Sem Mais Jornal ID: 49523598 24-08-2013 Sonae incrementa investigação viva’ nas Ruinas de Tróia A Sonae Turismo preparase para incrementar as visitas e os estudos científicos em torno das Ruínas Romanas de Tróia, sítio arqueológico com mais de dois mil anos de história, garantiu ao Semmais João Madeira, o director-geral da Tróia Resort, que detém a jurisdição daquele património. Neste âmbito, o grupo pretende já em Outubro realizar um congresso internacional dedicado à cerâmica fabricada no período da ocupação romana de Tróia, e está também a avaliar exemplos de campos de férias operados em zonas similares de Itália e da Grécia, como forma de dar expressão «ao trabalho de investigação contínua» que a equipa de arqueólogos residentes tem vindo a realizar. «Este congresso é muito importante porque a produção de cerâmica deste centro era muito Tiragem: 45000 Pág: 4 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 27,19 x 10,97 cm² Âmbito: Regional Corte: 1 de 1 relevante à época e os campos de férias queremos arrancar já no próximo ano, tendo em vista o mercado externo, com destaque para os Estados Unidos», explica João Madeira. Outra das iniciativas para dar corpo a esta vertente mais de investigação e estudo das ruínas de Tróia visa «aumentar as visitas escolares» junto da região de Setúbal. O responsável promete que a sua equipa de técnicos será «mais proactiva» junto das escolas, para que estas possam trazer ao sítio arqueológico, Monumento Nacional desde 1910, os seus alunos «para vivenciarem um dia de história ao vivo». Câmara de Grândola prepara carta arqueológica Esta nova frente da empresa junto da importância histórica das ruinas é aplaudida pela autarquia de Grândola, que está a preparar a ‘Carta Arqueológica’ do concelho, incluindo um roteiro de várias estações do género situadas no seu território. A presidente da edilidade, Graça Nunes, garantiu ao Semmais que o documento estratégico está em fase conclusiva, sendo que deverá ser apresentado no primeiro semestre do próximo ano. «Já temos estações requalificadas, através de fundos comunitários, e a maioria dos problemas ligados ao facto de algumas delas estarem no interior de propriedades privadas já foram ultrapassados», disse a presidente. Para além da requalificação das ruínas de Troia, Graça Nunes não esquece as Minas do Lousal, um grande centro de arqueologia industrial, que inclui um Centro de Ciência Viva, um dos mais visitados em todo o país. «A tendência, neste processo, é requalificar, preservar e dar vida a estes pedaços da história e mistério do nosso território, no que apelido de ‘triângulo mágico’, MelidesTróia e Lousal, com Grândola no centro», afirma a autarca. Os trabalhos têm estado a ser desenvolvidos por técnicos da Universidade Nova e, no caso da arqueologia subaquática pela Universidade do Algarve.