UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO BRUNO MANNATO ANGIUS Relatório de Avaliação da Gestão Estratégica do Laboratório de Tecnologias de Apoio a Redes de Colaboração - LabTAR VITÓRIA 2014 1 BRUNO MANNATO ANGIUS Relatório de Avaliação da Gestão Estratégica do Laboratório de Tecnologias de Apoio a Redes de Colaboração – LabTAR Relatório integrante do trabalho de conclusão do curso de Engenharia de Produção da Universidade Federal do Espírito Santo – UFES, como requisito para a obtenção do grau de Engenheiro de Produção. Professora Orientadora: Miriam de Magdala Pinto. VITÓRIA 2014 2 SUMÁRIO 1 O LABTAR ....................................................................................................... 6 2 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO INICIAL (SETEMBRO E OUTUBRO/2012) ........................................................................................................ 7 2.1 ENCONTRO 1: APRESENTAÇÃO DOS CONCEITOS BÁSICOS DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E DA METODOLOGIA A SER UTILIZADA. ........ 8 2.1.1 APRESENTAÇÃO DOS OBJETIVOS DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, METODOLOGIA E CRONOGRAMA DOS ENCONTROS. .............. 8 2.1.2 ATIVIDADE 1: APRESENTAÇÃO ORAL INTRODUTÓRIA PELO FACILITADOR DO CONCEITO DE MISSÃO, DINÂMICA DE BRAINSTORMING E FORMAÇÃO DE CONSENSO SOBRE A MISSÃO DO LABTAR. .............................. 8 2.1.3 ATIVIDADE 2: APRESENTAÇÃO ORAL INTRODUTÓRIA PELO FACILITADOR DO CONCEITO DE VISÃO, DINÂMICA DE BRAINSTORMING E FORMAÇÃO DE CONSENSO SOBRE A VISÃO DO LABTAR. ............................... 12 2.1.4 ATIVIDADE 3: COLORINDO A VISÃO ....................................................... 13 2.1.5 ATIVIDADE 4: DEFINIÇÃO DOS VALORES DO LABTAR ......................... 15 2.1.6 ATIVIDADE 5: APRESENTAÇÃO ORAL PELO FACILITADOR DE ANÁLISE SWOT. ...................................................................................................... 15 2.2 ENCONTRO 2: ANÁLISE SWOT E CONSTRUÇÃO DO MAPA ESTRATÉGICO......................................................................................................... 16 2.2.1 ATIVIDADE 1: CONSOLIDAÇÃO DA ANÁLISE SWOT DO LABTAR A PARTIR DAS CONTRIBUIÇÕES INDIVIDUAIS TRAZIDAS PELOS PARTICIPANTES ...................................................................................................... 17 2.2.2 ATIVIDADE 2: CONSTRUÇÃO DO MAPA ESTRATÉGICO ....................... 18 2.3 ENCONTRO 3: DEFINIÇÃO DOS INDICADORES ........................................ 21 2.4 ENCONTRO 4: DEFINIÇÃO DAS INICIATIVAS ............................................ 24 2.4.1 ENCONTRO 5: DEFINIÇÃO DE METAS .................................................... 27 3 3 AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO.............................................................. 29 3.1 1ª RODADA (MARÇO DE 2013) .................................................................... 30 3.2 2ª RODADA (JULHO DE 2013). ..................................................................... 33 3.3 3ª RODADA (NOVEMBRO DE 2013) ............................................................. 37 4 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO – 2º CICLO (JANEIRO E FEVEREIRO DE 2014) ................................................................................................................... 43 4.1 4.1.1 ENCONTRO 1: REVISÃO DA MISSÃO, VISÃO E VALORES DO LABTAR. . 43 ATIVIDADE 1: APRESENTAÇÃO ORAL INTRODUTÓRIA PELOS FACILITADORES DOS CONCEITOS DE MISSÃO E DINÂMICA DE BRAINSTORMING E REVISÃO DA MISSÃO DO LABTAR. ..................................... 44 4.1.2 ATIVIDADE 2: REVISÃO DA VISÃO DO LABTAR. .................................... 45 4.1.3 ATIVIDADE 3: COLORINDO A VISÃO ...................................................... 46 4.1.4 ATIVIDADE 4: APRESENTAÇÃO ORAL DA ANALISE SWOT .................. 47 4.2 ENCONTRO 2: REVISÃO DOS VALORES DO LABTAR, ANÁLISE SWOT, CONSTRUÇÃO DO MAPA ESTRATÉGICO. ............................................................ 47 4.2.1 ATIVIDADE 1: REVISÃO DOS VALORES.................................................. 47 4.2.2 ATIVIDADE 2: ANÁLISE SWOT ................................................................. 48 4.2.3 ATIVIDADE 3: CONSTRUÇÃO DO MAPA ESTRATÉGICO. ...................... 49 4 4.3 ENCONTRO 3: FINALIZAÇÃO DA CONSTRUÇÃO DO MAPA ESTRATÉGICO......................................................................................................... 50 4.4 ENCONTRO 4: DEFINIÇÃO DE INDICADORES DE DESEMPENHO........... 51 4.5 ENCONTRO 5: DEFINIÇÃO DE RESPONSÁVEIS PELAS INICIATIVAS ..... 54 4.6 ENCONTRO 6: DEFINIÇÃO DE METAS ....................................................... 58 5 ANÁLISE CRÍTICA ........................................................................................ 60 5.1 A EXPERIÊNCIA DE PARTICIPAR DE UM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO......................................................................................................... 60 5.2 IDENTIDADE .................................................................................................. 61 5.3 ATIVIDADE COLORINDO A VISÃO ............................................................... 62 5.4 ANÁLISE SWOT ............................................................................................. 63 5.5 DEFINIÇÃO DE INDICADORES E METAS.................................................... 64 5.6 PLANOS DE AÇÃO ........................................................................................ 65 5.7 OBJETIVOS ESTRATÉGICOS ...................................................................... 67 5.8 RELAÇÕES CAUSAIS ................................................................................... 72 5.9 REPLICAÇÃO ................................................................................................ 72 5.10 SUGESTÕES E PRÓXIMOS PASSOS .......................................................... 73 5 1 O LABTAR O Laboratório de Apoio a Redes de Colaboração – LabTAR está vinculado ao Departamento de Engenharia de Produção da Universidade Federal do Espírito Santo, UFES, sendo, no entanto, um laboratório multidisciplinar do qual participam professores, estudantes e bolsistas ligados aos Departamentos de Informática, Desenho Industrial e Engenharia de Produção da mesma universidade. No LabTAR são desenvolvidos projetos de pesquisa, de extensão e de inovação envolvendo as áreas de gestão da inovação, gestão do conhecimento, design da informação e de gerenciamento de projetos, em diferentes níveis de complexidade. É elemento central do Living Lab Habitat, uma rede de colaboração que integra academia, empresas, governo e organizações não governamentais – ONGs com o propósito de inovar visando à melhoria de condições habitacionais de populações de baixa renda. Além do Living Lab Habitat, o LabTAR também vem participando de outros projetos em rede como a Rede Ibero-americana de Pesquisa sobre os Novos Modelos de Inovação Aberta e Centrada nos Usuários, coordenada pela Espanha, e o projeto Housing, Manufacturing and Water – HMW, coordenado pela Alemanha. O LabTAR foi criado em 2010 como projeto estratégico do Estado do Espírito Santo com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Espirito Santo – FAPES e da UFES precisamente para ser o elemento facilitador do Living Lab Habitat que, no mesmo ano de 2010, recebeu o selo da European Network of Living Labs – ENOLL como um de seus membros. Em agosto de 2012, o projeto estratégico que financiou a criação do LabTAR foi finalizado e as professoras responsáveis pelo LabTAR perceberam a necessidade de se buscar a gestão estratégica do mesmo para nortear seus rumos e ações futuras. Foi feito o convite a este autor, então no último ano do curso de Engenharia de Produção, para que fizesse seu trabalho de conclusão de curso na Gestão Estratégica do LabTAR. O processo teve início em setembro de 2012 com o Planejamento Estratégico inicial. Durante o ano de 2013 foram realizadas três rodadas de monitoramento e ajustes do Plano estratégico e, nos meses de janeiro e fevereiro de 2014, o processo de planejamento foi realizado novamente. No mesmo mês de fevereiro, o primeiro ciclo 6 de gestão estratégica foi concluído com uma Reunião de Análise Crítica envolvendo apenas os quatro membros que participaram de todo o processo durante os dezesseis meses, incluindo o facilitador deste ciclo de gestão estratégica e orientadora. Este é o relatório do processo de Gestão Estratégica do LabTAR no período compreendido entre setembro de 2012 e fevereiro de 2014. Ele complementa o artigo intitulado Balanced Scorecard na prática da gestão de um laboratório acadêmico, preparado para submissão na Revista Ibero-americana de Estratégia. 2 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO INICIAL (SETEMBRO E OUTUBRO/2012) A primeira etapa do Planejamento Estratégico do LabTAR aconteceu nos meses de setembro e outubro de 2012, com a participação de doze membros do laboratório: cinco professoras e sete outros membros, dentre bolsistas e voluntários. O objetivo desta etapa foi definir a estratégia do LabTAR desde seu início, desenvolvendo primeiramente as afirmações de Missão, Visão e Valores e fazendo uma análise de cenário utilizando a análise SWOT, acrônimo em inglês para Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças. O Balanced Scorecard, um Sistema de Gestão Estratégica utilizado principalmente por empresas, foi adaptado e utilizado para desdobrar a Missão e a Visão em Objetivos Estratégicos organizados em um Mapa Estratégico. Após a formulação dos Objetivos Estratégicos do laboratório, foram definidos Indicadores de desempenho e metas que permitissem o controle e monitoramento do desempenho organizacional a fim de determinar o avanço do LabTAR rumo a sua Visão, contemplando sua Missão. Para atingir os Objetivos Estratégicos, foram propostos Iniciativas e Planos de Ação. Com esse conjunto de definições foi concluída a etapa 1 de Planejamento Estratégico, detalhada a seguir. 7 2.1 Encontro 1: Apresentação dos conceitos básicos de Planejamento Estratégico e da metodologia a ser utilizada. Membros presentes: Bruno Mannato Angius, aluno de Engenharia de Produção, facilitador do evento; Daniel Dutra Gomes, aluno de Desenho Industrial; Helena Mendivil Girardi, aluna de Engenharia de Produção; Larissa Honorato Veronez, aluna de Engenharia de Produção; Letícia Pedruzzi Fonseca, professora do Departamento de Desenho Industrial; Miriam de Magdala Pinto, professora do Departamento de Engenharia de Produção; Patrícia Alcântara Cardoso, professora do Departamento de Engenharia de Produção; Renata Silva Souza Guizzardi, professora do Departamento de Informática; Roberta Lima Gomes, professora do Departamento de Informática; e Yasmin Mendes Davies, aluna de Engenharia de Produção. 2.1.1 Apresentação dos objetivos do Planejamento Estratégico, metodologia e cronograma dos encontros. O início do primeiro encontro foi dedicado à explicação das vantagens de se construir um Planejamento Estratégico e dos objetivos de cada encontro, bem como um cronograma prévio das atividades de cada encontro. 2.1.2 Atividade 1: Apresentação oral introdutória pelo facilitador do conceito de Missão, dinâmica de brainstorming e formação de consenso sobre a Missão do LabTAR. 8 Figura 1: Facilitador apresentando conceito de Missão organizacional. Conceito de Missão “Uma afirmação de Missão define o propósito central de uma organização, o motivo de sua existência. A Missão examina a razão de ser da organização (...) e reflete a motivação dos funcionários para engajarem-se ao trabalho executado na empresa” (NIVEN, 2005, p. 90) Dinâmica Foi realizada dinâmica de brainstorming separando os participantes em dois grupos para levantamento das ideias sobre a Missão do LabTAR e, em seguida, o tempo foi dedicado à formação de consenso para definição da mesma a partir das ideias propostas. A Figura 1 e a Figura 2 ilustram momentos da apresentação do conceito de Missão pelo facilitador e da dinâmica feita em grupos para definição da Missão do LabTAR. 9 Figura 2: Momento do Brainstorming da definição da Missão. As propostas feitas pelo Grupo 1 foram: Fomentar oportunidades de interação entre academia, sociedade e empresas; Ajudar no gerenciamento de projetos; Dar suporte/apoiar a execução de atividades; Conectar entidades e pessoas; Impulsionar projetos empreendedores; Promover a interação entre alunos e empresas; Favorecer a troca de informações entre os membros; Diminuir a distância entre as potenciais fontes de investimento e os desenvolvedores; Sustentabilidade; Desenvolver projetos inovadores com caráter social; Prover uma plataforma de TI (Tecnologia da Informação); Prover oportunidades de pesquisas aplicadas; Estimular o trabalho colaborativo; e Identificar competências para trabalhos e pesquisas colaborativas. 10 As propostas feitas pelo Grupo 2 foram: Apoiar trabalho em rede; Inovar; Colaborar; Interdisciplinaridade; Gerenciar Projetos em redes; Gerar conhecimento em redes de colaboração; Fazer gestão do conhecimento; Desenvolver/Produzir/Gerar/Contribuir tecnologias; Ser elo entre universidade e sociedade não acadêmica; Fazer pesquisa relacionada à inovação e redes; Viabilizar e fomentar projetos em rede; Ajudar a sociedade; Desenvolver Ferramentas; Desenvolver projetos externos; Identificar necessidades das comunidades; Gerar tecnologias de apoio a projetos de inovação em redes; Gerar dinâmicas de colaboração entre os atores da rede; e Captar recursos para projetos. A Missão do LabTAR foi definida como: “Fomentar a criação e o desenvolvimento de redes de colaboração envolvendo os diversos segmentos da sociedade e prover tecnologias de apoio aos processos de trabalho nessas redes.” (Em inglês: Encourage the creation and development of collaborative networks involving diverse segments of society and provide assistive technologies to support the work on these networks.) 