Pró-Reitoria de Graduação Curso de Educação Física Trabalho de Conclusão de Curso (TCC–lI) O JUDÔ COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: PERSPECTIVA DE SEUS EDUCADORES Autor: Samuel Vítor Dias de Souza Orientador: Msc. Paulo César Trindade Vieira SAMUEL VÍTOR DIAS DE SOUZA Brasília - DF 2011 2 SAMUEL VÍTOR DIAS DE SOUZA O Judô como ferramenta pedagógica: perspectiva de seus educadores Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC–II) apresentado ao Departamento de Educação Física da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Licenciatura em Educação Física. Orientador: Msc. Paulo César Trindade Vieira BRASÍLIA, 2011 3 1 INTRODUÇÃO O presente estudo discorre sobre o judô, arte marcial japonesa, e como o mesmo é visto como ferramenta pedagógica nas aulas de educação física. O judô como atividade de formação da pessoa humana preocupa-se com a formação integral do sujeito e, portanto, extrapola os limites do desporto e ganha um aspecto de ferramenta na construção de habilidades e competências também escolares. A educação física escolar deve ofertar ao educando a formação de conhecimento não só no cunho esportivo, motor, mas deve ofertar propostas de formação de conhecimento intelectual e moral. O judô foi criado no Japão em 1882, pelo professor Jigoro Kano. Oriunda do ju-jutsu, antiga arte marcial praticada pelos samurais, que fora sistematizada no Japão no século XVII. Jigoro Kano, preocupou- se em retirar técnicas que pudessem ferir gravemente o parceiro de treinamento e colocou técnicas que pudessem ter a maior eficiência com o mínimo de força, preocupou-se também com a formação intelectual e moral dos praticantes. Segundo Kano(2008 a, p.18), “o princípio do ju-jutsu era a prática de um método de combate[..]”. Segundo Wagner Bull ao traduzir o livro Kodokan Judo de JIGORO KANO(2008b) , “ Ju, em japonês significa „suavidade‟, „delicadeza‟, e Do quer dizer caminho. Ou seja, a ideia de Kano era desenvolver um treinamento para que as pessoas aprendessem a resolver seus conflitos de maneira harmônica e suave[...]; e a sabedoria do lema : „ Máxima eficiência com o mínimo de força” O Instituto Kodokan foi o primeiro local em que o judô se instalou em todo mundo, criado pelo Mestre Jigoro Kano. No prefácio do livro Energia mental e física: escritos do fundador do judô, Yukimitsu Kano diz: Em 1882, Jigoro Kano fundou o judô Kodokan no templo de Eishoji, na área de Shitaya, em Tóquio[..].O judô Kodokan foi produto da devoção de Jigoro Kano ao antigo ju-jutsu, que ele reorganizou de maneira didática, tomando muito cuidado para preservar suas tradições clássicas.[...] Segundo ele, o objetivo da prática do judô é o aperfeiçoamento físico, mental e moral. E o uso desses poderes para o bem da sociedade. (Kano, 2008a,p.11) O judô, como esporte oriental, possui bases filosóficas e morais muito fortes, além do físico, no judô, é necessário que o praticante tenha também a mente muito fortalecida. Jigoro Kano então, com anos de estudo, pode deixar o que podemos 4 denominar máximas, por que ao conseguir viver plenamente essas metas o praticante estaria em um grau máximo de sabedoria. O Seiryoku Zenyo e Jitakyoei. Seiryoku-Senyo: é o princípio caracterizado pela concentração e máxima utilização de todos os esforços na promoção do desenvolvimento moral, intelectual, físico e técnico do ser humano. Consciente de seu potencial, de sua força física e mental, o judoca aprende com o professor e veteranos toda a ética e cerimonial do judô e sua aplicação na prática cotidiana. A busca na vitória na competição significa o seu fortalecimento espiritual. Jitakyoei: é o principio caracterizado pelo desenvolvimento corporal e formação moral em continuo processo de interação com a comunidade. O desenvolvimento individual interagindo com a comunidade enseja não apenas vivenciar um intensa felicidade, como propiciar um conviver harmônico e solidário, fim maior da filosofia do judô.