1º Ten Al ANA PAULA MARTINS DA SILVA PTERÍGIO: Uma abordagem atualizada dos métodos de tratamento e da importância da fotoproteção ocular RIO DE JANEIRO 2008 1º Ten Al ANA PAULA MARTINS DA SILVA PTERÍGIO: Uma abordagem atualizada dos métodos de tratamento e da importância da fotoproteção ocular Trabalho de conclusão de curso apresentado à Escola de Saúde do Exército, como requisito parcial para aprovação no Curso de Formação de Oficiais do Serviço de Saúde, especialização em Aplicações Complementares às Ciências Militares. RIO DE JANEIRO 2008 Orientador: Maj Sílvio Rodrigues da Costa Júnior M237p Silva, Ana Paula Martins da. Pterígio: uma abordagem atualizada dos métodos de tratamento e da importância da fotoproteção ocular /. – Ana Paula Martins da Silva. - Rio de Janeiro, 2008. 26 f. ; 30 cm. Orientador: Sílvio Rodrigues da Costa Júnior Trabalho de Conclusão de Curso (especialização) – Escola de Saúde do Exército, Programa de Pós-Graduação em Aplicações Complementares às Ciências Militares.) Referências: f. 25-26. 1. Pterígio. 2. Fotoproteção ocular. I. Sílvio Rodrigues da Costa Júnior. II. Escola de Saúde do Exército. III. Título. CDD 355.345 RESUMO O pterígio é um processo degenerativo da conjuntiva relacionado a vários fatores. O mais importante deles é a exposição ocular à radiação ultravioleta. Em virtude de tal fato, é freqüente em nosso país. Causa diversos sintomas e complicações oculares que vão desde a irritação crônica até a cegueira por bloqueio pupilar. O tratamento é cirúrgico, a recidiva da lesão é freqüente e geralmente mais agressiva que a lesão inicial. Várias técnicas e drogas tem sido desenvolvidas visando diminuir ou evitar a recidiva. Ao mesmo tempo, é importante ressaltar a necessidade da fotoproteção ocular na prevenção do pterígio e de muitas outras patologias oculares. O objetivo deste trabalho é abordar as diversas técnicas de tratamento do pterígio e a importância da fotoproteção ocular (especialmente em nosso país, onde a exposição à radiação ultravioleta se faz de forma intensa). Para tal abordagem, foi realizada revisão bibliográfica de literatura especializada e de diversos artigos científicos atuais encontrados em publicações específicas. Palavras-chave: Pterígio. Fotoproteção ocular. ABSTRACT Pterygium is a conjunctival degeneration related to many causes. The most important of them is the eye’s exposure to ultraviolet radiation. Because of this, it is frequent in our country. It may cause many symptoms and complications from chronic irritation to blindness when there is a huge growth. The treatment is surgical and recurrency isfrequent and generally most aggressive than primary lesion. Many techniques and drugs have been developed to reduce or avoid recurrency. At the same time, it’s important to emphasize the need of eye protection against ultraviolet radiation for the prevention of pterygium and many other ophthalmologic diseases. The purpose is to evaluate the various pterygium treatment techniques and the importance of eye protection against ultraviolet radiation (mainly in our country, where ultraviolet exposure is intense). For this purpose, a retrospective study was conducted based on specific literature and recent scientific articles. Keywords: Pterygium. Eye ultraviolet radiation protection. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................06 2 ETIOPATOGENIA E EPIDEMIOLOGIA......................................................................07 3 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS, HISTOLÓGICAS E COMPLICAÇÕES..................08 4 TRATAMENTO............................................................................................................09 5 A RADIAÇÃO SOLAR E SEUS EFEITOS DELETÉRIOS ÀS ESTRUTURAS OCULARES....................................................................................................................10 6 IMPORTÂNCIA DA FOTOPROTEÇÃO OCULAR......................................................11 7 DISCUSSÃO................................................................................................................12 8 CONCLUSÃO..............................................................................................................22 REFERÊNCIAS...............................................................................................................25 1 INTRODUÇÃO O termo pterígio vem do grego e significa “pequena asa” (SCHELLINI et al, 2005). Consiste no crescimento fibrovascular subepitelial e triangular de um tecido conjuntival degenerativo que atravessa o limbo e invade a córnea. Apesar de ser uma lesão benigna, é também potencialmente causadora de cegueira, uma vez que seu crescimento pode obstruir a pupila, impedindo a visão. Desenvolve-se tipicamente em pacientes que vivem em clima quente, podendo