11 2.1.3 Atividade 2: Apresentação oral introdutória pelo facilitador do conceito de Visão, dinâmica de brainstorming e formação de consenso sobre a Visão do LabTAR. Conceito de Visão organizacional A Visão de uma organização determina onde ela quer estar no futuro, significa “a transição crítica entre a Missão indiscutível e os Valores centrais e o mundo vigoroso e dinâmico da estratégia” (NIVEN, 2005, p. 103). Dinâmica Foi realizada nova separação em dois grupos para dinâmica de brainstorming visando o levantamento de ideias sobre a Visão de futuro do LabTAR e depois formação de consenso para definição da mesma a partir de todas as ideias propostas. As propostas feitas pelo Grupo 1 para a Visão foram: Alcançar visibilidade no âmbito estadual sendo reconhecido em tecnologias de apoio a redes de colaboração; Alcançar visibilidade no meio acadêmico nacional e internacional nas áreas de pesquisa do laboratório; Alcançar autossuficiência financeira; Ter produtos e processos consolidados de apoio aos processos de rede de colaboração (um em cada competência do laboratório); e Estar envolvido em 10 redes de colaboração. As propostas feitas pelo Grupo 2 foram: Atrair os melhores (alunos/professores/colaboradores/empresas/ONGs, etc); Tornar-se um laboratório de referência de apoio a redes; Ser procurado por empresas; Tornar-se canal de divulgação de projetos e resultados das experiências de colaboração em rede; Ser reconhecido como um agente de transformação e causador de impacto; Ser referência internacional em pesquisas sobre redes de colaboração; 12 Ser modelo de replicação; e Ser agente de integração e mediação entre os segmentos da sociedade. A Visão do LabTAR foi definida como sendo: “Ser reconhecido como agente de integração, transformação e causador de impacto positivo na sociedade e ser referência nas áreas de competência do laboratório.” (Em inglês: To be recognized as one transformation and integration agent, causing positive impact on society and to be a reference in the areas of competence of the laboratory.) 2.1.4 Atividade 3: Colorindo a Visão A atividade de colorir a Visão facilita a visualização por parte do grupo de quão perto ou distante a organização encontra-se de atingi-la. A visualização é obtida pelo uso das cores verde, amarela ou vermelha que são atribuídas às palavras ou expressões chave que estão expressas na Visão. Assim, os elementos da Visão que tiverem sido coloridos de verde, são considerados próximos ou fáceis de serem alcançados, enquanto no outro extremo, aqueles que ficarem coloridos de vermelho são aqueles mais distantes. Para realizar esta atividade, primeiramente, cada participante escreve numa folha de papel a Visão definida para a organização e, a seguir, com gizes de cera de cores vermelha, amarela e verde, pinta as palavras que considera chave na Visão de acordo com om grau de proximidade que considera que a organização está de alcançar aquele ponto Ao final, a Visão é pintada comunitariamente, de acordo com as percepções gerais dos participantes em cada palavra ou expressão-chave. Este exercício visa criar um panorama geral com as impressões dos membros acerca dos pontos onde a organização precisa atuar mais fortemente para alcançar a Visão estabelecida. Este é um exercício que, por seu caráter lúdico, costuma agradar a todos e gerar maior entendimento sobre a organização. A Visão colorida é mostrada na Figura 3 e na Figura 4. 13 Figura 3: Membro do LabTAR e seu exercício “Colorindo a Visão”. A Visão colorida do LabTAR ficou sendo: Ser reconhecido como agente de integração, transformação e causador de impacto positivo na sociedade e ser referência em pesquisa nas áreas de competência do laboratório. Figura 4: Facilitador mostrando o resultado final do exercício “Colorindo a Visão”. 14 2.1.5 Atividade 4: Definição dos Valores do LabTAR Os Valores do LabTAR foram mantidos como estavam previamente estabelecidos por terem sido considerados, por unanimidade, válidos. São eles: Colaboração; Transdisciplinaridade; Compartilhamento; Excelência; e Humanização dos relacionamentos. 2.1.6 Atividade 5: Apresentação oral pelo facilitador de análise SWOT. As atividades do primeiro encontro foram encerradas com a apresentação oral por parte do facilitador do que é uma análise de Forças e Fraquezas, Oportunidades e Ameaças ou Análise FOFA, em português, mais conhecida como análise SWOT pelo acrônimo em inglês Strenghts, Weaknesses, Oportunities and Threats. A Análise SWOT é uma ferramenta utilizada para análise de cenário ou de ambiente, sendo usada como base para gestão e Planejamento Estratégico em corporações e empresas, mas podendo, devido a sua simplicidade, ser utilizada para qualquer tipo de análise de cenário, desde a criação de um blog à gestão de uma multinacional. Uma representação esquemática da organização da matriz SWOT é apresentada na Figura 5. 15 Aspectos Internos Aspectos Externos Pontos Positivos Pontos Negativos Forças Fraqueza s Oportunidades Ameaças Figura 5: Esquema da Análise SWOT. Como atividade a ser realizada em casa, foi pedido a cada participante para fazer sua análise SWOT do LabTAR, representando-a em uma matriz 2x2, para servir de base para início das atividades do encontro seguinte. 2.2 Encontro 2: Análise SWOT e Construção do Mapa Estratégico Membros presentes: Bruno Mannato Angius, aluno de Engenharia de Produção, facilitador do evento; Daniel Dutra Gomes, aluno de Desenho Industrial; João Victor Vidigal, aluno de Engenharia de Produção; Larissa Honorato Veronez, aluna de Engenharia de Produção; Miriam de Magdala Pinto, professora do Departamento de Engenharia de Produção; Patrícia Alcântara Cardoso, professora do Departamento de Engenharia de Produção; 16 Renata Silva Souza Guizzardi, professora do Departamento de Informática; e Yasmin Mendes Davies, aluna de Engenharia de Produção. 2.2.1 Atividade 1: Consolidação da análise SWOT do LabTAR a partir das contribuições individuais trazidas pelos participantes O facilitador do processo de Planejamento Estratégico conduziu a organização da matriz SWOT do LabTAR a partir das contribuições individuais de cada um dos membros levada para a reunião. A Figura 6 mostra um momento desta atividade. Figura 6: Facilitador apresentando exemplo de Matriz SWOT. A matriz SWOT consolidada para o LabTAR é apresentada no Quadro 1. Matriz SWOT S - Forças Competências W - Fraquezas Rotatividade de pessoas complementares Disponibilidade insuficiente Equipe inteligente, engajada e Falta de divulgação colaborativa Complexidade do conceito Clima agradável, democrático e Frentes de trabalho que não livre diversas e geram sinergia 17 Estar na UFES (localização, reconhecimento, referência) Projetos alinhados com os interesses dos envolvidos Processos de planejamento Elos estabelecidos com outras organizações O – Oportunidades T - Ameaças Valorização de inovação, redes e Dependência de parceiros TIC, Dependência com abundância de recursos recursos externos Disponibilidade de culturas e conhecimentos que agregam valor de Mudança interesse de nos tendência temas de do laboratório Crescimento do movimento de Living Labs e interesse de replicação Interesse de conexão Europa América Latina - Caribe Quadro 1: Matriz SWOT obtida por consenso para o LabTAR. 2.2.2 Atividade 2: Construção do Mapa Estratégico Os elementos definidos até este ponto do processo de Planejamento Estratégico, quais sejam, Missão, Visão, Valores e Análise SWOT, formam o arcabouço estrutural da estratégia organizacional no nível normativo, não sendo, portanto, operacionais. Para desdobrá-los de modo a chegarem até o nível operacional, foi utilizado o Balanced Scorecard - BSC. Essa ferramenta gerencial utiliza-se do Mapa Estratégico no qual o arcabouço estrutural da estratégia e desdobrado em Objetivos Estratégicos. Além disso, são identificados Indicadores e definidas metas para cada Indicador de modo a permitir o monitoramento e controle do avanço da organização rumo à sua Visão. 18 O BSC organiza a estratégia de uma organização em quatro perspectivas: Financeira, Clientes, Processos Internos e de Crescimento & Aprendizado dos Colaboradores. Para cada uma dessas perspectivas são definidos Objetivos Estratégicos que, relacionados por meio de ligações de causa e efeito, mostram a estratégia da organização. Para cada um dos Objetivos Estratégicos, posteriormente, são identificados Indicadores de desempenho e definidas metas para que a aderência da execução da estratégia em relação ao planejado seja avaliada. Como o LabTAR é uma organização sem fins lucrativos, a perspectiva financeira do Mapa Estratégico não condiz como o objetivo final da organização, tendo sido substituída pela perspectiva de geração de valor. Ademais, como ele não é uma organização que possui clientes propriamente ditos, a perspectiva dos clientes foi substituída pela perspectiva dos stakeholders, englobando todas as partes interessadas no sucesso do laboratório. A perspectiva de Processos Internos foi mantida sem alteração e a de Crescimento & Aprendizagem foi substituída por Colaboradores. Os Objetivos Estratégicos propostos para a perspectiva de geração de valor foram extraídos das duas principais partes da Visão definida para o LabTAR: 1) Agente de integração, transformação e impacto positivo na sociedade e 2) Referência em pesquisa nas suas áreas de competência. Para identificação dos Objetivos Estratégicos na perspectiva dos stakeholders os participantes deveriam responder à pergunta: O que precisamos fazer para: i) sermos reconhecidos como agente de integração, transformação e impacto positivo na sociedade por nossos stakeholders e ii) sermos referência em pesquisa nas áreas de competência do LabTAR. Em seguida, para identificar os Objetivos Estratégicos na perspectiva dos processos internos, os participantes deveriam responder à pergunta: O que precisamos fazer, em termos de processos internos, para atingir cada um dos Objetivos Estratégicos na perspectiva dos stakeholders? Finalmente, para identificar os Objetivos Estratégicos na perspectiva de conhecimento e aprendizagem dos colaboradores, os participantes deveriam 19 responder à pergunta: O que precisamos fazer, em termos de processos de aprendizagem e desenvolvimento dos colaboradores, para realizar os processos internos definidos? Novamente separados em dois grupos, os participantes do encontro elaboraram Mapas estratégicos. Após cada um dos grupos criar seu Mapa Estratégico, foi realizada discussão para formação de consenso e definição de um único Mapa que é apresentado na Figura 7. 20 Figura 7: Mapa Estratégico do LabTAR – primeira versão. Observa-se, na Figura 7, além dos Objetivos Estratégicos em cada uma das perspectivas propostas, as relações de causa-efeito identificadas entre eles representadas pelas setas. Como atividade a ser realizada em casa, foi pedido a cada participante para propor pelo menos três Indicadores que pudessem servir para avaliar o quanto cada Objetivo Estratégico vai sendo atingido. As sugestões de Indicadores deveriam ser enviadas para o facilitador do Planejamento Estratégico até dois dias antes do encontro seguinte. 2.3 Encontro 3: Definição dos Indicadores Membros Presentes: Bruno Mannato Angius, aluno de Engenharia de Produção, facilitador do evento; João Victor Vidigal, aluno de Engenharia de Produção; Larissa Honorato Veronez, aluna de Engenharia de Produção; Leonardo Amaral, aluno de Desenho Industrial; Miriam de Magdala Pinto, professora do Departamento de Engenharia de Produção; Murilo Carvalho, aluno de Engenharia de Produção; Patrícia Alcântara Cardoso, professora do Departamento de Engenharia de Produção; Renata Silva Souza Guizzardi, professora do Departamento de Informática; Roberta Lima Gomes, professora do Departamento de Informática; e Yasmin Mendes Davies, aluna de Engenharia de Produção. Cada sugestão de Indicador foi impressa em papel colorido, cada cor relacionando o Indicador sugerido com a perspectiva à qual o Objetivo Estratégico pertence. Os participantes foram divididos em dois grupos. Cada grupo recebeu um Mapa Estratégico desenhado em folha de papel flip-chart e um conjunto com todos os Indicadores sugeridos. Durante a hora seguinte, cada grupo atribuiu a cada Objetivo 21 Estratégico do Mapa os Indicadores considerados os mais apropriados. A Figura 8 mostra um momento da dinâmica de definição de Indicadores. Após essa etapa, todos se reuniram para gerar um consenso sobre os Indicadores para cada Objetivo Estratégico. Nesta etapa também foi feita a primeira revisão do Mapa Estratégico, com a retirada do Objetivo Estratégico “Captação de Pessoas”, pelo fato de não existir um processo formal de recrutamento de novos membros. Além disso, os objetivos “Competências Complementares” e “Qualificação dos Colaboradores” foram mesclados no objetivo “Compartilhamento de Conhecimentos”, uma vez que a capacitação dos membros passa pelo compartilhamento de conhecimentos e as competências complementares são um valor organizacional. Figura 8: Momento da atividade de definição de Indicadores. A relação entre Perspectivas, Objetivos Estratégicos e Indicadores selecionados está mostrada no Quadro 2. 