espaço
solidario
Obra Diocesana de Promoção Social
Ano VIII . n.º32 . Trimestral . Setembro 2013
CUSTO: 0,01€
pessoas a sentirem pessoas
Sumário
04 - Editorial
Manuel Amial
05 - Mensagem Administrador
Apostólico
14 - Valor da Amizade
26 - Moral na vida pessoal e social
Pedro Pimenta
15 - Aprende-se até morrer
Cónego Rui Osório
Frei Bernardo Domingues, O.P.
29 - Os valores e os afetos na relação
educativa
D. Pio Alves
06 - No limiar no quinquagésimo
aniversário
Cristina Figueiredo
16 - Necessidades de existência e
sobrevivência
32 - Sardinhada 2013
Professor Eugénio da Fonseca
Conselho de Administração
Américo Ribeiro
18 - Caminhando
08 - Tempo Novo!
35 - Férias com obra 2013
Maria Teresa Souza-Cardoso
João Pratas / Mónica Taipa de Carvalho
Confhic
09 - Ano Europeu dos cidadãos
Padre Lino Maia
20 - As visitas do Regado vão deixa-lo animado
38 - Ano da Fé
Centros Sociais
3PSPHUH:VÄH:VHYLZ
41 - Conserto de Primavera
10 - A face humana da sociedade
Professor Daniel Serrão
22 - <TÄSTLMLP[VWVYZP
Pedro Pimenta
Conselho de Administração
42 - Mensagens Espaço Solidário
12 - A cultura do Amor ao Próximo
D. João Lavrador
24 - Passeio em autocarro
panorâmico
43 - Amigos em crescendo
João Pratas
Ficha Técnica
Administração: Américo Ribeiro, Helena Costa Almeida, Rui Cunha, Manuel Amial e Pedro Pimenta
Direcção/Redacção: Manuel Pereira Amial
Propriedade/Editor: Obra Diocesana de Promoção Social
Colaboradores: A. Pronzato, Américo Ribeiro, Ângelo Santos, António Coutinho, Aurora Rouxinol, Bernardino Chamusca, Chefe Hélio
Loureiro, Confhic, Cónego Rui Osório, Cristina Figueiredo, D. Carlos Azevedo, D. João Lavrador, D. João Miranda, D. Manuel Clemente, D.
Manuel Martins, D. Pio Alves, Diana Cancela, Elvira Almeida, Emanuel Cunha, Filipa Martins, Frei Bernardo Domingues, João Alves Dias, João
Pratas, Liliana Sofia Soares, Luísa Preto, Manuel Amial, Manuel Tavares, Manuela Botelho, Margarida Aguiar, Maria Amélia Rhotes, Maria
Albina Padrão, Maria Anjos Pacheco, Maria Barroso Soares, Maria Isabel Cristina Vieira, Liliana Sofia Soares, Maria Lurdes Regedor, Maria
Teresa Carvalho Lobão, Maria Teresa Souza-Cardoso, Monsenhor Victor Feytor Pinto, Mónica Taipa Carvalho, Padre Dr. Américo Aguiar,
Padre Jardim Moreira, Padre José Maia, Padre Lino Maia, Padre Mário Salgueirinho, Paulo Lapa, Pedro Pimenta, Pedro Rhotes, Professor
Daniel Serrão, Professor Eugénio da Fonseca, Professor Francisco Carvalho Guerra, Ricardo Azevedo, Rosa Maria Seabra, Rute Monteiro e
Susana Carvalho.
Gráfica - Lusoimpress, Artes Graficas, S.A.; www.lusoimpress.com
Periodicidade (2008): Trimestral; Tiragem 4.000 ex.; NIPC: 500849404; Depósito legal: 237275/06; Marca nacional: 398706; Registo
ICS: 124901; Sócio AIC: 262; Sócio APDSI: 1000005; Postos de Difusão Porto: Casa Diocesana de Vilar; Edições Salesianas, Fundação Voz
Portucalense, Livraria Fátima, Paulinas Multimédia, Ermesinde-Casa da Juventude
Sede: Serviços Centrais da ODPS, R. D. Manuel II, 14, 4050-372 PORTO
Contactos: URL Geral: www.odps.org.pt; Mail: [email protected]; Telef. 223 393 040/ Fax. 222 086 555
Ano VIII . n.º32 . Trimestral . Setembro 2013
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Manuel Amial
Programa Europeu de
Ajuda Alimentar
Obra Diocesana de Promoção Social
Editorial
O Fundo de Auxílio Europeu às Pessoas Mais Carenciadas para o período
de 2014-20120 vai substituir o actual Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a
*HYLUJPHKVZ7*((*X\L[LYTPUHUVÄUHSKVWYLZLU[LHUVKL
Este Fundo de Auxílio Europeu está a ser objecto de negociação, podenKVVZLZ[HKVZTLTIYVZZVSPJP[HYHWVPVÄUHUJLPYVWHYHWYVNYHTHZVWLYHJPVUHPZKL
sete anos, que visem a distribuição de alimentos aos mais carenciados e de vestuário e outros bens essenciais a sem-abrigo e crianças necessitadas, estando previsto que a responsabilidade da gestão deste fundo passe do Ministério da Agricultura
para o Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social.
A instituição mais ligada a esta distribuição, o Banco Alimentar Contra a
Fome, através da Presidente da Federação Europeia dos Bancos Alimentares, Dra.
Isabel Jonet, veio alertar para o risco de Portugal ver diminuído drásticamente o
apoio até agora recebido do programa ainda em curso apontando, no pior dos
cenários, para uma redução para metade.
Certamente que se impõe uma estratégia mais cuidada na distribuição dos
alimentos, mas a magnitude desta redução anunciada para um País como Portugal
tPUJVTWH[x]LSJVTVH\TLU[VKHWVIYLaHX\LZL[LT]PUKVH]LYPÄJHYKLMVYTH
dramática e terá efeitos muito nocívos para as pessoas que estão dependentes
desta forma de ajuda.
Vamos aguardar que o bom senso prevaleça e que seja salvaguarda a ajuda
a quem dela efectivamente necessita.
A ODPS, como entidade que gere no terreno este programa, está preocupada com a eventual redução da ajuda alimentar ou com eventuais ruturas na fase
da sua substituição, que possam afectar o apoio aos seus utentes, o que espera
não venha a acontecer.
Mensagem
Existe, na periferia de Buenos Aires, uma igreja em que se venera a imagem
de S. Caetano de Thiene. A população tem-lhe uma grande devoção. No dia da sua
festa (07 de agosto), o bispo da Diocese D. Jorge Bergoglio – agora Papa Francisco – nunca faltava. Este ano, não podendo estar presente, enviou uma mensagem,
enquadrada no tema da festa: “Com Jesus e com S. Caetano, vamos ao encontro
dos mais necessitados”.
Em certo momento escreve: “Às vezes pergunto a alguém: ‘Tu dás esmola?’.
9LZWVUKLTTL!º:PTWHKYL»º,X\HUKVKmZLZTVSHÄ[HZVZVSOVZKHWLZZVHn
qual dás?’. ‘Ah, não sei, não me dou conta’. ‘Então, tu não a encontraste’. Tu lançaste a esmola e foste embora. Quando dás esmola, tocas a mão da pessoa ou lanças
a moeda?’. ‘Não, lanço a moeda’. ‘Então, tu não a tocaste. E se não a tocaste,
também não a encontraste’ ”.
A provocaçãoLZ[mJSHYHLVKLZHÄV[HTItT-HaLTMHS[HLZTVSHZ"MHaHPUda mais falta encontrar as pessoas. Melhor: deixar-se encontrar.
7HYHNHUOHYLZ[LKLZHÄVtIVTX\HSX\LYJLUmYPV6ZJHTWVZLTX\LZLmeia a Obra Diocesana de Promoção Social (ODPS) são terra abonada para germiUHYLTJYLZJLYLTLMY\[PÄJHYLTLZ[LZLUJVU[YVZ(JLP[HVKLZHÄV
+Pio Alves, Administrador Apostólico
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Obra Diocesana de Promoção Social
Momento do Presidente
Américo Ribeiro
Presidente do Conselho de Administração da ODPS
No limiar do quinquagésimo aniversário
O passado esculpiu… o pre-
seu sentir e do seu viver, coerente a
social e humana e o amor ao pró-
sente evoca-o com a chama de conti-
cada época e à realidade da mesma,
ximo em sítios onde o formato de vida
nuar a servir
conta já com quase meio século, isto
solicita novo rosto, nova imagem, nova
No conhecimento e pensamen-
é, cinco décadas de bem fazer. Na sua
ÄN\YH¯LLZWLYHUsH
to contextualizados na vida da Obra
trajetória e intencionalidade colaborou
Por tanto Bem materializado,
Diocesana de Promoção Social, a
e colabora, incansavelmente, na cons-
os cinquenta anos de existência e
passagem do tempo assinala data es-
trução de uma sociedade mais livre,
ação desta reconhecida instituição
pecial e traz consigo um vasto índice
justa e solidária, na erradicação da po-
WLYÄSOHT JPYJ\UZ[oUJPH JVTV]LU[L L
de marcantes alegrias, memórias e vi-
breza, marginalização e diferenças so-
mesclada de contornos, que reprodu-
vências, que fazem história notável e o
ciais, na criação e sustentação de pos-
zem amontoado valor social e conteú-
volume dos seus feitos assume tal im-
tos de trabalho e em promover o bem
do afetivo de grande aceção. O limiar
portância, nos campos mais sensíveis
de todos sem preconceitos de origem,
deste acontecimento lembra, com ên-
da existência humana, que não podem
raça, sexo, cor, idade e quaisquer ou-
fase: está na hora de dar corpo a um
deixar de ser objeto de nomeação e de
tras formas de discriminação.
vasto leque de ideias para estruturar e
celebração peculiar.
O objetivo primordial do grande
organizar um ano de atividades e ini-
6 THNUPÄJLU[L ZLY]PsV X\L H
projeto da Obra Diocesana de Pro-
ciativas interessantes e diferenciadas,
ODPS prestou e continua a dispensar
moção Social defendido há, pratica-
LU]VS]LUKVW‚ISPJVLZWLJxÄJVLV\[YV
a tantos cidadãos, a tantos destinatá-
mente cinquenta anos, com muito
mobilizando, motivando e dinamizan-
rios, visando melhorar o panorama do
vigor, apregoa bem alto a promoção
do, momento a momento, com diretri-
... numa solidariedade
e numa cidadania proativa e
em busca de
entre o possível e o
a LÄJmJPH e a
zes assentes nos princípios e valores,
do júbilo e muita dedicação que todos
O amor ao próximo HÄYTH
que patenteiam as dinâmicas de um
quantos se encontram ligados a esta
o acontecimento mais extraordinário
Y\TVILTKLÄUPKV
causa, leguem o seu melhor para fazer
da Humanidade! Ele continua a ser a
Neste sentido, o Conselho de
do quinquagésimo aniversário da
vocação máxima e também a máxima
Administração sugeriu o tema: Unidos
Obra Diocesana de Promoção So-
pretensão da ODPS. É o vetor da sua
e felizes no amor ao próximo para
cial uma festa com interpretação sin-
PTHNLT KL THYJH HÄHUsHUKV X\L H
o Projeto Educativo e Projeto Pedagó-
gular e cunho muito próprio, volvendo
verdadeira ética não está nas grandes
gico do novo ano letivo. Na verdade
lembranças e sentimentos de apreço
declarações de generosidade, mas sim
L JVT PUJVTLUZ\Ym]LS HSLNYPH JLY[PÄ-
sublime, que destacam a identidade de
numa solidariedade inteligente e numa
cam-se cinquenta anos de serviço
uma paixão e de uma missão em pro-
cidadania proativa e responsável em
ao próximo, com Amor.
veito do próximo, pondo em exercício,
busca de compromissos humanistas
solidariedade generosidade, justiça, ci-
entre o possível e o ideal, o presente
dadania, ética…
LVM\[\YVHLÄJmJPHLHQ\Z[PsHZVJPHS
Cabe aqui referir que a Liga
dos Amigos, através dos “Amigos
em Crescendo”, reforçando uma mais
5H ÄSVZVÄH HIYHUNvUJPH L LU-
“Amados, amemo-nos uns
valia para a instituição, usarão da sua
quadramento do Bem, ressalta, como
aos outros, pois o amor procede
cooperação e partilha para connosco
é inteligível, o amor ao próximo, que
de Deus. Aquele que ama é nascido
brindar, sorrir, apresentar sugestões,
abraça todos os valores absolutos e
de Deus e conhece a Deus, porque
festejar…
organiza o principal paradigma do ser
Deus é amor.”
Será, naturalmente, com rasga-
humano enquanto pessoa.
inteligente
responsável
compromissos humanistas
ideal, o presente e o futuro,
justiça social.
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Obra Diocesana de Promoção Social
CONFHIC
Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras Imaculada Conceição
Tempo Novo!
Acreditar não é nada mais do que,
na escuridão do mundo,
tocar a mão de Deus! ( Bento XVI)
=P]LTVZ[VKVZ\T[LTWVX\LUVZJVU]PKHnYLÅL_qV
É hora de entrar mar adentro
Um tempo que nos obriga a pensar o essencial .
E cortar as vagas altaneiras
Um tempo de grandes e profundas lições
De ondas encrespados
A retirar das múltiplas notícias
Que se impõem às nossas frágeis barcas…
Que nos chegam em catadupa
Vivemos um tempo tão questionador quanto fecundo
Para provocar a confusão, a distração,
E uma hora decisiva que nos obriga
dos problemas fundamentais da vida!
A examinar o que nos move no caminho.
E eis que se abre à nossa frente
Um tempo Novo cheio de promessa
É a fé abraâmica que nos põe a caminho?
E de chamada ao essencial do viver cristão.
Com que pedras estamos a construir a casa comum?
9LÄYVTVnJOLNHKHKVKVTKV,ZWxYP[V
Quem confessamos ao mundo que nos olha?
- o Papa Francisco !
Vivemos uma hora de radicais decisões
O pastor que surpreendeu e , no passar dos dias,
E de escolhas claras:
surpreende o mundo e cada um de nós!
Quem não é por Mim é contra Mim.
O pastor que nos faz pensar até onde pode tocar
Quem não junta coMigo, dispersa.
A simplicidade e a verdade de uma vida
Quando vos mandei sem nada faltou-vos alguma coisa?
-PYTHKHUHMtLUHPUÄUP[HWV[vUJPHKV,]HUNLSOV
É este um tempo que nos faz recolher ao essencial
E porque não, ensaiar, desde já, o corajoso caminho
À verdade que motiva tudo em nós
7YVWVZ[VWLSVUVZZV7HWHUH/VTPSPHKVÄTKV*VUJSH]L!
