ISSN 0100 8064
NOVEMBRO, 1995
SOLOS, NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO
DA BANANEIRA
I
Minist&io da ~~ricult&,
do Abastecimento e da R e f m a A g h i a - MAARA
Empresa Brasileira de Pesquisa Agrapecuiria EMBRAPA
Centro Nacional de Pesquisa de Mandioca e Fruticultura Tropical - CNFm
-
Cruz das Almas - Bahia.
1SSN 0.100 8064
NOVEMBRO, 1995
SOLOS, NUTFUÇÃO E ADUBAÇÃO
DA BANANEIRA
Ana Lúcia Borges
Arlene Maria Gomes Oliveira
kucimio da Silva Souza
-
MiiiistCtio da Agricultura;do Abasbxmmito e da R ã m a Agrsrrj* MAARA
Enrpresa BmiIeira de Pesquisa-A
- EMBRAPA
Centro Nacional de Pesquisa de Mandioca e Fniticuihira Tropical CNPMF
Cniz das Almas, M i a
-
EMBRAPA, 1995
EMBRAPA-CNPW Circular Técnica. 22
Euemplm s desta publicação podem ser solicitados ao:
C ?, 1 i Rua Embrapa. dri"
Telefone: (075)72 1-2 120 Telex (075) 2074
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-
-
-
-
Tiragem 1.000 exemplares
v
('omite de Publicapões:
Mario Augtisto Pinto da Cunha Presidente
Edna Maria Saldanha Secret&ia
Ana Lhcia Borges
Chigeru Fukuda
Domingo H m l d o R.C. ReMardt
Jorge Lriiz Layola Dantas
Joselito da Silva Mona
Lucimo da Silva Souza
Ygor da Silva Coelho
-
-
BORGES, A.L.; OLIVEIRA, A.M.G.; SOUZA, L. da S. Solos,
nutriçgo e adubação da bananeira. Cruz das Almas, BA:
EMBRAPA-CNPMF, 1995. 44p. (EMBRAPA-CNPMF.
Circular Técnica, 22).
Temos para indexação: Musa spp; Macronutrientes;
Micmnutnentes; Estado nutricional; Solo; Análise química.
CDD 634.772
@ EMBRAPA
Página
RESUMO ...................................................................................
.....................................................................
i . mmo~uçAo
2 . SOLO.....................................................................................
2.1. PREPARO DO SOLO.....................................................
2.2. MANEJO E CONSERVAÇÃODO SOLO.....................
2.2.1. PLANTAS MELHOMDORAS ...........................
2.2.2. COBJEWRA MORTA.......................................
3 . CARACTER.&TICAS DE CRESCIMENTO DA PLANTA ....
3.1. PARTE AEREA ..............................................................
3.2. SISTEMA IRADICULAR................................................
4 . EXIGÊNCIAS NUTRICIO~AISE IMPORTÂNCIA DOS
NUTRIENTES NA PLANTA ................................................
4.1. MACRONUTRIENnS ..................................................
4.2, MICRONUTRIENTES...................................................
5 . AVALIAÇÃODO ESTADO NUTRICIONAL.......................
5.1. DMGNOSE VISUAL.....................................................
5.1.1. MACRONUTRrENTES.......................................
5.1.2. MICRONUTRIENTES.........................................
5.2. DIAGNOSE FOLUR.....................................................
5.2.1. AMQSTflRAGEM..................................................
5.2.2. PREPARO DA AMOSTRA.............. .
.
.
............
5.2.3. INTERBRETAÇAODOS RESULTADOS...........
.
.
.................
6 . ANÁLISE QU~WA DO SOLO..................
6.1.AMOSTRAGEM................... .
.
....,
,
.......
6.2. RECOMENDAÇÃO DE CALAGEM E ADUBAÇAO...
6.2.1. CALAGEM..........................................................
6.2.2.ADUBAÇAO ............................. .
.
....
.
1
6 2.2.1. CANTEIRO ..................................................
6.2.2.2.VIVEIRO......................................................
6.2.2.3.CAMPO........................................................
a) ORGANICA.............................................
b) MINERAL - MACRONUTRIENTES.......
C) MINERAL - MICRONUmENTES .........
6.2.2.4. ÉPOCAS E LOCALIZAÇÃODO ADUBO ..
6.2.2.5.FONTES DE FERTILIZANTES...................
6.2.2.6.ADUBAÇÃOFOLIAR .................................
7. AGRADECIMENTOS............................................................
n
8 . REFERENCIAS.....................................................................
SOLOS, NUTRIÇÃO E ADUBAÇ& DA BANANEIRA
Ana Lúcia Boqp
Ar1ene Maria Goms Oliveira
Luciano da Silva Sows
RESUMO - A bananeira é nma cuhra bastante exigente em nutrientes,
principalmente potássio e nitmghio.Necessita de fertilizaçãoabumb.uk dmmte
todo o ciclo, não só porque as quantidades de e1emmtm extraidas pelos nutos
são e1eva&s e os solos da maioria das regi- prdutom sáo r n x n h m k
pobres em nutrientes, como também pelo seu crescimento continuo, pois uma
bananeira adulta apresenta ao seu redor outras em estádios diferentes de
desenvolvimento (&-filbo-neto). Para fertiliza. um bananal é essencial
considera os taxes dc nutrina planta e a dispon'bilidadeno sdo. O sucesso
das respostas a adubação, além das quantidades
adequadas, depende da
-.
de aplicação dos .localização e
Termos para-inhção:Musa sp, r n a c r m m t r i q mi&rtes,
aitado
m l t r i c i ~ ~ ~ ~ d o s o i o
2.1. PREPARO Do SOLO
A bananeira necessita um bom preparo do solo para o melhor
dumvolvhmt~
dar raites e, cmseqüentmede, maior absoqão de &entes.