22 Perspectiva Objetivo Indicador Estratégico Agente de integração, transformação e impacto Geração de Valor Número de inscrição em prêmios positivo na sociedade. Fator de impacto das publicações do Referência em pesquisa LabTAR nas áreas de competência Número de projetos de inovação e de orientação em andamento Número de projetos de divulgação Divulgação e publicidade realizados Número de publicações no site Número de visitas ao site Stakeholders Publicações e Número de publicações e apresentações apresentações relacionadas às áreas de competência Atingir resultados relevantes Número de convites para parcerias e redes Número de projetos de inovação em andamento Envolvimento em redes de Número de participações em redes de colaboração colaboração Gerenciamento de projetos Nota de Gerenciamento de Projetos Gestão LabTAR Nota do acompanhamento do BSC Número de Bolsistas Autossuficiência de Processos recursos Internos Número de Professores nas áreas de conhecimento Índice de adequação de infraestrutura Tecnologias inovadoras Comunicação interna Colaboradores Número de Voluntários Número de projetos de inovação em andamento Taxa de presença em reuniões Taxa de leitura de atas Atrair e reter os melhores Índice de permanência dos membros Compartilhamento de Número de seminários conhecimentos Número de membros novos com padrinho Clima organizacional Resultado da Avaliação de Clima Quadro 2: Indicadores de desempenho – primeira versão. 23 Assim, finaliza-se a definição dos Indicadores. Nota-se que houve um Indicador que se repetiu em mais de um Objetivo Estratégico, por se tratarem de Objetivos que compartilham algumas semelhanças. Além disso, alguns Objetivos Estratégicos ficaram com um número muito grande de Indicadores, mas não conseguiu-se reduzir este número sem que houvesse perda de informação mensurada. 2.4 Encontro 4: Definição das Iniciativas Membros presentes: Bruno Mannato Angius, aluno de Engenharia de Produção, facilitador do evento; Larissa Honorato Veronez, aluna de Engenharia de Produção; Miriam de Magdala Pinto, professora do Departamento de Engenharia de Produção; Murilo Carvalho, aluno de Engenharia de Produção; Patrícia Alcântara Cardoso, professora do Departamento de Engenharia de Produção; Renata Silva Souza Guizzardi, professora do Departamento de Informática; Yasmin Mendes Davies, aluna de Engenharia de Produção. O encontro teve o objetivo de definir Iniciativas, ou ações, a serem realizadas para atingir os Objetivos Estratégicos. O grupo propôs e selecionou as Iniciativas consideradas mais adequadas e definiu os responsáveis por cada uma delas. Cada responsável por uma Iniciativa deveria formar sua equipe de trabalho e elaborar um Plano de Ação para a execução das tarefas. No Quadro 3 estão listadas as Iniciativas definidas por Objetivo Estratégico e a informação sobre a elaboração do Plano de Ação e sua execução. Objetivo Estratégico Iniciativa Status Elab Exec Agente de integração, transformação e impacto positivo na sociedade 24 Referência em pesquisa nas áreas de competência Buscar e enviar notas para mídias de divulgação Não Divulgação e publicidade Criação e alimentação do site do LabTAR Não Divulgação do LabTAR em apresentações Não Inscrição de trabalhos em congressos e Publicações e simpósios apresentações Inscrever artigos para publicação em revistas e periódicos Não Não Atingir resultados relevantes Envolvimento em redes de colaboração Gerenciamento de projetos Prospectar novas redes e fortalecer redes já envolvidas Controlar, manter e dar visibilidade ao gerenciamento de projetos Sim Sim Sim Não Sim Não Sim Sim Sim Não Gestão LabTAR Autossuficiência de recursos Criar parcerias com instituições Escrever os projetos para editais e Iniciativa privada Tecnologias inovadoras Definir ferramentas e seguir Plano de Comunicação interna comunicação Aprimorar o modelo de reunião semanal Divulgação da boa imagem do LabTAR no Atrair e reter os melhores ambiente da UFES Manual do membro novo e programa de introdução ao LabTAR, com padrinho Compartilhamento de conhecimentos Clima organizacional Organizar seminários internos, incluindo Não Não Não Sim +/- Realizar seminários com convidados externos Sim Não Realizar Pesquisa de Clima Sim Sim LabTAR Aventura Sim Sim apresentação de artigos Quadro 3: Iniciativas e seus status de elaboração de Plano de Ação e execução. As Iniciativas definidas e seus responsáveis estão indicados no Quadro 4: 25 o in ia ata r o n o niel igal ana ssa ar d ícia am rilo m ric i n n u va li u ri d a l r o i e t M ir at Re Yas u a A B D M L e V J L P L Buscar e enviar notas para mídias de divulgação Criação e alimentação do site do LabTAR Divulgação do LabTAR em apresentações Inscrição de trabalhos em congressos e simpósios Inscrever artigos para publicação em revistas e periódicos Prospectar novas redes e fortalecer redes já envolvidas Controlar, manter e dar visibilidade ao gerenciamento de projetos Criar parcerias com instituições Escrever os projetos para editais e iniciativa privada Definir ferramentas e seguir plano de comunicação Divulgação da boa imagem do LabTAR no ambiente da UFES LabTAR Aventura Realizar Pesquisa de Clima Organizar seminários internos, incluindo apresentação de artigos Realizar seminários com convidados externos Aprimorar o modelo de reunião semanal Trocas de informações no ambiente virtual Participação em eventos externos, cursos, etc Manual do membro novo e programa de introdução ao LabTAR, com padrinho Quadro 4: Iniciativas e equipes. O Plano de Ação desenvolvido para a Iniciativa de seminários externos é mostrado como exemplo no Quadro 5. 26 Plano de Ação Nome da Iniciativa: Seminários Externos O quê Quem Formulário de Vidigal e Larissa Pesquisa de Interesse Filtrar Resultados da Vidigal e Larissa Pesquisa Equipe com Auxilio Definir Metas das Professoras Atualização da Rede Vidigal e Murilo de Contatos Convite para Parceiros Equipe (Leo) Desenvolvido Início da Busca de Equipe Parcerias Quando DDL Responsável: Status Observações Quinta - 07/02/13 Em Execução Quinta - 28/02/2013 Espera Segunda - 25/02/2013 Espera Domingo - 17/03/13 Espera Domingo - 24/03/13 Espera Segunda - 25/03/13 Espera Parcerias Definidas Equipe Domingo - 28/04/13 Espera Início do Desenvolvimento do Equipe Segunda - 29/04/2013 Espera Evento Equipe Maio Espera Pesquisa de Satisfação Equipe Após Evento Espera Equipe Após Evento Espera Equipe Sexta - 07/05/13 Espera Equipe Sexta - 14/05/13 Espera Equipe Duração de 3 mêses Espera Armazenar dados da Pesquisa Análise dos Resultados - Report Brainstorming de Mudanças Novo Ciclo João Victor Vidigal Quadro 5: O Plano de Ação da Iniciativa Seminários Externos. Assim, finalizamos a etapa de definição dos Planos de Ação para as Iniciativas. 2.4.1 Encontro 5: Definição de metas Membros presentes: Bruno Mannato Angius, aluno de Engenharia de Produção, facilitador do evento; Juliana Merçom França, bolsista de comunicação; e Miriam de Magdala Pinto, professora do Departamento de Engenharia de Produção. Para a definição das metas dos Indicadores levantados, foi feita uma reunião com a presença apenas do coordenador do BSC, da bolsista de comunicação e da 27 professora orientadora do LabTAR. Através de análise do cenário e experiência prévia, foram definidas as metas para cada um dos Indicadores de desempenho definidos no terceiro encontro. As metas de Fator de Publicação ficaram sem definição pela falta de referência de seus Valores típicos e almejados. As metas de visitas ao site também não foram definidas pelo fato do site do LabTAR ainda não estar ativo. As metas para cada Indicador para o segundo, terceiro e quarto trimestres de 2013 (13T2, 13T3 e 13T4), bem como o nome do membro responsável pela coleta da informação, estão mostradas no Quadro 6. Responsável Objetivo Estratégico Indicador pela informação Metas 13T2 13T3 13T4 Agente de integração, transformação e impacto Inscrição em prêmios Miriam 1 1 1 Miriam 8 8 8 Projetos de divulgação Juliana 1 1 1 Publicações no site Juliana 2 2 2 Número de visitas ao site Juliana Juliana 1 1 1 Miriam 1 1 1 Miriam 2 2 2 Miriam 3 3 4 Patrícia 70% 80% 80% Bruno 60% 70% 80% Número de Bolsistas Miriam 5 5 8 Número de Voluntários Miriam 5 10 5 Número de Professores nas Miriam 6 6 6 positivo na sociedade Fator de impacto das Referência em pesquisa publicações do LabTAR nas áreas de competência Projetos de inovação e de orientação em andamento Divulgação e publicidade Publicações e apresentações Atingir resultados relevantes Publicações e apresentações relacionadas às áreas de competência Convites para parcerias e redes Número de projetos de inovação em andamento Envolvimento em redes de Participações em redes de colaboração colaboração Gerenciamento de Nota de Gerenciamento de projetos Projetos Gestão LabTAR Autossuficiência de recursos Miriam Nota do acompanhamento do BSC 28 áreas de conhecimento Adequação de infraestrutura Miriam 90% 90% 90% Miriam 2 2 2 Presença em reuniões Juliana 70% 70% 70% Leitura de atas Juliana 80% 80% 80% Atrair e reter os melhores Permanência dos membros Miriam 80% 80% 80% Compartilhamento de Seminários Juliana 2 2 2 conhecimentos Membros novos com padrinho Miriam Tecnologias inovadoras Comunicação interna Clima organizacional Número de projetos de inovação em andamento Resultado da Avaliação de Clima Bruno 100% 100% 100% 70 80 80 Quadro 6: Metas trimestrais para o BSC LabTAR. Com a definição do Mapa Estratégico, Indicadores e metas para cada Objetivo Estratégico propostos, Iniciativas identificadas e responsáveis assignados pelos Planos de Ação, a etapa de Planejamento Estratégico inicial foi dada por encerrada. 3 AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO O Balanced Scorecard, além de ser um sistema de medição de desempenho e um sistema de gestão estratégica, desempenha ainda a função de comunicador da estratégia e do desempenho organizacional aos membros. Por meio do Mapa Estratégico, o estado atual da organização pode ser facilmente comunicado a todos os colaboradores e partes interessadas quando são utilizadas cores para classificar o desempenho da organização em cada Objetivo Estratégico com relação às metas estabelecidas. Para visualização do avanço do LabTAR em relação às suas metas em cada Objetivo Estratégico foram utilizadas cores. Foi escolhida escala de cinco cores, indo do vermelho ao verde, passando pelo amarelo e laranja. Cada cor representava uma faixa percentual do desempenho do LabTAR em cada Indicador tendo cada meta como referência como indicado no Quadro 7. A escala de cinco cores foi escolhida em detrimento à de três cores de um semáforo por poder representar mais fielmente o estado geral de cada Indicador e por gerar mais mudanças de cores ao longo das medições, proporcionando aos membros maior sensação de evolução e mudança. 29 Limite Limite inferior superior Verde escuro 95% 100% Verde claro 75% 95% Amarelo 50% 75% Laranja 25% 50% Vermelho 0% 25% Cor Quadro 7: Cores e percentuais dos Indicadores 3.1 1ª Rodada (março de 2013) Após quatro meses de trabalho à luz do Planejamento Estratégico realizado, foi feita a primeira rodada de avaliação e monitoramento do avanço do LabTAR rumo ao que se propôs. Os dados que alimentaram o BSC foram coletados em formulários online e enviados aos responsáveis pela coleta de informações dos Indicadores, conforme listado no Quadro 6. Os dados, posteriormente, foram transpostos para uma planilha eletrônica. O facilitador do processo de gestão estratégica realizou os cálculos dos resultados por Indicador e fez as comparações com as metas. A cor de cada Objetivo Estratégico foi gerada pela média dos Valores dos Indicadores que o compõem. O Mapa Estratégico do LabTAR após a primeira rodada de medição está apresentado na Figura 9. 30 Figura 9: Mapa Estratégico do LabTAR após primeira compilação de resultados. O Quadro 8 apresenta o resumo das medições do BSC nesta rodada. 31 Perspectiva Geração de Valor Agente de integração, transformação e impacto positivo na sociedade Referência em pesquisa nas áreas de competência Divulgação e publicidade Stakeholders Publicações e apresentações Atingir resultados relevantes Envolvimento em redes de colaboração Gerenciamento de projetos Gestão LabTAR Processos Internos Autossuficiência de recursos Tecnologias inovadoras Comunicação interna Atrair e reter os melhores Colaboradores Compartilhamento de conhecimentos Clima Organizacional Resultado Cor do OE % Metas Medição 13T2 13T2 13T2 13T2 Inscrição em prêmios 1 0 0% 0% Projetos de inovação e de orientação em andamento 8 8 100% Objetivo Estratégico Indicador Fator de impacto das publicações do LabTAR 50% 0% Projetos de divulgação 1 1 100% Publicações no site 2 2 100% 0 0% 67% Número de visitas ao site Publicações e apresentações relacionadas às áreas de competência Convites para parcerias e redes 2 1 50% 50% 1 1 100% 100% Participações em redes de colaboração 3 4 100% 100% 75% 71% 95% 95% 69% 69% Nota de Gerenciamento de Projetos Nota do acompanhamento do BSC 60 Número de Bolsistas 5 9 100% Número de Voluntários Número de Professores nas áreas de conhecimento Adequação de infraestrutura Número de projetos de inovação em andamento Presença em reuniões 5 3 60% 6 4 67% 90% 95% 100% 2 2 100% 70% 50% 71% Leitura de atas 80% 15% 19% Permanência dos membros 80% 100% 100% Membros novos com padrinho 100% 100% 100% Seminários Resultado da Avaliação de Clima 82% 100% 45% 100% 2 0 0% 0% 80% 75% 94% 94% Quadro 8: Medições do Balanced Scorecard na primeira rodada. Após a primeira compilação de dados do BSC, o Mapa colorido foi afixado na parede do laboratório, conforme mostrado na Figura 10, e apresentado em reunião semanal do LabTAR. Entretanto, não foi feita análise aprofundada das causas que levaram alguns Indicadores a ficar aquém das metas. As Iniciativas tampouco foram discutidas, e os Planos de Ação não foram cobrados. Desta maneira, o BSC foi utilizado apenas como um sistema de medição e ferramenta de comunicação visual não cumprindo o seu papel pleno na gestão da estratégia. 