Tendência sazonal da precipitação na bacia do Iguaçu Rafaela Dalcomuni Stipp Iniciação Científica - PIBIC/CNPq Orientadora: Miriam Rita Moro Mine /Colaborador: Luís M. S. T. Buchir Introdução - Com o objetivo de estudar a sazonalidade da precipitação na Bacia do Rio Iguaçu, Paraná, Brasil, foram analisados dados observados e cenários gerados por modelos climáticos regionais (RCM), através do método estatístico Mann-Kendall Sazonal (SMK) e análise exploratória de dados, no período histórico (19612010) e no período futuro (2011-2088), em quatro postos pluviométricos: Curitiba, Guarapuava, União da Vitória e Palmas. Método- Para a obtenção de dados observados utilizou-se o Hidroweb. Já os cenários RCA1 e PROMES foram obtidos através do projeto CLARIS LPB. Os dados foram agrupados em estações: Verão, Outono, Inverno e Primavera. O SMK (BUCHIR,2013) é um teste estatístico não paramétrico, e foi realizado com nível de significância 5%. A análise exploratória de dados consiste na elaboração e observação do comportamento do gráfico precipitação em função do tempo. Referências: 1-ANA - http//hidroweb.ana.gov.br/> 2-BUCHIR, L. M. S. T. Análise da influência de mudanças climáticas nas precipitações -Tese de Mestrado, Curitiba, Brasil, UFPR, 2013. Resultados - Através do SMK, para o período histórico, as precipitações observadas apresentaram tendência de variação sazonal nos postos de Guarapuava e Palmas. O modelo PROMES não apresentou tendência em nenhum posto pluviométrico. O modelo RCA1 apresentou variação sazonal em todos os postos, com exceção de Curitiba. Para o período futuro, no posto pluviométrico de Curitiba o modelo RCA1 não apresentou tendência de precipitação sazonal, diferente do que ocorreu no modelo PROMES. As estações de Guarapuava e União da Vitória não apresentaram tendências de alteração sazonal em ambos os modelos. Já no posto pluviométrico de Palmas, o modelo RCA1 apresentou alteração de sazonalidade, e a série gerada pelo modelo PROMES se mostrou estacionária. Pela análise exploratória de dados, observou-se um maior volume de precipitação nas estações verão e primavera, e o inverno apresentou-se como a estação com menor volume de chuva, nos períodos histórico e futuro. Comparando-se os resultados dos RCM's e dos dados observados, o modelo RCA1, se mostrou mais próximo da realidade. Conclusão – Os RCM’s não reproduziram as precipitações observadas em volume, no entanto, acompanharam as variações sazonais do período histórico. Considerando-se as precipitações geradas pelo modelo RCA1, conclui-se que haverá um aumento significativo das precipitações futuras na época da primavera na bacia hidrográfica do rio Iguaçu.