( PERRUCA, 1996,p.65 Apud SILVA,2010, p.15-16) O seiryoku-senyo e o jita-kyoei, podem ser resumidos respectivamente em: Máxima eficiência com o mínimo de força e respeito mútuo. A capacitação de professores é principal foco de questionamentos sobre o tema deste trabalho. Baptista(2003)diz sobre a capacitação de professores: A inclusão do judô no programa de educação física escolar seria de grande importância no desenvolvimento desse esporte. Para que isso ocorra, as escolas teriam que ser mais flexíveis e abrangentes em relação às unidades contidas no programa e as universidades de educação física deveriam incluir o judô no programa da disciplina de pratica de ensino, mas como na maioria delas não ocorre, as aulas específicas poderiam ser ministradas com o objetivo principal de transmitir aos alunos a pedagogia do judô.(BAPTISTA,2003.p.17) Kano, (2008a) via como finalidade da educação física desenvolver um corpo com características saudáveis, e melhorar o corpo para que este venha a ser de utilidade para a comunidade, simultaneamente, que desenvolve a mente. Acreditava também que mesmo desenvolvendo um corpo saudável seria um erro acreditar que, se desenvolveu-se um corpo com musculatura mais forte, já é sinal que o objetivo da educação física foi alcançado. Segundo CALLEJA(1982) o judô chegou no Brasil com ajuda de um grande professor, altamente graduado pelo instituto Kodokan, Misuyo ou Conde Koma, fazia apresentações em São Paulo e Rio de Janeiro aproximadamente em 1925. 5 Percebe-se que nas últimas décadas a Educação Física vem sendo alvo de questionamento no que concerne as suas área de atuação, o que resultou na criação de conselhos, discussão da necessidade de regulamentação da profissão e também o pensar de novas práticas pedagógicas que pudessem atender a sociedade da informação e a sociedade do conhecimento. Nessa perspectiva foi sancionada a Lei 9696/98 que buscou regulamentar a profissão de Educação Física por meio da criação de conselhos, e que contemplou também a prática do Judô. A Lei 9394/96 que normatiza a diretrizes e bases da Educação Nacional, direciona a Educação Física por meio dos seguintes artigos: Art. 26, parágrafo 3º - "A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos". Art. 27, inciso IV - "promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-formais" Art. 29-" A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, completando a ação da família e da comunidade.(BRASIL, 2008, Lei nº. 9.394 /96 –LDB, art. 26, §3°; art. 27, IV; art.29) , Por haver a necessidade de integrar a Educação Física na proposta pedagógica é possível que possa se direcionar o judô às atividades pedagógicas tendo em vista o desenvolvimento total do educando. Ao relacionar, na legislação, a promoção do desporto encontramos também uma possibilidade de unir desporto e educação formal como agentes de construção de habilidade e competências que poderão contribuir na formação de um cidadão pleno. Louva-se ainda a contemplação dos aspectos físicos, psicológico, intelectual e social na Educação Infantil, pois eles vem ao encontro dos objetivos do judô enquanto arte marcial que se preocupa com a formação integral da pessoa humana. A área de lutas é conteúdo estabelecido nos Parâmetros Curriculares Nacionais, documento que estabelece direcionamento dos conteúdos para o ensino fundamental e médio, na disciplina de educação física para o ensino fundamental, impresso no ano de 1997 diz como definição de lutas: 6 As lutas são disputas em que o(s) oponente(s) deve(m) ser subjugado(s), mediante técnicas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão de um determinado espaço de ações de ataque e defesa. Caracterizam-se por uma regulamentação específica, a fim de puniratitudes de violência ou deslealdade. Podem ser citados como exemplo de lutas desde brincadeiras de cabo-deguerra a braço-de-ferro até as práticas mais complexas da capoeira, do judô, e do caratê. ( PCN: Educação Física,1997,p.49,grifo do autor) 2 OBJETIVO O presente estudo tem como objetivo analisar o pensamento dos profissionais que atuam com o judô, com e sem formação superior em educação física, a cerca do esporte como ferramenta pedagógica e social nas aulas de educação física escolar 3 METODOLOGIA Nesta abordagem descritiva sobre o judô, aplica-se estudo de caso numa perspectiva qualitativa. A amostra é de onde 15 profissionais de judô (faixas preta) formados em Educação Física e 15 não formados. O estudo será realizado com profissionais que atuam com o judô em escolas no contra-turno e academias do Distrito Federal. O instrumento de coleta de dados foi adaptado do trabalho de conclusão de curso de SILVA, Vinícius Antunes da. O judô na educação física escolar: uma pesquisa qualitativa sobre o ensino do judô nas escolas de Porto Alegre, uma vez que não se encontra protocolos acessíveis para os objetivos do estudo. Os dados serão coletados nos meses de Setembro de 2011 e os resultados e discussão estão previstos para serem executados em Outubro de 2011. Para análise estatística dos dados obtidos serão utilizadas tabelas de frequência e contingência, uma vez que são pertinentes ao estudo. 