Classificação de Software Educativo
FEESC/GeNESS
Universidade Federal de Santa Catarina
Relatório Final do Projeto
CLASSE – Classificação Software Livre Educativo
Identificação do projeto: A6
http://classe.geness.ufsc.br
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Sumário
Relatório Final do Projeto ................................................................................................1
1. Avaliação Pedagógica dos Softwares ....................................................................4
2. Avaliação Técnica dos Softwares..........................................................................15
3. Sítio do Projeto [CLASSE I]...................................................................................18
4. Live-CD do CLASSE [CLASSE III].........................................................................19
5. Disseminação e Divulgação...................................................................................22
6. Conclusões............................................................................................................24
7. Referências............................................................................................................25
Relação dos Anexos..................................................................................................27
Apêndice A – Tabela dos Softwares Educativos Classificados por preparação para
tradução (i18n) e disponibilidade em português (l10n)..............................................29
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Introdução
Este relatório visa descrever as atividades desenvolvidas e os resultados obtidos pela
execução do projeto “Classificação de Software Livre Educativo (CLASSE)”, fomentado
pelo Fundo Regional para a Inovação Digital nas Américas e Caribe (FRIDA), durante o
período de julho/2005 a julho/2006. Nas páginas seguintes serão descritas as avaliações
técnicas e pedagógicas realizadas em relação aos softwares educacionais, assim como
atividades desenvolvidas pela equipe do projeto em escolas públicas da cidade de
Florianópolis, os resultados obtidos e as ações de divulgação do projeto.
A execução do projeto deu-se sem atropelos e atingindo adequadamente os objetivos e
metas traçadas, dentro dos prazos previstos e com pequenas alterações na alocação dos
recursos por rubrica.
O projeto CLASSE representou, para a equipe envolvida, uma oportunidade ímpar de
aprofundar-se nas questões de softwares educacionais e de colaborar intensivamente
com escolas públicas, que serviram como base para as experiências-piloto, realimentando o projeto com dados concretos da adequação dos softwares estudados para
a realidade das escolas.
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1. Avaliação Pedagógica dos Softwares
1.a)Seleção dos softwares1
O projeto teve inicio pela escolha, análise e classificação dos softwares educativos. A
princípio foram estabelecidos os requisitos que direcionariam as atividades de pesquisa, e
em seguida foram realizadas as buscas pela internet por programas com potencial
educativo. Apesar de mais de 300 softwares terem sido encontrados, boa parte foi
descartada por apresentar nível de complexidade inadequado ao ensino básico, explorar
conhecimentos não curriculares e principalmente, muitos não apresentaram tradução e/ou
preparação para serem traduzidos, sendo pré-selecionados sessenta. Devido ao escopo
do projeto, apenas vinte e três foram efetivamente selecionados para classificação e
testes pela equipe.
Os sessenta programas pré-selecionados foram colocados em uma tabela com
informações a respeito do programa: nome, endereço eletrônico onde o software foi
obtido, licença de uso, disponibilidade do programa em português do Brasil, potencial
para tradução (para programas não traduzidos), plataformas disponíveis, área do
conhecimento e breve descrição.
Os vinte e três programas selecionados foram catalogados segundo os Parâmetros
Curriculares Nacionais e aspectos classificatórios como: área do conhecimento e faixa
escolar, possíveis disciplinas nas quais o software é passível de uso e para o ensino de
quais conteúdos podem ser usados.
De modo a orientar o processo de seleção, os requisitos que nortearam a escolha dos
programas foram os seguintes:
a) Conveniência e a viabilidade de uso do software em situações educacionais;
b) Compatibilidade do software com um ou mais pontos das diretrizes curriculares
brasileiras;
c) Adaptabilidade à realidade da escola pública brasileira e seus usuários;
d) Considerada obrigatória a compatibilidade da licença do software com os conceitos
de software livre;
e) Apresentação simples e de fácil entendimento para o usuário final;
f) Disponibilidade de manual de uso;
g) Tradução, ou seja, localização do software para português brasileiro.
h) Tradução do manual para português brasileiro.
1.b) Documentação dos softwares no sítio do CLASSE
1 Primeira fase do projeto já descrita no relatório intermediário.
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As informações sobre o projeto e sobre os softwares catalogados foram disponibilizadas
através do sítio eletrônico do CLASSE. Ele está no ar desdesetembro de 2005 e, de
acordo com o andamento do projeto e a partir das experiências de utilização dos
softwares, teve seu conteúdo constantemente ampliado e reavaliado. O recurso que
permitiu esta atualização gradativa foi o software gerenciador de conteúdos livre
denominado Mediawiki utilizado para compor o sitio (mais detalhes no capítulo 3). Ainda
por este motivo, as informações podem ser complementadas a qualquer momento e,
inclusive, pessoas de fora do projeto, podem colaborar.
