MEIO-AMBIENTE MEIO-AMBIENTE MEIO-AMBIENTE MEIO-AMBIENTE MEIO-AMBIENTE 106401871 BARRAGEM DE ACAUÃ: O PAPEL DA AÇÃO COLETIVA DIANTE DOS LIMITES DAS POLÍTICAS PÚBLICAS Ednaldo Ferreira Torres, Fernando Garcia Oliveira, Edgard Afonso Malagodi UFCG (INTRODUÇÃO) Ao término da construção da barragem, Acauã terá capacidade para armazenar 253 milhões de m3 de água, significando um acréscimo na oferta de água potável de aproximadamente 56,66%, que abastecerá as cidades de Campina Grande, Aroeiras, Gado Bravo, Ingá, Itatuba, Mogeiro, Salgado de São Felix, Itabaiana e Pilar. O custo da obra chega a 55 milhões de reais para a barragem propriamente dita e 72 milhões para a adutora. O problema que foi objeto de nosso estudo é como uma obra desta magnitude pode - no momento em que se discute a consolidação da Agricultura Familiar e que o governo orgulha-se dos sucessos da reforma agrária - acarretar o desmantelamento total da vida de 700 famílias (mais ou menos 4.500 pessoas) das localidades de Pedro Velho, Melancia, Junco, Cajá e Ilha Grande. Deixando-as sem nenhuma perspectiva de continuidade de vida na agricultura: sem terra, sem ocupação e isolada – uma vez que, importantes vias de acesso de escoamento da produção a centros comerciais como João Pessoa, Itabaiana, Ingá e Itatuba - foram interrompidas com a construção da barragem. E ainda, nem o translado dos corpos enterrados no cemitério local, que é centenário, para outro lugar esta previsto. O governo, em contra partida, impôs duas alternativas para compensar as famílias: a) indenizações - calculadas a mais de 2 anos - com um valor médio de 6.560 reais por família, que não dá nem para pagar a casa, quanto mais as benfeitorias e as terras em áreas férteis de várzea; b) ou então, ir morar em uma agrovila (Novo Pedro Velho) de casas de placa pré-moldadas, e sem água, esgoto, energia, praças ou escolas.(METODOLOGIA) O estudo foi conduzido via observação participante acompanhando a comunidade atingida em: 7 reuniões - na comunidade de Pedro Velho; em audiência com a assessoria do Estado; em audiência com o chefe de gabinete da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Paraíba (SEMARH); em 3 reuniões com o Diretor Presidente do Instituto de Terras da Paraíba (INTERPA); em depoimentos nos meios de comunicação (Rádio, Jornal e Tv); e, em audiência com os vereadores e prefeito de Aroeiras. E ainda, entrevistamos 6 moradores da Agrovila e 5 agricultores que permanecem a cultivar nas suas terras que a qualquer momento podem ser inundadas. A equipe pesquisa envolveu professores e alunos dos cursos de Sociologia, Economia, Direito e Engenharia Agrícola. (RESULTADOS) A pesquisa aponta a ausência do projeto de reestruturação da vida sócio-econômica das 700 famílias ribeirinhas, o que demonstra a irresponsabilidade social com que as autoridades paraibanas realizam suas grandes obras, sendo caracterizada como um exemplo extremo de Contra-Reforma Agrária. Contudo, o quadro começou a mudar a partir da intervenção da equipe multidisciplinar, que atuou na organização e mobilização das comunidades ribeirinhas, proporcionando a estas a consciência da luta por seus direitos. Neste momento, tornou-se viável a realização de reuniões na comunidade de Pedro Velho, acesso aos diretores dos órgãos governamentais e o apoio da sociedade paraibana depois de esclarecimentos através da mídia de como em pleno século XXI o “progresso” administrado de forma incompetente pode proporcionar cenas de tamanho descaso público, incompatíveis com um Brasil moderno, civilizado e democrático. A população buscou o engajamento para assegurar, basicamente, os seguintes direitos: a) Pagamento rápido das indenizações; b) Reavaliação dos bens levando-se em conta, no mínimo, os índices de inflação; c) Construção de moradia adequada a sua realidade; d) Terras para construir o seu futuro de agricultor; e ainda, e) Projeto de acompanhamento técnico e de credito, em base a tipo de assentamento sustentável. Para fortalecer o movimento foi fundada a Associação dos Atingidos Pela Barragem de Acauã (AABA). Como resultado dessa luta, o governo do Estado já pagou as indenizações e designaram o presidente do INTERPA para negociar as outras reivindicações as comunidades atingidas.(CONCLUSÕES) A irreparável perda provocada pela inundação das propriedades poderia ter sido amenizada se as autoridades governamentais tivessem considerado os impactos sócio-econômicos e, colocando à frente do projeto pessoas comprometidas com o lado social da construção, o que possivelmente teria evitado a falta de transparência no projeto. Nesse quadro de injustiça, a luta organizada e com fins coletivos da população tem sido o elemento que garante a sua sobrevivência e respeito por parte governo do Estado. 093201835 OFICINA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL INFANTIL Pavla Goulart Hunka, Jailsa da Silva Medeiros UFRN A oficina de educação ambiental infantil fez parte de um projeto de extensão, o Projeto Pé-na-Trilha, realizado pelo Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que ocorre anualmente, tem como meta colocar em prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula. A oficina realizada em 2001 foi uma iniciativa de um grupo de alunos que trabalharam com crianças de cinco a onze anos, objetivando informar e conscientiza-las sobre os assuntos ligados ao meio ambiente, para que as mesmas desde pequenos possam criar uma percepção ambiental. A oficina percorreu três cidades do Rio Grande do Norte: Venha Ver, Tenente Ananias e Luiz Gomes. Utilizou-se como base para a realização da oficina referencia bibliográficas, pintura em mural, teatro de fantoches e músicas que tratam sobre assuntos ligados a natureza. Verificou-se um grande desempenho das crianças, observando que muitas já possuíam informações sobre o meio ambiente, já aplicadas pelas professoras das escolas, no entanto, nas comunidades mais carentes, observase que é necessário um pouco mais de tempo para se atingir uma maior compreensão da percepção ambiental. MEIO-AMBIENTE 063501837 O SOLO E ÁGUA NA REGIÃO SEMI-ÁRIDA: ANÁLISES E ORIENTAÇÃO AOS AGRICULTORES Suelia Brilhante de Sousa (1), Rivaldo Vital dos Santos(2) ([email protected]), Luzia Inês Lopes (3) e Josinaldo Lopes de Araújo(3). UFPB/UFCG Com o escopo geral de integrar a universidade com os agricultores do semi-árido paraibano conduziu-se um trabalho buscando transmitir conhecimentos da ciência do solo relativo a importância da análise da terra e água aos produtores rurais, com vista à implementação de uma produção agrícola sustentável. Inicialmente aplicou-se um questionário em treze comunidades agrícolas dos municípios de Patos, São José do Bonfim e Quixaba para detectar os seus principais problemas sócio-econômicos e ambientais. Em seguida conduziu-se reuniões com os agricultores das comunidades enfatizando os cuidados que devem ter relativo ao manejo do solo e da água, ressaltando a importância de se efetuar um constante monitoramento da água de irrigação e do solo. Após as palestras os agricultores foram ao campo para a coleta da amostra de solo e água, as quais foram conduzidas ao laboratório para análises. Pelas palestras constatou-se que os agricultores das comunidades carecem de conhecimentos técnicos básicos relativos ao manejo do solo e água, que quando utilizados aumentam sua produtividade agrícola e não agrediriam o meio ambiente. Pelas análises efetuadas constatou-se que a maioria dos solos das comunidades rural apresenta elevada fertilidade química, com uma única limitação : baixos a médios teores de fósforo extraídos dos solos. Isso implica na necessidade de aplicação de fertilizantes fosfatados praticamente em todas as comunidades. Os resultados das análises da água demonstraram que, independentemente das localidades, apresentam de médio a alto níveis de sais. Há necessidade de adequar suas áreas irrigadas a um tipo de irrigação que provoque menos degradação e economize água, tais como microaspersão e gotejamento. Práticas indesejáveis como o uso de queimadas e também a inexistência de um programa permanente de análises de solo e água devem ser abandonadas. Recomenda-se ainda a diversificação das culturas de milho e feijão com outras de maior rentabilidade, como frutíferas tais como cajueiro, mangueira, goiabeira, coqueiro, pinha, etc. É imprescindível uma maior conscientização dos agricultores, o que pode ser feito através de uma implementação de minicursos, palestra por professores e pesquisadores, de modo que as informações geradas nas pesquisas cheguem aos agricultores e a produção e/ou a produtividade agrícola seja aumentada. (1) Bolsista, (2) Professor, (3) Graduandos do Curso de Engenharia Florestal 000805265 AS ASSOCIAÇÕES CIVIS E O USO DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA PARA A DEFESA DO MEIO AMBIENTE Emanuel Dhayan Bezerra de Almeida UFRN A cada dia, nos deparamos com as mais diversas espécies de agressões ambientais, tais como, poluição das águas, poluição decorrente da má administração dos detritos sólidos, ocupação desordenada do solo urbano, dentre outras. A sociedade civil costuma atribuir a culpa por tais agressões, principalmente, ao Estado, visto que, este não cumpre corretamente o seu dever de fiscalizar, prevenir e coibir tais agressões, o que acarreta graves conseqüências não só para esta geração, mas, principalmente, para as gerações futuras. Porém, a sociedade civil esquece-se que ela é tão culpado quanto o Estado, visto que, esta possui diversos instrumentos para atuar na prevenção destas agressões, mas omite-se do seu papel, preferindo apontar culpados a evitar que tais agressões aconteçam. O presente trabalho não pretendeu, absolver o Estado por sua total ineficiência em coibir tais agressões, mas procurou estimular o debate sobre um comportamento mais ativo da sociedade civil visando uma atuação mais eficaz na defesa do meio ambiente, pois acreditamos que as ONG’s ambientalistas podem ter um papel bem mais combativo do que o exercido por estas atualmente, utilizando o Poder Judiciário para prevenir qualquer tipo de agressão ao meio ambiente, através da ação civil pública - ACP. Tal atuação geraria um considerável aumento do nível de proteção ao meio ambiente. Além do mais, tal modelo seria a forma mais concreta de por em prática os princípios da precaução e prevenção as agressões ao meio ambiente previsto na ECO-92, mas insuficientemente aplicados no nosso dia a dia. Na última década, as ONG’s ambientalistas proporcionaram uma efetiva contribuição no despertar da consciência para os problemas causados ao meio ambiente, e, talvez, se elas não existissem o quadro ambiental brasileiro estivesse bem pior. Contudo acreditamos que a luta pela proteção do meio ambiente pode trazer maiores vitórias com a utilização da ACP. 001105011 CURSO DE BIOLOGIA DE SERPENTES Ulisses Simon da Silveira UEMS As serpentes possuem potencial para exploração de suas qualidades econômicas como animal PET, couro e toxinas, atividades que envolvem grandes recursos nos EUA e Europa Ocidental, porém apenas incipiente no Brasil. Também sua importância ecológica tem sido negligenciada , apezar do enorme prejuízo causados por roedores na agricultura mundial. O MEIO-AMBIENTE objetivo deste curso é trazer uma nova mentalidade e instruir os produtores rurais, estudantes e profissionais da área de ciências agrárias a identificar, manejar e preservar as espécies de ofídeos encontrados no Brasil. O programa de treinamento envolve as áreas de: 1) Biologia de serpentes (filogênia, anatomia e fisiologia, etologia), 2) Sistemática de ofídeos (Folidose, trabalhos com chaves de identificação de espécies e identificação de animais peçonhentos e não peçonhentos), 3) Cativeiro (manejo, quarentena, extração de veneno, reprodução), 4) Bioquímica de venenos (programa de imunização de eqüinos, primeiro socorros e tratamento de acidentes ofídicos) e descrição das principais serpentes do Brasil. 001205013 ESPAÇO URBANO DE MONTANHAS/RN:O LIXO COMO CAUSA DE UMA PAISAGEM EM MUTAÇÃO. Marcones Laurentino Ramos ** , Filomena Ma. G. da Silva Cordeiro Moita * UEPB (INTRODUÇÃO) A Educação Ambiental, é hoje, uma preocupação de escala internacional, principalmente em países industrializados, como conseqüência do consumismo pregado pelo sistema capitalista, levando a população a produzir cada vez mais “lixo”. Sem um destino adequado e um sistema de coleta que funcione regularmente, esse “lixo” vem se tornando um agravante em meio à sociedade atual, atraindo vetores de doenças e causando alterações na paisagem local, que por sua vez passa por um processo de mudança. Foi observando este problema em nossa cidade, que decidimos por este projeto de extensão com a elaboração de um programa que esclareça a população como devemos tratar o lixo doméstico, para que o mesmo não venha nos prejudicar e principalmente às gerações futuras. (OBJETIVOS) Identificar e analisar causas e conseqüências da coleta inadequada do lixo na cidade de Montanhas/RN, dos prejuízos para a saúde daquela comunidade, do desconhecimento a respeito da problemática do lixo e fornecer esclarecimentos à mesma de como agir diante do problema. Para tanto buscamos inicialmente apoio teórico em autores como: Milton Santos (2000), Paulo Freire (2000), Gutiérrez (1999), Mendonça(2001) entre outros. (METODOLOGIA) Compreenderá dois momentos: num primeiro momento fizemos um mapeamento da cidade, identificando seus bairros e ruas. Após, selecionaremos duas ruas aleatoriamente de cada bairro e aplicaremos um questionário à população buscando levantar informações sobre qual o conhecimento que a comunidade tem sobre os problemas causados pelo acúmulo inadequado do lixo, além de entrevista com o médico residente no município para sabermos quais as doenças mais freqüentes e sua ligação com a problemática do lixo e com o prefeito e autoridades municipais responsáveis. Faremos fotos de alguns pontos da cidade onde se dá o acúmulo inadequado do lixo e onde conseqüentemente ocorre a mutação da paisagem local. O segundo momento constará da análise das respostas obtidas, elaboração de programa de esclarecimento à comunidade através de: círculo de palestras em escolas, clubes de mães, clubes de idosos, sindicatos, etc. Mostrando como devemos armazenar o lixo doméstico e em seguida colocá-lo a disposição do sistema de coleta municipal. (RESULTADOS) Projeto em andamento sem maiores resultados. * Professora do Departamento de Letras e Educação; ** Aluno/Geografia 005605027 MULHERES DAS ÁGUAS: DESPOLUINDO E RECUPERANDO AS MATAS CILIARES DO RIO DAS BRANCAS Leila Chalub Martins ([email protected]); Maria Nila Crisóstomo UnB (INTRODUÇÃO) Recuperação das matas ciliares e limpeza do Rio das Brancas por meio da atuação das mulheres professoras, produtoras rurais e mães, promovendo na agricultura a estabilidade, a resistência e a diversidade do cerrado e atendendo as necessidades humanas de forma sustentável, tendo como ética o cuidado com o meio ambiente. O Rio das Brancas nasce no município de Água Fria e deságua no Rio Tocantinzinho, no município de Alto Paraíso. Abastece os municípios da região e corta as terras usadas na agricultura de grãos. São focalizadas as matas ciliares degradadas nos Projetos de Assentamento Santo Antonio das Brancas e Terra Conquistada e na comunidade rural Ribeiro, no município de Água Fria; e nas comunidades rurais Jatobazinho, Jatobá, Pedra de Amolar e Projeto de Assentamento Mingau no município de São João D’Aliança. O projeto abrange as escolas existentes na região, correspondendo à inserção da educação ambiental no currículo. Grande parte das matas ciliares do Rio das Brancas encontra-se degradada e suas águas contaminadas pelo uso abusivo de agrotóxicos. Além disso, as águas do rio recebem grande quantidade de lixo. O projeto propõe recuperar, em 12 meses, 2 hectares das matas ciliares de cada comunidade, além de promover, pela atuação das mulheres, uma organização de vigilância ambiental para a região, com representação das comunidades rurais. A sensibilização da população é feita por meio de campanhas de limpeza do rio e pelo envolvimento direto da rede pública de ensino local. (METODOLOGIA) O projeto abrange atividades relacionadas a cinco eixos principais: Organização do grupo de mulheres – com o interesse de viabilizar maior participação feminina nas decisões de interesse doméstico e profissional, para permitir futuras ações coletivas do grupo. Plantio das mudas às margens degradadas do rio o sentido é o de promover o reconhecimento pela população local do problema ambiental e de medidas necessárias para saná-lo. Educação Ambiental nas escolas de ensino fundamental, a partir do envolvimento com o projeto – o processo foi desencadeado com a realização de uma gincana, envolvendo 165 alunos e 22 professores das escolas da região. Resgate das tradições culturais MEIO-AMBIENTE da região com essa finalidade, está em curso as atividades: levantamento do imaginário da população local; levantamento e registro dos contos e histórias da região; levantamento das histórias de vida dos mais velhos; levantamento do brincar típico da região. Formação dos alunos da Universidade de Brasília envolvidos no processo – atuam diretamente no projeto 16 alunos bolsistas e voluntários do grupo PET-Educação, além de alunos da engenharia florestal, da agronomia, da geografia e da antropologia. (RESULTADOS) Até o momento, foram registrados os seguintes resultados: plantio e tratos culturais de 9 200 mudas de espécies nativas do cerrado nas áreas de maior degradação ambiental;instalação de 12 viveiros de mudas ao longo do rio; envolvimento da totalidade das escolas municipais e estaduais do ensino fundamental da região na atividade da gincana; na oficina de produção de mudas, com professores e alunos e na oficina de planejamento da inserção curricular da educação ambiental, com os professores; criação e instalação da ONG “Mulheres das Águas”; encontra-se em fase de elaboração o livro sobre histórias e costumes da região, programas de educação ambiental pela rádio local, mostra de cinema brasileiro e ambiental e produção de vídeo documentário do projeto, além da gravação em CD dos catireiros da região.(CONCLUSÃO) Vários elementos têm sido identificados, confirmando qual a atitude assumida de cuidar do planeta, pelas matas do Rio das Brancas, da qualidade e volume de suas águas, tem sugerido aos participantes mudanças de atitudes no sentido de cuidar-se. Do trabalho iniciado de reconhecimento das espécies nativas do cerrado, dos múltiplos usos que essas espécies têm na própria cultura local, chegamos à tarefa de formação de quintais na área urbana de São João. Repensar e implementar esses quintais têm sido uma das atividades mais prazerosas para as mulheres envolvidas. Troca de mudas e de sementes já é comum entre elas, além da divulgação da grande cultura popular local, envolvendo as plantas. Na formação dos quintais, estamos com um grupo de mulheres interessadas na fitoterapia. Estamos começando a nos estruturar para buscar o conhecimento nessa área. Estão previstas visitas das mulheres a outros projetos, também do PPP, em Goiás e no Maranhão para troca de experiências.Agência Financiadora: PNUD/ PPP e MEC/SESu 007905031 ATIVIDADES DE EXTENSÃO DO LAR/UFRPE Susan Silveira; Fernanda Amaral; Katarina Melo; Andrea Steiner; Selma Vasconcelos UFRPE O Laboratório de Ambientes Recifais (LAR/UFRPE) foi criado desde 1995 e, desde o início, desenvolve atividades de Pesquisa e Extensão Universitária na área de Meio Ambiente, particularmente no tocante aos Recifes de Corais e Filo Cnidaria, sob a Coordenação da Dra. Fernanda Duarte Amaral (UFRPE, Depto. de Biologia, Área de Zoologia). Dentre as atividades de Extensão, são realizadas orientações a feiras de ciências, Exposições, Palestras, Seminários, etc., as quais totalizaram, em média, 200 equipes de diferentes níveis de escolaridade e universitárias atendidas até o momento. O presente trabalho visa divulgar estas atividades e expor os resultados obtidos desta relação População/Universidade, buscando enfocar a importância de se gerar multiplicadores de conhecimento e contribuir para conservação dos ambientes recifais e da fauna coralínea. 012105789 ASPECTOS ETNOBIOLÓGICOS DA PESCA E COMERCIALIZAÇÃO DE MOLUSCOS E CRUSTÁCEOS DO CANAL DE SANTA CRUZ, ITAPISSUMA-PE Hélio de Souza Pedroza Júnior, Maria Goretti Soares, Mauro de Melo Júnior, Henrique Monteiro de Barros, Antônio Pedro Soares UFRPE Biologicamente Itapissuma se destaca por possuir vastas áreas de manguezais que se iniciam no complexo estuárinocosteiro de Itamaracá e se associam ao Canal de Santa Cruz e a estuários de vários rios que nele desembocam. Essa grande riqueza representa um valor cultural, econômico e científico muito grande em virtude da existência dos conjuntos de habitat para espécies pesqueiras de importância comercial como crustáceos e moluscos. Este trabalho teve como propósito contribuir na correlação homem x natureza, tendo como objeto de estudo os pescadores do município de Itapissuma - PE. A visão deste trabalho leva em consideração apenas a sustentabilidade ecológica das atividades pesqueiras artesanais A pesquisa se dividiu em três momentos distintos. O primeiro foi o levantamento de bibliografia relacionada ao tema trabalhado, o segundo momento foi a de coleta de dados e pesquisa de campo, foram feitas entrevistas e aplicados questionários e ainda foram feitas visitas ao manguezal e ao mercado de pescado. Foram feitas coletas dos animais para a identificação biológica. O trabalho conseguiu reunir informações sobre as características sócio-econômicas dos pescadores, levantamento sobre problemas sócio-ambientais relacionados à atividade pesqueira e informações sobre o mercado consumidor para produtos de maior comercialização na região. Foram abordados ainda os aspectos da pesca em geral tais como: tipos de pesca, embarcações, apetrechos de pesca, conservação do pescado, estocagem do pescado e comercialização do pescado. Pode-se concluir que se houvesse a implantação de unidades de beneficiamento de pescado na região, melhoraria a qualidade do pescado comercializado e possivelmente aumentaria as perspectivas para a pesca na região. MEIO-AMBIENTE 012105788 OFICINAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE PESQUEIRA NO AÇUDE DE APIPUCOS, REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE Helio de Souza Pedroza Júnior, Maria Goretti Soares, Rozélia Bezerra, Antônio Pedro Soares UFRPE O Açude de Apipucos é composto por duas células de espelho líquido divididas por aterro de rua e ponte sob a qual há a comunicação de suas águas. O Açude está passando por um processo de degradação de suas águas por conta do lançamento de esgotos sanitários sem tratamento e lixo pelos canais afluentes. Sedimentos biodegradáveis (82% de finos) causam problemas relacionados à quantidade de oxigênio nas águas do reservatório e também com seu processo de eutrofização. Com o processo de ocupação indiscriminada, com aterros imobiliários e os despejos de resíduos orgânicos e químicos e a falta de condições sócio-econômicas dos moradores circunvizinhos, estão agravando o processo de degradação ambiental no açude e gerando impactos a essa área produtiva, o que através do conhecimento da relação homem x meio ambiente e uma exploração sustentável como forma de ações de proteção e monitoramento da atividade pesqueira e recreativa resulta num melhor aproveitamento das capacidades do açude junto à comunidade. Este trabalho buscou trabalhar questões de educação ambiental, voltadas principalmente para a questão do despejo de dejetos, como esgotos e lixo domiciliar e os aspectos sócio-ecológicos da pesca que é realizada no açude, que é uma alternativa de renda para alguns moradores da região. Para os presentes trabalhos foram realizadas oficinas de educação ambiental com alunos do primeiro e segundo grau, com idades que variam entre l4 a 2l anos, da escola pública São Miguel, e entrevistas informais com os pescadores da região. Os resultados mostraram uma estreita interação da comunidade e o Açude. Notamos que a pescaria muitas vezes serve como complementação da renda quando assim possui o pescador. Quanto ao grupo de alunos, nossa preocupação é aprofundar cada vez mais as questões ambientais com eles e torná-los agentes ambientais multiplicadores dentro da escola e da comunidade onde vivem. 012305778 EXTENSÃO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA COLÔNIA DE PESCA Z-10, ITAPISSUMA-PE (PROJETO MANGUEZAL EM NOSSA CASA) Maria Goretti Soares, Hélio de Souza Pedroza Júnior, Mauro de Melo Júnior, Henrique Monteiro de Barros, Antônio Pedro Soares UFRPE O município de Itapissuma localiza-se no litoral norte do estado de Pernambuco e está inserido no complexo estuarino-costeiro de Itamaracá. Como o crescimento populacional e conseqüente expansão demográfica são inevitáveis, no caso do município de Itapissuma, visto que vem havendo um aumento muito grande tanto do turismo histórico, quanto gastronômico, acaba se havendo uma maior preocupação em se preservar os vários habitat encontrados na região e promover um plano de exploração autosustentável, a fim de se preservar áreas economicamente produtivas o que acarreta um beneficio mútuo entre população e ecossistema. Baseados em todos esses aspectos surgiu à necessidade de se trabalhar em cima das atividades de produção existentes, bem como a implantação de novas atividades que auxiliassem na auto-sustentação e redução do impacto ambiental na região, para tanto foi criado o projeto “Manguezal em nossa casa”, financiado pelo programa nacional de extensão, Universidade Solidária (UNISOL), que objetivou oferecer oficinas de educação ambiental, recursos pesqueiros, economia e reflorestamento de manguezal. Esse trabalho trata especificamente das oficinas de educação ambiental que foram ministradas a jovens da comunidade. Foram realizadas oficinas de educação ambiental, dentro do projeto "Manguezal em Nossa Casa", financiado pela Universidade Solidária - UNISOL -, onde diversos temas ambientais foram abordados com jovens de 14 a 21 anos, todos da própria comunidade. As oficinas foram realizadas nas dependências da Colônia de Pesca Z-10, no período de março a junho de 2002. Pudemos concluir que uma prática de educação ambiental coerente e bem aplicada, pode derrubar preconceitos e levar informações necessárias as diversas camadas da população, dessa forma as pessoas podem expressar e compreender a realidade ambiental. 014205262 TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA DE CULTIVOS MARINHOS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: CAPACITAÇÃO E INSERÇÃO SOCIAL DE COMUNIDADES LITORÂNEAS NA ILHA GRANDE. Marcos Bastos ([email protected]); Fernando Moschen Roberto Silva UERJ O presente trabalho consiste em uma parceria estabelecida entre o Departamento de Oceanografia da UERJ com a Secretaria de Agricultura e Pesca da PMAR e a Estação Ecológica de Tamoios do IBAMA.Tal estudo descreve as ações destinadas a capacitação das comunidades litorâneas e pesqueiras da Ilha Grande e adjacências a partir da transferência de tecnologias adequadas às vocações locais e em sintonia com os pressupostos que caracterizam o desenvolvimento sustentável. Na primeira fase foram realizados contatos com as comunidades visando inicialmente identificar as demandas MEIO-AMBIENTE destas sociedades, estas demonstraram estarem motivadas com a possibilidade de utilizarem o ambiente marinho como fonte alimentar, além do tradicional uso da atividade pesqueira artesanal que é exercida a partir de conhecimentos intuitivos e/ou herdados. Após esta primeira etapa, apresentou-se o presente trabalho que se constituiu na introdução da maricultura (cultivos marinhos) como fonte alternativa alimentar e de geração de renda. Durante os cinco últimos anos foram beneficiadas e capacitadas 41 famílias, sendo implantados na região 30 módulos de cultivo com capacidade de produção individual anual em torno de 8,0 toneladas de mariscos. Os resultados obtidos, até o presente momento, permitem concluir que diante de um quadro onde há sazonalidade de empregos, ausência de qualificação, deterioração do ambiente costeiro e conseqüente má qualidade de vida a implementação de técnicas de maricultura (cultivos marinhos) constitui-se em uma ferramenta viável para mitigar os problemas enfrentados por estas sociedades, impotentes e marginalizados frente a sua realidade social. Outro aspecto relevante é o papel da Universidade atuando como vetor para a melhoria da qualidade de vida da comunidade nativa e propiciando a formação de uma consciência em busca da cidadania e da preservação do meio ambiente. 016305063 PROJETO GIRASSOL - PELA VIDA Péricles Luiz Pimentel Calafange**, Fernando Antonio Neto Lobo* UFAL A atividade do projeto GIRASSOL - pela vida, se desenvolveram com o objetivo de: respeitando as características culturais, meio ambiente, os valores locais e a sustentabilidade em micro propriedades rurais empreender ações de capacitação através de cursos, palestras e dinâmicas diversas; educação ambiental, com implantação de atividades de geração de renda e melhoria da qualidade de vida; implantação de hortas, ovinocaprinocultura, piscicultura, cooperativa de costureiras, e manejo racional e sustentável do meio ambiente.Implantação de uma mini biblioteca e sala de leitura e atividade de comercialização dos produtos cultivados nas micro propriedades, e ,finalmente a implantação de uma mini fábrica de multi mistura para produção de `multi mistura`com a finalidade de melhorar a alimentação das crianças e ajudar no combate a mortalidade infantil, uma das mais críticas do Brasil. * Professora /Departamento de Ciências Sociais; ** Aluno/Ciências Sociais 017205249 AS QUESTÕES AMBIENTAIS INSERIDAS NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Aparecida de Lurdes Paes Barreto; Antonia Arisdélia Fonseca ([email protected]); Matias Aguiar Feitosa UFPB/UFCG (INTRODUÇÃO) A relação homem/natureza está cada vez mais preocupante à medida que a humanidade deixa de reconhecer-se integrante dela e passa a usar, de modo abusivo, os recursos naturais, chegando até mesmo a esgota-los. As questões ambientais são aspectos relevantes no perfil da qualidade de vida da população mundial. O Programa Alfabetização Solidária, do Governo Federal, põe a educação como eixo norteador do desenvolvimento humano, tornando-a peça fundamental na dinâmica do agir. Dentro do processo educativo de Jovens e Adulto, é evidente a necessidade de inserir o contexto ambiental nas atividades didático-pedagógicas. (OBJETIVO) O presente projeto tem como objetivo desenvolver um sistema de alfabetização voltado para o cotidiano das comunidades e capaz de contribuir para o exercício da cidadania. (METODOLOGIA) Através de visitas e contatos institucionais nas comunidades, foram obtidas informações acerca da realidade sócio-produtiva e ambiental dos municípios, além de registros fotográficos e conversos informais com a população. Tais elementos possibilitaram compreender o arranjo social estabelecido e a produção de material didático que foi, posteriormente utilizado durante o curso de capacitação dos alfabetizadores, bem como no acompanhamento pedagógico mensal. Foi realizado, através do alfabetizador, um levantamento de dados que caracterizaram alguns problemas ambientais. A técnica utilizada foi à entrevista semi-estruturada, aplicada na comunidade, cujos resultados nos concederam referenciais para seleção de alguns aspectos ambientais que foram inseridos no cotidiano pedagógico da alfabetização de jovens e adultos. (RESULTADOS) O estudo realizado junto aos municípios, tanto no âmbito da pesquisa junto à comunidade quanto nas ações pedagógicas realizadas, nos indicou, entre outras conclusões, que é possível, através de parcerias institucionais, desenvolver atividades que ajudem a comunidade a perceber melhor seus problemas cotidianos e exerçam a cidadania, cobrando medidas pela melhoria da qualidade de vida da população. 