7 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO No presente estudo foram analisados 30 questionários, tendo como respondentes 15 professores de judô com formação em Educação Física e 15 professores que não tinham formação na referida área. Por meio das respostas observamos a percepção dos respondentes sobre algumas peculiaridades do judô. Todos os professores entrevistados atuam no ensino de judô no Distrito Federal. Tabela1: Formação acadêmica em educação física dos professores entrevistados formados e não formados Não Alternativas/profissionais Graduação Formados 06 Especialização Mestrado 12 1 % 26,1% 52,7% 4,2% formados 09 06 1 % Total(%) 47,4% 15(35,7%) 31,8% 18(42,8%) 5,2% 2(4,8%) Doutorado 1 4,2% 1 5.2% 2(4,8%) Técnico Profissional 2 8.6% 1 5,2% 3(7,1%) Aperfeiçoamento 1 4,2% 1 5,2% 2(4,8%) Total 23 100% 19 100% 42(100%) Na tabela 1 no que se refere à formação acadêmica dos 15(quinze) professores com graduação em Educação Física, 12 (doze) tem formação também em outras áreas, sendo elas: 01 Pedagogia, 01 Ciências Naturais, 01 Tecnologia em serviço de Telecomunicações, 01 Direito, 02 Administração e 01 Massoterapia. Desse quantitativo de professores , 12 (doze) também possuem especialização assim distribuídas: 01 Treinamento Desportivo, 01 Nutrição Esportiva, 01 Obesidade e Emagrecimento, 04 Educação Física Escolar, 02 Lazer e Atividade Física, 01 Handebol, 01 Administração Escolar, 01 Especialização em Judô, 01 Administração e Marketing Esportivo e 01 Massoterapia. Dois dos respondentes possui Mestrado e um com Doutorado em Engelharia de Telecomunicações e um com doutorado em educação física . Quanto à formação técnica e profissional os cursos evidenciados foram 01 processamento de Dados e 01 em Comunicação. Quanto ao 8 aperfeiçoamento tivermos 01 em Fundamento do Jogo e 01 em Recreação e Natação Infantil. Os respondentes que não tinham graduação em Educação Física, 08 (oito) tem formação em outras áreas, sendo elas: 01 Jornalismo, 01 Ciências Contábeis, 01 Direito, 01 Medicina, 01 Pedagogia, 01 Geografia, 01 Tecnologia da Informação, 01 Tecnologia em Segurança e Ordem Pública e 01 Engenharia Eletrônica. Desse quantitativo de professores , 06 (seis) possuem especializações assim distribuídas: 01 Economia, 01 Direito Tributário, 01 Clínica Médica, 01 Psicopedagogia, 01 Psicopedagogia Reeducativa e 01 em Telecomunicações. Quanto à formação técnica e profissional apenas possui na área de Agropecuária. Quanto ao aperfeiçoamento tivemos 01 em Educação. Na escolha dos sujeitos da pesquisa privilegiou-se quem tinha experiência no ensino do judô, portanto todos os respondentes ministram aulas nessa modalidade esportiva. Tabela 2: Opinião dos profissionais de judô do Distrito Federal com relação à infraestrutura física adequado à prática do judô. Alternativas / profissionais Formados % Não formados % Total(%) Sim 02 ‟13.3% 06 40% 08(26,7%) Não 13 86.7% 09 60% 22(73,3%) Total 15 100% 15 100% 30( 100%) No que se refere a existência de espaço físico adequado para a prática do Judô, 22 sujeitos responderam que não, sendo 13(treze) formados em Educação Física e 09 (nove) não graduados na área. Interessante que, 08 (oito) afirmaram que sim, que existem espaços adequados nas instituições escolares para a prática do Judô, sendo 02(dois) formados e 06 (seis) não formados. Os espaços apontados pelos professores são salas normais, pátios e ginásios. 