Para cada um dos 23 softwares selecionados, há uma página com as informações sobre
o mesmo, incluindo área do conhecimento, faixa escolar - Educação Infantil, Ensino
Fundamental I, Ensino Fundamental II, Ensino Médio - conteúdos que podem ser
trabalhados com seu auxílio, usabilidade e uma seção de sugestões de atividades, para
serem testadas e avaliadas com professores e alunos.
1.c) Relato da experiência nas escolas
Para permitir uma avaliação completa dos programas classificados, testar suas reais
possibilidades de uso e, inclusive, verificar se as informações disponíveis no sitio
eletrônico se comprovariam em experiências práticas, uma instituição foi convidada a
participar do projeto: a Escola Estadual Básica Simão José Hess. Sua escolha se deu
devido ao projeto antecedente “Escola Livre” [Escola Livre] que já havia sido realizado por
integrantes da equipe do projeto CLASSE junto a esta instituição e foi, portanto, uma
forma de dar continuidade ao trabalho e à parceria.
A partir do mês de junho de 2006, mais uma escola fez contato com o projeto, a Escola
Estadual Básica (EEB) Getúlio Vargas, a fim de obter algum direcionamento pedagógico e
capacitação aos professores, pois já possuía uma sala informatizada adequadamente
equipada mas praticamente inutilizada.
A participação destas escolas foi fundamental neste processo, pois com a aplicação das
atividades e opiniões dos professores, pôde-se contextualizar os programas na realidade
escolar, perceber a recepção dada pelos professores e alunos à eles, ampliar as
informações que se tinha e confirmar se estes estão de acordo com as finalidades
anteriormente descritas. Pôde-se também, desta forma, divulgar o uso do computador em
sala de aula e do software livre na educação.
a) EEB Simão José Hess
O trabalho na escola Simão Hess foi desenvolvido ao longo de sete meses, durante três
períodos semanais. O atendimento aos professores foi planejado primeiramente, de forma
individualizada durante as suas aulas livres, ou “janelas”. Este tipo de atendimento
permitiu mostrar diretamente aos professores os programas que poderiam se adequar à
série e disciplina na qual lecionavam, demonstrando suas formas de utilização, as
sugestões de atividades já elaboradas e participando junto aos professores na confecção
dos seus referentes planejamentos.
Porém verificamos que os professores tinham dificuldades de conciliar o tempo já
dedicado às atividades rotineiras na escola (correção de provas, preparação de aulas)
com as atividades de apropriação da nova tecnologia. Foi, então, adotada uma segunda
estratégia que contava com a ajuda de uma funcionária da escola. Esta realizava
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atividades pedagógicas diferenciadas com crianças de forma a liberar seus respectivos
professores para apresentação e debate sobre o CLASSE, na sala informatizada. Nos
concentramos nos professores de primeira à quarta série, pois estes estavam mais tempo
presentes na escola e suas turmas eram menores, o que facilitou muito o uso do
laboratório que conta com cerca de dez a treze máquinas (o número variou durante o
período em função da falha de alguns computadores).
A partir disso, os professores começaram a marcar aulas semanais com suas turmas no
laboratório, dando continuidade à experiência.
Foram realizadas nesta escola atividades com cinco professoras, oito turmas e quatro
softwares:
●
GCompris- com as segundas e terceiras séries do ensino fundamental, e pré
escola.
●
Gtans- com as primeira e terceira séries do ensino fundamental,
●
ABC-Blocks- com a pré-escola e a primeira série do ensino fundamental e
●
Tux Paint- com a pré-escola e terceiras séries do ensino fundamental.
Ilustração 1: Atividades com o Tux Paint
Ilustração 2: Professora orienta alunos do pré­primário
b) EEB Getúlio Vargas
Em 29 de maio foram iniciadas as atividades na escola Getúlio Vargas, com a
apresentação do projeto aos professores e coordenadores da instituição. Em seguida, foi
oferecido um curso de capacitação em Linux, realizado entre 5 a 8 de junho com duração
total de 16 horas. O curso permitiu apresentar os softwares de forma mais abrangente e
contextualizada, ampliando o conteúdo e permitindo que os professores adquirissem
maior familiaridade com o computador, os softwares livres e as tecnologias da educação
de forma geral. Como os resultados foram muito positivos, foi realizado um segundo minicurso com duração de 4 horas, no dia primeiro de junho, para apresentar os softwares
educativos.