Em
mmizáveis pode ser feita a antqh, a uma profundidade de 30
a 40an,e psteriomente uma gradagem. Desta maneira, melliora a ùifiltraç5.0
de á g q reduz a nsishcia do solo ao crescimentodas raízes, controla as plantas
daamhss, a>mo t a m b mmpora o calcário aplicado na supeficie. Vde lembrar
que o solo dm ser preparado oan umidade média (solo hável), suficiente para
não- 1
poeira e nan aderir aos implementos.
Nos p W o 5 em declive devem ser tomados cuidados especiais, pois a
emmrrada ocasiona a erosão, uma das principais causas do empobrecimento e
deogaste dos solos. Nesses casos, toma-se necessário a reduçáo do uso de
máquinas, a adoção de pniticas como o plantio em m a s de nivel, o uso de
mques de vegeh@o e de cobertura morta.
A conservaçáo do solo tem m o principio manter ou recuperar a sua
capacidade produtiva, por m i o de sistemas de manejo capazes de controlar a
açib dos a p t a condicionantes do processo rrosivo, bem como daqueles
m v e i s pela degradacão do sola
2.2.1. PLANTAS MELHORADORAS
São plantas cultivadas onn o objetivo de serem incorporadas ao solo, como
Toide de matéria oqinica, pam manter ou recuperar a sua fertilidade. As
leguniinorrass8oasmaiscom~emp~,mboi.ass~easpossam
tarnlhn ser utilizadas, nesse caso podenao ser cultivadas ou não para uso no
mesmow*
fecham durante o dia i m p e d u a atividade fotossintética, o que resulta em
atraso do ciclo vegetativo e do crescimento dos órgãos florais, além de
=secameato acelerado das f o k mais velhas.
Darta maneira, tanto o uso de plantas mehoradoras quanto de cobertura
mortaapresentarn-vantagens:
- Awnento da infiltmqb da água das chuvas, drminuindo o escorrimento
superficial e reduzido os danos por erosão;
- D h h i g ã o da temperatura do solo, &indo
as perdas de água por
"apotraaspira$io, proporcionando maior quantidade de água disponivel às
plantas e tomando mais eficiente a absorção dos nutrientes.
- I n c o r p o de
~ matéria orgânica e nufnentes (Tabela 1);
- Aumento da atividade rnicrobiana do solo;
- Reduç%oda infestaçao de plantas d d h s .
- Aumento do peso dos cachos e dos frutos da bananeira (Tabela .)I
3. CARACTE~~~STICAS
DE CRESCIMENTO DA PLANTA
As camctdsticas de desenvoIvimentoda parte a é m e do s i m radicular
rPo h h n m t a i s na defmiç30, principalmente, da époce, modo e localiza@
~~.
3.1. PARTE
&REA
A b a p i r i i p C 1 ~ 1 ~ p b ~ g i ~ , m 4 c I o d e ~
=-ideph&das-anieidoapbaaniee,dcstam;neIra,
arigbcia quantitativacm Mentes muito eleva& principalmente quando
se ckqa alta pdutividade.
Tabela I
- Algumas variáveis avaliadas na colheita da bwancin 'Tcm .
Nmré @A). 1" ciclo,
Peso do
Tmtmento cacho
Iks}
M.o.'
Peso do
K
CeMg
(ppm)
(meq/ l00cm ')
44
0.9
('4
2. X
105
2-1
3. 2
-
-
-
Capina
2 1.6
fmto
(!i)
211
morta
40.4
332
Mcdia geml
DMS (5?40)
28.0
252
4.3
43
'Materia orghica
Fonte: Adaptado dc Roges (1 991)
A bananeira possui um ciclo de vida definido, desde o aparecimento
do rebento até a produção do cacho, quando ela é cortada. O crescimento
da bananeira é lento até o 4" mês; no entanto do 4' mês até a flora@o (7'
ao 10' mês) o crescimento é grande, com acúmulo significativo de matefia
seca Após a flora@oe até a colheita o crescimento praticamente é esthvel.
No entanto, no bananal, este processo e continuo pois uma bananeira
adulta apresenta ao seu redor outras em estádios diferentes de
desenvolvimento (mãefilho-neto).
3.2. SISTEMA RADICUIdLR
As raizes da bananeira têm origem na parte central do rizoma, 8ã0
fasciculadas e estão dispostas horizontalmente, podendo atingir um a
quatro metros de extensgo. Apenas pequeno numero de raizes se
desenvolve no sentido vertical, ou seja, a maior quantidade se encontra
nas camadas mais supeficiais do solo (20-40 m).Além disso, apresentam
radicelas abundantes e ativas em toda a extensão da supeficie externa
das raizes.
4. EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS
NUTRIENTES NA PLANTA
E IMPORTÂNCIA DOS
A cultura da bananeira necessita de fertilização abundante, não só
porque as quantidades de elementos extraídas pelos mitos são elevadas,
wmo também os solos da maioria das regiães produtoras são normalmente
pobres em nutrientes, pois predominam caulinita, óxidos de ferro e
aluminio, ou seja, argilas de baixa atividade, além da acidez elevada.
A bananeira é uma cultura bastante exigente em nutrientes,
principalmente potássio, superando várias culturas, dentre elas a de cacau,
feijão e mandioca (Tabela 2).
No entanto, considerando que somente os cachos da bananeira são
retirados do campo, e que as folhas e pseudocaules onde há em tomo de
1%-3% de potássio retomam ao solo, acredita-se haver uma recuperação
significativa da quantidade de potássio aplicada e também de outros
nutrientes.
Em ordem decrescente a bananeira absorve os seguintes nutrientes:
- Macronutrientes:K > N > Ca > Mg > S > P
- Micronutrientes: C1 > M n > Fe > Zn > I3 > Cu.
Os picos de absorção ocorrem do 4" mês até a floração (7' ao 10'
mês).
