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IV Mostra de Pesquisa
da Pós-Graduação
PUCRS
As fotografias experimentais brasileiras nas décadas de 1950-60:
Geraldo de Barros e José Oiticica Filho
Carolina Martins Etcheverry, Maria Lúcia Bastos Kern (orientadora)
Programa de Pós-Graduação em História, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, PUCRS,
Resumo
Esta pesquisa gira em torno das fotografias de cunho experimental-abstrato de José
Oiticica Filho e de Geraldo de Barros, produzidas na década de 1950 até o ano de 1964. Estas
imagens são pensadas a partir de seu lugar de produção e sua inserção no ambiente
fotográfico e artístico do período. Assim, este estudo visa contextualizar a produção da
fotografia moderna no Brasil, bem como sua relação com as artes visuais brasileiras do
período, em especial com o movimento concretista. Importante também é a contextualização
do momento histórico nacional, de desenvolvimentismo e modernização do país, com o
crescimento dos grandes centros urbanos.
Introdução
O campo de estudo da história da fotografia brasileira está ainda em construção. Muito
já foi escrito sobre a fotografia do final do século XIX, com ênfase no espaço urbano, mas
pouco ainda foi estudado sobre a fotografia moderna brasileira. Este trabalho, portanto, busca
contribuir para o crescimento do estudo da fotografia no Brasil, ao abordar o caso das
fotografias experimentais de Geraldo de Barros e José Oiticica Filho. São fotografias
experimentais, que tendem à abstração, e que contam com um diálogo amplo com o que era
produzido nas artes visuais do período.
Sobre estes fotógrafos e suas imagens foram escritos alguns textos importantes e
balizadores. Em especial, é importante citar o catálogo José Oiticica Filho: a ruptura na
fotografia nos anos 50, editado em 1983 pela Funarte, bem como o livro Fotoformas, de
Geraldo de Barros, reeditado em 2006 pela Cosac Naify. Além destes, artigos de Annateresa
Fabris, Antonio Fatorelli e Paulo Herkenhoff são de suma importância para o estudo de
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Oiticica Filho e Geraldo de Barros. Não se pode deixar de mencionar, também, a importante
contribuição de Helouise Costa e Renato Rodrigues da Silva, no livro A fotografia moderna
no Brasil.
Assim, esta pesquisa tem por objetivo a contextualização da produção de fotografias
de cunho abstrato no Brasil, no período desenvolvimentista. Procura-se relacionar tais
imagens ao momento político nacional, bem como ao ambiente artístico como um todo.
Busca-se, também, a melhor conceituação para tais imagens, fazendo-se um levantamento de
todos os termos já utilizados para definir fotografias experimentais deste tipo.
Figura 1 Geraldo de Barros, Fotoforma, 1950.
Figura 2 José Oiticica Filho, Recriação (Forma
D10), 1958.
Metodologia
Esta pesquisa encontra-se em andamento. Para tanto, já foi feita uma ampla pesquisa
bibliográfica sobre o assunto, elencando toda a produção escrita especificamente sobre os
fotógrafos em estudo. Há também uma pesquisa sobre o tema fotografia e artes visuais, em
enfatizando o papel das vanguardas e a abstração, tanto nas artes quanto na fotografia.
Também foram reunidas todas as fotografias publicadas dos fotógrafos em estudo. Este
material, tanto bibliográfico quanto iconográfico, está sendo analisado e categorizado, para
melhor servir aos propósitos da tese.
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Conclusão
O estudo sobre a fotografia experimental brasileira, mais especificamente sobre
Geraldo de Barros e José Oiticica Filho encontra-se ainda em desenvolvimento. Até o
presente momento, foram pesquisados os aspectos conceituais das fotografias (em busca da
melhor terminologia para defini-las), bem como sua relação tanto com a história da fotografia
quanto com a história das artes visuais no Brasil. Prossegue-se com o levantamento de dados
sobre os fotógrafos, bem como com a análise da conjuntura nacional do período. Tem-se
como conclusão preliminar que estes fotógrafos são importantes pesquisadores do campo
fotográfico, expandindo-o, e colaborando para uma equiparação com a Europa e os Estados
Unidos.
Referências
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