representar uma resposta ao ressecamento e à exposição crônica aos raios ultravioleta (KANSKI, 2004). Nos climas temperados a condição progride apenas muito lentamente, e é raro que cause sintomas visuais, mas nas regiões expostas à intensa radiação solar pode representar uma séria ameaça à visão. A situação geográfica e as observações na prática diária mostram que o pterígio é uma lesão muito encontrada em nosso país. Apesar disso são poucos os estudos dedicados ao assunto. Abordar o pterígio, de maneira atualizada, enfatizando os métodos de tratamento recentemente desenvolvidos ou ainda em pesquisa, com suas vantagens e desvantagens, bem como ressaltar a importância da fotoproteção ocular como medida profilática ao desenvolvimento do pterígio bem como de muitas outras patologias oculares, constituem o objetivo deste trabalho. Para tal abordagem, foi realizada revisão bibliográfica de literatura especializada e de diversos artigos científicos atuais encontrados em publicações específicas. 2 ETIOPATOGENIA E EPIDEMIOLOGIA É uma afecção de etiologia multifatorial, relacionada com a exposição à radiação solar, microtraumatismos de repetição, inflamações crônicas, idade, hereditariedade e distúrbios imunológicos (LANI, 2005). Dentre esses fatores, a exposição à radiação ultravioleta é considerada bastante relevante na patogênse da lesão. O mecanismo imunológico está envolvido na patogênese do pterígio, havendo hipersensibilidade dos tipos 1 e 3, com aumento da concentração tecidual de imunoglobulinas IgG, IgA, IgE e C3 em portadores de pterígio (HERCULES et al, 2006). O pterígio acomete indivíduos que habitam principalmente países de clima tropical, localizados próximo à linha do Equador e que trabalham expostos ao sol; assim a incidência é maior na região entre 40 graus de latitude ao norte e ao sul do Equador, em populações que habitam ilhas e altas latitudes. Ocorre preferencialmente em indivíduos adultos, do sexo masculino, acima dos 30 anos. Entretanto, pesquisas brasileiras mostram acometimento de ambos sexos, nas mesmas proporções, ou predomínio no sexo feminino. Pesquisa semelhante realizada na China apresentou predomínio da lesão em mulheres. Esse fato está muito mais relacionado à procura do tratamento por estética do que por uma tendência de ocorrência da lesão relacionada ao sexo. Os indivíduos masculinos por exercerem mais atividades laborativas com exposição solar, estariam mais predispostos ao desenvolvimento da lesão. A prevalência aumenta linearmente com a idade (SCHELLINI et al, 2005). 4 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS, HISTOLÓGICAS E COMPLICAÇÕES Em relação às características clínicas, os sinais em ordem cronológica são: • Uma pequena opacidade corneana acinzentada que se desenvolve próxima ao limbo • A conjuntiva cresce sobre a opacidade e progressivamente avança sobre a córnea nasal. em aspecto triangular. • Um depósito de ferro (linha de Stocker) pode ser visto no epitélio corneano contíguo à cabeça do pterígio (KANSKI, 2004). • Geralmente é bilateral com o lado nasal da área interpalpebral sendo afetado mais comumente. O exame do bordo de avanço e do corpo da lesão mostra se o pterígio é ativo pelo grau de dilatação vascular na massa principal da lesão (SPALTON et al, 1998). A histologia mostra acentuada atividade fibroblástica sob o ápice do pterígio onde a membrana de Bowman foi destruída. Nos demais locais, o pterígio consiste em material hialino acelular coberto por epitélio conjuntival e degeneração pseudo-elástica, similar à observada em uma pinguécula (que provavelmente representa o estágio inicial da doença). Admite-se que esta irregularidade inicial perturbe a uniformidade da película lacrimal causando uma alteração localizada no menisco da lágrima e uma área focal de ressecamento (um dellen), o que estimula a invasão da córnea (SPALTON et al, 1998). As complicações incluem irritação crônica, comprometimento do eixo visual com redução da acuidade visual e até mesmo cegueira, astigmatismo induzido e ruptura do filme lacrimal (KANSKI, 2004). Em relação ao comprometimento da acuidade visual por astigmatismo, a alteração mais encontrada é o astigmatismo assimétrico a favor da regra que é causado pelo aplanamento da córnea na direção da lesão. As variações da curvatura corneana em virtude da lesão desaparecem por volta de 2 meses após a exérese do pterígio (FERRAZ, 2002). 