Em média um bananal absorve, por hectare, 1.300 kg de K, 350 kg
de N, 200 kg de Ca, 100 kg de Mg, 60 kg de S e 50 kg de P,e retira do
solo, por tonelada de mito, 1.8 kg de N, 0,23 kg de P,5,4 kg de K,0,21
kg de Ca e 0,27kg de Mg (Tabela 3).
Tabcla 2. Exti-açiio de niacronutrizntes por dgunias culturas.
banana (cachos)
batarinhri (tubcrculos)
40
80
5
120
49
cacau (frutos)
d é (fnltos)
a) Nitrogênio
O nitrogênio (N) têm função estrutural na planta, fazendo parte de
moléculas de aminoacidos e proteínas.
É um nutriente muito importante para o crescimento vegetativo da
planta, principalmente durante os três primeiros meses, quando o
meristema esta em desenvolvimento. Assim, o N favorece o crescimento
vegetativo, a emissão e crescimento dos rebentos, além de aumentar
consideravelmente a quantidade de matéria seca.
-
z S v l * z
A
ir,
'I
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- "EN z '-; i
2
Ir,
r1
r
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I
r ,
c
I
,
nos tecidos, inibe significativamente a atividade de enzimas pectolíticas
que dissolvem a larnela media, facilitando a entrada de vános parasitas.
O magnésio (Mg) é integrante da molécula de clorofila; além disso,
ativa enzirnas, bem como participa de processos de absorção ionica,
fotossintese e respiração.
Para que se possa aplicar elevada quantidade de K no solo é necessário
que exista Mg suficiente, a fim de se evitar o aparecimento de "anil-dabananeira", deficiência de Mg induzida pelo excesso de K.Este distúrbio
fisiológico se manifesta quando a relação WMg (meq/lQOcm3)no solo e
maior que 0,6e nas folhas (meq/lOOg) é maior que 2 (na colheita) e 4,5
(no florescimento).
í)Enxofre
O enxofre (S) é componente estnitural dos aminoácidos sulfurados
(cisteina, cistina e metionina), como também de vitaminas sulfuradas,
como a biotina e a tiamina, e a coenzima A.
A ausência de S deta principalmente os 6rgãos jovens, nos quais
induz perturbações metabólicas que dificultam a formação da clorofila,
finalizando por parar as atividades vegetativas?como também interferindo
na qualidade do fruto.
a) Boro
O ânion B03- nHo foi identificado em nenhum composto ou e n h a
específica. No entanto, participa do metabolismo de ácidos nucléicos e
de fitormônios, da formaçâo de !medes celulares e divisão celular, a l h
de facilitar o transporte de açúcares através das membranas.
O cloro (CI)6 fundamental no desdobramento da molécula de água
na fotossíntese 11. Em plantas deficientes em C1 os teores de alguns
anllnoácidos e amidas se tornam extremamente altos, inibindo a sintese
de proteínas ou sua degradação. Entretanto, a bananeira apresenta altos
teores de C1, 28% do total dos nutrientes na planta, em razão das altas
quantidades de cloreto de potássio (KCI) aplicadas como fonte de K.
c) Cobre
O cobre (Cu)participa de vários processos fisiológicos como:
fotossíntese, respiração, distribuição de carboidratos, redução e fixa*
de N, metabolismo de proteínas e da parede celular.
O ferro (Fe) é considerado elemento essencial nas transfomaçóes
energéticas, ocorre em proteínas dos gnipos heme e não heme e encontrase principalmente nos cloroplastos.
O manganês (?h
também
)
é um ativador kmitiw, participando
de reações bioquímicas da fotossíntese e da respiraçb, como também na
absorção iônica e no controle hormonal.
5. AVALIAÇÃO DO ESTADO N UTRICIONAL
A avaliação do estado nutricional baseia-se na comparação entre
uma amostra que se quer avaliar e o padrão, ou seja, a planta normal sob
o ponto de vista nutricional.
5.1. DIAGNOSE VISUAL
A planta expressa a deficiência ou excesso de determiriado elementomineral
por sintomas visuais, que normalmente se traduzempor defomqões nas folhas
e fnitos, redução do crescimento de vários órgãos vegetais e mudanças na
coloração, principalmente do sistema faliar. Considerando que cada elanento
desempenha um papel especifico nas funç&s fisiológicas das plantas, estas, em
condiçóes de desequilíbrios, excessos e defíciências, apresentam sintomas muitas
vezes característicos e que pemitem a identificação do(s) elemento(s) em
desordem pela diagnose visual.
Os sintomas de deficiências a seguir descritos serão ilust1~I06dizando
fotos da publicação de Charpentier & Martin-Prével(1968), excetuando-se as
de números 1,2,6, 17 e 18, que são dos autores da publi~a6ão.
5.1.1. MACRONUTRIENTES
a) Nitrogênio
Os sintomas de deficiência de N aparem no inicio do deseavolvirnmtoda
cultura, como amarefecimmto gememimdo do limb de todas as folhas e pecíolos
com tonalidade rbsea. Qcomtambém rduça0 da distância entte f o b , dando
a planta um aspecto de "roseta" (Foto 3). Alan disso, o número de folhas C
menor, bem como é maior o número de dias gastos para m i s s ã o de uma folha.
O
excesso de N afeta os mitos, levando a produ*
p e n a separadas.
de cachos fracos e
Em solos com baixos teores de P as plantas apresentam crescimento
atrofkdo, reduçb do perfilhamento e raiies pouca desenvolvidas. As folhas
mais velhas amase1ecem e apresentam manchas roxo-pardaceatas ao longo das
v,
em fomde dentes de serra, ficam retorcidas e os peciolos se quebram.
Com carência aguda aparece necrose maiginal, em geral, sem clorose prévia,
desenvolvendo-se sm continuidade, de modo aagular em direção a nervura
centraf, m
o grandes dentes de serra (Foto 4).
