CULTURA, RELIGIÃO E TRADIÇÃO NA COMUNIDADE
CABOCLA DE MIRANDAS- RN.
Susana Rolim Soares Silva
Programa de Pós-graduação em Antropologia Social - UFRN
Resumo
A comunidade cabocla de Mirandas está localizada a 22 quilômetros do
município de Caraúbas, região Oeste do Estado do Rio Grande do Norte. Do
ponto de vista histórico, geográfico e religioso, podemos perceber uma forte
ligação entre os dois grupos, sobretudo porque foram fundados por
Francisco de Souza Falcão, português que se instalou na região com seus
familiares. Relatos históricos apontam que no século XVIII essa família
prometeu a São Sebastião, santo eleito protetor dos caboclos, que se
chovesse, construiria uma capela em sua homenagem. De fato não mais
faltou água na localidade e, não só a capela foi construída como recebeu
uma imagem do referido santo, imagem essa que continua sendo venerada
todos os anos, tanto por mirandenses quanto por caraubenses durante os
festejos religiosos do padroeiro, realizados entre os dias 10 e 20 do mês de
janeiro. No entanto, durante esses dias festivos, tornam-se mais evidentes as
distinções entre os dois grupos, sobretudo do ponto de vista da cultura
cabocla, que se faz perceber no uso de longas costeletas e bigodes por parte
dos homens e saias compridas e coloridas por parte das mulheres. De
mesmo modo que, durante a procissão da imagem do santo, evento que
marca o ápice da festa, somente os caboclos de Mirandas, enquanto os
‘‘verdadeiros’’ herdeiros da tradição podem receber sobre os seus ombros o
andor com a imagem de São Sebastião. Nesse sentido, pode-se perceber que
através da religião e, mais especificamente da festa de São Sebastião, a
cultura cabocla ganha maior visibilidade, legitimação e diferenciação em
relação a outros grupos, sobretudo os caraubenses, embora estejam unidos
pela religião, pela fé e pela tradição na família vinda de Portugal.
Palavras-chave: tradição, religião, identidade, cultura.
1
Nesse trabalho me proponho a analisar alguns dos elementos
definidores da identidade étnica dos habitantes da comunidade cabocla de
Mirandas. Com esse objetivo, apresentarei as formas de relações
estabelecidas entre os habitantes da comunidade e os moradores do
município de Caraúbas, tomando a fé e devoção em São Sebastião, bem
como a festa do referido santo, como momentos de (re) afirmação e
ritualização dessa identidade. Para tanto, retomarei o passado histórico da
comunidade e do município de Caraúbas, ambos interligados tanto
geograficamente quanto simbolicamente. Logo, serão apresentadas ao leitor
as formas pelas quais o passado e o presente se unem por meio de uma
tradição, (re) vivida e (re) significada em momentos festivos.
A comunidade cabocla de Mirandas está localizada a 23
quilômetros do município de Caraúbas, zona Oeste do Estado do Rio
Grande do Norte, a cerca de 260 quilômetros da capital do Estado, Natal. O
acesso à localidade se dá por estrada carroçável, rodeada apenas por
algumas casas espaçadas e centenas de cajueiros, o que torna o percurso um
bom momento para apreciar a natureza, revelada por uma bela paisagem,
embora muito árida. Por instantes, cheguei a questionar o quão difícil parece
ter sido a vida dos primeiros habitantes da região, bem como as estratégias
que os antepassados dos caboclos chegaram a adotar para sobreviver a tanta
pobreza e abandono. Como se não bastasse, os mirandenses foram por muito
tempo estigmatizados, vistos e tratados como ‘bichos do mato’, como ‘seres
arredios’, ou mesmo como ‘índios ignorantes’. A esse respeito, devo
destacar que, apesar da categoria caboclo ser amplamente difundida entre os
habitantes da comunidade de Mirandas, os mesmos não se definem
enquanto descendentes indígenas e atribuem tal atribuição étnica ao fato dos
seus descendentes portugueses terem chegado à região advindos da Cidade
do Cabo, em Pernambuco. No entanto, essa questão constitui-se enquanto
uma problemática a ser mais bem estudada posteriormente, devendo ser
relegada a um momento posterior. No momento, cabe apresentar aqui
alguns registros de um passado e de uma cultura que, em grande medida,
dão sentido a vida dos mirandenses e legitimam suas identidades nos dias
atuais.