9 O judô é uma modalidade esportiva recente em nosso país, seu caráter disciplinador e seu direcionamento enquanto arte marcial atrai pessoas de todas as faixas etárias, particularmente crianças e adolescentes. O espaço para sua prática representa um ambiente de sedução e envolvimento, por isso deve ser escolhido e organizado com muito critério, pois para que o mesmo chegue ao público é preciso que seu acesso seja estudado previamente por um Sensei(professor em japonês) e bem sinalizado para que as pessoas possam prestigiá-lo. O exercício físico é importante para o crescimento e desenvolvimento do tecido ósseo e dos músculos, onde propicia uma redução dos níveis de gordura corporal e o aumento da massa magra e, para tanto, se faz necessário que os praticantes do judô tenham um espaço físico que oportunize a atividade física. O acesso à atividade física também é impulsionado pela procura da Cultura Corporal onde, por padrões estéticos e/ou de saúde a busca pelo judô com essa finalidade se torna um elemento a se considerar. Um local apropriado para a prática do judô precisa ter uma boa circulação de ar, ser seguro, ter boas condições de higiene e um tatame de 06 a 10 cm . O tatame, placa onde se pratica o judô, pode ser feito de palha de arroz, borracha trituradas ou emborrachados, cobertos por lona bem esticada, para as paredes aconselha-se colocar emborrachados cobertos por espuma de média densidade com a finalidade de proteção caso os educandos venham a se chocar com as mesmas. Tabela 3: Opinião dos profissionais de como o judô é utilizado nas aulas de Educação Física Não Alternativas/ formados Total / profissionais Formados Formados(%) Não formados (%) (%) No programa formal - - - - - Extracurricular 10 66.7% 09 60% 19(63,3%) Valores pedagógicos 01 6,6% 03 20% 04(13,3%) Não é utilizado 04 26,7% 03 20% 07(23,4%) Total 15 100% 15 100% 30(100%) 10 Após a realização da tabela 3 pode-se notar que aproximadamente 63,3% dos professores veem o judô aplicado somente como correspondente extracurricular, sendo destes 10 formados em educação física e 09 não formados; 13,3% acreditam que é utilizado devido seus valores pedagógicos, sendo 03 não formados e 01 formado; 23,4% veem que o judô não é utilizado de nenhuma maneira nas aulas de Educação Física sendo um total de 04formados e 03 formados; nenhum professor avaliado opinou, ou vê, o judô sendo utilizado no programa normal das escolas. Tabela 4: Opinião dos profissionais formados em educação física sobre o tratamento dado ao judô pelas universidades. Alternativas Valores % 0 - 6 40% 1 7% Palestras 2 13% Outros 6 40% 15 100% Aula curricular de judô Cursos extracurriculares Menção em outras disciplinas Total Dos dados coletados destinados aos professores formados em Educação física pode-se notar que nenhuma instituição de ensino dava tratamento ao judô. 40% dos professores buscaram o recurso de cursos extracurriculares para melhora curricular; 6.7% dos professores tiveram o judô mencionado em alguma disciplina no programa curricular do curso; 13,3% tiveram palestras sobre judô; 40% não tiveram nenhum tratamento do judô ao longo de todo curso. No Distrito Federal algumas instituições de ensino superior possuem atualmente a disciplina de lutas de forma optativa, que dão algum tipo de menção sobe o judô. As grades curriculares sofrem diversas tipos de mudanças afim de se adaptarem e se atualizar. Os educadores físicos expressam em 40% de ter buscado cursos fora da universidade para atender sua necessidade. 11 O judô deveria ser utilizado no programa formal de disciplinas como o intuito de oferecer aos futuros educadores uma ferramenta para que os futuros educandos possam vivenciar o judô, para isso aconteça, não se tem de ser formado necessariamente em judô, mas deve-se ter o conhecimento para sua prática e filosofia. Caso isso não ocorra o professor poderá buscar o conhecimento através de outros cursos. Segundo Baptista, 2003 sugere que dependendo da universidade, o número total de aulas pode variar entre trinta e sessenta, dadas em quatro meses e praticadas duas vezes na semana. Sugere ainda que o judô deve ser modalidade optativa durante o curso de educação física na universidade. Tabela 5: Perspectiva dos profissionais que trabalham com o judô se a falta de incentivo à formação do profissional de judô contribui para que o esporte não seja utilizado nas aulas de educação física. Não Alternativas/ formados Total / profissionais Formados Formados(%) Não formados (%) (%) Sim 12 80% 12 80% 24(80%) Não 03 20% 03 20% 06(20%) Total 15 100% 15 100% 30(100%) Neste quesito 80% dos entrevistados responderam que a falta de formação nas universidades contribui para que o judô não seja uma ferramenta pedagógica nas aulas de educação física, sendo 12 formados e 12 não formados e 20% responderam que a falta de formação não contribui, sendo três formados e três não formados. Neste quesito, dos professores entrevistados que optaram em sim obteve-se ao serem indagados de que forma: “ direção não apoia ”; “falta de conhecimento das potencialidades do esporte”; “inserção de valores”; “incentivar à pratica”. Dos entrevistados que optaram em não obteve-se : “ o professor deve-se especializar” e “ interesse do aluno em conhecer o judô”. 