A deficiência de K se caracteriza pelo amarelecimento rápido das folhas
mais v e k ; o limbo se rasga, se dobra sobre a base e a nervura principal se
quebra em tomo de dois terços do seu comprimento, ocorrendo um rápido
mmhamento e secamente (Foto 5). Observa-se ainda o encurtamento da folha,
manchas peciolares v i o 1 h e defoI.mações do cacho; an carência grave, a
bananeira pode perder todas as suas folhas. O cacho 6 a parte da planta mais
âfetada pela Mta de K, pois reduz a produção de matéria seca (balanço entre
fdossúaesetotal e respiraÇao). Com o baixo suprimento de K a translocaçáo de
mboidratos das f b k para os fnitos é reduzida e, mesmo quando os wucares
atingem o fruto, sua conversão em amido 6 restrita, produzindo frutos "magros"
e cachos sem possibilidades de comercialização (Foto 6).
O Ca 6 um elemento imóvel na planta; assim, a carência se manifesta
principalmente nas falhas novas, saido a foiha recém-desenvolvida a mais
afetada.A d&ciência de Ca se m a d e r i a pelo amarelecimento das margens do
limbo, engrossamento das nervunis, estrangulamento do limbo, necrose da
margem para o centro em forma de dentes de serra e dmhuiça;O do tamanho da
folha (Fdo 7).
O excesso de Ca pode provocar clorose nas margens das folhas veihas,
seguida de necrose.
A deficiência de Mg se d e s t a nas folhas mais v e b e se carafteriza
pelo amarelecimento ao longo das margens quase até a n e m principal,
defomaçks e irregularidades das emiss&s florzis,pdr~dãodos peeiolos
mal cheiro e descolamento das bainhas dos pseudwaules (Foto 8). A deficiência
de Mg t a m h leva a produção de cachos fraca, apdmimenfo rápido dos
frutos e morte prematura das &S.
O sintoma mais comum no campo 6 a
permanência da mr verde prbximo am bordos e à nervura principal das fofbas
mais velhas, enquanto a área central totoma-se cIor0tica (clorose mgaesiana)
(Foto 9).
As vezes ocorran sintomas de deficiência de Mg nas plantas quando m
solo o teor de K esta alto (WMg > O$). Este distúrbio fisiologico, denominado
"anil-da-bananeira",se mxterizaprincipalmente por manchas pardo-vloláceas
nos peciolos e apodrecimento interno dos mesmos (Foto 1O), sempre associados
i 'klorose magnesiana".
f ) Enxofre
A deficiência de S se carackriza por clorose g a i e d d a do I n n b das
folhas m a i s novas que daaparece com a idade, pois as raizes da banamim
nrplonun horizontes maís profundos onde os teores de S 0 4 são mais elevados
(Foto 11). Quando a deficiência progride, apancem n e c m nas
dos
limbos, ocorrendo também pequeno engrossameato das nrrvunis, semelhante à
deficiência de Ca. Algumas vezes ha mudanças da morfologia da foIha, can
ausência de lunbo, crescimento atrofiado, Qcho muito pegueno ou
C
'
~
(Foto 12).
Os micronu.trieatesmais camurnenb deficientesno campo páo boro e zhw.
Os primeiros sinais de deficiência de B ocorrem nas folbas novas.
~
~
haniarelocsbranquiçada~~
espalhadas pela f o h e paralelas a nemra
pnncipai, com posterior necrose (Foto 13). As f o h podem ficar deformadas,
r a b z i h e com h b m incompletos, semelhantes a deficiência de S. A deficiência
de B induz &fommçb dos cachos, que se apresentam com poucos h t o s e
atmfmdos. Em casos sén'os, aparece uma goma no pseudocaule que mfesta a
flor e pode ate mesmo impedir a emergência da mesma, ficando a inflorescência
blogueada h t m do p s e u d d e .
O =caso de B pode levar a uma clorose das margms do limbo, segui& de
nccrose das folhas mais v e k , semelhantes ao excesso de Ca.
Na planta ddicimte em Cu a nervura principal da folha (nova ou v e h )
curva para t&
e a planta fica com f o m de uma sombrinha, denominando-se
" m a l - d a - m b ~ SHáSencurtamento dos intervalos entre os peciolos e inibição
dos meristemas apicais.
O excesso de Cu pode levar a uma inibi* do crescimento das raizes.
A ddiciência de Fe está associada a solos caldrios e aparece nas folhas
mais novas. O sintoma mais comum C uma clomse generalizada da folha (Foto
a 41,
O excesso de Fe pode ser caracterizadopor enegrecirnento e secamente das
margem do limbo das foihas velhas.
A deficiência de Mn pode ocorrer em solos com alto pH e alto teor de
matéria orgânica. A deficiência de Mn se caracteriza por clorose rnargd entre
nervuras das f o k mais jovens e a presença do fungo Deightoniella torulosa
na Aras cloróticas, principalmente em plátanos (Foto 15). As cloroses t i p i w
apancem nas folhas 2,3 e 4, atingindo primeiro as maisjovens e depois as mais
velhas. Deiuam normalmente uma estreita faixa verde nas margens das folhas e
ptmiormente toda a folhagem adquire coloraçáo amarelaesverdeada páli&.
rn
F-ot,o 15. Dzficirncia de Mn em bananeira
Foto 1 6. Ilcfici2nciii de
Zn em bananeira
Foto 17. Toxidez de Na em bananeira
Foto 18. Tosidez de N a em bananeira
Foto 1. Cobertura do solo do bananal
com feijão de porco (Canavalia
Foto 2. Cobertura morta em bananal plantado
em fileiras duplas
ens~omie~}
Foto 3. Deficiência de N em bananeira
Foto 4. Deficiência de P em bananeira
Foto 5. Deficihcia
de K em bananeira
Foto 6 . Tkficihcia de K em bananeira
Foto 7. Deficiência de Ca em bananeira
Foto 8. Deficiência de
Mg em bananeira
Foto 1O. Deficiència de
Mg em bananeira
Foto 1 1. Detic~enciade S em bananeira
Foto 12. Deficiência
de S em bananeira
Foto 14. Deficiência de Fe em bananeira
Os frutos se apresentam com manchas pretas. O desenvolvimento incompleto
dos frutos esta associado com a morte prematura das folhas causada pela
Deaghsoniella.