5 TRATAMENTO Inclui lágrimas artificiais para melhor lubrificação da córnea e alívio dos sintomas de ressecamento e desconforto ocular (especialmente se associado à dellen) em especial nos dias ensolarados e com vento. Em caso de inflamação pode haver necessidade do uso de esteróides fracos por curto período (KANSKI, 2004). O tratamento cirúrgico pode ser indicado por motivo estético, interferência com o uso de lentes de contato, irritação significante ou progressão sobre o eixo visual. A excisão simples está associada a alto índice de recidiva, freqüentemente mais agressiva que a lesão inicial. A remoção precoce dos pterígios primários poderia apressar o aparecimento da lesão em pacientes predispostos à recorrência motivo pelo qual a indicação cirúrgica deve ser bem avaliada no caso das lesões iniciais. Diversas técnicas têm sido desenvolvidas com objetivo de evitar a recidiva. Atualmente a técnica mais usada inclui a excisão do pterígio seguida pelo recobrimento do defeito conjuntival com um enxerto autólogo ou com membrana amniótica (KANSKI, 2004). As terapias adjuvantes com mitomicina C ou irradiação beta podem ser usadas para reduzir a taxa de recidiva, mas podem causar necrose escleral tardia (KANSKI, 2004). Outras drogas recentemente pesquisadas no intuito de evitar a recidiva são o 5-fluorouracil, o tacrolimus e a ciclosporina 0,05%. Novas técnicas para tratamento de pterígio vem sendo pesquisadas e discutidas na atualidade como a exérese com álcool absoluto diluído a 50%. 6 A RADIAÇÃO SOLAR E SEUS EFEITOS DELETÉRIOS ÀS ESTRUTURAS OCULARES A radiação solar que atinge a superfície do planeta é formada principalmente de radiação ultravioleta (UV) cujo espectro abrange o comprimento de onda de 100 a 400 nm e divide-se em 3 faixas: UV-A, UV-B e UV-C. A radiação UV é capaz de penetrar nas sucessivas estruturas oculares a partir da córnea numa relação diretamente proporcional ao seu comprimento de onda. Quanto maior for este comprimento, mais profundamente o globo ocular será atingido pelos raios UV. A córnea e o cristalino representam os 2 principais escudos de proteção contra a radiação UV . A exposição aos raios UV pode contribuir para o desenvolvimento de algumas doenças oculares dentre as quais podemos citar: fotoceratite, pterígio (objeto de estudo deste trabalho), tumores de córnea e conjuntiva, catarata, degeneração macular e retinopatia solar como as mais comumente observadas (OLIVEIRA, 2005). 7 IMPORTÂNCIA DA FOTOPROTEÇÃO OCULAR Em virtude do exposto no item anterior observa-se a importância da fotoproteção ocular na profilaxia das doenças oculares supracitadas especialmente em regiões intensamente expostas à radiação UV como ocorre no nosso país. Medidas preventivas como uso de chapéu, viseira, guarda-sol e lentes protetoras (polarizantes, fotossensíveis, fotocromáticas ou óculos escuros com filtro absorvedor de UV-A e UV-B) que serão mais amplamente abordadas a seguir, têm importância relevante para evitar tais patologias ou reduzir-lhes a incidência. 8 DISCUSSÃO Em relação ao tratamento do pterígio, algumas medicações tópicas podem ser utilizadas, como colírios lubrificantes e anti-inflamatórios, mas apenas para alívio dos sintomas associados ao pterígio A remoção cirúrgica é a única conduta disponível até o momento para a completa resolução do pterígio e está indicada nos casos em que há prejuízo na acuidade visual, restrição da motilidade ocular, inflamações crônicas, sintomas irritativos persistentes ou alterações cosméticas. Diferentes modalidades cirúrgicas existem para abordagem terapêutica do pterígio, dentre as quais destacam-se: excisão ou exérese simples (“esclera nua”), excisão com rotação de retalho, excisão com ceratoplastia lamelar, transplante autólogo de conjuntiva e transplante de membrana amniótica (LANI, 2005). A recidiva do tecido fibrovascular (pterígio recorrente) é o maior problema do tratamento cirúrgico do pterígio principalmente quando a técnica cirúrgica utilizada é a exérese simples. A taxa de recorrência ocorre entre 32 a 89% e tende a ser mais agressiva que a lesão primária. Acredita-se atualmente que o trauma cirúrgico e subseqüente inflamação pós-operatória ativem a proliferação dos fibroblastos conjuntivais, das células endoteliais e de matrizes protéicas extracelulares levando à formação do pterígio recorrente. Dessa forma, diversos procedimentos têm sido associados à excisão do pterígio para diminuir a alta recorrência, tais como o uso de betaterapia; drogas anti-mitóticas (mitomicina C e 5- fluorouracil), radiomiméticas (tiotepa) e imunossupressoras (ciclosporina e tacrolimus); transplante de conjuntiva e transplante de membrana amniótica. Além disso, novas técnicas vem sendo continuamente estudadas e aperfeiçoadas. Após o tratamento cirúrgico, independentemente da técnica utilizada, é indispensável que o paciente evite exposição à radiação ultravioleta, tanto quanto possível, para evitar a reincidência da doença. Estão citadas mais detalhadamente a seguir cada uma das possibilidades terapêuticas acima relacionadas. A exérese simples foi a primeira técnica a ser utilizada consiste na remoção do pterígio de forma que, a área exposta, após a retirada da lesão, não recebe qualquer tipo