Ao eis que vos mando do Mestre:
De caminhar, de construir e de confessar
Amai-vos!
1LZ\Z*YPZ[VL*YPZ[V*Y\JPÄJHKV&
Padre Lino Maia
Ano Europeu dos cidadãos
Assinalando o vigésimo aniver-
do que presente.
que permite a estudantes do ensino
sário da introdução da cidadania da
Fraternidade, igualdade, justi-
União pelo Tratado de Maastricht (em
ça, liberdade e solidariedade são va-
KL5V]LTIYVKL
Z\WLYPVY ILULÄJPHY KL \T WLYxVKV KL
formação noutro país.
H*VTPZZqV
lores comuns e basilares para quem
Porém, pairam nuvens sobre a
Europeia decidiu designar este ano de
acredita que a Europa pode recom-
Europa. E a falta de entusiasmo com
JVTVV¸(UV,\YVWL\KVZ*PKH-
por-se, não só através de poupanças
que se está a celebrar o Ano Europeu
dãos”.
orçamentais, mas antes, e acima de
KVZ*PKHKqVZtILTZPNUPÄJH[P]H
O ano de 1945 pode ser con-
tudo, com a capacidade de aceitar que
Muito mais importante que as
siderado o ano zero de uma “Europa
é mais fácil sobreviver com a sabedoria
Kx]PKHZ L VZ KtÄJLZ ZqV HZ WLZZVHZ
unida”, como a conhecemos hoje. A
do equilíbrio, num esforço comum de
Não permitir que caiam em depres-
Europa estava a sair da guerra e pro-
encontrar esse ponto, para o qual to-
são, que destruam a esperança, que
punha-se assegurar uma paz sólida e
das as nações europeias poderão tra-
percam os seus empregos, que nasça
duradoura. Iniciava-se um tempo de
IHSOHYHÄYTHUKVZLWLYHU[LVT\UKV
uma espiral de pobreza que leva a uma
reconstrução, erigia-se um modelo
JVTÄYTLaHLKL[LYTPUHsqV
espiral de violência que em breve não
social e anunciava-se um período de
prosperidade.
,U[YL VZ WYPUJPWHPZ KLZHÄVZ
controlamos e que desencadeará uma
ressaltam a criação de emprego, a
“crise” muito real. Um desastre, que temos que evitar!
Do Tratado de Roma (1957),
harmonização entre as gerações, a
considerado constitutivo, ao Tratado
responsabilidade social, o aprofunda-
de Lisboa (2007), tido como reforma-
mento da coesão social e a solidarie-
dor, há um longo caminho percorrido
que alterou o quadro jurídico da União
permitindo-lhe funcionar num mundo
globalizado. A União Europeia cresceu com uma política de “pequenos
passos”, ensaiados a partir de uma
componente predominantemente económica. Passos em frente, entremeados, certamente, por alguns passos de
regressão.
A União Europeia é hoje um es-
Mais assustador que
dade entre as nações, as regiões e os a própria crise económica é
povos. Ressalta, ainda, a assunção de o facto de a classe política
\THÄSVZVÄHO\THUPZ[HLTX\LVNSV- não conseguir ultrapassar
bal da União não dilua o particular da os egoísmos regressivos ou
Região ou Nação nem o particular dilua de sobranceria rácica e os
o colectivo.
condicionalismos que criou
Hoje, confrontando-se com e pensar a economia de uma
LUVYTLZ KLZHÄVZ H ,\YVWH WHYLJL forma realista e personalista
querer ensaiar um retraído passo de e que ajude a encontrar soluregressão. Irreversível?
ções para os problemas.
Temos responsabilidades num
paço de paz, onde ódios antigos e se-
contexto
Partilhamos
A resolução de uma crise exige
quelas graves de um período marcado
uma construção comum alicerçada em
civilizacional.
ÄYTLaH UVZ VIQLJ[P]VZ JHWHJPKHKL L
por horrores e calamidades parecem
valores perenes, liberdade de circula-
audácia para procurar soluções novas
esbatidos ou mesmo sanados. Propi-
ção (espaço Schengen) e residência,
e inovadoras.
cia a diversidade e, embora os valores
podemos participar no sufrágio autár-
Aliás, a procura de soluções
dominantes sejam os da civilização oci-
quico e europeu do lugar onde residir-
para resolver as crises tem sido a força
dental (greco-romana e judaico-cristã),
mos, temos um mercado único, uma
motriz do desenvolvimento ao longo da
a pluralidade de valores está hoje mais
moeda única, um programa Erasmus
História da Humanidade.
Ano VIII . n.º32 . Trimestral . Setembro 2013
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Obra Diocesana de Promoção Social
Professor Daniel Serrão
Instituto de Investigação Bioética - UCP
A face humana da sociedade
1. Ora aqui está um tema de
de de pessoas. O aumento do nú-
2. Esta breve e sucinta expli-
grande oportunidade que em boa hora
mero de famílias que se reconhecem
cação do que Seligman entende por
o nosso Presidente me convocou para
como membros de um povo forçou
Sociedade Civil serve-me para ago-
eu tratar neste número do nosso ”Es-
a criação de estruturas de organiza-
YH HÄYTHY X\L X\HUKV VSOHTVZ WHYH
paço Solidário”.
ção e de poder, e à vinculação a um
Portugal como uma sociedade o que
A sociedade, vista como a or-
espaço físico terreno. Há mais de mil
queremos ver é o seu rosto humano
ganização dos cidadãos de uma Pátria
anos, umas quantas famílias foram
e não a sua estrutura burocrática e de
ou Nação, tem de ter um rosto e esse
ocupando um espaço terreno, com
poder. E o rosto humano da socieda-
rosto terá de ser um rosto humano e
vista para o mar, entre os rios Douro
de é o rosto das pessoas concretas,
humanizador.
e Minho, primeiro, depois para o sul
agrupadas em famílias, onde se pra-
Facilmente nos iludimos dando
até, “onde a terra se acaba e o mar
tica uma dinâmica de serviço mútuo e
a esta palavra sociedade um sentido
começa”. Esta sociedade lusitana
não de poder.
abstracto, transformando-a num sim-
MLaZL 7V]V KLWVPZ 5HsqV WVY ÄT
O rosto humano da Socieda-
ples substantivo sem substância - se
Estado. A Nação portuguesa, poli-
de revela-se no amor que liga os seus
é que me permitem o jogo de palavras.
ticamente organizada tornou-se no
membros entre si. Que é independen-
Mas Adam Seligman, o gran-
Estado português. Mas esta evolução
te de toda a organização política do
de teorizador da Sociedade Civil,
Z}ZLQ\Z[PÄJHUHTLKPKHLTX\LMH]V-
Estado e das suas práticas repressi-
mostra que ela é anterior a toda a
rece a vida em sociedade das famílias
vas, porque o amor, como cuidado
organização formal que caracteriza o
portuguesas. Que são a essência da
WLSV V\[YV t H Q\Z[PÄJHsqV WYPTLPYH
Estado moderno. Quando um conjun-
Nação. E o governo do Estado só tem
e última, da família que os humanos
to de famílias humanas se reconhece
Q\Z[PÄJHsqV JVTV LZ[Y\[\YH KL ZLY]P-
constituem e da coesão das famílias
como um todo coeso, esta unidade
ço à sociedade civil que é a reunião
como origem da primeira sociedade,
é o povo, e o povo é uma socieda-
das famílias.
da sociedade primária. Que, como as-
Amar o outro é uma
e não uma burocracia
sinalei, está antes de todas as organi-
lias, da mesma Sociedade portugue-
Não fazer nada pelo outro
zações posteriores.
ZHKLZÄN\YHTHMHJLO\THUHKHUVZ-
carecido, porque isso é tarefa e obri-
sa Sociedade, negam o amor entre os
gação do Estado Social, é uma hipo-
seus membros.
JYPZPH" [VKVZ VZ KPHZ ZL ]LYPÄJH X\L
O drama da modernidade está
em se ter quase perdido esta força do
O desinteresse pelos idosos
o dito Estado Social, mesmo tendo
dependentes, pobres, sem família, é
recursos - e tem de os ter, pois essa
Então direi que no Estado mo-
\TH NYH]L KLZÄN\YHsqV KH MHJL KH
t H Q\Z[PÄJHsqV KH LSL]HKH [YPI\[HsqV
derno a face da Sociedade está des-
sociedade, que assim deixa de expri-
dos rendimentos do trabalho pessoal
ÄN\YHKHH[HSWVU[VX\LWVY]LaLZQm
mir o amor entre os seus membros.
- não sabe usá-los com amor directo e
amor como o real cimento da coesão
da sociedade.
YLHSWLSHZWLZZVHZJVUJYL[HZ"WVYPZZV
nem parece ser uma face humana.
Dou, apenas, três exemplos
5}Z VZ *YPZ[qVZ [LTVZ V
é até vítima de abusos e vigarices de
entre os muitos que podia apresentar
mandato do amor ao outro, ao próxi-
falsos carenciados que o exploram in-
aqui.
mo, como a regra de ouro do nosso
decentemente.
A morte intencional do outro,
agir. A Obra Diocesana de Promoção
Amar o outro é uma actividade
que todos os dias acontece em Por-
Social cumpre diariamente este man-
de proximidade e não uma burocracia
[\NHSKLZÄN\YHHMHJLO\THUHKHZV-
KH[VUqVLT[LVYPHZT\P[VLKPÄJHU[LZ
do Estado Social.
ciedade, nega o amor entre os seus
das quais nada resulta, mas na práti-
Que este ponha os seus recur-
membros.
ca concreta junto dos que precisam
sos nas mãos de quem os sabe usar
As desigualdades na distribui-
de ver o rosto humano da sociedade.
bem é dar à Sociedade a possibilida-
ção do produto do trabalho, levando à
Cada gesto e acção de amor de um
de de mostrar o seu rosto verdadei-
acumulação de lucros de milhares de
Voluntário da Obra, revela, a quem o
ramente humano que nos atrai, e não
milhões de euros numas famílias e ao
recebe, o rosto humano da sociedade,
\TYVZ[VKLZÄN\YHKVX\LUVZHMHZ[H
desespero da pobreza noutras famí-
que somos todos nós.
actividade de proximidade
do Estado Social.
Ano VIII . n.º32 . Trimestral . Setembro 2013
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Obra Diocesana de Promoção Social
D. João Lavrador
Bispo Auxiliar do Porto
A cultura do Amor ao Próximo
A sociedade em que vivemos
do amor ao próximo.
experiências espirituais e as suas aspirações» (GS, 53).
apresenta-se com sinais de muita
Não basta o bem fazer indi-
ambiguidade. Se por um lado, a po-
vidual mas exige-se que o amor entre
A cultura molda o ser humano
deremos considerar como marcada
nos critérios de julgar, nos valores que
mas também é verdade que a pessoa
pelo individualismo, pela ditadura do
contam, nos centros de interesse, nas
faz a cultura que se manifesta nas rela-
económico e material, e pela profunda
linhas de pensamento, nas fontes ins-
ções inter-pessoais.
desigualdade entre os ricos e os po-
piradoras e nos modelos de vida da
bres, por outro deparamo-nos com um
humanidade (cfr. EN, 19).
Voltando-se para a comunidade cristã, responsável por ser fer-
conjunto de gestos de atenção pelos
Ou dito de outro modo, o
mento de amor no contexto da socie-
que mais precisam e por campanhas
amor ao próximo deve impregnar «to-
KHKL VUKL ]P]L HÄYTH )LU[V ?=0 UH
de ajuda que superam todas as expec-
das as coisas por meio das quais o ho-
Enciclica «Deus Caritas Est», que «o
tativas.
mem apura e desenvolve as múltiplas
amor do próximo, radicado no amor de
capacidades do seu espírito e do seu
Deus, é um dever antes de mais para
de indigência e de marginalidade são
JVYWV"ZLLZMVYsHWVYKVTPUHYWLSVLZ-
JHKH \T KVZ ÄtPZ THZ tV [HTItT
um grito perante as organizações e as
[\KVLWLSV[YHIHSOVVWY}WYPVT\UKV"
para a comunidade eclesial inteira, e
pessoas, os governos, as comunida-
torna mais humana, com o progresso
isto a todos os seus níveis: desde a
des e os poderes públicos no sentido
dos costumes e das instituições, a vida
comunidade local passando pela Igreja
de atenderem à dignidade humana que
social, quer na família quer na comu-
particular até à Igreja universal na sua
se encontra ferida pela injustiça e pela
UPKHKLJP]PS"LÄUHSTLU[LUVKLJVYYLY
globalidade». Por isso, realça que «a
falta de respeito pelos elementares di-
do tempo, exprime, comunica aos ou-
Igreja também enquanto comunidade
reitos humanos.
As situações de pobreza,
tros e conserva nas suas obras, para
deve praticar o amor. Consequência
Urge estabelecer laços de
que sejam de proveito a muitos e até
disto é que o amor tem necessida-
forma a que se construa uma cultura
à inteira humanidade, as suas grandes
de também de organização enquanto
o amor ao próximo deve
por meio das quais o
HZT‚S[PWSHZJHWHJPKHKLZKV
pressuposto para um serviço comuni-
actuação” (cfr. TMA, 52)» (Audiência de
mais para nós mesmos, mas para Ele
tário ordenado» (nº 20).
15 de Dezembro de 1999).
e, com Ele, para os outros» (Discurso
1m 1VqV 7H\SV 00 HÄYTV\ ]H-
Na base desta civilização en-
aos participantes na assembleia plená-
riadíssimas vezes a necessidade de
contra-se o reconhecimento da sobe-
YPHKVWVU[PÄJPVJVUZLSOV*VY<U\T construir a civilização do amor. Partin-
rania universal de Deus Pai como fonte
de Janeiro de 2013).
do da exigência Biblica «nisto reconhe-
inexaurível de amor.
