Que, sempre que desejar serão fornecidos esclarecimentos sobre cada uma das etapas do estudo. • A qualquer momento, eu poderei recusar que o judoca possa continuar participando do estudo e, também, que eu poderei retirar este meu consentimento, sem que isso me traga qualquer penalidade ou prejuízo. • As informações conseguidas através de sua participação, não permitirão a identificação da minha pessoa ou do atleta, exceto aos responsáveis pelo estudo, e que a divulgação das mencionadas informações só será feita entre os profissionais estudiosos do assunto. Finalmente, tendo eu compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a participação do judoca no mencionado estudo e, estando consciente dos meus e seus direitos, das minhas e suas responsabilidades, dos riscos e dos benefícios que sua participação implica, concordo em dele o atleta participar e para isso eu DOU O MEU 72 CONSENTIMENTO SEM QUE PARA ISSO EU TENHA SIDO FORÇADO OU OBRIGADO. Endereço: do participante-voluntário Domicilio (rua, praça, conjunto): Bloco: Nº Complemento: Bairro: CEP: Cidade: Telefone: Contato de urgência: Domicilio (rua, praça, conjunto): Bloco: Nº Complemento: Bairro: CEP: Cidade: Telefone Endereço dos responsáveis pela pesquisa Nome: Diego Jose Pompeu Medeiros Instituição: Universidade da Amazônia - UNAMA Endereço: Av. Almirante Barroso Complemento: Resid. Gláucia Fonseca Bloco D - Nº 301 Bairro: Marco Telefone p/ contato: 32460533; 81985372. Nome: Flávio Luís Amaral da Silva Instituição: Universidade da Amazônia - UNAMA Endereço: Trav. Angustura Complemento: 25 de Setembro/Duque de Caxias Nº 2948 Bairro: Marco Telefone p/ contato: 32769673; 81254019. Endereço do orientador da pesquisa 73 Nome: Erielson dos Santos Bossini Instituição: Universidade da Amazônia - UNAMA Endereço: Av. Almirante barroso Bairro: SOUZA Complemento: Alameda Tatiana, casa 37 Nº 3629 Telefone p/ contato: (91) 81349288 ATENÇÃO: Para informar ocorrências irregulares ou danosas durante a sua participação no estudo, dirija-se ao Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade da Amazônia – UNAMA, prédio da reitoria, campus Alcindo Cacela (Av. Alcindo Cacela, 287) Telefone: (91) 4009-3000 Belém, ____, de ________ de 2008. ____________________________________ Diego José Pompeu Medeiros ___________________________________ Flávio Luís Amaral da Silva ____________________________________ Erielson dos Santos Bossini Orientador Responsável da Pesquisa 74 ANEXO 3