de recobrimento (por isso essa técnica é também chamada “esclera nua”). É um procedimento simples e rápido mas, associado a alta incidência de recorrência. Na área exposta, sem nenhuma proteção e submetida aos mesmos fatores ambientais desencadeantes da lesão inicial, ocorre uma reação inflamatória que estimula o desenvolvimento da recorrência da lesão. Na literatura oftalmológica atual, é consenso a não utilização desta técnica para tratamento de pterígio recidivado. A excisão com rotação de retalho utiliza, para confecção do retalho, parte da conjuntiva bulbar superior. Esta porção é escolhida por estar recoberta pela pálpebra superior, protegida da poluição e dos raios ultravioleta ocorrendo também um grau menor de agressão à região episcleral; fatos que possibilitam baixos índices de recidiva (cerca de 10%). A sua principal complicação seria o leucoma de córnea periférica. Na excisão com ceratoplastia lamelar, a excisão do pterígio é combinada à ceratoplastia lamelar. A ceratoplastia lamelar consiste num transplante de córnea no qual é retirada parte da espessura da córnea do receptor e enxertado, da mesma forma, espessura parcial da córnea doadora sadia com finalidade óptica, ou seja, para melhorar a acuidade visual nos casos em que há opacificação corneana com déficit visual em virtude de pterígio. Em relação ao transplante de membrana amniótica, podemos afirmar que reduz a recorrência do pterígio em relação à exérese simples para 10,9% a 37,5% (KWITKO, 2000). A membrana amniótica é composta por uma camada de epitélio cúbico simples e uma membrana basal espessa, formada basicamente de colágeno tipo IV e laminina e uma matriz estromal avascular (CASTELLANO et al, 2005). Apresenta várias propriedades como efeito antiadesivo, antibacteriano, proteção da ferida, redução da dor e reepitelização por facilitar a adesão e migração das células epiteliais basais, prevenir a apoptose e restaurar o fenótipo epitelial. Outra propriedade única da membrana amniótica é a de não induzir a rejeição imunológica após o transplante pelo fato de não expressar os antígenos de histocompatibilidade HLA-A, B ou DR. Tem sido utilizada, em oftalmologia, como uma alternativa para reconstrução da superfície ocular. Está indicada associada ao transplante de conjuntiva autólogo para os casos de pterígio recidivado com simbléfaro. Esse procedimento pode ser utilizado, isoladamente, no tratamento do pterígeo recidivado, constituindo uma boa alternativa nos casos onde o transplante conjuntival estaria contra-indicado como, por exemplo, em portadores de pterígio bilateral, em patologias conjuntivais sinequiantes e em pacientes que futuramente necessitarão de cirurgia filtrante para tratamento de glaucoma. É um procedimento relativamente simples, com baixo índice de complicações e que traz bons resultados (BRUNI, 2001). A betaterapia se baseia na aplicação de estrôncio 90 na região episcleral e vem sendo usada para tratamento de pterígio desde 1950. Mostrou uma redução na taxa de recorrência após cirurgia de pterígio para 1,7 a 12%. A dosagem total de irradiação deve ser inferior a 3.200 rad, devendo ser aplicada no momento da cirurgia ou no pós-operatório. Sua ação consiste em provocar mudanças iônicas no núcleo e citoplasma das células suscetíveis à neovascularização, causando endarterites obliterantes e detendo a proliferação dos fibroblastos. Apesar de diminuir as taxas de recorrência, complicações como necrose escleral, simbléfaro, atrofia de íris, infecções secundárias e formação de catarata foram reportadas, podendo ocorrer em até 10 anos após o seu uso. Atualmente, a betaterapia, devido às complicações que podem advir do seu uso, muitas vezes de difícil manuseio, praticamente não tem sido usada na prática oftalmológica. Várias drogas tem sido recentemente pesquisadas no intuito de diminuir o alto índice de recidiva da lesão. A tiotepa é uma droga radiomimética que oblitera os vasos sanguíneos por inibição dos capilares endoteliais, usada originalmente como agente antitumoral, e há muito passou a ser utilizada para reduzir a recorrência de pterígio. Porém, foi observado que esta droga provoca alterações no epitélio corneano e conjuntival, na sensibilidade corneana e no filme lacrimal (SHIRATORI et al, 2003). Também foram observadas alterações no número e nas funções das células caliciformes, ceratite persistente, hipertrofia conjuntival, alergia ocular e despigmentação irreversível das pálpebras. Estas complicações levaram a uma sensível redução do seu uso nas cirurgias de pterígio. A mitomicina C é uma droga anti-mitótica que inibe a proliferação de fibrosblastos. Sua utilização é associada a diversas complicações como necrose escleral, glaucoma secundário, edema e perfuração corneana, corectopia, irite, catarata, calcificação escleral, fotofobia, dor