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Trabalho 2534 - 1/3
PERFIL DOS RECÉM-NASCIDOS COM CATETER CENTRAL DE
INSERÇÃO PERIFÉRICA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL
Nobre, Keline Soraya Santana 1
Fontenele, Fernanda Cavalcante 2
Oliveira, Márcia Maria Coelho 3
Cardoso, Maria Vera Lúcia Moreira Leitão 4
Introdução: Os avanços tecnológicos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal
(UTIN) a cada dia vem contribuindo para o aprimoramento da qualidade da
assistência de enfermagem ao Recém-Nascido (RN). Destaca-se o Cateter Central
de Inserção Periférica (PICC), atualmente muito utilizado no ambiente neonatal por
favorecer uma menor manipulação do RN, reduzindo o risco de infecção, stress, dor,
dentre outras vantagens. Sua implantação não necessita de procedimento cirúrgico,
pois é inserido através de uma veia periférica, progredindo até o sistema venoso
central (SILVA; NOGUEIRA, 2004). O cuidado com o PICC é garantia de um acesso
venoso confiável para o recém-nascido no ambiente neonatal, que necessita da
administração de soluções e medicamentos, cabendo à equipe de enfermagem, a
capacitação teórica e prática concomitante com o avanço tecnológico crescente
(RODRIGUES; CHAVES; CARDOSO, 2006). O conhecimento das características da
clientela passível do uso do PICC, fornece subsídios aos profissionais e gestores em
saúde no sentido de refletirem quanto à eficácia do uso do PICC no RN,
Especialista em Enfermagem Obstétrica. Enfermeira Assistencial da Unidade Neonatal da
Maternidade Escola Assis Chateaubriand, MEAC/UFC. Membro do Projeto de Pesquisa Saúde do
Binômio Mãe-Filho/UFC. email: [email protected]
2 Doutoranda em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará/UFC. Professora do Curso de
Especialização em Enfermagem Neonatal/UFC. Enfermeira Assistencial da Unidade Neonatal da
Maternidade Escola Assis Chateaubriand, MEAC/UFC. Membro do Projeto de Pesquisa Saúde do
Binômio Mãe-Filho/UFC.
3 Doutoranda em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará/UFC. Professora do Curso de
Especialização em Enfermagem Neonatal/UFC. Enfermeira Assistencial da Unidade Neonatal da
Maternidade Escola Assis Chateaubriand, MEAC/UFC. Membro do Projeto de Pesquisa Saúde do
Binômio Mãe-Filho/UFC.
4
Pós-Doutora pela Escola de Enfermagem da Universidade de Victoria/Canadá. Professora Adjunta
do Departamento de Enfermagem da UFC. Pesquisador CNPq 2. Coordenadora do Curso de
Especialização em Enfermagem Neonatal/UFC. Coordenadora do Projeto de Pesquisa Saúde do
Binômio Mãe-Filho/UFC.
1
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considerando suas peculiaridades. Para Violin, Mathias; Uchimura, (2008), o
conhecimento do perfil da clientela traz informações necessárias ao planejamento de
ações de enfermagem que garantem sua qualidade de vida. Objetivo: Descrever o
perfil dos recém-nascidos com cateter central de inserção periférica na unidade de
terapia intensiva neonatal. Metodologia: Realizou-se um estudo quantitativo,
exploratório descritivo, na unidade de terapia intensiva neonatal de uma instituição
pública federal, em Fortaleza-CE, referência em atendimento neonatal de alto risco.
