Memorias Convención Internacional de Salud. Cuba Salud 2015
ISBN 978-959-212-963-4
ID:1318
FATORES DE RISCO PARA A SÍNDROME DE BURNOUT ENTRE OS PROFISSIONAIS DE
ENFERMAGEM DE UMA EMERGÊNCIA GERAL
Lino do Monte, Arene; Lessa Cordeiro, Eliana, Sousa Silva, Jussara; Ferreira da silva, Viviane; de
Oliveira Moura, Thaís Andrea. Brasil.
RESUMO
Objetivo: Identificar os fatores de risco para a síndrome de Burnout entre profissionais de enfermagem
de um serviço de emergência geral. Método: O presente estudo é do tipo exploratório-descritivo,
transversal com análise quantitativa de dados. A população de estudo foi composta por auxiliares de
enfermagem, técnicos de enfermagem e enfermeiros, profissionais que atuam no Hospital da
Restauração no setor de emergência, Recife - Pernambuco. Para isso a coleta de dados foi realizada
através de entrevistas após aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital da Restauração sob o
CAAE nº 0084.0.102.000-11. Resultados: Há uma prevalência de técnicos de enfermagem (66,7%) na
faixa etária > 41 anos (57,3%), feminino (89,3%), casadas (44,0%), formadas (69,3%) e atuando na
área (68%) a mais de 10 anos. A maioria não tem especialização (57,3%), possuem apenas um vínculo
empregatício (52%), e com 30 horas semanais (39,9%) asseguram dormir de 6 a 8 horas por dia (64%),
contudo, não utilizam indutores do sono (85,3%), mas, encontra-se segundo o MIB com possibilidade
de desenvolver Burnout (41,3%). Conclusão: Assim, com o intuito de compreender e elucidar algumas
situações que interferem no bem-estar social e laboral do profissional de enfermagem a auto-avaliação
pessoal e profissional é imprescindível, pois, representa a possibilidade de galgar novos horizontes a
partir da compreensão, transformação e proposição de intervenções que venham a resgatar as
dimensões afetivas contidas no cotidiano de quem cuida.
Descritores: emergência; síndrome de Burnout; profissionais de enfermagem.
INTRODUÇÃO
A Síndrome de Burnout é conceituada na classificação Internacional de Doenças CID 10 (2008) como
um distúrbio mental de caráter depressivo, em função do desempenho da atividade profissional. É
também chamada de síndrome do esgotamento físico e mental intenso1.
Assim, Burnout é considerado como um risco ocupacional para profissionais que prestam cuidados
com saúde, educação e serviços humanos. Diversos profissionais, enfermeiros, trazem à baila o
Burnout como um dos possíveis causador da diminuição progressiva da qualidade da assistência. No
Brasil, o Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999, aprovou o Regulamento da Previdência Social e, em
seu Anexo II que trata dos patógenos causadores de Doenças Profissionais. O item XII da tabela de
Transtornos Mentais e do Comportamento Relacionados com o Trabalho (Grupo V da Classificação
Internacional das Doenças – CID-10) cita a “Sensação de Estar Acabado” (“Síndrome de Burnout”,
“Síndrome do Esgotamento Profissional”) como sinônimo do Burnout, que, na CID-10, recebe o
código Z73.02.
O termo Burnout, foi utilizado pela primeira vez em 1974, pelo psicólogo alemão Herbert
J.Freudenberger, ao descrever um quadro observado em jovens trabalhadores de uma clínica de
dependentes de substâncias químicas na cidade de Nova York, Estados Unidos. Eles reclamavam que já
não conseguiam enxergar os pacientes como pessoas que necessitavam de ajuda, uma vez que estes não
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demonstravam o mínimo esforço em seguir o tratamento prescrito. Este quadro caracterizava-se em um
processo gradual de desgaste no humor e/ou desmotivação3.
Para Freudenberger, o termo Burnout originou-se no verbo inglês “to burn out” queimar-se por
completo, consumir-se. Através do cansaço e frustração que o trabalho traz, conclui-se que esta
síndrome é “um estado de esgotamento físico e mental ligada à vida profissional”. Ela consiste na
“síndrome da desistência”, pois o indivíduo, ao se encontrar nessa situação, deixa de investir em seu
trabalho e nas relações afetivas decorrentes do mesmo e, tornam-se incapazes de investir afetivamente
em seu trabalho4.