32 Figura 10: Mapa Estratégico do LabTAR afixado na parede do laboratório. 3.2 2ª Rodada (julho de 2013). Para a segunda medição, o procedimento de coleta de dados repetiu-se, com formulário online enviado para cada um dos responsáveis Indicadores, conforme Quadro 6. O Mapa Estratégico do LabTAR após esta segunda rodada de avaliação e monitoramento é mostrado na Figura 11. 33 Figura 11: Mapa Estratégico do LabTAR após segunda compilação de resultados Na Figura 12 são mostradas as alterações sofridas no Mapa Estratégico em relação à medição anterior e as justificativas para as alterações. Nesta rodada, a situação em relação às metas estabelecidas nos Objetivos Estratégicos das perspectivas de Geração de Valor e Stakeholders não sofreram alterações em relação à medição anterior, motivo pelo qual estão omitidos. Na Figura 12 e demais figuras representando as alterações de cores dos Objetivos Estratégicos ao longo das rodadas, a cor da borda esquerda de cada Objetivo indica a cor que o mesmo obteve na rodada anterior de medição. Por exemplo, Objetivo 34 Estratégico de Gerenciamento de Projetos obteve cor verde claro na rodada anterior, enquanto que nesta rodada ficou com a cor amarela. Figura 12: Alterações de cor dos Objetivos Estratégicos da Perspectiva de Processos Internos na segunda rodada. A Figura 12 mostra as mudanças nas cores dos Objetivos Estratégicos da Perspectiva de Processos Internos em relação à primeira rodada de medição. Nesta rodada, o Objetivo de Gerenciamento de Projetos teve sua cor alterada por causa de um aumento da meta, uma vez que a nota permaneceu praticamente inalterada. Já o Objetivo de Comunicação Interna, como ponto positivo, houve a implantação do informativo semanal. Mesmo com o fim da reunião semanal a partir do mês de junho, o que foi um ponto negativo, a nota geral subiu. Figura 13: Alterações de cor dos Objetivos Estratégicos da Perspectiva de Colaboradores na segunda rodada. A Figura 13 mostra as mudanças nas cores dos Objetivos Estratégicos da Perspectiva de Colaboradores em relação à primeira rodada de medição. O Objetivo Atrair e Reter os Melhores teve uma queda em sua nota devido à saída antecipada de um membro, João Victor Vidigal, por causa de viagem pelo Ciência sem Fronteira. Para a melhora do Objetivo de Compartilhamento de Conhecimentos, 35 tivemos o início dos seminários internos e a realização do JILC – Jornadas Iberoamericanas de Laboratórios Cidadãos. O Quadro 9 é um resumo do Balanced Scorecard do LabTAR nas duas primeiras rodadas de medição. Indicador Perspectiva 13T2 13T3 Agente de integração, Inscrição transformação e em impacto positivo prêmios na sociedade Geração de Valor Referência em pesquisa nas áreas de competência Divulgação e publicidade Clientes Publicações e apresentações Atingir resultados relevantes Envolvimento em redes de colaboração Gerenciamento de projetos Gestão LabTAR Processos Internos Metas Medição Cor do OE Objetivo Estratégico 13T4 13T2 13T3 13T4 13T2 13T3 13T2 13T3 Número de pessoas de fora da UFES participand o dos projetos do LabTAR 1 1 30 0 0 0% 0% 8 8 8 8 50% 50% Projetos de inovação e de orientação em andamento Fator de impacto das publicaçõe s do LabTAR Projetos de divulgação 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 67% 67% 2 2 3 1 1 50% 50% Convites para parcerias e redes 1 1 1 1 1 100% 100% Participações em redes de colaboração 3 3 4 4 3 100% 100% 85% 85% 71% 73% 95% 86% 64% 69% 71% 73% 82% 76% Publicações no site Número de visitas ao site Publicações e apresentações relacionadas às áreas de competência Nota de Gerenciamento 75% de Projetos Nota do acompanhamento do 90% BSC Número de Bolsistas 5 Número de Voluntários 5 Autossuficiência Número de Professores nas áreas de 6 de recursos conhecimento Adequação de 90% infraestrutura Tecnologias Número de projetos de 2 95% 5 8 9 8 5 10 3 1 6 6 4 5 90% 90% 95% 90% 2 2 2 2 100% 100% 36 inovadoras inovação em andamento Presença em reuniões 70% 70% 70% 50% 65% Leitura de atas Permanência membros Membros novos padrinho 80% 80% 80% 30% 80% 80% 80% com 100 Aprendizad % oe Compartilhament Cresciment o de Seminários 3 o conhecimentos Clima Resultado da Avaliação 85% Organizacional de Clima 100 % 100 % 15% 100 % 100 % 4 4 0 85% 85% 77% Comunicação interna Atrair e reter os melhores dos 45% 65% 100% 81% 3 0% 75% 77% 91% 91% 50% 100 % Quadro 9: Medições do Balanced Scorecard nas duas primeiras rodadas. Novamente, a discussão a respeito das alterações no Mapa não foi aprofundada além do que foi apontado anteriormente. A integração da análise com andamento das Iniciativas previstas e execução dos Planos de Ação não foi feita. Também não foi feita análise da validade das relações causais no Mapa. 3.3 3ª Rodada (novembro de 2013) Na terceira medição, o Objetivo Estratégico Gestão LabTAR foi removido, uma vez que ele estava sendo mensurado apenas como a média das medições dos outros objetivos. Além disso, chegou-se à conclusão de que os Indicadores do objetivo Ser Referência nas Áreas de Competência do Laboratório: i) Fator de impacto das publicações do LabTAR e ii) Número de projetos de inovação e de orientação em andamento - não eram adequados. Entretanto, não se chegou a um consenso sobre o melhor Indicador para medir esse objetivo, ficando o mesmo sem medição nesta rodada. Além disso, houve mudanças no indicador do Objetivo de Agente de Integração, Transformação e Impacto Positivo na Sociedade, sendo o Número de Inscrições em Prêmios substituído por Número de pessoas de fora da UFES participando dos projetos do LabTAR. Para a coleta de informações, novamente utilizou-se de formulário online para preenchimento pelos responsáveis pelos Indicadores. O Mapa Estratégico do LabTAR após a terceira rodada de monitoramento e avaliação está mostrado na Figura 14 e as mudanças ocorridas nas cores dos Objetivos Estratégicos são 37 mostradas na Figura 15. Figura 14: Mapa Estratégico do LabTAR após terceira compilação de resultados. 38 Figura 15: Alterações de cor dos Objetivos Estratégicos da Perspectiva de Stakeholders na terceira rodada. Figura 15 mostra as mudanças nas cores dos Objetivos Estratégicos da Perspectiva de Stakeholders em relação à segunda rodada de medição. Nesta rodada, no Objetivo de Divulgação e Publicidade, apesar da edição do vídeo do HMW, o número de publicações no site do Living Lab Habitat ficou abaixo do esperado. Figura 16: Alterações de cor dos Objetivos Estratégicos da Perspectiva de Processos Internos na terceira rodada. A Figura 16 mostra as mudanças nas cores dos Objetivos Estratégicos da Perspectiva de Stakeholders em relação à segunda rodada de medição. Nesta rodada, no Objetivo de Autossuficiência de Recursos, houve um aumento do número 39 de membros e uma queda na disponibilidade dos computadores. Na Comunicação interna, houve a volta da reunião semanal a partir do mês de agosto e também houve um aumento no percentual de leitura de atas de reunião. E, por fim, para o Objetivo de Atrair e Reter os Melhores, nenhum dos membros novos teve um padrinho. A terceira rodada fecha o ciclo de avaliação de monitoramento do BSC do LabTAR no ano de 2013. Perspectiva Objetivo Estratégico Agente de integração, transformação e impacto positivo na sociedade Geração de Valor Referência em pesquisa nas áreas de competência Divulgação e publicidade Indicador 13T 2 13T 3 13T4 Número de pessoas de fora da Inscrição UFES em prêmios participand o dos projetos do LabTAR Projetos de inovação e de orientação em andamento Fator de impacto das publicaçõe s do LabTAR Metas Medição Cor do OE 13T2 13T3 13T4 13T2 13T3 13T 4 1 1 30 0 0 14 8 8 8 8 13T2 13T3 13T4 0% 0% 47% 50% 50% Projetos de divulgação 1 1 1 1 1 1 Publicações no site 2 2 2 2 2 0 67% 67% 33% 2 2 3 1 1 1 50% 50% 33% 1 1 1 1 1 2 100 % 100 % 100 % 3 3 4 4 3 3 100 % 100 % 75% 75% 85% 85% 71% 73% 79% 95% 86% 93% 90% 95% 64% 69% 71% 73% Número de Bolsistas 5 5 8 9 8 6 Número de Voluntários 5 5 10 3 1 5 6 6 6 4 5 5 82% 76% 74% 90% 90% 90% 95% 90% 80% 2 2 2 2 2 2 100 % 100 % 100 % 70% 70% 70% 50% 65% 71% 45% 65% 78% Número de visitas ao site Clientes Processos Internos Publicações e apresentações relacionadas às áreas de competência Atingir resultados Convites para parcerias relevantes e redes Envolvimento em Participações em redes redes de de colaboração colaboração Gerenciamento Nota de Gerenciamento de projetos de Projetos Nota do Gestão LabTAR acompanhamento do BSC Publicações e apresentações Autossuficiência de recursos Tecnologias inovadoras Comunicação Número de Professores nas áreas de conhecimento Adequação de infraestrutura Número de projetos de inovação em andamento Presença em reuniões 40 interna Aprendizad oe Cresciment o Atrair e reter os melhores Leitura de atas 80% Permanência membros Membros novos padrinho dos com Compartilhament o de Seminários conhecimentos Clima Resultado da Avaliação Organizacional de Clima 80% 80% 15% 30% 44% 50% 82% 100 % 0% 80% 80% 80% 100 % 100 % 100 % 100 % 100 % 3 4 4 0 3 85% 85% 85% 77% 77% 100 % 81% 50% 7 0% 75% 100 % 77% 91% 91% 91% Quadro 10 apresenta as medições do Balanced Scorecard para o LabTAR. Perspectiva Objetivo Estratégico Agente de integração, transformação e impacto positivo na sociedade Geração de Valor Referência em pesquisa nas áreas de competência Divulgação e publicidade Indicador 13T 2 13T 3 13T4 Número de pessoas de fora da Inscrição UFES em prêmios participand o dos projetos do LabTAR Projetos de inovação e de orientação em andamento Fator de impacto das publicaçõe s do LabTAR Metas Medição Cor do OE 13T2 13T3 13T4 13T2 13T3 13T 4 1 1 30 0 0 14 8 8 8 8 13T2 13T3 13T4 0% 0% 47% 50% 50% Projetos de divulgação 1 1 1 1 1 1 Publicações no site 2 2 2 2 2 0 67% 67% 33% 2 2 3 1 1 1 50% 50% 33% 1 1 1 1 1 2 100 % 100 % 100 % 3 3 4 4 3 3 100 % 100 % 75% 75% 85% 85% 71% 73% 79% 95% 86% 93% 90% 95% 64% 69% 71% 73% Número de Bolsistas 5 5 8 9 8 6 Número de Voluntários 5 5 10 3 1 5 6 6 6 4 5 5 82% 76% 74% 90% 90% 90% 95% 90% 80% 2 2 2 2 2 2 100 % 100 % 100 % 70% 70% 70% 50% 65% 71% 45% 65% 78% Número de visitas ao site Clientes Processos Internos Publicações e apresentações relacionadas às áreas de competência Atingir resultados Convites para parcerias relevantes e redes Envolvimento em Participações em redes redes de de colaboração colaboração Gerenciamento Nota de Gerenciamento de projetos de Projetos Nota do Gestão LabTAR acompanhamento do BSC Publicações e apresentações Autossuficiência de recursos Tecnologias inovadoras Comunicação Número de Professores nas áreas de conhecimento Adequação de infraestrutura Número de projetos de inovação em andamento Presença em reuniões 41 interna Aprendizad oe Cresciment o Atrair e reter os melhores Leitura de atas Permanência membros Membros novos padrinho 80% dos com Compartilhament o de Seminários conhecimentos Clima Resultado da Avaliação Organizacional de Clima 80% 80% 15% 30% 44% 50% 82% 100 % 0% 80% 80% 80% 100 % 100 % 100 % 100 % 100 % 3 4 4 0 3 85% 85% 85% 77% 77% 100 % 81% 50% 7 0% 75% 100 % 77% 91% 91% 91% Quadro 10: Resumo das medições do Balanced Scorecard do LabTAR no ano de 2013. 42 4 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO – 2º CICLO (JANEIRO E FEVEREIRO DE 2014) Após um pouco mais de um ano desde a primeira elaboração do Planejamento Estratégico do LabTAR de 3 ciclos de monitoramento dos Indicadores, todo o processo de planejamento foi reiniciado para uma avaliação completa do mesmo bem como a inserção dos novos membros no laboratório neste processo já que de todos os membros do LabTAR que participaram do primeiro ciclo de planejamento, apenas três professoras e o facilitador do processo ainda se mantinham vinculados ao LabTAR. 4.1 Encontro 1: Revisão da Missão, Visão e Valores do LabTAR. Membros presentes: Bruno Mannato Angius, aluno de Engenharia de Produção; Guilherme Oliveira Martins, aluno de Engenharia de Produção; Juliana Merçom França, bolsista de comunicação; Júlio Alves Bonella, aluno de Engenharia de Produção; Letícia Fonseca Pedruzzi, professora do Departamento de Desenho Industrial; Liara Wulpi, aluna de Engenharia de Produção; Lucas Louzada, aluno de Engenharia de Produção; Lucas Volpini Cinelli, aluno de Engenharia de Produção, um dos facilitadores do encontro; Miriam de Magdala Pinto, professora do Departamento de Engenharia de Produção; e Vitor Oliveira Rodrigues, aluno de Engenharia de Produção, um dos facilitadores do encontro. 43 4.1.1 Atividade 1: Apresentação oral introdutória pelos facilitadores dos conceitos de Missão e dinâmica de brainstorming e revisão da Missão do LabTAR. O primeiro encontro foi dedicado à apresentação de Planejamento Estratégico, Missão, Visão e Valores, pois todos os discentes membros do LabTAR em 2014, exceto o facilitador do processo de planejamento, não participaram da Rodada realizada em setembro e outubro de 2012. Para a revisão da Missão do LabTAR a equipe foi dividida em dois grupos. Cada um fez um brainstorming para definição da Missão do LabTAR. Os participantes não tiveram acesso aos textos da Missão vigente, definida em 2012 até este ponto. A Figura 17 exibe o momento da apresentação das ideias dos grupos. Figura 17: Membros apresentando as ideias dos grupos sobre a Missão do LabTAR. Após os grupos apresentarem suas sugestões, a Missão vigente do laboratório foi apresentada e comparada à Missão proposta. Missão anterior do LabTAR "Fomentar a criação e o desenvolvimento de redes de colaboração envolvendo os diversos segmentos da sociedade e prover tecnologias de apoio aos processos de trabalho nessas redes" 44 Após a atividade, a nova Missão ficou definida como: Missão revista do LabTAR "Fomentar a criação e o desenvolvimento de redes de colaboração para inovação envolvendo os diversos segmentos da sociedade e prover tecnologias de apoio aos processos de trabalho nessas redes". Observa-se, portanto, que a única alteração foi a inclusão da especificação de que são redes de colaboração para inovação e não quaisquer redes. 