A cultura do amor ao próximo
cerão todos que sois meus discípulos,
Sim, o contributo mais exce-
exige que cada pessoa seja olhada pe-
se vos amardes uns aos outros” (Jo
lente que os cristãos poderão dar ao
los olhos de Deus e amada pelo cora-
13, 35), sublinha que «os cristãos nada
T\UKV WHYH H LKPÄJHsqV KH J\S[\YH
ção de Deus. Não basta um conjunto
podem desejar mais ardentemente do
do amor ao próximo é o testemunho
de gestos individuais ou de grupo para
que servir sempre com maior genero-
de que aceitando a Deus como Pai se
socorrer as necessidades materiais,
ZPKHKLLLÄJmJPHVZOVTLUZKVT\UKV
proclama a dignidade sublime de toda
embora em muitos casos sejam urgen-
de hoje» (cfr. GS, 93).
a pessoa que lhe vem pelo facto de ser
tes e necessários, mas a dignidade da
Reconhece que «esta tarefa
ÄSOV KL +L\Z 7VYX\L Z} KLZ[L TVKV
pessoa humana, sobretudo do pobre,
que o Concílio Vaticano II nos entre-
se reconhece verdadeiramente o pró-
reclama muito mais que só se concreti-
gou no encerramento da Constituição
ximo como autêntico irmão igual em
zará na entrega de cada um em si mes-
pastoral sobre “A Igreja no mundo ac-
dignidade e com direito a ser tratado
mo, com todos os seus dons pessoais
[\HS¹YLZWVUKLHVMHZJPUHU[LKLZHÄVKL
na perfeita fraternidade.
e materiais, àqueles que são verdadeiramente seus irmãos.
construir um mundo animado pela lei
Di-lo Bento XVI de forma su-
do amor, uma civilização do amor, “fun-
ISPTL HV HÄYTHY X\L ­V HTVY JYPZ[qV
dada sobre os valores universais de
encontra fundamento e forma na fé.
JHIL nZ JVT\UPKHKLZ JYPZ[qZ UH LKPÄ-
paz, solidariedade, justiça e liberdade,
Encontrando Deus e experimentando
cação da cultura do amor ao próximo.
que encontram em Cristo a sua plena
o seu amor, aprendemos a viver não
Daqui a responsabilidade que
impregnar «todas as coisas
homem apura e desenvolve
ZL\LZWxYP[VLKVZL\JVYWV"
Ano VIII . n.º32 . Trimestral . Setembro 2013
13
14
Obra Diocesana de Promoção Social
Pedro Pimenta
Vogal do CA da ODPS
O valor da amizade
ra (parte exterior), onde contactaram os
Foi num programa de volunta-
Mais tarde, levados pelas con-
riado internacional realizado no Porto há
versas sobre a “crise” na Europa mas
cerca de 7 anos que conheci alguns dos
sobretudo em Portugal, estes nossos
Tiveram todas as explicações
membros do Kuusankoski Hiking Club,
amigos cada vez mais se interessaram
sobre as questões que foram sendo pos-
da Finlandia. Desde esses tempos foi-se
pela nossa Instituição e, por isso, como
[HZ L UV ÄUHS ZHxYHT LUJHU[HKVZ JVT
desenvolvendo uma sólida amizade que
UVZÄUHPZKL1\SOVWWV*VVYKLUHKVYL
tudo o que viram, com o que fazemos e
tem perdurado no tempo.
esposa – Seppo Tahvanainen e Eeva que
JVTVNYHUKLWYVÄZZPVUHSPZTVKHZUVZsas Colaboradoras.
nossos clientes, Idosos e Crianças.
Ao longo destes anos eu e a
tinham uma reunião sobre voluntariado
minha mulher já os visitamos uma vez e
LT *HZJHPZ WYVW\ZLYHTUVZ ]PY KPHZ
Tiveram ainda a gentileza de nos
recebemos no Porto por três vezes. Os
mais cedo para se deslocarem ao Porto
entregar mais um donativo para a Liga
laços foram-se estreitando e fomos par-
e conhecerem a Obra Diocesana.
dos Amigos e deixaram a promessa de
tilhando ideias, objetivos e sonhos em
comum.
Recebidos pelo nosso Presiden-
continuar a colaborar e ajudar a nossa
te e por mim próprio, tivemos o prazer
Instituição que, segundo eles, tem um
Assim nasceram as conversas e
de os conduzir às instalações dos nos-
valor e um papel fundamental nestes
contactos sobre a nossa ODPS, seus
sos Centros Sociais de S. João de Deus
dias tão difíceis em que vivemos.
objetivos, atividades e público a quem
e Machado Vaz (parte exterior), do La-
Foi-me pedido, por diversas ve-
ZLY]PTVZ,MVPHZZPTX\LUVZÄUHPZKL
garteiro (Infância e ATL), Cerco do Porto
zes, para agradecer ao nosso Presiden-
2012 estes Amigos enviaram um donati-
(Infância e Terceira Idade), S. Roque da
te, Coordenadoras e Colaboradoras pela
vo para a Liga dos Amigos da Obra Dio-
Lameira (Infância), Rainha D. Leonor (In-
amável receção em todos os Centros
cesana de Promoção Social.
fância, ATL e Terceira Idade) e Pastelei-
que visitaram.
Cónego Rui Osório
Jornalista e pároco da Foz do Douro
Aprende-se até morrer
Aprender a conhecer, apren-
No cumprimento dos quatro
der a fazer, aprender a viver com
pilares, poderia ser possível a forma-
os outros e aprender a ser eram os
ção de indivíduos autónomos, inte-
quatro pilares da Educação para o
lectualmente ativos e independentes,
Século XXI, enunciados no relatório
capazes de estabelecer relações in-
da Unesco, coordenado por Jacques
terpessoais, comunicar e evoluir per-
Delors e apresentado em 1999.
manentemente e de intervir de forma
Isolar um dos pilares ou dar a
consciente e proactiva na sociedade.
algum mais relevo do que aos outros
1m t [LTWV KL UqV Ä_HYTVZ
ZLYPHÄJHYJVT\TLKPMxJPVPUHJHIHKV
a aprendizagem apenas na escolari-
como as capelas imperfeitas do mos-
dade, como se só as crianças e os
teiro da Batalha.
jovens precisassem de educação, ou
A primeira proposta seria a
apenas na escola, como se as famí-
de despertar em cada educando a
lias e as comunidades de pertença,
sede de conhecimento, para que
académicas e laborais, não fossem,
aprendesse cada vez melhor, sendo
também elas, fontes de educação
ajudando a desenvolver os seus dis-
contínua e permanente. É bem verda-
positivos intelectuais e cognitivos que
de, como se diz popularmente, que
lhe permitiriam construir as suas opi-
se aprende até morrer.
niões e o seu pensamento crítico.
Ninguém é descartável e mui-
Em complemento, o patamar
to menos inútil, nas nossas socieda-
do aprender a fazer, para que o edu-
des envelhecidas, com um manifesto
cando fosse motivado para aplicar na
PU]LYUV KLTVNYmÄJV L V HJLU[\HKV
prática os seus conhecimentos teó-
crescimento das pessoas idosas. A
ricos.
prática do diálogo intergeracional poA aposta do aprender a viver
com os outros garantir vínculos de
deria reabilitar a sabedoria da experiência de vida das pessoas idosas.
paz, tolerância e compreensão, evi-
Os bisavós e os avós são uma
[HUKV V JVUÅP[V V WYLJVUJLP[V V\ H
reserva cultural, moral e espiritual de
rivalidade.
incalculável valor para que a socie-
(TL[HÄUHSZLYPHHKLHWYLU-
dade civil como a Igreja Católica lhes
der a ser, para assegurar o desenvol-
prestem a devida atenção, estimulan-
vimento global do educando no que
do-lhes a cidadania, por um lado, e,
respeita ao espírito e corpo, sensibi-
por outro, a corresponsabilidade que
lidade, sentido estético, responsabili-
resulta da diversidade vocacional e
dade pessoal e espiritualidade.
ministerial na Igreja.
Ano VIII . n.º32 . Trimestral . Setembro 2013
Os bisavós e os
avós são uma
reserva cultural,
moral e espiritual
de incalculável
valor para que a
sociedade civil como
a Igreja Católica
lhes prestem a
devida atenção,
estimulando-lhes a
cidadania, por um
lado, e, por outro, a
corresponsabilidade
que resulta da
diversidade
vocacional e
ministerial na Igreja.
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Obra Diocesana de Promoção Social
Professor Eugénio da Fonseca
Necessidades de existência e sobrevivência
­8\L t V OVTLT WHYH [L SLT-
o livre arbítrio. Este dom foi conce-
tas conquistas colocam em relevo as
IYHYLZ KLSL L V ÄSOV KV OVTLT WHYH
dido para que, responsavelmente, o
enormes potencialidades da inteligên-
JVTLSL[LWYLVJ\WHYLZ&8\HZLÄaLZ-
homem e a mulher possam cumprir
cia humana, mas também a sofregui-
[L KLSL \T ZLY KP]PUV" KL OVUYH L KL
o mandato primordial de Deus: «mul-
dão do conhecimento que tem levado
NS}YPHVJVYVHZ[L+LZ[LSOLVKVTxUPV
[PWSPJHP]VZ LUJOLP H [LYYH L Z\QLP[HP-
à recusa de limites para salvaguarda
sobre as obras das tuas mãos, tudo
-a. Dominai sobre os peixes do mar e
das gerações vindouras. De tal forma
submeteste a seus pés» (Sl 8,4-7).
sobre as aves dos céus, e sobre to-
que já se questiona a sobrevivência
Foi assim que o rei David can-
dos os animais que se movem sobre
de determinadas criaturas, incluindo
tou a dignidade humana. Não há, de
a terra» (Gn1, 28). Desde logo, inter-
a humana. E as razões são muitas.
facto, criatura alguma existente, pelo
pretaram mal as palavras “sujeitar e
A maior frequência e gravidade dos
menos, das até agora conhecidas,
dominar”. A sujeição passou a ser en-
cataclismos, associadas às irregula-
que se aproxime tanto da natureza
tendida como supremacia, alicerçada
res variações climáticas, atribuídas à
do seu Criador e a quem Ele tivesse
em formas perversas de egoísmo e o
intervenção desmedida do Homem
concedido tantas potencialidades (co)
domínio, como a métodos opressivos
na Natureza e a má utilização da
e (re)criadoras como ao ser humano.
que inviabilizam o acesso à liberdade
energia nuclear colocou a humanida-
Deu-lhe até a possibilidade de contra-
de outros.
de perante uma ameaça contínua de
YPHYLVIZ[Y\PYVZZL\ZWSHUVZZHS]xÄJVZ
Estas deturpações, associa-
uma guerra que comprometeria a sua
que visam a instalação, já entre nós,
das a outras decorrentes do mau
L_PZ[vUJPH" V WYVNYLZZV JPLU[xÄJV MLa
dos frutos do Reino de Deus que são a
uso da liberdade, estão na origem de
“acrescentar anos à vida”, mas não
justiça fraterna, a caridade, o perdão,
T\P[VZ KVZ THStÄJVZ WHYHKV_VZ X\L
tem sido capaz de “dar vida aos anos”.
a paz,… e tudo o mais que concorra
grassam pelo mundo. Com efeito, o
A prová-lo está o crescente drama da
para a felicidade plena e duradoura.
Homem tem dominado e sujeitado
solidão a que procuram sobreviver mi-
Mas para que a felicidade ge-
tudo o que “se move sobre a terra”,
lhares e milhares de pessoas idosas
rasse profunda alegria, o Criador quis
conseguindo avanços tecnológicos e
nos chamados países desenvolvidos e
que ela fosse resultado de uma con-
JPLU[xÄJVZPUHJYLKP[m]LPZ¯H[tJVUZL-
ainda a morte prematura de outros – a
quista e não apenas um dom. Por isso,
gue viajar para além do seu planeta)
maioria de tenra idade – em países
dotou os humanos de um atributo que
que têm contribuído para o prolon-
pobre, por falta de medicamentos que
mais nenhum outro ser criado possui:
gamento da vida terrena. Todas es-
nos custariam, a nós, pouco mais de
VWYVNYLZZVJPLU[xÄJVMLa
mas não tem sido
um euro. O aparecimento de novas,
risco de pobreza ou exclusão social,
necessárias ações políticas que viabi-
e cada vez mais avançadas, tecnolo-
V\ZLQH]P]LLTWYP]HsqVKLYL-
lizem a justiça distributiva, como se-
gias tem permitido o crescimento da
J\YZVZ TH[LYPHPZ KVZ X\HPZ LT
jam a criação de mais emprego com
riqueza mundial, o que, anacronica-
situação de pobreza severa., ou seja,
condições dignas, nomeadamente sa-
mente, para além de estar a aumen-
que não têm o mínimo indispensável
SHYPHPZ" H KLÄUPsqV KL UVYTHZ [YPI\[m-
tar o desemprego, não é distribuída
para sobreviverem com a dignidade
rias que incidam sobre os rendimentos
com equidade, contribuído assim para
que é devida aos seres humanos. Há
maiores e que não permitam a fuga
o aumento das desigualdades entre
concidadãos nossos que, hoje, não
KL ULUO\T WV[LUJPHS JVU[YPI\PU[L" H
pessoas e povos.
chegam a ter um euro por dia! Se isto
aposta, em medidas de protecção
8\LT WVKLYm ÄJHY PUKPMLYLU[L
já é revoltante em países designados
social que encerrem a diferenciação
WLYHU[LVMHJ[VKLKHWVW\SHsqV
de “em vias de desenvolvimento”, mui-
positiva, dando assim preferência aos
T\UKPHSWVZZ\PYKVZILUZL
to mais nos deve interpelar quando
mais vulneráveis, sem preconceitos
VZ YLZ[HU[LZ HWLUHZ " V\ HPUKH
isto acontece “deste lado do mundo”..
KLX\HSX\LYVYKLT"LUÄTHKLMLZHPU-
WVY KH WVW\SHsqV THPZ YPJH KL-
Há quem, entre nós, não consiga fa-
transigente do acesso à igualdade de
[LYKVZYLUKPTLU[VZLKVZ
zer, pelo menos, uma refeição com-
oportunidades a todos os níveis.
THPZWVIYLZ&,UX\HU[V[HSHJVU-
pleta por dia e muitas são as crianças
tecer não se poderá falar de justiça
que chegam à escola sem comer.
Sem dúvida que as medidas
propostas são muito exigentes, por-
social, de direitos humanos, de segu-
Segundo o mesmo estudo do
que obrigam a que alguns renunciem
rança de pessoas e bens nem de paz
05, KH WVW\SHsqV WVY[\N\LZH
a privilégios e aceitem um novo mode-
entre as nações.
]P]L LT PUZ\ÄJPLU[LZ JVUKPsLZ OH-
lo de organização socio-económica.
No nosso país, o panorama é
IP[HJPVUHPZ THPZ WYVWYPHTLU[L! Mas se a opção for a de continuar a
igualmente revoltante. No quadro dos
já se confrontou com más instalações
alimentar a ganância de uns poucos
países europeus, estamos nos lugares
KL OPNPLUL S\a UH[\YHS PUZ\ÄJPLU[L V\
à custa da mera satisfação das ne-
cimeiros no que respeita às desigual-
WYVISLTHZ KL O\TPKHKL L ]P]L
cessidades básicas de sobrevivência
dades sociais, a prová-lo estão os nú-
sobrecarregada com despesas habi-
da maioria, jamais se alcançará a paz
meros apresentados, em Julho passa-
tacionais.
social que almejamos e nem uns nem
do, pelo INE, que refere existirem em
Só a solidariedade não conse-
Portugal 2,5 milhões de pessoas em
guirá resolver tantas carências. São
outros viverão tranquilos.