017905480 PROJETO-MÃE: EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA CIDADANIA Maria Eulina Pessoa de Carvalho, Dinabel Vilas-Bôas, Maria da Conceição Gomes de Miranda, Davi Alysson da Cruz Andrade, Irley Maria Cavalcanti de Oliveira UFPB O Meio Ambiente tornou-se Tema Transversal dos Parâmetros Curriculares Nacionais, destacando-se “a educação como MEIO-AMBIENTE elemento indispensável para a transformação da consciência ambiental” e “a relação entre a comunidade e a escola”. Nesse contexto, este projeto de intervenção pedagógica e formação docente tem como objetivo desenvolver práticas interdisciplinares de educação ambiental com foco nas relações escola-comunidade-ecossistema-cultura e numa ética de responsabilidade, cuidado e compartilhamento. Tem como campo a Escola Municipal Frei Afonso, situada no Baixo Roger, João Pessoa, área fortemente impactada por ações antrópicas, e como grupos-alvo professoras/es, funcionárias/os e alunas/os do Ensino Fundamental, e suas famílias que vivem da coleta e venda de materiais retirados do lixo. Aprovado pelo Conselho Escolar no início do ano letivo 2000, o projeto tem hoje uma equipe de 13 alunas/os de graduação, bolsistas e voluntários, coordenados por uma docente e uma recém-mestra; em setembro de 2001 obteve apoio do Programa Crer para Ver, da Fundação ABRINQ pelos Direitos da Criança e Natura Cosméticos, através da ONG Acácia Pingo d’Ouro; também em 2001 foi acolhido pelo PROLICEN. O projeto-mãe desenvolve uma metodologia construtivista, aberta e experimental, com ênfase em atividades lúdicas e trabalho coletivo de toda a comunidade escolar, buscando atingir os seguintes objetivos: inserir a temática ambiental na escola por meio de ações interdisciplinares de formação docente e discente, no contexto das práticas curriculares cotidianas; promover, junto à comunidade escolar mais ampla, atitudes e hábitos que possibilitem uma cultura de conservação dos recursos naturais, valorizando os ecossistemas locais; empoderar professoras/es, alunas/os e suas famílias para a participação ativa nas questões ambientais em suas vidas diárias no âmbito da comunidade. Já produziu uma dissertação de mestrado, uma cartilha e um vídeo sobre a experiência. Atualmente, desdobra-se nos seguintes projetos-filhotes: Oficina de teatro: uma aventura no manguezal - 2a série; Oficina de texto e desenho: a rua da nossa escola - 3a série; Oficina de eco-leitura: descobrindo o prazer de ler - 4a série; Oficina de aula-passeio: a viagem de nossos sonhos - 5a série A; Oficina de re-organização do espaço escolar: a arte de pintar e transformar a escola - 5a série B; Oficina de fotografias: retratando nossa escola - 6a série; Oficina de reutilização: reeducando hábitos - 7a série; Oficina de fitoterapia: a horta medicinal da escola - 8a série. Apesar de algumas resistências entranhadas na cultura da escola pública e da baixa auto-estima de alunos/as, o esforço realizado está transformando o ambiente escolar e o relacionamento da comunidade escolar. 018105235 PROJETO PIABANHA Guilherme Souza e Dálcio Ricardo Andrade UENF O Projeto Piabanha nasceu no seio da Associação de Pescadores e Amigos do Rio Paraíba do Sul e em parceria com a UENF. Tem como objetivo a educação ambiental, conservação e aumento dos estoques pesqueiros, na área média e inferior do Rio Paraíba do Sul. Tem como áreas piloto os Municípios de Itaocara e Santo Antônio de Pádua (RJ). Através do Projeto, pretende-se modificar as atuais relações de aproveitamento dos recursos naturais, inserindo uma nova consciência baseada em critérios técnicos voltados para a sustentabilidade econômica, social e ambiental. O Projeto Piabanha tem 5 anos de existência. Surgiu como conseqüência de um trabalho de conscientização ecológica da necessidade de preservação do Rio Paraíba do Sul. Sua origem teve características ímpares pois resultou de um movimento ecológico iniciado por pescadores profissionais que resolveram trocar a pesca profissional extrativista e, neste caso, predatória, pela atividade de guias de pesca esportiva promovendo a preservação deste rio. Esta atitude trouxe o turismo de pesca para Itaocara e gerou uma atitude ecológica da população que estimulou a elaboração do Projeto Piabanha. A Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) através de convênio com a Associação de Pescadores e Amigos do Rio Paraíba do Sul se associou a este importante trabalho educacional/ambiental no qual são desenvolvidas importantes ações preservacionistas. Atualmente o Projeto Piabanha vem se dedicando a educação ambiental através de campanhas educativas por meio de palestras em escolas e excursões ecológicas para retirada de lixo do rio. Neste projeto, o Setor de Repovoamento, vem desenvolvendo um pacote tecnológico de reprodução das espécies de peixes nativos do rio Paraíba do Sul, visto que, são pouco estudadas e, algumas, consideradas como extintas ou em vias de extinção. Neste sentido, periodicamente, são realizados eventos de repovoamento do rio com alevinos produzidos nos laboratórios do Projeto Piabanha e com a participação de escolas e da população de cidades ribeirinhas. Nestes eventos tem sido importante a conscientização da população de que o mais importante é preservar o rio para que ele possa fornecer aos seus peixes toda condição de reprodução, alimentação e crescimento. Hoje, algumas cidades já adotaram o projeto que conta com o apoio de algumas prefeituras. Pretende-se, ainda, ampliar o processo de educação ambiental por meio da confecção de material impresso educativo sobre a ictiofauna do rio Paraíba do Sul e sobre educação ambiental inclusive com atividades relativas ao reflorestamento ciliar. 018905720 REDE ECOVIDA DE AGROECOLOGIA Marcos José de Abreu; Luiz Carlos Rebelatto dos Santos; Ademir Antonio Cazella UFSC A Rede Ecovida de Agroecologia é resultante de um processo histórico de construção de alternativas ao modelo atual de agricultura, preconizado pela “modernização conservadora”. A Rede é um espaço de articulação entre agricultores familiares e suas organizações, ONG’s e pessoas envolvidas com a produção, processamento, comercialização e consumo de produtos agroecológicos nos três estados do Sul do Brasil. O objetivo da Rede Ecovida de Agroecologia é desenvolver e multiplicar as iniciativas em agroecologia, entendida como a prática de uma agricultura baseada na solidariedade, na MEIO-AMBIENTE cooperação e no respeito ao meio ambiente, além disso, procura estimular o trabalho associativo na produção, comercialização e consumo de produtos ecológicos; articular e tornar disponíveis informações entre as organizações e pessoas; aproximar de forma solidária, agricultora e consumidores, estimulando o intercâmbio, o resgate e a valorização do saber popular. Para expressar o processo, o compromisso e a qualidade do produto, a Rede Ecovida criou uma marca e um selo que é obtido através da certificação.O funcionamento da Rede Ecovida de Agroecologia é totalmente descentralizado e se fundamenta na constituição de núcleos regionais. Os núcleos regionais reúnem os membros da Rede de uma região que contenha características similares, que possam facilitar o intercâmbio de informações, que viabilizem o processo de certificação participativa e facilitem a comunicação e o encontro dos membros. Atualmente a Rede Ecovida conta com 18 núcleos regionais (em distintos estágios de organização), que reúnem mais de 130 grupos de famílias agricultoras com aproximadamente 1500 famílias, cerca de 20 ONG’s que prestam assessoria, 10 a 15 cooperativas de consumidores, mais de 10 comercializadoras e diversos profissionais.A certificação participativa parte da premissa que os próprios produtores, técnicos e consumidores, devidamente conscientes, capacitados e responsáveis, possuem as condições necessárias para atestar a qualidade dos processos desenvolvidos. Esta forma de certificação tem como princípio à confiança, pois consiste num sistema solidário de geração de credibilidade. Cada núcleo regional é responsável pela certificação de seus membros com base nas normas e procedimentos concebidos na Rede Ecovida, sendo que o “olhar externo” é realizado por um conselho de ética que visita as propriedades para liberar o uso do selo de qualidade. Mais que uma simples fiscalização, o processo de certificação participativa dentro da Rede permite a aprendizagem e o aperfeiçoamento constante dos processos agroecológicos. 020405159 CONHECENDO E PRESERVANDO O MEIO AMBIENTE Mintza Idesis Jácome ([email protected]) UFRN OBJETIVOS: Este trabalho é um Projeto Pedagógico desenvolvido por alfabetizadores do Projeto de Extensão de Redução do Analfabetismo. Pretendemos com a divulgação do mesmo incentivar o tratamento de temas como esse, atual e urgente. Propomos, uma abordagem significativa e dinâmica desse Tema Transversal, bem como interdisciplinar, partindo do cotidiano e dos conhecimentos prévios dos educandos. A metodologia utilizada nesse projeto foi: Passeio Pedagógico no Parque das Dunas; Registro e Documentação dos dados e fatos observados; Feitura de uma enciclopédia da fauna e da flora; Oficinas de reaproveitamento e reciclagem de sucatas e lixo, respectivamente; Feitura de esquemas de cadeias alimentares; Feitura de Maquetes representando diversos ecossistemas. Conhecer diferentes espécies da fauna e da flora, pode ajudar o nosso aluno a entender a grande biodiversidade dos diversos ecossistemas e deve servir de reflexão que muitas outras existiriam se não estivessem sidas extintas pelos homens, as próprias condições da natureza, e até as relações alimentares. A respeito das relações alimentares, faz-se necessário demonstrar a necessidade de sobrevivência dos animais, que deve ser encarada de forma natural, já que muitas vezes até equilibra os ecossistemas; pode-se fazer uma ponte demonstrando que na vida animal o forte vence o mais fraco, mas na vida humana, não tem que ser assim, podemos ajudar uns aos outros, como as abelhas e as formigas. Com essa última asertação podemos começar a trabalhar os conteúdos atitudinais esperados pelo professor METODOLOGIA: Divulgar a temática em questão e a forma de abordála. Abrir a discussão em torno da eja, da transversalidade e da interdisciplinaridade. RESULTADOS ESPÉRADOS: Esperase dos participantes, uma conscientização da temática exposta, bem como da ênfase nos conhecimentos prévios dos alunos e do ensino contextualizado, que é a premissa maior da exposição deste trabalho. 020605383 A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA VIÁRIO PARA O DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO SUSTENTÁVEL DE MATARACA/PB José Felix de Brito Neto; Ana Valéria Endres UFPB O turismo é visto como gerador de empregos e uma fonte de renda que precisa ser utilizada de forma racional e seguindo os moldes de sustentabilidade. O município de Mataraca/PB possui um potencial turístico imenso, entretanto, dentre as características que o município possui, que podem impedi-lo de ser utilizado turisticamente, está o deficiente sistema viário. O atual acesso que liga Mataraca à Barra de Camaratuba é de terra batida, onde atravessa canaviais, apresentando trechos cheios de buracos causados pelas chuvas. Isso dificulta o acesso às praias, tornando demorada e cansativa a viagem até a Barra, que é o principal atrativo natural e que está sendo explorado desordenadamente, tanto pelos turistas quanto pela comunidade. A infra-estrutura pode ser subdividida em infra-estrutura geral e específica. Na infra-estrutura geral, o investimento atende ao setor de turismo ao mesmo tempo em que a todos os demais setores, tais como: indústria, comércio, agricultura, áreas residenciais, dentre outros. Por sua vez, a infra-estrutura específica voltada para o turismo é formada por vias de acesso a locais turísticos e a implantação de serviços, como por exemplo: balsas; obras associadas à proteção das encostas do litoral, como também ao acesso às praias e embocaduras de rios. Ambos os tipos de infraestrutura listados são importantes para o desenvolvimento turístico de qualquer localidade. Dentro dessa afirmação, tendo como contexto principal o município de Mataraca/PB, está o objetivo essencial do projeto, que é a analise de um plano de infra-estrutura viária/turística que atenda tanto aos turistas quanto à comunidade residente, verificando seus aspectos positivos e negativos. Nesse sentido, discute-se quais seriam as principais conseqüências que o melhoramento dessa via MEIO-AMBIENTE iria trazer para a Barra e a comunidade que ali vive. O presente trabalho tem como fonte de estudo pesquisas realizadas “in loco”, onde foram identificadas algumas deficiências dessas localidades. O projeto se encontra em andamento, onde já foram realizadas reuniões que discutiram sobre os impactos da atividade turística como um todo. Oficinas já foram programadas para debater com os segmentos específicos da comunidade sobre as possíveis conseqüências da implementação dessa infra-estrutura viária. Toda essa proposta de intervenção deve ser pautada seguindo as diretrizes do Desenvolvimento Sustentável de forma que respeite os limites que o meio ambiente impõe, a conservação de todas as características sócio-culturais do município e, principalmente, a participação dessa comunidade nesse processo. 022105110 SOLO-CIMENTO - INDEPENDÊNCIA CULTURAL, ECONÔMICA E ENERGÉTICA Crislene Rodrigues da Silva Morais, Danielle Silva Guedes de Lima, Ricardo Lima Rodrigues, Solange Maria da R. Patrício, Geomires de A Neves UFCG O uso de tecnologias construtivas como o solo-cimento tem muito a ver com as melhorias das condições de vida da população de baixa renda. Após muitos testes e experimentações técnicas, esse material foi definitivamente incorporado à arquitetura urbana nos últimos anos. Prefeituras, Autarquias, Entidades Privadas descobriram que essa mistura prática e barata é uma opção real para solucionar problema de moradias, faltas de escolas, creches, etc., além de contribuir para a preservação ambiental já que essa tecnologia dispensa a queima do produto.O objetivo desse projeto é capacitar a comunidade de Cajazeirinhas-Pb para a utilização da tecnologia do solo-cimento na fabricação de tijolos visando à melhoria na qualidade de vida dessas pessoas, utilizando para isto os recursos minerais disponíveis na região e a mão de obra local, além de contribuir na preservação ambiental. O que mais faz emocionar os adeptos do solo-cimento é sua característica simples e fácil de obtenção, permitindo uma independência construtiva e cultural das pessoas envolvidas em projetos de construção com esse material.Esse tipo de atividade coletiva acaba cumprindo um papel junto à sociedade, na formação técnica, social e política da população melhorando as condições de moradia, higiene e segurança, constituindo-se num meio prático e objetivo para estimular a união junto às comunidades. 023105402 PRESERVAÇÃO DE ABELHAS SEM FERRÃO NO SEMI-ÁRIDO ATRAVÉS DA CRIAÇÃO RACIONAL Itaragil Venâncio Marinho, Maria de Fátima de Freitas, Ricardo de Fiqueirêdo Guilherme, Werlaneide Araújo UFPB/UFCG Este trabalho foi feito com o intuito de estimular a meliponicultura da região, através da identificação dos principais meliponicultores e diagnóstico dos problemas enfrentados na criação destas abelhas, bem como estudo de soluções viáveis para um melhor manejo das colméias e ampliar o conhecimento acerca dos meliponídeos ocorrentes na região semi-árida. Foi implantado um núcleo de meliponicultura na UFPB-Campus VII, Patos-PB. Foram identificados 04 (quatro) meliponicultores no sertão e seridó, entre outros que conservam menos de 07 (sete) colméias em suas propriedades. Os principais estão localizados nos municípios de: Santa Luzia – PB; Desterro de Teixeira – PB; Jardim do Seridó – RN e Ouro Branco – RN. As espécies criadas pelos meliponicultores são: canudo (Scaptotrigona sp.), tubiba (Trigona sp.), jati (Tetragonisca sp.), rajada ou cabeça branca (Melipona sp.), moça branca ou amarela (Frieseomellita sp.), breu ou zamboque (Melipona sp.), mandurí (Melipona sp.), cupira (Partamona sp.), mosquito (Plebeia sp.) e jandaíra (Melipona subnitida). As floradas são fatores limitantes para o processo de produção e qualidade do mel. As principais espécies vegetais, citadas pelos produtores, e que são utilizadas pelas abelhas sem ferrão, na busca pelo néctar, pólen, alojamento e ninho, são: Amarra cachorro (Bromelia sp.), Angico (Anadenanthera macrocarpa), Aroeira (Astronium urundeuva), Catingueira (Caesalpinia pyramidalis), Cumaru (Amburana cearensis), Favela (Cnidoscolus phyllacanthus), Jitirana (Ipomaeia acuminata), Imburana de cambão (Bursera leptophloeos), Juazeiro (Ziziphus joazeiro), Jurema (Acacia bahiensis), Leucena (Leucaena glauca), Malva (Sida sp.), Maniçoba (Manihot glaziovii), Mofumbo (Combretum leprosum), Mussambê (Cleome spinosa), Pereiro (Aspidosperma pyrifolium), Perpetua ou cabeça de velho ou flor roxa, Timbaúba ou tambor ou orelha de negro (Enterolobium contortisiliquum), Umbuzeiro (Spondias tuberosa). Concluímos que a criação de abelhas sem ferrão com fins lucrativos no semi-árido, depende de: estudos adequados de técnicas de manejo; desenvolvimento de novas técnicas de alimentação artificial e aperfeiçoamento das já utilizadas; implantação de cursos de extensão sobre educação ambiental (preservação da natureza – vegetação e das próprias abelhas); e cuidados específicos, como: manter certa distância entre colméias de abelhas sem ferrão e abelhas do gênero Apis; uso de agrotóxicos, incêndios florestais. 023105403 ESPÉCIES VEGETAIS DA CAATINGA UTILIZADAS PELAS ABELHAS INDÍGENAS SEM FERRÃO COMO FONTE DE RECURSOS E LOCAL DE NIDIFICAÇÃO Itaragil Venâncio Marinho, Maria de Fátima de Freitas, Fernando César Vieira Zanella, Alexsandro MEIO-AMBIENTE Lacerda de Caldas UFPB/UFCG Plantas e animais evoluíram juntos, durante centenas de milhões de anos e agora existem entre eles as mais complexas interações e interdependências. Neste aspecto iniciamos uma avaliação de algumas espécies vegetais da Caatinga e suas aparentes relações com abelhas indígenas sem ferrão. Este trabalho surgiu a partir de um projeto de criação racional destas abelhas, quando na introdução de colmeias era necessário o conhecimento do pasto apícola existente no local. As abelhas obtêm das plantas os seguintes recursos: resina, néctar, pólen, etc., para transformação em produtos indispensáveis a sua sobrevivência, como: própolis, cera, cerume, mel, geléia real, etc. A princípio selecionamos quatro meliponicultores do semi-árido da Paraíba e do Rio Grande do Norte, nas cidades de: Jardim do Seridó – RN, Santa Luzia – PB, Desterro – PB e Ouro Branco – RN. Mediante questionamentos e observações detectamos 18 espécies vegetais que são mais utilizadas por estas abelhas para coletar pólen e/ou néctar: amarra cachorro, jitirana, juazeiro, jurema, leucena, malva, maniçoba, mofumbo, mussambê. E também para nidificação, foram: angico, aroeira, cumaru, favela, pereiro, e umbuzeiro. Apenas para nidificação: catingueira, imburana de cambão e tamboril. A espécie mais utilizada para fazer ninho é a imburana de cambão, e para retirar pólen e/ou néctar é a malva. É apresentada uma caracterização dessas espécies vegetais, incluindo: distribuição, época de floração e frutificação, elementos coletados pelas abelhas e utilização para ninhos. 023405102 GESTÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL: INTEGRAÇÃO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO Elza Maria Neffa Vieira de Castro ([email protected]) UERJ O Projeto de Educação Ambiental do Programa de Despoluição da Baía de Guanabara - PEA/PDBG sugere a transformação socioambiental das sub-bacias da região da Baía de Guanabara, a partir do envolvimento dos grupos sociais e da articulação do conhecimento científico à realidade social, reintegrando e revitalizando o que foi agredido e desestruturado ao longo dos séculos. Envolve atividades acadêmicas, comunitárias e tecnológicas e objetiva instrumentalizar profissionais, com consciência ecológica e compromissados com o processo de constituição da cidadania, no Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Educação para Gestão Ambiental, ministrado na Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ, e nos Cursos de Capacitação para formação de agentes ambientais, desenvolvidos nos Núcleos de Referência em Educação Ambiental municipais. Através de seminários para problematização de temas-problemas, disciplinas curriculares e oficinas para planejamento e operacionalização de conhecimentos, estas atividades pedagógicas visam ao desenvolvimento de Planos de Ação, na perspectiva metodológica da pesquisa-ação. A consolidação das vertentes acadêmica e comunitária dá-se através do veio tecnológico, com a produção de material didático-pedagógico, de tablóides, home-page, CD-rom, vídeos, banco de dados, rádios comunitárias e eventos culturais. Essa proposta tem envolvido, além de alunos e comunidades, mais de mil agentes ambientais especializados/capacitados em três fases distintas do projeto. Na Fase I, realizada no período de 1998/2000 atingiu a 457 profissionais e a 547, na Fase II, no biênio 2000/2001. Dando continuidade às atividades, na Fase III (2002/2003), 161 formaram-se como agentes ambientais e 200 capacitam-se em Educação para Gestão Ambiental, assim como 240 profissionais que especializam-se nessa mesma área do conhecimento. A interação de diferentes áreas do conhecimento, a dimensão pioneira, a produção de conhecimento, social e cientificamente relevante, e a disponibilização deste conhecimento à população, a convivência integradora do fazer acadêmico do Ensino, da Pesquisa e da Extensão e a comunicação crítica efetiva da Universidade com a sociedade, fundamentada na função de produzir e socializar conhecimentos demandados por grupos sociais, numa perspectiva de orientar a realização de ações importantes para o desenvolvimento sustentável, legitimam institucionalmente este projeto, o qual demonstra a sua relevância sócio-política e ambiental. Convênio: SEMADS/SEE/FEEMA/UERJ. Órgão Financiador: Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID. 026105133 OFICINA DE ECOLOGIA DE ECOSSISTEMA MANGUEZAL: PRÁTICA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM UMA COMUNIDADE ESTUARINA Adryane Gorayeb ([email protected]); Helena Gurgel ([email protected]) Mônica Campos ([email protected]); Márcio Henrique Nogueira ([email protected]); Lenine Rodrigues ([email protected]); Edson Vicente da Silva ([email protected]) UFC A Oficina de Ecologia e Ecossistema Manguezal objetivou informar e, conseqüentemente, levar a uma maior integração entre a população da favela do Gato Morto (Tancredo Neves, Fortaleza-Ce) com o seu meio natural constituído por um manguezal, em estágio de degradação bastante acentuado. A intenção principal deste trabalho foi contribuir com ações de educação ambiental junto à comunidade, atingindo um público de 40 participantes, composto por professores, alunos do Ensino Fundamental e Médio, líderes comunitários e outras pessoas interessadas. A Oficina constou de 8 horas/ aula e fez parte de um projeto maior, o de “Educação Ambiental integrado em uma Favela”, da Universidade Solidária, portanto MEIO-AMBIENTE possuía todo um contexto e fundamento teórico referente ao assunto. As atividades foram esquematizadas em dois turnos: manhã e tarde, e o conteúdo abordado foi planejado para ser simples mas, completo, além de atual e praticável. Dentre este, podemos citar: definições sobre manguezal, explicações sobre a cadeia alimentar, a fauna e flora e seus ciclos de vida, a importância sócioambiental do manguezal, os impactos ambientais existentes e as propostas e manejo para a conservação local desse ecossistema. Em todos os temas propostos foram realizadas atividades a partir do conhecimento empírico do próprio grupo, para que juntamente se pensasse sobre uma nova realidade para a comunidade, de forma descontraída e até, muitas vezes, divertida. Algumas dinâmicas que foram aplicadas: reconhecendo a flora do manguezal (para a identificação das principais espécies), dinâmica dos bichos (para identificar os principais representantes da fauna do manguezal e sua função no ecossistema), repórter por um dia (para problematizar o dia-a-dia da comunidade) e outras. A realização desta oficina proporcionou uma visão além da Universidade, através de experiências diretas com a comunidade, seus problemas e possíveis soluções, garantindo uma experiência de ensino-aprendizagem bastante rica, tanto para a comunidade como para os alunos universitários. 026105136 MUNDO LIVRE: MUSEU DO MANGUEZAL E ESPAÇO PARA EXPOSIÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS. Adryane Gorayeb ([email protected]); Marlon A. Melo ([email protected]); Celina M. Lima ([email protected]); Gesphis de Lima Mendes ([email protected]); Edson Vicente da Silva ([email protected]) UFC O Espaço Mundo Livre foi criado no Departamento de Geografia, da Universidade Federal do Ceará, estando integrado ao Laboratório de Recursos Hídricos e Climatologia. Inaugurado em junho de 2002, este espaço dispõe de três exposições temporárias sobre recursos hídricos, climatologia e trabalho dos estudantes e exposição permanente sobre o Ecossistema Manguezal. Esta possui painéis sobre a flora e a fauna dos manguezais. O intuito principal da criação deste espaço é auxiliar os estudos que são feitos no estuário, promover um novo espaço de exposição sobre temas relacionados a Geografia e atuantes na Sociedade, para beneficiar tanto a estudantes do curso, da Universidade em geral e de outros colégios e principalmente, pessoas das comunidades estuarinas onde o Laboratório desenvolve suas atividades. Para exposição dos elementos da fauna do manguezal, foi utilizada a seguinte metodologia: os crustáceos foram secos e alguns dissecados para melhor visualização, os peixes foram conservados em álcool 70%, os moluscos foram conservados em álcool 70% e após secos e afixados em placas para exposição. E para a exposição da flora foram coletadas amostras – flor, fruto e propágulo - das cinco principais espécies do manguezal do Ceará: Rhizophora mangle, Avicennia germinans, Avicennia schaueriana, Conocarpus erectus e Laguncularia racemosa. Estas foram prensadas, secas em estufa e, após feito as ensicatas, expostas num painel. Foram utilizados outros recursos visuais, com caráter ilustrativo do manguezal e trabalhos sobre os impactos ambientais causados atualmente neste ambiente. Complementando a decoração do espaço, foram pintados uma série de painéis com temas ambientais e ecológicos. Foram, ainda, realizadas várias expedições ao campo, principalmente aos estuários do rio Pacoti e do rio Cocó (Fortaleza-Ce), pra coleta de espécies da fauna e da flora, ainda, foram feitas visitas ao LABOMAR (Laboratório de Estudos Marinhos da UFC) para coleta de material ilustrativo e consultas bibliográficas. Este novo espaço foi construído com recursos próprios, e teve como principais colaboradores os orientadores de pesquisas do Laboratório de Climatologia e Recursos Hídricos. Sendo que foi idealizado e elaborado por seus estagiários e bolsistas do CNPq – PIBIC e orientadores. Contribuíram também para a realização plena do trabalho: o Programa Especial de Treinamento (PET) da Geografia, o Laboratório de Malacologia da Biologia e o Laboratório de Recursos Aquáticos (LARAq) da Engenharia de Pesca, todos da Universidade Federal do Ceará. O Mundo Livre destaca-se atualmente como um espaço aberto a discussões e atividades que já vem integrando a Universidade com outros seguimentos da sociedade, sendo portanto como mais um elemento do componente das ações de extensão universitária da UFC. 0270051000 RECURSOS NATURAIS: ASPECTOS QUE INFLUENCIAM A SUA ESCASSEZ, VISTOS POR UM GRUPO DE JOVENS DOS MUNICÍPIOS DE ITAPISSUMA E IGARASSU Patrícia R. de Souza e Andrea S. S. de A. Melo UFRPE O ambiente natural, como um recurso, apresenta características de bem público, o que favorece a sua degradação e escassez, fruto da atividade humana. No ecossistema estuarino do Canal de Santa Cruz, que está situado no litoral norte de Pernambuco, é possível detectar-se vários processos de ação antrópica que estão favorecendo a diminuição gradativa dos recursos naturais estuarinos. Com o intuito de estimular e formar agentes locais conscientes do seu papel na conservação e manutenção desses ecossistemas, foram trabalhados, frente a um grupo de jovens dos municípios de Itapissuma e Igarassu, processos de identificação, comportamento, entendimento da importância que os recursos naturais estuarinos exercem na atividade econômica de suas famílias, o processo histórico dos seus municípios e o efeito multiplicador que esses conhecimentos podem exercer nessa nova geração de cidadãos. A metodologia do trabalho foi participativa, com ampla realização e apresentação de trabalhos em grupo, tendo os jovens, apresentado um bom entendimento e compromisso com os objetivos do trabalho. MEIO-AMBIENTE 028605167 CURSO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Márcio Henrique Nogueira da Silva; Erica Silva Pontes ([email protected]); Lenine Rodrigues Pinto ([email protected]); José Manuel Mateu Rodrigues ([email protected]); Edson Vicente Da Silva ([email protected]) UFC A universidade tem como um de seus principais objetivos a aplicação prática dos estudos elaborados nas salas de aula e laboratórios da instituição para o desenvolvimento social. Com esse intuito, o Curso de Desenvolvimento Sustentável, executado em um período de 16 horas/aula, integrando uma ação promovida pela Pró-Reitoria de Extensão em conjunto com alunos e professores de diversas áreas da universidade, veio atender questões relacionadas ao meio sócio-ambiental surgidas em uma comunidade de baixa renda no bairro Tancredo Neves em Fortaleza. Visou elaborar metas que proporcionem uma utilização racional dos equipamentos urbanos reivindicando garantias de condições ambientais propícias e de moradia digna na área, para a população atual. Com o objetivo de levar novas idéias relacionadas à questão ambiental e cidadania para a comunidade e entender como ela se relaciona com seu meio, o curso voltou-se para o preparo dos participantes para desenvolver com eles um trabalho de análise mais aprofundada da paisagem local e das causas e efeitos da degradação ambiental no bairro, para que se trabalhasse em conjunto propostas viáveis. Como metodologia de aplicação, o curso foi executado em três etapas com atividades que se iniciaram com aulas expositivas onde foram definidas noções básicas de problemas sociais, de análise e conservação ambiental e de desenvolvimento sustentável, além de discussões com a comunidade em relação ao seu conhecimento prático do cotidiano e o modo como eles enxergavam seu bairro, captando, assim, os seus principais problemas. Nesta fase, os participantes tiveram a oportunidade de trabalhar com mapas e fotografias aéreas do bairro e aprender como relacionar a estrutura urbana da área com o meio natural. A segunda etapa realizou-se com uma observação em campo pelas ruas do bairro onde se registraram as condições de infra-estrutura, atividades, ocupações e problemas identificados anteriormente na etapa inicial do curso procurando construir uma idéia de ambiente integrado. Para finalizar o curso, os participantes elaboraram mapas temáticos do bairro mostrando todos os principais elementos vistos em campo e com o auxílio dele foram identificados pontos problemáticos e discutidas propostas aplicáveis para uma melhoria das condições de vida e conservação ambiental. 032105907 UMA ASSESSORIA À SOCIEDADE CIVIL André Augusto Pereira Brandão, Maria Beatriz Costa Soares Knust, Maria Teresa Costa Soares Este projeto de extensão é parte de um projeto mais amplo que visa identificar os impactos da poluição da Baía de Guanabara na pesca tradicional em Jurujuba-Niterói/RJ, buscando alternativas de solução para o problema. Nesta primeira fase realizamos um levantamento socioeconômico visando encontrar as características mais específicas da população local no que tange à renda, ocupação, escolaridade e condições habitacionais. O produto deste projeto, o mapeamento socioeconômico dessa comunidade será um instrumento de fundamental importância nas discussões, demandas e ações necessárias para a melhoria das condições sociais da população local. Os dados obtidos a partir desse levantamento possibilitaram mapear a proporção da PEA local que ainda se encontra vinculada à pesca e quais as alternativas ocupacionais que vem sendo utilizadas pela comunidade frente ao esgotamento dos recursos naturais que até então sustentavam sua reprodução. A análise dos dados nos indica, preliminarmente, que visando suprir suas necessidades básicas, bem como a de seus familiares, muitos dos pescadores são levados a mudar sua forma de organização cotidiana de trabalho, outros a abandonar sua profissão, caindo nas condições do subemprego e do desemprego. 