4.1.2 Atividade 2: Revisão da Visão do LabTAR. A dinâmica em grupos e reunião de consenso se repetiu para a revisão da Visão. Visão do LabTAR: "Ser reconhecido como agente de integração, transformação e causador de impacto positivo na sociedade e ser referência nas áreas de competência do laboratório". A revisão da Visão sofreu mais alterações que a da Missão, ficando estabelecida da seguinte forma: "Ser referência local, nacional e internacional como agente de integração, transformação e causador de impacto positivo na sociedade". A mudança deveu-se a que ficou entendido que ser referência nas áreas de competência do laboratório, como estabelecido na Visão anterior, está contido na expressão “ser referência local, nacional e internacional... na sociedade.” Além disso, nesta nova redação, trata-se não apenas de ser referência em cada uma das áreas de competência do laboratório, mas também de ser referência como agente de fomento à criação e ao desenvolvimento de redes de colaboração para inovação envolvendo os diversos segmentos da sociedade bem como no desenvolvimento de tecnologias de apoio aos processos de trabalho nessas redes. 45 4.1.3 Atividade 3: Colorindo a Visão Repetindo o exercício já descrito nas atividades do ano anterior, a coloração da Visão ficou da seguinte forma: Ser referência local, nacional e internacional como agente de integração, transformação e causador de impacto positivo na sociedade. Uma comparação entre as visões coloridas em setembro de 2012 e janeiro de 2014 é apresentada no Quadro 11. Visão colorida 1ª rodada Visão colorida 2ª rodada Ser reconhecido como agente de Ser referência local, nacional e integração, internacional como agente de transformação e causador de impacto positivo na integração, transformação e sociedade e ser referência em causador de impacto positivo pesquisa nas áreas de competência na sociedade. do laboratório. Quadro 11: Comparação entre as visões do LabTAR, coloridas pelos membros. Uma comparação entre as duas visões coloridas revela que a inclusão dos termos "local, nacional e internacional" passou a ser relevante para o grupo dado que durante o período considerado, o LabTAR, de fato, passou a ter várias atividades e relações internacionais. Esse fato refletiu-se na percepção de que o reconhecimento internacional está mais factível que o reconhecimento local e o nacional. Este último é o mais distante tendo em vista que, localmente, o LabTAR tem visibilidade devido a sua participação no Living Lab Habitat. Também pode-se ressaltar que na comparação da atividade feita na primeira rodada com a mesma atividade realizada dezesseis meses depois, houve uma alteração na percepção dos membros em relação ao impacto causado por ele na sociedade, uma vez que a percepção coletiva da expressão "causador de impacto" passou de vermelho para amarelo, indicando uma evolução durante o período. 46 4.1.4 Atividade 4: Apresentação oral da análise SWOT Os facilitadores da reunião apresentaram os fundamentos da análise SWOT e foi solicitado que cada participante fizesse como atividade de casa sua própria análise SWOT do LabTAR para discussão no encontro seguinte. 4.2 Encontro 2: Revisão dos Valores do LabTAR, análise SWOT, construção do Mapa Estratégico. Membros participantes: Bruno Mannato Angius, aluno de Engenharia de Produção, facilitador do evento; Guilherme Oliveira Martins, aluno de Engenharia de Produção; Juliana Merçom França, bolsista de comunicação; Júlio Alves Bonella, aluno de Engenharia de Produção; Letícia Fonseca Pedruzzi, professora do Departamento de Desenho Industrial; Liara Wulpi, aluna de Engenharia de Produção; Lucas Louzada, aluno de Engenharia de Produção; Lucas Volpini Cinelli, aluno de Engenharia de Produção; Miriam de Magdala Pinto, professora do Departamento de Engenharia de Produção; Patrícia Alcântara Cardoso, professora do Departamento de Engenharia de Produção; e Vitor Oliveira Rodrigues, aluno de Engenharia de Produção. 4.2.1 Atividade 1: Revisão dos Valores Na construção do Planejamento Estratégico na rodada anterior, foi definido que não havia necessidade de discussão dos Valores da organização, uma vez que todos concordavam que eles ainda representavam os princípios norteadores da cultura organizacional. 47 No início do segundo encontro foi feita a revisão dos Valores do LabTAR. A discussão foi rápida, pois todos concordavam que permaneceriam inalterados, exceto pela inclusão de “transparência”. Os Valores do LabTAR ficaram assim definidos: Colaboração; Transdisciplinaridade; Compartilhamento; Excelência; Humanização dos Relacionamentos; e Transparência. 4.2.2 Atividade 2: Análise SWOT Assim como foi feito na rodada anterior, a análise SWOT foi feita a partir das percepções dos membros, posteriormente discutidas em reunião, cujo resultado é mostrado no Quadro 12. Matriz SWOT S - Forças W - Fraquezas Diversidade de competências Alta rotatividade de membros Clima agradável e democrático Membros Estar na UFES (localização, baixa disponibilidade de tempo reconhecimento, referência) bom Projetos alinhados com os Dificuldade em explicar pras pessoas o que é o LabTAR interesses dos envolvidos Processos de planejamento Elos estabelecidos com outras organizações O – Oportunidades T - Ameaças Interesse de conexão Europa - América Latina - Caribe Más parcerias Dependência de recursos externos Ciências sem Fronteiras 48 Quadro 12: Análise SWOT. 4.2.3 Atividade 3: Construção do Mapa Estratégico. Diferentemente do ano anterior, a construção do Mapa Estratégico foi feita com todos os presentes formando um único grupo. Foi usada uma dinâmica diferente: cada Objetivo Estratégico identificado nas discussões era escrito em notas autoadesivas e afixadas no Mapa Estratégico, na perspectiva correspondente, a saber: da geração de valor, dos stakeholders, dos processos internos e de aprendizagem dos colaboradores. Na construção do Mapa Estratégico, ao utilizar a Visão do LabTAR como Objetivo Estratégico na perspectiva de geração de valor, como havia sido feito na versão anterior, observou-se que seu caráter generalista não permitia o desdobramento em Objetivos Estratégicos na perspectiva dos stakeholders. Assim, foi usada a Missão do LabTAR para definição de um dos Objetivos Estratégicos nesta perspectiva. O outro Objetivo Estratégico desta perspectiva derivou da natureza acadêmica do LabTAR. A Figura 18 mostra as atividades do grupo na construção do Mapa Estratégico. Figura 18: Membros do LabTAR construindo o Mapa Estratégico. 49 A dinâmica durou mais tempo que o previsto, ficando para o encontro seguinte a finalização do Mapa. 4.3 Encontro 3: Finalização da construção do Mapa Estratégico Membros presentes: Bruno Mannato Angius, aluno de Engenharia de Produção, facilitador do evento; Carolina Néspoli Nasser, aluna de Desenho Industrial; Guilherme Oliveira Martins, aluno de Engenharia de Produção; Juliana Merçom França, bolsista de comunicação; Júlio Alves Bonella, aluno de Engenharia de Produção; Letícia Fonseca Pedruzzi, professora do Departamento de Desenho Industrial; Liara Wulpi, aluna de Engenharia de Produção; Lucas Louzada, aluno de Engenharia de Produção; Lucas Volpini Cinelli, aluno de Engenharia de Produção; Patrícia Alcântara Cardoso, professora do Departamento de Engenharia de Produção; e Vitor Oliveira Rodrigues, aluno de Engenharia de Produção. Em um grupo único, todos os membros do LabTAR presentes no encontro finalizaram o Mapa Estratégico que é apresentado na Figura 19. 50 Figura 19: Mapa Estratégico do LabTAR, versão 2014. O trabalho prosseguiu para a etapa de levantamento das Iniciativas a serem realizadas de modo a cumprir os Objetivos Estratégicos. A equipe foi dividida em dois grupos. Como tarefa para casa, cada membro indicou quais Iniciativas gostaria de participar, seja como atuante, seja como líder do projeto. 4.4 Encontro 4: Definição de Indicadores de desempenho Membros presentes: 51 Bruno Mannato Angius, aluno de Engenharia de Produção, facilitador do evento; Juliana Merçom França, bolsista de comunicação; Júlio Alves Bonella, aluno de Engenharia de Produção; Liara Wulpi, aluna de Engenharia de Produção; Lucas Volpini Cinelli, aluno de Engenharia de Produção; Miriam de Magdala Pinto, professora do Departamento de Engenharia de Produção; Patrícia Alcântara Cardoso, professora do Departamento de Engenharia de Produção; e Vitor Oliveira Rodrigues, aluno de Engenharia de Produção. Como tarefa para o quarto encontro, cada membro do LabTAR deveria sugerir Indicadores para cada um dos Objetivos Estratégico do Mapa construído anteriormente. As sugestões foram compiladas e impressas em cartões coloridos. Em cada cartão havia o Indicador sugerido e o Objetivo Estratégico ao qual está ligado. As cores dos cartões foram definidas de acordo com as perspectivas do BSC. Os membros presentes receberam uma cópia do Mapa Estratégico impressa em papel A0. Durante a hora seguinte, atribuíram os Indicadores que julgaram mais apropriados para cada Objetivo Estratégico. A Figura 20 ilustra um momento da atividade de atribuição de Indicadores para os Objetivos Estratégicos. 52 Figura 20: Dinâmica de definição de Indicadores. Com a finalização desta dinâmica, o Mapa Estratégico foi concluído. Os Indicadores definidos para cada Objetivo Estratégico são apresentados no Quadro 13. Objetivo Estratégico Indicadores Número de convites externos para Geração de Valor Geração de conhecimento compartilhar conhecimentos do LabTAR Número de citações Ser agente de integração de redes de inovação eficazes Publicações Quantidade de projetos que efetivamente saíram do ambiente acadêmico Índice ponderado de publicações Participar efetivamente de redes de Número de projetos em rede que o Stakeholders colaboração LabTAR participa Número de projetos vinculados à Atender à comunidade com projetos comunidade Índice de satisfação da comunidade com projetos 53 Desenvolver tecnologias, produtos e serviços de apoio às redes de colaboração Número de novas tecnologias em desenvolvimento e desenvolvidas Número de parceiros levantados Prospecção de parcerias Número de parcerias realizadas Comunicação com stakeholders Número de interações com stakeholders Índice de satisfação com a comunicação interna Processos Internos Comunicação interna eficaz Percentual de presença nas reuniões Percentual leitura de atas de reunião Gerenciamento de projetos Número de projetos entregues no (Concepção, elaboração, execução e prazo controle) Índice de gerenciamento (pesquisa) Autossuficiência de recursos Índice de autossuficiência Clima organizacional Índice de pesquisa de Clima Eventos de Integração Número de seminários Percentual de cumprimento do check- Capacitação dos membros list do Plano de membro novo Percentual de participação dos membros nos seminários Tempo médio, em meses, de ociosidade das bolsas Atração e retenção de membros Percentual de permanência dos Colaboradores membros em função do tempo esperado Crescimento pessoal e profissional dos membros Percentual de satisfação de cada membro com seu crescimento pessoal e profissional Quadro 13: Indicadores de desempenho de cada Objetivo Estratégico. 4.5 Encontro 5: Definição de responsáveis pelas Iniciativas O encontro teve o objetivo de definir iniciativas ou ações a serem realizadas para atingir as metas, a serem definidas posteriormente, para cada um dos indicadores dos Objetivos Estratégicos. A partir das ideias levantadas, o grupo selecionou as 54 iniciativas consideradas mais adequadas e definiu quais membros seriam os responsáveis por cada uma das iniciativas. Perspectiva Geração de Valor Objetivo Estratégico Iniciativas Geração de conhecimento Ser agente de integração de redes de inovação eficazes Publicações Levantar as publicações de interesse Participar efetivamente de redes de colaboração Stakeholders Atender à comunidade com projetos Desenvolver tecnologias, produtos e serviços de apoio às redes de colaboração Olhar editais (FAPES e CNPq) e passar informações para o informativo Prospecção de parcerias Conhecer os potenciais parceiros Comunicação com stakeholders Comunicação frequente com os stakeholders Fazer um informativo para os stakeholders Organização dos arquivos Processos Internos Criação do Site Comunicação interna eficaz Definir os canais de comunicação a serem usados (através do plano de comunicação) Gerenciamento de projetos (Concepção, elaboração, execução e controle) Olhar editais (FAPES e CNPq) e passar informações para o informativo Autossuficiência de recursos Alavancar fontes de recursos próprios Clima organizacional Organizar o LabTAR Aventura Organizar mini apresentações regularmente durante as reuniões semanais Capacitação dos membros Colaboradores Seminários internos e workshops Entrar com uma equipe no desafio Sebrae Manual do membro novo e apadrinhamento Atração e retenção de membros Organização dos arquivos Crescimento pessoal e profissional dos membros 55 Quadro 14: Iniciativas definidas para cada Objetivo Estratégico; Cada membro designado ficou responsável por formar sua equipe de trabalho e elaborar um Plano de Ação para a execução das tarefas. O Quadro 14 exibe as iniciativas definidas para cada Objetivo Estratégico. Com os resultados da tarefa de casa e após discussão dos membros, as Iniciativas foram priorizadas e foram definidos os responsáveis finais e as equipes que comporiam cada Iniciativa, conforme Quadro 15. e a to l ito ia m o s ia ro atti e r lian úlio tíc iar a ca nn a rq u iriam tríc itor hais en lh u e i J V u a a Ca G L T Br L L u J M Pa M M G Organizar o Labtar aventura (e Labtar aventura temáticos) Organizar mini apresentações regularmente durante as reuniões semanais Seminários internos e workshops (possibilidade de convidar pessoas externas) Implementar ferramentas de gestão à vista Manual do membro novo e apadrinhamento Organização dos arquivos Divulgação do Labtar na UFES (na semana de engenharia por exemplo) Entrar com uma equipe no desafio sebrae Site Seminário de gerenciamento de projetos Olhar editais (FAPES e CNPq) e passar informações para o informativo Reativar a tabela de classificação de periódicos Levantar as publicações de interesse Conhecer os potenciais parceiros Comunicação frequente com os stakeholders Definir os canais de comunicação a serem usados (através do plano de comunicação) Página no Facebook Fazer um informativo para os stakeholders Alavancar fontes de recursos próprios Quadro 15: Iniciativas, equipes e responsáveis Como tarefa para casa, cada responsável por cada Iniciativa deveria construir o Plano de Ação para a execução da Iniciativa, seguindo modelo enviado previamente. O Quadro 16 exibe um dos Planos de Ação enviados por um dos membros. 