incapacitante e defeito epitelial persistente. Os efeitos colaterais podem surgir vários anos após a aplicação. Outro anti-mitótico que vem sendo estudado é o 5-fluorouracil. Até o presente pouco se conhece sobre seu uso como tratamento coadjuvante do pterígio. Assim como a mitomicina C, sua ação antifibroblástica ocorre pela inibição do DNA, porém, por mecanismos diferentes. A citotoxicidade e a inibição da proliferação de fibroblastos da cápsula de Tenon são menores com o 5- fluorouracil, o que o torna uma droga mais segura. Estudos experimentais mostraram que o 5-fluorouracil não provoca alterações deletérias aos tecidos oculares quando utilizado em aplicação tópica ou subconjuntival. Segundo estudo comparativo recente, a mitomicina C e o 5-fluorouracil têm a mesma eficácia na inibição da proliferação de fibroblastos contribuindo desta forma para diminuição da recidiva após o tratamento cirúrgico (VIVEIROS, 2007). Estudos recentes têm sido realizados com a ciclosporina a 0,05%. Essa droga imunossupressora mostrou-se capaz de reduzir significativamente a proliferação de fibroblastos na cápsula de Tenon normal e em pterígios. Essa droga já é usada na forma tópica para tratamento de olho seco e ceratoconjuntivite vernal. Foi observado que a interrupção no curso normal do processo de apoptose (morte celular programada), pode estar envolvida no desenvolvimento do pterígio. Estudos recentes sobre os efeitos da ciclosporina revelaram que em doses maiores que 10 microgramas por ml, houve significativa redução da proliferação e migração celular, com indução de apoptose de maneira dose-dependente, o que comprovou que a exposição à ciclosporina modifica diretamente o comportamento dos fibroblastos, sendo indicado o seu uso em desordens conjuntivais hiperproliferativas. Ensaios clínicos devem ser feitos a fim de determinar o papel da ciclosporina como droga coadjuvante para o tratamento do pterígio. Já existem alguns relatos de emprego clínico da ciclosporina a 1% ou a 0.05% para prevenção da recidiva do pterígio. Outra especulação possível seria o estudo dessa droga na profilaxia do crescimento da lesão, possibilitando que o paciente não chegasse à intervenção cirúrgica.(HERCULES ,2006). O tacrolimus é um antibiótico macrolídeo, extraído da fermentação de um caldo do microorganismo Streptomyces tsukubaensis. Em animais, demonstrou-se que o tacrolimus (FK- 506) causa supressão da imunidade humoral e inibe a ativação do linfócito T, apesar do seu exato mecanismo de ação não ser conhecido. O FK-506 apresenta propriedades imunossupressoras muito similares à ciclosporina com uma potência 100 vezes maior que aquela. Estudo recente evidenciou que os fibroblastos provenientes da cápsula de Tenon de pterígios recidivados apresentaram taxa de proliferação significativamente menor no primeiro dia após a exposição ao tacrolimus, entretanto, novos estudos devem ser realizados no sentido de se definir dose e tempo de exposição dos fibroblastos à droga, com o intuito de se definir se o tacrolimus pode ser útil como tratamento coadjuvante do pterígio (CARVALHO, 2007). Outro procedimento que também reduz a taxa de recorrência para níveis semelhantes às do uso de betaterapia e de agentes anti-fibroblásticos é o transplante autólogo de conjuntiva, com a vantagem de não apresentar as complicações graves da necrose escleral. Por isso, utiliza-se esta técnica cada vez mais de rotina, tanto para pterígios primários como recidivados. O transplante autólogo de conjuntiva foi considerado um método efetivo para reduzir as taxas de recidiva do pterígio a partir de 1985. Esta técnica consiste no enxerto de conjuntiva livre, obtido do quadrante súpero-temporal do mesmo olho, para recobrir a esclera exposta após excisão da lesão. Foi observado por alguns autores a recorrência de 5,3% em pterígios recidivados ou avançados. Taxas maiores de recidiva foram, no entanto, detectadas em áreas geográficas com maior exposição à radiação ultravioleta. Estudo recente sobre o transplante autólogo de conjuntiva em pterígio primário (ou seja, pterígio que não sofreu nenhuma intervenção cirúrgica ) evidenciou que este procedimento apresenta baixo índice de complicações e de recidiva da lesão. Neste estudo 230 olhos de 230 pacientes foram submetidos à essa técnica e acompanhados por 12 meses após a realização do procedimento. No pós operatório observou-se recidiva em 4 casos ( 2,17% ) sendo 2 casos no período de 2 meses e 2 no período de 9 meses de acompanhamento. Observou-se também 1 (0,43% ) caso com perda de enxerto após 15 dias de acompanhamento sendo esta a única complicação observada. Novas técnicas cirúrgicas encontram-se em estudo como, por exemplo, a técnica que utiliza álcool absoluto diluído a 50% com água destilada para exérese da cabeça do pterígio da região corneana (ANGELUCCI, 2004). Segundo os autores a utilização dessa técnica promoveu um plano de clivagem epitelial na córnea que facilita a exérese da cabeça do pterígio com espátula de divulsão proporcionando uma superfície corneana regular e homogênea, o que pode contribuir para uma melhor qualidade de visão. Em relação à importância da fotoproteção ocular, devemos ressaltar a correlação entre a exposição à radiação ultravioleta e as doenças oculares a ela relacionadas. O pterígio é comumente associado como uma doença dos trópicos e tem como principal fator de risco a exposição à luz ultravioleta. A prevalência da doença em regiões equatoriais é de 2,25% da população. No Brasil, ainda não existem dados suficientes para uma estatística. Estudo sobre a incidência de pterígio no pronto-atendimento da Santa Casa de São Paulo durante o mês de março de 2002 apresentou uma incidência de 8,64% dos casos atendidos no setor de oftalmologia do referido hospital representando impacto relevante no atendimento (SANO, 2002). Outro estudo realizado no agreste pernambucano (no município de Águas Belas) em 1988 ressaltou a incidência elevada de pterígios na população estudada (22,4%) especialmente dentre os agricultores (GROTTONE, 2008). Em relação aos efeitos causados na visão e nos olhos, alterações agudas e cumulativas tardias são causadas pela exposição aos raios UV. Dentre as alterações agudas, podemos citar as ceratites que ocorrem em geral de 6 a 12 horas após a exposição, ocasionando dor, irritação, diminuição da acuidade visual, fotofobia, lacrimejamento, edema conjuntival, edema palpebral e dificuldade em se adaptar ao escuro. A exposição ao sol durante um dia inteiro pode diminuir a capacidade de adaptação ao escuro por até dois dias. Dentre as alterações cumulativas tardias, podemos citar: • Efeitos sobre a pálpebra: envelhecimento da pele e tumores; • Efeitos sobre a conjuntiva: conjuntivite crônica, pinguécula, tumores; • Efeitos sobre a córnea: pterígio , fotoceratite; • Efeitos sobre o cristalino: catarata, presbiopia precoce ( em países de clima temperado, a presbiopia inicia-se em geral aos 45 anos de idade; em países de clima tropical entre 38 a 40 anos); • Efeitos sobre a retina: degeneração macular relacionada à idade, alteração na visão de cores e edema macular cistóide. Para melhor elucidação sobre o mecanismo como se processam estas lesões são necessários alguns esclarecimentos sobre a radiação ultravioleta. A radiação ultravioleta é invisível aos olhos por estar situada em um dos extremos do espectro luminoso, com comprimento de onda mais curto que a luz visível, porém mais longo que o raio X (OLIVEIRA, 2004). Os raios ultravioletas dividem-se em três tipos: UV A: tem comprimento de onda de 315 a 400 nm, penetra mais profundamente no olho do que os demais tipos.A córnea apresenta elevada transmitância a esse comprimento de onda, de forma que o cristalino assume a função principal de absorver a maior parte do UV A. A porção residual de UV A não absorvida pelo cristalino alcança a retina, principalmente aquela com comprimento de onda acima de 340 nm. UV B: tem comprimento de onda de 280 a 315 nm, a córnea e a conjuntiva absorvem a maior parte desses raios, sendo a córnea considerada a principal barreira à penetração da radiação UV B no interior do globo ocular. UV C: Tem comprimento de onda de 100 a 280 nm, caso atingisse a superfície terrestre, esse faixa de radiação seria integralmente absorvida pela córnea. A radiação UV C praticamente não chega até a Terra, em virtude da presença da camada de ozônio na região entre 20 e 50 km acima da calota terrestre. A absorção deste tipo de radiação ultravioleta pela camada de ozônio é importante para a vida na Terra, pois se todos os raios ultravioleta da luz solar chegassem à superfície do planeta, toda vida seria destruída. Os raios UV A e UV B provenientes da luz solar e que chegam até os olhos, são filtrados principalmente pelo cristalino ( em menor porção pela córnea) sendo que uma pequena porcentagem ( 1% dos UV B e 2% dos UV A) chega à retina. Alguns fatores ambientais interferem com o nível de radiação ultravioleta: Ângulo do sol: Quanto mais alto estiver o sol em relação à Terra, mais curta será a trajetória do ultravioleta através da atmosfera. Deste modo, menor será a sua absorção por esta camada e, conseqüentemente, uma quantidade maior de raios alcançará a superfície terrestre. Logo, os níveis de UV variam com o horário do dia e a época do ano, com o pico sendo atingido quando o sol está em sua altura máxima, próximo de meio-dia, durante os meses de verão. Latitude: Quanto mais próximo do Equador, maiores serão os níveis de radiação UV. Esse fato torna o Brasil, a Austrália, e os outros países da América Latina e da África mais expostos ao UV do que os países do hemisfério