Entretanto, no Brasil, o excesso de Nn é talvez maior problema do que a
deficiência, já que em solos ácidos e intemperizados h5 alta disponibilidade de
Mn.O excesso de Mn provoca enegrecimento e secarnento das margens das
folhas, semelhante ao excesso de Ee.
Deficiências de Mo em banana não foram detectadas em cultivos em areia
e no çmpo.
f) Zinco
As plantas deficientes em Zn tornam-se anãs,apresentando folhas (novas)
menores, estreitas e amareladas, u m listras amarelas e brancas entre as nervuras
secundárias e pigmentagão vermelha na face inferior (Foto 16). Os h t o s podem
se apresentar pequenos e tortos, com as pontas verdes-cimas e no ápice um
formato de 'CmmiEo".A distância entre as pencas torna-se curta, dando uma
aparência compacta ao cacho.
Os sintomas de deficiência de Zn têm sido frequentemente confundidos
com infecção virbtica. A deficiência ocorre com mais Erequência em solos com
alto pH ou em solos que receberam altas doses de calcário. Algumas vezes esta
deficiência está também relacionada a solos com alta teor de matéria orgânica
(Zn complexado) e com excesso de P, neste caso devido ao antagonismo P/Zn.
g) Claro
É mais comum o excesso de C1 do que sua deficiência, em razão da grande
quantidade de KCI aplicada na bananeira. O excesso de CE leva a produção de
fnitos chochos; no entanto, as bananeiras não são muito sensíveis ao excesso de
CI. Somente acima de 3 3 % de C1 no tecido f o l k e considerado tóxico para a
bananeira.
Apesar do sódio (Na) não ser um m i ~ u t f i i a i t essencial,
e
teores elevados
podem mmr no complexo de aoui dos solos das regi& áridas e semi-áridas.
Além disso, as bananeiras são sensíveis ao excesso de Na,sendo tóxico quando
o teor na fõlha e superior a 0,35%.
A toxidez de Na provoca enegrecimento dos bordos das folhas, com
posteriora necroses e clorose marguial nas foihas mais v e h (Fotos 17 e 18).
Na uistalaçáo da cultura deve-se dar preferência às classes de solos com teores
mais baixos em Na, m o também, em iireas imgadas, tomar cuidados com a
qualidade e o manejo da água.
O excesso de Na pode ser conigido com gesso, ou seja, para cada rnGl
100g de Na no solo, a 1 5 m de profundidade, reoommda-se 2,l tlha de gesso.
A Qagnose foliar coasi* na uti1hçáo da planta como solução cxtratora
dos elementos disponíveis no solo. Sendo as folhas os órgbs de maior atividade
quimica da vida da planta, a análise foliar é utilizada para diagnosticar
ddciências dou toxldez, principalmeratequando há s i n t a m visuais semelhantes
OU quando várias deficiências ocorrem simultaneamente.
segundo a n o m iaternaciomil, a folha amostrada 6 a terceira a contar do
@ice. com a bflorescência no &o
de todas as penas femininas descem
(sem )*b
e n b mais de trk pencas de flores masculinas. Coleta-se 10 a
2 5 m da parte interna mediaaa do limbo, eliminando-se a nervura central (Fig.
1).
-
Fig . 1 Prcmdhaito de amostragem para análise foliar
Recomenda-se ammtm 10 a 20 plantas em uma planhqb de 1 a 4hq
quando 70% das plantas já estiverem floradas.
Sugerele proceder análise folias anuaimente para se fazer ajustes no
programa de dubaçáo e, principalmentesavaliar a naxssidade de aplicação de
micmutnentes.
Vale lembrar que a amostra dcve ser identificada can &ta da coleta, M i o
de desenvolvimmtoda planta e cultivar; alhn disso, remnmda-se medir a altura
da planta, o diâmetro do pseudmule a 3 0 m do solo, o número de folha9 vivas
e o número de pencas.
5.2.2. PREPARO DA AMOSTRA
A@ a deta, as amostras devem ser acondicionadas em sacos de papel
comum e encamhh&s para d i s e pela via de transporte mais rápida. No
hboratbrio, &r lavagem riipida çom água destilada para não haver 1ixiviação
de K. Caso a amostra esteja suja, limpá-la com detergente bem diluído (0,1%).
k m e n h - s e também não colow o material muito moihado na estufa, pois
formará u m película na superfície com maior çoncentraIÇão de nutrientes, as
q w s serão perdidos na moagem.
Se n50 for psive1 encamllihar ao laboratório até 24 horas após a coleta,
lavar as mostm com água destilada, colmar em saco de papel, secar em forno
de cunnha a 70°C ou ao sol e encaminhá-las para o laboratório.
5.2.3.
INTERPRETAÇAO DOS RESULTADOS
Para interpretagãa dos multados obtidos estabeleceram-se teores padroes
baseando-se na correlação entre concentraç5o do nutriente nas folhas e o
desenvolvimento ou produtividade da altura.
Na Tabela 4 esta0 apresentados os teores padrões de nutrientes já definidos
que p d e m ser usados çomo referência.
Caso a bananeira apresente aigurn '"problema"'em outro estádio, amostrase a terceira folha, ponh o padrão (referência) deve ser obtido coletando uma
amostra de uma planta "normal" do ponto de vista nutricional, no mamo estadia
de desenvolvimaito.