Estudos mostram que existem dados sobre a incidência da Síndrome de Burnout no Brasil, porém, há
uma incidência muito grande em profissionais que lidam com a área de saúde e educação. No Canadá,
os enfermeiros são a classe profissional mais atingida por esta síndrome o que provoca taxas altas de
licenças médicas. Na Alemanha 4,2% da população trabalhadora é acometida deste mal. Estados
Unidos, Espanha, México e Finlândia a classe mais atingida é a classe médica. Em relação à população
geral, pouco se sabe sobre a prevalência desta síndrome2.
Desde a década de 70, o termo Burnout vem sendo utilizado para descrever o negativismo e a faltas de
entusiasmo em relação ao trabalho desenvolvido por profissionais antes motivados e comprometidos.
De início, foi associado às características individuais como sexo, idade, tipo de personalidade e tempo
de exercício profissional. Depois, o Burnout passou a ser explicado pelas condições enfrentadas no
trabalho: conflitos interpessoais, sobrecarga de trabalho, expectativas na implantação de tecnologias,
desempenho de papéis, falta de reconhecimento profissional, limitações da autonomia, dentre outros. A
sua compreensão, atualmente, remete às inter-relações entre singularidade das pessoas, situação de
trabalho e contexto de vida5.
Neste sentido, a Síndrome de Burnout é adquirida através do estresse crônico, que acomete
trabalhadores que atuam em contato direto com seus usuários, ao passo que a enfermagem é
classificada como a quarta profissão mais estressante. Esta síndrome é caracterizada pela exaustão
emocional, despersonalização e ineficácia6.
Assim, observando a História, podemos deduzir que a enfermagem é composta em sua grande maioria
por mulheres, e considerando o atual contexto em que vivemos grande parte destas profissionais estão
sujeitas a vivenciar desgaste emocional, causado por exigências profissionais e de sua vida pessoal,
provocada muitas vezes pela sua dupla ou tripla jornada de trabalho, sugerido pelo acúmulo de dois ou
mais vínculos empregatícios, além do cuidado com os filhos e a família e dos conflitos gerados pela má
administração de sua vida pessoal e profissional7.
Ressalta-se ainda que, é nos setores de emergências que ocorrem maior desgaste emocional dos
enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem tanto pela carga de trabalho, como pelas tarefas
específicas realizadas por cada um desses profissionais. Além dos fatores relacionados ao Número de
profissionais reduzidos, da realização de tarefas em tempo reduzido, e do descontentamento com o
trabalho e com o salário, da assistência aos pacientes e relacionamento com familiares muitas vezes
comprometidos, o que faz destes alguns dos fatores estressantes relacionado com a equipe de
enfermagem8.
Estes profissionais vivem hoje sendo cobrados tanto no trabalho, como na vida, de uma maneira geral.
Sendo assim, a cobrança é considerada um dos motivos que leva ao estresse. Nem sempre esta é
prejudicial, mas sendo prolongado é uma das causas do esgotamento mental que pode ser levado ao
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Burnout. Isso ocorre devido a certas situações emergenciais que impõem tarefas que sobrecarregam os
indivíduos, considerando que neste setor há longas jornadas de trabalho, sobrecarga de funções para
responder assim a demandas múltiplas. Além disso, os fatores como as urgências do tempo,
responsabilidade excessiva, falta de apoio, expectativas contínuas de nós mesmos e daqueles que estão
a nossa volta resultam em sobrecarga de trabalho9.
Em virtude da sobrecarga de trabalho, cotidiano familiar, salários defasados, falta de material em local
de trabalho, dificuldade em lidar com a morte, percebe-se que tudo isso vem provocando um grande
desgaste emocional, que podem levar ao aparecimento dos sinais e sintomas característicos desta
síndrome. Alguns destes são as fortes dores de cabeça, tonturas, tremores, dispnéia, oscilação de
humor, dificuldades de concentração, distúrbios do sono, problemas digestivos, isolamento, lentidão no
desempenho das funções, entre outros10.
O diagnóstico da Burnout necessita-se de um médico ou psicoterapeuta, bem treinados as medidas de
tratamento no âmbito pessoal, onde individuo precisa aprender a interpretar suas emoções e seu
comportamento de modo adequado. Já como medida organizacional deve-se criar ações que favoreçam
um bom clima corporativo, proporcionando melhores condições de trabalho, encontrando medidas para
evitar o excesso de horas laborais, investindo em treinamentos, clareza nas avaliações de desempenho,
valorizando e reconhecendo o trabalho desenvolvido, incentivando e elogiando seu desempenho. E em
alguns casos se faz necessário o tratamento medicamentoso11.
OBJETIVO
Identificar os fatores de risco para a Síndrome de Burnout entre os profissionais de enfermagem de um
serviço de emergência geral.