norte. Altitude: Em altitudes mais elevadas, ocorre uma redução gradual da camada atmosférica que filtra os raios UV B, aumentando-se progressivamente os níveis de radiação. A cada mil pés, eleva-se o nível de exposição em 4%. Camada de ozônio: A molécula de ozônio é formada por 3 átomos de oxigênio com uma concentração máxima numa altitude entre 10 e 35 km. Essa camada, cuja depleção correlaciona-se com a atividade humana através da produção de agentes químicos ( clorofluorcarbonos ) pela indústria, encontra-se localizada na estratosfera. Possui a capacidade de absorver totalmente o UV C e grande parte do UV B. Os níveis de ozônio variam com a época do ano e até mesmo do dia, e de acordo com os padrões de circulação da atmosfera. A radiação UV B é diretamente realcionada com alterações na espessura dessa camada. A manifestação mais dramática dessa redução é o “buraco de ozônio” na Antártida que se repete na primavera, anualmente, por um período de 6 semanas. Nuvens: Dias enevoados não representam uma efetiva proteção contra o ultravioleta. Níveis elevados de radiação podem ser encontrados devido a difusão de raios através das moléculas de água e finas partículas da atmosfera. Reflexão especular: A radiação ultravioleta é refletida e difundida, em graus variáveis, por diferentes superfícies (superfícies reflexivas) que serão abordadas adiante. Os raios ultravioleta são também emitidos por lâmpadas fluorescentes, dicróicas, mercuriais, tela de vídeo, clarões e faíscas de soldas, etc. Alguns grupos populacionais necessitam, particularmente, de proteção: 1. As crianças: são mais vulneráveis à radiação, pois usas pupilas normalmente estão mais dilatadas, os olhos possuem menos pigmento e os cristalinos e as córneas são menos eficientes na filtração dos raios UV. A proteção deve ser constante sendo, primordial nessa fase. 2. Os pseudo-fácicos e os afácicos: por não possuírem o cristalino. Sabe-se que com o envelhecimento, o cristalino vai ficando mais duro, amarelado e aumenta sua absorção aos raios UV A e UV B, criando assim uma proteção extra para mácula, a qual é anulada quando se opera a catarata. Por isso, as lentes intra-oculares de última geração já vêm com essa proteção. 3. Os trabalhadores que permanecem muito tempo expostos ao sol como construtores, pedreiros, carteiros, garis, caminhoneiros, fazendeiros, agricultores e policiais e quem pratica esportes ao ar livre ( surfistas, velejadores, pescadores, marinheiros, esquiadores,etc ) 4. Trabalhadores que se expõem à luz artificial (luz fria) por longos períodos ( escritórios, dentistas, bancos, artistas,etc), técnicos de laboratório e fotógrafos que trabalham com a luz ultravioleta artificial. 5. Usuários de medicamentos fotossensibilizadores ( medicamentos capazes de promover a absorção de raios ultravioleta) como: barbitúricos, griseofulvina, haloperidol, procaína, salicilatos, sulfonamida, tetraciclina, tricíclicos, carbamazepina. Quando esses medicamentos se depositam no cristalino ou na retina, esses tecidos se tornam mais vulneráveis aos efeitos nocivos da radiação (OLIVEIRA, 2004). 6. Indivíduos com olhos claros: apresentam uma incidência maior de doença macular relacionada à idade em relação aos indivíduos com olhos pigmentados o que sugere a melanina como fator relevante na fotoproteção da retina. A armação do óculos deve ter um formato que evite ao máximo a entrada de raios UV pela parte superior e lateral que, através da reflexão na superfície interna da lente, possam ter acesso ao segmento anterior do globo ocular. Uma observação deve ser feita em relação às superfícies reflexivas, ou seja, aquelas que refletem os raios ultravioleta que nelas incidem. Como exemplo podemos citar a neve ( que reflete 85% dos raios UV ), a água ( 20% ) e a areia ( 10% ). Deve-se atentar para a fotoproteção ocular nos locais onde encontramos tais superfícies. Importante ainda ressaltar que as nuvens não filtram os raios ultravioleta e mesmo em dias nublados, 70% dos raios nocivos atingem a pele e os olhos. Além disso, uma boa alimentação rica em anti-oxidantes pode auxiliar na saúde dos olhos. A radiação ultravioleta funciona como um agente estimulador da produção de radicais livres à base de oxigênio, lesivos aos tecidos oculares. A terapêutica antioxidante tem caráter preventivo e pode retardar a evolução do quadro ocular já instalado ( no caso das patologias retinianas ) principalmente, se forem escolhidas substâncias adequadas como betacaroteno, luteína, vitamina E, selênio, vitamina C e zinco quelado (OLIVEIRA et al, 2005). 