12 Tabela 6: Perspectiva do judô como esporte indagado com profissionalização em educação física Não Alternativas/ formados Total / profissionais Formados Formados(%) Não formados (%) (%) Sim 12 80% 12 80% 24(80%) Não 03 20% 03 20% 06(20%) Total 15 100% 15 100% 30(100%) Nota-se que ao serem indagados se o judô como esporte necessita de formação profissional, no caso ser faixa preta e formado em educação física, 20% opinaram que o judô não necessita de formação profissional, devido principalmente aos seus antigos técnicos em sua maioria não tiveram a possibilidade de cursar a atividade, destes três são formados e três não são formados e 80% dos professores entrevistados optaram que o judô como esporte necessita de formação profissional, sendo 12 formados e 12 não formados devido uma formação completa que busca o conhecimento e que compreende os aspectos fisiológicos, anatômicos, psicológicos e didáticos; a atualização de recursos metodológicos, o agregar conhecimento e passar ensinamentos de forma pedagógica. 4 CONCLUSÃO Após análise dos dados obtidos pode-se concluir que o judô é pouco utilizado como ferramenta pedagógica, porém há uma crescente que mostra que os profissionais que atuam com o judô possuem preocupação com a formação também de educação física, pois durante a pesquisa pode ser observado certa dificuldade de se encontrar professores de judô formados em educação física. Foi também levantado que o não incentivo do contato do professor de educação física com a modalidade ela é pouco explorada durante as aulas de educação física, por isso acredita-se que se faz necessário das universidades incluírem o desporto como disciplina optativa durante o curso de educação física. Conclui-se também que os 13 espaços físicos nas escolas do Distrito Federal, necessitam de adaptações para a realização da prática do judô, outro fator que leva à não utilização. Com o advento do judô do Brasil, nos últimos anos, o mesmo se faz necessário de inserção no contexto escolar, pois acredita-se que o judô inserido no contexto escolar seria um avanço a educação física escolar brasileira. 5 REFERÊNCIAS BAPTISTA, Carlos Fernando dos Santos. Judô da escola a competição.3.ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2003. BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física, 1997. BRASIL, 2008, Lei nº. 9.394 /96 –LDB, art. 26, §3°; art. 27, IV; art.29. Disponível em:<http://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/2762/ldb_5ed.pdf?seque nce=1>.Acesso em: 20 de Março de 2011. CALLEJA, Carlos Catalano. Caderno Técnico-Didático: Judô. Ministério da Educação Cultura, Brasil, 1982. Kano, Jigoro, 1860-1938. Energia mental e física: escritos do fundador do judô; com introdução de Yukimitsu Kano; compilado por Naoki Murata; traduzido do inglês por Nancy H. Ross; traduzido para o português por Wagner Bull – São Paulo: Pensamento 2008 a. KANO, JIGORO. Judô Kodokan; publicado sob supervisão do Kodokan Editorial Committee; traduzido por Wagner Bull.- São Paulo: Cultrix, 2008b. SILVA, Vinícius Antunes da. O judô na educação física escolar: uma pesquisa qualitativa sobre o ensino do judô nas escolas de Porto Alegre. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2010. Disponível http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/24910. Acesso em: 04 de Abril de 2011. em: 14 15 Anexos 16 ANEXO 1 – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Brasília, 24 de Setembro de 2011 Eu, ______________________________ Identidade __________, declaro que fui informado e devidamente esclarecido do projeto de pesquisa do Trabalho de Conclusão de Curso – TCC para a obtenção do Título de Licenciado em Educação Física intitulado: “O judô como ferramenta pedagógica nas aulas de educação física: uma perspectiva de seus educadores” desenvolvido pelo pesquisador Samuel