Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Embrapa Tabuleiros Costeiros
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Departamento Estadual de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe
Aspectos Técnicos dos
Citros em Sergipe
Editores Técnicos
Marcelo Brito de Melo
Luiz Mário Santos da Silva
Embrapa Tabuleiros Costeiros
Aracaju, SE
2007
Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na:
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Capa: Diego Corrêa Alcântara Melo
Fotos da capa: Fernando Luis Dultra Cintra
Revisão de texto: Luiz Mário Santos da Silva
Normalização bibliográfica: Josete Cunha Melo
1ª Edição
1ª Impressão (2007): Internet
Todos os direitos reservados.
A reprodução não-autorizada desta publicação, no todo ou em parte,
constitui violação dos direitos autorais (Lei no 9.610)
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Embrapa Tabuleiros Costeiros
Melo, Marcelo Brito de
Aspectos técnicos dos citros em Sergipe / editores, Marcelo
Brito de Melo, Luis Mário Santos de Silva - Aracaju : Embrapa
Tabuleiros Costeiros, Deagro, 2007.
1 CD-ROM
ISBN 978-85-85809-25-6
1. Citricultura. 2. Citros – Sergipe. 3. Citricultura – Manejo
do Solo. 4. Citricultura – Irrigação. I. Melo, Marcelo Brito de. II.
Silva, Luis Mário Santos da. III. Título
CDD 634.3
© Embrapa 2007
AUTORES
Antonia Fonseca de Jesus Magalhães
Eng. Agrônoma, Pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical
[email protected]
Antônio Carlos Barreto
Eng. Agrônomo, Dr., pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros
E-mail: [email protected]
Fernando Luiz Dultra Cintra
Eng. Agrônomo, Dr., pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros
E-mail: [email protected]
Ivandro de França da Silva
Eng. Agrônomo, Professor Dr., Centro de Ciências Agrárias, UFPB
E-mail: [email protected]
Joézio Luiz dos Anjos
Eng. Agrônomo, Dr., pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros
E-mail: [email protected]
José Unaldo Barbosa Silva
Eng. Agrônomo, Supervisor do DEAGRO
[email protected]
Lafayette Franco Sobral
Eng. Agrônomo, Ph.D., pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros
E-mail: [email protected]
Luiz Francisco da Silva Souza
Eng. Agrônomo, MSc., Pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical
[email protected]
Luiz Mário Santos da Silva
Eng. Agrônomo, MSc., pesquisador do DEAGRO - Departamento Estadual de
Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe / Embrapa Tabuleiros Costeiros
E-mail: [email protected]
Luzia Nilda Tabosa
Eng. Agrônoma, MSc., pesquisadora do DEAGRO - Departamento Estadual de
Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe / Embrapa Tabuleiros Costeiros.
E-mail: [email protected]
Marcelo Brito de Melo
Eng. Agrônomo, MSc., pesquisador do DEAGRO - Departamento Estadual de
Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe / Embrapa Tabuleiros Costeiros.
E-mail: [email protected]
Marcelo Ferreira Fernandes
Eng. Agrônomo, Ph.D., pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros
E-mail: [email protected]
Marcelo da Costa Mendonça
Eng. Agrônomo, MSc., pesquisador do DEAGRO - Departamento Estadual de
Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe / Embrapa Tabuleiros Costeiros
E-mail: [email protected]
Ronaldo Souza Resende
Eng. Agrônomo, Dr., pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros
E-mail: [email protected]
Roosevelt Menezes Prudente
Eng. Agrônomo, MSc., pesquisador do DEAGRO - Departamento Estadual de
Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe / Embrapa Tabuleiros Costeiros
E-mail: [email protected]
APRESENTAÇÃO
O Brasil soube muito bem aproveitar as oportunidades de mercado
para citricultura e temos hoje a maior estrutura voltada para a produção
e processamento de frutos cítricos do mundo.
Nesse panorama, Sergipe se destaca por ter o segundo maior pólo
citrícola do país produzindo uma média anual de setecentas mil toneladas
que têm destino para o mercado interno e externo, neste caso como
suco concentrado. São cerca de 50 mil hectares, bem distante, deve-se
frisar, do primeiro que está em São Paulo, mas, de uma imensa
importância social e econômica para o Estado.
A partir de 1970 até 1990 tivemos uma citricultura pujante e
crescente, porém, não evoluímos em todos os elos da cadeia produtiva
e os entraves apareceram.
Hoje nos deparamos com o desafio de mudar para sobreviver.
Precisamos identificar bem os gargalos e os meios de superá-los para
assegurar o futuro dessa importante cadeia produtiva. De antemão,
sabemos que os problemas são muitos e entre os quais os aspectos
tecnológicos são uma parte importante.
O Deagro e a Embrapa Tabuleiros Costeiros têm atuado em conjunto
em diferentes frentes com o objetivo de levar tecnologia ao campo para
a promoção de um desenvolvimento rural sustentável. A presente
publicação é um dos frutos dessas ações em parceria e tem como
proposta oferecer ao assistente técnico pelo menos uma pequena parte
de todo cabedal de conhecimentos que ele deve se munir para promover
a necessária mudança tecnológica da nossa citricultura.