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Figura 1: Professores durante o curso de capacitação
Figura 2: Visão geral da turma de professores que participaram do curso
Posteriormente ao curso, o atendimento aos professores foi realizado de forma individual
ou em duplas, e cada docente participante recebeu gratuitamente um cd do CLASSE para
que pudessem também em seus computadores domésticos aprender a utilizar os
programas. Ao todo foram distribuídos 30 cds nesta escola.
Todos os softwares classificados pelo CLASSE foram apresentados e utilizados pelos
professores. Apenas os softwares destinados à faixa escolar da pré escola à quarta série
do ensino fundamental foram introduzidos em atividades com a presença dos alunos. O
motivo que limitou esta utilização dos programas foi o número de computadores da sala
informatizada (dez micros) considerado insuficiente para atender as turmas da quinta
série em diante que contam sempre com mais de 30 alunos cada.
1.d) Metodologia de avaliação
A definição de uma metodologia que estabeleça parâmetros gerais de avaliação dos
softwares educativos não é tarefa simples. Um fator que a torna complexa é a
diversidade de tipos de softwares educativos e funções a que se destinam, (tutoriais,
tutelados, ferramentais, simulações, exercício e prática, jogos, entre outros). Outro é o
contexto no qual se inserem. Mas esta escolha por uma metodologia é necessária para
possibilitar a definição das características mais relevantes a serem observadas nos
próprios programas, nestes em relação aos sujeitos que com ele interagem (professores e
alunos) e com relação ao contexto no qual estão inseridos.
Existem diversas metodologias para avaliação pedagógica de softwares educativos,
dentre elas as mais conhecidas são as de Oliveira et all (1987), Campos (1994), Niquini
(1996), Reeves apud Campos (1996), Squires e Preece (1996), Gamez (1998).2 A
avaliação realizada no projeto CLASSE foi baseada na metodologia intitulada TICESE
(Técnica de Inspeção Ergonômica de Software Educacional), desenvolvida pelo
2 SILVA, Cassandra Ribeiro de Oliveira, “Bases pedagógicas e ergonômicas para concepção e avaliação de produtos
educacionais informatizados”: Florianópolis, 1998 <http://www.eps.ufsc.br/disserta98/ribeiro/> acessado em julho
de 2006
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Laboratório de Utilizabilidade (LABIUTIL) da Universidade Federal e Santa Catarina,3 pois
este faz um estudo abrangente e síntese das anteriores, propondo um modelo
considerado adequado e que melhor atende aos objetivos do projeto.
Partindo-se do pressuposto de que uma avaliação pedagógica eficaz só é possível
quando inserida na escola e contando com a participação dos professores ao longo do
processo, foram consideradas como critérios avaliativos as opiniões emitidas pelos
professores durante apresentação dos programas, respostas aos questionários,
entrevistas informais e observações referentes ao uso dos softwares.
Deve-se considerar também o contexto no qual foram utilizados os ferramentais de
avaliação, ou seja as duas escolas públicas da grande Florianópolis, sabendo que estas
apresentam grandes semelhanças com muitas escolas de todo país e de outros países
latino-americanos.
1.e) Resultados da avaliação pedagógica dos softwares
Para melhor avaliar os softwares, estes foram primeiramente classificados quanto aos
tipos de instrução que se propõem:
1. Programas tutelados: softwares que permitem ao aluno instruir e ensinar o
computador, seu exemplo mais comum são os programas que utilizam a linguagem
LOGO
2. Programas ferramentais: são aqueles que permitem ao usuário adquirir e/ou
manipular informações
3. Programas de exercício e prática: são aqueles que permitem praticar exercícios e
testar os conhecimentos do aluno;
4. Jogos educativos: oferecem algum tipo de recreação com vista a aquisição de um
determinado tipo de aprendizagem.
Lembrando que os programas utilizados e avaliados em sala de aula com alunos foram
aqueles voltados à primeira fase do ensino fundamental e pré-escola. São eles: Gtans,
ABC-Blocks, TuxPaint, Gcompris. Os demais foram avaliados de acordo com o uso por
parte de professores e suas opiniões.