Compuseram a amostra do estudo, 46 RNs, independente de sua idade gestacional,
que foram submetidos a implantação do PICC em algum momento de sua
internação. A coleta dos dados deu-se no período de abril a julho de 2009, por meio
da observação dos recém-nascidos e busca direta nos prontuários quando
necessário. Aplicou-se um
formulário,
com
aspectos
relevantes
quanto
à
caracterização do RN, tipo de parto, sexo, idade gestacional, condições de acesso
venoso, indicações para implantação do PICC, inserção, dentre outros. Os dados
obtidos foram processados, discutidos e analisados de acordo com a literatura e
apresentados, em forma de tabelas e gráficos. Foram resguardados neste estudo os
princípios éticos da Resolução n° 196 de outubro de 1996 do Conselho Nacional de
Saúde/Ministério da Saúde (BRASIL, 1996), que regulamentam normas para a
pesquisa que envolve seres humanos. Resultados: Foram inseridos 54 catéteres em
46 RNs, considerando que alguns receberam mais de um cateter por vez. Ao todo 39
RNs (85%) receberam 1 cateter; 6 RNs (13%) receberam 2 cateteres e 1 RN (2%)
recebeu 3 cateteres. Totalizaram 23 RNs (50%) nascidos de partos abdominais e 23
RNs (50%) nascidos de partos vaginais. Quanto ao sexo, 29 RNs (63%) eram do
sexo masculino e 17 RNs (37%) eram do sexo feminino. Caracterizando a idade
Gestacional, 42 RNs (91%) eram Recém-Nascidos Prematuros (RNPT) e 4 RNs (9%)
eram Recém-Nascidos a Termo (RNT). Dentre os prematuros, 32 RNs (70%) eram
Recém-Nascidos Prematuros Moderados (RNPTM); 8 RNS (17%) eram RecémNascidos Prematuros Extremos (RNPTE) e 2 RNs (4%) eram Recém-Nascidos
Prematuros Limítrofes (RNPTL). Ao avaliar o peso, observou-se que: 18 RNs (39%)
eram Recém-Nascido de Baixo Peso (RNBP); 14 RNs (30%) eram Recém-Nascido
de Muito Baixo Peso (RNMBP); 10 RNs (22%) eram Recém-Nascido de Muitíssimo
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Baixo Peso (RNMMBP) e 4 RNs (9%) tinham peso normal. Os diagnóstico na
admissão do RN identificados foram: 42 RNs (92%): RNPT com Síndrome do
Desconforto Respiratório (SDR); 2 RNs (4%): malformação congênita e 2 RNs (4%):
asfixia perinatal. Quanto ao período da inserção do cateter, identificou-se 25 PICCs
(54%) inseridos entre o 8º e o 30º dia de vida; 10 PICCs (22%) inseridos entre o 4º e
o 7º dia de vida; 7 PICCs (15%) inseridos até o 3º dia de vida e 4 PICCs (9%)
inseridos após o 30º dia de vida. Quanto a indicação para implantação do cateter, 27
PICCs (50%) foram indicados pela necessidade do uso de antibiótico por tempo
prolongado e 27 PICCs (50%) pela necessidade de infusão de Nutrição Parenteral
Total (NPT). Conclusão: Evidenciou-se a importância do conhecimento do perfil dos
recém-nascidos que utilizaram o cateter central de inserção periférica na unidade de
terapia intensiva neonatal, como fator relevante para a tomada de decisão e no
planejamento e desenvolvimento de ações estratégicas voltadas para a melhoria da
qualidade da assistência dos RNs que necessitam de acesso venoso.
Descritores: Recém-nascido, Cateter, Unidade de Terapia Intensiva Neonatal
Bibliografia:
RODRIGUES, Z.S.; CHAVES, E.M.C.; CARDOSO, M.V.L.M.L. Atuação do enfermeiro
no cuidado com o cateter central de inserção periférica no recém-nascido. Rev. bras.
enferm., Brasília, v. 59, n. 5, out. 2006 .
SILVA, G.R.G.; NOGUEIRA, M.F.H. Terapia intravenosa em recém-nascidos:
orientações para o cuidado de enfermagem. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 2004.
VIOLIN, M.R.; MATHIAS, T.A.F.; UCHIMURA, T.T. Perfil de clientes colostomizados
inscritos em programa de atenção aos estomizados Rev. Eletr. Enf. V.10, n. 4, p.
924-32. 2008
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61o. Congresso Nacional de Enfermagem