Vítor Dias de Souza , orientado pelo Prof. MSc. Paulo César Trindade Vieira, do curso de Educação Física da Universidade Católica de Brasília – UCB, quanto aos itens da resolução 196/96. Estou ciente das questões contidas no questionário que envolvem a pesquisa. Por entendermos a partir dos estudos e dos diálogos com profissionais deste segmento a complexidade e importância desta seara, identificou-se que o estudo em questão pode revelar aspectos importantes que ocorrem no processo de estudantes nesta fase escolar. Neste sentido, será preservada a privacidade dos sujeitos entrevistados cujos dados serão coletados. As informações serão utilizadas única e exclusivamente para a execução do estudo em questão. As informações serão divulgadas de forma anônima, em conformidade com as práticas aos procedimentos particulares do campo em questão, não sendo usadas iniciais ou quaisquer outras indicações que possam identificar o sujeito da pesquisa, garantindo a privacidade do mesmo. Os resultados serão compartilhados com a instituição/profissional colaborador que poderá ver a melhor maneira de apresentá-los a quem julgar necessário após conclusão da pesquisa. Estas informações contribuirão para a criação de novas metodologias de ensino para atividades mais condizentes com o perfil dos estudantes deste âmbito escolar. Declaro, que após ser esclarecido pelo pesquisador a respeito do estudo, contribuir para coleta de dados da referente pesquisa. _________________________________ Assinatura do declarante 17 ANEXO 2 – QUESTIONÁRIO UTILIZADO PARA COLETA DE DADOS Este questionário se destina ao trabalho de conclusão do curso de licenciatura em educação física da Universidade Católica de Brasília. O tema do trabalho é: “O judô como ferramenta pedagógica nas aulas de educação física: perspectiva de seus educadores”. Adaptado de: SILVA, Vinícius Antunes da. O judô na educação física escolar: uma pesquisa qualitativa sobre o ensino do judô nas escolas de Porto Alegre. Os dados aqui obtidos preservarão a sua identidade e as informações utilizadas unicamente para a execução do referido estudo. OBRIGADO! CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA LICENCIATURA Proposta Preliminar 1) Você é formado(a) em educação física? ( ) Sim ( ) Não 2) Possui algum outro tipo de formação acadêmica? ( ) Sim ( ) Não ( ) Graduação. Qual?__________________________________________. ( ) Especialização. Qual?_______________________________________. ( ) Mestrado ( ) Doutorado ( ) Técnico-profissional. Qual?___________________________________. ( ) Aperfeiçoamento. Qual?_____________________________________. 3) Em geral, as escolas do Distrito Federal possuem espaço físico adequado à prática do judô? ( ) Sim. ( ) Não Que tipo? ____________________________________________________________________ __________________________________________________________. 4) Em sua opinião o judô é utilizado de que maneira nas aulas de educação física? ( ) No programa formal; ( ) Extracurricular; ( ) Pelos valores pedagógicos da arte marcial; ( ) Não é utilizado. 18 5) Se formado em educação física, de qual maneira a instituição de ensino superior dava tratamento ao judô ?p ( ) Aula curricular de judô. ( ) Cursos extracurriculares ( ) Menção em fonte do programa de alguma disciplina ( ) Palestras ( ) Outros. Qual? ______________________________. 6) A falta de incentivo à formação do professor de judô nas universidades contribui para que o esporte não seja utilizado como uma ferramenta pedagógica nas aulas de educação física? ( ) Sim. ( ) Não. De que forma? ___________________________________________ 7) O judô como esporte necessita de formação profissional? ( ) Sim. Por que?_________________________________________. ( ) Não 19 ANEXO 3- CRONOGRAMA ANUAL DO TRABALHO ETAPAS Apresentação/ Introdução do FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 2011 2011 2011 2011 2011 2011 2011 2011 2011 2011 2011 x X x Trabalho (Tema) Redação do Trabalho x Fichamento de Textos X Levantamento Bibliográfico X Definição do Objetivo/ x Metodologia Definição da Estrutura Revisão Final Texto/Anexos e x X Termos Estrutura Final do Trabalho/ x Envio para CEP Coleta de dados x Tabulação de Dados x Análise dos Dados e X Discuções Redação do Trabalho Apresentação do Trabalho Revisão / Redação Final / Entrega x X