A origem do grupo caboclo de Mirandas remonta ao ano de
1745, quando o português Francisco de Souza Falcão, aproveitando uma
dádiva do governo de Portugal, através do regime de Sesmaria 1, deixou a
cidade do Cabo em Pernambuco e veio para a região acompanhado de seus
familiares. Segundo os registros historiográficos a família se instalou às
margens de um afluente do rio Apodi, conhecido como riacho das
carnaubeiras, e ali construiu uma fazenda de gado, que posteriormente deu
origem a vila de Caraúbas, depois emancipada à categoria de cidade com o
mesmo nome.
Alguns anos depois, chega a região, também vindo de Portugal,
o genro e sobrinho de Francisco de Souza Falcão, Leandro Bezerra
Cavalcante. Esse fato é descrito pelo historiador e folclorista potiguar Luis
da Câmara Cascudo:
1
Lote de terra inculta ou abandonada; terreno abandonado ou inculto que os reis de Portugal cediam aos
novos povoadores. (Fonte: HOUAISS).
2
“Em 1750, o capitão de Ordenança (depois tratado por ‘Tenentegeneral’) Francisco de Souza Falcão, veio do Cabo, Pernambuco,
situando fazendas. Voltou a Pernambuco em data não sabida e
regressou em 1760, trazendo Leandro da Cunha Bezerra Cavalcanti,
Pedro da Cunha Holanda Cavalcanti e Manoel da Cunha Ferreira,
irmãos, forças criadoras da pastorícia”. (CASCUDO, 1968:170)
E igualmente confirmado por Morais:
“Mais tarde, o português Francisco de Souza Falcão, verdadeiro
fundador do povoado, saiu de Pernambuco com sua família e dois
sobrinhos e fundou uma fazenda em Cachoeira, utilizando a sesmaria
comprada à Félix da Cruz. Pouco depois da chegada da família
pernambucana, a filha de Souza Falcão, a jovem Ana, casou-se com
seu primo Leandro Bezerra da Cunha Cavalcanti. Depois do
casamento, no ano de 1780, Leandro instituiu uma fazenda no Riacho
das Caraúbas.” (MORAIS, 2007:56)
Esses mesmos estudos apontam ainda que durante uma forte
seca Leandro Bezerra prometeu a São Sebastião, santo eleito protetor dos
caboclos e padroeiro dos caraubenses, que se chovesse mandaria construir
uma capela em sua homenagem. De fato a família portuguesa construiu um
poço na localidade e não mais faltou água em sua fazenda de gado.
Cumprindo então a promessa feita ao santo, Leandro Bezerra e seus
familiares começaram a construir a pequena capela, onde hoje está
localizada a Praça de São Sebastião e a igreja matriz da cidade de Caraúbas.
Anos depois, Leandro Bezerra Cavalcante manda buscar em
Pernambuco, mais especificamente no engenho Muribéca, uma imagem de
São Sebastião. Essa imagem fora colocada no altar da capela e ainda hoje é
venerada por mirandenses e caraubenses, sobretudo durante os festejos de
São Sebastião. A festa do padroeiro de Caraúbas e dos “caboclos de
Caraúbas” estende-se todos os anos do dia 10 ao dia 20 do mês de janeiro e
do ponto de vista sociocultural, consiste no maior acontecimento religioso
do município de Caraúbas. Durante esses dez dias de festa e adoração a São
Sebastião torna-se evidente o desejo, tanto por parte dos mirandenses quanto
caraubenses, de reafirmar a tradição de uma só família, a “família cabocla”,
vinda de Portugal, que ainda hoje dá sentido à festa.