MATERIAL E MÉTODO
Trata-se de um estudo do tipo descritivo exploratório com abordagem quantitativa, realizado através de
pesquisa de campo. A população deste estudo foi composta por todos os profissionais que fazem parte
da equipe de enfermagem do setor de Emergência Geral do Hospital da Restauração (HR). A
abordagem inicial foi feita no local de trabalho dos mesmos, após serem esclarecidos todas as
informações que compreendem este estudo, através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Foi utilizado como critérios de inclusão os profissionais que fazem parte da equipe de enfermagem do
referido Setor, com tempo de atuação igual ou superior a 6 (seis) meses, e empregados como critérios
de exclusão todos aqueles que não se adequaram aos critérios de inclusão, ou que não quiseram
participar da pesquisa. Utilizou-se como instrumento para a coleta de dados, uma entrevista semiestruturada com questões abertas, fechadas e objetivas do tipo check-list, onde foram coletados através
de um questionário. A coleta de dados seguiu o preenchimento do instrumento adaptado por Chafic
Jbeili, inspirado no Maslach Burnout Inventory – MBI, que foi validado no Brasil por BenevidesPereira em 2001. A pesquisa foi analisada e aprovada pelo Comitê de Ética do Hospital da Restauração
(HR), sob protocolo de aprovação de nº 0084.0.102.000-11.
RESULTADOS
Nesta seção serão apresentados os resultados, para elucidar os fatores de risco para a Síndrome de
Burnout entre os profissionais de enfermagem do setor de emergência do HR.
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Tabela 1 – Características socioeconômicas e culturais dos profissionais de enfermagem da
Emergência do Hospital da Restauração – HR. Recife – PE, Novembro, 2011.
Variáveis
Faixa etária
21 ┤26
n = 75
%
05
6,6
26 ┤31
04
5,3
31 ┤36
10
13,3
36 ┤41
13
17,3
> 41
43
57,3
Sexo
Masculino
Feminino
08
67
10,6
89,3
Estado civil
Casado (a)
Solteiro (a)
Separado (a)
União estável
33
26
10
06
44,0
34,6
13,3
8,0
Tempo de Formação
< 1 ano
2 a 4 anos
5 a 7 anos
8 a 10 anos
> 10 anos
01
08
08
06
52
1,3
10,6
10,6
8,0
69,3
Tempo de Atuação na Área
< 1 ano
2 a 4 anos
5 a 7 anos
8 a 10 anos
> 10 anos
02
08
06
08
51
2,6
10,6
8,0
10,6
68,0
A tabela 1 evidencia uma prevalência de profissionais de enfermagem na faixa etária > 41 anos com
57,3%, seguido dos intervalos de 37 a 42 com 17,3%, de 31 – 37 anos com 13,3%, de 18 a 26 com
6,6% e finalmente, os entrevistados de 26 a 31 anos apresentam apenas 5,3%. O gênero em
predominância foi o feminino com 89,3%, o masculino houve 10,6%.
Existe predominância de enfermeiros casados com 44%, seguido dos solteiros com 34,6%, depois os
separados com 13,3% e com União estável 8%.
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No item tempo de formação alguns entrevistados evidenciam que 69,3% tem mais de 10 anos de
formação, 10,6% apresentam os intervalos de 2 a 4 e de 5 a 7 anos, 8% apresentava de 8 a 10 anos, e
finalmente com 1,3% aqueles com menos de 1 ano de formatura.
Quanto ao tempo de atuação na área de Enfermagem, 68% relatam mais de 10 anos de atuação, 10,6%
possuem de 2 a 4 anos e de 8 a 10 anos, com 8% os que possuem de 5 a 7 anos e com 2,6% menores de
1 ano de atuação.
Tabela 2 – Especialização pela equpe de enfermagem e características trabalhistas dos
profissionais de enfermagem da Emergência do Hospital da Restauração – HR. Recife – PE,
Novembro, 2011.
Variáveis
Especialização
Possui
Não possui
n = 75
%
32
43
42,6
57,3
Nº de Vínculos
01
02
03
> 03
39
31
05
--
52,0
41,3
6,6
--
Formação
Enfermeiro
Auxiliar de Enfermagem
Técnico de Enfermagem
17
08
50
22,6
10,6
66,7
A tabela 2 representa o quantitativo de profissionais de enfermagem que realizaram especialização em
alguma dessa área, tais como, Emergência, UTI, Nefrologia, Enfermagem do trabalho, Saúde da
mulher, entre outros, ficando evidente que 42,6% afirmaram ter capacitação, enquanto, 57,3% não.