Edmar Ramos Siqueira
Chefe-Geral
Embrapa Tabuleiros Costeiros
Roberto Alves
Presidente
Deagro
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1
Caracterização da Região Produtora: Solo e Clima
Fernando Luis Dultra Cintra
11
CAPÍTULO 2
Manejo do Solo em Citros
Joézio Luiz dos Anjos, Fernando Luis Dultra Cintra, Antônio Carlos
Barreto, Roosevelt Menezes Prudente e Ivandro de França da Silva
19
CAPÍTULO 3
Uso de Leguminosas
Antônio Carlos Barreto, Joézio Luiz dos Anjos, Marcelo Ferreira
Fernandes e Lafayette Franco Sobral
25
CAPÍTULO 4
Nutrição e Adubação da Laranja
Lafayette Franco Sobral, Joézio Luiz dos Anjos, Antonia Fonseca de
Jesus Magalhães, Luiz Francisco da Silva Souza, Antonio Carlos
Barreto e José Unaldo Barbosa Silva
29
CAPÍTULO 5
Porta-enxertos Cítricos
Roosevelt Menezes Prudente e Luiz Mário Santos da Silva
41
CAPÍTULO 6
Aspectos da Irrigação em Citros
Ronaldo Souza Resende
51
CAPÍTULO 7
Pragas dos Citros em Sergipe
Marcelo da Costa Mendonça e Luiz Mário Santos da Silva
61
CAPÍTULO 8
Principais Doenças da Citricultura em Sergipe e seu Controle
Marcelo Brito de Melo e Luzia Nilda Tabosa Andrade
71
INTRODUÇÃO
Marcelo Brito de Melo e Luiz Mário Santos da Silva
A citricultura que temos atualmente
em Sergipe teve seus primórdios há cerca
de oitenta anos passados quando mudas de
laranja Bahia (laranja de Umbigo) enxertadas
em laranja Azeda (L. da Terra) foram trazidas
por tropeiros de Alagoinhas-BA. As plantas
formadas por essas mudas certamente foram dizimadas pelo vírus da Tristeza. Contudo, os marcos da antiga citricultura que
perduraram até o final da década de 60 foi o
sitio Garangau, do saudoso Raimundo
Fernandes Fonseca e o começo da produção de mudas em Sergipe, implantada pelo
engenheiro agrônomo Chastinet no antigo
posto de fomento agropecuário de Boquim,
então pertencente ao Ministério da Agricultura.
Na década de 70 dois outros marcos
ficaram gravados na história da citricultura
do Estado. Na verdade uma nova fase se
iniciou ainda no final dos anos 60 quando a
então ANCARSE passou a incentivar o plantio de citros trazendo os clones nucelares
produzidos em Cruz das Almas-BA. Logo em
seguida, como resultado dos estudos básicos realizados no CONDESE, o governo do
estado decidiu apostar no desenvolvimento
da cultura dos citros e implantou no antigo
posto de fomento do Ministério a Estação
Experimental de Boquim, vinculada à SUDAP,
contando com a colaboração da SUDENE e
do IPEAL que logo se transformou no Centro da Embrapa Mandioca e Fruticultura.
De 1970 a 1985 a citricultura
sergipana tomou um vulto surpreendente na
agricultura nordestina. Os dois mil hectares
de citros, implantados em Boquim, principalmente, Pedrinhas e Riachão do Dantas, levantados pelo CONDESE em 1968, se transformaram em 50 mil hectares distribuídos
por cerca de 14 municípios do centro sul do
estado, de Itaporanga d’Ajuda até a fronteira da Bahia em Tomar do Geru. A nova
citricultura avançou sobre os espaços antes ocupados por pastagens, matas secundarias e remanescentes da mata atlântica.
Sustentados pelas novas tecnologias
aportadas pela pesquisa e pela extensão os
produtores aproveitaram com grande êxito
a oportunidade de um mercado demandante
de frutas cítricas nos principais centros urbanos do Nordeste e da oferta farta e barata de crédito agrícola para implantarem na
região o segundo pólo citricola do país.
A partir de 1990 uma conjunção de
fatores como a falta de investimento público na pesquisa e na extensão, saturação do
mercado, períodos de seca, falta de evolução tecnológica dos produtores, principalmente no setor de comercialização e organização, resultou em anos de inadimplência no
crédito, no desânimo, na estagnação.
Juntamente com a área contígua da
região de Rio Real-BA, o pólo citricola de sul
de Sergipe é constituído por um grande empreendimento formado por milhares de pequenos agricultores, talvez o maior de toda
a citricultura tropical do mundo, no qual estão centrados direta ou indiretamente, emprego e condição social de milhares de pessoas. É necessário que ações sejam empreendidas para que uma nova etapa venha a
ser trilhada por essa importante região produtora.
Essa publicação não tem o propósito
de ser um manual tecnológico, mais foca
apenas alguns pontos importantes para se
analisar e discutir como contribuição ao processo de geração de uma nova necessária
citricultura em Sergipe.
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Aspectos Técnicos dos Citros em Sergipe