1 Grupo de trabalho GT I: Direitos humanos, violência e criminalização da pobreza. RETRATO SEM RETOQUES Ingrid Lorena da Silva Leite Graduanda do Curso de Serviço Social e bolsista da Iniciação Cientifica da Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza – Fametro. Resumo: Este artigo visa promover uma reflexão sobre o protagonismo dos jovens em situações de violência na cidade de Fortaleza. Diante disso, busco compreender quem são esses sujeitos a partir das suas trajetórias de vida. Para analisar esse contexto, O Mapa da Violência 2014 – Jovem no Brasil, aponta que juventude na contemporaneidade tem vivenciado as mais diversas expressões da violência, tendo em vista a produção e acumulação da sociedade capitalista e os modos de vida que é produzido, evidenciando desigualdade, exclusão, consumismo e individualismo, além disso, outros elementos culturais, sociais, políticos e econômicos potencializam e agravam o retrato da juventude e da violência, onde é possível ultrapassar a ótica de um problema social. Palavras – chaves: juventude - violência – violações. Abstract: This article aims to promote a reflection on the role of young people in situations of violence in the city of Fortaleza. Therefore, I seek to understand who are these guys from their life trajectories. To analyze this context, The Map of Violence 2014 - Youth in Brazil, points out that in contemporary youth have experienced many different expressions of violence, with a view to production and accumulation of capitalist society and 2 ways of life that is produced, showing inequality , exclusion, consumerism and individualism, moreover, other cultural, social, political and economic elements potentiate and exacerbate the picture of youth and violence, where it is possible to overcome the perspective of a social problem. Key - words: youth - Violence – violations. 1. Introdução Este artigo busca promover reflexões sobre a violência, entendida como uma ação que produz e se reproduz através do uso da força, seja física ou não, no universo da juventude1. Conforme Chaui (1999), toda violência age contra a liberdade, contra a vontade e contra espontaneidade do ser violentado, uma vez que brutaliza, coage, constrange e viola sua natureza, tratando seres como objetos. Nesse momento percebe - se que os jovens brasileiros vivem e sobrevivem enfrentando diversas situações de violência, que muitas vezes vistos como transgressores são ao mesmo tempo vitimas. É um desafio desenvolver este artigo compreendendo que os jovens estão mergulhados em uma realidade extremamente desigual onde perpassa o adensamento das expressões da questão social, na qual destaco as diversas violações de direitos. Existem simplificações, imediatismos ou até mesmo a invisibilidade social2 formas e conceitos que arriscam - se a justificar esse cenário de violência e violação como algo naturalizado e/ou sem prioridade. Entre as mídias sociais é apresentado que comportamento violento dos jovens é explicado pelo uso 1 É necessário refletir sobre a condição juvenil, categoria fundamental juventude, que deve ser estudada e interpretada como uma construção social e histórica, que destaca as “singularidades inquietantes” e das “trajetórias de vida” dos indivíduos para compreender o lugar social desse grupo na contemporaneidade. Marinho, 2012. 2 Um conceito criado para designar as pessoas que ficam invisíveis socialmente, seja por preconceito ou indiferença. De acordo com Soares (2004) uma das formas mais eficientes de tornar alguém invisível é projetar sobre ela um estigma socialmente construído, sendo assim tudo que distingue a pessoa tornando-a um individuo, tudo o que nele é singular desaparece, prevalece a imagem, no caso de marginal ou infrator. 3 de drogas, pelo desejo desenfreado em consumir, pela promiscuidade sexual, pela lógica do “ganho fácil” e pela ideia de “desestrutura familiar”, reforçando estigmas e preconceitos. A partir desse retrato se configura o desafio trazer essa reflexão em não simplificar a condição juvenil ou tratar a juventude como um problema social, mas uma discussão central que se configura na sociedade brasileira. Vivemos um cenário onde, cria-se uma cultura de ações repressivas e/ou imediatistas voltadas para conter a violência dos jovens, que camufladas por perspectiva moralista, reformista e assistencialista, prejudicam a suas conquistas, desejos e sonhos frente a suas trajetórias de vida, onde atribuem sentidos e significados. Desse modo, os jovens não seriam capazes de “sobreviver” se não estivessem assistidos por políticas públicas ou envolvidos em projetos sociais. O que dizer sobre as medidas socioeducativas se afirmarem como principal política destinada aos jovens em conflito com lei, uma política que traz graves apontamentos sobre uma juventude criminalizada e carcerária. Outras explicações também são dadas como o envolvimento de jovens em situações de violência exclusivamente pelo consumismo exacerbado, desapego ao trabalho; desejo de ascensão social fácil e rápida, perda de valores comunitários e pelo comportamento agressivo e tempestivo. Estes são argumentos de caráter superficial e imediatista que atribuem aos jovens imagens estigmatizadas, principalmente aos moradores das regiões pobres. O cenário figura-se abandono. 