Estando relacionadas também a quantidade de empregos exercidos e categoria profissional de cada
entrevistados. Quanto ao vínculo empregatício, 52% declararam ter apenas um emprego, com 41,3%
tem dois vínculos e 6,6% possuem três vínculos.
No que concerne a categoria profissional dos entrevistados, 66,7% eram técnicos de enfermagem,
22,6% da amostra enfermeiros e 10,6% auxiliares.
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Tabela 3 – Carga horária semanal para as atividades laborais, quantidade de horas de sono e
presença de medicação indutora do sono utilizados pelos profissionais de enfermagem da
Emergência do Hospital da Restauração – HR. Recife – PE, Novembro, 2011.
Variáveis
Carga Horária Semanal (horas)
30
40
60
70
80
90
Horas de sono
Até 2
De 3 a 5
De 6 a 8
De 9 a 11
> 12
Indutores do sono
Utiliza
Não utiliza
n = 75
35
02
22
04
06
06
%
39,9
2,6
29,3
5,3
8,0
8,0
-20
48
03
04
-26,6
64,0
4,0
5,3
11
64
14,6
85,3
A Tabela 3 evidencia a carga horária semanal dos profissionais de enfermagem, com relação ao
quantitativo de horas trabalhadas pela amostra, 39,9% professaram labutar 30 horas semanais, 29,3%
com 60horas, 8% se repetiram entre 80 e 90 horas, 5,3% com 70 horas e 2,6% com 40 horas
trabalhadas. Demonstra também a variável sobre as horas de sono usufruída pelos profissionais de
enfermagem, 64% assegurou que dorme de 6 a 8 horas por dia, 26,6% declararam repousar de 3 a 5
horas, 5,3% afirmaram dormir acima de 12 horas, e finalmente, 4% dos profissionais narraram
necessitar de 9 a 11 horas de sono por dia. Os entrevistados corroboram que, 85,3% não fazem uso de
indutores do sono, apenas, 14,6% dos profissionais de enfermagem utilizam este tipo de medicação.
Tabela 4 – Pontuação obtida com a utilização do instrumento elaborado e adaptado por Chafic
Jbeili para o rastreamento da Síndrome de Burnout entre os profissionais de enfermagem da
Emergência do Hospital da Restauração – HR. Recife – PE, Novembro, 2011.
Variáveis
Pontuação Obtida
0 a 20
21 a 40
41 a 60
61 a 80
81 a 100
n = 75
-31
29
13
02
%
-41,3
38,6
17,3
2,6
Através da tabela 4 podemos observar as respostas obtidas com a parte II do questionário (ANEXO A)
que tinha como objetivo identificar os profissionais que apresentavam algum indício de terem
possibilidade de serem acometidos por Burnout ou já se encontrarem em alguma das fases da Síndrome
de Burnout, o maior número de profissionais, 41,3%, encontra-se com possibilidade de desenvolver
Burnout, e 38,6% estão na fase inicial de Burnout, devendo procurar ajuda profissional, com 17,3%
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começa a se instalar a Burnout, devendo procurar um profissional para evitar o agravamento e com
2,6% mostra profissionais acometidos por Burnout, mas sendo o quadro reversível.
DISCUSSÃO
Para este estudo, foi escolhido o setor de Emergência Hospitalar como cenário, tendo em vista que este
é completamente diferenciado dos outros setores do hospital, tendo como característica principal o
ritmo intenso para a realização das atividades e onde se percebe que o desgaste físico e mental é muito
grande. Além de desempenharem papel fundamental na realização das tarefas, os profissionais que
trabalham em locais como este, sofrem influências que repercutem no seu estado emocional, podendo
levar ao desgaste geral do organismo12-14.
Diante deste fato, foram Identificados os fatores de risco para a Síndrome de Burnout entre os
profissionais no setor de emergência do HR, no período de 03/11/11 a 11/11/11, onde foram
entrevistados 75 profissionais, números estes representados por 17 enfermeiros, 50 técnicos e 08
Auxiliares de enfermagem. Foi visto também que o gênero predominante foi o feminino com 89,3%,
reforçando dados históricos onde afirmam que a Enfermagem é uma profissão diretamente relacionada
às mulheres, já que sua ideologia foi constituída por princípios religiosos, com atributo de caridade e
associada à figura maternal12, 15.
Observou-se que 44% dos profissionais de enfermagem são casados e 57,3% prevalecem na faixa etária
> 41 anos, onde a grande maioria tem seu tempo de atuação > 10 anos, equivalente a 68%, e com o
tempo de formação > 10 anos representando 69,3% da amostra. Evidenciando assim, que um dos
fatores de risco para Burnout, é a quantidade de anos de atuação em um único setor, apesar de todos
eles referirem que “amam sua profissão” e o local onde desempenham suas funções.