¸HJYLZJLU[HYHUVZn]PKH¹
capaz de “dar vida aos anos”
Ano VIII . n.º32 . Trimestral . Setembro 2013
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Obra Diocesana de Promoção Social
Maria Teresa de Souza-Cardoso
Educadora de Infância
Caminhando
Amor ao Próximo
«6 de FEVEREIRO DE 1964 – 15,30 HORAS
Ida ao Paço Episcopal das Assistentes Sociais Julieta Cardoso e Maria Margarida Rosas da Silva. Durante a audiência, o Senhor D. Florentino de Andrade e Silva, Ven º Administrador Apostólico da Diocese do Porto, manifestou desejo de que
fosse lançado um trabalho de acção social em ligação directa com a acção pastoral,
nos bairros construídos pela Câmara Municipal do Porto.
(…) Em ordem à elaboração dum programa de entendimento com a Câmara
4\UPJPWHSLJVTV0UZ[P[\[VKL(ZZPZ[vUJPHn-HTxSPH]PZ[VZLYLTHZLU[PKHKLZVÄJPHPZ
com responsabilidade nos bairros, o Senhor D. Florentino de Andrade e Silva falou
UHYL\UPqVX\LOH]LYPHULZZLTLZTVKPHWLSHZOVYHZUH*oTHYH4\UPJPWHS
(…). O Senhor D. Florentino, ao terminar a audiência, manifestou o desejo de que o
trabalho começasse o mais rapidamente possível, pondo desde já ao serviço do
plano e da acção a realizar, os Revdºs Padre Fernandes e Padre Albino. “FIM”» ¸*OHmusca, Bernardino – Obra Diocesana de Promoção Social”
É pois assim, retratado por este excerto da preciosa acta referente à reunião
tida no Paço Episcopal, que nasce a Obra Diocesana.
Temos então que, a Obra Diocesana de Promoção Social, a nossa Obra, de
que todos os colaboradores se orgulham profundamente, vai completar 50 anos.
E sendo uma já provecta idade, tendo passado, naturalmente, por momentos melhores e menos bons, nunca deixou de ter presente, nos Bairros da Cidade do
7VY[VVUKLUHZJL\JYLZJL\LZLMVY[PÄJV\VAmor ao Próximo.
Pleno da acuidade a que sempre nos habituou, o Conselho de Administração da Obra Diocesana deliberou que o tema do Projecto Educativo para o ano
SLJ[P]VZLQH“Felizes e unidos no Amor ao Próximo”.
E se o nosso tempo está cheio de solidariedade, onde todos, media, políticos, agentes culturais, se multiplicam e desdobram em campanhas em prol do
terceiro mundo, dos mais desfavorecidos, em favorecer claramente o bem estar das
pessoas, com uma nova atitude que não deixa de ser extremamente positiva, e se
todos conseguimos facilmente empolgarmo-nos contra as desgraças que a televisão e a internet nos trazem todos os dias, é mais difícil termos verdadeiro amor ao
nosso próximo, ao nosso vizinho, ao nosso colega, ao pobre com quem nos cruzamos na rua, ao idoso que se encontra ao nosso lado e que precisaria urgentemente
da nossa atenção.
Naturalmente que, com a globalização, toda a humanidade passou a ser
mais próxima, mas não podemos deixar de nos preocupar com o nosso verdadeiro
próximo.
Como tão bem nos disse o Administrador Apostólico da Diocese do Porto,
poderem continuar a Administrar a nos-
D. Pio Alves, “ Amar a Deus e ao Próximo é que é necessário para, entre todos, es-
sa Obra da forma exemplar e cheia de
batermos as agressividades da nossa sociedade e construirmos, ou reconstruirmos,
amor como o têm feito até agora.
um mundo que seja verdadeira casa comum da humanidade. Para isso, o amor de
Tendo sido empossado por Sua
que falamos tem que ser feito de verdadeiras obras de serviço ao próximo mais
Eminência Reverendíssima D. Armindo
próximo”.
Lopes Coelho, em Dezembro de 2004,
Quando interrogado por um doutor da Lei, sobre qual o primeiro de todos os
um novo Conselho de Administração
mandamentos Jesus disse-lhe “ O primeiro mandamento é este: ouve, ó Israel! O
presidido pelo Senhor Américo da Cos-
Senhor nosso Deus é o único Senhor. E amarás ao Senhor teu Deus com todo o teu
ta Ribeiro, logo a Obra Diocesana deu
coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas
mostras de um renascimento a todos os
forças. O segundo mandamento é este: amarás o teu próximo como a ti mesmo.
títulos notável, posicionando-a, clara-
5qVL_PZ[LV\[YVTHUKHTLU[VTHPZPTWVY[HU[LX\LLZ[LZKVPZ¹4J1LZ\Z
mente, sob a Matriz Cristã e Católica
considera pois que os dois mandamentos são um só, ou seja que é impossível
que lhe deu origem.
amar a Deus sem amar o próximo e que quem ama o próximo descobre o
É que, a par da sua capacidade,
por todos reconhecida, como Gestor de
amor de Deus.
São Paulo, na Primeira Carta aos Coríntios faz um verdadeiro Hino ao Amor:
excelência, demonstra uma alegria con-
“Irmãos: Aspirai com ardor aos dons espirituais mais elevados. Vou mostrar-
tagiante, um entusiasmo inexcedível e
uma força inabalável em prol do Amor
-vos um caminho de perfeição que ultrapassa tudo:
Ainda que eu fale as línguas dos Homens e dos anjos, se não tiver amor, sou
ao Próximo.
Tendo voltado a merecer a con-
como o bronze que ressoa ou como o címbalo que retine.
Ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e toda
ÄHUsH V HWVPV L V LSVNPV KV :LUOVY
a ciência, ainda que eu possua a plenitude da fé a ponto de transportar montanhas,
Cardeal Patriarca D. Manuel Clemente,
se não tiver amor nada sou.
enquanto Bispo do Porto, será, segu-
Ainda que distribua todos os meus bens aos famintos e entregue o meu
corpo para ser queimado, se não tiver amor, de nada me aproveita.
6HTVYtWHJPLU[LVHTVYtILUPNUV"UqVtPU]LQVZVUqVtHS[P]VULTVYN\-
ramente, uma enorme mais-valia para
o futuro da nossa Diocese e da nossa
Cidade.
SOVZV"UqVtPUJVU]LUPLU[LUqVWYVJ\YHVWY}WYPVPU[LYLZZL"UqVZLPYYP[HUqVN\HYKH
YLZZLU[PTLU[V"UqVZLHSLNYHJVTHPUQ\Z[PsHTHZHSLNYHZLJVTH]LYKHKL"[\KV
A todos nós, colaboradores
desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O dom da profecia acabará, o dom
fortemente empenhados em servir e
KHZSxUN\HZOmKLJLZZHYHJPvUJPHKLZHWHYLJLYm"THZVHTVYUqVHJHIHU\UJH
amar a Obra, servindo e amando o
(NVYHWLYTHULJLTLZ[HZ[YvZJVPZHZ!HMtHLZWLYHUsHLVHTVY"mas a
maior de todas é o amor. ”
próximo, compete-nos tudo fazer para
que a Obra Diocesana, nestes seus 50
E foi esta Carta que inspirou S.S Bento XVI a, sobre escritos deixados pelo
anos tão cheios de vida e de querer,
)LH[V1VqV7H\SV00LZJYL]LYHLUJxJSPJH¸+L\Z*HYP[HZ,Z[¹X\LZPNUPÄJH“Deus é
possa continuar a cumprir o seu destino
Amor”.
e o seu propósito. Além! Mais além!
Vai ser pois, um Ano repleto de Amor que a nossa Obra vai viver comemorando os seus 50 anos de bem-fazer.
Como nos escreveu o nosso (tão “nosso”), agora Cardeal Patriarca, D. Manuel Clemente: “ A Obra Diocesana é uma expressão particular e muito importante
da Igreja do Porto, no que à problemática social respeita. Tem sabido levar por
diante uma presença activa de ‘caridade de verdade’ (re) construindo a esperança e
o futuro de muitas pessoas e famílias. (…) Parabéns à Obra Diocesana de Promoção
Social, na pessoa dos seus responsáveis e colaboradores. Contamos muito com o
vosso trabalho, criatividade e estímulo!”
,ZLUKV]LYKHKLX\LHZ0UZ[P[\PsLZZqVYLÅL_VKHZWLZZVHZKLX\LKLSHZ
fazem parte, num dado momento, seria de toda a urgência poder a Obra Diocesana
sempre contar com a disponibilidade do seu Presidente do Conselho de Administração, Senhor Américo Ribeiro, que sempre pautou a sua vida em compreender,
ajudar e amar o outro, dos seus Administradores e dos seus Directores, para
Ano VIII . n.º32 . Trimestral . Setembro 2013
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Obra Diocesana de Promoção Social
Liliana Sofia Soares
Educadora Social
As visitas do Regado vão deixá-lo animado
Numa sociedade cada vez mais
zindo-os desde cedo numa cidadania
Apesar dos diversos esforços
economicista, é importante que desde
activa, tornando-as pessoas capazes
quer das famílias, quer das redes for-
cedo as nossas crianças/adolescentes
de promover e viver com sentido de par-
mais de apoio aos idosos, estes veem-
cresçam conscientes da importância de
tilha e com a noção que e, citando as
-se muitas vezes incapazes de preen-
valores morais como a partilha, solida-
palavras de Séneca “ …o valor de toda a
cher as necessidades de apoio afectivo,
riedade, compromisso, responsabilida-
virtude radica nela mesma, já que não é
que a solidão dos idosos deixa transpa-
de, e amor.
praticada em vista do prémio: a recom-
recer.
Sensibilizá-los para a necessidade e importância da partilha, da troca de
afectos, em especial para com os mais
pensa da acção virtuosa está em a termos cumprido.”
Assim, foi a pensar nestes aspectos, que surgiu no CATL do Regado,
Na correria em que muitas famí-
e no âmbito do projecto pedagógico
lias vivem actualmente, a atenção aos
“Tempo, Aprendizagem e Cidadania”, o
Enquanto entidade social, com-
mais vulneráveis acaba muitas vezes
projecto “As visitas do Regado vão dei-
pete-nos ter um papel activo na vida dos
por ser renegada para segundo plano,
xá-lo Animado”.
jovens com quem trabalhamos, introdu-
fazendo com que o sentimento de so-
Mais do que meras visitas de
lidão seja algo que afecta uma grande
cortesia aos nossos idosos, tentamos
parte dos nossos idosos, sendo talvez
levar em cada visita um pouco de
este o aspecto central da problemática
nós. Por esse motivo, é um projecto que
do seu bem-estar, já que leva a um vazio
teve como ponto de partida sensibilizar
existencial, a uma rotina mecânica e de-
para o assumir de responsabilidades
sumanizante.
que implica entrar na vida destas pes-
vulneráveis, é assim fundamental.
soas. Cada visita é admitir a criação
OPZ[}YPHZ L JVTV HSN\UZ UVZ JVUÄKLU-
gem com os mais velhos é fundamental
de laços, é Amor em acção.
ciaram, colocar o primeiro sorriso do dia
no caminho para a cidadania e porque
nos seus rostos.
“Fica mais rica a alma de quem dá, Che-
Assim, na primeira visita que
fazemos procuramos conhecer a rea-
Em cada visita levamos uma
ga mais alto o hino de quem vive a par-
lidade e os gostos de cada cliente. As
pequena lembrança elaborada pelos
tilhar. Tu tens que dar um pouco mais
ocupações e hábitos dos tempos de ju-
jovens do CATL, doces e salgadinhos
do que tens, Tens que deixar um pouco
ventude, interesses, etc., são alguns dos
confeccionados com muito carinho,
mais do que há…”.
aspectos que procuramos desenvolver,
muitos sorrisos e a vontade de apren-
É um projecto que está a dar
com o objectivo de numa segunda visita
der. Uma partida de dominó, uma tarde
os primeiros passos mas que cres-
podermos particularizá-la, de modo a
de conversa, demonstração de dança,
cerá juntamente com os nossos jo-
proporcionar verdadeiros momentos de
truques com cartas, leitura do “Espaço
vens.
alegria, boa disposição e ajudar a que-
Solidário”, apenas à conversa ou a mar-
Recordando as palavras de Ma-
brar com o silêncio em que em vivem.
cação de um lanche ou uma partida de
ria Constança Paúl, “não há futuro sem
Os pequenos gestos podem fa-
sueca, para a visita seguinte, são algu-
os nossos idosos, se eles não nos legam
zer a diferença e, é precisamente isso
mas das actividades desenvolvidas. Ou-
actualmente o saber, legam-nos segura-
que estas crianças/jovens têm experien-
vimos as histórias que têm para nos
mente afecto e nós projectamo-nos em
ciado. As nossas visitas têm tirado
contar, as suas experiências de vida
cada ruga deles, como que ao espelho,
os nossos clientes da rotina a que
e comparamos com os dias de hoje.
somos nós próprios e é toda a nossa
ZL ]LLT JVUÄUHKVZ têm possibilita-
Tem sido uma experiência mui-
do a troca de saberes, de vivências e de
to enriquecedora, porque a aprendiza-
Ano VIII . n.º32 . Trimestral . Setembro 2013
cultura que olhamos.”
21
ntes > antes > antes > antes > antes > antes > antes > antes > antes > antes > antes > antes > antes > antes > antes > antes > antes
ntes > antes > antes > antes > antes > antes > antes > antes > antes > antes > antes > antes > antes > antes > antes > antes > antes
<TÄSTL
MLP[VWVYZP
estão a melhorar as condições
dos nossos utentes.
O seu contributo está a ser uti-
lizado para a qualidade daque-
les que apoiamos diariamente...
Com a sua ajuda estamos a
melhorar...
epois > depois > depois > depois > depois > depois > depois > depois > depois > depois > depois > depois > depois > depois > depois >
epois > depois > depois > depois > depois > depois > depois > depois > depois > depois > depois > depois > depois > depois > depois >
Os Amigos em crescendo
24
Obra Diocesana de Promoção Social
João Miguel Pratas
Diretor do Economato, Logística e Manutenção
Passeio em Autocarro Panorâmico
Um Obrigado aos “Amigos em Crescendo”.
6TvZKL:L[LTIYVÄJV\THYcado por mais uma iniciativa inovado-
Bus, o principal operador português de circuitos turísticos em autocarros panorâmicos.
ra na Obra Diocesana de Promoção
Durante duas horas, os viajantes percorreram o circuito “Porto Antigo”.