032705175 QUAL ÁREA DEMONSTRA MAIOR CONSCIÊNCIA AMBIENTAL ? Maria de F. N., Elton S. Macêdo, José Jorge S. S. Jr., Ricardo S. N. UEFS Introdução: Iniciado em 1991, o projeto coleta seletiva da UEFS têm sido um aliado na educação ambiental da comunidade acadêmica. O universo dessa pesquisa realizada em 2002, limitou-se aos alunos das áreas de humanas e saúde referente ao conhecimento do projeto e ao descarte correto de resíduos no campus. Objetivo: Estudo comparativo entre estudantes da área de humanas e de saúde, referente ao projeto coleta seletiva desenvolvido no campus da UEFS. Materiais e Métodos: Enquetes aplicadas a estudantes de graduação das áreas de humanas e saúde. Análise e comparação das enquetes. Resultados e Discussão: Dos entrevistados da área de saúde 93,4% afirmam conhecer o projeto, enquanto 85,8% de humanas detêm conhecimento. Fazendo uma análise dos meios utilizados na divulgação do projeto, os cartazes são os melhores difusores: 35,5% para os de saúde e 44,1% para os de humanas. O conhecimento através da sala de aula é um recurso pouco eficiente, apenas 7,5 dos entrevistados na área de saúde e 8,6% dos de humanas afirmam conhecer o projeto através desse veículo. Quanto ao descarte de resíduos nas lixeiras, 69,8% dos discentes da área de saúde MEIO-AMBIENTE responderam corretamente a enquete (jogando o papel seco no recipiente de cor azul), e 66,8% dos estudantes de humanas demonstraram conhecimento frente ao descarte. Em relação a importância do projeto; 31,9% dos estudantes de saúde e 24,9% de humanas afirmam que ele contribui para a limpeza da cidade. 19,6% e 25,8% dos discentes de saúde e humanas, respectivamente, dizem ser uma atividade politicamente muito boa para o conceito da UEFS. 33,2% dos entrevistados de saúde afirmam ser uma ação eficaz para a limpeza do campus, seguido de 38,6% dos estudantes de humanas. No entanto, 2,5% dos discentes de saúde indicaram que o projeto era desnecessário para o campus. Conclusão: Os resultados da pesquisa realizada com os estudantes das áreas de humanas e saúde, demonstraram que o grau de conhecimento sobre o projeto e o descarte correto do lixo nas lixeiras específicas, são próximos, 7 pontos percentuais e 3 pontos percentuais respectivamente. Constata-se que o projeto de Coleta seletiva precisa ser encarado como um desafio mais amplo, devendo ser aplicado sistematicamente sendo um forte instrumento de educação e comunicação ambiental no campus UEFS. MEIO-AMBIENTE 033705178 COLETA SELETIVA E A CONSCIENTIZAÇÃO ACADÊMICA Lorena Cerqueira Araújo, Adriana Lima de Lima, Maria de Fátima Nunesmaia UEFS Introdução: O Projeto Coleta Seletiva, iniciado na UEFS em 1991, visou estimular a comunidade universitária a contribuir no processo de separação do lixo em sua fonte geradora, aplicando-se várias estratégias de estímulo à participação da comunidade, mas ainda hoje, encontra-se uma resistência a mudanças de comportamento, pois existe uma forte rejeição à questão da Coleta Seletiva. Objetivo: Analisar o grau atual (2001) de conscientização da comunidade universitária (estudantes) em relação à Coleta Seletiva da UEFS. Materiais e Métodos: Aplicou-se questionários aos estudantes de todos os cursos da instituição. Analisou-se respostas e sugestões. Comparou-se as respostas entre os cursos e como um todo. Resultados e Discussão: No universo de estudantes entrevistados, 75% já ouviram falar ou conhecem a Equipe de Educação Ambiental - EEA da UEFS (responsável pela administração do Curso), 100% conhecem o Projeto de coleta Seletiva (por causa da existência de lixeiras "coloridas" no Campus), sendo que 52% dos entrevistados acham que a forma de divulgação do projeto está um pouco precária. Observou-se também que os estudantes dos cursos noturnos estão pouco informados sobre o projeto e que nenhum estudante do curso de Administração (noturno), jamais tinham ouvido falar no EEA. Dos entrevistados, 68% dizem que sabem o que significa as cores das lixeiras, ou quando tem dúvidas lêem os adesivos fixados nas mesmas. 54% dos estudantes acham boa a distribuição das lixeiras pelo Campus, mas 31% acham regular e 15% ruim. Sendo que alguns estudantes acham que deveria ter um número maior de lixeiras coloridas nos pontos de ônibus, os quais só possuem lixeiras de cor laranja. 70% dos cursos da UEFS possuem disciplinas que abordam o Meio Ambiente e 90% acham de importância vital que se tenha uma disciplina que aborde este tema. Conclusão: Notou-se que a Comunidade Universitária de Estudantes da UEFS demonstra interesse na inclusão de novas disciplinas com a temática Ambiental. É necessário aprimorar os meios de divulgação do Programa Coleta Seletiva no Campus para a comunidade universitária. Recomenda-se ações estratégicas de Comunicação Ambiental dirigidas aos estudantes, em especial aos dos cursos noturnos, e uma melhor distribuição de lixeiras no Campus. 033905176 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CIDADANIA: O EXERCÍCIO DO SER Vanessa Ribeiro Simon Cavalcanti e Camila Godinho UNIFACS Relato de experiência - oficinas, palestras, capacitação de professores e produção de materiais e objetos recicláveis realizada no bairro de Mussurunga, Salvador, Bahia, com um público infanto-juvenil no que se refere à educação ambiental e formação cidadã. 034205184 PROJETO TIRADENTES I Ulises de Freitas; Edson Pereira de Oliveira. UNISA A UNISA lançou no dia 21 de abril de 2001, data comemorativa de Tiradentes, o 1º veleiro de atendimento comunitário multidisciplinar, o “Tiradentes I”. Sendo uma embarcação de 23 pés especialmente preparada para navegação em águas rasas e regiões costeiras, tem capacidade para transportar até 7 pessoas da equipe, que é formada por professores, profissionais e alunos das áreas da saúde que se uniram para realizar eventos e ações de campo em prol das populações carentes. A embarcação ainda é dotada de equipamentos móveis para realização de atendimento odontológico, emergencial e fisioterápico. Durante o ano, o Parque Estadual da Ilha do Cardoso e arredores receberam o atendimento multidisciplinar.No ano Internacional do Voluntariado, pedimos apoio a este importante evento, como um marco da realização em conjunto de Universidades, Empresas, Prefeituras e entidades não governamentais.Durante o evento foram realizadas ações educativas e preventivas nas áreas da saúde, palestras, orientações, distribuição de escovas dentais e muito mais...O evento recebeu o apoio da Universidade de Santo Amaro, Colgate/Palmolive, Rede Globo, Sabesp, Recicle Milhões de Vidas, colaboradores e alunos. 034205543 DE OLHO NA GUARAPIRANGA Maria do Socorro Silva Pereira Lippi; Inês Antonia Lohbauer e André Cordeiro Alves dos Santos UNISA A Bacia Hidrográfica do Guarapiranga é uma área de mananciais com intensos problemas sócioambientais, cuja ação antrópica vem trazendo sério comprometimento do corpo d’água, com níveis altos de poluição provocada, principalmente, MEIO-AMBIENTE por esgoto doméstico e lixo. Está localizada no extremo sul da cidade de São Paulo/SP, servindo como fonte de abastecimento de água para 20% da população da região metropolitana. Este projeto foi realizado através de uma parceira da UNISA - Universidade de Santo Amaro e da ONG SOS Represa Guarapiranga. O projeto objetivou a formação de agentes multiplicadores - jovens entre 12 e 18 anos, estudantes de escolas públicas localizadas no entorno da Represa Guarapiranga. Foi utilizada a “análise da qualidade da água pela população”, como instrumento metodológico de Educação Ambiental. Foram formados 7 grupos com 10 jovens, que realizaram saídas de campo mensais, durante um ano, onde foram realizadas coletas e análises de água nas margens da represa e de seus afluentes; pesquisas com os moradores e freqüentadores dos locais das coletas e observações diretas do ambiente. Os resultados obtidos foram sistematizados, apresentados e discutidos em dois seminários com todos os grupos. No primeiro seminário, realizado após a primeira etapa do projeto (primeiras quatro coletas) realizou-se uma avaliação preliminar com todos os grupos, monitores, professores e coordenadores do projeto. No segundo seminário cada grupo apresentou seus resultados e inferiram comentários e críticas sobre os mesmos. Neste seminário final, procedeu-se a uma avaliação do projeto, momento em que os jovens demonstraram uma tomada de consciência dos problemas ambientais da região, sugerindo mudanças no material oferecido a eles, como uma maior quantidade de material didático e de divulgação, para que possibilitar uma maior divulgação entre os outros alunos das suas escolas e para outras escolas. Consideramos os resultados satisfatórios, uma vez que um projeto de Educação Ambiental deve resultar na mudança de atitudes dos cidadãos, para a melhoria da qualidade de vida. 035505189 CONSTRUINDO SAÚDE E CIDADANIA: UMA AÇÃO COMUNITÁRIA Eliane Mendes Guimarães e Silvia Regina de Medeiros UnB O processo migratório brasileiro causado pelas desigualdades sociais provoca um adensamento na periferia das grandes cidades. Assim, foi formada a cidade de Samambaia em 1989, na periferia de Brasília, assentando famílias oriundas de vários estados brasileiros. Hoje, Samambaia apresenta deficiências em moradia, educação, cultura e lazer, abrigando uma população de aproximadamente 173 mil habitantes, em sua maioria, carentes.O Parque 3 Meninas, criado junto com Samambaia, possui áreas com o Cerrado ainda preservado e outras bastante devastadas, trilhas várias nascentes e pequenas cachoeiras que desembocam no rio Melchior, - afluente do rio Corumbá, poluído por receber esgoto in natura de Taguatinga e Ceilândia, abastecerá a represa de Corumbá IV – sendo necessária a recuperação e conservação do Parque e entorno. O ISIS, criado em 1996, instalado dentro do Parque Três Meninas, é uma ONG, mantida por voluntários, tem como objetivo atender àquela comunidade com tratamentos alternativos de saúde, e apoiar pesquisas que possam utilizar recursos naturais para a melhoria da saúde da população.O projeto SACI/ISIS foi proposto para o Decanato de Extensão da UnB, como projeto de ação contínua, a ser realizado no Parque e no ISIS, contando com a participação de professores/orientadores e bolsistas das áreas de Agronomia, Antropologia, Biologia, Educação Física, Farmácia e Geologia, tendo sua coordenação alocada no Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS) da UnB. Seu objetivo é recuperar e preservar as áreas de cerrado existentes no Parque 3 Meninas, localizado em Samambaia e produzir plantas medicinais para atender a clientela do ISIS, promovendo a melhoria das condições de saúde, cidadania e renda, além da recuperação e preservação da biodiversidade do Cerrado existente na região. O projeto é desenvolvido junto à comunidade, resgatando e valorizando as culturas tradicionais no que diz respeito ao uso de fitoterápicos e na formação e manutenção da horta de plantas medicinais, promovendo o conhecimento das plantas do Cerrado e seus potenciais de utilização e buscando mecanismos do uso sustentável do Parque. A produção da horta visa atender aos pacientes do ISIS e gerar recursos para a manutenção do projeto. A pesquisa participante tem se apresentado como instrumento adequado à realização do projeto. Cursos, oficinas e outras atividades de Educação Ambiental (EA) destinadas a atender alunos do Ensino Básico, os escoteiros atuantes no Parque, professores e a comunidade em geral estão sendo realizadas com a finalidade de formar agentes ambientais da própria comunidade, que possam atuar no uso do Parque 3 Meninas. 036505909 GRUPO DE ESTUDO E PROTEÇÃO DA FAUNA - PRÓ-FAUNA: UMA PROPOSTA DE CAPACITAÇÃO INTEGRADA À EXTENSÃO E CONSERVAÇÃO. Paulo Thiers Pinto de Brito, Victor Pereira Torres, Javan Pires dos Santos, Diva Maria Borges-Nojosa UFC Sabendo da existência de um grande interesse em áreas da Zoologia que não são devidamente exploradas dentro do curso Ciências Biológicas da UFC foi criado em maio de 2000, por realização de estudantes do próprio curso, o Grupo de estudo e proteção da fauna - Pró-Fauna. Este grupo com caráter extensionista surgiu com a proposta de realizar um complemento aos estudos em zoologia auxiliando na capacitação dos alunos interessados visando estimular os mesmos através de apoio logístico a pesquisas, e incentivo ao intercâmbio com outras instituições ou universidades. É também interesse do PróFauna suprir a carência de grupos dentro da universidade oferecendo apoio a organizações, governamentais ou não, que promovam a proteção da fauna assim como a educação ambiental para a população em geral. Seguindo critérios estabelecidos pelo grupo, trabalhamos junto a comunidades que estejam diretamente relacionadas à importantes reservas zoológicas. Observações e dados coletados nas pesquisas são levados ao público com o intuito de informá-lo sobre alguma situação que esteja afetando a fauna local ou que possa prejudicar a própria população ou comunidade. O grupo conta atualmente com doze membros e uma professora-orientadora do Departamento de Biologia da UFC, sendo dividido, para MEIO-AMBIENTE fins administrativos, em dois setores principais: pesquisa e extensão onde o primeiro fornece dados concretos para realização do segundo. A metodologia usada pelo grupo para suas atividades conta ainda com apresentação de seminários abertos ao público. Como resultados mais concretos o Pró-Fauna já possui uma atividade de trote verde com os calouros do curso de ciências biológicas, projetos junto ao IBAMA e a prefeituras do estado do Ceará, realização do I Fórum de Tráficos de Animais Silvestres do Ceará, além de trabalhos apresentados nos congressos nordestino e nacional de zoologia, entre outros, pelos seus membros. 038505821 FÓRUM SOBRE TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES Alexandre Caminha de Brito; Sula Salani Mota; Diva Maria Borges-Nojosa; Victor Pereira Torres UFC O Brasil possui umas das maiores riquezas em biodiversidade do planeta. No entanto, duas grandes pressões antrópicas vêm dizimando diariamente nossa fauna. Uma delas é o desmatamento de matas e florestas e a outra é a captura, caça e comercialização ilegal de animais silvestres brasileiros. Exatamente por se tratar de problema ocasionado por um aspecto cultural de nosso povo e por ter uma abordagem multidisciplinar (envolvendo legislação vigente, educação e ação política), é que se faz necessário uma maior discussão sobre o assunto para se avaliar e expor o que vem sendo feito tanto pelo órgão responsável pela fiscalização do uso de nossos recursos naturais que é o IBAMA, como pelas Ongs que trabalham paralelamente no combate ao tráfico de animais silvestres como é o caso da RENCTAS. O presente trabalho teve como objetivo promover um fórum de discussão que integrasse todos os setores da sociedade que se inserem dentro da problemática do tráfico de animais silvestres, buscando uma visualização de alternativas para um combate mais eficiente contra a comercialização ilegal de animais da nossa fauna.O Fórum aconteceu no Auditório do Centro de Ciência da Universidade Federal do Ceará, durante um dia, perfazendo o total de 10 horas de atividades, sendo dividido em abertura, palestras, mesas-redondas, e encerramento. Foram convidados pessoas representativas de ONGs e organizações governamentais diretamente ligadas ao tema, que tiveram a oportunidade de expor suas realidades em palestras e mesasredondas fomentando uma discussão com os participantes. Como resultado, obtivemos a confecção de um relatório do evento onde foram descritas todas as palestras e mesas redondas, o numero e o perfil dos participantes e as conclusões e sugestões retiradas pelo grupo como alternativas de combate ao tráfico de animais silvestres no Ceará, das quais podemos citar as seguintes: Estimular a criação e aplicação de programas de Educação Ambiental a serem desenvolvidos nas comunidades das principais áreas de captura de animais silvestres no Estado do Ceará por grupos de instituições de ensino ou ONGs; Estimular programas de Educação Ambiental para a população em geral, esclarecendo sobre a legislação e as sérias conseqüências deixadas na fauna silvestre pela atuação do tráfico, atuando diretamente nos hábitos culturais da população brasileira de manter animais silvestres como domésticos; Promover, em parcerias com as instituições de ensino, campanhas e fórum, como este, para a população em geral e a comunidade científica, como meios de esclarecimento e reciclagem das discussões sobre este assunto. 039305216 A CRIANÇA E A MATA ATLÂNTICA Sheila Renata Alves de Lima, Valdelira Portela, Dilosa Barbosa, Marlene Barbosa. Realizou-se um diagnóstico com alunos de 4ª série de ensino fundamental, com a finalidade de avaliar a vivência das crianças em relação a Mata Atlântica. Para a seleção das escolas, foram realizadas visitas ao bairro da Várzea, Recife-PE, resultando na seleção da Escola Municipal Henfil (20 alunos) e do Colégio Poliedro (particular/36 alunos), por se mostrarem receptivos às atividades do trabalho. Foi aplicado, nas aulas de Ciências, em dias distintos, um questionário, contendo seis questões de sondagem sobre a Mata Atlântica, tendo as professoras das crianças também participado da elaboração, bem como da adequação de linguagem à escolaridade trabalhada. Os resultados evidenciam que 95% dos alunos da Escola Henfil e 81,5% do Colégio Poliedro, conhecem o ecossistema; 60% da Henfil e 50% do Poliedro deram como exemplo de uma mata perto da sua casa ou da escola, a Mata Brennand e apenas 10% da Henfil e 2,7% do Poliedro se referiram ao nome específico de Mata Atlântica. Sobre as plantas da mata, as mais conhecidas foram as frutíferas cultivadas com 35% das respostas da escola Henfil e 33,3% do Colégio Poliedro e referindo-se as nativas, com 20% e 22,2% das respostas, respectivamente. Apareceram também as plantas medicinais e ornamentais. Dos consultados, 70% (Henfil) e 50% (Poliedro) disseram que a aplicação das plantas estava relacionada à produção de remédios, seguida da alimentação e purificação do ar. Com relação à conservação das matas, houve predomínio da manutenção desta, utilizando expressões variadas. A maioria dos alunos da Henfil afirmou ser a alimentação a principal justificativa para se evitar a destruição das matas, já os do Poliedro colocaram que “ficariam sem ar”, causando a morte das pessoas; 16,6% dos alunos alertaram para o importante papel dos vegetais quanto ao fornecimento de oxigênio e 83,4% enfatizaram a utilização das plantas como fonte de remédios e mobília. Conclui-se que as crianças consultadas têm conhecimento sobre a Mata Atlântica e algumas de suas espécies nativas, demonstrando noções importantes de conservação. Os alunos da rede particular responderam as perguntas com maior riqueza de informes, evidenciando talvez, maior vivência da mata, externando com mais fluência as questões indagadas e também de plantas nativas e cultivadas. MEIO-AMBIENTE 043705552 RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA DE INTRODUÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM TRABALHOS DE PESQUISA DE CAMPO. Luzinalva M. R. Mascarenhas Leite; Francisco Machado Gouveia Lins Neto; Ricarda Toscano de Mello; Iran de Souza Lima Júnior UFRPE Pouca importância tem sido dada em geral, pelos pesquisadores em Biologia pelas informações obtidas através da comunidade da área a ser estudada. O presente trabalho relata a interação pesquisador comunidade nos trabalhos científicos. A rica fauna terrestre do Estado de Pernambuco e o baixo poder aquisitivo da população que habita a Zona da Mata, agreste e Sertão pernambucanos são um incentivo à caça, não somente para subsistência , mais ainda para comércio e uso em crendices populares. A educação ambiental representa hoje uma das alternativas mais viáveis para se alcançar a interação com as comunidades rurais, uma vez que a alteração do ambiente pelo homem acelera o desaparecimento das espécies, inviabilizando, outrossim, o próprio desenvolvimento de atividades de pesquisa científica. As observações aqui relatadas foram feitas em excursões de pesquisa Zoológica ao interior do estado de Pernambuco, entre 1997 e 2001. O entendimento entre as comunidades visitadas e o pesquisador foi feito através de questionamentos diretos, abordando desde dados individuais do entrevistado até o uso de objetos cotidianos na caça, pesca e atividades oriundas de crendices populares. Os depoimentos forma fichados para avaliação posterior. Após cinco anos de trabalho verificou - se que a atuação paralela dos pesquisadores em atividades de educação ambiental resultou numa postura mais consciente das comunidades rurais em relação à preservação das espécies, com a formação de "brigadas ecológicas", diminuição da caça e da soltura e de criações em áreas de reserva. A interação pesquisador - comunidade, indicou neste caso a necessidade de se fazer algumas correções no rumo das atividades de pesquisa, previamente determinadas, o que concluímos ser aplicável à maioria dos projetos da pesquisa de campo biológico. 043705681 AÇÕES DO LABORATÓRIO DE MAMÍFEROS DA UFRPE NA COMUNIDADE INDÍGENA DOS KAMBIWÁ NA RESERVA BIOLÓGICA DE SERRA NEGRA - INAJÁ /PE. Luzinalva M.R. Mascarenhas Leite; Francisco Machado Gouveia Lins Neto; Ricarda Toscano de Mello; Iran de Souza Lima Júnior. UFRPE A educação ambiental é uma alternativa encontrada pelo grupo de estudos com mamíferos da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) para minimizar os correntes problemas ambientais das áreas abrangentes de estudo com a mastofauna do estado de Pernambuco. O presente estudo é parte integrante do projeto Serra Negra que desenvolve trabalho junto à comunidade indígena Kambiwá na Rebio de Serra Negra, localizada no município de Inajá, com o objetivo de sensibilizar as crianças e adultos quanto à ecologia e a importância da fauna, em especial a mastofauna, visando, assim, contribuir para a preservação do ecossistema em estudo. O projeto Serra Negra foi implantado na Rebio Serra Negra no ano de 1996 para levantar os vertebrados e conscientizar a população da importância destes. A eficácia da aplicação de estratégias que impactam o aprendiz, foi demonstrado nos vários segmentos abordados em busca da conservação das espécies e melhoria da qualidade de vida da comunidade indígena Kambiwá. Os documentários de campo, armação e manutenção da brigada ecológica, trabalhos diretos com caçadores,ação direta com as crianças, adolescentes e adultas, além da divulgação, foram às diretrizes usadas.A cada semestre a comunidade indígena recebe a visita, no período de uma semana, de graduandos em Bacharelado em Ciências Biológicas da UFRPE orientados na mesma estratégia do estudo anterior. O resultado mostra que enquanto o conhecimento é gradativamente esquecido, o lado afetivo havia permanecido e a comunidade perpetua na percepção da importância da Rebio para o seu povo. 044405259 ZONEAMENTO DA AGROINDÚSTRIA ALIMENTAR DO MUNICIPIO DE AREIA-PB. Merlin de Souza Ribeiro ([email protected]), Marcia Roseane ([email protected]), Ione Alves Diniz ([email protected]) Targino de Oliveira UFPB Considerando a necessidade de implementação e incentivo das atividades econômicas sustentáveis, para o desenvolvimento do meio rural como também das áreas urbanas dependentes da agropecuária, foi realizado levantamento preliminar sobre as condições da agroindústria alimentar do município de Areia-PB, avaliando-se a capacidade de suporte destas atividades como fator de melhoria sócio-econômica da população desse município. A pesquisa foi conduzida entre setembro de 2001 e setembro de 2002 em três etapas: 1- Levantamento das agroindústrias alimentares do município de Areia; 2- Entrevista com aplicação de questionário aos empresários; 3- Ciclo de palestras e mini-cursos sobre as características das agroindústrias pesquisadas, controle de qualidade na indústria alimentar com ênfase às boas práticas de MEIO-AMBIENTE fabricação; processamento de derivados de leite e processamento de frutas e hortaliças respectivamente. Foram avaliadas 25 unidades agroindustriais na zona urbana e 27 unidades agroindustriais na zona rural, estas unidades se encontravam em pleno funcionamento e com sua produção direcionada para a comercialização. Na zona rural foram identificados 20 engenhos de cachaça e rapadura e 7 casas de farinha de mandioca, na zona urbana destacaram-se as confeiteiras e doceiras caseiras e artesanais num total de 16 unidades. A agroindústria alimentar oferece 316 empregos correspondendo este número a 1,05% da população, o setor rural ficando responsável por empregar 9,44 pessoas por unidade, em média, o setor urbano responsável por empregar 1,85 pessoas por unidade em média e as panificadoras 8 pessoas em média. Quanto a comercialização dos produtos a zona rural exporta basicamente a sua produção para outros municípios e estados enquanto o setor urbano comercializa sua produção localmente, por encomendas ou venda direta através de lojas especializadas. Em relação a registros legais encontrou-se 8 unidades devidamente legalizadas na zona rural e 12 na zona urbana. Em relação à capacitação de mão de obra revelou-se um percentual de treinamentos maior na zona rural (41,7%), na zona urbana (36%), devido provavelmente aos programas de revitalização dos engenhos para a produção de cachaça de qualidade. Ficou claro o potencial do município para o desenvolvimento da agroindústria por ser essencialmente agrícola, gerador de matérias-primas para a agroindústria local. 044905261 EDUCAÇÃO ALIMENTAR:RESGATE E DESENVOLVIMENTO DO MUNDO RURAL Marcia Targino de Oliveira, Emanoel Dias da Silva, Auxiliadora Justino Sertão, Ione Alves Diniz UFPB Já está provado que as boas condições de vida da população relaciona-se com alimentação adequada e sadia que garantem o bom desenvolvimento do ser humano.Segundo SCHILLNG (1998) “para conquistarmos o bem-estar físico, mental e emocional, devemos conhecer e praticar os fundamentos da higiene e da nutrição”.Visando a melhoria dos padrões de vida da população do campo, informações educativas sobre alimentos e alimentação foram repassadas para as comunidades rurais procurando com isso também, valorizar o setor produtivo local e regional, enfatizando a produção agroalimentar como principal fonte geradora da renda familiar. Esse projeto foi desenvolvido nas comunidades rurais próximas a Barragem de Vaca Brava, no município de Areia-PB, congregando um grupo de pequenos agricultores que entam sobreviver das suas unidades produtivas ainda muito precárias. Foram planejadas e ministradas palestras, onde o primeiro público constitui-se das crianças que freqüentavam as unidades escolares da região, atingindo posteriormente, através delas, seus pais. Participaram também funcionários da escola. Os seguintes assuntos foram abordados: origem e valores da alimentação; produção e transformação de alimentos; alimentação e saúde; importância do meio rural. A exploração dos conteúdos nas citadas palestras se deu através de exposições orais utilizando recursos auxiliares como cartazes, músicas, dinâmicas de grupo e relatos do público presente.Foi realizada entrevista, previamente planejada, com os pais dos alunos no intuito de descobrir vocações para atividades de processamento e transformação de alimentos. Para cada conteúdo apresentado foi registrada a participação intensa do público infantil expressando os seus conhecimentos intrínsecos sobre alimentos, oriundos das suas origens e atividades diárias. Associavam com facilidade às suas vivencias. Deixaram claro o orgulho que sentiam por serem produtores rurais e sempre que possível, enalteciam as características dos alimentos produzidos pela família, principalmente quanto ao sabor, tamanho e formato dos mesmos. A partir das entrevistas realizadas, constatou-se uma aceitação total para treinamentos sobre processamento de alimentos e aptidão agrícola da região para raízes, tubérculos e frutas, o que indicou a possibilidade do uso desses vegetais como matéria-prima para processamento caseiro e artesanal, trazendo opções de renda para a unidade familiar. As crianças em fase escolar apresentaram-se comunicativas e bastante receptivas às novas informações, assim como, a comunidade rural pesquisada, mostrou-se interassada em investir nas atividades de processamento de alimentos, prevalecendo para a região a elaboração de derivados de mandioca, banana e jaca. 045805942 ESTUDO DO REJEITO DO DESSALINIZADOR PARA O CULTIVO DE TILÁPIA NA COMUNIDADE DO LIVRAMENTO –CE Cássia Rosane Silveira Pinto; Helena Cavalcante Gurgel A região do Nordeste se defronta com o problema do alto teor de sais de águas subterrâneas encontradas em grande parte dos poços. Muitas vezes a água que é obtida apresenta um alto nível de salinidade tornado-a imprópria para quase todos os usos. Como solução pra esse problema, tem sido utilizado dessalinizadores de águas salobras, através do processo de osmose reversa, converte esse tipo de água em água potável, retendo o excesso de sais. No ceará já foram instalados mais de 150 dessalinizadores. Os rejeitos do processo de dessalinização contém elevados teores de sais quando lançados no solo podendo causar sérios problemas ambientais. Na busca de encontrar solução para esse problema, o presente trabalho que é parte de uma pesquisa em andamento tem como objetivo estudar a criação de tilápia rosa (Oreochromis sp) em tanques cheios de rejeitos salinos, observando o desenvolvimento dos mesmos nesses ambientes, passando assim a construir mais uma fonte de alimento e de renda para a comunidade do Livramento -CE, onde contam com 20 famílias que sofrem com a problemática da seca e a escassez de água. MEIO-AMBIENTE MEIO-AMBIENTE 046105600 ADAPTAÇÃO DE TECNOLOGIAS ALTERNATIVAS VISANDO MUDANÇA DE CULTIVOS CONVENCIONAIS PARA CULTIVOS ORGÂNICOS JUNTO A PRODUTORES DE ERVA-DOCE José Bruno Malaquias; Arthur Plínio Gesteira Paixão; Gilmara Clara dos Santos Souza; José Ribeiro Moraes Filho; Maria José Araújo Wanderley e Paulo Alves Wanderley ([email protected]) UFPB A cultura do erva-doce é uma das principais fontes de renda de agricultores do Curimataú paraibano, especialmente nos municípios de Esperança e Remígio. Realizou-se um trabalho de assistência técnica a agricultores assistidos por extensionistas da UFPB e da ASPTA (Assessoria a Projetos Técnicos em Agricultura Alternativa) - Esperança/PB com o objetivo de se conseguir mudança de decisões relativas ao controle de pragas utilizando-se de métodos alternativos e não agressivos ao ambiente e à saúde humana. Recomendou-se a utilização do uso de extratos vegetais de plantas inseticidas e a conservação de inimigos naturais da principal praga da lavoura, o pulgão Hyadaphis foeniculum. Até então a grande maioria dos produtores utilizava controle químico, eliminando inimigos naturais e trazendo riscos à saúde dos consumidores. Levantamentos realizados em 10 situações de campo mostraram que após 2 meses de floração, época de ataque do pulgão, agricultores que usaram controle químico tinham uma intensidade de infestação de 42,1 pulgões por inflorescências, enquanto que agricultores que passaram a usar as técnicas alternativas tinham uma intensidade de ataque de 22,0 pulgões por inflorescência atacada. Além disso, o custo das técnicas alternativas são bem menores sem levar em conta os benefícios à saúde dos consumidores e produtores envolvidos no processo de produção, comercialização e consumo do erva-doce. Conclui-se portanto que a adoção dessas técnicas alternativas precisam ser apoiadas e ampliadas para que se tenham benefícios cada vez maiores para os produtores e consumidores de erva-doce. 046205478 CONSCIENTIZAÇÃO DE AGRICULTORES E AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DO POTENCIAL DE INIMIGOS NATURAIS DE PRAGAS E EM PEQUENAS ÁREAS PRODUTORAS DE ERVA-DOCE Sebastião P. dos Santos; Iran P. dos Santos Júnior; José R. Moraes Filho; Maria J. A. Wanderley UFPB O reconhecimento de inimigos naturais em um agroecossistema é de extrema importância, pois contribui para a redução ou exclusão do emprego de inseticidas químicos. Visitaram-se 20 agricultores de áreas produtoras de erva-doce, na região Curimataú da Paraíba, incluindo os municípios de Remígio e Esperança. Na ocasião, foram apresentados, aos agricultores, inimigos naturais da cultura em questão, joaninha, bicho lixeiro tesourinha e sirfídeo presos em recipientes de vidro e fotografias. Dos 4 inimigos naturais mostrados, joaninha foi reconhecida por todos os agricultores, sendo que 17 dos 20 agricultores a consideraram como inseto prejudicial à cultura, inclusive utilizando Parathion Metílico para o seu controle. Dois agricultores tinham dúvida quanto à nocividade da joaninha, e apenas um considerou o dano da mesma como “regular”. O bicho lixeiro foi reconhecido por apenas 2 agricultores, enquanto que apenas uma pessoa reconheceu a tesourinha, mesmo assim os consideraram como prejudicial, mas não chegando a controlá-los. O sirfídeo foi reconhecido por um agricultor que o considerou maléfico a ponto de controlá-lo com produtos químicos. Após a entrevista orientações com relação ao papel dos inimigos naturais na cultura, foram dadas aos agricultores. Alguns se surpreenderam ao ouvirem que um inseto é benéfico, enquanto que outros claramente desconsideraram a existência de inimigos naturais. Diante de tal resultado, conclui-se que o planejamento e desenvolvimento de novos programas de extensão são notadamente oportunos com a finalidade de conscientizar os agricultores da importância desses insetos. 