Fazendo uma análise do campo de trabalho e atuação da enfermagem, no que, determina a competência
profissional como condição principal, que demanda deste profissional a elaboração de um raciocínio
crítico e reflexivo, consentindo elucidar a realidade e recomendar ações transformadoras no cuidado ao
cliente16.
A tabela 2 representa o quantitativo de profissionais de enfermagem que realizaram especialização em
alguma dessa área, tais como, Emergência, UTI, Nefrologia, Enfermagem do trabalho, Saúde da
mulher, entre outros, ficando evidente que 42,6% afirmaram ter capacitação, dentre estes o maior
número foi especialização em emergência e UTI, o que os capacitam cada vez mais a desempenharem
suas funções, visto que demonstraram interesse em melhor atenderem aos seus clientes, enquanto,
57,3% não, ficando evidenciado o desenvolvimento profissional caracterizado por uma prática
empírica. Faz parte da definição de saúde, elaborada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o
desenvolvimento de aptidões, interesses, conhecimento e criatividade. Tais fatores ultrapassam a
dimensão profissional, pois são essenciais para que a personalidade do indivíduo possa desenvolver
propiciando assim a ampliação do seu universo17.
Estando relacionadas também a quantidade de empregos exercidos e categoria profissional de cada
entrevistados, foi constatado no estudo que, 52% declararam ter apenas um emprego, este percentual
deve-se ao fato de que em sua maioria possui idade > de 42 anos e tempo de formação e de atuação
superior a 10 anos, os quais possuem um salário diferenciado dos demais, o que talvez contribua para
que tenham apenas um vínculo.
No que concerne a categoria profissional dos entrevistados, 66,7% eram técnicos de enfermagem,
22,6% da amostra enfermeiros, e 10,6% auxiliares. Na prática da enfermagem em Hospitais, o
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predomínio do técnico de enfermagem, se repetem em muitos estudos18, sendo constatado no presente
estudo.
Em relação às horas de sono, estudos supõem que o excesso de esforço físico, atividades laborais que
exijam muito do profissional, e turnos diferentes trabalhados, são indicadores de riscos para distúrbios
do sono. Esta condição é considerada um dos principais fatores causadores de insônia, onde geralmente
leva a um aumento da sonolência diária e a uma subtração do estado de alerta dos indivíduos. As
conseqüências destas mudanças no ciclo vigília-sono podem provocar prejuízo na qualidade de vida
dos trabalhadores14, 15. A tabela 3 nos mostra as horas semanais trabalhadas que variam de 30 a 90
horas, mas, prevalece o quantitativo de profissionais que possuem carga horária de trabalho de 30 horas
semanais que é de 39,9% dos profissionais deste setor, conseqüentemente 64% conseguem ter 6 a 8
horas de sono por dia. Revelando assim, que as horas de sono destes profissionais pesquisados estão
incluídas num quantitativo ainda aceitável que é de 7 a 8 horas de sono13, isto se deve ao fato da
maioria possuir apenas um vínculo de trabalho.
O nível elevado de estresse que advêm da profissão de enfermagem e as precárias condições dos locais
de trabalho podem resultar em uma relação entre dificuldade para adormecer e uso de medicamentos
para dormir. Ainda na tabela 3 foi investigado o uso de indutores de sono, sendo o resultado de 85,3%
dizem que não fazem uso deste tipo de medicamento. Porém nota-se que alguns expressavam algum
receio em responder afirmativamente a esta questão, talvez por medo de represarias, pois, o serviço que
desempenham requer vigília e atenção total, conseqüentemente, passiveis de iatrogenias. Desse modo,
ao discorrer sobre iatrogenia, deve-se lembrar que os erros oriundos da prática profissional constituem
infrações ético-morais e legais. Cumpre assegurar que iatrogenia do cuidado de enfermagem estaria
relacionada com privação de cuidados, sua imposição ou prestação insatisfatória deles, de forma que
viesse determinar algum transtorno, dano, prejuízo ao bem estar do ser humano/cliente19.
Através da tabela 4, pudemos observar as respostas obtidas do questionário elaborado e adaptado por
Chafic Jbeili, inspirado no Maslach Burnout Inventory – MBI (ANEXO A), ainda que este instrumento
tenha obtido valores adequados de fidedignidade e validade, também se detecta com freqüência
insuficiências psicométricas, sobretudo quando o instrumento original é adaptado para outros idiomas
excluindo o inglês20.