56 Plano de Ação Nome da Iniciativa: entrar com equipe no SEBRAE O quê Quem saber o dia de entrega julio definir reunioes online todos grupo em rede social Todos reunir material para o todos desafio ler edital Liara/Vitor definir as reunioes pessoais todos definir datas de entregas conversar sobre experiencias anteriores benckmarking com grupos vencedores no passado aplicar ferramentas de admnistraçao de rotina aplicar ferramentas de gestao de projetos Quando 21/fev 27/fev 22/fev julio/Patricia vitor julio Patricia/Julio/Liara/ Vitor Julio/Patricia Responsável:Julio A Bonella Status Observações Em Execução Em Execução Em Execução Membros da Equipe: Gatti Liara 15/mar Em Execução Marquito 25/fev Em Execução 17/mar Em Execução Patricia Vitor ideal para podermos planejar as ações e metas descobrir um pouco sobre como é Em Execução participar Em Execução Em Execução para estudarmos como ganharam Em Execução para otimizar nosso tempo, pois teremos pouco tempo juntos Em Execução ajudar no decorrer do projeto Quadro 16: Modelo de Plano de Ação. O status até a data de 26/02/2014 da entrega dos Planos de Ação está exibido no Quadro 17. PA entregue? Organizar o LabTAR aventura (e LabTAR aventura temáticos) Revisar Organizar mini apresentações regularmente durante as reuniões semanais Sim Seminários internos e workshops Sim Implementar ferramentas de gestão à vista Não Manual do membro novo e apadrinhamento Sim Organização dos arquivos Não Divulgação do LabTAR na UFES (na semana de engenharia por exemplo) Revisar Entrar com uma equipe no desafio SEBRAE Revisar Site Sim Olhar editais (FAPES e CNPq) e passar informações para o informativo Não Levantar as publicações de interesse Sim Conhecer os potenciais parceiros Não Comunicação frequente com os stakeholders Revisar Definir os canais de comunicação a serem usados (através do Plano de comunicação) Revisar Página no Facebook Sim Fazer um informativo para os stakeholders Não Alavancar fontes de recursos próprios Sim Quadro 17: Iniciativas e status de entrega dos Planos de Ação. 57 4.6 Encontro 6: Definição de metas Membros presentes: Bruno Mannato Angius, aluno de Engenharia de Produção, facilitador do evento; Juliana Merçom França, bolsista de comunicação; e Miriam de Magdala Pinto, professora do Departamento de Engenharia de Produção. Após a definição das Iniciativas que alavancariam os Objetivos Estratégicos, as metas para cada Indicador deveriam ser definidas. Nesta etapa, dois Indicadores foram revistos de forma a esclarecer sua descrição, sem alterar seu objetivo. Desta forma, o Indicador Quantidade de projetos que efetivamente saíram do ambiente acadêmico tornou-se Número de projetos que envolveram agentes fora da comunidade acadêmica e o Indicador Número de interações com stakeholders tornou-se Percentual de cumprimento do Plano de Comunicação com Stakeholders. No Quadro 18 estão listados os Indicadores e suas metas para os quatro trimestres de 2014. Os Indicadores que sofreram mudanças estão marcados em cinza escuro. Objetivo Estratégico Indicadores Metas 14T1 14T2 14T3 14T4 Número de convites externos para compartilhar Geração de conhecimento 1 1 1 3 3 3 3 3 3 3 3 conhecimentos do LabTAR Geração de Valor Número de citações Ser agente de integração de redes de inovação eficazes Stakeholders 1 Publicações Número de projetos que envolveram agentes fora da comunidade acadêmica Índice ponderado de publicações 58 Participar efetivamente de redes de colaboração Número de projetos em rede que o LabTAR 3 3 3 3 1 1 1 1 60% 60% 60% 60% 2 2 2 2 75% 75% 75% 75% 75% 75% 75% 75% 95% 95% 95% 95% participa Número de projetos Atender à comunidade vinculados à comunidade com projetos Índice de satisfação da comunidade com projetos Desenvolver tecnologias, Número de novas produtos e serviços de tecnologias em apoio às redes de desenvolvimento e colaboração desenvolvidas Número de parceiros Prospecção de parcerias levantados Número de parcerias realizadas Percentual de Comunicação com cumprimento do Plano de stakeholders Comunicação com Stakeholders Índice de satisfação com a comunicação interna Processos Internos Comunicação interna Percentual de presença eficaz nas reuniões Percentual leitura de atas de reunião Gerenciamento de Número de projetos projetos (Concepção, entregues no prazo elaboração, execução e Índice de gerenciamento controle) (pesquisa) Autossuficiência de recursos 80% 80% 80% 80% 90% 90% 90% 90% 80% 80% 80% 80% Eventos de Integração 3 3 3 3 Número de seminários 3 3 3 3 Índice de autossuficiência Índice de pesquisa de Clima organizacional 100% 100% 100% 100% Clima Colaboradores Capacitação dos membros Percentual de 100% 100% 100% 100% 59 cumprimento do checklist do Plano de membro novo Percentual de participação dos 70% 70% 70% 70% 2 2 2 2 membros nos seminários Tempo médio, em meses, de ociosidade das bolsas Atração e retenção de Percentual de membros permanência dos membros em função do 100% 100% 100% 100% tempo esperado Percentual de satisfação Crescimento pessoal e de cada membro com seu profissional dos membros crescimento pessoal e 70% 70% 70% 70% profissional Quadro 18: Metas para o LabTAR em 2014. 5 ANÁLISE CRÍTICA Em reunião no dia 25 de fevereiro de 2014, com presença das professoras e coordenador do BSC, os quatros membros do LabTAR que participaram de todo o ciclo de gestão estratégica, foram discutidos os resultados, pontos positivos e negativos identificados e oportunidades de aprimoramento dos processos de planejamento estratégico incluindo a construção do Balanced Scorecard e gestão estratégica do LabTAR. 5.1 A experiência de participar de um Planejamento Estratégico A primeira consideração feita a respeito da experiência de participação no processo foi relacionada à facilidade do método que não exige conhecimentos profundos de administração. O processo foi considerado fácil pela forma como os conceitos foram abordados e pelo uso de atividades lúdicas e discussões em grupos que estimularam a participação colaborativa de todos os membros. O formato de eventos nos quais havia previamente uma explicação por parte do facilitador dos conceitos, ferramentas e objetivos a serem atingidos em cada 60 atividade permitiu o envolvimento de professores e alunos, apesar de se tratar de assunto novo para a maioria dos membros do LabTAR. Esse formato foi usado para formulação da missão, da visão, valores, análise SWOT e objetivos estratégicos. No entanto, ele não foi usado nas etapas de definição de indicadores, metas e planos e ação, o que foi identificado como fator prejudicial à qualidade dos resultados obtidos nestas etapas. 5.2 Identidade A identidade de uma organização é geralmente expressa de forma sintética pelo conjunto de afirmações de sua missão, sua visão e seus valores. Todos os processos de gestão estratégica iniciam-se com a fase de planejamento estratégico que, por sua vez, começa precisamente com a definição da identidade organizacional. O LabTAR possuía uma definição de missão, visão e valores anterior a este processo de planejamento. Eles haviam sido definidos em julho de 2011, por processo de redação colaborativa online conduzido por Silvia Rocha, bolsista de comunicação do LabTAR. É relevante observar que essa identidade do LabTAR não estava sendo valorizada pelo grupo dado que na primeira rodada do planejamento estratégico nem a missão nem a visão em vigor na ocasião foram trazidos à discussão para serem revistos. Apenas os valores foram lembrados e mantidos sem alteração. O Quadro 19 apresentam, respectivamente, a evolução da Missão, Visão e Valores do LabTAR ao longo dos anos. Comparando-se a missão e a visão previamente definidas para o LabTAR com aquelas propostas na primeira rodada do planejamento estratégico observa-se que ainda havia muitas dúvidas por parte dos membros sobre a identidade do laboratório. Os exercícios iniciais do planejamento, de definições da missão e da visão ajudaram a esclarecer este ponto, que acabou tornando-se a base para a construção da cultura organizacional, seguida por todos os membros, inclusive por aqueles que não participaram da primeira rodada. 61 Missão do LabTAR Versão 2011 Oferecer apoio tecnológico e expertise no desenvolvimento de projetos em redes de colaboração Fomentar a criação e o desenvolvimento de redes de colaboração Versão 2012/2013 envolvendo os diversos segmentos da sociedade e prover tecnologias de apoio aos processos de trabalho nessas redes Fomentar a criação e o desenvolvimento de redes de colaboração para Versão 2014 inovação envolvendo os diversos segmentos da sociedade e prover tecnologias de apoio aos processos de trabalho nessas redes Visão do LabTAR Versão 2011 Ser reconhecido internacionalmente como polo gerador e difusor de conhecimento em gestão de redes de colaboração Ser reconhecido como agente de integração, transformação e causador Versão de impacto positivo na sociedade e ser referência nas áreas de 2012/2013 Versão 2014 competência do laboratório Ser referência local, nacional e internacional como agente de integração, transformação e causador de impacto positivo na sociedade Valores do LabTAR Versão 2011- Colaboração, transdisciplinaridade, compartilhamento, excelência e 2013 humanização dos relacionamentos Versão 2014 Colaboração, transdisciplinaridade, compartilhamento, excelência e humanização dos relacionamentos, transparência Quadro 19: Evolução da Missão, Visão e Valores do LabTAR ao longo dos anos. Na segunda rodada, a identidade do LabTAR já estava esclarecida e compartilhada pois as definições de missão, visão e valores sofreram pouquíssimas alterações, visando apenas a adaptação para a realidade atual do laboratório mesmo tendo sido resultado de um trabalho com significativo número de pessoas que não tinham participado da primeira rodada do planejamento estratégico. 5.3 Atividade Colorindo a visão Com o intuito de deixar os membros mais familiarizados com a Visão e, principalmente, criar um panorama do quanto cada aspecto da Visão está perto ou 62 longe de ser alcançado, logo após a atividade de sua definição foi realizado o exercício intitulado “Colorindo a Visão”, onde cada membro copiou a definição da Visão em uma folha de papel e coloriu as palavras-chave nas cores vermelho, amarelo e verde, de acordo com o que consideravam estar mais longe (pintando na cor vermelha) ou mais próximo (pintando na cor verde) de ser alcançado. Após o exercício individual, as percepções eram compartilhadas e foi estabelecido uma cor média para cada uma das palavras-chave, de modo a gerar uma “Visão Colorida” única para o laboratório, ajudando a criar um panorama único e compartilhado da situação atual, dos desafios pela frente e de quais pontos deveriam receber maior atenção nos trabalhos. 5.4 Análise SWOT A Análise SWOT é uma ferramenta utilizada para a análise de cenário, organizando os aspectos de forças, fraquezas oportunidades e ameaças que afetam uma organização em uma matriz 2x2, cujas colunas representam os pontos positivos e negativos e as colunas, os aspectos internos e externos. Os objetivos do uso desta ferramenta na construção do Planejamento Estratégico do LabTAR foram, principalmente, nivelar entre os membros os conhecimentos dos pontos fortes e fracos acerca da própria organização bem como os pontos do ambiente externo que podem afetá-la; e de prover subsídio para a construção do Mapa Estratégico, onde a definição dos Objetivos Estratégicos deveria levar em consideração os resultados da Análise SWOT para sua formulação. Apesar de aproximadamente 70% dos membros que participaram da revisão do Planejamento Estratégico não estiveram presentes na construção inicial, a maioria dos pontos levantados em cada um dos quatro aspectos se repetiu entre as rodadas. Um dos principais pontos levantados na segunda rodada foi a ameaça apresentada pelo programa governamental Ciência sem Fronteiras, que prejudicou a atração e a rotatividade dos membros no ano de 2013. 