046805468 A IMPORTÂNCIA DO RIO CAMARATUBA PARA O DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO DO MUNICÍPIO DE MATARACA. Luciana Ferreira de Moura Ramos; Ana Valéria Endres; Zulmira Nóbrega. UFPB Um dos maiores exploradores e destruidores do meio ambiente é o turismo quando feito sem base sustentável. Entende-se por desenvolvimento sustentável do turismo o uso racional e equilibrado do meio ambiente sem comprometê-lo para as futuras gerações.O Turismo tem várias segmentações mas, especificamente, no município de Mataraca, o ecoturismo é a segmentação que se destaca devido a região possuir uma paisagem natural adequada para a prática desta atividade.Este trabalho tem como objetivo determinar a possibilidade de implantação do ecoturismo no Rio Camaratuba, no município de Mataraca, já que este está sendo utilizado pela população local e por empresários sem sustentabilidade. Como também, observar até que ponto esse rio é importante para o desenvolvimento turístico da região juntamente com a participação da população neste processo.A metodologia do trabalho tem apoio em pesquisas de campo, entrevistas, oficinas voltadas para MEIO-AMBIENTE a conscientização ambiental da população local e leituras referentes ao tema em questão. O trabalho já foi iniciado e já passou por duas etapas: reconhecimento da área e entrevistas com a população local incluindo os proprietários de estabelecimentos voltados para o turismo. 047105284 O JARDIM BOTÂNICO VAI ÀS ESCOLAS E AS ESCOLAS VÃO AO JARDIM BOTÂNICO Gianni Rodrigues Camarão, Alan Silva Barbosa e Rafael Torquemada Guerra UFPB A inserção no ensino fundamental de temas transversais como o Meio Ambiente, requer muita disposição e vontade de arregaçar as mangas para trabalhar na maior parte das vezes sem nenhum tipo de auxílio por parte das escolas. Contudo, sua realização é imprescindível.No contexto da prática pedagógica e curricular, o trabalho de Educação Ambiental deve ser desenvolvido a fim de ajudar os alunos a construírem uma consciência global das questões relativas ao meio para que possam assumir posições afinadas com os valores referentes à sua proteção e melhoria. Para isso é importante que possam atribuir significado àquilo que aprendem sobre as questões ambientais. A perspectiva ambiental oferece instrumentos para que o aluno possa compreender os problemas que afetam a sua vida, a de sua comunidade, a de seu país e a do planeta.As áreas verdes urbanas se prestam de maneira exemplar para esta prática, pois, ao mesmo tempo que colocam o aluno em contato com a “natureza”, nos permitem sensibilizá-lo para sua conservação.Em João Pessoa temos dois bons espaços para fazermos essa prática, o Parque Arruda Câmara, conhecido como Bica e a Mata do Buraquinho, atual Jardim Botânico Benjamim Maranhão.Feito o levantamento das escolas públicas dos bairros Cristo Redentor, Rangel, Jaguaribe, Torre, Bancários, Anatólia e José Américo, que circundam o Jardim Botânico Benjamim Maranhão, nos deslocamos até elas para apresentar o projeto e de acordo com a aceitação das mesmas, agendamos uma visita à escola para apresentarmos uma peça de teatro de fantoches direcionada à crianças de 1° à 4° série do ensino fundamental, voltada à divulgação e à preservação do Jardim Botânico Benjamim Maranhão. As crianças interagem com os bonecos da peça, mostrando interesse em descobrir o espaço ecológico apresentado. Após essa descoberta elas são convidadas a irem ao Jardim Botânico Benjamim Maranhão para vivenciar o contexto da peça. Após a visita ao Jardim Botânico Benjamim Maranhão, as crianças começam a ver o que antes lhes passava despercebido, despertando o seu interesse em preservar a natureza. Hoje, podemos ver que as crianças que passaram por essa experiência, estão mais preocupadas e sensibilizadas em manter o Jardim Botânico Benjamim Maranhão livre de poluição e da devastação. 048605289 PROJETO AGINDO NO FUTURO Lucenildo Martins de Oliveira; Zulmira Nóbrega UFPB O homem vem utilizando cada vez mais os recursos naturais em prol de uma sobrevivência mais longa e com mais qualidade, tendo conseguido evoluir e se destacar entre os animais por poder pensar, desenvolver técnicas e herdar conhecimento.O resultado desse tipo de desenvolvimento? florestas destruídas, animais extintos, poluição, diminuição da camada de ozônio, ilhas de calor, esgotamento dos recursos naturais e vários outros problemas.Em Mataraca, litoral paraibano, não é diferente: há problemas com derramamento de produtos químicos no rio e destruição do mangue entre outros. Trabalhando no projeto "Planejamento Participativo e Comunicação", despertamos para aprofundar o problema da degradação do Meio Ambiente na localidade. Agindo no futuro é um trabalho de Educação Ambiental, já que a questão demonstra ser um meio importante para o desenvolvimento da região, constituindo-se num instrumento para melhor aproveitamento dos recursos naturais contribuindo para que a comunidade compreenda o caráter complexo do problema, promovendo a consciência pública e a preservação do Meio Ambiente.A metodologia se resume a ministrar aulas, debates, oficinas e gincanas com material apropriado para o público(pessoas entre 7 e 17 anos), paralelamente com o projeto com o qual este está vinculado, desenvolvendo temas como "Participação" e "Turismo", durando quatro meses e atingindo várias famílias. 048705286 LABORATÓRIO DE ANÁLISE AMBIENTAL COMO ATIVIDADE DE EXTENSÃO: A EXPERIÊNCIA DO CEA-UNESP Gonçalves, F.A.M. ([email protected]); Malagutti, E.N ([email protected]); Gobbi, N. UNESP INTRODUÇÃO: A preocupação com a qualidade de vida e a preservação do meio ambiente natural vem crescendo na maioria dos países, resultando na criação de normas específicas para a destinação e processamento adequado de resíduos industriais e domésticos. Como conseqüência, análises químicas e microbiológicas tornaram-se elementos-chave para o diagnóstico e monitoramento dos níveis de contaminação ambiental.OBJETIVOS: atender a demanda da sociedade e aumentar a participação da universidade nas áreas de diagnóstico e monitoramento ambientais estimular o desenvolvimento e padronização de técnicas analíticas a partir dessa demanda reforçar em nossa unidade a interação entre MEIO-AMBIENTE ensino, pesquisa e extensão na área de meio ambiente.METODOLOGIA: Desde janeiro de 2001 os laboratórios do CEAUNESP vêm atendendo solicitações de análise de amostras de água e de efluentes de diferentes origens. Atualmente são determinados 39 parâmetros, tanto microbiológicos (coliformes totais, E. coli e bactérias heterotróficas) quanto químicos (p.ex.: cloro livre e total, DBO, DQO, ferro, fluoreto, fósforo, nitrato, nitrito, nitrogênio total, oxigênio dissolvido, sulfatos). Os procedimentos analíticos (reações enzimáticas, técnicas de titulometria, espectrofotometria UV/visível, gravimetria e potenciometria, entre outras) são realizados por Química e Biomédica seguindo metodologia preconizada internacionalmente. RESULTADOS: Foram analisadas aproximadamente 238 amostras de água, visando consumo humano (análises de potabilidade) ou monitoramento ambiental, além de diferentes tipos de efluentes industriais, provenientes de várias regiões do Estado de São Paulo. Os resultados obtidos revelaram que boa parte das fontes alternativas (poços e nascentes) utilizadas pela população apresenta água imprópria para consumo humano de acordo com os limites exigidos pela legislação (Portaria n. 1469 de 29/12/2000 – Ministério da Saúde). As amostras de efluentes provieram principalmente de pequenas empresas as quais, sob fiscalização da CETESB, precisam adequar a composição de seus resíduos às normas do CONAMA. CONCLUSÕES: Com base nos resultados obtidos podemos concluir que a universidade possui um papel importante a desempenhar no atendimento da demanda da sociedade por laboratórios de referência para o diagnóstico e monitoramento ambiental, em cumprimento às crescentes exigências dos órgãos governamentais na preservação da saúde pública. No ambiente acadêmico estas atividades de extensão favorecem a capacitação técnica e a educação continuada através de sua interação com o ensino e a pesquisa. 048801334 PROJETO ACQUA INTERAÇÕES PESQUISA-EXTENSÃO NO LABORATÓRIO HORTO-VIVEIRO (LAHVI/UFF), COMO BASE PARA EDUCAÇÃO AMBIENTAL. Lana de Oliveira Carmona, Daniel Cabral Teixeira, Janie Garcia da Silva, Beatriz da Costa Figueiredo, Jamile Chaiban El-Kareh UFF A educação ambiental é um componente fundamental para ressaltar a importância do Meio Ambiente e para fortalecer nossa consciência ecológica, já que para sobreviver num mundo onde o homem modifica e usufrui incessantemente dos recursos naturais, é preciso reconhecer o valor da natureza, nossa responsabilidade no papel da preservação, interando e integrando as pessoas com o meio ambiente.Nesse sentido, o LAHVI vem desenvolvendo um trabalho junto a comunidade, realizando eventos de educação ambiental nas Semanas do Meio Ambiente e da Primavera, palestras, trilhas ecológicas e plantio de mudas nativas da Mata Atlântica no Campus da Praia Vermelha/UFF - Niterói/RJ, atuando em parceria com a 2ª Brigada de Infantaria Motorizada - Exército Brasileiro. 049505342 PROJETO COSTÃO – DIVULGAÇÃO DA PESQUISA CIENTÍFICA COMO BASE PARA UM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL Mônica D. C. da Silva, Robson S. Ribeiro, Eduardo F. Cypriano, Flávia B. B. Azevedo, Giuliano G. Carloni, Pedro S. Cortez UERJ A Exposição Marinha Itinerante – Projeto Costão, desenvolvido pela equipe do GEPEB – Grupo de Estudos e Pesquisas em Ecologia Bêntica, do Depto de Oceanografia – UERJ, e patrocinado pela TRANSPETRO, foi montada com o objetivo de promover a conscientização da preservação ambiental, divulgando os dados adquiridos na pesquisa científica através de práticas de educação ambiental, tornando pública a preocupação da PETROBRAS com o meio ambiente e estreitando os laços entre a comunidade e a empresa.São realizadas exposições em diversas instituições, com aulas práticas sobre o meio marinho e discussões sobre a importância de se preservar o meio ambiente. Também são realizadas visitas guiadas ao Terminal de Angra dos Reis e ao Terminal da Ilha D’Água (Ilha do Governador). Além disso, são oferecidas aulas práticas, onde os alunos são levados à Praia de Itaipu, município de Niterói – RJ, praia calma e de fácil acesso, tendo contato direto com os organismos em seu próprio habitat e aprendendo a praticar a preservação ambiental. O projeto também atua junto a pescadores da região de Angra dos Reis e adjacências.O sucesso do Projeto Costão, atestado através das cartas enviadas pelas entidades organizacionais visitadas e pelos resultados dos questionários, mostra que o Projeto acrescenta informações à grade curricular dos estudantes, uma vez que os assuntos abordados são de grande valia e estimulam as instituições visitadas a realizarem várias outras atividades educacionais posteriores, como feiras de ciências, mostras ecológicas e projetos de pesquisa, e visto que o material didático oferecido é utilizado para o desenvolvimento de diversas avaliações. O trabalho com os pescadores mostrou até agora que os maiores problemas enfrentados pela classe são: a concorrência com grandes embarcações de outras regiões, mais modernas e bem equipadas; a poluição por lixo e por substâncias químicas; e o aumento da poluição por esgotos com o crescimento desordenado da população. MEIO-AMBIENTE 054805333 ANÁLISE DA GERAÇÃO E DESTINAÇÃO DO LIXO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Rodrigo Cavalcanti da Purificação; Valdylene Tavares Pessoa; Tadeu Morais Cruz; Pedro Augusto M. de Castro Melo; Priscila Caroline Matias UFPE Desenvolvimento Sustentável significa atender as necessidades da geração atual sem comprometer o direito das futuras gerações atenderem as suas próprias necessidades. É pensando nesta frase que as sociedades atuais estão desenvolvendo técnicas e tecnologias que minimizem o desperdício de matérias-primas e o volume de resíduos. A Universidade Federal de Pernambuco desenvolve pesquisas em vários campos das ciências buscando melhorias para proteger o meio ambiente. No entanto não se sabe ao certo se o conceito de desenvolvimento sustentável atinge de forma completa o Campus Universitário. A intenção desta pesquisa era saber se a destinação dos resíduos sólidos do Campus atingia o que se espera numa visão sustentável da sociedade. Para tanto, fez-se uso de um formulário aplicado sobre responsáveis da Prefeitura da Cidade Universitária e Hospital das Clínicas (anexo ao Campus Universitário). O resultado indicou que parecia não haver preocupação com o gerenciamento de resíduos por parte da prefeitura, além da disposição no Aterro da Muribeca. No entanto, mostrou a existência de diversas iniciativas pontuais dentro do próprio Campus para disposição correta ou reutilização dos mesmos, além de indicar também um sistema de gerenciamento de resíduos bem planejado no Hospital das Clínicas. A partir de então, sabe-se que é necessário, mais do que nunca, a união dos centros para implantação de um sistema de Gestão de Resíduos, fazendo com que a Universidade Federal de Pernambuco ponha em prática o conceito de Desenvolvimento Sustentável. 055405335 OCORRÊNCIA DE PRÁTICAS DE PESCA SUSTENTÁVEL NA COMUNIDADE PESQUEIRA DA PRAIA DE PONTAS DE PEDRA, GOIANA, PE, BRASIL. Barbosa, A.; Melo, A. A.; Lins, E.; Siqueira, C.; Madureira, I. V. P.; Araújo, R. J. V. UFPE A praia de Pontas de Pedra, município de Goiana, estado de Pernambuco, Brasil, é uma área em que a comunidade utiliza a pesca artesanal como uma de suas principais atividades econômicas. Baseado nisso, o presente trabalho objetivou detectar a presença de ações ecologicamente sustentáveis desenvolvidas por essa comunidade pesqueira. Para avaliar esta questão, durante os meses de agosto e setembro de 2002, entrevistas foram realizadas, enfocando aspectos como: reprodução, tamanho mínimo do pescado, produção de lixo e artefatos de pesca utilizados. Constatou-se que a grande maioria dos entrevistados não praticava, segundo a análise dos dados, sustentabilidade ecológica, principalmente quando envolviam as questões de reprodução e tamanho do pescado. Desta forma, percebe-se uma iminente necessidade de ações educacionais que estimulem a prática de atividades regulares de extensão, garantindo assim, a disponibilidade futura dos recursos pesqueiros da região, tendo em vista a escassa contribuição da Universidade Federal de Pernambuco como pólo gerador e difusor de conhecimento na comunidade em questão. 056805350 COLETA SELETIVA: ESTUDO DO IMPACTO ENTRE O CORPO DOCENTE DA UEFS Maria de Fátima Nunes Maia, Cristiane Chaves de Souza, Daniela Karine Regis Amaral, Fabiana Costa Coqueiro UEFS A Educação Ambiental é um processo no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do meio ambiente e adquirem conhecimento, valores, experiências que os tornam aptos a buscarem, individualmente ou coletivamente, a resolução dos problemas. Este trabalho foi realizado com o objetivo de saber qual o impacto gerado pelo processo de coleta seletiva no cotidiano do corpo docente da Universidade Estadual de Feira de Santana , utilizando-se uma série de 61 entrevistas, as quais testavam o grau de conhecimento e de interesse dos docentes sobre o processo de coleta seletiva dentro do campus, buscando entender se essa colaboração era negada por falta de conhecimento ,interesse ou oportunidade. Estas foram realizadas com 38 professores e 23 professoras, residentes em Salvador, Feira de Santana e cidades próximas, gerando dados que foram posteriormente espelhados em gráficos. Foram elaboradas dois tipos de entrevistas, sendo que em uma delas foram obtidos dados estatísticos, enquanto na outra, entregue a uma minoria, foram solicitadas respostas dissertativas. Apesar de ser composto por uma variedade de pessoas e idéias , o corpo docente da Universidade Estadual de Feira de Santana se mostrou preocupado com o meio ambiente apresentando um conhecimento relativamente bom sobre o processo, porém na prática a coleta seletiva é deficiente. Mesmo se tratando de pessoas com alto grau de escolaridade, graduados, mestres e doutores, estes se mostraram incapazes de parar e observar o que se passa no próprio meio que freqüentam diariamente, deixando claro que o processo de coleta seletiva não causa o impacto positivo esperado. MEIO-AMBIENTE MEIO-AMBIENTE 057505354 MASTOFAUNA BRASILEIRA E EXÓTICA: CONHECIMENTO E INTERESSE DOS VISITANTES DO HORTO DE DOIS IRMÃOS, RECIFE – PE Patrícia Farias Rosas Ribeiro, Ana Gabriela Delgado Bieber, Paulo Milet Pinheiro, Fabiana Minhaqui Santos Guerra de Morais, Maria da Paz Souza Monteiro, Simão Vasconcelos UFPE Jardins zoológicos são reconhecidos, principalmente, como fonte de entretenimento e contato com a natureza nas grandes cidades. Além disso, são instrumentos de educação ambiental e conservação ex-situ, ressaltando-se aí seu papel no conhecimento e conseqüente preservação da fauna nativa. O presente trabalho foi realizado no Horto de Dois Irmãos, Recife, PE, onde são realizadas pesquisas de extensão universitária. O estudo pretende verificar o conhecimento e interesse dos visitantes em relação à mastofauna nativa e exótica. Acredita-se que os visitantes demonstram maior conhecimento em relação aos mamíferos exóticos, apesar do número de mamíferos nativos expostos no zoológico ser maior. Foram entrevistadas 120 crianças e adolescentes de idade entre 8 e 15 anos após terem visitado todo o zoológico. A entrevista consistiu em apresentar fotos, perguntando o nome, o hábito alimentar e a origem (se ocorre no Brasil ou não) de cinco animais nativos e cinco exóticos. Para analisar a preferência em relação a nativos ou exóticos, perguntou-se qual animal do zoológico os entrevistados preferiram. Em relação ao nome do animal, 57% das respostas para animais exóticos foram consideradas corretas, enquanto para os nativos foram 50%. Quanto à origem do animal, o índice de acerto para animais exóticos foi de 26% contra 51% dos nativos. Por fim, quanto ao hábito alimentar, encontrou-se 54% de acertos para exóticos e 35% para nativos. A preferência foi significativamente maior para animais exóticos, sendo os dois animais mais citados leão e tigre. Embora não exista uma diferença marcante entre os acertos para nomes de animais exóticos e nativos, observou-se que, quanto às respostas relativas à origem do animal, a diferença foi significativa. Isso se deve a uma tendência a acreditar que todos os animais existem no Brasil, e não a um conhecimento maior da fauna nativa. Os visitantes parecem demonstrar um maior conhecimento do hábito alimentar da fauna exótica, corroborando a hipótese levantada. É importante o papel da Universidade junto aos zoológicos, para que estes funcionem não apenas como locais de exposição de animais, mas como centros de informação. Ressalta-se então, que um maior conhecimento de animais nativos levaria a uma maior preservação dos mesmos. 059605365 A EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO BASE PARA A MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA: UMA EXPERIÊNCIA COM A COMUNIADE E ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL Érica Fernandes dos Santos¹; ([email protected]) Maria Elizabete P. dos Santos²([email protected]); UFRPE 1.OBJETIVOS. O presente trabalho teve como objetivo melhorar a qualidade de vida de mulheres catadoras de materiais recicláveis e crianças do ensino fundamental da comunidade do Bode. Visamos instruí-los a respeito de noções básicas de higiene pessoal, alimentar e ambiental, bem como orienta-los quanto aos riscos e cuidados que devem ter quando da coleta de materiais recicláveis no ambiente, possibilitando conscientizá-los para a importância de uma vida saudável, seguindo noções básicas de educação sanitária. 2.METODOLOGIA As atividades foram desenvolvidas através de palestras ministradas a sujeitos pertencentes à comunidade do Bode, localizada no bairro do Pina/Recife-PE. As palestras foram ministradas durante o período de julho a agosto de 2002, na Escola Municipal Novo Pina. Com a participação de 12 mulheres catadoras de materiais recicláveis e 134 alunos da 3a série do ensino fundamental, ambos residentes e/ou vinculados à comunidade do Bode (Pina), dada à diferença de faixa etária e suas respectivas realidades, foram formados dois grupos. Com as mulheres foram utilizadas transparências, fitas de vídeo, bem como panfletos explicativos. Com os alunos transparências, fitas de vídeo, quadro e álbum seriado. As palestras foram constituídas em três módulos dentro da Educação Sanitária: Higiene Pessoal, Higiene Alimentar e Higiene Ambiental, que se articularam entre si, objetivando a participação dos presentes, através do relato do seu cotidiano. Assim, consideramos os conhecimentos prévios das mulheres catadoras e das crianças da escola. Para isto, as atividades foram desenvolvidas em grupos, favorecendo a interação participante/participante e participante/palestrante, com o objetivo de facilitar o processo de ensino-aprendizagem. O ritmo de aprendizagem, a capacidade de interpretação e as condições culturais dos participantes foram respeitadas. 3. RESULTADOS. As nossas expectativas foram correspondidas e superadas. Em ambos os grupos apresentaram conhecimento e desenvoltura quando abordados com relação ao conteúdo ministrado. Demonstrando que a prática estava sendo efetuada não de uma forma satisfatória e agora com o conhecimento científico e as devidas orientações, e principalmente porque as suas dúvidas foram esclarecidas o que lhes deu um novo sentindo quanto à manutenção de sua saúde e de uma vida mais saudável. ¹Aluna do curso de LA/UFRPE; ²Professor – DE/UFRPE MEIO-AMBIENTE 060105369 EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA EXPERIÊNCIA REALIZADA COM ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM BARRA DE SIRINHAÉM-PE COM ENFOQUE AO MEIO AMBIENTE E Zorayde Lourenço ([email protected]) de Oliveira1; Jorge Roberto Tavares2 ([email protected]) ; UFRPE 1. OBJETIVOS Este estudo teve como objetivo sensibilizar alunos da Escola Estadual Barra de Sirinhaém e da Escola Municipal Leonel Nilo da Silva, quanto à ecologia e à importância do meio ambiente, visando, assim, contribuir para preservação do mesmo. 2. METODOLOGIA As atividades desenvolvidas em junho de 2002, dentro da Semana do Meio Ambiente, promovido pela Coordenação do curso de Licenciatura em Ciências Agrícolas – UFRPE, com a participação de 200 alunos e 12 professores das escolas: Municipal Leonel Nilo da Silva e Estadual Barra de Sirinhaém. As informações foram passadas de maneira detalhada, porém com linguagem de fácil entendimento. Aos alunos também foram apresentados os meios pelos quais pode-se ajudar a preservar o meio ambiente e a importância da conservação do mesmo para o homem, através de cartazes e painéis, descrevendo o ambiente destruído (desmatamento, poluição, lixo, mangue) versus ambiente saudável, explanação e pesquisa oral, formação de frases pelos alunos relacionadas ao meio ambiente, plantio de mudas, seleção das frases sobre o meio ambiente e premiação das mesmas. Além de sempre buscar a participação dos alunos, até porque é importante fazê-lo para identificar o grau de percepção deles para possível compreensão e aprendizagem, estes foram incentivados a utilizarem sua criatividade valendo-se como ferramenta a criação de frases e histórias que tratassem do meio ambiente. 3. RESULTADOS Ao serem consultados, os alunos naturalmente descreviam a destruição facilmente visualizada no mangue com peixes e crustáceos mortos devido à sujeira do mesmo. Diante do tema exposto aos alunos, que representaram muito bem o tema em questão, pôde-se observar a preocupação pela melhoria do meio ambiente com vistas ao futuro dos mesmos. De modo geral, criações artísticas em forma de desenhos, demonstraram que os alunos absorveram as informações apresentadas a eles em sala de aula. Além disso ficou clara a sensibilização quanto à importância da preservação do meio ambiente, que fez com que muitos, apesar da idade, se tornassem agentes multiplicadores e repassassem o que aprenderam à família e aos amigos. 1Aluna do curso de LA; 2Professor – DE 060405372 EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA ENVOLVENDO A COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS AGROFLORESTAIS NO ESPAÇO AGROECOLÓGICO DE BOA VIAGEM Fernando Luiz Nunes de Oliveira ([email protected]) UFRPE 1.Objetivo Geral. Trabalho de Extensão Universitária, envolvendo a comercialização de produtos agroflorestais, no espaço agroecológico de Boa Viagem, visa a capacitar in-loco os agricultores dos municípios de Sirinhaém e Ribeirão, da zona da mata sul do Estado de Pernambuco, na organização, planejamento e controle da comercialização da produção, decorrentes das práticas agroflorestais implementadas. 2.0 Objetivo Específico 2.1 Oportunizar os agricultores a comercialização dos produtos, com qualidade, oriundos de práticas agroflorestais; 2.2 Reeducar os hábitos alimentares do consumidor, através do consumo de produtos de qualidade isentos de resíduos tóxicos; 2.3 Identificar demanda de mercado; 2.4 Orientar os agricultores para o desenvolvimento das atividades de comercialização diretamente com o consumidor final; Metodologia Exposição dialogada sobre conceitos e práticas ligadas ao associativismo; Capacitação em comercialização de produtos diferenciados; Trabalho em sistema de cooperação; Inserção dos agricultores no espaço agroecológico de Boa Viagem; Registros do produtos comercializados e do volume de venda destes produtos; Reunião ao final da feira para discussão de diversos assuntos a ela relacionados; Resultados Valorização do trabalho e cultura do camponês; Melhoria da qualidade de vida da sociedade como um todo Promoção do desenvolvimento local sustentável; Extensão Universitária Envolvendo a Comercialização de Produtos Agroflorestais no Espaço Agroecológico de Boa Viagem. 062405396 DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIA PARA A PRODUÇÃO MÓVEIS COM GARRAFAS PET( POLIETILENO TEREFTALATO) Daniela Sousa da Rocha ([email protected]); Tarso Laurence Martins Faustino ([email protected]); Elinewton de Sousa Farias ([email protected]); Wagner Braga Batista ([email protected]) UFCG A indução ao consumo acelerado contribuiu para o hábito de descarte, acarretando a produção de toneladas de lixo. Nas áreas onde vivem populações carentes não ocorre serviço de coleta de lixo regular. Dejetos são lançados em terrenos baldios, acumulando-se cada vez mais. Uma das formas da comunidade contribuir para diminuição do acúmulo de resíduos MEIO-AMBIENTE sólidos é através da separação do lixo por tipos de material (vidro, metal, plástico e papel), facilitando a coleta seletiva do lixo para a reciclagem. Muitas pessoas dependem da coleta de lixo para sobreviver. Logo, seria de suma importância a participação da sociedade e de entidades governamentais, atuando junto a estas comunidades que dependem da coleta de lixo. Essa colaboração resulta em alternativas de reaproveitamento dos resíduos sólidos recolhidos. Uma destas alternativas é a reutilização e reciclagem de garrafas de refrigerante, produzidas em PET. Com esse objetivo surgiram inúmeras processos de transformação do material. Um destes processos é o desenvolvimento de móveis com garrafas PET. A proposta de trabalho articula educação comunitária, coleta seletiva e produção de mobiliário envolvendo a comunidade do Mutirão. Objetivo – Desenvolvimento de mobiliário com garrafas PET para atender demanda da comunidade do Mutirão. Objetivos Específicos – Tecnologia para a produção de fios de PET , os quais serão utilizados na confecção de revestimento de móveis com estrutura também feita toda com garrafas de PET. Aplicar a tecnologia desenvolvida na cooperativa popular do Mutirão, Campina Grande, de modo que os produtos sejam vendidos como meios de subsistência da comunidade, que estará contribuindo para ameninar o problema do acumulo de lixo industrial. Metodologia – Busca de informações bibliográficas e em internet sobre características do material PET; Busca de informações bibliográficas e em internet e pesquisa de campo de tecnologias já existentes ligadas à reciclagem e reaproveitamento de PET; Documentação fotográfica e em vídeo do trabalho de extensão na comunidade do Mutirão; Campina Grande, PB Aplicação dos dados coletados junto à comunidade especificada. Resultados esperados - Almeja-se que com o desenvolvimento das tecnologias obtidas a comunidade obtenha novos meios de sobrevivência através da reutilização e reciclagem de garrafas PET. Como desdobramento o projeto contribui para a diminuição do acúmulo de resíduos sólidos. 063805407 EDUCAÇÃO AMBIENTAL = DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E CULTURAL. RELATO DA EXPERIÊNCIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL COM OS JOVENS NO MUNICÍPIO DE OLHO D´ÁGUA DO BORGES – RN. Adão Marcelino; Aline C. Carneiro; Ana Maria Morais; Caio César de A. Costa; Darlan Dantas A. de Araújo; Francisco Edilvano; Maria da Glória L. Pereira; Melina F. de Brito; Nara S. Dias; Sandra Kariny S. de Oliveira; Samara S. Figueiredo UERN INTRODUÇÃO: O presente trabalho conta com o relato da experiência de uma equipe de dez universitários dos cursos de Biologia, Educação Física, Enfermagem e Serviço Social da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte –UERN, que integraram o programa Universidade Solidária - Módulo Nacional desenvolvido em Olho D’água do Borges – RN. OBJETIVO: Despertar para o conhecimento do ambiente local e disseminar ações voltadas para a sua conservação.METODOLOGIA: As atividades foram desenvolvidas nas escolas, nas residências, com jovens, professores, agentes comunitários, lideranças dos movimentos sociais, etc, através de palestras, debates, teatro, visitas domiciliares, caminhada ecológica e dinâmicas de grupo. A partir da temática da educação ambiental foram abordados problemas sócioeconômicos e culturais, como: falta de emprego e ocupação de renda, ausência da comunidade na definição e aplicação das políticas públicas, a necessidade de pensar alternativas de crescimento da economia do município e elevação da qualidade de vida, redução das doenças endêmicas e epidêmicas, erradicação do analfabetismo, implantação de políticas públicas de assistência social voltada para a promoção humana e construção da autonomia política. RESULTADOS: Verificou-se a aquisição de novas atitudes e um despertar para a conservação dos recursos naturais e a interdependência e complementaridade da educação ambiental com o desenvolvimento sócio-econômico e cultural na aplicação para o equilíbrio do meio ambiente. CONCLUSÃO: A importância da educação ambiental em programas extensionistas e intervencionistas é fundamental para a formação de novos comportamentos, hábitos e atitudes, desenvolvendo uma visão crítica e global, evidenciando novos valores como afirma Dias que “a educação ambiental pode e deve ser o agente otimizador de nossos processos educativos que conduzem as pessoas por caminhos onde se vislumbre a possibilidade de mudança e melhoria do seu ambiente total.” (1992, p. 158) 064105410 PRODUÇÃO DE MUDAS DE MANGUE VERMELHO (RIZOPHORA MANGLE) E MANGUE BRANCO (LAGUNCULARIA RACEMOSA) NA TENTATIVA DE CONSERVAÇÃO DOS MANGUEZAIS EM COMUNIDADES CARENTES DO LITORAL NORTE DO ESTADO DE PERNAMBUCO. Almeida, Viviane Lúcia dos Santos; Gomes, Juliana Vilaça; Barros, Henrique Monteiro de; Navaes, Ana. UFRPE A importância do ecossistema manguezal para a fauna que ali habita e para a economia das cidades litorâneas é bastante notável. Os manguezais são ambientes ricos em alimento e proteção para crustáceos, moluscos e peixes de valor comercial, sendo um dos principais responsáveis pela manutenção de boa parte das atividades pesqueiras das regiões tropicais. Porém, devidos a ações antrópicas esses ecossistemas vêm sofrendo preocupantes transformações ambientais, estando entre as áreas mais afetadas da região costeira. Assim, mostra-se de grande importância o desenvolvimento de práticas que sirvam para conscientizar a sociedade MEIO-AMBIENTE sobre a questão do meio ambiente, principalmente no que tange a sustentabilidade. Diante disso, foi desenvolvido o Projeto “Um manguezal em Nossa Casa”, uma iniciativa da UFRPE com o patrocínio do Programa Universidade Solidária, em parceria com a Prefeitura do Município de Igarassu, situado no litoral norte do estado de Pernambuco e que possui grande importância para atividade pesqueira do estado. O objetivo foi formar multiplicadores de conhecimento sobre a questão ambiental, que se tornassem agentes ativos na recuperação dos manguezais. Assim, foram desenvolvidas oficinas de capacitação para jovens oriundos de comunidades carentes, na tentativa de despertar a consciência coletiva no que se refere à conservação do meio ambiente. A intenção foi desenvolver, em conjunto com esses jovens, verdadeiros viveiros para mudas de espécies de mangue. O mangue vermelho (Rhizophora mangle) e o mangue branco (Laguncularia racemosa) foram escolhidos por serem as espécies mais freqüentemente observadas nas florestas de mangue no local trabalhado. Durante as oficinas foram repassados conceitos básicos sobre meio ambiente e conservação, e também técnicas de produção, manutenção e replantio de plantas de mangue, usando sementes das espécies escolhidas. Dentro das atividades foram realizadas visitas ao manguezal, para um melhor conhecimento desse ecossistema, nas quais também se realizava a coleta das sementes. Os resultados obtidos foram considerados bastante positivos, tanto no que diz respeito à conscientização ambiental e formação de multiplicadores locais de conhecimento, quanto à própria produção de mudas e o sucesso do desenvolvimento e replantio. 