O maior número de profissionais, 41,3%, encontra-se com possibilidade de desenvolver a Síndrome de
Burnout, devendo seguir as recomendações de prevenção para esta patologia, que podem diminuir o
estresse laboral e a possibilidade de instalação da doença sendo estes: Programar melhor as atividades
do dia; deixando espaço para intervalos para descanso; evitar comparar desempenho de trabalhos entre
colegas; realizar atividades físicas tais como yoga, Tai Chi Chuan, academia, caminhada, natação entre
outras; repensar o tempo que o trabalho ocupa em sua vida; rever conceitos; melhorar os hábitos
alimentares e redistribuir o tempo entre as atividades diárias a serem realizadas; colocando harmonia
entre elas. Foi visto também que, 38,6% estão na fase inicial de Burnout, devendo procurar ajuda
profissional para combater os sintomas e garantir uma boa qualidade no desempenho profissional e
melhorando assim, sua qualidade de vida.
O termo engajamento é empregado por Maslach e Leiter (1997/1999) em contraposição a Burnout é a
definição positiva utilizada para forte envolvimento e senso de eficácia, em oposição à exaustão
emocional, cinismo e reduzido senso de realização pessoal21.
O tratamento para a Síndrome de Burnout é necessariamente psicoterapêutico, faz-se indispensável
procurar ajuda de psicólogo ou psicanalista, podendo haver, ao mesmo tempo, atendimento com
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médicos de outras especialidades caso o indivíduo apresente problemas biofisiológicos, a exemplo de
dores, alergias, alteração na pressão arterial, problemas cardíacos, insônia, entre outras possíveis
intercorrências físicas de qualquer natureza.
CONCLUSÃO
O presente estudo identificou os fatores de risco para Síndrome de Burnout entre os profissionais de
enfermagem da emergência geral de um hospital de grande porte, Hospital da Restauração (HR),
Recife-PE, permitindo listar tais fatores, as ações de prevenção e tratamento para esta patologia, e
demonstrar os dados quantitativos do perfil sócio-demográficos da equipe de enfermagem em uma
amostra de 75 profissionais dentre estes, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem.
Apresentando como resultado maioria dos indivíduos com meia idade, sexo predominantemente
feminino, percentual significativo de casados, com tempo de formação e atuação > 10 anos, e que
trabalham no mesmo setor, na emergência, neste mesmo quantitativo de tempo, demonstrando assim
uma vasta experiência profissional. Grande percentual destes profissionais só possui um vínculo
empregatício, carga horária semanal de 30 horas, alega que utilizam 6 a 8 horas para dormir, e que não
fazem uso de indutores de sono.
Portanto, a saúde do trabalhador deve ser dentro de um ambiente de trabalho saudável, sendo
indispensáveis para um bem estar individual e coletivo, pois se faz necessário elaborar estratégias não
somente para garantir a saúde dos trabalhadores, mas também para contribuir para a produtividade,
melhorando a qualidade do atendimento, promovendo motivação e satisfação no trabalho. Melhorando
assim, de uma forma geral, a qualidade de vida dos indivíduos e da sociedade como um todo.
A vivência da Síndrome de Burnout sugere que as ausências e/ou despersonalização dos profissionais
de enfermagem representam ainda uma questão crítica, com sérias repercussões na questão da
assistência da saúde da população e no grupo de trabalho.
Assim, com o intuito de compreender e elucidar algumas situações que interferem no bem-estar social e
laboral do profissional de enfermagem a auto-avaliação pessoal e profissional é imprescindível, pois,
representa a possibilidade de galgar novos horizontes a partir da compreensão, transformação e
proposição de intervenções que venham a resgatar as dimensões afetivas contidas no cotidiano de quem
cuida.
REFERÊNCIAS
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http://www.scielo.br/pdf/rpc/v34n5/a04v34n5.pdf. Acesso em 11 de agosto de 2010.
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4. Tomazela N; Grola PP. Educação Brasileira: Extinção ou Sustentabilidade na Universidade. 5a
Amostra
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UNIMEP
2007.
São
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13. Almeida PJS; Pires DEP. O trabalho em emergência: entre o prazer e o sofrimento. Rev
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de 2011.
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APÊNDICE A
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Título do Projeto: Fatores de risco para a Síndrome de Burnout entre profissionais de Enfermagem de
uma Emergência Geral.
Responsável pelo Projeto: Arene Lino do Monte, Jussara Sousa Silva, Viviane Ferreira da Silva.