Social. Cerca de 850 utentes da Ins-
Desde o centro histórico até à Foz do Douro, com passagem pela Casa da Mú-
tituição – crianças e idosos – tiveram
ZPJH:LYYHS]LZ9PILPYHL;VYYLKVZ*StYPNVZVWHZZLPVWLYTP[P\ÄJHYHJVUOLJLY
a oportunidade de realizar um circuito
alguns dos locais mais típicos do Porto, Património Mundial designado pela Unes-
turístico em autocarro panorâmico nas
co.
cidades do Porto e Vila Nova de Gaia.
Esta experiência foi unanimemente reconhecida. Demonstrou às crianças
Estes passeios foram uma ofer-
a riqueza cultural e histórica da nossa cidade e proporcionou-lhes um dia diferen-
ta do Conselho de Administração que,
te, não só no que concerne ao entretenimento como também à aquisição de co-
desta forma, materializou a sua preo-
nhecimen-tos. Para muitos foi a primeira oportunidade de um contacto direto com
cupação em garantir novas experiên-
a história da “Invicta”. Para todos foi um meio de aprendizagem diferenciado, que
cias e novos conhecimentos aos seus
possibilitou um saber aumentado sobre o meio envolvente e as suas vivências.
utentes.
Para os seniores foi a ocasião para rever, numa outra perspetiva, alguns
A viagem foi realizada no Yellow
dos marcos emblemáticos da cidade.
A senhora que está a falar sabe tudo sobre os monu-
Gostei muito, já não atravessava a ponte há muitos anos.
mentos – estudou muito!
D. Lucinda Novo (82 anos)
Joana Rainha (5 anos)
A visita foi muito, mas muito bonita e divertida. Conhece5VKPHKLZL[LTIYVKLMVTVZWHZZLHYUV@LSSV^
mos meninos de outro ATL e todos juntos gritamos muito
Bus. Vimos locais turísticos, os mais antigos do Porto…
quando passamos pelo túnel. Gostei de ouvir a música
Eu já conhecia o Porto mas, assim, foi mais divertido!
enquanto passeava. Beijinhos.
Sara Oliveira (10 anos)
Beatriz Moreira (7 anos)
Hoje acordei com muita ansiedade, porque pela primeira
Foi uma maravilha de passeio, passamos por muitos sí-
vez ia andar de Yellow Bus. Adorei! Nunca tinha visto o
tios, mas o que mais gostei de ver foi a vista do Rio Douro.
Porto assim de tão alto. A parte que mais gostei foi de
D. Margarida Silva (82 anos)
]LY V -VY[L KL :qV 1VqV )H[PZ[H -VP T\P[V Ä_L WVYX\L
conseguiu-se ver tudo por dentro. Ao lado a praia da Foz,
com as águas limpas e o mar muito brilhante. Até deu
vontade de dar um mergulho. Até que passamos pela
Foi uma grande diversão. Vimos a Ribeira, a Casa da
ponte D. Luís. Ao início tive medo, mas depois achei di-
Música e o Rio Douro. O rio era lindo, brilhava ao sol e a
vertido por passar por cima do rio e quase conseguir
Casa da Música era grande. Nós estávamos gran-des,
tocar no cimo da ponte. E foi assim o meu dia altamente!
até conseguíamos tocar nas árvores.
Érica Lima (8 anos)
Inês Melo (11 anos)
Ano VIII . n.º32 . Trimestral . Setembro 2013
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Obra Diocesana de Promoção Social
Frei Bernardo Domingues
Moral na vida pessoal e social
1. A palavra «moral» resulta da
solidário, pelas fundamentadas dife-
bem decidir e agir. A pessoa aculturada
SH[PUH­TVZ®X\LZPNUPÄJH[LJUPJHTLU-
renças de opinião e complementares
pergunta e responde «porquê», «para
te, costume racional estável e foi usada
formas de intervenção social e religiosa
quê» e «como» viver com sentido e feliz.
por Cicero para traduzir o vocábulo gre-
em que todos devem ter voz, vez e as-
A I\ZJHKVZLU[PKVVZPNUPÄJHKVL
go «ethos», envolve a actividade interna
sumir injustamente, vez e assumir res-
ordem dos valores levam à humani-
e externa de ser pessoa consciente, li-
ponsabilidades.
zação solidária da vida social ou seja o
tempo e a eternidade são tidos em con-
vre e capaz de decidir com ponderação
valorativa num determinado contexto
4. Efectivamente
a
vocação
ta.
humanizado pela cultura, religião e a
comum é de sermos «pessoas co-
participação social e democrática.
munitárias», como diz E. Mounier ou
6. A pessoa normal aprende
seja: a efectiva honesta, competente e
e integra a normatividade e a sa-
2. A atitude moral supera os
leal busca do bem comum que a tdoso
bedoria acumuladas e transmitidas
imples comportamentos atávicos dos
deve incluir na responsabilidade, nos
pela história desde que assimile o
YLÅL_VZ JVUKPJPVUHKVZ L VYPLU[H HZ
riscos e benefícios proporcionais
ZPNUPÄJHKVKHJH\ZHSPKHKLÄUHSLLZ[Y\-
decisões e condutas pessoais e so-
às capacidades e necessidades de
[\YHU[L KH ]PKH ZPNUPÄJH[P]H LT KL[LY-
ciais com uma normatividade resultante
todos e cada um. Na vida familiar, pro-
minados contextos históricos em que
duma utopia testada, estimuladora da
ÄZZPVUHS L Z}JPVWVSx[PJH H JVUQ\NHsqV
assimila o passado, inova no presente
vida humana de qualidade e coeren-
honesta dos direitos e deveres, exige
e tem uma atitude prospectiva para o
te tendo em conta o ideal e o real
que os critérios moras devem presidi
futuro de modo que todos tenham idên-
circunstanciado da idade, maturidade
à elaboração dos projectos, respectiva
ticas oportunidades para a auto-realiza-
psicossomática e ética, respectivo pa-
execução e avaliação para que não haja
ção.
pel, estatuto e função na sociedad. As-
favoritismos ou desonesta acepção de
sim a moral conduz a decisões livres e
pessoas em que umas são referidas e
responsáveis partilhadas na família, na
outras preteridas injustamente.
7. A partir da avaliação histórica da tradição viva a pessoa, critica-
WYVÄZZqVUHWHY[PJPWHsqVWVSx[PJHLYLSP-
mente, é capaz de seleccionar e de rea
ÄN\YHY\TKL[LYTPUHKVWHYHKPNTH
integrada e solidariamente, em busca
unicidade da pessoa, a sua digni-
de vida por decisões que brotam na
da felicidade.
KHKL PU[YxUZLJH L KLÄUP[P]H deve
capacidade avaliativa que emerge
orientar-se com consciência de que
da imanente percepção de cons-
7V[LUJPHSTLU[L JHKH WLZZVH
todos os seres humanos, qualquer que
ciência de direito e de deveres de
enquanto animal, racional, ético, esté-
seja o seu estadio de desenvolvimen-
aprender a saber ser, a saber seleccio-
tico, político e religioso, sendo único
[VZ t KLÄUP[H]LTU[L \T Z\QLP[V ZLUKV
nar e a fazer ponderadamente, sabendo
e irrepetível, devido á unicidade psi-
indigno trata-lo como objecto. De facto
avaliar o que é bem e mal.
cossomática, deve evoluir para a soli-
as coisas têm um preço e a pessoa dig-
Nesta experiência de ser cons-
dariedade democrática convencio-
nidade estrutural, independentemente
ciente, livre e responsável, descobre o
nada em que colectivamente devem
dos sucessos ou fracassos e ocorrente.
livre arbítrio ou seja a capacidade efecti-
buscar a verdade, a prática da justiça
A pessoa deve ser orientada para a co-
va de discernir e ponderadamente deci-
comutativa e distributiva, com respeito
mum vocação de bem ser, bem saber e
dir por razões de razão o que é virtuoso
giosa-cultural em qu deve desabrochar
5. Portante,
reconhecida
ZLY YLJ[PÄJHKV [LUKL WHYH V ILT WLSH
ou vicioso, o bem e mal moral que de-
ou o mal menor nas situações em que
pendem das opções livres das pessoas
todas as intervenções têm aspectos ne-
razão, decisão e execução que exige
consciente e informadas.
gativos e em que as acções tem pois
atenção prolongada e vigilante para se
Desta L_WLYPvUJPH YL]LYPÄJH-
um efeito negativo e outro positivo, que
THU[LY ÄYTL MHJL HV VIQLJ[P]V IVT H
da formula-se a consciência moral
devem ser ponderadamente avaliados
atingir cf. I, II q. 20 a. 4. Efectivamente
LT JVUZ[HU[L PUMVYTHsqV L HÄUH-
antes de decidir e agir.
não bastam boas intenções , é essencial
ção da verdade, da justiça e da solida-
9. Assim, na perspectiva de S.
buscar o bem maior ou eventualmente o
riedade complementar na comunicação
Tomás, a interioridade pessoal moral
mal menor de modo esclarecido e be-
e partilha de vida. Porque dispõe da
inclui um núcleo central com capaci-
ULÄJPLU[L +VUKL ZL ZLN\L H ULJLZZP-
capacidade de projectar e escolher
dade de conhecer fundamentado e de
dade do livre arbitro ou a vontade livre,
entre várias alternativas, tem a ca-
discernimento ponderado para a von-
supõe o adequado esclarecimento, que
pacidade e o dever de escolher entre o
tade deliberar e decidir em vista do
é a base da atitude moral, porque sem
bem maior ou mal menor nas circuns-
ÄT H H[PUNPY que é a auto-realização
vontade livre não há moralidade sub-
tâncias de vida concreta, Cf. G.S. nº 17.
feliz de pessoa vocacionada. Efectiva-
jectiva. Em oposição ao determinismo
mente o acto é moral na proporção que
deve defender-se fundamentando-nos
8. A informação progressiva, a
for humano ou seja esclarecido, livre e
na experiência controlada, porque a
competência ajustada e a honestidade
deliberado cf. I,II q. 1 – 18. De facto, em
pessoa, em situação de normalidade,
UH PU[LY]LUsqV WYVÄZZPVUHS L WVSx[PJH H
sentido adequado, o acto é humano na
auto-determina-se conscientemente em
tempo e horas, fazem parte da dinâ-
justa proporção em que for deliberado
busca do bem.
mica da consciência em constan-
e bem ordenado numa circunstância
[L HÄUHsqV KL JYP[tYPVZ V\ ZLQH H
concreta. Assim a razão é princípio dos
7VY[HU[V WVKLTVZ HÄYTHY
convergência da racionalidade e da
actos humanos que têm uma coloração
que as capacidades de escolher, entre
vontade criteriosa para ser, decidir e
TVYHSJM000X HHK
várias alternativas conhecidas e ponderadas, implicam:
fazer bem.
Assim a capacidade actualiza-
10. Donde se segue que só são
> Ausência de coacção in-
da, selectiva e decisória precisa de
comportamentos ou atitudes morais se
terna, ou seja a vontade pode orienta-
dispor de critérios bem fundamen-
resultam duma decisão livre, da opção
-se por escolha esclarecida e pondera-
tados tento em conta as ciências da
da vontade deliberada, e que terá a
KH"
natureza, da ecologia, da antropologia,
X\HSPÄJHsqVTVYHSKLIVHV\TmJVU-
> =LYPÄJHTVZX\LH]VU[HKL
KH WZPJVSVNPH KH ZVJPVSVNPH KH ÄSVZV-
soante a intencionalidade, o conheci-
em situação de normalidade tende
ÄH WVSx[PJH L LJVU}TPJH LU]VS]LU[LZ
mento, a deliberação e o conteúdo do
para a busca do bem geral, mas sem
L PUÅ\LU[LZ UH ]PKH WLZZVHS L ZVJPHS H
objecto ou acção pretendida. Daí que
determinação relativamente a um bem,
viver. Porque somos peregrinos da
a responsabilidade ou imputabilidade
YLHSV\HWHYLU[LWHY[PJ\SHY"
verdade, para evitar os perigos do
depende da liberdade em optar por ob-
fundamentalismo ou do pragma-
jectos bons ou incorrectos.
> Efectivamente a vontade
espontaneamente busca a perfeição e o bem e decide no concreto as
tismo moral, é essencial confrontar
os critérios dos saberes com apurada
11. Assim sendo, a pessoa na
escolhas sob o ponto de bem ou apa-
consciência de buscar o bem maior
medida que é virtuosa, porque tem o
rente, Cf. GS. 17, e que admite engano.
Ano VIII . n.º32 . Trimestral . Setembro 2013
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Obra Diocesana de Promoção Social
Ser livre implica pois a
LZJVSHZ ÄSVZ}ÄJHZ TLJHUPJPZ[H X\L ZL
16. No respeito pela ecologia
capacidade actual, objectiva e sub-
referem às necessidade imanentes e
sensata, na partilha de experiências cul-
jectiva, de se auto-determinar que
determinantes dos comportamentos
turais e religiosas diferentes, no respeito
pode ser perturbada devido a uma si-
pessoais em forma de hábitos.
pelas legítimas diferenças, é essencial
[\HsqV KLÄJPLU[LZ t[PJH KLZPUMVYTHKH
4LZTV 2HU[ HÄYTH X\L [\KV
aprofundar aquilo que é essencial no
ou manipulada. Além da ignorância
tem um preço e a pessoa uma dignida-
personalismo e a posição e vocação
crasse, dos meus graves, dos estados
de intrínseca com capacidade para ser
solidária das pessoas de assumir a ta-
emocionais intensos, das situações
causa moral determinante de se pró-
refa de orientar a história.
dos estados emocionais intensos,
pria. De facto a pessoa normal emerge
Na abertura à busca laboriosa
das situações de sofrimento, no concre-
de natureza mas é capaz de a avaliar e
da verdade, é essencial encontrar os
to podemos fazer escolhas negativas
superar as inclinações ou pulsões entre
possíveis pontos de sintonia e conver-
com relativa responsabilidade moral.
o apetecer e o dever moral.
gência, no respeito afectivo pelo que é
É na base do exercício da liber-
O ser humano sente-se «obri-
VWPUm]LS M\UKHTLU[HKV JVT JVUÄHUsH
dade responsável que se poderá avaliar
gado» a viver segundo a razão porque
no futuro que depende da qualidade
o mérito ou a culpa moral cf. 5 T. I q.
toma consciência que o sentido inscrito
do nosso presente, pautado por funda-
HL.:U¢V\ZLQHVTtYP[VV\
na própria realidade implica: conhecer
mentados paradigmas e utopias de que
a culpa.
e reconhecer o sentido e os valores,
é possível um mundo novo na medida
O pecado ou a virtude referem-
de modo a viver com sentido, com inte-
do nosso investimento qualitativo inteli-
-se a valores objectivos, negados oi
ligência, honestidade, justiça, solidarie-
gente, diligente e persistente.
assumidos a partir da opção da cons-
dade em busca da equidade, segun-
Assim a moral exige uma atitude
ciência moral ou real da vida circunstan-
KV HZ YLNYHZ KH ILULÄJvUJPH WVZZx]LS
LZMVYsHKH L WYm[PJH HKHW[H[P]H ÄLS HV
ciada que nos envolve e estimula.
para si e para os outros, todos os outros
real da vida pessoal e social pelo qual
em busca do bem comum que a todos
somos responsáveis sem desperdiçar
envolve nos direitos e deveres.