084704604 A COMUNICAÇÃO COMO ESTRATÉGIA DE COMPETITIVIDADE EM ASSENTAMENTOS DE REFORMA AGRÁRIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO Ana Maria Novaes UFRPE A evolução da reforma agrária no Brasil, em termos de áreas desapropriadas, é hoje uma realidade, atingindo 500 mil famílias até o ano de 2001. Associadas a esse cenário, as políticas públicas garantem um aporte financeiro para investimentos em infraestrutura econômica e social, que, em tese, garantem o desenvolvimento desses empreendimentos. Um diagnóstico de três projetos de assentamentos, no município de Moreno/Pernambuco, Nordeste brasileiro, envolvendo 206 famílias, indica dificuldades no acesso a informação e, conseqüentemente, impactos no desenvolvimento dos empreendimentos. Essa comunicação tem por base uma análise dos fluxos comunicacionais nesses empreendimentos rurais, através da identificação de micro e macrorredes, para formulação de estratégias de competitividade, direcionada à sustentabilidade sócio-econômica-ambiental da produção desses assentamentos de reforma agrária. 068005442 PROJETO FAZER É PRECISO: DESENHO INDUSTRIAL NO CONTEXTO DAS COMUNIDADES EXCLUÍDAS Luiz Eduardo Cid Guimarães, Annamaria Laurentino Teodósio, Rafaela Carvalho UFCG Objetivo Geral: Desenvolver a capacidade inovadora da cooperativa dos Trabalhadores em Materiais Recicláveis – COTRAMARE através da atividade do desenho industrial.bjetivos específicos: Envolver membros da cooperativa em projetos participativos de geração de tecnologia/desenho industrial. Utilizar o desenho industrial como ferramenta para introduzir outras atividades (saúde, educação, habitação, etc.) no processo de desenvolvimento; Estimular adolescentes para o trabalho e educação profissionalizante; Utilizar o desenho industrial como ferramenta do processo de inovação organizacional. Fundamentação e relevância social: O desenho industrial - DI nos países menos industrializados pode ter um papel importante a cumprir no atendimento das demandas sociais. Na literatura de DI existem poucas referências sobre o papel dessa atividade nas empresas sociais e na melhoria das condições de vida das comunidades socialmente excluídas. Considerando que a capacidade de inovação técnica é fundamental para qualquer atividade de cunho industrial, entendemos que o DI em programas de apoio a redução da pobreza, é uma ferramenta essencial.A presente intervenção é baseada na percepção de que o DI pode ser utilizado como uma ferramenta tecnológica e organizacional no processo de desenvolvimento. No caso da COTRAMARE, existem demandas concretas que incluem o apoio a um grupo de produção que já está operando. Uma avaliação preliminar mostrou que esse grupo, produtor de vassouras em garrafas de PET, necessita de apoio em várias áreas que dizem respeito a atividade de DI. Esse apoio é fundamental para que esse grupo sobreviva e continue gerando emprego e renda para alguns membros da cooperativa. Entre a ações imediatas está o registro e análise de operações da produção de vassouras. Outros grupos de produção estão sendo organizados.Metodologia: Instrumentalização e socialização das áreas temáticas entre os membros da equipe do projeto Levantamento antropométrico dos membros da COTRAMARE e do Bairro do Mutirão; Estudo de leiaute da fábrica de vassouras e desenho de postos de trabalho na linha de produção de vassouras; Pesquisa de materiais passíveis de utilização em produtos industriais; Desenvolvimento de produtos usando métodos participativos de geração de tecnologia, envolvendo os membros da cooperativa e da comunidade; Desenvolvimento de produtos para a escola fundamental do Mutirão; Informatização da COTRAMARE; Produção de relatórios e trabalhos científicos. Resultados esperados: 1.Organização do grupos de produção de vassouras; 2. Implantação de grupos de produção de vidro e papel. 068105944 MEIO-AMBIENTE PROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL "SEMENTE VIVA" Mello,F.A.; Miclelin,C.M.; Starr,C.R.; Silva,L.S.; Villas,M.M.; Brown,T.E.; Mafei,R.A.; Teures,R.A.; Medeiros,R.C.; Fernandes,N.R.; Rassul,E.V.C.; Mantovani,A.L.; Mello,M.G.; Ferreira,B.; Soares,C.T.; Cardoso,C.D. A profunda crise social, econômica, política e ambiental que vivenciamos demonstra a necessidade de uma mudança de valores e atitudes para com o meio em que vivemos, nas nossas relações sociais e nas suas formas de organização. Essas transformações, em uma de suas fácies, buscariam o despertar de uma consciência conservacionista perante o meio ambiente através de uma nova relação homem-natureza mais harmoniosa, sensível e ecológica. O nascer de um grupo que acredita num processo educativo sustentado pelo pensamento sistêmico ou ecológico, como uma das tentativas para resolver grande parte dos nossos problemas ambientais é de significante importância dentro deste contexto. Neste sentido, este trabalho tem como objetivo maior, promover a conscientização ecológica, a cidadania e melhorar a qualidade de vida dos grupos envolvidos, valorizando seu vinculo pessoal com a natureza. Além disso, buscamos uma ligação entre universidade e comunidade alcançada através da participação dos alunos envolvidos em atividades extracurriculares de caráter sócio-ambiental. Com a determinação destas metas desenvolvemos vários segmentos com atividades características. Tópicos relacionados á Horta Orgânica, Cidadania, Artes com Sucata, Atividades de Campo, Recreação, Atividades Literárias e Culturais compõem esta série largamente estudada e desenvolvida. Atualmente, este projeto está sendo desenvolvido em dois grupos distintos. Um deles é uma comunidade de assentados pelo ITESP no município de Cordeirópolis – SP; e o outro são alunos de 3 a 5 anos da Escola de Educação Infantil “Benjamin Ferreira”, no município de Rio Claro – SP. Para cada um dos grupos adotou-se uma metodologia condizente com as características do mesmo, sempre preocupados com a participação dos envolvidos na elaboração das atividades visando a obtenção de melhores resultados. Os resultados parciais estão sendo conseguidos através de uma pré e pós-avaliação de relatórios das vivências e discussões registradas, que facilitam a obtenção de informações sobre o público alvo, sua percepção ambiental, condutas, valores, objetivos e a extensão dos problemas que venham a ter. Assim, apesar de não termos encerrado o programa, podemos relatar mudanças significativas na percepção e atitudes que conseguimos desenvolver no contexto individual e coletivo desses grupos com relação ao meio ambiente. 069605941 PROGRAMA DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM CIÊNCIAS AMBIENTAIS DA UFRJ Rodrigo J. Medeiros; Marcia Panno; Maria Fernanda S. Q. da Costa Nunes; Cristiano Vilardo & Fernando Agarez UFRJ Criado no ano de 2000 pelo Núcleo de Atividades Didático-Científicas (NADC) do Instituto de Biologia em conjunto com a Escola Politécnica da UFRJ, o Programa de Formação Profissional em Ciências Ambientais (PFPCA) nasceu do desafio de se construir uma proposta multidisciplinar para a formação de recursos humanos altamente qualificados para atuarem na área ambiental. Sua criação está fundamentada na convergência e cooperação entre diferentes áreas do saber voltadas para o debate e busca de soluções para as questões ambientais, centrada em um novo campo ou abordagem – as Ciências Ambientais.O principal objetivo deste programa é o de capacitar profissionais com diferentes formações para atuar como gestores em sistemas de gerenciamento ambiental, com uma formação ampla e integrada das diversas áreas do conhecimento que as compõe (agronomia, biologia, direito, economia, engenharia, geografia, geologia, saúde, etc), bem como, capacitar profissionais para a execução de planejamentos, projetos, operação e manutenção de setores de interesse ambiental. O público alvo deste curso se constitui desde os profissionais graduados que estão inseridos no mercado vinculados a instituições governamentais, empresas privadas ou quaisquer organizações não governamentais - até profissionais graduados sem colocação no mercado ou recém-formados que buscam colocação ou reposicionamento no mercado. O PFPCA apresenta carga horária de 460horas/aula, distribuídas ao longo de um ano, com suas atividades sendo desenvolvidas somente aos sábados. Está estruturado em cinco módulos de formação – Formação Básica, Análise Ambiental, Avaliação de Impacto Ambiental, Gestão Ambiental e Perícia Ambiental – e conta com participação de docentes de diversas Unidades da UFRJ assim como de outras Instituições parceiras como o IBAMA, Procuradoria da República / Ministério Público, FEEMA, FURNAS e outras.Atualmente o PFPCA está em sua sexta edição, já tendo atendido ao longo dos últimos dois anos a mais de 300 alunos oriundos de mais de 70 empresas públicas ou privadas. A experiência acumulada com este programa, que se tornou referência na formação de recursos humanos na área ambiental, servirá de subsídio para a criação de um programa de pós-graduação stricto sensu em Ciências Ambientais pelo NADC na UFRJ. 071205466 A PRODUÇÃO DE MATERIAL PARADIDÁTICO: AUXÍLIO NA IMPLEMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM ESCOLAS PÚBLICAS DE ENSINO FUNDAMENTAL EM JOÃO PESSOA, PARAÍBA. Christiane Rose de Castro Gusmão UFPB MEIO-AMBIENTE Uma das principais dificuldades enfrentadas pelas professoras do ensino fundamental de João Pessoa é a falta de material didático adequado à sua realidade e que leve em consideração sua cultura pois cada região deste vasto país possui hábitos e características próprias. Quando se trata de Educação Ambiental , o caso se torna mais grave ainda. Como inserir a E. A. no conteúdo programático se as professoras não tem acesso a informações sobre a problemática ambiental local de forma contextualizada com sua realidade e que seja de fácil assimilação. Em virtude dessa situação, buscamos, através da produção de cartilhas, historinhas e teatros de fantoches, fornecer subsídios para tentar melhorar o ensino na rede pública através da inserção da Educação Ambiental. O material é produzido de forma coletiva, um desenha, outro pinta outro faz a análise final e assim por diante, de tal forma que o produto final é a resultante do somatório das idéias de todos. Foram produzidas cartilhas, textos e historinhas infantis, distribuídas em 2 escolas públicas atendidas pelo Laboratório de Educação Ambiental Lúdica – LEAL, do Depto. de Sistemática e Ecologia da UFPB, levando em consideração a realidade de cada escola. Abordam assuntos de interesse da comunidade escolar, como drogas, sexualidade, cidadania, meio ambiente, solidariedade e desperdício. Foram produzidas até o momento 12 cartilhas, 1 livro de historinhas e um livro de textos já publicados. Esse material vem sendo utilizado nessas três escolas e até em escolas de outros municípios. As professoras tem dado depoimentos por escrito sobre o material utilizado e o resultado de sua utilização. Em algumas situações foi verificada a sutil mudança de comportamento de alunos em relação ao destino do lixo na escola. O uso dos textos, em uma das escolas, levou as professoras a solicitarem que realizássemos uma oficina pedagógica especificamente sobre meio ambiente. Esta estratégia está dando certo nas escolas onde está sendo utilizada tanto é que já a estamos estendendo a outras situações. 071205475 A ARBORIZAÇÃO E A COLETA SELETIVA DE LIXO COMO PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE ENSINO FUNDAMENTAL. Rafael Torquemada Guerra, Edgard Ruiz Sibrão e Christiane Rose de Castro Gusmão UFPB A Educação Ambiental enquanto prática educativa não deve resumir-se apenas a algumas comemorações de datas como o dia mundial do meio ambiente, o dia da árvore o dia do índio etc. mas também ao desenvolvimento de atividades de longa duração por parte da comunidade escolar. É este tipo de atividade que vai realmente causar alguma correção de rota no comportamento do ser humano e, nas crianças, fará germinar a semente da cidadania, da responsabilidade. A Escola Municipal Aruanda de Ensino Fundamental foi inaugurada sem uma árvore sequer que proporcionasse um ambiente mais agradável aos alunos através da sua sombra e do visual mais ameno da escola. Buscando melhorar essa situação, demos início à arborização da escola tendo o cuidado de gerar uma discussão prévia com os alunos e as professoras a respeito do problema contextualizando-os. A seguir, setenta crianças da 1ª à 4ª séries realizaram, sob nossa orientação, o plantio de mudas de árvores nativas como ipês, pau brasil, etc. Para tanto, receberam antes explicações de como plantar e como cuidar das mudas. A partir do plantio, essas crianças passaram a ser seus padrinhos e madrinhas. Da mesma forma foi implantado um processo de coleta seletiva de lixo realizado pelos alunos após a criação de uma área específica para a acumulação do lixo reciclável – garrafas Pet, latinhas de alumínio, garrafas de vidro etc.Como resultado do sucesso da primeira arborização feita no ano da inauguração da escola, 2000, os alunos solicitaram a continuidade da atividade o que foi prontamente atendido por nós. Ás 60 mudas plantadas da primeira vez vieram somar-se mais 70. O aspecto da escola hoje é digno de elogios que não param de chegar aos ouvidos da diretora. Um fato deve ser ressaltado: nenhuma muda foi até hoje depredada pelos alunos. Em relação à coleta seletiva, os alunos continuam levando diariamente suas garrafas Pet, suas latas de alumínio etc. Podemos verificar que há um início de mudança comportamental nessas crianças que hoje estão mais voltadas e sensibilizadas para a conservação do meio ambiente escolar e, provavelmente do doméstico também. 071205499 A IMPLEMENTAÇÃO DA EA EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE ENSINO FUNDAMENTAL Rafael Torquemada Guerra e Christiane Rose de Castro Gusmão UFPB Para implementar a Educação Ambiental na Escola Estadual de Ensino Fundamental Machado de Assis em Tibiri II, Santa Rita, fez-se necessário conhecer suas necessidades básicas, os conceitos já existentes a respeito dos temas abordados pela Educação Ambiental e as relações entre seu corpo docente e discente bem como as relações mantidas com a comunidade de seu entorno. A partir das informações obtidas, são traçadas as abordagens necessárias para a implementação. Utilizando o método da observação participativa e o de estudo de caso dentro e fora da sala de aula, realizamos entrevistas, com o corpo discente e docente para traçar o perfil pedagógico da escola. Foram realizadas reuniões de planejamento para a escolha de temas integradores e traçada uma metodologia para a realização dos trabalhos. Para reforçar as atividades de sala de aula, foram desenvolvidas diversas atividades juntamente com as professoras como oficinas de desenho, Teatro de fantoches, Coral, Curso de Sensibilização, etc.Apesar de desenvolver várias atividades de E. A, como coleta seletiva de lixo reciclável, manutenção de um horto de plantas medicinais, confecção de materiais feitos com lixo, entre outras, estas não são levadas para dentro de sala de aula. Os alunos são incentivados a MEIO-AMBIENTE levar o lixo para a escola, pois receberão algum tipo de recompensa, a informação que lhes é passada, é que eles estão contribuindo com o ambiente, só que eles não sabem o porque nem o como e, dessa forma, o alunado se vê diante de uma divisão pois professoras e diretoria tem muito empenho em falar sobre ambiente, comemorar datas a respeito do tema, mas isto é trabalhado fora da sala de aula, dentro destas o assunto é esquecido. Para sanar algumas dessas deficiências, depois da realização do Curso de Sensibilização, o corpo docente vem apresentando algumas mudanças, como a maneira de ministrar uma aula ou a relação professora-aluno, que em muitos casos foi esquecida por que alguns professores só estão executando um trabalho, que é o de dar aula. Mudanças começam a aparecer como no comportamento das professoras em sala de aula, dos alunos que começam a fazer teatro e leva-lo para a sala de aula como instrumento pedagógico etc. MEIO-AMBIENTE 072205501 TREINAMENTO PARA AUTO-SUSTENTABILIDADE E AUTOGESTÃO: ASSOCIAÇÃO DE COSTURA E TREINAMENTO DE SÃO DOMINGOS/BREJO DA MADRE DE DEUSPE. Ana Cristina de Souza Vieira; Socorro Freire; Adriana Lima de Carvalho, Leina Karina Cordeiro de Azevedo e Maria Lucineide Introdução: A experiência de Geração de Emprego e Renda foi criada pelo Núcleo de Saúde Pública (NUSP) no ano de 1996 estando, nesta oportunidade, o NUSP como assessor das Políticas Públicas.O projeto consiste numa proposta de treinamento, capacitação e assessoria para a auto-sustentabilidade e autogestão de uma associação de costura instalada no distrito de São Domingos, município de Brejo da Madre de Deus, localizado no agreste do estado de Pernambuco. Seu público – alvo é composto pelos integrantes da associação de costura e treinamento. O objetivo principal consiste em contribuir para o desenvolvimento sustentável em São Domingos através de atividade de geração de renda (associativismo/cooperativismo) e fortalecimento das redes de sociabilidade e cidadania, visando à melhoria das condições de vida da população, bem como o fortalecimento dos vínculos entre os indivíduos, contribuindo para a autonomia, autosustentabilidade e autogestão da associação. Metodologia: A metodologia de trabalho contemplou aspectos fundamentais pertinentes ao papel da Universidade junto à sociedade, envolvendo o ensino, a pesquisa e a extensão, as quais delineiam as ações da equipe técnica. Este projeto está pautado numa prática metodológica de processos participativos envolvendo os sujeitos diante de investigação (quantitativa e qualitativa), capacitação, intervenção e captação de recursos. As atividades consistem em reuniões, oficinas e cursos de capacitação em Associativismo/Cooperativismo e relacionamento interpessoal, dinâmicas de grupo, bem como o acompanhamento e avaliação dos resultados alcançados. O trabalho realizado apresenta um avanço significativo das ações junto aos associados. Dentre os resultados obtidos estão: a Legalização da Associação (renovação e registro em cartório), o que demonstra um maior comprometimento dos participantes com o negócio. Diante desta realidade, observa-se um maior poder de negociação dos associados junto ao Poder Local, o que resultou numa proposta da aquisição/legalização do terreno para sede da associação. Outro ponto que merece destaque é a melhoria na habilidade dos associados em realizar reivindicações e resolverem problemas de gestão do trabalho associativo, o que se verifica através do pagamento do aluguel da sede, acordo firmado com a Prefeitura, referente aos meses em atraso.Conclusão: Dessa forma a contribuição maior deste projeto foi nos capacitar para entender que o êxito de qualquer ação ou projeto social, deve obedecer a três condições indispensáveis: Interação com o Poder Local, participação popular e envolvimento profissional, comprometido e consciente na articulação dos processos e atividade de intervenção. 073405495 APICULTURA COMO FONTE DE RENDA NA AGRICULTURA FAMILIAR E MELHORAMENTO NA BIODIVERSIDADE NO ASSENTAMENTO SERRINHA NO MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO-PE Vasconcelos, Gilvânia de Oliveira Silva de1, Figueiredo, Marcos2 UFRPE Objetivo A experiência visa auxiliar e desenvolver um acompanhamento periódico a atividade apícola como fonte de renda na agricultura familiar a partir dos produtos (mel, pólen, geléia real, própolis) além de ajudar na polinização dos vegetais ali existente.Espera-se ampliar o número de famílias praticando a criação de abelhas, procurando difundir a importância desta atividade para o desenvolvimento local em áreas de assentamento rurais sustentável, em suas propriedades preservando o meio ambiente. Metodologia O trabalho está sendo desenvolvido pelos professores e alunos do Curso de Licenciatura em Ciências Agrícolas – UFRPE como prática social na troca de conhecimentos com as famílias de agricultores, através de estratégias educativas e conteúdos das Ciências Agrárias. Este trabalho vem sendo desenvolvido a partir do curso de apicultura que ocorreu no mês de setembro de 2001. Dando continuidade com acompanhamentos periódico em intervalos de 15 em 15 dias para avaliar o desenvolvimento das abelhas. Resultados do Trabalho Apesar desta prática educativa ser muito recente os resultados almejados estão paulatinamente sendo reconhecidos entre eles a diversificação da produção via a polinização das abelhas, a biodiversidade vegetal daquela área, organização das famílias e empenho cooperado para desenvolver o trabalho, e por fim a melhoria e elevação da renda daqueles agricultores. 1Estagiária, 2 Professor Orientador ([email protected]) ; 081705571 OFICINA DE CIÊNCIAS E CONSCIÊNCIA AMBIENTAL COMO METODOLOGIA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA EDUCAÇÃO NÃO FORMAL Marta Angela Marcondes, Virgínia da Costa Liebort Nina USM APRESENTAÇÃO: A Oficina de Ciências e Consciência Ambiental tem a proposta de trazer para a realidade das crianças e MEIO-AMBIENTE adolescentes, a observação de fenômenos que ocorrem na natureza e permitir que se sintam fazendo parte deles, com capacidade de análise crítica e ações que busquem a manutenção do equilíbrio do meio em que vivem. A oficina faz parte da Proposta Sócio-Educacional “Re-Criar”, que foi criada pelo Centro de Educação e Cultura da Universidade São Marcos, em convênio com o Instituto General Motors e com a UNAS – União dos Núcleos, Associações e Sociedades de Moradores de Heliópolis e São João Clímaco, para conduzir metodologicamente as atividades educativas desenvolvidas no Projeto Parceiros da Criança, na comunidade de Heliópolis. O projeto atende 240 alunos em idade de 07 a 14 anos, os mesmos são divididos em 10 turmas, de acordo com a idade, que trabalham na oficina uma vez por semana. Durante o primeiro semestre de 2002, foram trabalhados os temas: Conhecendo a Si e ao Meio em que vive. Para isso foi desenvolvida a Agenda XXI Local, utilizando METODOLOGIA: Agenda XXI do Pedaço (Instituto Ecoar), que consiste em realizar um diagnóstico sobre o pensar da criança em relação aos problemas que estão ligados diretamente a ela. Inicialmente foi feita a confecção do Muro das Lamentações e posteriormente da Árvore dos Sonhos. Para a elaboração do Muro das Lamentações os alunos escreveram ou desenharam em pedaços de cartolina o que não está correto ou precisa ser melhorado no seu pedaço. Ao ser realizada a atividade, as crianças iniciaram uma série de discussões sobre cidadania, meio ambiente, inclusão social entre outros assuntos. Para a preparação da Árvore dos Sonhos, foram utilizadas técnicas de sensibilização para que as crianças pudessem escrever ou desenhar seus sonhos de futuro. Ao final foram montadas as Árvores dos Sonhos de cada turma, e discutido o que realmente seria realizável no seu pedaço. RESULTADOS: Os maiores problemas levantados pelas crianças foram: violência, drogas, lixo na rua, esgoto a céu aberto e moradias. Os seus sonhos são: melhoria na limpeza pública e nas moradias, mobilização social, assistência à saúde e policiamento. O realizável: mobilização social e informação sobre os problemas do lixo. 082105590 POLUÍÇÃO DO RIO JAGUARIBE Rodrigo Leite Rafael, Geyzon Ulisses da Silva Souza UFPB A qualidade de vida urbana é hoje um dos grandes problemas nas cidades brasileiras, que já contém, em sua grande parte da população vivendo em condições precárias de sobrevivência. A abordagem urbano ambiental, dentro de uma perspectiva integrada da complexidade social e espacial, introduz a produção da degradação do meio ambiente, demonstrado através do Rio Jaguaribe, que apesar de ser o principal rio urbano da cidade de João Pessoa, e que deveria então ter um cuidado super especial, este rio sofre muitos impactos ambientais de diversas maneiras em todo o seu curso. Com essa pesquisa pretendemos contribuir para a realidade urbana, levando em consideração seus aspectos ambientais, fazendo um levantamento do rio que corta a cidade de João Pessoa, pesquisando tanto os seus aspectos de formação hidrológica, geomorfológica, como as ações antrópicas que vem interferindo no seu curso natural desde a década de 40. Objetivamos a realização de um diagnóstico preliminar dos problemas antrópicos causados ao Rio Jaguaribe, levantando propostas para solucionar esses problemas, que são de suma importância para a conservação do ambiente urbano na cidade de João Pessoa, partindo de levantamentos bibliográficos, várias fotos em loco, visitas a órgãos responsáveis e diversas entrevistas. Depois de todos os dados computados fizemos uma análise geral da situação atual de poluição do Rio Jaguaribe, mostrando desde a nascente até a sua desembocadura. Necessitamos extinguir esses comportamentos de poluição das águas, para que possamos pensar em tê-la por muito tempo, e desta forma podemos desenvolver a educação ambiental que está sendo tão comentada, mas que precisa de muitos adeptos para tentar sensibilizar pessoas que pensam diferentes a essas condutas. Quando olhamos e analisamos a condição e a situação humana com relação à preservação da boa convivência e da educação entre as pessoas, nos tornamos mais aptos a compreender ou, até mesmo, a enxergar o porquê de estarmos vivenciando um colapso ambiental tão grande. Enquanto o homem não aprender a preservar o que é bom e necessário para sua própria vida, será muito difícil haver, de uma forma eficaz, a efetuação em massa da conservação de bens coletivos. É válido lembrar que coletivo não deveria ser encarado como sendo somente a natureza, mas também o meio urbano, que é coletivo a todos, afinal, somos nós quem o construímos e o modificamos. 082605637 OFICINA TEMÁTICA: ESTRATÉGIA DA EDUCAÇÃO COMUNITÁRIA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. Ana Cristina Brito Arcoverde ([email protected]); Helena Lúcia Augusto Chaves ([email protected]); Márcia Maria Gomes ([email protected]); Renata Ramos Severo ([email protected]) UFPE O desenvolvimento sustentável é tema recorrente e pertinente nas discussões da atualidade. A escassez de recursos naturais suscita uma mudança na relação homem/meio, na qual os hábitos predatórios deverão ser eliminados, a medida em que a cultura de preservação ambiental seja incorporada pelas populações, de um modo geral e pelos moradores do semi-árido nordestino do Brasil, em particular. Baseado nestes pressupostos vem sendo desenvolvido o Programa de Água Subterrânea para o Nordeste do Brasil - PROASNE, fruto da parceria de instituições brasileiras e canadenses, dentre estas a Universidade Federal de Pernambuco/Departamento de Serviço Social, que desenvolve na área piloto do referido programa um trabalho educativo com a comunidade local, visando a sustentabilidade do meio ambiente, a preservação MEIO-AMBIENTE ambiental e a gestão dos recursos hídricos. A estratégia utilizada para difundir a idéia da preservação e sustentabilidade como uma necessidade inadiável diante dos aspectos físicos e das características sociais da região estudada vem sendo definida no âmbito da educação comunitária com a utilização de oficina temática, como forma de contrapor a tradicional cultura de dependência e o comportamento apático dos moradores do semi-árido nordestino, especificamente, daqueles da área de abrangência do projeto, com o intuito de despertar neles a necessidade de participação comunitária, como mecanismo importante para a conquista de melhores condições de vida. Neste sentido, desenvolveu-se um método, denominado “Real, Ideal e Possível”, que consiste em a partir da realidade local extrair os elementos a serem destacados na ação educativa, o que vem norteando toda a elaboração do instrumental técnico e da ação desenvolvida na região pela equipe da UFPE. O êxito do trabalho pode ser constatado nas mudanças de hábitos, que apontam para a construção de uma nova mentalidade não só sobre o uso e gestão da água, mas também sobre uma nova concepção de cidadania e vida em comunidade, como, por exemplo, reivindicações ao poder público, através de abaixo-assinados, expressando a percepção que passaram a ter da realidade, além da mobilização da comunidade para reunir forças na luta pelos seus direitos, culminando na organização de três associações de moradores e de organização comunitária em torno dos problemas que afetam a região. 082905580 GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE LABORATÓRIO Cristiane Martins Veloso; Luciano Brito Rodrigues; Renata Cristina Bonomo UESB A questão do gerenciamento de resíduos de laboratório é um assunto polêmico e de grande abrangência, principalmente por estar relacionado diretamente com a saúde humana e o meio ambiente. No Brasil, esta questão é deficiente, uma vez que os profissionais que trabalham nos laboratórios fazem o descarte diretamente em “lata de lixo” ou em “ralos de pia”, não considerando os riscos potenciais que representam. O projeto “Gerenciamento de Resíduos de Laboratório”, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Campus de Itapetinga, tem como principal objetivo um levantamento e análise dos resíduos gerados pelos laboratórios da região, visando a implantação de um sistema de coleta, tratamento, armazenamento e descarte adequados desses resíduos, em função do grau de risco que cada um apresenta. As atividades iniciais do projeto estão sendo realizadas nos laboratórios do Campus de Itapetinga, com aplicação de questionários, avaliações e observações in loco. Além da classificação dos resíduos, estão sendo realizados cursos e palestras para pesquisadores, professores, técnicos, funcionários e estudantes, com o objetivo de capacitá-los e conscientiza-los acerca dos riscos que o descarte inadequado pode causar à saúde do homem e ao meio ambiente. Em seguida, será realizado uma avaliação dos laboratórios instalados no município de Itapetinga e região. Espera-se que, a partir do projeto, a Universidade possa ser referência nesta atividade, dispondo, em pouco tempo, de um centro para coleta e tratamento de resíduos que atenda a demanda existente no sudoeste baiano. 083905597 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CIDADANIA: EXPERIÊNCIAS APLICADAS NO LITORAL DE IGUAPE E BARRO PRETO- AQUIRAZ- CEARÁ Evanildo Santos Cardoso, Edson Vicente da Silva, Josael Jario Santos Lima, Rogério da Costa Araújo, Érica da Silva Pontes UFC As atividades realizadas envolveram alunos do ensino fundamental e médio sendo trabalhadas questões referentes ao meio ambiente e sua conservação, noções de cidadania e políticas públicas junto à comunidade de Iguape e Barro Preto no município de Aquiraz. O trabalho foi desenvolvido nos meses de Março e Novembro de 2001 e Maio de 2002 onde foram vivenciados três momentos: seminário, oficinas e aulas de campo. O seminário contou com aulas expositivas com o uso de transparências e retroprojetor, exibição de filmes e exposição de painéis representativos das paisagens naturais do Ceará e noções de ecologia, cidadania, democracia e história política brasileira juntamente com as oficinas em um total de 36 h/a. As aulas práticas de campo foram desenvolvidas ao longo do litoral de Iguape e Barro Preto através de percursos de trilhas sobre ambientes representativos tais como: praia, pós-praia, campo de dunas (móveis e fixas), manguezais, lagoas intermitentes e permanentes, com auxílio de material cartográfico, máquinas fotográficas e caderneta de campo com carga horária de 24 h/a. Posteriormente os alunos elaboraram um diagnóstico da situação ambiental e social e formaram uma associação de jovens que trabalha com a temática ministrada nos cursos e oficinas. Considera-se que o projeto serviu para estimular a consciência e o conhecimento ecológico, estimulando os jovens a terem uma participação sócio-ambiental mais efetiva em sua comunidade. 