Eu______________________________________________________, abaixo assinado, declaro ter
pleno conhecimento do que se segue: 1)Fui informado, de forma clara e objetiva, que a pesquisa
intitulada: Fatores de risco para a Síndrome de Burnout entre profissionais de Enfermagem de uma
Emergência Geral; 2)Sei que nesta pesquisa serão realizadas entrevistas semi-estruturadas para coletar
dados no qual serão cruzados e analisados; 3) Estou ciente que não é obrigatória a minha participação
nesta pesquisa, caso me sinta constrangida antes e durante a realização da mesma, terei livre arbítrio
pra retirar-me; 4) quanto aos riscos, sei que nesta pesquisa os sujeitos estarão expostos a risco
configurado por eventual constrangimento durante as entrevistas; 5) No entanto, terei como benefícios
saber através desta pesquisa o conhecimento sobre os fatores de risco para a Síndrome de Burnout,
sinais e sintomas, prevenção, tratamento desta patologia; 6)Sei que os materiais utilizados para coleta
de dados serão armazenados e processados em micro - computador, no programa Microsoft Office
Excel 2003, apresentados quantitativamente, através de gráficos e tabelas e analisados com estatística
descritiva, que irão refletir sobre o enfrentamento dos profissionais de enfermagem diante dos
problemas e dificuldades no desempenho de suas funções, preservando portanto minha identidade
como sujeito que participa desta pesquisa; 7) Sei que o pesquisador manterá em caráter confidencial
todas as respostas que comprometam a minha privacidade; 8)Receberei informações atualizadas
durante o estudo, ainda que isso possa afetar a minha vontade em continuar dele participando; 9) Estas
informações poderão ser obtidas através de Eliana Lessa Cordeiro, telefone (81) 88669264; 10) Foi-me
esclarecido que o resultado da pesquisa somente será divulgado com o objetivo científico, mantendo-se
a minha identidade em sigilo; 11) Quaisquer outras informações adicionais que julgar importantes para
compreensão do desenvolvimento da pesquisa e de minha participação poderão ser obtidas no Comitê
de Ética e Pesquisa.
Declaro, ainda, que recebi cópia do presente Termo de Consentimento.
Recife, _________ de ____________________de _________.
Pesquisador: _______________________________________________________
(Nome e CPF)
Sujeito da Pesquisa/Representante Legal:
_________________________________________________________
(Nome e CPF)
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APÊNDICE B –
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA E CULTURAL DA AMOSTRA:
1ª PARTE:
1.1 Idade:
( ) 18 ┤26 anos;
( ) 26 ┤31 anos;
( ) 31 ┤37 anos;
( ) 37 ┤42 anos;
( ) > 42 anos.
1.2 Sexo:
( ) Masculino;
( ) Feminino.
1.3 Estado civil:
( ) Casado (a);
( ) Solteiro (a);
( ) Separado (a);
( ) União estável.
1.4 Tempo de formação:
( ) < 1 ano;
( ) 01 a 04 anos;
( ) 05 a 07 anos;
( ) 08 a 10 anos;
( ) > 10 anos.
1.5 Tempo de atuação na profissão:
( ) < 1 ano;
( ) 02 a 04 anos;
( ) 05 a 07 anos;
( ) 08 a 10 anos;
( ) > 10 anos.
1.6 Você tem especialização?
( ) Não;
( ) Sim;
( ) Qual:__________________________________
1.7 quantos vínculos empregatício você tem?
( ) 01
( ) 02
( ) 03
( ) > 03
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1.8 Qual a sua categoria?
( ) Enfermeiro(a)
( ) Técnico de enfermagem
( ) Auxiliar de enfermagem
1.9 Informe a sua carga horária de trabalho?
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
1.10 Quantas horas dorme por dia normalmente?
( ) O a 2 horas
( ) 3 a 5 horas
( ) 6 a 8 horas
( ) 9 a 11 horas
( ) 12 ou mais
1.11 Necessita de alguma medicação para dormir?
( ) Sim
( ) Não
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2ª Parte
Elaborado e adaptado por Chafic Jbeili, inspirado no Maslach Burnout Inventory – MBI. Obs: Este
instrumento é de uso informativo apenas e não deve substituir o diagnóstico realizado por Médico ou
Psicoterapeuta.