2. Cenário de violência Uma guerra civil é a analise realizada pelo Mapa da Violência 2014, referente aos números de homicídios da população jovem no Brasil. Em 2012, os jovens de 15 a 29 anos de idade representavam 26,9% do total dos 194,0 milhões de habitantes do País, alvo de 53,4% dos homicídios. O perfil que é identificado através dos dados é preocupante e ressalta a desigualdade social e econômica do país, além do modo de vida estereotipado pela sociedade capitalista. Segundo o Mapa da Violência 2014, os jovens vítimas da violência e suas múltiplas expressões 4 são na maioria pobre, negra e do sexo masculino, os dados mais expressivos de homicídios estão centralizados na região Nordeste com aumento de 28,7%: Entre os jovens a situação é mais preocupante: o número de vítimas brancas cai 32,3%. O número de vítimas jovens negras aumenta 32,4%: o diametralmente oposto. As taxas brancas caem 28,6% enquanto as negras aumentam 6,5%. Com isso, o índice de vitimização negra total passa de 79,9% em 2002 (morrem proporcionalmente 79,9% mais jovens negros que brancos) para 168,6% em 2012, o que representa um aumento de 111% na vitimização de jovens negros. Mapa da Violência, pág 180, 2014. Em destaque o Estado do Ceará passou do 17° no ranking em números de homicídios em 1998, para 3° em 2012, referente ao homicídio da população jovem. No Estado cerca 2.092 jovens com idade entre 15 e 29 anos foram assassinados, no Nordeste o número é de 12.092, referido ano. De acordo com o Mapa da Violência a taxa de homicídios dos jovens acendeu para 176,4% em dez anos (2002-2012). Na cidade de Fortaleza, em 2012 foram 1.920 jovens assassinados, ultrapassando a barreira dos 100 homicídios por 100 mil jovens. Esse dado configura-se em uma guerra civil, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. ...e a magnitude de homicídios correspondentes ao conjunto da população já pode ser considerada muito elevada, a relativa ao grupo jovem adquire caráter de verdadeira pandemia. Os 52,2 milhões de jovens que o IBGE estima que existiam no Brasil em 2012 representavam 26,9% do total da população. Mas os 30.072 homicídios de jovens que o DATASUS registra para esse ano significam 53,4% do total de homicídios do País, indicando que a vitimização juvenil alcança proporções extremamente preocupantes. Mapa da Violência, pág 37, 2014. Diante desse cenário o Mapa da Violência traz alguns apontamentos, pretendo tratar de um especificadamente, as políticas públicas, que demonstram fragilidades quando a sua efetividade, o que se apreende é aplicação de medidas socioeducativas como a principal ação do Estado, em especial do Ceará. Políticas preventivas não se materializam nesse tecido fraturado, a dimensão de medidas mais punitiva é a mais visível e aplicada frente a uma juventude pobre, negra e masculina. São jovens originários de regiões periféricas da cidade de Fortaleza, localidades onde os equipamentos e serviços sociais se configuram com precariedade e ineficiência. A violação de direitos dos sujeitos é um dos principais apontamentos realizados, pois a falta de segurança pública, e a privatização de segmentos básicos e essenciais como educação, saúde, esporte entre outros 5 colocam em segundo plano o que é estabelecido na Constituição Federal de 1988, considerada um marco no processo de redemocratização do Brasil. O Ceará é o quarto estado do País em número de jovens internados cumprindo medida socioeducativa, com idade entre 15 a 17 anos, por terem cometido algum ato infracional, com 1.740, em 2012. O Estado esta atrás apenas de São Paulo, Pernambuco, e Paraná. Em Fortaleza, são 2.176 adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA. Desses, 2.016 estão em liberdade assistida e 160 em prestação de serviços comunitários. Os números são resultado do Levantamento Nacional do Atendimento Socioeducativo 2012 feito pela Secretaria Nacional dos Direitos Humanos. Em relação ao jovem que comete um de ato infracional se aplica segundo o artigo 112 do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA as medidas socioeducativas para os autores de atos infracionais, as quais se referem ao grupo das medidas não privativas da liberdade – advertência, obrigação de reparar dano, prestação de serviço à comunidade, liberdade assistida - e ao grupo das privativas de liberdade – inserção em regime de semiliberdade e internação em centros educacionais, deve ser adotada em última instância, levando-se em consideração a excepcionalidade, a condição do adolescente em cumpri-la e a gravidade da infração. No entanto, prevalecem políticas contrárias ao que é estipulado no artigo 122, do Estatuto, segundo o qual “em nenhuma hipótese será aplicada a internação, havendo outra medida adequada”. A excepcionalidade e a brevidade na aplicação da medida de internação configuram-se como um grande desafio no atendimento a esses