089105661 EDUCAÇÃO AMBIENTAL: ESTRATÉGIA PARA O CONHECIMENTO E A INCLUSÃO SOCIAL Chateaubriand, Annunziata Donadio; Andrade, Ellen Barbosa; Mello, Paula Pereira de; Rque, Wallace MEIO-AMBIENTE Vargas; Costa, Ricardo Corrêa da; Guimarães, Élio Liberato UFAM A ação de extensão universitária “Oficina de Educação Sanitária e Ambiental”, realizada, de modo contínuo e permanente, pelo Laboratório de Saneamento/UFAM, desde 1999, se baseia no princípio de que a educação deve contribuir para o efetivo engajamento e a participação crítica dos indivíduos nos modelos de desenvolvimento, possibilitando a construção de sociedades sustentáveis que promovam a proteção, a recuperação e a melhoria do ambiente e das condições de vida de suas populações. Neste sentido, essa ação tem como objetivo contribuir para a implantação de programas de gestão e de educação ambiental, em comunidades e instituições públicas e privadas, por meio de atividades de assessoria e/ou da produção de protótipos de materiais educativos. A partir da realidade específica de cada programa, são definidos os conteúdos e os métodos de trabalho de modo a instigar todos os envolvidos a analisar e a participar da resolução dos problemas, estimulando a visão global e crítica das questões ambientais a partir de um enfoque interdisciplinar, ao mesmo tempo em que resgata saberes locais e possibilita um conhecimento interativo, por meio de debates e discussões, e propicia o autoconhecimento, o desenvolvimento de valores, atitudes, comportamentos e habilidades, a partir de recursos locais e tecnologias adaptadas. Em todas as suas fases (estudos de caracterização prévia, planejamento, aplicação de protótipos e monitoramento da aplicação) houve envolvimento de alunos, professores e técnicos de diversas áreas do conhecimento da UFAM, reafirmando o caráter multi e interdisciplinar dos programas ambientais. Dentre os vários resultados obtidos em 2001/2002, destacamos o exemplo bem sucedido da instalação, operação e manutenção de dois sistemas de energia solar, financiados pelo Programa PRODEEM do Ministério das Minas e Energia, para atender uma escola e um posto de saúde comunitário, localizado em uma comunidade rural ribeirinha do município de Manaus. Tal resultado foi conseguido, principalmente, devido ao envolvimento da comunidade beneficiada, tanto nas etapas de planejamento, instalação, teste e operação desses sistemas, como na produção de material educativo específico (cartilhas e modelos reduzidos), o que levou a compreensão das características, vantagens, desvantagens e dos aspectos de segurança e de manutenção daquela forma de geração de energia, garantindo a sustentabilidade daqueles sistemas e da própria comunidade. Em experiências anteriores do programa PRODEEM, foi comum, com o passar do tempo, a destruição de instalações semelhantes e seu conseqüente abandono, demonstrando a importância de ações educativas que levem a participação da comunidade para a obtenção de resultados positivos. 093205711 ESTÁGIO DE CAMPO NA PRÁTICA ENSINO/PESQUISA Maria Francisca de Jesus Lírio Ramalho,Maria do Socorro Costa Martim, Pavla Goulart Hunka, Silvana Praxedes de Paiva UFRN O estágio de campo na prática ensino/pesquisa, é um projeto de extensão desenvolvido para alunos do curso de Geografia da UFRN. Tem como principal objetivo desenvolver estudos integrados a pesquisa e ao ensino, por meio da aplicação de técnicas cartográficas, de campo e de laboratório, visando ampliar conhecimentos específicos na área de geomorfologia e meio ambiente. É oferecido no período não letivo, ao final de cada ano, onde poderão participar os alunos interessados pelo assunto. Conta com a colaboração de professores e monitores do Laboratório de Geografia Física e da Base de Pesquisa Estudos Geoambientais, que orientam a pesquisa de campo baseada no monitoramento do fenômeno da erosão e na coleta de sedimentos e solos. Nos trabalhos de campo são feitas observações dos fatos geomorfológicos, registros, mensurações de formas erosivas, coleta de material de análise e entrevista com a população local. No laboratório são utilizados métodos de analise granulométrica, pipetagem, pH e teor de matéria orgânica e no gabinete conclui-se com os cálculos de parâmetros estatísticos, confecção de tabelas e gráficos, mapas e a interpretação dos resultados. Dentro dessa experiência conta-se com a realização do 1º estágio ocorrido na bacia do rio Pirangi, localizada no litoral oriental do Estado do Rio Grande do Norte, onde pôde-se perceber, através da participação efetiva dos alunos, que é necessário a continuidade dessa prática no ensino da geografia, pela sua importância no processo de aprendizagem, sobretudo para formação do geógrafo e futuros pesquisadores. 093405752 APLICANDO ENGENHARIA E CONSTRUINDO CIDADANIA Andrade, E.B.; Chateaubriand,A.D.; Bento, P.F.; Melo, P.P.; Ribas, L.F.; Costa, R.C.; Roque,W.V.; Cardoso, H.B.N.; Guimarães, E.L.; Ferreira, D.F. UFAM Desde 1997, o Laboratório de Saneamento da Faculdade de Tecnologia da Universidade Federal do Amazonas (LS/UFAM) atua, continuamente, na região do igarapé do Tupé, desenvolvendo um programa multidisciplinar de extensão universitária, envolvendo alunos, técnicos e professores de diversos cursos de graduação da UFAM, além de outras instituições públicas e privadas e, principalmente, a população ribeirinha local, dispersa em habitações precárias ao longo daquele curso d’água. Nesses seis anos de atividades, atuou-se em caracterização ambiental da área, organização comunitária, práticas agrícolas sustentáveis, energia, educação ambiental, saneamento básico, higiene e saúde pública. O foco do Programa Tupé tem sido a gestão ambiental integrada e participativa daquela localidade rural, objetivando seu desenvolvimento sustentável, MEIO-AMBIENTE especialmente a melhoria das condições de vida de seus moradores. Participação tem sido meta e meio desse programa de extensão: busca-se desenvolver reflexões e ações, num processo em que cada agente social dá a sua contribuição para a construção coletiva dos resultados. Assim, a equipe do Programa Tupé, com seus parceiros e a comunidade, procuram refletir, programar, executar e avaliar as atividades conjuntamente, dialogando, trocando saberes, crescendo, aprendendo, exercitando e conquistando juntos sua cidadania.Este resumo destaca alguns resultados significativos, alcançados no período 2001-2002 e relacionados com uma das áreas prioritárias de atuação do Programa Tupé: a Engenharia.Para atender demandas de energia elétrica do posto de saúde comunitário e da escola municipal local, foram implantados dois sistemas de geração e distribuição de energia solar. Foram realizados: elaboração de projetos; transporte fluvial de materiais (não há acesso rodoviário para o Tupé); montagem, testes, ajustes de equipamentos, suportes e abrigos; e capacitação das pessoas envolvidas com uso, manutenção, operação e monitoramento desses sistemas.Face à importância da permanência dos professores da Escola Municipal São João, que atendem crianças e adultos do Tupé e adjacências, a comunidade priorizou a execução de um alojamento. Os trabalhos consistiram em levantamentos topográficos, ensaios de percolação no solo, elaboração de projetos de arquitetura e de engenharia, viabilização e transporte fluvial de materiais construtivos, execução do prédio e de suas instalações de água, esgoto e energia, buscandose construir com materiais e processos ambientalmente corretos e integrados às peculiaridades daquele meio.Tais resultados foram construídos com a participação de: moradores do Tupé; estudantes, funcionários e professores da escola local; acadêmicos e professores de Engenharia Civil e Elétrica da UFAM; Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET-AM); empresa privada Manaus Energia (PRODEEM) e várias secretarias da Prefeitura Municipal de Manaus. 094605769 A PERCEPÇÃO AMBIENTAL DOS PARTICIPANTES DA 3a GINCANA AMBIENTAL: "CONSCIENTIZAR É RESGATAR A VIDA". Vidal, Jucélia, O.1,4,5, Lima, Amanda, B.2,4, Lima, Addison, B.3,4, Brocki, Elisabete5,6. UFAM/UTAM/UEA A educação ambiental apresenta-se como ferramenta para ensinar, sensibilizar e mobilizar as populações humanas sobre as questões ambientais. Com o objetivo de se realizar uma atividade com suporte de conscientização ambiental envolvendo a integração das comunidades e reflexão sobre os problemas locais, vem se realizando anualmente eventos com ênfase na questão ambiental. O processo de atuação do trabalho desenvolveu-se na comunidade Nossa Senhora do Livramento localizada no lago do Paru no município de Manacapuru (AM) onde os atores sociais apresentam a necessidade de processos educativos para a melhoria das condições de conhecimento e aprendizagem sobre o processo de conservação ambiental. A relação entre os agentes processou-se mediante um caráter de dialogicidade por meio de concursos culturais (carta ecológica, paródias, desfile ecológico, concurso de desenho, poesias) e concursos esportivos (natação, canoagem, futebol, e outros), considerando-se sempre os conhecimentos e experiências dos comunitários. Os resultados levantados a partir de 55 roteiros de entrevistas aplicados com perguntas abertas e fechadas aos participantes da gincana, mostraram que esta atividade contribui para adquirir conhecimento em conservação do meio ambiente com 38% de freqüência, seguido de promover o desenvolvimento comunitário com 22%, desperta o interesse para o recursos natural com 11%, conscientiza os comunitários com 11%, leva a conhecer outras comunidades com 4%, conhecer a cultura 8% e outros 6%. A participação de crianças, jovens e adultos na gincana é percebida como importante nas respostas: forma de ensinar sobre o meio ambiente (30%), promove diversão ecológica (18%), educa e desenvolve as crianças (16%), conscientiza os comunitários (14%), incentiva a participação (8%), união dos comunitários (8%) e outros (6%). Conclui-se que a partir de atividades educativas, desportivas e lúdicas como uma gincana pode-se conscientizar os atores sociais de uma determinada localidade sobre uma problemática ambiental a compreenderem os mecanismos geradores dos problemas para superarem as causas reais dos mesmos. 1 – Aluna do curso de Agronomia/UFAM; 2 – Aluna do curso de Engenharia Florestal/UTAM; 3 – Aluno do curso de Engenharia Elétrica/UTAM; 4 – Estagiários do Programa Universidade Solidária – Módulo Regional 2001; 5 – Núcleo de Estudos Rurais e Urbanos Amazônico, NERUA; 6 – Professora Assistente. Departamento de Engenharia Florestal/UTAM/Escola Superior de Engenharia da UEA ([email protected];[email protected]) 095505729 PRODUÇÃO DE COLMÉIAS DE ABELHAS JANDAÍRA MELIPONA SUBNITIDA EM COMUNIDADES DE PATOS E CIDADES CIRCUNVIZINHAS. Maria de Fátima de Freitas 1; Werlaneide Araujo de Sousa 2; Itaragil Venancio Marinho2. UFPB/UFCG As abelhas sem ferrão ocorrem nos tópicos e foram muito conservadas em épocas passadas na região semi-árida do Nordeste. Hoje há uma grande redução de suas populações e até extinção de algumas espécies. Em 1995 foi iniciado no Campus VII da UFPB o estudo e criação destas abelhas com o principal objetivo de promover a sua multiplicação na natureza.A Meliponicultura, criação de abelhas sem ferrão, vem sendo praticada por alguns pesquisadores e produtores rurais da região semi- árida paraibana. A jandaíra (M. subnitida) é entre elas , a mais indicada para criação racional com fins lucrativos na região semi árida da Paraíba, R. G. do Norte e Ceará.Um dos primeiros passos para se estabelecer uma MEIO-AMBIENTE criação é adquirir a colméia e para se obter êxito na criação é necessário ter conhecimentos sobre técnicas que favoreçam um melhor desempenho destas abelhas na natureza. Entre estas destaca-se a técnica para produção de colméias. O principio básico econômico e ecológico usado nesta técnica é a multiplicação de colméias através de divisão.Esta pratica favorece com baixos custos os primeiros passos para criação destas abelhas, que tem preços variáveis e onerosos para o produtor rural, desta forma inviabilizando em muitos casos o inicio da criação racional Neste trabalho, foi utilizada a técnica de divisão de dois favos. 1 Eng. Florestal. Ms, . E-mail: ([email protected]) UFCG, Patos-PB, Brasil; 2 Bolsistas. Graduação. UFCG, Patos-PB, Brasil. 096105732 PROGRAMA PÓLO DE INTEGRAÇÃO DA UFMG NO VALE DO JEQUITINHONHA Maria das Dores Pimentel Nogueira, Luiz Guilherme Knauer, Roberto do Nascimento Rodrigues UFMG O Programa Pólo de Integração da UFMG no Vale do Jequitinhonha é a reafirmação do compromisso da Universidade Federal de Minas Gerais com as grandes questões nacionais. Implantada há anos no Vale do Jequitinhonha, das mais pobres regiões do país, a UFMG vem por meio do Programa ampliando e aprofundando sua atuação, consolidando sua presença na região, mediante efetiva contribuição para a construção de um projeto de desenvolvimento regional.Iniciado em 1997, o Programa tem como eixo de atuação a bacia do rio Jequitinhonha, compreendendo uma área de 79.000 Km², abrangendo 56 municípios, onde vivem cerca de 900.000 habitantes. Compõe-se hoje de 32 projetos nas áreas de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Desenvolvimento Regional e Geração de Ocupação e Renda, Cultura, Educação e Saúde. A concepção e a execução do Programa Pólo do Jequitinhonha é marcada por forte interlocução com as comunidades locais, em especial com as três Associações de Municípios das microrregiões do Alto, Médio e Baixo Jequitinhonha. Busca parceria com outras IES do Estado – Universidade Federal de Ouro Preto, Faculdade de Filosofia e Letras de Diamantina, Escola Federal de Farmácia e Odontologia de Alfenas, Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, Faculdade de Engenharia e Agrimensura de Minas Gerais. O trabalho acadêmico é concebido como um processo orgânico e contínuo, produzido coletivamente, estendendo-se desde a produção e sistematização do conhecimento até a disseminação dos resultados. Daí a opção e a estratégia, no Programa, de articular prioritariamente ações de pesquisa e extensão como forma de viabilizar a relação transformadora entre universidade e sociedade. A interdisciplinaridade ocorre, de fato, com a realização de atividades acadêmicas que integram diferentes áreas do conhecimento.Na área de meio ambiente destacamse hoje os projetos “Lixo e Cidadania: Mudando Paradigmas” e “Planejamento Urbano para a Cidade de Carbonita”. O primeiro deles tem como objetivo geral estabelecer um conjunto de ações integradas nos 17 municípios da região do Médio Jequitinhonha para gerenciamento, manejo e destinação final dos resíduos sólidos urbanos, como a realização de cursos para gerentes e técnicos, elaboração de planos integrados de resíduos sólidos e orientação para remediação de despejos de lixo. Vem promovendo a mobilização e organização de catadores de lixo, prevendo ainda a realização de seminários sobre a temática de resíduos sólidos em municípios pólo.O projeto “Planejamento Urbano para a Cidade de Carbonita” vem elaborando o cadastro técnico e demais planos setoriais visando o planejamento urbano na cidade de Carbonita, no Alto Vale do Rio Jequitinhonha/MG. 098005756 PLANEJAMENTO URBANÍSTICO: ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL EM SERRA NEGRA, BEZERROS-PE Maria do Socorro M. Freire, Zenildo Sena Caldas, Antônio Carlos A. Cavalcanti, Ariadne Paulo Silva, Bruno Litwak Borges, João Batista Filho, Roberio do Nascimento Coelho, Susiane Michelle dos Santos OBJETIVOS:Com o objetivo de fornecer subsídios para auxiliar na formulação e/ou aprimoramento do Plano Diretor do Município de Bezerros/PE, mediante a articulação/participação da comunidade no planejamento urbanístico do Distrito de Serra Negra, e procurando atingir como público-alvo toda a comunidade residente no distrito, e, em longo prazo, o contingente de turistas para o qual o lugar tem potencial, o projeto visa a geração de subsídios para a elaboração de uma política de uso e ocupação do solo no Distrito da Serra Negra, política consubstanciada no aspecto formal/legislativo e material/urbanístico. Sob o ponto de vista formal, os objetivos a serem alcançados se referem à elaboração de uma proposta de legislação de uso e ocupação do solo, a ser apreciada pela Câmara Municipal. METODOLOGIA: Nestas condições, as atividades do projeto podem ser divididas em três: em um momento, volta-se para o levantamento de elementos aptos a ensejar uma primeira proposta que será levada à discussão com a comunidade, para que esta verifique a compatibilidade com as necessidades locais e possibilite a realização dos ajustes necessários para a elaboração de uma proposta final de legislação de uso e ocupação do solo que torne possível a exploração sustentável da atividade turística na região, com preservação do meio ambiente natural e inserção da comunidade no processo de desenvolvimento da atividade econômica da área. RESULTADOS ESPERADOS: O zoneamento da região, sua classificação e uma proposta de legislação viriam como a parte material do projeto, visando a ordenação desse espaço urbano que se configura no distrito citado, dado o forte potencial de crescimento local impulsionado pelo aumento da demanda turística. 099405968 MEIO-AMBIENTE BIODIVERSIDADE DE PEIXES E USO SUSTENTÁVEL NOS AÇUDES DA BACIA DO RIO TAPEROÁ DO SEMI-ÁRIDO PARAIBANO. Jane Torelli; Victor Coelho; Fabiana S. Guimarães; Carolina Cappellari; Rosangela Siqueira; Márcio Frazão; Cleberto da Silva Costa; André P. de Oliveira (PELD- Programa Ecológico de Longa Duração/CNPq/DSE/CCEN), ([email protected]) UFPB A diversidade de peixes nos açudes do semi-árido paraibano é formado por uma grande maioria de espécies exóticas, as quais desencadeiam alterações na estrutura populacional dos ecossistemas, levando assim, a um comprometimento da estrutura trófica das espécies nativas. Desta maneira, se faz necessário o conhecimento da biodiversidade de peixes, por considerar ser de fundamental importância para o desenvolvimento sustentável da região. Este trabalho tem o objetivo de conhecer a biodiversidade de peixes dos açudes da Bacia do Rio Taperoá, bem como, conscientizar as comunidades, da importância da conservação e uso sustentável destes ecossistemas. Este estudo está sendo desenvolvido em quatro açudes da Bacia do rio Taperoá, Cariris Velhos, no Semi-árido Paraibano, durante o período de um ano, iniciado a partir de julho de 2002, com coletas mensais, utilizando-se redes de emalhar (malha 15, 25, 35 e 45mm de nó a nó), rede de arrasto (malha 15mm de nó a nó), rede tarrafa (15mm de nó a nó), puçás e covos. Após as coletas o material é colocado em isopor com gelo e transportado para o Laboratório de Ecologia/CCEN/UFPB para posterior identificação taxonômica, catalogados e colocados à disposição da Coleção Ictiológica da UFPB. Paralelo às coletas está sendo questionado a comunidade, sobre a importância e do uso desses ecossistemas na região. Os resultados obtidos irão fornecer dados sobre a biodiversidade dos açudes acima mencionados, com a finalidade de passar a comunidade a importância da viabilidade do uso da piscicultura como meio de subsistência, utilizando espécies de importância econômica sem degradar os ecossistemas da região, mantendo assim, a conservação e preservação desses ambientes na região do semi-árido paraibano. 099405969 UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS ALIMENTARES PELOS PEIXES NOS AÇUDES DA BACIA DO RIO TAPEROÁ, CARIRIS, DO SEMI-ÁRIDO PARAIBANO. Jane Torelli; Victor Coelho; Fabiana S. Guimarães; Carolina Cappellari; Rosangela Siqueira; Márcio Frazão; Cleberto da Silva Costa; André P. de Oliveira (PELD- Programa Ecológico de Longa Duração/CNPq/DSE/CCEN) ([email protected]) UFPB Os recursos alimentares são compartilhados pelos peixes de forma associada ou competitiva entre as espécies, deste modo, o hábito alimentar dos peixes pode sofrer alterações de acordo com a disponibilidade de alimentos e/ou modificações do meio. Este trabalho tem por objetivo caracterizar a estrutura trófica das populações de peixes nos açudes, bem como, conhecer os itens alimentares consumidos por essas espécies nas mais diferentes fases de crescimento. Os peixes estão sendo adquiridos em quatro açudes da Bacia do Rio Taperoá, no Semi-árido Paraibano, em coletas mensais, durante um período de um ano, com o uso de redes de emalhar (malha de 15, 25, 35 e 45mm nó a nó), rede de arrasto (malha de 15mm nó a nó), rede tarrafa (malha de 15mm de nó a nó), puçás e covos. Após as coletas os espécimes foram separados por lote, transportados para o Laboratório de Ecologia/CCEN/UFPB, onde são pesados e medidos e parte dos exemplares passam por uma bateria de medidas morfométricas e merísticas para identificação taxonômica, catalogados na Coleção Ictiológica da UFPB. Para conhecer a estrutura trófica da população é feito uma incisão abdominal, onde são expostos o tubo digestivo, para a observação do grau de repleção do estômago (GR) e/ou intestino conforme a espécie, e retirada do conteúdo alimentar para posterior análise macro e microscópica. Da cavidade abdominal ainda são retiradas as gônadas para serem identificado o sexo e o estádio de maturação das mesmas, para juntamente com as fases de crescimento das espécies descrever como serão utilizados os alimentos naquele ecossistema. Espera-se com os resultados conhecer os diversos recursos alimentares existentes nos referidos ambientes, bem como, descrever as relações destas espécies com o meio onde vivem, e ainda elaborar propostas de manejo pesqueiro de forma a que a comunidade possa desenvolver o cultivar peixes, visando a conservação e preservação da biodiversidade íctica nativa naqueles ecossistemas. 099405969 EXTENSÃO PESQUEIRA EM ITAPISSUMA/ PE, NO ÂMBITO DO PROJETO MANGUEZAL EM NOSSA CASA. David César de França Cordeiro; Gilmery Vicente da Silva; Alexandre Tenório Pinto de Araújo; Márcia Dacilene Correia do Prado; Henrique Monteiro de Barros UFRPE O presente trabalho foi realizado no Município de Itapissuma, litoral norte do Estado de Pernambuco, no âmbito do projeto “Manguezal em nossa casa” da UFRPE. As atividade foram sediadas na Colônia de Pesca Z10 localizada no centro de Itapissuma, entre 03 de março e 04 de maio de 2002, aos sábados das 08:00 às 12:00 horas e das 14:00 às 16:00. Os objetivos deste trabalho foram: Informar, conscientizar e sensibilizar os alunos para preservação do meio ambiente; Formar multiplicadores MEIO-AMBIENTE de conhecimentos sobre preservação do meio ambiente; Passar conhecimentos sobre a ecologia e as relações entre animais aquáticos e o meio ambiente; Capacitar os alunos nas técnicas de piscicultura ornamental e tecnologia do pescado. Foram utilizadas como ferramentas de repasse de informações, aulas práticas e teóricas, animais frescos, como peixes, polvo, mariscos, siris, camarões e carangueijos, adquiridos aos arredores e da própria colônia, elaboração de redações baseadas em temas previamente discutidos e trabalhos plásticos de expressão em papel. Foram realizadas um total de seis oficinas na área de pesca e educação ambiental, a saber: Peixes, crustáceos e moluscos; Cultivo de Peixes ornamentais I; Cultivo de Peixes ornamentais II; Situação ambiental do Canal de Santa Cruz; Tecnologia do pescado I (Produção de bolinho de peixe e fish-burger); Inspeção e conservação do pescado e Tecnologia do pescado II (Filetagem e Produção de Farinha de camarão). Durante todo o projeto foi notória a dedicação dos alunos e o empenho dos mesmos em aprender e colaborar com toda equipe do projeto. 100305949 MÓDULOS DEMONSTRATIVOS DE RECUPERAÇÃO DAS ÁREAS DEGRADADAS Gilmery Vicente da Silva; Isabelle Meunier; José Serafim Feitosa Ferraz; Jorge Luiz das Neves ; Uided Maaze Tiburcio Cavalcante; David César de França Cordeiro. UFRPE O presente trabalho vem sendo realizado no município de Catende, Zona da Mata do Estado de Pernambuco, no âmbito do projeto “Ação Florestal em Catende”. O principal objetivo baseia-se na instalação de módulos demonstrativos utilizando mudas de leucena inoculadas com rizóbio e fungos micorrízicos arbusculares (FMA), visando a recuperação de áreas degradadas no Engenho Harmonia e incentivar a comunidade a utilizar práticas conservacionistas de proteção dos solos. Inicialmente, com o auxílio da administração do Engenho e da comunidade definiu-se a área onde foram instalados os dois módulos demonstrativos, os quais ocuparam uma área total de 512m2, cada módulo foi dividido em três unidades demonstrativas contendo 32 plantas cada uma, com espaçamento de 2 × 2 metros correspondendo à distância das mudas de leucena associadas a rizóbio e FMA e mudas não associadas a estes microrganismos. A produção das mudas seguiu as seguintes etapas: quebra de dormência; depois foram semeadas para bandejas de células contendo solo de textura arenosa; a inoculação do rizóbio (fornecido pelo NFB/UFRPE) foi feita nessa ocasião; essa atividade foi desenvolvida em casa de vegetação do Departamento de Ciência Florestal/ UFRPE. Após 40 dias, com a emissão de duas folhas verdadeiras foi realizado o transplantio para sacos apropriados à produção de mudas contendo solo do local, quando foram inoculados os fungos micorrízicos arbusculares (fornecidos pelo Laboratório de Micorrizas/Deptº Micologia/UFPE); após 90 dias as mudas foram transplantadas para a área pré-definida. A partir de então, o crescimento das plantas será avaliado, por medida de altura tomada pela comunidade local, o qual será feito mensalmente. Há também participação da comunidade em cursos de capacitação onde, através de palestras, os agricultores recebem orientações, sobre conservação do solo; utilização de leguminosas na recuperação do solo e importância da vida no solo. Espera-se com os resultados finais, registrar o surgimento de outros vegetais (sucessão natural) nos módulos demonstrativos, proporcionando a recuperação de áreas degradadas, principalmente, pelo monocultivo de cana-de-açúcar, disponibilizado para o cultivo de produtos agrícolas, garantindo assim a sustentabilidade local. 1020021001 OFICINA DE EDUCAÇÃO SANITÁRIA E AMBIENTAL (ANO III) Ricardo C. da Costa1;; Paula P. de Mello1; Wallace V. Roque1; Elio L. Guimarães1; Marcelo M. Lopes2; Alex M. Nina2; Osvaldo da S. Rufino2; alunos da disciplina Engenharia Ambiental2; Annunziata D. Chateaubriand3; Ellen B. de Andrade3 UA O projeto de extensão universitária “Oficina de Educação Sanitária e Ambiental”, do Laboratório de Saneamento (LS) da Universidade do Amazonas (UA), desde 1999, realiza de modo contínuo e permanente, atividades de assessoria e de consultoria em Educação Sanitária e Ambiental, bem como projeta, executa e aplica protótipos de materiais didáticos (folders, cartilhas, cartazes, jogos, kits experimentais, teatrinhos, brinquedos, etc) para educação sanitária e ambiental, junto a comunidades e a instituições públicas e privadas. Para tanto, são desenvolvidos levantamentos bibliográficos, estudos de caracterização prévia (objetivos, público alvo e contexto local) e é prestada assessoria por meio de reuniões, palestras, oficinas, atividades lúdicas e práticas de campo. Devido ao caráter multi e interdisciplinar dos programas ambientais, as atividades são realizadas por professores, técnicos e alunos de diferentes áreas do conhecimento, principalmente, Engenharias Civil e Elétrica, Desenho Industrial, Medicina, Direito, Educação Artística e Agronomia, da UA e de outras instituições de ensino superior, cada um trabalhando na sua especialidade, buscando a “unidade na diversidade”. Nesses três anos, foram desenvolvidas atividades nas áreas de: cidadania, gestão ambiental, água de abastecimento (captação, reservação e tratamento), esgoto (coleta e tratamento), lixo (acondicionamento, coleta e disposição/tratamento), higiene corporal e do ambiente, saúde, fontes de energia, energia solar e práticas agrícolas sustentáveis. Em 2001, foi dado suporte a programas de ensino e de extensão da UA, de educação ambiental da Secretaria Municipal de Educação, e de gestão ambiental da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Meio Ambiente. Dentro dos programas da UA, o projeto atuou na área rural do município de Manaus, em suporte às atividades de saneamento e de educação ambiental do Projeto Tupé, executado no Tupé, e, na área urbana daquele município, em suporte a ações de educação ambiental destinadas a bairros da periferia e áreas de invasão. Ainda em 2001, foram apresentados trabalhos referentes as atividades do projeto no I Encontro Regional de Educação Ambiental - Pólo Amazonas e Roraima (WWF) ; no IV Encontro Nacional de Estágio (IEL); e, no VI Congresso Ibero-Americano de Extensão. Ao longo do tempo observa-se que a equipe do projeto (duas MEIO-AMBIENTE professoras e alguns técnicos e auxiliares do LS/FTUA) tem aumentado, não só pelo estabelecimento de parcerias como, principalmente, pelo envolvimento cada vez maior de acadêmicos nas atividades do projeto. Conclui-se, também, que projetos dessa natureza são muito importantes para a formação de acadêmicos, uma vez que os inserem na realidade local, além de ampliar os conhecimentos adquiridos em sala de aula, e contribuir com ações concretas para a melhoria das condições de vida das populações-alvo, resultando na formação do profissional cidadão com consciência social e compromisso político. Por outro lado, é despertado, nesses alunos, um maior interesse pelo seu curso de graduação, com reflexos na qualidade dos trabalhos acadêmicos produzidos, possibilitando sua participação em eventos diversos, e promovendo o contato desses alunos com os diversos setores da UA e de outras instituições envolvidas. 1discente bolsista; 2 discente voluntário; 3 coordenadora Laboratório de Saneamento – DHS/FTUA 1020051001 ESTUDOS DO GEO AMBIENTE E DOS ATRATIVOS TURÍSTICOS DA CACHOEIRA DO SANTUÁRIO E ÁREA DE INFLUÊNCIA A MONTANTE – PROJETO SANTUÁRIO – FASE I Adnilson Cruz da Silva1, Maria Rosária do Carmo2; José Duarte Alecrim3, Lídia Araújo Medina4 e Januário Gama dos Santos5. No mundo atual, está sendo a cada dia mais valorizado a componente ambiental de inúmeras atividades humanas entre o lazer e nesta área o ecoturismo desponta não apenas como forma de lazer, mas também de desenvolvimento sustentável. Na presente fase desse projeto foram levantados os dados geo-ambientais intimamente relacionados ao ambiente geológico no qual se insere a área objeto de estudos, realizada a sua interpretação preliminar, preparadas as planilhas para serem aplicadas na segunda fase, juntamente com a coleta e análise de água e realizadas as primeiras inferências qualitativas sobre a origem e o poder aquisitivo dos usuários. O estudo dos fatores controladores dos impactos ambientais revelou-se de fundamental importância, tendo em vista que os prejuízos gerados por esses impactos, tais como: danos à flora e a fauna, perda de solos agricultáveis, etc. A ocupação do território, do entorno do complexo turístico está ocorrendo de modo que poderá, num futuro próximo, impactar os recursos hídricos (superficial e subterrâneo) da principal área de recreação utilizada atualmente que é a Cachoeira do Santuário, visto que todas as instalações estão a montante da primeira queda d’água. Os parâmetros obtidos nessa fase do projeto, no que diz respeito ao geoambiente, mostram que as rochas que afloram ao longo da bacia a montante são arenitos e que as quedas d’água são provenientes da dissecação do planalto associadas a processos geológicos de fraturamento e falhamento. No que diz respeito à ocupação do território na bacia hidrográfica a montante da cachoeira do Santuário, ao longo do igarapé, até o momento foram identificados pela equipe uma área de recreação (banho) imediatamente a jusante da estrada Presidente Figueiredo – Balbina e outra na Cachoeira da Porteira, também conhecida como Cachoeira do Portal. Além disso há atividade agro-pastoril em pequenas e médias propriedades. Ao final desta fase teve-se conhecimento de um assentamento do INCRA que está sendo iniciado nas nascentes do igarapé, tal área será uma das primeiras a ser estudada na próxima fase. A origem e o poder aquisitivo dos usuários identificados preliminarmente, embora se ressalte a importância para o implemento de novas modalidades de lazer, deverá ser visto com atenção, devido à possibilidade da não obtenção de capital a ser investido prioritariamente em atividades ecoturísticas, pois aparentemente não existe uma mentalidade consolidada dos capitalistas locais em aplicar maciçamente em atividades desse gênero. Os resultados obtidos até o presente momento justificam a continuidade das atividades do projeto para atingir os objetivos estabelecidos. 