MARQUE “X” na coluna correspondente:
1-
Nunca | 2- Anualmente | 3- Mensalmente | 4- Semanalmente | 5- Diariamente
Nº Características psicofísicas em relação ao trabalho
1
Sinto-me esgotado(a) emocionalmente em relação ao meu trabalho
2
Sinto-me excessivamente exausto ao final da minha jornada de trabalho
3
Levanto-me cansado(a) e sem disposição para realizar o meu trabalho
4
Envolvo-me com facilidade nos problemas dos outros
5
Trato algumas pessoas como se fossem da minha família
6
Tenho que desprender grande esforço para realizar minhas tarefas laborais
7
Acredito que eu poderia fazer mais pelas pessoas assistidas por mim
8
Sinto que meu salário é desproporcional ás funções que executo
9
Sinto que sou uma referência para as pessoas que lido diariamente
10 Sinto-me com pouca vitalidade, desanimado(a)
11 Não me sinto realizado(a) com o meu trabalho
12 Não sinto mais tanto amor pelo meu trabalho como antes
13 Não acredito mais naquilo que realizo profissionalmente
14 Sinto-me sem forças para conseguir algum resultado significante
15 Sinto que estou no emprego apenas por causa do salário
16 Tenho me sentido mais estressado(a) com as pessoas que atendo
17 Sinto-me responsável pelos problemas das pessoas que atendo
18 Sinto que as pessoas me culpam pelos seus problemas
19 Penso que não importa o que eu faça, nada vai mudar no meu trabalho
20 Sinto que não acredito mais na profissão que exerço
Total (multiplique o número de X pelo valor da coluna)
Some o total de cada coluna e obtenha seu score
1
2
3
4
5
RESULTADOS
De 0 a 20 pontos: Nenhum indício da Burnout.
De 21 a 40 pontos: Possibilidade de desenvolver Burnout procure trabalhar as recomendações de
prevenção da Síndrome.
De 41 a 60 pontos: Fase inicial da Burnout procure ajuda profissional para debelar os sintomas e
garantir, assim, a qualidade no seu desempenho profissional e a sua qualidade de vida.
De 61 a 80 pontos: A Burnout começa a se instalar. Procure ajuda profissional para prevenir o
agravamento dos sintomas.
De 81 a 100 pontos: Você pode estar em uma fase considerável da Burnout, mas esse quadro é
perfeitamente reversível. Procure o profissional competente de sua confiança e inicie o quanto
antes o tratamento.
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ATENÇÃO:
Este instrumento é de uso informativo apenas e não deve substituir o diagnóstico realizado por
médico ou psicoterapeuta de sua preferência e confiança.
APÊNDICE C
UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA
CAMPUS – RECIFE
Por meio desta estamos apresentando as alunas: Arene Lino do Monte, Jussara Sousa Silva e Viviane
Ferreira da Silva, regularmente matriculadas no oitavo período do Curso de Enfermagem da
Universidade Salgado de Oliveira- UNIVERSO, os quais solicitam V.S.a autorização para a realização
da pesquisa intitulada: Fatores de risco para a Sindrome de Burnout entre profissionais de Enfermagem
de uma Emergência Geral á qual tem como objetivo: Identificar os fatores de risco para a Síndrome de
Burnout entre estes profissionais de Enfermagem no Hospital da Restauração. A pesquisa será
utilizada para a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso, informamos que todos os custos com a
coleta de dados serão de responsabilidade das referidas alunas. A sua autorização poderá ser suspensa a
qualquer momento se forem identificados irregularidades no processo de coleta de dados ou caso a
instituição deseje. Garantimos ainda que será mantida a privacidade dos sujeitos investigados, bem
como a instituição que os dados utilizados será exclusivamente para fins acadêmicos.
Recife, ____/_____/______
Atenciosamente,
________________________________________
Eliana Lessa Cordeiro
Responsável pela Disciplina de Organização TCC2
APÊNDICE D
CARTA DE ANUÊNCIA
Por meio desta as alunas: Arene Lino do Monte, Jussara Sousa Silva, Viviane Ferreira da Silva,
regularmente matriculadas no Oitavo período do Curso de Enfermagem da Universidade Salgado de
Oliveira - UNIVERSO, solicitamos a V.S.ª autorização para a realização da pesquisa intitulada: Fatores
de risco para a Sindrome de Burnout entre profissionais de Enfermagem de uma Emergência Geral á
qual tem como objetivo: Identificar os fatores de risco para a Síndrome de Burnout entre estes
profissionais de Enfermagem no Hospital da Restauração, e estará sob orientação da Profa Eliana Lessa
Cordeiro, Mestre em Enfermagem e sob a Supervisão da Enfermeira Gerente do referido Setor a ser
pesquisado.
Recife, _______de__________de 2011.
________________________________________________________
Direção
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ID:1318 FATORES DE RISCO PARA A SÍNDROME DE BURNOUT