Tabcla 4. Tcoms padrões $c nutncntcs na parte interna do limbo da 3"
folha no cstidio da inflorcscCncia descoberta (amostra
iiitcrnaçioiid dc rcfeknciri)
Elementos
N
(O/&)
Deficiência
1.6
- 2,1
P (?h)
ti (5%)
1.3
- 2.6
Baixo
2.0
- 2,S
&imo
2'7
- 3,6
0.12-0.lh
O.16-O,27
2+7 - 3?2
3,2 5,4
-
- 1,20
Cã (O/)
0,15
0,66
Mg (%)
0-07- 0,25
0,27
- 0,60
0.1 h
- 0,30
S C%)
C1 (%)
0.9
Fc (ppm)
Mn (ppni)
40 - i 50
h IPPW
6 - E7
80
Cu ( P P ~ )
s IPPW
lu.?
Na ( P P ~
60
Fontc: IFA (Ic)Y2)
a
3,5
1,8
- 360
- 1800
20 - 50
6. - 30
200
< 5?
Toxidez
-
10 25
> 3000
30
- 100
> 3500
6 . ANÁLISE QU~MICADO SOLO
Para fertilizar um bananal e essencial considerar os teores de nutrientes na
planta e a disponibilidade deles no solo. A análise química do solo, por ser
rápida e simpIes, é mais utiliza& possibilitando a determinação dos teores de
nutrientes nele existentes e, assim, a recomendação das quantidades dc ca3cário
e de adubo que devem ser aplicadas.
A amostmgern é considerada urna etapa critica de todo proccsso de anáiise,
tendo em vista a representatividade da área.
Uma amostra representativa do solo deve ser fornada por 15 a 20
subamostras de uma área homogênea (de ate 10 h),retiradas da regi% de
aplicaqão do adubo e, nomahente, na camada dc O a 20cm.As subamostras
devem ser colctadas aleatoriarnentc em área uniforme quanto a cor do soIo,
vegetação, produtividade, relevo, histbrico da aplicaçgo de corretivos e
fertilizantes etc.
A* a retirada das subamostras e formada a mostra composta, esta deve
ser bem misturada, colocada na caixinha própria para amostra de solo e
e n m M para o laboratorio. É meriente, se a tema estiver muito molhada,
seca-la ao ar antes de colocá-la na embalagem para remessa ao laboratório.
Para o bom manejo da cultura da banmemra. a amostragern do solo deve ser
feita pelo menos seis meses antes da instalação do bananal; além disso,
recomenda-se fazer análise do solo anualmente, visando acompanhar e manter
os níveis adequados de nutriates durante o ciclo da planta (mãe-filho-neto).
6.2.
RECOMENDAÇAO DE CALAGEM E ADUBAÇAO
As ncomen&ç&s de calagem e adubação para a bananeira, apresentadas
nos diversos boletins existentes, foram elaboradas em função dos resultados de
pesquisa, especialmente pesquisa de campo relacionando a resposta da cultura
a aduba.@o.
6.2.1. CALAGEM
A pdtica da dagm eleva o Ph do solo, contribui para o aumento da
disponibilidade de N, P,K, S e Mo,neutraliza o Al dou Mn trodveis, fornece
Ca e Mg para as plantas, eleva a saturação por bases, quihbra a relação
K:Ca:Mg (0,3:2:1 e 0,5:3:I), bem como melhora a atividade microbiana do
soilo.
A influência do pH do solo no desenvolvimento das bananeiras náo tem
sido muito estudada; elas se desenvolvem em pH extremos de 3,5 a 9,0,embora
a faixa de 5,5 a 8,O seja a mais comum.
A bananeiratem respondido a calagem próiapalmate em latossolo amarelo
álico, ou seja, quando se elevou o pH de 4,1 para 4,6 houve aumento sigdicattvo
do peso do mito e do cacho. Já em solo orgânico, elevando o pH de 3,4 a 6,7,
não constataram efeito no crescimento e p d u ç ã o da bananeira. Porém, a
elevação do pH do solo de 4,3 para 6,5 retardou em 12 meses o aparecimento
dos sintomas do rnaldo-panarnia em bananeira 'Maçã'.
Para o Estado da Bahia, a necessidade de calcário (NC) e recomendana
elevando-se os teores de Ca+Mg para 4 mq/100cm3:
Para o Estado de São Paulo, a calagem t determinadaelevando-se a saiuraçn0
por bases (Vz)
a 70%, quando o d o r de V for inferior a 60%:
Desta maneira, a aplicação de dcfuio, quando recomendada, deve ser a
primeira prática a ser realirada, a>m m h c i a mimmade 30 dias do plantio,
preferencialmente. O calcário deve ser aplicado a lanço em toda a área, após a
aração e incorporado por meio da @agem. Caso não seja possivel. o uso de
máquina, a incorporação pode ser efetuada na época da capina. Remenda-se
o uso de calcário doIomític~,que cantemCa e hiZ& evitando assim o desequilíbrio
entre K e Mg e, consequentemente, o surgimento do "'azul da bananeira"
(deficiência de Mg induzida pelo excesso de K).
O sucesso das respostas à adubação, além das quantidades adequaâas,
depende da localizaçáo e da época de aplicação, pois facilita a absorção pela
planta e evita perdas.
6.2.2.1. CANTEIRO
Os canteiros são utilizados para produção de mudas pelo método do
Manamento do rimma. Recomenda-seaplicar 20 litros de esterco de curral/
m2.N o d a t e se produz 30 mudaslm2.Após 4 meses as mudas são levadas
para o vi*
ou para o campo. No viveiro, após o 7"mês, as mudas já estar50
aptas para novo fracionamento.
Os viveiros sãoáreas mt&eTlecidru c
m e s ~ mais
m adaisados
(e;
Zxlm; 3xlx1,5m), para produção de mdas (média de 8 mudãsJto~1ceira).
Recomenda-se aplicar 3 litros de esterco de curral d d o por cova e,
mensalmente, 40-100g de uréia/touceira, a partir do l0mês (1 1 apli-ano).