1 discente bolsista; 2 discente voluntário; 3 coordenador; 4 colaboradora ICE; 5 colaborador ICB. 106005860 EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA REFLEXÃO METODOLÓGICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO NO RIO DO PEIXE. Adeilza Dutra Gomes, Francisca de Paula Celeste de Sá Resende. Janaina Pereira da Nóbrega, Iara jane Cavalcante Lira, José Maria Gurgel, Francisco Augusto de Souza UFCG (INTRODUÇÃO) Atualmente, a população mundial enfrenta grandes problemas sócio-ambientais que vêm catalizando as tensões sociais e tornando crítica a relação sociedade/natureza, pressionando a exploração dos recursos naturais e a degradação do meio ambiente, em busca do desenvolvimento sócio-econômico. É primordial falar sobre a importância de se ter uma visão holística e sistêmica a respeito da problemática ambiental. A Educação ambiental é um espaço institucional importante para se promover pesquisas e estudos sobre temáticas referentes à sociedade e a ambiência, numa visão mais globalizante, que relaciona a sustentabilidade e a qualidade de vida local, regional e global. (METODOLOGIA) Os aspectos metodológicos deste trabalho têm o intuito de implementar o conhecimento científico da Educação Ambiental nas escolas públicas e privadas do Vale do Rio do Peixe/PB, mediante planejamento de atividades e levantamento bibliográfico, que forneçam subsídios adequados para o desenvolvimento das atividades prático-teóricas do projeto. Além do trabalho de coleta, análise integrada e sistematização de dados. (RESULTADOS) Com base nos procedimentos metodológicos e nos objetivos, pôde-se visitar as escolas de Ensino Fundamental e Médio das cidades de Cajazeiras, Sousa, São João do Rio do Peixe, Bom Jesus, Santa Helena e Marizópolis, todas localizadas no Vale do Rio do Peixe, para discutir com a comunidade discente e docente os problemas ambientais, através de palestras, encontros e cursos de Capacitação em Multiplicadores em Educação ambiental. (CONCLUSÃO) Diante do exposto, o projeto tem promovido a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino e trabalhado com o público, em torno dos problemas ambientais MEIO-AMBIENTE inerentes aos municípios localizados no Vale do Rio do Peixe, visando à preservação do meio ambiente e conservação dos recursos naturais disponíveis na região, com o apoio do PROLICEN e Campus de Cajazeiras/UFCG. MEIO-AMBIENTE 106105875 PRAIA LIMPA, BAÍA VIVA: UMA EXPERIÊNCIA DE EXTENSÃO PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E CIDADANIA NA CIDADE DE BAÍA DA TRAIÇÃO-PB Marsílvio Gonçalves Pereira, Vera Lúcia Araújo de Lucena, Humberto Vieira Farias, Sara Ingrid UFPB (INTRODUÇÃO) O aumento das atividades humanas nas áreas litorâneas e a crescente utilização dos recursos naturais marinhos vêm degradando o ambiente na Baía da Traição (Litoral Norte do Estado da Paraíba). A conservação e preservação desse sistema natural dependem de uma série de ações integradas. Dentre essas, uma das mais importantes, é a sensibilização da comunidade local da influência de suas atividades diárias sobre o meio ambiente. Assim, este trabalho consiste numa experiência de extensão universitária para a educação ambiental no currículo da escola de ensino fundamental e médio, junto a professores e alunos, tendo como ponto de partida suas representações sobre as questões ambientais e suas conseqüências e incentivar a formação e manutenção de um vínculo afetivo individual e coletivo com o meio ambiente local. (METODOLOGIA) Esta proposta vem sendo trabalhada na Escola Municipal de Ensino Fundamental e Médio Antônio Azevedo na cidade de Baía da Traição-PB e no Laboratório de Ensino de Ciências do DME/CE/UFPB. Foram realizadas: visitas periódicas a comunidade e a escola com o propósito de envolver a comunidade escolar sobre a importância do trabalho na construção do Projeto Político Pedagógico e portanto,no currículo escolar, que tem como núcleo temático: MEIO AMBIENTE, CULTURA INDÍGENA E CIDADANIA; pesquisa sobre a percepção ambiental de professores, alunos e funcionários (comunidade escolar); oficinas de sensibilização ambiental; oficinas pedagógicas; produção de material educativo e realização de uma avaliação parcial dos trabalhos desenvolvidos. (RESULTADOS e CONCLUSÃO) De acordo com a percepção ambiental de alunos e professores e observações realizadas no ambiente escolar e em seu entorno, constatou-se que um dos problemas mais acentuado dessa comunidade é a questão de resíduos sólidos (lixo). Constatamos também que as oficinas pedagógicas e as de sensibilização ambiental vêm tendo uma repercussão positiva quanto ao envolvimento de alunos e professores com as questões ambientais locais. 106205857 EDUCAÇÃO AMBIENTAL: PERSPECTIVA E METODOLOGIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO NO MUNICÍPIO DE CAJAZEIRAS/PB. Lucineide Figueiredo de Sousa* Maria Luzenilda Ferreira de Lacerda* Antonia Lira** Iara Jane Cavalcante Lira** Marcos Assis Pereira de Souza*** Francisco Augusto de Souza*** UFCG (INTRODUÇÃO) A acelerada degradação dos recursos naturais provocada pela ação antrópica está comprometendo os ecossistemas, ocasionando a extinção de várias espécies, poluição, desintegração social, etc. O atual desenvolvimento econômico, pautado por um modelo de sociedade de consumo desencadeou a uma crise ambiental de âmbito mundial. A Educação Ambiental, através de métodos didático-pedagógicos, viabilizará a compreensão e a sensibilização da população em relação o meio ambiente, com o objetivo de minimizar a problemática socioambiental, criar alternativas para melhorar a qualidade de vida e promover a sustentabilidade local. (METODOLOGIA) Percebeu-se, então, a necessidade urgente de se investir em Educação Ambiental, utilizando métodos capazes de promover nas escolas, um conhecimento integral das questões ambientais sobretudo locais. O objetivo do projeto é promover a Educação Ambiental no ensino fundamental e médio no município de Cajazeiras; realizar seminários, palestras e encontros com os alunos da Prática de Ensino do CFP e professores das escolas públicas; examinar as principais questões ambientais, do ponto de vista local sem perder de vistas as grandes questões nacionais e internacionais. (RESULTADOS) Capacitou-se um elevado número de professores do Ensino Fundamental e Médio como Multiplicadores em Educação Ambiental; despertou-se uma grande parcela dos alunos (ensino fundamental e médio e alunos da Prática de Ensino) nas questões ambientais que afligem a nosso município, através de palestra e encontros de Educação Ambiental. (CONCLUSÃO) A necessidade de se introduzir a Educação Ambiental nos diversos graus de ensino é de fundamental importância, pois, ela sensibiliza e formar futuros cidadãos. Além de possibilitar conhecimentos e habilidades capazes de promover a sustentabilidade e melhor a qualidade de vida da comunidade, desperta a necessidade de preservar o meio ambiente e conservar os recursos naturais no município de Cajazeiras/PB, com o apoio do PROLICEN e Campus de Cajazeiras/UFCG. *Alunos bolsistas, **Alunos voluntários, ***Orientadores 106805865 EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA PROPOSTA DE ECOTURISMO NO VALE DO RIO DO PEIXE/PB. Janaina Pereira da Nóbrega**** Mônica Queiroga Abrantes*; Francisco Augusto de Souza**; José Maria Gurgel**; Rômulo Alves Augusto de Souza***; Sílvia Queiroga Nóbrega***; Kátia Shirley Gomes Trigueiro****. UFCG MEIO-AMBIENTE (INTRODUÇÃO) O estudo desenvolvido na bacia do rio do Peixe, foi importante, pelo motivo de se levantar dados das pegadas fósseis de mais de cinqüenta espécies de dinossauros, datadas de 60 (sessenta) a 120 (cento e vinte) milhões de anos, conservadas e preservadas pela fossilização de arenitos e argilítos. Este trabalho deu uma grande contribuição para a divulgação desse patrimônio histórico natural, promovendo o turismo sustentável na região e a participação das escolas públicas e privadas do Vale do Rio do Peixe nas discussões sobre os problemas sócio-ambientais do Parque dos Dinossauros. No contexto geral deste trabalho, levantou-se as questões que têm provocado a degradação do meio ambiente e a qualidade vida na região do Vale dos Dinossauros. Entre elas, a falta de uma política de conservação e preservação das pegadas fósseis por parte dos órgãos públicos estaduais e federais; o desconhecimento de normas e leis ambientais pela comunidade, visitantes e turistas do parque; o uso inadequado do solo para as construções; a ausência de uma política de desenvolvimento para o ecoturismo regional e a falta de divulgação do potencial turístico existentes na região. (METODOLOGIA) Os estudos e as pesquisas deste projeto foram desenvolvidos através de levantamentos teóricopráticos, mediante pesquisas bibliográficas e cartográficas; observações de campo, entrevistas e aplicação de questionários à comunidade da região; fotografias e filmagens dos aspectos paleontológicos, arqueológicos, ambientais, econômicos, turísticos e sociais para produção de painéis e vídeos; reprodução de textos e materiais de divulgação; sistematização dos dados coletados para a elaboração de um plano de gestão participativa para o turismo sustentável no Vale dos Dinossauros; promoção de eventos culturais; realização de cursos de treinamento e capacitação em Educação Ambiental para a comunidade em geral. (RESULTADOS) Mediante os objetivos e a metodologia utilizada na pesquisa, os resultados atingidos foram: a implantação de um roteiro turístico para divulgação do Vale do Rio do Peixe/PB; a elaboração de materiais didáticos; o envolvimento das escolas públicas e privadas de diversas localidades do Sertão Paraibano com o patrimônio histórico natural e cultural; a realização do I Encontro de Ecoturismo no Vale do Rio do Peixe/PB, promovido pela equipe do projeto com apoio da Universidade federal da Paraíba-UFPB, Serviço Social do Comércio-SESC/PB, Serviço Social da Indústria-SESI, Federação da Indústria do Estado da Paraíba-FIEP e das empresas privadas da cidade de Sousa/PB; a elaboração de um plano de gestão participativa para o turismo sustentável no Vale dos Dinossauros, viabilizando o desenvolvimento do ecoturismo e a melhoria da qualidade de vida da população local; e a participação da equipe do projeto em eventos culturais. (CONCLUSÃO) Tendo em vista as preocupações das comunidades do Vale do Rio do Peixe e dos turistas que visitam a região com os problemas sócio-ambientais que provocam a deterioração do potencial turístico da região. Foi realizado um estudo sobre a problemática local com o objetivo de encontrar possíveis soluções para a preservação e a conservação do patrimônio histórico natural e a divulgação do potencial turístico da região, com o apoio do PROBEX e Campus de Cajazeiras/UFCG, SESC/PB, SESI/FIEP e SEBRAE. Aluno Bolsista* Orientador** Aluno Extensionista colaborador*** Extensionista Colaborador****. 107205872 CARACTERIZAÇÃO DOS CATADORES DE PAPEL NO COMÉRCIO DE FEIRA DE SANTANA –BA Celso Luiz P. da Silva *, Clairton Batista Vieira*, Gilmar Matias P. Júnior*, Wilson Dourado Lima*, Maria de Fátima Nunesmaia** UEFS Desenvolvido no centro da cidade de Feira de Santana-Ba como parte dos requisitos para avaliação e conclusão da disciplina Ciências do Ambiente, este trabalho descreve a atividade realizada pelos catadores informais de lixo e tem por objetivo relatar, além das condições de trabalho dessas pessoas, a importância desta atividade no que se refere aos benefícios ambientais gerados e dar sugestões de gerenciamento dos resíduos da cidade envolvendo a participação dos catadores.A pesquisa consistiu em entrevistar, nos locais de concentração de resíduos – centro da cidade, os catadores informais a fim de obter informações do tipo: carga coletada por dia, tipos de materiais coletados, transporte utilizado, locais de venda dos materiais, nível de instrução do catador, preço do material coletado, entre outros.Com base na realidade vista nas ruas de Feira de Santana percebemos a possibilidade de melhorar as condições de trabalho dos catadores, cuja atividade desenvolvida é de suma relevância, uma vez que os mesmos contribuem para o ciclo de reciclagem e preservação do meio ambiente. A construção de postos centrais de recolhimento, o cadastramento dos catadores e, principalmente, a educação ambiental junto aos lojistas, à população e aos próprios catadores, são algumas das sugestões para o gerenciamento dos resíduos recicláveis que podem ser viabilizadas por meio de campanhas confinante à prefeitura municipal e empresários do comércio feirense.Constatou-se que a atividade de catação vem melhorando o aspecto visual e ambiental da cidade, mas a falta de um projeto estratégico que absorva de forma sistematizada os catadores tem permitido que sucateiros e depositários obtenham lucro do trabalho desempenhado por estes “Profissionais do lixo”. * Alunos/Engenharia Civil/UEFS; * Prof.ª Dr.ª/DTEC/UEFS 107305897 CONSCIENTIZAÇÃO DA IMPORTÂNCIA DA PODA NA ARBORIZAÇÃO URBANA DO MUNICÍPIO DE PITIMBU/PB Analice M. da Silva1; Francisco B. Silva1; Jaidenilson V.de Lima1; Justino F. Dourado Filho1; Macilene S.da Silva1; Marcelo R.da Silva1; Maria A. da Costa1; Nivaldo S. de Souza1; Wedja S.da Silva1; Anísio F.Soares2. UFRPE MEIO-AMBIENTE Durante as atividades desenvolvidas pelo Programa Universidade Solidária, módulo nacional-2002, no município de Pitimbu/PB, a equipe executora detectou a necessidade de se fazer uma ação emergente relacionada à poda tendo em vista a situação em que se encontrava a arborização pública do município. Assim sendo, foi realizado este trabalho visando levar informações adequadas sobre técnicas no planejamento da arborização e poda urbana, sendo dividido em duas etapas, na primeira foram realizadas palestras, com duração de 5 horas, abordando os pontos importantes de um planejamento e sua adaptação diante da realidade local, numa segunda etapa, foram realizadas as práticas, com duração de 10 horas, nas ruas, praças e passeios. Nesta ação o público alvo foi funcionários da secretaria de infra-estrutura, onde foi detectada a necessidade de trabalhos de maior duração, pois verificou-se ainda que as autoridades locais tem tentado, sem sucesso, arborizar as ruas e logradouros da cidade, talvez por não ter feito ainda um trabalho de sensibilização com a população, em relação aos benefícios da arborização urbana. Espera-se que com este trabalho, funcionários e população em geral tornem-se agentes multiplicadores no que se refere a uma conduta em relação a conservação dos recursos naturais, pois neste contexto está inserido uma melhoria na qualidade de vida. 1Discentes da UFRPE; 2Docente da UFRPE 109105983 ECOTURISMO COMO ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL APLICADO AO MUNICÍPIO DE SAQUAREMA- RJ Brandão, Ana Maria – ([email protected]) UFRJ/IGEO O turismo é considerado, atualmente, a mais promissora das atividades sociais, sendo resultante da conjugação de fatores sociais, políticos, econômicos, ideológicos, culturais, técnico-científicos e ambientais, que passaram a impulsioná-lo e a configurá-lo como fenômeno característico da sociedade moderna. O município de Saquarema situa-se entre o Oceano Atlântico e o conjunto montanhoso da Serra do Mar, na Região das Baixadas Litorâneas, conhecida como Região dos Lagos, a cerca de cem quilômetros da metrópole carioca. Sua população é de 45 mil habitantes e graças a sua beleza e patrimônio natural com características de diversidade do seu quadro hidro-geo-ecológico (praias, lagoas, montanha, reserva biológica) e histórico-cultural (igreja, festa religiosa, sambaquis), revela-se bastante promissor à instalação do turismo sustentável. Projeto do Laboratório de Climatologia e Análise Ambiental – CLIMAGEO, coordenado pela professora Ana Maria Brandão, através da Sub-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ, com a aprovação do Programa Universidade Solidária Regional que contou com parceria do Fórum de Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável de Saquarema, do poder público e da sociedade local. Este visou construir um novo horizonte profissional através da capacitação de jovens para atuar na atividade turística e contribuir para transformar o conteúdo histórico de Saquarema em produto turístico criando atrativos para seu turismo interno como ponto de partida para a ampliação de suas atividades econômicas e comerciais. Assim, este projeto de capacitação apresenta-se intimamente associado à melhora da qualidade de vida do município, além de um importante instrumento de ação para a prática de educação ambiental e preservação do patrimônio local. O curso foi ministrado por equipe interdisciplinar (Geógrafos: Ana Brandão, Cristiane Cardoso e Francisco Pontes M. Ferreira (Jornalista); Historiadores: Carlos Henrique Paiva e Jacqueline de Cassia Lima; Arquiteta: Ana Cristina Villaça; Sociológa: Joseane Brandão) e teve duração de seis meses. Baseado em metodologia construtivista foram oferecidas atividades didático-pedagógicas de sensibilização, conscientização, educação ambiental, trabalhos de campo e oficinas sempre motivadas com recursos audiovisuais, como meta de preparar os jovens como agentes multiplicadores dessa experiência com a gestão do turismo sustentável em Saquarema. A articulação dos jovens como vigilantes ambientais e disseminadores das ações do projeto na comunidade por meio de palestras nas escolas e caminhadas ecológicas em trilhas, a criação de Boletim Ambiental como instrumento de defesa do patrimônio ambiental e cultural de Saquarema e a produção de um vídeo com as principais atividades desenvolvidas no curso, estão entre os produtos gerados para os jovens envolvidos no projeto. 111605933 PERCEPÇÃO DA IMPORTÂNCIA DOS RECURSOS HÍDRICOS Rogério Rodrigues Sallaberry UFRGS Esse trabalho refere-se a ação de um projeto de extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Sul conduzido por alunos, professores e agricultores de um assentamento localizado no município de Guaíba-RS. Os recursos para o desenvolvimento desse trabalho foram disponibilizados pelo Programa Universidade Solidária. O projeto tem um caráter multidiciplinar visando à melhoria da qualidade de vida através de um desenvolvimento sustentável. Dentre as linhas de ação do projeto, destacamos as atividades desenvolvidas com relação aos recursos hídricos. O assentamento está situado na planície aluvial do lago Guaíba, e tem como matriz produtiva a pecuária de leite, a produção de hortaliças e em menor escala a produção do arroz irrigado e a piscicultura. Atualmente, a matriz está comprometida devido à contaminação das águas. Além disso, o alto nível do lençol freático cria condições de insalubridade a população residente devido ao risco de contaminação das águas de abastecimento doméstico. Por outro lado a falta de saneamento restringe também a possibilidade da implantação de um projeto de produção agrícola agroecológica. Para superar essas limitações o Projeto MEIO-AMBIENTE tem como objetivo ações de capacitação dos assentados para superação dos problemas relacionados com os recursos hídricos atuando com os assentados nas linhas de drenagem e saneamento ambiental. Uma das atividades de capacitação dos assentados foi realizada através de uma oficina onde alunos do Projeto desenvolveram um trabalho de percepção da importância dos recursos hídricos para os assentados utilizando resultados de um levantamento da qualidade de água de fontes de abastecimento como poços, açudes e canal de irrigação e da rede de distribuição de água da agrovila. A metodologia utilizada foi a utilização de diferentes materiais didáticos como maquetes e cartazes para possibilitar que os assentados pudessem internalizar os aspectos hidrológicos e a sua relação com a qualidade de água do assentamento e com isso voluntariamente montarem uma estratégia de trabalho para superar os problemas apontados pelo diagnóstico realizado pelo Projeto. Foi realizado também junto com essa oficina um painel sobre as principais doenças de transmissão hídrica e de veiculação hídrica. Ao final para um melhor entendimento foi realizado um exercício de limpeza de caixa d’água. O resultado esperado foi que, poucas pessoas realmente perceberam e reavaliaram o modo de gerenciar seu recurso hídrico. O grupo responsável pela drenagem dentro do assentamento iniciou uma série de reformas nos canais drenantes melhorando sensivelmente a situação local. OS RECURSOS HÍDRICOS NO ENSINO FUNDAMENTAL Marcelo Henrique de Melo Brandão; Iara Jane Cavalcanti; Sueli Arruda dos Santos UFPB/UFCG (INTRODUÇÃO) Em decorrência do crescimento urbano acelerado e não planejado, a sociedade urbana sofre algumas conseqüências catastróficas, onde lenta e gradualmente estão diminuindo a sua qualidade de vida. Na relação homem (sociedade) X meio-ambiente (recursos naturais), este segundo ainda é tido como inesgotável, sendo assim a despreocupação com este torna-se o maior problema desta questão. A falta de informação e a não conscientização da sociedade nos leva a degradar continuamente os recursos que nos são vitais. De acordo com VASCONCELOS SOBRINHO, “o fator limitante de ocupação das regiões em todas as partes do mundo é a água. A vida gerou-se na água e existe na dependência desta, de tal forma que toda estrutura viva é um depósito de água no qual se diluem substâncias minerais e orgânicas em graus diversos de concentração. Tanto é assim que a natureza desenvolveu nos organismos vivos métodos por vezes bastantes complexos de adaptação aos ambientes. E à medida que a escassez de água aumenta nesses ambientes, a capacidade de adaptação diminuiu, e o número de espécies que nele são capazes de sobreviver decresce gradativamente até a vida tornar-se de todo impossível.” (METODOLOGIA) Percebeu-se então a necessidade de uma intervenção educativa, visto que o modelo da sociedade consumista está impregnado na base cultural. O objetivo do trabalho é a confecção de uma cartilha didático/pedagógica com ilustração e texto com linguagem direcionada aos alunos do 1º e 2º ciclo do ensino fundamental que mostrará todo o processo da formação da água, sua origem, importância, uso e preservação. Além de sensibilizar e conscientizar futuros cidadãos para um uso racional da água; formar no alunado uma visão crítica com relação ao meio-ambiente e recursos hídricos; estimular a cidadania; despertar o interesse por temas ambientais; instigá-los a valorizar os recursos que lhes são vitais. (RESULTADOS) Tem-se observado uma maior participação do alunado, onde a partir de sua realidade vivida, já é possível detectar ações de desperdício de recursos hídricos se discutindo em sala-de-aula com o grupo e propondo-se formas mais racionais para a utilização dos recursos hídricos disponíveis. (CONCLUSÕES) O colapso do abastecimento de água em algumas partes do mundo já é uma realidade, conseqüentemente a discussão deste tema em sala-de-aula, nesta fase inicial, é de vital importância para a conscientização e mudanças de hábitos do alunado, pois foi observado uma maior participação e interesse do alunado neste tema. Este trabalho tem um caráter participativo, onde a confecção desta cartilha parte do conhecimento técnico sobre os recursos hídricos e somados a este, é trabalhada a realidade do semi-árido nordestino. 111901956 REQUALIFICAÇÃO DO MEIO AMBIENTE CONSTRUÍDO DO COMPLEXO URBANO DO MUNICÍPIO DE NOVA LIMA Adriano Mattos Corrêa e equipe Qualidade Urbana Centro Universitário Izabela Hendrix A sede do Município de Nova Lima é marcada pela qualidade diversidade histórica e estilística de seus edifícios arquitetônicos. Conforma um sítio urbano singular, originado em um contexto histórico de caráter único e inserido em uma paisagem natural riquíssima e bastante particular. O município, até bem pouco tempo, mantinha-se gerido por uma colonização inglesa voltada para a exploração do ouro na Mina de Morro Velho.Atualmente Nova Lima apresenta uma ocupação e um uso do solo urbano desgastado por um processo excludente e discriminatório, que acabou gerando um crescimento desordenado que desrespeita os seus edifícios históricos, a qualidade de vida de seus habitantes, a sua paisagem natural e a sua vocação futura. O PROJETO QUALIDADE URBANA, costurado por um convênio firmado entre a Prefeitura Municipal e a Escola de Arquitetura do Centro Universitário Izabela Hendrix, propõe um estudo e a implementação de um conjunto de ações, visando promover uma aliança saudável entre a Comunidade Local, a Prefeitura Municipal e as Empresas Sediadas no Município, em torno de interesses comuns que possam requalificar as relações entre a sociedade e o meio ambiente construído e natural do Município. O trabalho completa agora em outubro de 2002 um ano e quatro meses de gestão, onde 4 professores e mais 10 estudantes do curso de arquitetura desenvolvem um processo intenso de pesquisa e análise das possibilidades de ação capazes de promover e implantar os projetos elaborados em conjunto com a comunidade local. Como parte do processo de trabalho e envolvimento de todo o Município com o projeto, MEIO-AMBIENTE institui-se para 2003 o Ano Municipal da Qualidade Urbana. Durante este ano será deflagrado um processo de educação e participação de todos para a requalificação do meio ambiente construído e da relação e cuidados necessários para com o meio ambiente natural de Nova Lima. MEIO-AMBIENTE 113905971 EDUCAÇÃO AMBIENTAL SOCIALIZADA EM REDE Rogério Ferreira, Aurora Maria de Figueiredo Coelho Costa UFPB É constante a necessidade de investimento de profissionais e entidades mantenedoras da temática ambiental, na formação, capacitação e disseminação dos conhecimentos em Educação Ambiental.As pessoas que clamam por estes conhecimentos são inúmeras. Principalmente, professores e pesquisadores de áreas outras, não relacionados diretamente com o assunto que, em nome da clamada multidisciplinaridade das funções hodiernas, necessitam estar a par desta área do saber. Neste ponto, este projeto agiu e vem agindo, no sentido de não só capacitar pessoas para uma nova leitura de mundo, no tocante a temas de educação ambiental, como também, mostrar as novas ferramentas que poderão estar ao seu dispor, na luta por uma busca de melhoria na qualidade de vida. A internet e suas ferramentas com o Sistema de Geoprocessamente e seu processo de simulação, bem como toda a rede bibliográfica disponível on-line, estão sendo apresentadas neste projeto, para professores e público em geral, interessados neste tema. Oportunizando a todos, uma melhor facilidade de estudo, economia de tempo e espaço para estudo, bem como, uma oportunidade de formação continuada. 115105986 EXTENSÃO - IDENTIDADE CULTURAL: TRILHAS SOCIOPEDAGÓGICAS VIVIDAS COM LUDICIDADE JUNTO À NATUREZA. André Felipe Perruci, Ana Paula Santos, Gilberto M. Barbosa, Sandra C. França Correia, Fernanda Nepomuceno dos Santos, Profª. Dda. Tereza França, Profª. Drª. Katia Brandão/ / UFRN-FIR-BACOR/ UFPE-NIEL Projeto de Extensão desenvolvido junto aos visitantes do Horto de Dois Irmãos-PE, com a participação de crianças e jovens das Escolas Municipal e Estadual, circunvizinhas ao Horto. Este Projeto integra o Programa de Bolsas de Extensão, aprovado pela PROEXT-UFPE. Numa interelação UFPE-Instituições-Comunidades, amplia o horizonte sóciopedagógico da ação acadêmica que, através de práticas lúdicas visando o resgate da identidade cultural dos participantes, materializa a inter-relação ensino-pesquisa-extensão. Pelo caráter de valorização de práticas corporais e o meio ambiente, assegura à área da Educação Física, Lazer, elementos essenciais para a melhoria da qualidade de vida, visando a transformação social, com a participação direta e indireta da sociedade. Pretende-se avançar, ampliar e estimular a produção científica com a participação de disciplinas do Curso de Formação, como: Sociologia do Esporte e Prática de Ensino 1 e Prática de Ensino 2, consolidando os propósitos e diretrizes estabelecidas pela política de formação da UFPE, o que contribui também, para que a UFPE permaneça no “ranking” das Universidades Federais brasileiras mais produtivas e que consolida, também pela Extensão Universitária os desejos, anseios e interesses da sociedade a qual está inserida. Partindo do pressuposto de que a alegria e o prazer de aprender com a natureza significa (re) aproximar a comunidade ao fascínio e a magia que a natureza oferece, as práticas lúdicas, são possibilidades de viver e preservar o meio ambiente. As trilhas sóciopedagógicas são mais que andar em linha reta ou sinuosa, é viver a corporeidade plena sentindo a sensibilidade de ser, em que a natureza se encarrega de transformar espontaneamente a vida das pessoas, de uma maneira extraordinária, através de descobertas intermináveis. O contato sensível e intenso com a natureza, a magia dos troncos altos e esguio das árvores, iluminados ou não pelos raios de sol, a relva florida e seca que atraem a atenção de todos e os sons do vento e dos animais, sugerem inúmeras e significativas expressões e formas de linguagem como a literária, geográfica, histórica, dramatização, artes, contribuindo para ampliar o horizonte sociocultural para a vida dos que vivem toda essa magia. Assim, são traçados contornos que aproximam o ser do mundo e o faz presente e atuante no mundo que permanece em aceleradas e múltiplas transformações, visando a melhoria da qualidade de vida da população. É um empreendimento acadêmico ao combate à desigualdade e à exclusão social, no qual materializam-se ações que efetivamente integram a pesquisa, são sistematizadas no ensino e vividas na extensão, numa perspectiva interdisciplinar, operando contribuições para além das paredes das salas de aula e dos laboratórios universitárias. 115205992 COLETA SELETIVA: UMA ALTERNATIVA DE PRESERVAÇÃO PARA O MEIO AMBIENTE Itamara Farias Leite*, Ana Virgínia R. de A. Guimarães** ([email protected]) UFCG O Município de Campina Grande produz aproximadamente 200 ton/dia de resíduos sólidos, que são dispostos a céu aberto, numa área situada na periferia, ocasionando impactos negativos a saúde pública e ambiental e sérias implicações sociais. De modo que o ser humano toma, de maneira indiscriminada, os bens da natureza, os transforma em produtos de consumo e devolve-os na forma de lixo, irracionalmente e irresponsavelmente. Então é preciso buscar formas de sensibilizar o ser humano para que, coletiva ou individualmente, perceba seu poder na preservação do ambiente, possibilitando a qualidade de vida no presente e nas gerações futuras. Há três anos foi implantado um Programa de Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos num Bairro de Campina Grande como fonte de geração de renda e redução da poluição ambiental.Para isso foram MEIO-AMBIENTE realizadas atividades voltadas para a capacitação dos catadores através de cursos de cooperativismo, triagem de materiais poliméricos, além de ações de sensibilização junto a comunidade abrangida pelo projeto, buscando novas adesões ao Programa de Coleta Seletiva, uma vez que o sucesso do mesmo depende da participação e do comprometimento da comunidade. Através disto, pode-se notar um melhor aproveitamento dos resíduos sólidos destinados a reciclagem visando diminuir o desperdício, identificando e valorizando as possibilidades de reutilização destes materiais. Atualmente, a cooperativa (COTRAMARE) consta de 55 cooperados envolvidos no Programa de Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos que passam a ter melhores condições de trabalho, renda e qualidade de vida, adquirindo conhecimento ate então distantes. *Aluna, ** Orientadora 115305993 O MERCADO PÚBLICO E O DESENVOLVIMENTO URBANO E RURAL Márcia Roseane Targino de Oliveira**, Mônica Lima Porto*, Adilson Alves Costa* UFPB Em um dos maiores conjuntos residenciais da cidade de Campina Grande - PB, o conjunto Severino Cabral conhecido vulgarmente como as Malvinas, foi construído um mercado público, visando o abastecimento com gêneros alimentícios e geração de emprego e renda para a população. Com o objetivo de encontrar alternativas para incrementar essa atividade, permissionários, identificou-se com essa pesquisa os seus pontos fortes e fracos que serão futuramente usados para nortear ações de melhoria dessa rede de abastecimento. A escolha desse mercado para realização do estudo centrou-se no fato de possuir o mesmo uma estrutura física moderna e pouco tempo de funcionamento o que facilitará a implementação de programas que melhorem a interação entre a produção e a distribuição de gêneros alimentícios. A metodologia usada foi a do diagnóstico rápido e participativo (EMBRAPA. 