Um fato interessante e que merece ser aqui explicitado é que
atualmente na igreja matriz de Caraúbas existem duas imagens de São
Sebastião, essa que remonta o passado histórico do município e da
comunidade Mirandas, trazida por Leandro Bezerra, já bastante desgastada
pelo tempo, e outra, mais recente, rica em detalhes e muito expressiva do
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ponto de vista artístico. No entanto, na simbologia religiosa somente a
primeira imagem, a que foi trazida de Portugal, tem significação e é
venerada por caboclos e caraubenses. Tanto que é a única imagem que pode
estar sob o andor durante a procissão de encerramento da festa, no dia 19 de
janeiro.
Durante a festa do ‘santo protetor dos caboclos’ é possível
observar uma maior exaltação e divulgação da cultura cabocla vivenciada
em Mirandas, tanto que se realiza no dia 18 de janeiro o “leilão dos
caboclos”, sempre com o objetivo de arrecadar recursos para a igreja de São
Sebastião. A programação da festa conta ainda com missa para a “família
cabocla”, com direito a noiteiros e homenagens aos descendentes de
Francisco de Souza Falcão e Leandro Bezerra. Além disso, no período que
antecede a festa sempre é escolhido um ‘caboclo’ para participar da
organização e direção de todo o evento e a imagem trazida de Pernambuco
visita tanto devotos que estão impossibilitados de participar da programação
festiva, quanto comunidades rurais próximas ao município de Caraubas,
como é o caso de Mirandas. No entanto, contrariando algumas expectativas,
como no último ano Mirandas não tem contribuído com o dizimo, não pôde
receber a visita da imagem de São Sebastião.
Diante desse fato, vem à tona a reflexão de que nem sempre as
relações entre mirandenses e caraubenses se dão de forma tão cordial e
amistosa e que nem sempre os habitantes das duas localidades sentem-se
enquanto pertencentes a um mesmo passado histórico e conseqüentemente
presos a uma mesma tradição. Fato esse que impõe uma problemática a ser
resolvida, a saber, até que ponto o pagamento do dizimo constitui-se
enquanto uma forma, mesmo que inconsciente, de caraubenses
determinarem junto aos caraubenses as categorias definidoras tanto do
pertencimento quanto da exclusão dentro do próprio grupo social.
Questões como essas, ligadas a grupos étnicos em interação,
marcados por dissonâncias, paradoxos e pertencimentos são aqui analisadas
com o intuito de melhor compreender a identidade cabocla e as formas de
atribuição e legitimação da mesma. Para isso, é relevante mencionar que a
identificação e auto-identificação identitárias atribuídas aos mirandenses por
outros grupos, sobretudo os caraubenses, encontram inteligibilidade no
contato entre mirandenses e caraubenses. A esse respeito, a proposição que
se impõe é a de que a identidade cabocla vivenciada por mirandenses pode
ser analisada em termos de uma “identidade contrastiva”, tal como definida
pelo antropólogo Roberto Cardoso de Oliveira. Uma identidade que se
estabelece na oposição a outros, que se afirma a partir da negação, do
contraste com outros grupos. No caso de Mirandas, parece que o contato
com os caraubenses nos dá a chave para o entendimento do processo de
construção identitária do ser caboclo.
Mas como age e o que pensa o ser caboclo? O que implica para
os mirandenses sentirem-se enquanto pertencente a um mesmo grupo étnico
e a uma mesma tradição histórica? Quais as características que singularizam
os mirandenses e a sua cultura no universo relacional no qual estão
inseridos?
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Tentando desvendar questões como essas pude perceber que os
‘caboclos de Caraúbas’ possuem uma cultura ou práticas culturais que
singularizam seus ‘pares’ no mundo, na medida em que os diferencia dos
demais grupos sociais, sobretudo dos caraubenses. Essa constatação pode
ser mais bem visualizada através do uso por parte dos mirandenses de
alguns elementos classificatórios e distintivos de cultura, os sinais
diacríticos, como bem definiu Fredrik Barth. A esse respeito, é necessário
acrescentar que é sempre comum nos depararmos, tanto em Mirandas
quanto em Caraúbas, com homens trajando calças e camisas em cores
semelhantes, sobretudo na cor azul e marrom, com pessoas do sexo
masculino adotando longas costeletas e bigodes igualmente acentuados,
estereótipos que foram sendo incorporado à cultura cabocla ou ao ser
caboclo, que faz questão de manter vivo alguns traços capazes de demarcar
diferenças e conseqüentemente estabelecer posições sociais.