HZVWVY[\UPKHKLZKLZLYTVZÄtPZn[YH-
14. Portanto o «destino» ou
dição viva, assumir os valores actuais e
seja a orientação antropológica radical
é a auto-realização, segundo a recta ra-
15. Neste contexto da inevitá-
zão e a fé esclarecida que passam pela
vel globalização, que é o nosso tem-
avalização criteriosa da consciência
po, é essencial bem avaliar os valores
WLZZVHSILTHÄUHKHWLSHYLÅL_qVWVU-
pernes da tradição viva, assimilar cri-
derada e os donos do criador e salvar.
teriosamente os valores da cultura em
4HZ LMLJ[P]HTLU[L H WLZZVH KLÄULZL
gestação, sem hipoteca o futuro dos
pela capacidade de ser senhora das
vindouros, não cedendo ao consumis-
próprias opções de pensamento e ac-
mo e tecnicismo. Há que harmonizar
ção, cf. ST I, II q. 1 a 1, contrariando as
criteriosamente o passado e o presente,
soluções pessimistas e deterministas
HWYVM\UKHY V ZLU[PKV WSLUV KH ÄSVZVÄH
cf. GS nº 14, 17 e 25, sem esquecer o
e da antropologia inculturando - nos,
Jansenismo, certo radicalismo de al-
abertos às diferenças recíprocas como
guns reformadores protestantes e das
um bem complementar de todos.
orientar o futuro possível.
Cristina Figueiredo
Educadora Social
Os valores e os afectos na relação educativa
“Quando for grande, quero ser um brincador;
ças, nos jovens e nas pessoas idosas.
Quero brincar de manhã à noite, seja com o que for!”
As profundas mudanças instituídas na
In O Brincador de Álvaro Magalhães
estrutura familiar, onde a mãe, que outrora se dedicava apenas à Família e ao
Com o surgir da modernida-
relacionavam. As ditas sociedades mo-
seu lar, passa a desempenhar um lugar
de, ou das chamadas “sociedades
dernas, nas quais, apesar de tudo, e por
no mundo do trabalho, implicando no-
modernas”, a fortiori, no século XVIII e
PUÅ\vUJPH KH +V\[YPUH :VJPHS KH 0NYLQH
vas necessidades sociais, tais como,
seguintes, consequência de ideologias
a dedicação ao trabalho é patente e o
a procura de apoio no atendimento às
KLSL[tYPHZ UH ,\YVWH ]LYPÄJHYHTZL
lazer insurge-se como algo de impor-
crianças e jovens, sendo este de cariz
diversas mudanças na esfera política,
tância reconhecida, tornando-se difícil
educacional e assistencial.
económica, social e cultural com um
KLÄUPYJVTVVJ\WHYVHZZPTKLZPNUH-
De forma, a dar resposta a es-
impacto revelador sobre a forma como
do “ tempo livre”, em determinadas fai-
tas e outras necessidades, surgem Ins-
as pessoas viviam, trabalhavam e se
xas etárias, nomeadamente, nas crian-
tituições como a Obra Diocesana de
Ano VIII . n.º32 . Trimestral . Setembro 2013
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Obra Diocesana de Promoção Social
Promoção Social, com um trabalho di-
socioculturais, educativas e lúdicas,
mento de competências do Eu, do meio
recionado em diversas valências e gru-
tendo em atenção as heterogéneas ca-
em que vive e do Mundo que os rodeia.
pos etários diferenciados, entre as quais
racterísticas de um grupo de crianças.
A exigência e assertividade de
os Centros de Atividades e Tempos
Trata-se de um espaço, onde é valori-
um trabalho direcionado e capaz, faz
Livres (CATL) para crianças e jovens.
zada a autonomia de cada indivíduo e
com que o processo de aprendizagem
Como o nome indica – Actividades e
a sua personalidade, incentivando a ca-
seja diferenciado, propondo situações
Tempos Livres, onde o tempo livre sig-
pacidade de relacionamento da criança
Z\ÄJPLU[LTLU[LPU[LYLZZHU[LZLKLZHÄH-
UPÄJH! Tempo de imaginar, Tempo de
com o outro, com o grupo de pares e
doras, de modo a estimular a criança,
criar, Tempo de brincar, Tempo de
com o meio envolvente, de forma a au-
para que não resulte no desencoraja-
optar, Tempo de aprender, Tempo
mentar a sua auto estima, auto conceito
mento e diminuição da sua auto esti-
de crescer!
e autonomia.
TH9LÄYHZL[HTItTHL_PZ[vUJPHKL
O Centro de Atividades e
Todo um plano de ações, as-
parcerias com outras entidades, como
Tempos Livres, do Centro Social do
sente em Projeto Pedagógico - por si-
a “Múltipla Escolha”, o Projeto” Lagartei-
Lagarteiro, sito no Bairro da Lagartei-
nal, no corrente ano letivo, denominado
ro e o Mundo” e o Projeto “ ERO-Norte
ro, um dos mais fechados e guetizados
“Tempo, Aprendizagem e Cidada-
Vida” que, trabalham as nossas crian-
bairros da cidade do Porto, pretende ser
nia” - é, anualmente, delineado e visa
ças numa aquisição profícua de saberes
a “Porta Aberta” a um espaço agra-
o desenvolvimento global da criança,
diversos, formando-as em Cidadania.
dável, acolhedor e inovador, no qual, as
enquanto ser individual e social. Nesse
A liberdade de expressão,
crianças se sintam bem, gostem de es-
plano, as diferentes Áreas de Formação
criatividade, colaboração, esponta-
[HYLJVTVX\HSZLPKLU[PÄX\LT
- Cognitivas, Expressões, Formação
neidade e empatia são fundamen-
Apesar das limitações no que
Pessoal e Social e Conhecimento do
tais para a criança se transformar
concerne ao espaço físico, o Centro de
Mundo e os Ateliês inerentes, surgem
num Homem ativo e pleno em Cida-
Atividades e Tempos Livres do Lagar-
como ferramentas apelativas à aquisi-
dania.
teiro promove, desta feita, actividades
ção de conhecimentos e desenvolvi-
O CATL do Lagarteiro, procu-
ra ser um espaço/tempo entre a Es-
fundamental de toda a estrutura social.
preciso resgatar e incorporar os
cola e a Família, sem pretender subs-
Ali, tem início um processo de humani-
valores de solidariedade, frater-
tituir nenhum deles. A sua intervenção
zação, libertação, de valores morais e
nidade, respeito às diferenças de
educativa visa favorecer e privilegiar
t[PJVZ" t \T JHTPUOV X\L I\ZJH MHaLY
crenças, culturas e conhecimentos,
\T HTIPLU[L LZ[PT\SHU[L L KLZHÄHKVY
da criança um ser civilizado.
de respeito ao meio ambiente e aos
promovendo, desta forma, estratégias e
9LÄYH¶ZLHL_[YLTHPTWVY[oU-
desenvolvendo actividades inovadoras
cia de um trabalho afetivo e a nível do
e empreendedoras, adequadas às ida-
auto conceito, para que o grupo seja
Em suma, propomo-nos formar
des e características de cada criança,
capaz de fazer opções de vida asser-
cidadãos pertencentes a um mundo
tendo sempre como referencia a identi-
tivas e de se responsabilizar pelas suas
em constante mudança e, infelizmen-
dade social, afetiva e cultural.
escolhas, reconhecendo a sua dignida-
te, com uma cada vez maior, perda de
de, necessária ao exercício da Cidada-
valores, munindo cada criança de com-
nia.
petências capazes, para o enfrentar de
As Famílias possuem um papel
preponderante no trabalho desenvolvi-
direitos humanos.” (Siegel. 2005.p
41).
do, capacitando as crianças para uma
“Os Pais e os Educadores
um Futuro com a coragem de fazer dife-
postura proactiva, responsável e coo-
deviam ser vendedores de sonhos.
rente! Ensinar que todas as escolhas na
WLYHU[LUHZKPÄJ\SKHKLZWHYH\THT\-
Deveriam plantar as mais belas
vida afetam tudo e todos pois, vivemos
dança de atitudes. Apoiar cada criança
sementes no interior dos jovens
em Sociedade e que, na verdade, so-
para que atinja níveis a que não chega-
H ÄT KL MHaLY KLSLZ ZLYLZ PU[LSLJ-
zinhos, não podemos mudar tudo, até
ria por si só, facilitando uma aprendiza-
tualmente livres e emocionalmente
porque cada um de nós tem um ponto
gem transversal, que dê oportunidade
brilhantes.”
KL]PZ[HKPMLYLU[LZVIYLVZÄUZLVTVKV
às crianças de colaborarem no processo de aprendizagem umas das outras.
In O Mestre inesquecível de
da mudança.
Ter como princípio a valo-
Augusto Cury
A formação do ser humano começa na
É que, na verdade,
rização do Humano, do Ser e, não
Família, aliás, ela é a célula primeira e
“Numa educação ética, é
apenas, do ter. Eis um bom começo!
Ano VIII . n.º32 . Trimestral . Setembro 2013
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Obra Diocesana de Promoção Social
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Sardinhada 2013
Junho, mês por excelência dos
Santos Populares, é tempo das Festas
Nova de Gaia, para mais uma jornada de
Coordenadores/as de Centro, os Direto-
confraternização.
res de Serviço, Psicólogos, Enfermeiros
Fomos brindados com um exce-
e ainda (tão importantes pelo seu traba-
Como já vem sendo hábito, or-
lente dia de Verão, com muito sol e boa
lho e dedicação) as Colaboradoras dos
ganizamos, todos os anos, um dia útil
sombra e, em conjunto, partilharmos um
diversos Centros.
perto de 29 Junho (Festa de S. Pedro) a
dia muito bem passado.
de Sto. António, S. João e S. Pedro.
É uma imagem de excelência
já famosa e sempre esperada Sardi-
A adesão foi fantástica estan-
aquela que pudemos admirar nos rostos
nhada tanto do agrado dos nossos
KV WYLZLU[LZ JLYJH KL WLZZVHZ
do nossos Clientes. Alegres, bem dis-
clientes Seniores.
na grande maioria nossos Clientes, o
postos e preparados para este grande
Este ano, no dia 28 de Junho,
Conselho de Administração representa-
dia. Jogando cartas, dominó e outros
estivemos como habitualmente na Nos-
do pelo Presidente, Sr. Américo Ribeiro
jogos do seu agrado e, ainda, participan-
sa Senhora da Saúde – Carvalhos – Vila
e pelo Vogal, Sr. Pedro Pimenta, as/os
do ativamente na novidade deste ano
– um “Peddy-Paper”- com uma adesão
mo das nossas Colaboradoras.
artista da TV “Marante” que deliciou o
de grande parte de todos nós. Foi mui-
Bom, depois do almoço tivemos
público presente com as suas bem po-
to interessante ver como Clientes, Res-
“o Bailarico” muito concorrido e diver-
pulares canções portuguesas. Aprovei-
ponsáveis e Colaboradoras participaram
tido tendo havido uma confraternização
tamos a oportunidade para agradecer a
nesta atividade com tanto interesse e
saudável entre Clientes, Colaboradoras,
sua disponibilidade e o carinho para com
empenhamento.
Coordenadoras de Centro, Diretores,
a nossa Instituição tendo atuado graciosamente nesta festa.
Mas chegou a hora do almoço
Enfermeiros, Psicólogos e, não se admi-
e, assim, todos se apressaram, pois já
rem, com a participação dos repre-
A tarde ia avançando mas a for-
sentiam, à distância, o “cheirinho às
sentantes do Conselho de Adminis-
ça dos “foliões” não abrandava. Assim,
sardinhas”.
tração.
MVTVZIYPUKHKVZJVT\TKLZÄSLKLTHY-
O almoço correu às mil maravi-
Tivemos um interessante mo-
chas populares dos diversos Centros da
SOHZKL]PKVHVLTWLUOVLWYVÄZZPVUHSPZ-
mento musical a cargo do reputado
ODPS que nos permitiu confraternizar
Ano VIII . n.º32 . Trimestral . Setembro 2013
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34
com toda a gente.
6ÄTKL[HYKLJOLNV\LHOVYH
Obra Diocesana de Promoção Social
ra) – pela excelente organização com
Administração presentes resta-nos dizer-
que nos presentearam.
-vos que assim vale a pena estar na Obra
da partida também, mas, não queremos
- Às nossas Colaboradoras
Diocesana, que nos sentimos orgulho-
ÄUHSPaHY LZ[HZ SPUOHZ ZLT MHaLY VZ HNYH-
(sem exceção) pelo empenho, tra-
sos dos nossos Colaboradores e que
decimentos bem merecidos:
balho, dedicação e amor que colo-
por isso vos endereçamos os nossos
caram ao serviço de todos nós. Sem
melhores agradecimentos por este dia.
- Aos nossos Clientes pela sua
boa disposição e participação.
- Aos responsáveis pelo evento
V ]VZZV WYVÄZZPVUHSPZTV LZ[H MLZ[H
não seria possível…
E para terminar, os versos da
nossa Cliente e Amiga a “jovem” D. Emília
neste ano – Senhoras Dras. Isabel Cris-
- Aos Quadros presentes que
Rodrigues de 84 anos do Centro Social
tina Vieira (CS Rainha D. Leonor) e Rosa
demonstraram, inequivocamente, como
Pinheiro Torres que nesta e em todas as
Maria Seabra (CS Regado) e Senhor Dr.
sentem a ODPS.
festas em que participa, temos sempre o
João Ricardo Nunes (CS Fonte da Mou-
A nós, membros do Conselho de
prazer de ouvir.