Caso o solo apresente teor de K inferior a 80ppm, reanenda-se a a p l i w de
140g de KCVtouceira a cada tres meses.
a) orgânica
fi a rnehor forma de fornecer o nitrogênio no plantio, pois as perdas sãu
minimas; além disso, estimula significativamente o desenvolvimento das raizes.
Sempre que disponível, deve ser usado adubo orgânico na cova,
principalmente em solos arenosos, na f o m de esterco de curral ( 10 a I 5 litrod
cova) ou esterco de aves (1 a 2 kgícova) ou torta de mamona (0,5 a 1 kgíwva)
ou outros compostos disponíveis na região ou propriedade. Vaie lembrar que o
esterco deve estar bem curtido para ser utilizado. Caso contr&rio, deve ser
misturado a tema de enchento da cova com antdÇncia mínima de 30 &as,
para que o processo de fermentaçãonão prejudique o desenvolvimento das raízes.
A cobertura do solo com residuos de bananeiras (folhas e pseudocau1es)
pode ser uma alteniativa viável para os pequenos produtores sem mdições de
adubar quimicamente seus plantios, pois aumenta a fertilidade do solo,
melhorando suas características fisicas, químicas e biológicas.
As bananeiras reagem sempre de f m Eivoráwl atodae qualquerami?xt@o
orgânica aplicada, pois d6n de cunter nutrientes, mantém a umidade e melhora
fisica e biologicamente a solo. Em Israel, a aplicação de 80 M a n o de esterco
de curral favoreceu o c r e s ~ i t da
o planta, antecipou o florescimento e diminuiu
o pcrido entre o flonscimento e a colheita. Na .h& Israel e Ilhas CanBiias
aplicam, anualmente, quantidades consideráveis de adubo orgbco.
NTZ~OG~?'NIO:
Nas regiões baaaoeiras do mundo as doses usadas são
muito rmiiveis. Na h c a (Costa do Marfim e Ilhas Canaiias) usam-se de 1 10
a 5 6 0 kg de Nlhalano; no Onmte Médio (Israel),Asia (tidia, Formosa) e Oceama
(Austrália) & empregados 110 a 600 kg de NIhaJano. As doses usadas na
América Latina (Costa Rica, Monduras) e no Caribe (Jamaica, Martinica,
GmcMulpe) variam de 160 a 300 kg de N/Wano. No Brasil as recomendações
variam de 90 a 300 kg de NIhaJano.
O nitrogênio deve ser parcelado no mínimo em 3 a 4 aplicaçOes, pois e m
nutriente facilmente perdido no solo. A primeira aplicação deve ser feita em
cobertura, em torno de 30 a 45 &as ap0s o plantio.
FÓSFORO:As doses de P recomendadas nas regiões bananeiras do mundo
variam de 80 a 690 kg de P2O5Mano. No Brasil estas doses variam de O a
150 kg de P2 Oj M a n o , dependendo das teores do solo. Para o Estado da
Bahia, quando o teor de P no solo for superior a 20 ppm dispensa-se a adubação
fosfatada.
Quando indicado, o fósforo deve ser aplicado na cova de plantio, pois Slminui
a sua fixação, bem como um elemento com pouca mobilidade no solo. Deve
ser misturado a terra de enchento & cova junto com o adubo orgânico. Se
necessáxio, -r
anuaimente (após a d i s e de solo) em cobertura.
POTASSIO:As quantidades de K recommdidm nas regióes bananeiras do
mundo variam de 228 a 1600 kg de K20/ha/ano. No Brasil variam de O a 625
kg de K20JhaSano,dependendo dos teores do solo.
A quantidade indicada pela análise do solo deve ser dividida em 3 a 4
aplica@es, pois é um nutriente fhcilmente perdido no solo, principalmente nos
mais amiouw.A primeira aplicaçáo deve ser feita em cobertura, do 3" ao 4"
mês após o plantio, coincidindo com a segunda aplicação de N.
A Tabela 5 mostra a recomendaç3o de adubam para bananeira, para o
M o da Baliia.
*
1
I
I
I
C,
t
U
.
I
E
'r;
2
'
O
.a
*5&
g
z
ENXOFRE: Normalmente os adubos formulados NPK apresentam o
mconveniente de não possuírem m o f i e , pois &, em geral, preparados com
urCia, superfosfab triplo c clorcto de potássio. Assim, recomenda-se, sempre
que possível, alteniar as fúntes de N para sulfato de m6nio e de P para
superfoçfato simples, ou utilizar misturas NPK com 4% de S. Acredtta-se que a
aplicação de
de amônio seja suficiente para suprir o S nas plantas. Caso
contrário, remmenda~sea aplicação de 30 a 50 kg de SMano.
A adub@o com micronutxientes não e uma prática usual dos produtores
de banam. No entanto, pode ser c u i d o , no plantio, 50 g de FTE BR 1 Zfcova,
oqualcontem2,17%deB,0980%deCu,3,85%deFe,3,48%deMn, 0,13%dc
Mo e 9,24% de Zn.
B: 1 kg de B h a (1 g/cova) ou 1-2 kg de 8 na miara de adubos ou 10 a 20 g de
bódplanta*
Cu: lg de sulfato de cobdplantalano ou 0,25 kg de CwJha.
Fe: quelato (Fe-EDTA) na conmtmçãu de 1,O ppm na água de irrigação.
Mn;40 k g h de sulfato de rnanganês ou 7- 11 kg de Mnnia.
Zn:4 a 6 g de Zn ou 10 a I5 g de sulfato de PneoItouceira, pasce1adas em três
a p l i m , em oobertura.
6.2.2.4.
Émc~sE LOCALIZAÇAO DO ADUBO
Camo a b d r a 6 uma planta de crescimento -te,
os nutrientes
dmm estar disponíveis durante todo o ciclo, ou seja, o fraciownmto dos
fertilizantes deveria ser feito mensalmente, porém nào o è por limitams
cwtieas e d c a s .