1985) acompanhado por documentação fotográfica. Os dados obtidos revelaram que a atividade era desenvolvida por pequenos comerciantes sem capacitação técnica e principalmente na profissão; não havia uma oferta diversificada de gêneros alimentícios não criando, portanto, diferenciação dos demais locais de comercialização; as compras na sua maioria eram efetuadas na Empresa de Abastecimento usando como principal critério o preço e não a qualidade; não foi registrado cuidados especiais com acondicionamento, armazenamento, higiene e apresentação dos hortifrutis, porém, os produtos de origem animal são armazenados sob refrigeração. Apesar do mercado possuir excelente estrutura física e boa localização geográfica auxiliando na durabilidade dos produtos, necessários se faz aplicação de treinamentos para os permissionistas e implantação de programa de boas práticas de manipulação. *Alunos do curso de Agronomia. CCA / UFPB. Campus III - Areia – PB, **Profª. MsC do DSER/CCA/UFPB. Campus III Areia – PB ([email protected]) 100005780 LEVANTAMENTO SÓCIO ECONÔMICO PARA DESENVOLVIMENTO DE MODELO DE PRODUÇÃO AUTO-SUSTENTÁVEL NA REGIÃO DO VALE DO SÃO JOÃO Gonçalves, J. B. C.; Coelho, M. C. B.; Oliveira, S. A.; Pedrosa, A. L.; Olivera, C. S.da S.; Henrique, J.; Serra, J. C. V.; Fernandez, G. A. V.; Reis, M. dos.; Mantovani, N.; Nobrega, S.L. ([email protected]), ([email protected]), ([email protected]), ([email protected]), ([email protected]), ([email protected]), ([email protected]), ([email protected]), ([email protected]) CEULP/ULBRA Palmas é a mais jovem capital do Brasil, cidade planejada dentro de modernos padrões de desenvolvimento urbano. No entanto, a área agrícola no seu entorno ficou fora deste planejamento, apresentando hoje um grande número de famílias distribuídas em um grande número de pequenas propriedades (IBGE, 1997). O foco deste trabalho é apenas uma destas regiões, de um total de 6 áreas agrícolas delimitadas pela Prefeitura Municipal, denominada Região do Alto São João, que é banhada pelo córrego com o mesmo nome que denomina também a região. A micro bacia do Córrego São João, em sua maioria apresenta terras férteis, com água abundante, mas com muito pouco uso por parte dos proprietários, em função da falta de assistência técnica e do conhecimento de tecnologias aplicáveis, assim como também da situação econômica deficitária dos produtores. Para se planejar melhorias na região, região esta onde está localizada Fazenda Experimental do CEULP/ULBRA, foi feito um levantamento das propriedades, como descrito a seguir, buscando ter na Fazenda Experimental um centro de difusão de tecnologia para os produtores da região. Toda tecnologia gerada através de trabalhos do corpo docente e discente do curso de Engenharia Agrícola do Centro Universitário Luterano de Palmas-TO (CEULP/ULBRA) deverá ser levado ao público da região da microbacia, sendo incentivo de produção e processamento do produto (aves, suínos e bovinos). Também, todo zoneamento sócio-econômico e ambiental da real situação da população será encaminhado às autoridades, buscando a solução dos problemas da comunidade local. MEIO-AMBIENTE 099105767 ESTUDO SÓCIO-ECONÔMICO DO MUNICÍPIO DE SÃO FÉLIX – TO M. C. B. Coelho , S.A. Oliveira e A. L. Pedrosa ([email protected]); ([email protected]); ([email protected]) CEULP/ULBRA A região leste do estado do Tocantins denominada "JALAPÃO", situada entre os paralelos 9º e 48º de longitude oeste é formada pelos municípios de Lagoa do Tocantins, Lizarda, Mateiros, Novo Acordo, Ponte Alta do Tocantins, Rio Sono, Santa Tereza do Tocantins e São Félix do Tocantins, constituindo uma população de 28.072 hab. (IBGE-1997) que representa 2,6% do total do Estado (1.080.753 hab.), distribuídas numa área de 34.113,2km2 equivalente a 12,25% da área do Estado (278.420,7km2), representando uma densidade demográfica de 0,8 hab./ km2. A cidade de São Félix do Tocantins, fundada em 1993, possui uma população de 1.377 habitantes, distribuídos em uma área total de 1.916,4 km². A densidade demográfica é de 0,72 hab./km². Com relação à infra-estrutura é praticamente inexistente, não havendo agência bancária ou outros “benefícios da tecnologia” (SEPLAN, 1997). Realizou-se o zoneamento sócio-econômico do município de São Félix do Tocantins que servirá de base para tomada de decisões da prefeitura local, no que diz respeito ao Projeto de Moradia da Caixa Econômica Federal e melhorias da qualidade de vida do cidadão. A COMUNICAÇÃO A SERVIÇO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL Glauco Leonardo Duarte Gonçalves, Ederaldo Peixoto de Araújo, Marjorie da Fonseca e Silva Medeiros UFRN Este trabalho tem por objetivo usar a Comunicação Social para gerar uma conscientização em torno da questão ambiental no município de São Paulo do Potengi, dentro do Programa de extensão universitária da UFRN, Trilhas Potiguares; através de uma série de ações que vai desde a criação de um zine a ser desenvolvido com o material – textos e figuras - gerado por alunos de escolas públicas, que será distribuído no município; até a elaboração de uma oficina de fotografia pinhole, também na escola, com a finalidade de serem apresentadas às comunidades em uma exposição itinerante, além disso, está sendo elaborado um documentário abordando as questões ambientais locais, alertando a população para a situação atual e as conseqüências para o futuro. Com isto iniciamos um trabalho de sensibilização da comunidade para as questões de preservação do meio ambiente; além disso, auxiliar a comunidade do distrito de Jandaíra na obtenção de garrafas pet, matéria prima para a fabricação de vassouras, na fábrica que vem sendo implantada através de parceria entre os Programas Trilhas Potiguares e Universidade Solidária. Nem é preciso lembrar que a preservação do meio ambiente é primordial para que a nossa raça prospere na Terra. São de atitudes como essa, de abrangência local, que pode promover uma alteração no atual quadro de destruição que presenciamos diariamente quando caminhamos pela rua ou assistimos aos meios. Vamos pelo ditado “pense global, aja local”, pois esta é a verdadeira via de mudanças em nosso planeta, que, apesar de globalizado, é cada vez mais individualista. PROJETO ECOASTRONOMIA: CIÊNCIAS ESPACIAIS E ATMOSFÉRICAS NO USO SUSTENTÁVEL DO CERRADO José Leonardo Ferreira e Jaime Sautchuk O projeto "Eco Astronomia" tem pôr objetivo principal o desenvolvimento e inclusão de novas metodologias para a preservação do eco-sistema do cerrado. Em particular propõe-se a implementação de observatórios didáticos para a divulgação e o ensino básico da Astronomia e Astrofísica, bem como das Ciências Espaciais e Atmosféricas. O observatório está sendo instalado em uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), Linda Serra dos Topázios, localizada no município de Cristalina, Goiás. Devido ao incremento da atividade agro-industrial na região, os efeitos ao meio ambiente já são visíveis e a existência de um observatório astronômico que possa também monitorar as condições atmosféricas na região será indispensável não só para o ensino das ciências do espaço, mas também para avaliação, uso, manutenção e conservação do cerrado no centro oeste brasileiro. Dentre os vários produtos deste projeto podemos destacar: A Educação Ambiental onde serão ministrados cursos voltados para a biosfera do cerrado de importância para os agricultores e professores da região. A Preservação do Céu Escuro é atividade essencial para preservação da vida silvestre, além de garantir para as gerações futuras o prazer de observar a via-láctea. Cabe salientar que este é hoje um movimento mundial que tenta resgatar a maravilhosa visão do céu sem a obstrução causada pelas poluições luminosa e/ou atmosférica. Apresentaremos a estrutura do projeto, com suas motivações e metodologias que serão utilizadas na sua execução. As primeiras atividades de eco astronomia realizadas na RPPN com o pessoal da região também serão apresentadas. MEIO-AMBIENTE EDUCANDO PARA A CIDADANIA E A JUSTIÇA AMBIENTAL. ASSESSORIA A PARTICIPAÇÃO POPULAR EM PROCESSO DE LICENCIAMENTO DE BARRAGENS EM MINAS GERAIS Andréa Zhouri UFMG Objetivos: As hidrelétricas deslocam grandes contingentes populacionais, na maioria comunidades rurais e carentes. Este projeto visa: 1) Assessorar as comunidades atingidas por barragens em sua participação no processo de licenciamento ambiental, procurando minimizar a assimetria existente entre as partes envolvidas, capacitando as comunidades para a defesa de seus direitos, promovendo, assim, a inclusão social; 2) Analisar e debater as concepções de ‘desenvolvimento sustentável’ articuladas pelos diferentes segmentos, sobretudo os órgãos ambientais, contribuindo para avanços em suas implementações; 3)Proporcionar aos alunos que cursam ou cursaram as disciplinas Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Cidadania; Introdução à Sociologia Ambiental e Sociologia do Licenciamento Ambiental, a oportunidade de exercitarem e aprofundarem os conteúdos dos cursos através de uma atuação prática na área sócio-ambiental, estimulando, assim, o trabalho interdisciplinar em equipe e a consciência da responsabilidade social de suas futuras atuações profissionais. Metodologia: O projeto envolve um total de 12 alunos de diferentes cursos (sociologia, direito, geografia, engenharia civil), além de desenvolver parcerias eventuais com outras instituições, dentre elas, a PUC-MG (Clínica de Direito Ambiental) e a Universidade Federal de Viçosa. A equipe se reúne semanalmente para discussão de textos, troca de idéias e planejamento de ações. Realiza visitas a campo para coleta de informações locais e devolução de informações sobre o licenciamento junto aos órgãos ambientais; 'traduz' documentos técnicos (EIA/RIMAs) para as comunidades, informando sobre falhas no procedimento, direitos e mecanismos de participação; faz intermediação entre as comunidades e os órgãos ambientais. Elabora pareceres técnicos que são disponibilizados às comunidades atingidas e aos órgãos ambientais. Atualmente desenvolve trabalhos relativos aos projetos da PCH Aiuruoca, Sul de Minas e da UHE Murta, Vale do Jequitinhonha, vinculando-se, através deste último, ao Programa Pólo de Integração da UFMG no Vale do Jequitinhonha, da PROEX. Resultados: Maior participação das comunidades rurais atingidas por barragens no processo de licenciamento ambiental; melhoria da qualidade dos estudos de impacto ambiental, sobretudo no que tange os direitos das comunidades. Como resultado concreto, o projeto obteve duas recomendações para indeferimento do licenciamento da PCH Aiuruoca por parte do órgão técnico, a FEAM, sendo um deles baseado no argumento inédito de inviabilidade ambiental da obra. No caso da UHE Murta, em envolvimento inicial, o projeto contribuiu para adiamento da data da audiência pública, marcada à revelia das comunidades atingidas, sem que estas estivessem preparadas para a participação. Elaboração de parecer técnico que vem sendo discutido pelas comunidades para argumentação na audiência pública. PROJETO "PÉ-DE-PINCHA" Aldeniza Cardoso de Lima / Paulo César Machado Andrade UFAM A Universidade Federal do Amazonas e o IBAMA vêm trabalhando desde 1999, junto a comunidades do Baixo Amazonas, nos municípios de Nhamundá, Parintins e Barreirinha/AM e Terra Santa e Oriximiná /PA, no sentido de estimular a conservação de quelônios através do manejo participativo. Tendo como espécie focal o tracajá (Podocnemis unifilis), o projeto recebeu o apelido de “Pé-de-pincha”, nome dado pelos ribeirinhos aquele quelônio. Visando o manejo racional e sustentável de quelônios pelas próprias comunidades, em áreas abertas não oficialmente protegidas, este projeto realizou o treinamento de agentes ambientais voluntários, a capacitação de professores da rede municipal e estadual de ensino, o treinamento de alunos e comunitários, dando ênfase não só as atividades de fiscalização, mas principalmente, a questão da conscientização através da educação ambiental. Hoje, em seu quarto ano, o projeto tem sido procurado por inúmeras comunidades de diferentes municípios do estado do Amazonas e do Oeste do Pará, solicitando que este programa seja implantado também em suas áreas. Na busca de atender a este anseio, o IBAMA e a Universidade, pretendem através de novas parcerias redimensionar este projeto e somar esforços, a fim de que, ele alcance, não só os municípios que nossa equipe puder visitar, mas principalmente, através de treinamento de pessoal técnico e das comunidades (cursos teóricos e de campo, cartilhas, implantação de unidades demonstrativas, etc.) ser divulgado e propagado em toda Amazônia. Desta forma, vislumbramos que as instituições possam interagir com as comunidades, que com seu conhecimento empírico somado ao domínio das técnicas, serão capazes de, em um futuro bem próximo, manejar sozinhas e racionalmente seus recursos faunísticos, garantindo a sobrevivência das espécies e o sustento do homem ribeirinho. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL EM GUARAQUEÇABA: A OSTREICULTURA COMO RESPOSTA AO PROCESSO DE DEGRADAÇÃO DO ECOSSISTEMA ESTUARINO E DO ECOSSISTEMA DE MANGUE, ILHA RASA/BAÍA DAS LARANJEIRAS - GUARAQUEÇABA/PARANÁ/BRASIL. Marlene F. Gomes Mortagua Walflor e Gustavo Malheiros Gaertner UFPR O objetivo do presente trabalho foi de estudar estruturas de captação de larvas e de engorda de ostras que se adaptem aos MEIO-AMBIENTE diferentes ambientes da baía das Laranjeiras, com vistas ao desenvolvimento de sistema de cultivo que atenda também às condições sócio - econômica do pescador local. A metodologia adotada é a pesquisa participativa. Na fase inicial investigou-se a forma de trabalho dos pescadores comerciantes de ostras e a origem destas. Em seguida por meio da observação constatou-se os procedimentos de coleta de ostras dos bancos naturais e de sementes dos diferentes substratos (raiz de mangue, pedra, ente outros). Por meio de entrevistas foram identificados pescadores que compram sementes de ostras e os que catam sementes para engorda. Com estes mobilizados, foram realizadas reuniões nas quais discutiu-se os diferentes procedimentos para captação de larvas e crescimento da ostra nativa, Crassostrea rizophorae. Os pescadores sensibilizados (cinco) acompanharam o estudo participando na construção dos coletores, na confecção de bolsas e mesas para crescimento das ostras, no manejo a acompanhamento dos resultados. Foram estudados os fatores ambientais, tipos de coletores de larvas de ostras e sistemas de cultivo adaptados às condições naturais.Constatou-se que a Crassostrea rizophorae é uma espécie que pertence à cadeia trófica do mangue que encontra na baía das Laranjeiras um meio favorável a seu crescimento. Apresenta um ciclo biológico rápido atingindo, o tamanho comercial, com nove meses de vida em média. O cultivo fora do fundo, sobre mesas, é uma técnica que requer baixo investimento e está ao alcance do pescador. 1176051033 O JOGO RESTINGA-LAGOA: UM JOGO DE TABULEIRO COMO FERRAMENTA LÚDICA PARA O ENSINO DE EDUCAÇÃO Clenio F. Viana; Cristiane S. Domingues; Elga L. do Nascimento; Francisco G. Neto; Yuri C. Pinheiro; Jose R. Ventura; Gustavo Coelho Gomes, Alexsandro Santos Pereira, Andyara do Nascimento Silva, Clenio Fernandes Viana, Cristiane Santana Domingues, Elga Lira do Nascimento, Francisco Gomes Neto, Yuri Coelho Pinheiro, Jose Ricardo Ventura, Renata da Costa Casella e Rosana Costa Santos Coord.: Deia Maria Ferreira e Reinaldo Luiz Bozelli [email protected] UFRJ A utilização de jogos como instrumentos didáticos tem como objetivo facilitar o processo de aprendizagem em virtude do seu alto poder motivador, além de, contribuir para a formação de um ambiente de sala de aula propício para a construção e organização dos conhecimentos. A pesquisa foi desenvolvida ao longo da disciplina Instrumentação em Ensino de Ecologia do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da UFRJ. A disciplina consiste no planejamento e elaboração de aulas não convencionais, atividades de campo e laboratório, bem como, na confecção e/ou adaptação de materiais didáticos para a execução de um curso de Educação Ambiental para professores do Ensino Fundamental do município de Macaé/RJ e arredores. Entre os materiais didáticos elaborados, foi produzido um jogo de tabuleiro, afim de promover a fixação de conceitos abordados nas atividades de campo nos ecossistemas de restinga e lagoa. O jogo permite a discussão de atitudes e comportamentos adotados em relação ao meio ambiente e suas possíveis implicações para a população local, regional e global; foi confeccionado com material de fácil obtenção e de custo reduzido, como papelão, cartolina, giz de cera, viabilizando desta forma, a produção de materiais didáticos semelhantes por parte dos professores com seus alunos. Para aproximar o jogo da realidade do público-alvo, o tabuleiro representa os ecossistemas de restinga e lagoa, ambos presentes no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, RJ. O jogo inicia-se com o lançamento de um dado. Cada jogador é representado por um lagarto (animal freqüente e facilmente observável nas restingas) de cores distintas confeccionado em “papel borracha”. Os jogadores têm como objetivo percorrer a trilha que passa pelos ecossistemas, constituída por três tipos de casas: casas “comuns”, casas “sorte ou revés”, e casas “pegadinha”. Como resultado, o jogo proporcionou uma rica discussão e a reflexão sobre as conseqüências das ações da comunidade para com o meio ambiente. A discussão foi facilitada e enriquecida por situações que simulam o cotidiano real, onde cada participante tornase, então, sujeito ativo e crítico de suas ações e das ações de outros em sua comunidade. (Realização: UFRJ – Prefeitura Municipal de Macaé – PETROBRAS). 0566051031 O LABORATÓRIO DE CLIMATOLOGIA E RECURSOS HÍDRICOS E SUAS ATIVIDADES DE EXTENSÃOTHIAGO SOARES DA SILVA Thiago Soares da Silva; Ana Karla Maia de Araújo Lima; Gesphfis de Lima Mendes; Edson Vicente da Silva UFC O Laboratório de Climatologia e Recursos Hídricos do Departamento de Geografia da UFC, atua como um agente congregador de pesquisadores, estudantes e comunidade, pois além de realizar pesquisas exerce junto à sociedade um de extensão universitária. É de seu proceder atuar em projetos e ações de caráter interdisciplinar envolvendo alunos e técnicos das áreas de Agronomia, Biologia, Economia Doméstica, Engenharia de Pesca, Geografia e Química. Os acadêmicos aprendem dessa forma atuar dentro de uma proposta interdisciplinar integrando as atividades de pesquisa e extensão, colaborando assim com orientações às comunidades em busca de um desenvolvimento sustentável e na sua capacitação. O Projeto de “Análise e Monitoramento Ambiental dos Estuários do Estado do Ceará” tem propiciado a concretização de resultados efetivos de pesquisa que resultaram em relatórios de graduação, monografias de especialização e dissertações de mestrado, em seis anos de atuação. Acrescenta-se que de forma paralela e integrada à pesquisa desenvolvem-se palestras e cursos junto às comunidades estuarinas. Na zona estuarina do rio Ceará, trabalhou-se em cursos de extensão MEIO-AMBIENTE com dois públicos alvos, abordando a Educação Ambiental e Ecologia de Manguezais, foram os barqueiros e pescadores; e crianças de escolas públicas de Iparana. Em relação ao estuário do rio Cocó, efetivaram-se palestras, cursos e oficinas de diferentes direcionamentos (saneamento básico, educação ambiental, ecologia de manguezais, artesanato, etc...) no Lagamar do Cocó e no Caça e Pesca, em escolas públicas e centros comunitários. Envolvendo a comunidade no entorno da foz do rio Pirangi, ministraram-se oficinas e cursos de Ecoturismo e elaboração de trilhas ecológicas, para jovens das comunidades da Prainha do Canto Verde. A metodologia utilizada prima pela interdisciplinaridade e a troca de experiências entre o conhecimento científico e o saber popular, tendo-se aplicado dinâmicas de participação em grupos e os participantes apresentam resultados finais através de exposições de trabalhos. Recorre-se a atividades práticas que requerem reconhecimento da área do entorno da comunidade, principalmente do ecossistema manguezal. Os resultados obtidos são avaliados como satisfatórios, onde há interessantes trocas de experiências entre técnicos, docentes e discentes, junto com as comunidades. Procura-se criar agentes transmissores dos conhecimentos deixados, e que em forma de grupos, os membros da comunidade passam a continuar desenvolvendo atividades relativas às experiências adquiridas. Quanto aos discentes dos cursos de graduação, eles passam a assumir posturas mais profissionais e também a conhecer melhor a realidade socioambiental de áreas estuarinas. 0374051032 PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE MANGUEZAIS DEGRADADOS NO LITORAL NORTE DE PERNAMBUCO: PERCEPÇÃO Mauro de Melo Júnior; Maria G. Soares; Hélio S. Pedroza-Júnior; Henrique de Barros Este trabalho teve como objetivo principal capacitar jovens, filhos de pescadores, para um monitoramento e recuperação dos ecossistemas manguezais degradados no município de Itapissuma, preparando-os para o exercício de atividades ligadas à conservação desses ambientes, que constituem a base de seu sustento tradicional. O processo de capacitação foi realizado através de oficinas de transferência de conhecimento sobre a biologia dos ecossistemas manguezais, sendo oferecidas a 30 jovens. A princípio, foi utilizada a técnica de desenhos livres e individuais, cujo tema central solicitado foi “O Ambiente Manguezal”. A partir dessas atividades, deu-se início ao programa de produção das mudas de mangue-vermelho Rhizophora mangle L. Para isto, preferiu-se utilizar o próprio sedimento lamoso do manguezal, misturado a argila, nas seguintes proporções: uma parte de sedimento para duas de argila. Depois da coleta dos propágulos, fazia-se a mistura do sedimento lamoso com a argila e colocava-se um pouco desta em cada um dos saquinhos plásticos utilizados. Em seguida, o propágulo era plantado seguindo a orientação adequada. Os resultados mostraram que a maioria dos jovens retratou, a partir dos desenhos, um ambiente manguezal como fonte de recursos vegetais e animais, livre de poluição ou qualquer outro tipo de impacto antrópico. Cerca de 40% dos filhos dos pescadores retrataram um ecossistema degradado e bastante poluído. Alguns jovens que mostraram perceber os impactos desses ecossistemas revelaram também a importância do ambiente como fonte de recursos naturais, sobretudo para a pesca de peixes e crustáceos. Poucos abordaram a coleta de bivalves, atividade muito comum no Canal de Santa Cruz. Além disso, a questão poluição foi pouco abordada, podendo indicar uma visão de como gostariam que se apresentassem os ecossistemas da região. Em um segundo momento do programa, foram produzidas 140 mudas de mangue-vermelho. Uma parte dessas mudas ficou armazenada em local apropriado, e a outra parte foi distribuída entre os jovens para que fosse cuidada em suas casas, principalmente aqueles que residiam próximo ao manguezal. Em ambos os casos, o tempo destinado ao crescimento e desenvolvimento das plantas foi de quatro meses. Após 90 dias, cerca de 40% das mesmas morreram. O replantio das restantes ocorreu cerca de 120 dias após a produção das mudas. A maior parte destas mudas estavam com 2 a 4 pares de folhas, e com cerca de 30 cm de altura (excetuando o sistema radicular). Os locais escolhidos para a realização do replantio foram os quintais de algumas casas que estão construídas próximas aos manguezais. Atualmente, as mudas replantadas estão sendo monitoradas por alunos do Curso de Ciências Biológicas, em conjunto com os jovens, uma pescadeira líder do local e a Prefeitura do município de Itapissuma. Através da realização dessas atividades, gerou-se conhecimento e capacitação do grupo nas técnicas de coleta de propágulos e de produção e replantio de mudas de mangue-vermelho, assim como a utilidade dessas mudas no processo de recuperação de ecossistemas impactados, fortalecendo a comunidade local na implantação de futuros programas de conservação dos ambientes estuarinos no município de Itapissuma – PE. 0636051030 RECICLAGEM E INCLUSÃO SOCIAL José Flávio Timoteo Júnior, Jonas Israel Catão Rodrigues; João Evangelista Pereira; Marjorie da Fonseca e Silva UFRN Um dos maiores problemas ambientais detectados nos municípios brasileiros refere-se ao sistema de coleta e destinação final dos resíduos sólidos. Em São Paulo do Potengi não é diferente. Sem espaço adequado para destinação final dos resíduos, e um método adequado de tratamento, o lixo vem se acumulando, a poluição da água, do ar e do solo tem crescido continuamente; aumentando a proliferação de vetores e, conseqüentemente, casos de epidemias, como a dengue. O projeto desenvolvido pela equipe do Programa Trilhas Potiguares – Projeto Monsenhor Expedito - em São Paulo Potengi/RN, com parceria da UFRN, a ONG Terra e Teto e o UNISOL, tem como finalidade o tratamento de parte do lixo produzido no município e deverá, também, promover a geração de ocupação e renda na comunidade , a redução dos casos de doenças causadas por vetores provenientes do lixo e a mudança de hábitos da população envolvida em relação ao meio MEIO-AMBIENTE ambiente. Através da Educação Ambiental Não-Formal procura-se interagir com a comunidade de forma a permitir às pessoas uma reflexão sobre os problemas ambientais provocados pelo lixo e seu “modus vivendus” e, conjuntamente, buscar a solução de métodos para tratamento do lixo que se adaptem à sua realidade. Dentro desta perspectiva, foi iniciada a implantação de uma fábrica de reciclagem no distrito de Jandaíra, tendo como principal produto um tipo de vassoura feito a partir da garrafa PET (Polietileno Terefitalato). A implementação do projeto está sendo feita de acordo com as seguintes etapas: 1.Conscientização e sensibilidade ambiental , destinado à comunidade de São Paulo do Potengi, potenciais fornecedores da matéria-prima necessária à fabricação das vassouras; 2.Capacitar e dar assistência técnica a comunidade na implantação do empreendimento, através de palestras e cursos para a comunidade de Jandaíra; 3.Intermediar parcerias entre a Associação e Instituições que garantam a sustentabilidade do projeto. A utilização de tecnologias adaptadas, reaproveitamento e reciclagem de resíduos sólidos com certeza pode contribuir para o incremento da renda das famílias que se interessarem em adotar uma nova postura diante do meio em que vivem. O interesse pelo trabalho associativo, com uma nova visão em relação à proteção, recuperação e conservação do meio em que vivem, compatíveis com uma sociedade sustentável também é um resultado esperado com a execução do projeto. VIVEIROS FLORESTAIS COMUNITÁRIOS EM ASSENTAMENTOS DE REFORMA AGRÁRIA. Mônica Molina1, Leila Chalub1, Fernanda L. Villas Bôas1, Lucas Ramalho Maciel1, Manuela F. C. da S. Pereira4, Elisângela Nunes Pereira5, Gustavo Nogueira Lemos6, Camilla Dutervil7. UnB A região do Distrito Federal e Entorno é apresenta um elevado contingente de trabalhadores rurais assentados pelo Programa de Reforma Agrária. O Cerrado, que abrange toda a área mencionada, destaca-se por sua rica fauna e flora, diversidade genética e responsabilidade na proteção dos mananciais. Este bioma, segundo em extensão no Brasil., vem ao longo de quarenta anos sofrendo forte pressão ambiental, decorrente do acelerado processo de expansão agrícola. Desde de 1996, o Grupo de Trabalho de Apoio à Reforma Agrária da Universidade de Brasília – GTRA/DEX/UnB desenvolve diversos projetos em assentamentos. Verificou-se nessas localidades, além da carência por assistência técnica para utilização racional dos recursos naturais, a demanda por ações que visassem a recuperação e conservação da biodiversidade local. A partir deste contexto, foi proposto aos assentamentos de Mambaí. Sítio d´Abadia e São João d´Aliança – Goiás a instalação e utilização de viveiros florestais comunitários como instrumento de organização social e desenvolvimento de práticas conservacionais. A metodologia empregada garante a capacitação dos assentados e estimula a articulação coletiva com visitas freqüentes, dinâmicas participativas e oficinas pedagógicas. Os viveiros, construídos em áreas comunitárias, associações ou escolas, têm a finalidade de incluir a educação ambiental nos currículos escolares, produzir mudas nativas para a recuperação de áreas degradadas, gerar renda com a comercialização das mudas e criar módulos de espécies frutíferas para formação de pomares. Estes módulos permitem, além do enriquecimento da alimentação familiar, a possibilidade de instalação, em um segundo momento, de agroindústrias. No processo estão envolvidos alunos da graduação, professores e técnicos universitários, que ao interagir com a realidade do meio rural do país, ampliam sua concepção crítica, enfatizando a importância da extensão universitária. A educação ambiental surge como ferramenta importante na conservação da biodiversidade por permitir às comunidades refletirem sobre valores, enriquecerem conhecimentos e agirem em prol da melhoria da qualidade de vida. Inicialmente, foram realizados mutirões de recuperação das matas ciliares e gincanas de coleta de sementes. Espera-se como resultado a longo prazo, o estabelecimento de relações de sustentabilidade que possam garantir o manutenção do Bioma Cerrado em paralelo ao desenvolvimento humano. Além do “Viveiro Florestal Comunitário” existem hoje dezoito projetos do GTRA em andamento em mais de trinta assentamentos da região, com o propósito de garantir o acesso à educação à população do campo. As ações do GTRA reafirmam a importância e indissociabilidade do ensino-pesquisa-extensão na busca por soluções para a questão agrária brasileira. 1 2 Coordenadora do GTRA/DEX/Unb, Campus Universitário Darcy Ribeiro, [email protected], fone: (61) 340-6770; 3 4 Coordenadora do PET-Educação; Departamento de Geografia; Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária; 5 6 7 Assessora do GTRA/DEX; Departamento de Eng. Florestal; Departamento de Antropologia EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE: UM ESTUDO REALIZADO NO MUNICIPIO DE APUIARÉS-CE Márcia Regina da Silva ([email protected]) USP/ESALQ Diante dos problemas ambientais que se desenvolvem em escala plenária, vem crescendo no Brasil e preocupação com estudos relativos ao meio ambiente e desenvolvimento sustentável, a complexidade do assunto leva à formação de equipes de especialistas nos vários ramos do saber a realizarem trabalhos relativos à temática. Vários foram os encontros realizados em âmbito mundial que contribuíram para o desenvolvimento da Educação Ambiental no Brasil com a constituição de 1988 a Educação Ambiental passa a ser um dos instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente. Dentro desta perspectiva, o MEC (Ministério da Educação e do Desporto), propõe para o ensino Fundamental dentro dos Parâmetros Curriculares Nacionais em l997, temáticas transversais que abrem espaço para discussões relacionadas à Ética, Cidadania, Meio Ambiente, entre outras, podendo serem trabalhadas em qualquer disciplina curricular. O presente estudo objetivou verificar as concepções dos professores do Ensino Fundamental de escolas públicas em relação às MEIO-AMBIENTE questões ambientais, para orientar a execução de um programa de Educação Ambiental no âmbito escolar, durante a realização do projeto Universidade Solidária/UNISOL – 2001. O desenvolvimento do trabalho de natureza interdisciplinar obedeceu uma série de etapas: durante a primeira semana da capacitação docente, realizada no município de Apuiáres/CE, com um total de 120 educadores distribuídos em quatro turmas de 30, realizou-se a aplicação de questionários indagandose acerca de conceitos educação, meio ambiente, cidadania e ética e questões ambientais e debates interativos, realizaram-se dinâmicas em grupo, mostra de vídeo, confecção de poesias, desenhos e painéis; durante a capacitação observaram-se situações espontâneas entre os professores envolvidos, no intuito, de registrar práticas relacionadas a Educação Ambiental. Constatou-se com base nos questionários respondidos que a maioria dos professores apresentavam concepções abrangentes com relação aos conceitos questionados; uma pequena parcela concebiam visões naturalistas em relação às questões ambientais. Cerca de 85% dos professores envolvidos no estudo haviam participado recentemente do curso de Educação Ambiental realizado pela SEMACE, e dispunham dos materiais didáticos distribuídos pelo programa SANEAR. No entanto, as observações de situações espontâneas entre os docentes evidenciaram que suas teorias divergiam das praticas, pode-se registrar situações em que os docentes espalhavam copos descartáveis e embalagens vazias pelo pátio da escola durante os horários de lanche e papeis pelo chão da sala. Os professores como orientadores devem atentar para seu importante papel na formação de atitudes e habilidades referentes à responsabilidade individual com a preservação.