jovens. Segundo a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), em 2012, 4.208 jovens foram apreendidos. Os números de adolescentes envolvidos em atos infracionais aumentam de forma expressiva no Estado do Ceará. Grande maioria desses jovens configura-se no perfil mencionado, mas a baixa escolaridade passa a ter destaque, são poucos os jovens que concluíram o ensino fundamental. O cenário da realidade dos jovens que nascem, crescem e sobrevivem no seio da violência, 6 desconhecendo direitos, sendo enxergados como criminosos em potencial constrói uma juventude sem sonhos e carcerária: Quando á prisão, ela ensina aos pequenos delinquentes, sobretudo, a se tornarem melhores criminosos... o fracasso da gestão penal da miséria servirá de justificativa... o seu indefinido discurso sobre a responsabilidade individual e a “reincidência” acabará por naturalizar”. Wacquant, 1999. A situação da maioria dos jovens da cidade de Fortaleza não difere dos dados de pesquisas nacionais e latino-americanas. Estes denunciam um quadro de negação de direitos que contribui para uma integração precária dos jovens com idade compreendida de 15 a 24 anos, as frágeis e pontuais e seletivas estruturas de oportunidades; políticas, programas e projetos criados pelos três setores fundamentais: Estado, mercado e sociedade. A desigualdade social, aliada a fortes apelos materialistas e de consumo, as expressões da questão social oriundas da lógica capitalista e do modo de produção cumulativo, além de fatores socais, culturais, econômicos e políticos, tem criado um cenário potencializador das diversas formas de violência que atingem principalmente os jovens negros, pobres do sexo masculino. Esta dinâmica produtora de violência tende a ser naturalizada pelos discursos e práticas moralizadoras que pautam os jovens como os principais protagonistas em situação de violência, são os jovens instrumentos da causa de toda a insegurança social. 3. Considerações Nota-se um grande aumento da violência associada principalmente às comunidades periféricas e pobres que, em grande parte, se encontram dominadas pelo tráfico de drogas. Integradas por jovens que em muitos casos desde crianças se inseriram na criminalidade, os grupos, gangues entre outros se configuram como um espaço de sociabilidade, referência e segurança aos jovens. Com seus códigos próprios, desafiam o poder do Estado ditando as regras e normas de justiça local, punindo em muitos casos com a morte a quem consideram como inimigos. Discriminados pela sua condição socioeconômica, desvalorizados pela sociedade que os vê como pivetes e marginais, os jovens encontram no poder exercido pela 7 arma de fogo, nos crimes bárbaros cometidos contra a comunidade periférica em que vivem forma de conseguir prestígio, aceitação social e dinheiro, tão importantes numa sociedade embasada em modismos e valores consumistas. Além da possibilidade de serem vistos, de suas manifestações percebidas. ...o pobre é representado como um bandido em potencial. Suas imagens são, sobretudo a dos moradores de rua, e entre estes, os pivetes, que cheiram colam e roubam os transeuntes nas praças e nas ruas das grandes cidades. Sua figura mais ilustrativa é a do bandido urbano, “individuo geralmente escuro e nordestino”, Nascimento, 1994. Segundo Nascimento (1994) existem grupos sociais que não tem uma participação no mundo do trabalho, não tendo condições mínimas de sobreviver, sendo assim estes são desvalorizados, excluídos parcial ou totalmente da orbita do ter direitos. A juventude sofre uma exclusão, ainda de acordo com Hannah Arendt (2001) existem grupos socais que são recusados ao espaço de obtenção de direitos. Estes grupos sociais passam a “não ter direito a ter direitos”. Sem serem reconhecidos como semelhantes, a tendência é expulsá-los da orbita da humanidade. Passam assim a ser objeto de extermínio. O excluído moderno é assim, um grupo social que se torna economicamente desnecessário, politicamente incômodo e socialmente ameaçador, podendo, portanto ser fisicamente eliminado. Este último aspecto que funda a exclusão social e se entrelaça nesse cenário de violência, (Nascimento, 1994). Ressalto que esses jovens infratores são sujeitos construtores de signos, consumidores de desejos e atuantes na esfera pública, talvez enxerga-los como seres construtores seja essencial para trilhar uma reflexão crítica. Antes de serem condenados por causa de suas manifestações de violência, deve-se antes de tudo, entender a relevância de suas construções e aparições. Discutir e refletir sobre a condição juvenil é um desafio, pois é necessário pensar os fatores sociais, econômicos e históricos que influenciam para atual contexto. Isso implica em conhecer a realidade desses jovens: sujeitos cujas famílias, em geral, não dispõem de condições materiais e financeiras para garantir a satisfação de suas necessidades essenciais; jovens de baixa escolaridade, desempregados, pressionados pelos enormes e persistentes apelos de consumo e 8 pela necessidade de sobrevivência, dispostos a realizar, qualquer atividade ou tarefa