As adubações devem ser feitas de preferência a@ o desbaste, porém antes
da desfolha, permitindo que as plantas aproveitem melhor os nutrientes e uan
as folhas eliminadas seja feita a cobertura, protegendm de chuvas fortes e alta
temperatura (volatilização do N da uréia). Como as d z s são superficiais não
há necessidade de incorporar os adubos.
Se não for possive9 fazer tGs a quatro hcionamentos,
reduzir para
dois, mas nunca de uma só vez. Em locais com chuvas fortes e freqüentes devese optar pela aplicação duas vezes por ano, antes e no final do penodo das
chuvas, Dessa maneir+ dentro de cada +oca prevista para a adubação a
aplicação do adubos deve ocorrer em períodos de umidade adequada no solo, de
rndo a facilitar o melhor aproveitamento dos nutrientes.
As adubações em cobertura devem ser feitas em circulo, numa faixa de 10 a
2Ocm de largura e 20 a 4 Qcmdistante da muda, aumentando-se a distância com
a idade da planta (Fig. 2). No banana! adulto os adubos são distribuidos em
meia-lua em frente a planta fiiha e neta (Fig. 3). Em terrenos P n c l ~ o s a,
adubação deve ser feita em meia-lua, do lado de cima da cava e ligeiramente
incorporada ao solo. Em casos de plantios muito a d d o s e em termos
planos, a adubação pode ser feita a lanço, nas ruas.
6.2.2.5, FONTES DE FERTILIZANTES
As~rnaissohiveisdevensapreferidasporaerceranapbmsllr6pidi
para o desenvo1vimento da planta. Fontes que coatmham cmc&
dcwi ser
.
.
sempre utilizadas. A diqxmibilidadc no maeado c o custo do fabhzadc
ser um critério na sua escolha.
Fontu de N:esterco de curral (0,5% N), esterco & aves (2%N), torÉa &
cacau (3%N), m d c mamona(5%N), d i a (#%N), dfatodeamâw
(20% N), nitrdcio (27% N), nitrato & -o
(32% N), f0sfato b x h i a ~
DAP (16%N), f o s f a t o m e o l W (9%N), mtratO&-O
(13%
N).Auréiacosulfatodc~opodemscranp~mprepuo&sohipòcs
. .
fuiilizantes.Auriiapodcscranpregadam~fo~,prmcipalmmte
em meio ácido; solubilidade em água a ZSDC= 119g11Q de água.
Fonta de P: supdosfato simples (18% P20J), superfosfato triplo (4 1%
Pz05). foafato dhôniceDAP (45% P203,
fosfato monoamônico-MAP (48%
P205),temofosEUo magnesiano (17% P205).O ácido fosfórico (52% P20 e
4% gesso) pode ser usado no preparo de adubação liquida.
Fontes de K:KCI (58% &O), sulfato de potássio (48% K20),nitrato de
potássio (48% K20),sulfato duplo de K e Mg ( 1 8% K20)O cloreto de potássio
(KCI) é a fhte mais comum e eçon6mica existente no mercado para o preparo
& soluçtk feitiliuvites. No entanto, fcmlizantcs especiais podem ser preparados
a putir do sulfato de potássio (solubilidade = 5 lgi'100g de água) ou do sulfato
duplo de rnagnésio e potássio (solubiIidade = 21,5gí100g de Agua).
Fontes de Ca: calcários, superfosfato simples ( 19% Ca), temofosfato
magnaiano (19% Ca),fosfatos parcialmente acidulados, sulfato de cálcio (1 6%
Ca) .
F
o de Mg:
~ calcários, sulfato de magnésio (9% Mg), sulfato duplo de
W s i o e magnesio (43% Mg),tmnofosfato magnesiano (7% Mg).
Fontes de S:sulfato de amônio (23% S). superfosfato simples ( 1 1% S),
sulfato de potássio (16% S), sulfato duplo de K e Mg (23% S), sulfato de
magtkio (1 3% S), S elemen~.(95%
S), sulhto de Ca gesso (1 3% Sr.
-
Fontes de B:&ido bórico (17% B), bórax (1 1% B).
Fonte de Ca: sulfato de cobre (1 3% de Cu).
Fontt de Mn:sullato de manga& (25% de Mn), óxido de manganès (4 I %
Mn)*
Fontts de Za: sulfata de zinco (20% de Zn),óxido de Unco (5 0% Zn).
A adubaçáo foliar pode ser feita em atomização utilkdo-se os mesmos
esquemas e equipamentos desenvolvidos para o controle do malde-sigatoka.
As pulverizações devem ser feitas a tardmha., em razão da temperatura mais
baixa e maior umidade relativa, evitando queimaduras nas folhas.
As folhas da bananeira são muito eficientes para absorver os elementos
minerais. As concentrações recomendadas são: ácido bórico a 0,1%; sulfaro de
cobre a 0,5% neutralizado com c& sulfato ferroço a O,%; sulfato de mangaês
a 0.25%; molibdato de s&ho ou de amônio contendo 4ppm de rnolibdênio; sulfato
de zinco a 0,5%; uréia a 5%; clomo de potássio a 5% e sulfato de mgneSio a
3%.
Em plantas novas recomenda-se aplicaçóes a alto volume, ou seja, em viveiros
recomenda-se uréia a 1% (100 g uréia/lQ litros água); em plantas adultas são
feitas a baixo volume (30 lha).
Sabe-se que a absorçáo dos adubos foliares é influenciada por condiçtks
inerentes a folha (estnmira, composição qquimica, idade etc), fatores relacionados
aos nutrientes (mobilidade) e ainda aqueles inerentes As soluç6es aplicadas
(concentração, pH, mistura de nutrientes etc) .
7, AGRADECIMENTOS
Aos pesquisadores do CIRAD-FLHOR Dr. Marchal, Dr. Martin-Prével e
Dr.Charpentier, pela cortesia das fotos publicadas neste trabalho.
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