62º Congresso Nacional de Botânica
Botânica e Desenvolvimento Sustentável
07 a 12 de Agosto de 2011
Frotaleza, Ceará, Brasil
PÓ DA CASCA DA TANGERINA. UM ALTERNATIVO E
EFICIENTE ADSORVENTE PARA REMOÇÃO DE CU+2
DE SOLUÇÃO AQUOSA
ANA CRISTINA MAZZOCATO
Co-autores: ANA CRISTINA MAZZOCATO , VIVIAN TEIXEIRA BRANCO e
FLÁVIO ANDRÉ PAVAN
Tipo de Apresentação: Pôster
RESUMO
PÓ DA CASCA DA TANGERINA. UM ALTERNATIVO E EFICIENTE
ADSORVENTE PARA REMOÇÃO DE CU+2 DE SOLUÇÃO AQUOSA (1)
Ana Cristina MAZZOCATO (2)
Vivian Teixeira BRANCO (3)
Flávio André PAVAN (4)
A presença de íons metálicos, em particular o cobre (Cu+2) em solução aquosa,
quando em elevadas concentrações é indesejável devido a sua toxicidade. Vários
materiais adsorventes têm sido empregados para a remoção de metais de águas,
dentre eles, o carvão ativado. O carvão ativado é eficiente, porém o que tem
inviabilizado sua utilização é o elevado custo de produção. Estudos recentes
mostram que materiais celulósicos porosos ricos em pectina e lignina são
potenciais adsorventes de metais com a vantagem de serem mais baratos do que
o carvão ativado. O objetivo do presente trabalho foi caracterizar a casca da
tangerina (Citrus reticulata Blanco) quanto as suas propriedades químicas e
físicas e depois usá-la como adsorvente na remoção de Cu+2 de solução aquosa.
Para tal, empregaram-se as técnicas de Espectroscopia na região do
infravermelho (FT-IR), Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), isotermas de
adsorção-dessorção de nitrogênio (BET) e Titulação Potenciométrica. Foram
estudados o efeito de pH da solução, tempo de agitação e dosagem de
adsorvente na capacidade de adsorção da casca de tangerina. A análise de FTIR confirmou a presença de grupos carboxílicos, carbonilas e fenóis provenientes
da pectina e lignina presentes na composição do adsorvente. Esses grupos são
responsáveis pela adsorção do Cu+2. A MEV mostrou a presença de cavidades
no adsorvente que podem contribuir para adsorção física do metal. Análise de
BET mostrou que o adsorvente apresenta área superficial de 52.11m2/g e
diâmetro médio de poros de 7.3 nm. A presença de grupos ácidos foi confirmada
também por titulação ácido-base. Nas condições otimizadas de adsorção pH=5,
dosagem de adsorvente=0,2g e tempo de contato de 20 min a 25ºC usando o
sistema de adsorção em batelada, a capacidade máxima de adsorção foi de
29.11mg/g baseado na isoterma de Langmuir. Portanto, recomenda-se a
62º Congresso Nacional de Botânica
Botânica e Desenvolvimento Sustentável
07 a 12 de Agosto de 2011
Frotaleza, Ceará, Brasil
utilização da casca de tangerina como adsorvente para a descontaminação de
águas contendo metais.
Palavras-chave: pó da casca da tangerina, adsorvente, cobre
________________________
(1) Apoio Financeiro: CNPq
(2) Pesquisadora A da Embrapa
[email protected]
Pecuária
Sul,
Bagé,
RS,
Brasil.
(3) Bolsista do CNPq. UNIPAMPA (Universidade Federal do Pampa) - Campus
Bagé, RS, Brasil.
(4) Pesquisador do CNPq. UNIPAMPA - Campus Bagé, RS, Brasil. 
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Resumo de Trabalho - Sociedade Botânica do Brasil