63 5.5 Definição de Indicadores e metas Uma das maiores dificuldades relatadas na reunião de análise crítica foi a definição de indicadores e metas. Os indicadores foram definidos de maneira colaborativa pelos membros do laboratório a partir das sugestões individuais feitas por alguns dos membros, pois nem todos entregaram suas sugestões. A dificuldade de elaboração de indicadores deveu-se, principalmente ao fato de que a maioria dos membros do LabTAR não estava familiarizada com a definição de indicadores de desempenho. Não foram utilizadas referências específicas sobre indicadores que guiassem esse processo e, assim, os indicadores foram definidos basicamente utilizando-se bom senso. Além disso, a falta de orientação específica para elaboração de indicadores e metas para o grupo no formato de exposição oral como foi feito para guiar as definições da missão, visão, valores e análise SWOT foi reportada na análise crítica final como tendo sido relevante para esta dificuldade e uma oportunidade de melhoria para os ciclos futuros. Durante as rodadas de avaliação e monitoramento, os indicadores e suas metas acabaram sendo revistos pela equipe responsável por esta atividade. Sendo assim, o aprendizado dos membros da equipe quanto à adequação dos indicadores não foi disseminado para todo o grupo e, por conseguinte, não beneficiou o segundo ciclo de planejamento de forma ampla. Como resultado, nem todos os indicadores selecionados mostraram-se apropriados para as medições que se destinavam e não houve interesse dos membros do laboratório em acompanha-los. Para definição das metas, assim como dos indicadores, foi utilizado basicamente o bom senso daqueles encarregados de defini-las. Muitas dúvidas surgiram no momento de sua definição, como a incerteza do nível de dificuldade da meta, a incerteza se as Iniciativas definidas seriam suficientes para atender à meta estipulada ou ainda se era apropriado haver metas que não possuíam nível de dificuldade crescente ao longo do tempo. 64 As rodadas de avaliação e monitoramento realizadas ao longo do período levaram em conta as metas estabelecidas, com poucas alterações. Os resultados obtidos em termos de desempenho em cada dos objetivos estratégicos, expresso em termos de cores no mapa estratégico, foram os únicos feedbacks levados para todo o grupo do LabTAR ao longo do processo. Sendo assim, não foi criada oportunidade de aprendizado sobre os indicadores e metas estabelecidas e sobre as relações entre eles e os objetivos estratégicos de forma ampla. 5.6 Planos de Ação Definida a identidade do LabTAR, elaborado seu Balanced Scorecard com objetivos estratégicos, indicadores e metas o passo seguinte foi a identificação de Iniciativas que permitissem o atingimento de tais metas. As Iniciativas foram sugeridas individualmente e selecionadas pelo grupo também com base no bom senso e experiências anteriores. Para cada Iniciativa foi designado um responsável pela elaboração de um plano de ação, apresentação do mesmo ao grupo e sua execução. O índice de sucesso nesta etapa foi muito baixo. De um total de 15 Iniciativas propostas, apenas 7 planos de ação foram elaborados e destes, apenas 3 realizados. Portanto, esta etapa é considerada a mais mal sucedida da primeira rodada de gestão estratégica do LabTAR. A reunião de análise crítica revelou que os motivos para este insucesso foi basicamente a falta de cobrança sobre os planos e a execução das Iniciativas. Nas rodadas de avaliação do BSC, os indicadores eram medidos e comparados com suas metas. Os objetivos estratégicos tinham suas cores alteradas de acordo com as novas medições e o mapa era atualizado. As justificativas para as mudanças identificadas pela equipe responsável pelo BSC eram apresentadas em reunião do LabTAR. Entretanto, a discussão não era desdobrada até o nível das Iniciativas e seus planos de ação. Alguns planos sequer foram entregues. Houve uma significativa rotatividade dos membros, (55% dos membros que iniciaram o processo de planejamento estratégico deixaram o laboratório antes da conclusão do primeiro ciclo). A alta rotatividade foi prejudicial de duas maneiras: devido ao baixo interesse 65 ou comprometimento daqueles que estavam deixando o LabTAR em elaborar planos que não ficariam sob sua responsabilidade e a descontinuidade de um responsável por uma Iniciativa. Estes dois fatos, aliados à falta de cobrança da elaboração e execução dos planos de ação durante as reuniões de avaliação trimestral fizeram com que muitas das Iniciativas ficassem abandonadas. Objetivo Estratégico Cor do OE 13T2 13T3 Iniciativa 13T4 Status Final Agente de integração, transformação e impacto positivo na sociedade Referência em pesquisa nas áreas de competência Buscar e enviar notas Divulgação e publicidade para mídias de divulgação Não realizado Criação e alimentação do site do LabTAR Não realizado Divulgação do LabTAR em apresentações Realizado Inscrição de trabalhos em congressos e Publicações e simpósios apresentações Escrever artigos para publicação em revistas e periódicos Não realizado Realizado Atingir resultados relevantes Envolvimento em redes de colaboração Gerenciamento de projetos Prospectar novas redes e fortalecer redes já envolvidas Controlar, manter e dar visibilidade ao gerenciamento de projetos Realizado Parcialmente realizado Gestão LabTAR Autossuficiência de recursos Criar parcerias com instituições Não realizado Escrever projetos para editais e Iniciativa privada Realizado Tecnologias inovadoras Definir Comunicação interna ferramentas e seguir plano de comunicação realizado Aprimorar o modelo de reunião semanal Divulgação da boa imagem do LabTAR no Atrair e reter os melhores ambiente da UFES Manual do membro novo e programa de introdução ao LabTAR, com padrinho Compartilhamento de conhecimentos Clima organizacional Organizar seminários Parcialmente internos, Realizado Não realizado Não realizado incluindo Parcialmente apresentação de artigos realizado Realizar seminários com convidados externos Não realizado Realizar Pesquisa de Clima Realizado LabTAR Aventura Realizado Quadro 20: Objetivos estratégicos, cores e Iniciativas. 66 No Quadro 20, temos a evolução da cor de cada objetivo estratégico bem como a lista das Iniciativas relacionadas a cada um deles. As medições em branco são de objetivos excluídos ou não medidos, conforme detalhado na seção 3ª Rodada (novembro de 2013). 5.7 Objetivos Estratégicos A análise que se segue é feita no sentido da perspectiva dos colaboradores para a da de geração de valor. Observa-se, a partir do Quadro 20: Objetivos estratégicos, cores e Iniciativas. que o “Clima Organizacional” no LabTAR se manteve muito bom durante todo o período. A alta rotatividade dos membros já relatada, portanto, não advém daí. Por outro lado, é importante que este ponto positivo do LabTAR passe a ser mais divulgado para favorecer o objetivo estratégico “atrair e reter os melhores”. No caso do objetivo estratégico “clima organizacional”, as duas Iniciativas tiveram plano de ação elaborado e executado. O objetivo estratégico “compartilhamento de conhecimentos” sofreu significativa melhoria. As duas Iniciativas deste objetivo estratégico tiveram seus planos de ação elaborados, porém, apenas os seminários internos foram realizados. Os seminários externos estavam a cargo de membros do LabTAR que se afastaram para participar do programa Ciência Sem Fronteira e a Iniciativa não foi atribuída a novo membro. Conclui-se, portanto, que as metas para este objetivo estratégico eram pouco exigentes já que mesmo uma das Iniciativas tendo sido abandonada, o indicador chegou ao valor máximo. O objetivo estratégico “atrair e reter os melhores”, porém, sofreu piora constante. As duas Iniciativas relacionadas para este objetivo estratégico não tiveram seus planos de ação elaborados e nenhuma ação foi realizada visando seu sucesso. A substituição de bolsistas é um processo esperado de um laboratório acadêmico, porém, o que houve foi a saída antecipada de alguns membros LabTAR devido a atração do Programa Ciência sem Fronteiras. O impacto desse programa sobre as atividades do laboratório não está apenas na saída do membro mas também devese ao desinteresse dos candidatos e selecionados pelas suas atividades em curso 67 em função de se organizarem para a saída para o exterior que se aproxima. Ainda sobre este objetivo estratégico, ressalta-se que o indicador usado para medi-lo durante o primeiro ciclo de planejamento foi o “percentual de permanência dos membros em função do tempo esperado”. A atração de novos membros não era medida. Na segunda rodada do planejamento estratégico foi incluído um indicador para medir a atração de novos membros que é o “tempo médio, em meses, de ociosidade das bolsas”. Já na perspectiva dos processos internos, o objetivo estratégico “Comunicação interna” sofreu melhora constante ao longo do primeiro ciclo de planejamento. Apesar da não elaboração do plano de ação para a Iniciativa “melhorar o modelo de reunião semanal”, esta ação foi realizada. A bolsista de comunicação do laboratório contou com sugestões e apoio do uso de novas ferramentas computacionais para realizar, na prática, esta Iniciativa. Por outro lado, a Iniciativa “Definir ferramentas e seguir plano de comunicação” teve um plano de ação realizado, mas que foi parcialmente realizado. Para o objetivo estratégico “tecnologias inovadoras” não foi proposta uma Iniciativa e o indicador proposto para medi-lo foi “número de projetos de inovação em andamento” com meta igual a dois. Como o LabTAR contava com dois projetos deste tipo em andamento durante o período em questão, o objetivo se manteve sempre com desempenho superior. No segundo ciclo de planejamento este objetivo estratégico foi retirado da perspectiva dos processos internos dado o novo entendimento de que não há obrigatoriamente a necessidade de se desenvolver tecnologias inovadoras para que a visão do LabTAR seja alcançada. Portanto, este Objetivo Estratégico parcialmente deu lugar ao de “Desenvolver tecnologias de apoio às redes de colaboração”. No caso do objetivo estratégico “Autossuficiência de recursos” foram propostas duas Iniciativas: “Criar parcerias com instituições” e “Escrever projetos para editais e Iniciativa privada”. As duas Iniciativas tiveram planos de ação elaborados e apenas a segunda foi executada com a redação de projetos internos a UFES para captação de bolsa e projeto externo para a Câmara de Alimentos da Findes. Este indicador, no entanto, passou de nível bom para regular durante o ciclo de planejamento. Este resultado deveu-se ao fato de que os projetos internos de captação de bolsas foram 68 bem sucedidos e o externo, não. Apenas a segunda Iniciativa teria sido suficiente para um desempenho excelente do LabTAR neste objetivo estratégico se o foco estivesse na “aprovação de projetos” e não na “redação de projetos”. Com este outro foco, o projeto poderia ter sido mais explorado visando ser aprovado e não esquecido. Na segunda rodada de planejamento, o grupo definiu a iniciativa “Alavancar fontes de recursos próprios” para alavancar este Objetivo Estratégico. O objetivo estratégico “Gestão LabTAR” não possuía Iniciativas associadas e seu indicador era “Nota de acompanhamento do BSC”, ou seja, uma média de todo o processo de gestão estratégica do LabTAR. Como média ele se manteve no valor mediano durante as duas primeiras avaliações trimestrais para, então, ser retirado do BSC dado o entendimento de que ele era uma medida redundante. O objetivo estratégico “gerenciamento de projetos” contava com a Iniciativa “controlar, manter e dar visibilidade ao gerenciamento de projetos” que teve seu plano de ação realizado e foi parcialmente realizado. O desempenho neste indicador oscilou entre bom e regular. Como à época da primeira medição os projetos em andamento ainda estavam em suas etapas iniciais, a meta para o indicador foi mais baixa que a definida para as medições seguintes. A partir da segunda rodada, a meta era mais alta, mas o resultado do indicador não acompanhou o aumento da meta. Portanto, apesar de um pequeno incremento no resultado, a comparação com a meta ficou pior que na medição anterior. Para a terceira medição, houve um aumento mais significativo no resultado, melhorando de volta a cor do Objetivo. Nesta perspectiva houve significativo aprendizado para o segundo ciclo de planejamento com muitas alterações nos objetivos estratégicos, Iniciativas e indicadores como pode ser observado no Quadro 13 e no Quadro 17. Já na perspectiva dos stakeholders, o objetivo estratégico “envolvimento em redes de colaboração” manteve-se no nível ótimo em todo o ciclo. A Iniciativa a ele associada “prospectar novas redes e fortalecer redes já envolvidas” teve seu plano de ação elaborado e executado. A meta apesar de ter sido aumentada no último trimestre também foi alcançada. No segundo ciclo de planejamento este objetivo estratégico foi alterado para “participar efetivamente de redes de colaboração” indicando um aprofundamento 69 desejado do nível de envolvimento do LabTAR as redes em que participa. Ao mesmo tempo a meta para o indicador “número de projetos em rede que o LabTAR participa” que tinha sido aumentada para quatro voltou para três reforçando que o interesse do LabTAR não é aumentar o número de redes mas a profundidade de sua atuação nelas. O objetivo estratégico “obter resultados relevantes” se manteve no patamar ótimo durante todo o ciclo. Ele não possuía Iniciativa associada e os indicadores correspondentes “convites para parcerias e redes” e “número de projetos de inovação