Essa identidade cabocla pode ser visualizada também durante os
rituais da Feira ou Festa do Caju Caboclo, um evento anual e festivo,
realizado todos os anos na comunidade durante o mês de novembro. Nessa
ocasião festiva, um expectador tem a impressão de que a festa é, sobretudo,
um momento no qual os caboclos dão maior vazão aos traços culturais e
identitários que lhes são mais significativos, agora de modo ritualizado. E
esse ritual encontra seu momento mais sublime no salão, ou melhor, na
dança. Durante a festa os caboclos dançam o ‘samba dos caboclos’, um dos
elementos definidores da identidade em Mirandas, criada entre os seus
antepassados, por volta do ano de 1915.
No passado, essa manifestação cultural era praticada na época
da colheita, geralmente no mês de junho, sempre com o intuito de
comemorar a safra de suas plantações. Na atualidade, pode-se perceber que
tal expressão cultural consiste numa mistura de samba com danças juninas e
é constituída basicamente por três passos: o Martelo, momento no qual os
protagonistas, colocados lado a lado, pisam fortemente no chão; Cigana,
quando os pares começam a rodopiar pelo salão, equilibrando-se um
parceiro no outro na tentativa de se manterem de pé, e o Maracatu. Os
instrumentos musicais que dão o tom da dança são: o triângulo, a sanfona e
o pandeiro, entre outros.
Tive a singular oportunidade de compartilhar com os
mirandenses um desses momentos festivos e tornou-se evidente que, antes
de iniciar a dança propriamente dita, as mulheres, sempre com suas saias
longas e coloridas e os rostos claramente maquilados, colocam seus lenços
sobre os ombros de seus parceiros e posicionam-se todas de um mesmo lado
do salão. Os homens, frente a elas, preparam-se para que a dança possa
realmente efetivar-se.
Nesse momento, um observador consegue perceber, de forma
simbólica, que através da dança os mirandenses juntam seus corpos e
entrelaçam suas ‘almas’, fazendo com que o espírito do ritual surja como
uma força aglutinadora que parece vir do alto para se apossar de cada
participante ou expectador, dando-lhe um sentido forte de unidade. Unidade
essa que se (re) atualiza através do ritual da festa, e que se estende para o
cotidiano da vida cabocla. Nesse sentido, o momento da festa do caju pode
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ser pensado como a porta de entrada para a compreensão de processos ou
manifestações da identidade cabocla no universo relacional de Mirandas.
Identidade essa que é vivenciada e (re) afirmada no dia a dia, em meio aos
cajueiros.
Assim, a Festa do Caju Caboclo pode ser vista como um dos
momentos rituais mais significativos e ‘eternizadores’ da vida social dos
Caboclos de Mirandas. Sendo também um momento no qual os mirandenses
comercializam, sobretudo com os moradores de Caraúbas, alguns derivados
do caju, principal produto agrícola da região. Durante a festa, os
mirandenses debatem também acerca da competitividade dos produtos da
agricultura familiar no mercado e tentam viabilizar as condições de
sustentabilidade dos empreendimentos e, por conseguinte, melhorar a renda
das famílias produtoras.
Nesse sentido, os dois momentos festivos mencionados, a saber,
a festa religiosa de São Sebastião e a festa do caju caboclo, devem ser
entendidas, do ponto de vista antropológico, como momentos de afirmação
e (re) afirmação identitária por parte dos mirandenses. Reafirmação essa que
se torna possível somente no contato com os habitantes de Caraúbas, que
provêm de uma mesma descendência e que sobretudo se quer e sentem
pertencentes a um mesmo grupo. Assim, as festas são construídas sobre um
passado histórico, que se torna renovado e legitimado na ação de cada um
dos mirandenses.
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