E para nós é muito bom
Dançar neste arraial
Porque nesta festa de São João
Fazemos um festival
Temos cá os nossos superiores
A festejar a festa na nossa companhia
5LZ[LHYYHPHSJOLPVKLÅVYLZ
Que são os nossos Centros de Dia
E vamos dançar e sorrir
Com o coração bem alegre
Porque viemos cá nos divertir
A tristeza que vá ao diabo que a leve
Senhor Presidente muito obrigado
E agradecemos a toda esta Direção
Que por Deus sejam abençoados
Por nos oferecer esta festa do São João
Cá viemos às sardinhas assadas
Para a festa do São João
Já estamos uns dias atrasados
Mas o São Pedro entra nesta reinação
Mas hoje não temos tristeza
A comer as sardinhas e pão
E para nós é uma riqueza
Neste lugar a festa de São João
Às Senhoras Doutoras agradecemos
E às funcionárias também
Porque de todas elas recebemos
Todo o carinho que elas nos têm
Porque é uma festa bem desejada
Sempre com muita alegria
É uma festa bem festejada
Para estes idosos cheios de folia
Fomos convidados para cá vir
Que os nossos superiores nos convidou
Toda a tarde nos vamos rir
Com paz e alegria no coração
Estamos perto da Senhora da Saúde
E uma Avé Maria lhes vamos rezar
Que na enfermidade nos ajude
Para mais vezes cá voltar
D. Emília Rodrigues
João Miguel Pratas
Diretor do Economato, Logística e Manutenção
Mónica Taipa de Carvalho
Diretora dos Recursos Humanos e Jurídicos
Férias com obra 2013
A atividade “Férias com Obra”
ir ao encontro dos desejos das nossas
propício ao desenvolvimento de cada
regressou, pelo quarto ano consecuti-
crianças, cumprindo simultaneamente
JYPHUsH"
vo, à Obra Diocesana de Promoção So-
as expetativas dos respetivos encarre-
cial. Este ano, a inovação e a qualidade
gados de educação.
• A participação na vida em
grupo e a oportunidade de inserção na
foram os pila-res desta parceria com a
Apesar do seu caráter emi-
ZVJPLKHKL"
Múltipla Escolha. As “Férias com Obra”
nentemente lúdico, esta atividade teve
•A
renovaram-se e surgiram melhoradas,
VIQL[P]VZ ILT KLÄUPKVZ KVZ X\HPZ ZL
criança encontrar os seus objetivos, de
com novas atividades, novos destinos
destacam:
acordo com as necessidades, aspira-
e novas atrações. Assim, pretendeu-se
• A promoção de um ambiente
Ano VIII . n.º32 . Trimestral . Setembro 2013
possibilidade
sLZLZP[\HsLZWY}WYPHZ"
35
de
cada
36
Obra Diocesana de Promoção Social
rios dias. Distinguiram-se, entre outras,
• A oportunidade de novas ex-
Este campo de férias con-
periências, através de atividades peda-
tou com a presença de cerca de 800
gógicas e de lazer, orientadas nesse
crianças, que inici-aram o seu período
• Crazy Games – jogos hila-
ZLU[PKV"
de férias com um saudável e animado
riantes que ajudaram as crianças a da-
espírito de camarada-gem, repleto de
rem largas à imaginação.
• A obtenção de um grau positivo e complementar da educação fa-
diversão e atividade física.
as seguintes:
• Bootcamp – entretenimentos
Ao longo do mês de Julho,
de exercícios militares que serviram
Mais uma vez este sucesso só
as iniciativas foram uma constante e
para as cri-anças levarem o seu ima-
foi possível devido ao enorme empe-
pautaram-se pela diversidade, mas
ginário para brincadeiras de “super-
nho e experi-ência de toda a equipa
também pela originalidade. As com-
-heróis”.
envolvida – monitores, educadoras de
ponentes desportivas e re-creativas
• Praia – sol, areia e água do
infância e ajudantes de ação educativa.
complementaram-se ao longo dos vá-
mar, mas também a iniciação ao surf,
miliar e esco-lar.
ÄaLYHTKLZ[LKPHVTHPZLU[\ZPHZTHU-
como mú-sica, dança e defesa pes-
‹ 0UZ\Åm]LPZ
te.
soal.
• Piscina de bolas e piscina de
água.
• Multidesportos – diversidade,
• Ominkin – neste dia preten-
alegria, espírito de cooperação e muita
deu-se que as crianças experimentas-
liberta-ção de energia foram os mo-
sem novas modalidades desportivas
mentos altos deste dia.
que normalmente não estão ao seu
Para todos foi consensual que
alcance (kin-ball, unihockey, jogos com
as “Férias com Obra” propiciaram às
para-quedas).
crianças e jovem dias repletos de con-
• Radical – adrenalina foi a tónica deste dia, em que as emoções
Para as crianças da creche, as
fortes e novas experiências levaram à
superação.
• Workshop – uma diversidade
de estímulos de diferentes áreas, tais
atividades foram devidamente adapta-
• Dia “selvagem”, dia do cinema, dia da música e dia sensorial.
tacto com o meio ambiente, sempre
conjugado com muita animação.
das à sua faixa etária, merecendo destaque:
Ano VIII . n.º32 . Trimestral . Setembro 2013
37
38
Obra Diocesana de Promoção Social
Centro Social do Lagarteiro
4º Momento _ Tendo como fun-
grande entrega, de todo o amor e são
No dia 29 de Maio, pelas 16ho-
do musical o Avé Maria de Shubert,
o símbolo da maior dádiva e da maior
ras o Centro Social do Lagarteiro rea-
JHKH JYPHUsH VMLYLJL\ \TH ÅVY IYHUJH
dedicação.
lizou uma cerimónia na Igreja de S.
a Nossa Senhora. Os pais e utentes do
Pedro sob a orientação do Sr. Cónego
SAD ofereceram uma vela.
Cerimónia Mês de Maria
Milheiro.
5º Momento- Foram rezadas
Maria é promessa e esperança,
é ternura e solidariedade, é bondade e
amor.
A Cerimónia constou da co-
(]t 4HYPHZ LT JVUQ\U[V \TH WLSHZ
( LSH JVUÄHTVZ HZ UVZZHZ MYH-
memoração do mês de Maio/mês de
mães, outra pela ODPS, e outra pelas
quezas, os nossos sentimentos, as nos-
Maria/ mês das Mães, do sentido e de
crianças deste Centro).
sas limitações.
toda a simbologia que envolve este mês
dedicado a Maria.
A cerimónia teve vários momen-
O colo de Maria é maternal. Nele
6º Momento – A cerimónia encerrou com um cântico.
O branco foi a cor dominante na
encontramos o abrigo e consolo. Ela
conforta-nos e acalenta-nos.
Igreja, desde as roupas das crianças e
Tal como a criança encontra no
1º Momento - Cântico a “ Maria”.
KVZWHPZH[tnZ]LSHZLÅVYLZJVSVJHKHZ
colo de sua mãe todo o carinho, ternura
2º Momento – Saudação do
no altar, como símbolo da paz, da pu-
e afeto.
Sr.Cónego Milheiro , onde explica o sen-
reza, da espiritualidade, e da inocência.
tos:
tido do mês de Maria/ mês das Mães
¢4VTLU[V6YHsqVLTJVUjunto a Nossa Senhora.
Ela é a mãe Celeste das Mães.
Maria foi o maior símbolo e FÉ,
O Nosso culto a Maria, Rainha
KL JLY[LaH KL ÄKLSPKHKL L KL LU[YL-
de todos os Anjos e Santos é de SUMA
ga. Também as mães são dotadas de
VENERAÇÃO – HIPERDÚLIA.
Centro Social do Cerco
Terço Vivo
nhor Pároco Milheiro da Paróquia de
dagem inovadora mas que não ferisse
O mês de maio, mês de Maria,
Nossa Senhora do Calvário na condu-
a fé e espiritualidade que o momento
ção desta celebração.
de oração do Santo Rosário requer, as
HMLJ[\VZxZZPTH4qLKVZÄtPZJH[}SPJVZ
é um mês dedicado à Santíssima Vir-
Tivemos ainda a honra de con-
orações foram sobretudo cantadas em
gem, tendo como centro as orações
tar com a presença do Exmo. Senhor
bonitas melodias. O salão polivalente
dedicadas a Ela, em especial o Santo
Américo Ribeiro, presidente da ODPS,
foi previamente decorado com motivos
Rosário.
do Exmo. Senhor Pedro Pimenta em
alusivos a Maria e foi preparado um pe-
Neste sentido, o Centro Social
representação do Conselho de Admi-
queno altar com a imagem de Nossa
Cerco do Porto promoveu e organizou
nistração, dos Exmos. Diretores de Ser-
Senhora. As crianças foram sentadas
no passado dia 29 de maio a atividade
viço Dr. João Pratas e Dr. Carlos Pereira
KL TVKV H JVUÄN\YHYLT \T JVYHsqV
“Terço Vivo” que contou com a cola-
e dos Exmos. coordenadores dos dife-
representando o “coração de Maria” e a
boração de todas as valências e teve
rentes Centros da nossa Instituição.
simbolizarem as “contas” do Terço que
como convidado principal o Exmo. Se-
Procurando efetuar uma abor-
[LYTPUH]HTU\THJY\aKLÅVYLZ
Paralelamente a esta atividade
Com a participação ativa de
Esta atividade resultou da coo-
foi dado a conhecer o nosso livro “Me-
crianças, idosos e colaboradores a di-
peração, empenho, vontade e esforço
mórias de Fé”, fruto da colaboração e
namização da atividade “Terço Vivo”
partilhados por todos na concretização
recolha de orações, efetuada por todos
permitiu vivenciar o espírito de oração e
deste evento, pelo que, gostaríamos de
os utentes dos centros, em especial os
visou sensibilizar os “mais novos” para a
sublinhar o nosso obrigado pela pre-
mais idosos – exemplos vivos de conhe-
PTWVY[oUJPH KL TVTLU[VZ KL YLÅL_qV
sença, colaboração e fé manifestada
cimento e saber.
partilha e comunhão.
nesta celebração.
*LU[YV:VJPHSKL:;VTt*HYYPsHSL9LNHKV
Festa da Luz
palavras do Anjo Gabriel “AVE MARIA,
familiares dos nossos clientes e colabo-
5V KPH KL 4HPV UV *LU[YV
CHEIA DE GRAÇA, O SENHOR É CON-
radores ajudaram a brilhar “UMA LUZ
VOSCO”.
PEQUENINA”.
Social de S. Tomé celebrou-se a Festa
da Luz, com a colaboração de clientes
A EXPRESSÃO DE Fé foi cele-
A festa terminou com um sau-
(idosos e crianças) dos Centros Sociais
brada em cada momento da festa, na
dável convívio intergeracional, animado
de S. Tomé, Carriçal e Regado.
procissão, no momento da luz e do
com fado e um saboroso lanche.
O salão encheu-se de PES-
compromisso, na Oração do terço, nos
Centro Social de S. Tomé
SOAS movidas de devoção a Maria. Tal
cânticos e até nas palavras do senhor
Maria Florinda Rodrigues
como Maria também nós cristãos acre-
Pedro Pimenta!
(animadora cultural)
ditamos na palavra de Deus e neste dia
A presença do nosso amigo e
agradecemos-lhe por Ela ter aceitado
administrador Sr. Pedro Pimenta e das
ser a Mãe de Jesus, e a melhor maneira
Diretoras de Serviço, Dras. Mónica Tai-
de o fazer foi saudá-la com as mesmas
pa e Margarida Monteiro, assim como
Ano VIII . n.º32 . Trimestral . Setembro 2013
39
40
Obra Diocesana de Promoção Social
Centro Social de Pinheiro Torres
“Partilhar a Fé com Maria”
partilhando connosco o espirito de Paz
O.D.P.S e o Exmo. Senhor Dr. João
Em comunhão com Deus e Ma-
e Amor que se fez sentir nesta atividade.
Pratas, Diretor de Serviços da O.D.P.S.
ria, durante o mês de Maio quisemos
Fundamental para a realização
Estas presenças vieram enaltecer e en-
renovar e reforçar a nossa fé com a ora-
deste momento de confraternização
riquecer ainda mais esta celebração,
ção de Maria.
foi a preciosa cooperação de Sr. Padre
que se tem vindo a tornar-se um hábito
Domingos, que mais uma vez nos guiou
deste centro.
(ZZPT UV KPH KL 4HPV MVP
o culminar das celebrações à virgem.
5VÄUHSVHKL\Zn=PYNLTKLP-
neste percurso de Fé.
Realizamos uma demonstração de Fé,
Estiveram presentes os Centros
xou todos os presentes emocionados
através de uma procissão que teve iní-
Sociais da Fonte da Moura, Rainha D.
L U\T NLZ[V LZWVU[oULV ÄaLYHT JHPY
cio no Centro Social de Pinheiro Torres
Leonor, Pasteleira, Machado Vaz, São
sobre a Virgem uma chuva de pétalas
e terminou na capela de Santa Ana. Foi
Tomé, Regado. São João de Deus e
de rosas.
uma relação fraterna com os que acre-
*LYJV KV 7VY[V X\L ZL ÄaLYHT YLWYL-
Estes momentos de partilha são
ditam e partilham os mesmos valores, a
sentar pelos seus responsáveis de cen-
sempre únicos e dão-nos a força ne-
mesma esperança e a mesma Fé.
[YVLHSN\UZJSPLU[LZKH¡PKHKL
cessária para vivermos os nossos dias
De realçar que este ano a co-
Estiveram também presentes o
com o Amor materno e fraternal que a
munidade se envolveu e esteve mais
Exmo. Senhor Pedro Pimenta, mem-
Virgem Maria transmite aos nossos co-
presente neste momento de oração,
bro do conselho de administração da
rações.
Pedro Pimenta
Vogal do CA da ODPS
Concerto de Primavera
/m\THWYPTH]LYHLTJHKH]PKH!tWYLJPZVJHU[mSHHZZPTÅVYPKHWVPZZL+L\ZUVZKL\]VaMVPWHYHJHU[HY,ZL
\TKPHOLPKLZLYW}JPUaHLUHKHX\LZLQHHTPUOHUVP[L\THHS]VYHKHX\LTLZHPIHWLYKLY¯WHYHTLLUJVU[YHY¯
( Florbela Espanca)
A primavera é uma festa de co-
O auditório esteve repleto, com
neste Centro.
res, melodias, representa a boa dispo-
O concerto iniciou com a canção
um ambiente caloroso e animado. As ex-
sição, a alegria, e tudo isto esteve pre-
“Um dia perfeito”, seguindo-se a marcha
pressões faciais dos pais evidenciavam
sente no concerto da Primavera que se
“ Zebra Zé” e uma dança de roda apre-
VVYN\SOVLHMLSPJPKHKLLT]LYVZÄSOVZ
YLHSPaV\UVKPHKL1\UOVWLSHZ!
sentada pela sala dos 2 anos. Fez ainda
em palco com atuações tão bonitas.
no auditório da ODPS: Centro Social da
parte do evento números com ocarinas
Contamos com a agradável pre-
Pasteleira.
e Ukulelés, havendo também momentos
sença do Presidente do Conselho de Ad-
activida-
de percussão desenvolvidos pelo grupo
ministração Sr. Américo Ribeiro e o vogal
de realiza-se com o objectivo de divul-
KV7Yt,ZJVSHYLHUVZLJVSHIVYH-
do CA, Sr. Pedro Pimenta, que enaltece-
gar aos pais e comunidade em geral, o
doras.
ram a inovação dos números apresenta-
Habitualmente,
esta
trabalho de expressão musical desen-
Terminou com um coro constituí-
dos, assim como o empenhamento e a
volvido durante o ano lectivo. Realça o
do por todas as crianças e os idosos do
responsabilidade evidenciada por todos
empenhamento e a qualidade do traba-
Centro de Dia, solicitando a participação
os colaboradores.
lho da Professora Margarida Almonde,
entusiástica do público, com a já habitual
Motivamo-nos e esforçamo-nos
assim como demonstra o compromisso
música do ” Epo i tai tai é”, e um novo êxi-
porque acreditamos que “a música é ce-
assumido por todos os colaboradores e
[V¸7YPTH]LYHLTÅVY¹WVLTHJYPHKVWVY
leste, de natureza divina e de tal beleza
a cooperação intergeracional presente
Margarida Almonde e melodia de Frank
que encanta a alma e a eleva acima da
em todas as actividades desenvolvidas
Sinatra (wonderfull world).
sua condição” (Aristóteles).