em andamento” mostraram-se sobrepostos ao “envolvimento em redes de colaboração” e “tecnologias inovadoras”. Todos os três permaneceram no patamar ótimo em todo o ciclo o que reforça a sobreposição entre eles e coerência na avaliação dos indicadores usados. Este objetivo estratégico foi retirado no segundo ciclo de planejamento estratégico. O objetivo estratégico “publicações e apresentações” teve seu desempenho indo de regular a fraco no período do primeiro ciclo de planejamento estratégico. As duas Iniciativas a ele associadas “inscrição de trabalhos em congressos e simpósios” e “escrever artigos para publicações em periódicos” não tiveram planos de ação elaborados. As publicações e apresentações feitas no período foram decorrentes de um processo normal de ações do corpo docente envolvido mas não o resultado de ações deliberadas para promover o alcance de desempenho superior neste objetivo estratégico. Considerando-se que se trata de um laboratório acadêmico, o fraco desempenho neste objetivo estratégico deveria ter sido motivo de atenção cuidadosa. Ele foi alterado para o segundo ciclo do planejamento para “publicações”. O objetivo estratégico “divulgação e publicidade” contava com três Iniciativas “Buscar e enviar notas para mídias de divulgação”, “Criar e alimentar site do LabTAR” e “Divulgar o LabTAR em apresentações”. Nenhuma delas teve plano de ação elaborado e as ações realizada de divulgação do LabTAR não foram feitas em contexto de um plano de ação específico. O desempenho do LabTAR neste objetivo estratégico passou de bom a regular. Este objetivo estratégico foi retirado do segundo ciclo de planejamento com o novo entendimento de que o mais importante não é a “divulgação e publicidade” para a sociedade em geral e sim obter resultados junto à comunidade com a qual o LabTAR trabalha, vindo, posteriormente a 70 divulgação como consequência dos projetos bem sucedidos. Assim, no novo ciclo de planejamento foi inserido o objetivo estratégico “atender à comunidade com projetos” que será medido por Número de projetos vinculados à comunidade, Índice de satisfação da comunidade com projetos e Número de novas tecnologias em desenvolvimento e desenvolvidas. A perspectiva de Geração de Valor foi a que se mostrou mais difícil de se representar por indicadores. O Objetivo Agente de integração, transformação e impacto positivo na sociedade teve, inicialmente, como indicador Inscrição em prêmios, sob a justificativa de que a inscrição do LabTAR a prêmios seria um indicativo do bom trabalho que estaria sendo realizado pelo laboratório. Entretanto, este indicador mostrou-se bastante inapropriado para medir o impacto gerado pelos projetos do LabTAR. Primeiramente, não ficou estabelecido quais prêmios, ou quais tipos de prêmios, seriam válidos para indicador. Outro ponto relevante e que medir a inscrição em prêmios é uma medida indireta demais da relevância do trabalho de uma organização. Na terceira rodada de medição tais questionamentos foram levantados e o indicador foi alterado para Número de pessoas de fora da UFES participando dos projetos do LabTAR, com o entendimento de que trazer pessoas e organizações fora do ambiente acadêmico seria um indicativo de que o laboratório estaria causando um impacto positivo na sociedade. Entretanto, o indicador ainda permanecia insatisfatório, o que mais tarde chegou-se à conclusão de que o problema era no Objetivo Estratégico, não no indicador, e ele acabou por ser substituído na revisão do Planejamento Estratégico. O Objetivo Referência em pesquisa nas áreas de competência inicialmente possuía os indicadores Projetos de inovação e de orientação em andamento e Fator de impacto das publicações do LabTAR. O fator de impacto ficou inicialmente sem definição de meta e passou as duas primeiras rodadas sem possuir um pelo fato de que os locais de publicação do conhecimento do LabTAR ainda não possuem relevância o suficiente para possuírem um fator de impacto que possa ser medido. Na terceira rodada de medição concluiu-se que nenhum dos indicadores definidos para este Objetivo conseguiam mensurar de maneira satisfatória o Objetivo. Entretanto, não conseguiu-se chegar a uma conclusão de qual seria a melhor forma de medi-lo, ficando o mesmo sem indicadores para a terceira rodada. 71 Como causas gerais da deficiência na realização de iniciativas, portanto, estão a não definição clara do responsável pela elaboração e execução do plano, a saída de membros sem a determinação de um responsável para seguir com a iniciativa e a própria dificuldade de execução da iniciativa. Entretanto, essas adversidades poderiam ter sido superadas com monitoramento e controle sobre a execução dos planos de ação. Finalmente, observa-se que todos os objetivos estratégicos que tiveram ao menos uma iniciativa completamente executada obtiveram uma evolução positiva em suas medições ao longo do tempo, enquanto a maioria dos objetivos que não tiveram suas iniciativas executadas obteve uma evolução negativa nos resultados ao longo das medições. 5.8 Relações causais Um dos principais diferenciais que os autores do Balanced Scorecard alegam que a ferramenta possui é a relação de causa e efeito que pode ser avaliada com o auxílio do mapa estratégico. Entretanto, na literatura disponível, não há subsídio para a construção formal dessas relações, O estabelecimento de relações de causa e efeito entre objetivos estratégicos no BSC foi feito apenas guiado pelo bom senso dos participantes, sem utilizar a literatura disponível para dar suporte a esta tarefa. No primeiro ciclo do planejamento estratégico do LabTAR foram estabelecidas poucas relações causais entre os objetivos estratégicos e, à medida que o mapa sofria alterações e os objetivos eram alterados, mais setas que representavam essas relações foram sendo perdidas. Além disso, não houveram esforços para verificar se as iniciativas que foram ou não executadas tiveram algum impacto nos indicadores de desempenho. 5.9 Replicação A aplicação da metodologia de planejamento estratégico no LabTAR trouxe o interesse de outros laboratórios acadêmicos da UFES no uso desta ferramenta na sua gestão. O Laboratório de Design Instrucional – LDI – ligado ao Departamento de Desenho Industrial e o Núcleo de Estudos em Modelagem e Ontologias – Nemo – 72 ligado ao Departamento de Informática, que possuíam membros em comum com o LabTAR, incorporaram a metodologia de planejamento estratégico em sua gestão. Além disso, laboratórios dos Departamentos de Física e de Engenharia Elétrica já demonstraram interesse no uso da metodologia. 5.10 Sugestões e próximos passos Como sugestão para a continuidade da gestão estratégica com o uso do BSC, temos primeiramente uma cobrança e controle maior sobre a execução das iniciativas conforme definido nos planos de ação. Além disso, a construção de um quadro de gestão à vista, previsto para estar disponível no LabTAR em abril de 2014, tem o intuito de prover aos membros do laboratório maior conhecimento sobre as ações que estão sendo realizadas por cada membro. Há, ainda, a sugestão de dar mais riqueza de detalhes ao mapa estratégico afixado na parede do laboratório, incluindo informações dos indicadores que compõem cada objetivo estratégico e do registro histórico das cores de cada objetivo, possibilitando também uma análise da evolução das medições ao longo do tempo. Isto pode ser feito colocando os indicadores em quadrados pequenos colados na lateral do objetivo e colocar faixas coloridas na outra lateral do indicador, com as cores anteriores que o objetivo recebeu, conforme diagrama na Figura 21. Figura 21: Sugestão de aprimoramento da exibição dos objetivos estratégicos afixados na parede. Pela falta de familiaridade com os conceitos de Planejamento Estratégico da maior parte dos membros, existe a necessidade de, a cada etapa, existam explicações 73 detalhadas sobre as atividades a serem realizadas e os objetivos de cada uma delas. Embora os conceitos sejam muito claros para os facilitadores, nem sempre o são para os participantes. Portanto é muito importante revisar no início de cada etapa as atividades realizadas nas etapas anteriores e explicar detalhadamente os conceitos que serão abordados durante o encontro. Lembrar sempre de utilizar exemplos e, para os casos onde existam tarefas para que os membros entreguem no encontro seguinte, fazer um exercício de exemplo com a presença de todos para que fique clara a atividade para casa. Em relação à metodologia de construção do Planejamento Estratégico e utilização do Balanced Scorecard enquanto ferramenta de apoio à Gestão Estratégica, mostrou-se necessário um maior embasamento e maior uso de material de apoio principalmente nas etapas de elaboração de relações de causa e efeito e definição de indicadores e metas, uma vez que, em grande parte, foram definidos utilizando bom senso e experiência prévia dos membros, . 74 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Facilitador apresentando conceito de Missão organizacional. ..................... 9 Figura 2: Momento do Brainstorming da definição da Missão. .................................. 10 Figura 3: Membro do LabTAR e seu exercício “Colorindo a Visão”. ......................... 14 Figura 4: Facilitador mostrando o resultado final do exercício “Colorindo a Visão”. .. 14 Figura 5: Esquema da Análise SWOT. ...................................................................... 16 Figura 6: Facilitador apresentando exemplo de Matriz SWOT. ................................. 17 Figura 7: Mapa Estratégico do LabTAR – primeira versão. ....................................... 21 Figura 8: Momento da atividade de definição de Indicadores. .................................. 22 Figura 9: Mapa Estratégico do LabTAR após primeira compilação de resultados. ... 31 Figura 10: Mapa Estratégico do LabTAR afixado na parede do laboratório. ............. 33 Figura 11: Mapa Estratégico do LabTAR após segunda compilação de resultados . 34 Figura 12: Alterações de cor dos Objetivos Estratégicos da Perspectiva de Processos Internos na segunda rodada. ................................................................... 35 Figura 13: Alterações de cor dos Objetivos Estratégicos da Perspectiva de Colaboradores na segunda rodada. .......................................................................... 35 Figura 14: Mapa Estratégico do LabTAR após terceira compilação de resultados. .. 38 Figura 15: Alterações de cor dos Objetivos Estratégicos da Perspectiva de Stakeholders na terceira rodada. .............................................................................. 39 Figura 16: Alterações de cor dos Objetivos Estratégicos da Perspectiva de Processos Internos na terceira rodada. ..................................................................... 39 Figura 17: Membros apresentando as ideias dos grupos sobre a Missão do LabTAR. .................................................................................................................................. 44 Figura 18: Membros do LabTAR construindo o Mapa Estratégico. ................ 49 Figura 19: Mapa Estratégico do LabTAR, versão 2014. ............................................ 51 Figura 20: Dinâmica de definição de Indicadores. ..................................................... 53 Figura 21: Sugestão de aprimoramento da exibição dos objetivos estratégicos afixados na parede. ................................................................................................... 73 75 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Matriz SWOT obtida por consenso para o LabTAR.................................. 18 Quadro 2: Indicadores de desempenho – primeira versão. ....................................... 23 Quadro 3: Iniciativas e seus status de elaboração de Plano de Ação e execução. ... 25 Quadro 4: Iniciativas e equipes. ................................................................................ 26 Quadro 5: O Plano de Ação da Iniciativa Seminários Externos................................. 27 Quadro 6: Metas trimestrais para o BSC LabTAR..................................................... 29 Quadro 7: Cores e percentuais dos Indicadores ....................................................... 30 Quadro 8: Medições do Balanced Scorecard na primeira rodada. ............................ 32 Quadro 9: Medições do Balanced Scorecard nas duas primeiras rodadas. .............. 37 Quadro 10: Resumo das medições do Balanced Scorecard do LabTAR no ano de 2013. ......................................................................................................................... 42 Quadro 11: Comparação entre as visões do LabTAR, coloridas pelos membros. .... 46 Quadro 12: Análise SWOT. ....................................................................................... 49 Quadro 13: Indicadores de desempenho de cada Objetivo Estratégico. ................... 54 Quadro 14: Iniciativas definidas para cada Objetivo Estratégico;.............................. 56 Quadro 15: Iniciativas, equipes e responsáveis ........................................................ 56 Quadro 16: Modelo de Plano de Ação. ..................................................................... 57 Quadro 17: Iniciativas e status de entrega dos Planos de Ação. .............................. 57 Quadro 18: Metas para o LabTAR em 2014.............................................................. 60 Quadro 19: Evolução da Missão, Visão e Valores do LabTAR ao longo dos anos. .. 62 Quadro 20: Objetivos estratégicos, cores e Iniciativas. ............................................. 66 76