que os possam remunerar e garantir o seu sustento/ reconhecimento. Todos esses indivíduos também possuem inscrições locais, diferentemente do que pressupõe o senso comum, em universos familiares, religiosos, produtivos e simbólicos dos mais legitimados socialmente...e seu estar no mundo é produto do que conseguem fazer nas situações que se lhes apresentaram em seus percursos, Feltran, 2009. Ao contrário do que muitos pensam, são esses jovens as principais vítimas da violência, pois, se, de um lado, a escola não os atrai; de outro, o mercado não os aceita e a sociedade os inclui de forma precária. Esse é um dos dilemas que aos jovens pobres cabe enfrentar. É essencial refletir sobre a trajetória desses jovens que são mais vitimas que agressores. Existe um pensamento homogeneizado que o jovem pobre, negro é uma pessoa perigosa. Essa concepção torna a juventude um problema social, limitando visualizar o contexto social desses sujeitos e empobrecendo o debate crítico. Quando definimos simplificadamente o jovem infrator, obscurecemos as possibilidades e a necessidade de entender como são as trajetórias de vida e suas dimensões. Realizo este trabalho como forma de dialogar a importância da garantia dos direitos humanos frente a criminalização dos jovens que são estigmatizados pela sociedade capitalista, uma sociedade que ignora seus desejos, direitos e necessidades. Diante disso, estar “satisfeito” em uma “sociedade insatisfeita”, como designa Agnes Heller (1998), não significa saciar todas as necessidades concretas, mas sim, ter consciência que sua existência conta, que sua presença deixou um vestígio na fase do mundo, e isso satisfaz. É importante ressaltar que ser jovem significa para além de um fator geracional, as condições culturais emanam processos de socialização que compõem códigos deferentes de incorporar, perceber e apreciar os modos de vida juvenil. São as subjetividades desses sujeitos, que não podem ser apreendidas de forma simplista, sem considerar a dimensão cultural, Marinho, 2012. A juventude na contemporaneidade tem vivenciado as mais diversas expressões da violência, tendo em vida a produção e acumulação da sociedade 9 capitalista e os modos de vida que é produzido, evidenciando o consumismo e o individualismo. O perfil dos jovens em destaque nesse trabalho são sujeitos que tiveram seus direitos violados. Isso mostra as faces da desigualdade social e as consequências que adensam as expressões da questão social, própria da forma de produção da nossa sociedade. Como assinala Hannah Arendt (2001), para que o ser não seja excluído, é necessário que seus direitos sejam reconhecidos e exercidos. É possível mudar essa realidade a partir do desenvolvimento de formas contra-hegemônicas de pensar, conforme Boaventura Santos, visando à inserção social dos jovens que cometeram atos infracionais, vítimas de políticas de inspiração neoliberal, como sujeitos do processo de emancipação social e de autonomia. Neste sentido, aqui são desenvolvidas reflexões, numa perspectiva democrática, visando a contribuir com o debate sobre a questão. Recorrendo-se a Santos (2006), são identificadas três condições para desenvolver esse processo de participação democrática: “ser garantida a sobrevivência”; “não estar ameaçado”; “estar informado”. Portanto, pensar soluções para essa questão é combater as desigualdades sociais e todas as formas de discriminação e lutar pela justiça social a partir de maior participação do cidadão no processo democrático. Fortalecer espaços de participação e a primeira ação para reconhecer esses jovens como sujeitos de construções e contribuições, valorizando suas experiências. Para tanto, procura-se, inicialmente, mostrar aspectos da realidade da juventude brasileira, nos dias atuais, especificamente dos jovens autores de atos infracionais, seguindo-se uma breve contextualização das políticas para esse setor, na sua trajetória histórica, e um panorama sobre o complexo institucional que, no Brasil, executa o atendimento socioeducativo desses jovens. No final, destaca-se a importância da participação democrática dos atores e dos próprios jovens na construção dos seus projetos de vida, a partir das ideias do “conhecimento/emancipação” e “cidadania ativa”, presentes em Santos (2002), os quais, associados ao potencial crítico da Universidade, podem ser vistos como um 10 ideal a ser perseguido e capazes de conduzir os jovens em conflito com a lei a superar os obstáculos e limitações que eles encontram em seu cotidiano. Partindo-se do quadro acima exposto, logo se imagina que a realidade dos jovens em conflito com a lei, no país, reflete diretamente os efeitos mais perversos das desigualdades sociais e das injustiças que afetam as camadas mais pobres da população. Referência ARENDT, Hannah. A condição Humana. Rio de Janeiro, Forense Universitária, 10ª Ed. 2001. BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal 8.069/80). Brasília: Gráfica do Congresso Nacional, 1992. CHAUÍ, M. Introdução à Filosofia. Porto Alegre: Ed. 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