Ano VIII . n.º32 . Trimestral . Setembro 2013
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Obra Diocesana de Promoção Social
espaço
solidario
mensagens recebidas sobre o novo
A FÉ CRISTÃ
A verdadeira fé cristã não é uma simples ideologia,
nem uma pura crença religiosa monoteísta;
Superando efetivamente as capacidades naturais da mente humana,
t\THVWsqVWLZZVHS\THSP]YLHKLZqVWLSH¸H\KP[\ZÄKLP¹
ao Deus pessoal que se apresenta e revela
como Pai, Senhor e Irmão, oferecendo uma aliança
KLHTPaHKLLZ[m]LSLKPUHTPaHKVYHKL]PKH
[YHK\aPKHLTJVT\UOqVLÄKLSPKHKLHLSL
pelos mandamentos assimilados e na aceitação ativa dos irmãos,
JVUJYL[PaHKHU\TH]PKHKLMtL
segundo a fé explicita e vivida na prática da vida.
O autêntico crente é um constante convertido
que acolhe e estabelece uma corrente de vida
com Cristo, morto e ressuscitado, que o esclarece, anima
e fortalece, lançando-o para a vida de trabalho competente,
honesto e de solidariedade partilhada.
A vida do crente é alegre, dialogante, participativa
LLÄJHaUH0NYLQHLVT\UKVKPZ[PUN\PUKVS\JPKHTLU[L
o bem e o mal, opta pelo bem maior ou, eventualmente,
pelo mal menor, sempre empenhado, de modo
esclarecido, coerente e responsável nas tarefas
mais urgentes segundo os critérios da consciência
moral esclarecida e estimuladora.
Frei. Bernardo Domingues, o.p
Testemunho/Gratidão
Ao
Conselho de Administração da
Obra Diocesana de Promoção Social
Eu, …., colaboradora da Obra Diocesana, há .. anos, sinto-me orgulhosa
KLMHaLYWHY[LKLZ[HMHTxSPHVUKLWHY[PSOV[VKVZVZKPHZTVTLU[VZKL
grande alegria e solidariedade.
A ODPS é uma Instituição solidária, que sempre me transmitiu amor e
JHYPUOVWHYHJVTVZTL\ZÄSOVZX\LWHZZHYHTWLSVZ*LU[YVZ:VJPHPZ
¯L¯LWHYHJVTPNVJVTVWYVÄZZPVUHS
Aprendi ao longo destes anos, convivi com utentes e famílias e pude
partilhar valores da vida como carinho e amor, tendo recebido muito da
própria Instituição.
Sempre vi a ODPS com o lema: ajudar pessoas (“Pessoas a sentirem
Pessoas).
67YVQLJ[V¸-HaLY:VYYPYH:VSPKqV¹VUKLL\TLZTHJVTJHYPUOVHQ\KPV
como voluntária, levando uma palavra e um gesto amigo a todos os
\[LU[LZX\LLUJVU[YHTVZZ}ZUVZZL\ZSHYLZtT\P[VNYH[PÄJHU[LWHYH
mim como ser humano.
Um dia, através da minha Coordenadora, …, esse “sentir” chegou a minha casa, à minha família.
*OVYLPUVWYPTLPYVKPHLTX\LV*VSLNH¯SL]V\HTPUOHJHZHVJHIHa
de alimentos para nos ajudar a ultrapassar um momento menos fácil da
vida, devido à situação de desemprego do meu marido. Aí senti que
o apoio, que se dá todos os dias aos nossos utentes, também
chega até nos colaboradores.
Eu e a minha família agradecemos do fundo do coração a força e a
sensibilidade que partilharam connosco.
Caro amigo Sr. Américo Ribeiro
Estou em tempo de férias. Um privilégio que não pode chegar a todos.
Sei de pessoas muito próximas, que em seus desabafos, procuram tempo de trabalho, tempos e oportunidades para responder às situações
dramáticas que vivem as sociedades europeias.
Trouxe, na minha bagagem literária, o Espaço Solidário que sempre
me provoca e leva a um exame de consciência normal, como solidária
convosco nesta e noutras causas, embora de âmbito mais pequeno,
mas que ganham força pela quotidianidade com que nos confrontam.
,Z[HTVZ ULZ[H IHYJH JVT\T KL KPUHTPZTV L]HUNLSPaHKVY JVT L LT
igreja, que dia a dia, nas suas múltiplas formas e pessoas, está atenta
em responder com realismo e esperança, esperança crítica como bem
refere o padre Lino Maia ao despertar o Estado Social para as suas
responsabilidades.
É sempre grato ler os artigos de opinião de pessoas com quem convi]LTVZKLWLY[VLUVZTLYLJLTH[LUsqVLZLU[PTLU[VZKL\THHTPaHKLX\LWLYK\YHWHYHHStTKV[LTWV9LÄYVTLHV*}ULNV9\P6Z}YPV
WYVMLZZVY KL ÄSVZVÄH L NYHUKL JVSHIVYHKVY JVUUVZJV UH LK\JHsqV L
defesa dos valores superiores no nosso Colégio da Bonança em Gaia.
Um homem de encontro, de diálogo e relação e por isso, credível nos
HWLSVZX\LMHanUV]HMHU[HZPHKHJHYPKHKLpara que triunfe, como ele
escreve, a humanidade contra todos os riscos que a põem em causa.
Embora num silêncio mais prolongado devido a compromissos que não
me permitiram deixar um eco à nossa revista que, apesar das vicissitudes dos tempos que são nossos, cresce em qualidade, substância e
LTWLUOVZHWYV]LP[VLZ[L[LTWVKLWH\ZHWHYHTH[LYPHSPaHYLZ[LKLZLQV
X\LIYV[HKL\TWLYJ\YZVX\LMHaLTVZ[VKVZUHTLZTHIHYJHKHZVlidariedade samaritana!
*VTV KPa L T\P[V ILT V TLZ[YL LT ZVSPKHYPLKHKL UVZZV HTPNV 7L
4HPHH]VU[HKLtVZLNYLKVKV[YP\UMV5HZ\HYLÅL_qVZVIYLV7VKLY
LH=VU[HKLMVPT\P[VMLSPaLTUVZYLJVYKHYVX\LKPaLTVZNYHUKLZ
como A. Einstein: Há uma força motriz mais poderosa que o vapor,
a eletricidade e a energia atómica: a vontade. E esta força perpassa
[VKVZ VZ MLP[VZ L ZVUOVZ KL ILTMHaLY KV 6IYH +PVJLZHUH KH UVZZH
cidade invicta.
Um outro mundo se constrói com homens e mulheres de boa vontade.
Não uma vontade qualquer, mas uma especial e persistente boa vontade! Como a vossa!
Contem sempre com a poderosa força do Alto. Com a força dos amigos!
Pela confhic- imac
Exmo. Senhor Presidente,
Senhor Américo Ribeiro
Não preciso de muitas palavras para V.Exª. compreender que, se não me
tenho “feito presente”, algo de grave me está acontecendo…
- 91 anos e meio…!
- solidão humana…!
KPÄJ\SKHKLLTZHPYKLJHZH¯
- e mais…
É óbvio imaginar!
Agradeço muito o Espaço Solidário de Junho. Em grande relevo as exortações fortes, sucintas, cheias de espírito e vida do Papa Francisco que
nos arrebata a todos.
Bendito seja Deus. Na alegria e na dor bendigamos o Senhor!
Dolorosa foi e é, a ausência de D. Manuel Clemente.
(L]VJHsqVX\LÄaLYHTUH9L]PZ[HJVUZVSH¯
Envio o cheque de 40,00 euros mas porque tenho rareado as ofertas,
WLSHZ]mYPHZYHaLZX\L=,_¡JHSJ\SH
Saudações fraternas respeitosamente
Maria Teresa Morais - Trofa
+HTPUOHWHY[L[vTLTTPT\THJVSHIVYHKVYHMLSPaJVTHX\HSWVKLT
JVU[HYJVT[VKVVHTVYLWYVÄZZPVUHSPZTV
Com carinho e dedicação agradeço a toda a Administração da ODPS!
…
Colaboradora da ODPS
Senhor Presidente,
(NYHKLsVHNLU[PSLaHKHVMLY[HKVU¢KH9L]PZ[H,ZWHsV:VSPKmYPVL
felicito a Obra Diocesana de Promoção Social pela meritória actividade
que, com tanta dedicação, vem desenvolvendo na diocese do Porto.
Cordialmente, apresento a expressão da minha consideração
+ Rino Passigato - Núncio Apostólico
Senhor Dra. Aurora,
Com a dolorosa notícia da morte do meu marido, venho agradecer de
todo o coração, todos os cuidados que recebi, quer da Sra. Dra. Aurora
X\LYKL;VKHZHZM\UJPVUmYPHZX\LYKHZLJYL[HYPH:VÄHX\LYKHZX\L
aqui prestaram cuidados, a quem peço que sejam dados também os
meus agradecimentos.
Muito grata,
TU E OS OUTROS
Fala às pessoas. Não há nada tão agradável como uma palavra amiga
e sincera.
Sorri às pessoas, a todas as pessoas. Lembra-te de que accionamos
KLaLUHZKLT‚ZJ\SVZWHYHMYHUaPYH[LZ[HLHWLUHZWHYHZVYYPYJVT
simpatia.
Chama as pessoas pelo seu nome. A música mais suave para muitos
ainda é ouvir o seu próprio nome com respeito.
:vHTPNVÄLSLWYLZ[m]LS"ZLX\PZLYLZ[LYHTPNVZZvHTPNVSLHSLKPZponível.
Sê cordial. Fala e procura agir com verdade e sinceridade; tudo o que
ÄaLYLZMmSVJVTHSLNYPHKLKPJHsqVLYLZWLP[VH\[vU[PJV
Interessa-te sinceramente pelos outros. Lembra-te que sabendo o que
sabes, ainda não sabes tudo o que os outros sabem pelas experiências
de vida.
Sê pessoa generosa em elogiar, cautelosa em criticar. Os autênticos
SPKLYLZZHILTPUZWPYHYJVUÄHUsHLLSL]HYVZV\[YVZWHYHHI\ZJHKH]LYdade.
Numa controvérsia há sempre três lados a considerar: o teu, o do outro
e o lado de quem está certo. Cada opinião vale pelos argumentos inteligíveis que a suportam.
Não esqueças quatro comportamentos de um verdadeiro líder: escuta,
HWYLUKLHWYLJPHLLSVNPHVWVY[\UHTLU[LLZLTHaLK\TL
6X\LYLHSTLU[L]HSLUHUVZZH]PKHtHX\PSVX\LMHaLTVZWLSVZV\YVZ
JVTHTPaHKLJSHYP]PKLU[LLHQ\Z[HKHnZULJLZZPKHKLZHJ[\HPZKVZV\[YVZZLTU\UJHKLZPZ[PYKLMHaLYVILTH[LTWVLOVYHZ
Maria José Coutinho - Porto
Exmo. Senhor
Américo Joaquim da Costa Ribeiro
Presidente da Obra Diocesana de Promoção Social
Encarrega-me o Presidente da Comissão Europeia, Dr. José Manuel
+\YqV)HYYVZVKLHNYHKLJLYHJHY[HX\L=,_H8\PZMHaLYVMH]VYKL
LU]PHYHKL1\SOVWLSHX\HSSOL[YHUZTP[LVU¢KH9L]PZ[H¸,ZWHsV
Solidário”, que reteve toda a sua atenção.
Com os meus melhores cumprimentos
Raquel Lucas, Dra.
Exmo. Senhor
Presidente do Conselho de Administração da
Obra Diocesana de Promoção Social
Encarrega-me Sua Excelência o Ministro da Solidariedade e da SeguYHUsH:VJPHSKLHJ\ZHYHYLJLWsqVKHJHY[HKH[HKHKLKL1\SOVKL
LHNYHKLJLYH=,_¡VLU]PVKH9L]PZ[H¸,ZWHsV:VSPKmYPV¹
Com os melhores cumprimentos
Gabriel Osório de Barros, Dr.
Chefe do Gabinete
Fr. Bernardo Domingues. o.p.
Amigos em crescendo!
Donativos de 20 de Junho a 27 Setembro de 2013
Contribuição
30,00 €
Anónimo
A.M.M.
Anónimo
Anónimo
Assembleia de Padres da Cidade do Porto
Frei José Pinto
100,00 €
30,00 €
300,00 €
170,00 €
20,00 €
Descrição
Contribuição
José Miguel Vieira Marques Teixeira, Dr.
Luciano Lopes Pascoal
Minhomédica - Equip. Médico e Hospitalar, Lda.
MTDTM
Rui Miguel Vieira Marques Teixeira, Dr.
Seppo Tahvanainen
Liga dos Amigos da Obra Diocesana
Já se fez Amigo da Liga?
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Pode ser Mensal, Anual ou Único
Envie por cheque à ordem de
OBRA DIOCESANA DE PROMOÇÃO SOCIAL
ou através do NIB - 007900002541938010118
Sabia que o seu donativo é dedutível no IRS (Decreto-Lei 442-A/88, art. 56º., nº.2, alínea B e nº. 1 RC (artº. 40º., nº. 3)
Ano VIII . n.º32 . Trimestral . Setembro 2013
43
125,00 €
50,00 €
606,29 €
40,00 €
125,00 €
200,00 €
Obrigado!
Descrição
Download

Espaço Solidário nº 32 - Obra Diocesana de Promoção Social