9 CONCLUSÃO Apesar da elevada ocorrência em nosso meio, existe ainda muita controvérsia em relação à etiologia do pterígio, sua patogênese e tratamento. Sua etiopatogênese multifatorial tem como importante fator de risco para desenvolvimento da lesão a exposição à radiação ultravioleta mas, ainda não foi possível induzir experimentalmente o pterígio em animais expostos à radiação. Outros fatores ambientais possivelmente envolvidos são a exposição ao vento, poeira, altas temperaturas e baixa umidade do ar, de modo que, a agressão crônica aos olhos, na área da fenda palpebral, alteraria as células germinativas limbares desencadeando a lesão. O desconhecimento de todas as variáveis envolvidas na gênese do pterígio impede que uma das vertentes do tratamento, a redução ou ausência do contato com os fatores desencadeantes, seja proposta. Além disso, após a remoção cirúrgica e uso de medicamentos adjuvantes, como os pacientes continuam expostos a inúmeros fatores que podem estar envolvidos na gênese do pterígio, muitos deles ainda desconhecidos, há impossibilidade de avaliação direta da possibilidade de cura frente a determinado procedimento. Como exposto no trabalho, estudos vem sendo continuamente realizados com o intuito de propor técnicas cirúrgicas mais adequadas ou complementadas com drogas ou procedimentos que diminuam a incidência de recidiva pós-cirúrgica. Apesar das evidências científicas dos efeitos deletérios dos raios ultravioleta sobre o aparelho visual, e da existência de medidas protetoras exeqüíveis e eficientes, sabe-se que a maior parte da população brasileira continua a se expor livremente a estes fatores de riscos. Em nosso país em virtude da posição geográfica relacionada à alta incidência de exposição à radiação UV, as conseqüências visuais observadas não só em virtude do pterígio, mas também das muitas outras patologias oculares relacionadas a esta exposição, são particularmente relevantes em virtude da dificuldade de acesso da nossa população à informação adequada e ao atendimento oftalmológico. Portanto, o que se faz mandatório hoje é conscientizar a população, independente da faixa etária, da necessidade de adotar medidas preventivas. Sabe-se que entre o conhecimento e a mudança de hábitos, decorre um tempo maior ou menor, dependente da divulgação e aceitação das novas condições pela população. Isto pode ser obtido através de educação, leis específicas e da existência de medidas eficientes e aceitáveis. Entre as medidas de educação, estão: 1. Conscientização dos efeitos nocivos dos raios ultravioleta e as medidas de prevenção; 2. Tornar hábito o uso de medidas protetoras contra o UV ( lentes, bonés, etc ); 3. Conhecimento da diferença entre lentes que bloqueiam parte da luz, das que bloqueiam os raios ultravioleta; 4. Conhecer os meios e as condições em que os raios ultravioleta ( natural e artificial ) atingem os olhos; 5. Obter lentes com proteção contra os raios ultravioleta, que sejam esteticamente aceitáveis e que propiciem conforto visual nas diferentes atividades visuais em ambientes com diferentes intensidades de iluminação. Importante ainda ressaltar o reconhecimento das profissões ou atividades laborativas que, em virtude de exposição prolongada à radiação UV, representam fator de risco para o desenvolvimento de lesões relacionadas à esta radiação. Desta forma, medidas preventivas e uso de lentes fotoprotetoras adequadas podem ser instituídos profilaticamente. Para se conseguir que uma população mude seus hábitos e adote quaisquer medidas protetoras à sua saúde é necessário que ela seja conscientizada do perigo e que tenha disponibilidade de medidas cabíveis e aceitáveis para serem usadas. Sabe-se que, uma das medidas mais eficientes para proteção contra os efeitos deletérios dos UV solar, é o uso de lentes bloqueadoras (OLIVEIRA, 2004). Apesar disso, essa medida não é adotada pela maioria da população o que se deve provavelmente ao desconhecimento da necessidade do uso bem como a impossibilidade de acesso a esse material. Espera-se que num futuro próximo, o desenvolvimento e disponibilidade de lentes bloqueadoras de UV que tenham rápida adaptação a diferentes ambientes de iluminação e boa aceitação estética, associada a maior conscientização dos indivíduos da necessidade de proteção dos olhos contra os raios ultravioleta, certamente levará a um aumento do uso dessa modalidade de proteção e provavelmente à diminuição de doenças oculares associadas à exposição a raios ultravioleta solares e artificiais. Esse tipo de proteção é particularmente necessário em países tropicais e principalmente nos primeiros 18 anos de vida, em que ocorrem 80% de toda radiação solar a que um indivíduo se exporá durante toda vida. REFERÊNCIAS ANGELUCCI, Rodrigo et al. Nova técnica para o tratamento cirúrgico da cabeça do pterígio – Exerese com álcool absoluto diluído a 50%. Arq Bras Oftalmol. v. 67, n. 5, p.745-7, 2004. BRUNI, Ligia Fernanda et al. Transplante de membrana amniótica para tratamento do pterígio recidivado. 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