1.f) Programas Tutelados
Kturtle e Telis
●
Pontos positivos: O conteúdo trabalhado pelos softwares é pertinente ao
conteúdo trabalhado pelos professores (geometria, matemática). Podem ser
utilizados tanto para revisão de conteúdo já trabalhado quanto para introdução de
conteúdo novo. Despertam o interesse dos alunos,
3 GAMEZ, Luciano, "Técnica de inspeção de conformidade ergonómica de software educacional". Minho, Portugal,
1998 <http://www.labiutil.inf.ufsc.br> acessado em março de 2006
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Ambos apresentam manual muito claro, em português, explicando como utilizar o
os ambientes de programação e os comandos em linguagem LOGO. Permitem
que o usuário crie e adicione novos comandos. Permitem que o aluno aprenda os
conteúdos de forma gradativa e o desenvolvimento das capacidades de raciocínio
e de resolução de problemas. Possuem animação e mídias agradáveis, o Kturtle
permite inclusive, permite que o aluno escolha a velocidade de execução das
tarefas.Restrições: Não possuem mensagens claras. Quando o aluno digita um
comando desconhecido, os programas não o auxiliam a resolve-lo, apenas
informam que não o reconhecem. As funções são difíceis por exigir que o usuário
aprenda a linguagem proposta. As teclas dos programas são representadas por
símbolos cujo significado é desconhecido.
1.g) Programas ferramentais
Kalzium e Gperiodic de química: Ambos apresentam a tabela periódica e informações
sobre cada elemento.
●
Pontos positivos: Os conteúdos apresentados pelos programas são compatíveis
com os conteúdos trabalhados pelos professores. O programa Kalzium possui
interface muito atrativa e fácil de usar. Possui manual em português e recursos
excelentes como a possibilidade de observar mudanças na tabela com as
mudanças de temperatura e tempo. Permite que um novo conteúdo seja
introduzido ou revisado. Para obter êxito na utilização destes programas, depende
muito da maneira como o professor puder explorá-lo e direcionar atividades com os
alunos. O software pode ser utilizado para despertar o interesse do usuário pelo
assunto e permite explorar os conteúdos de forma consistente.
●
Restrições: O programa Gperiodic e seu respectivo manual não estão traduzidos e
portanto, torna-se difícil para os alunos. Não há necessidade de usar os dois
programas visto que apresentam o mesmo conteúdo. Não possui nenhum tipo de
jogo ou exercício. Alguns professores consideraram o programa desnecessário
entendendo que o livro didático poderia exercer a mesma função.
Kig: ferramenta utilizada para desenhos geométricos e
Kmplot: construtor de gráfico de funções de matemática.
●
Pontos positivos: Os conteúdos apresentados pelos programas são compatíveis
com os conteúdos trabalhados pelos professores e as funções são fáceis de serem
utilizadas. O software pode ser utilizado para despertar o interesse do aluno, para
introduzir conteúdos novos e também para revisão ou reforço de conceitos já
estudados. Além disso, permite explorar os conteúdos de forma consistente ou
seja, não apenas de maneira superficial. Apresentam tela clara e de fácil utilização
com manual de instruções e ajuda em português.
●
Restrições: Não oferece ao aluno a possibilidade de resolver exercícios préestabelecidos.
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Xrmap, Kstars e SunClock: programas de geografia que apresentam diferentes mapas
mundias.
●
Pontos positivos: Apresentam conteúdos compatíveis com aqueles trabalhados
pelos professores, podem facilmente serem utilizados para despertar o interesse
dos alunos, como revisão e/ou reforço para um assunto já trabalhado e para o
desenvolvimento de um conteúdo novo. Permite explorar os conteúdos de forma
consistente porque possuem grande quantidade de informações. O programa
KStars possui manual em português, fácil de entender. O programa Xrmap permite
aproximar o mapa com o zoom até enxergar cidades muito pequenas, incluindo
assim conteúdos locais.
●
Restrições: As funções dos programas SunClock e Xrmap são dífíceis de
executar, pois são representadas por letras, além disso, ambos estão no idioma
inglês. Não possuem manual em português. Muitos recursos do programa Kstars
estão além dos conteúdos estudados no Ensino Médio.
Gonvert: conversor de medidas
●
Pontos positivos: O conteúdo apresentado pelos programas é compatível com os
conteúdos trabalhados pelos professores As funções são fáceis de serem utilizadas O
software pode ser utilizado como uma revisão e/ou reforço para um assunto já trabalhado.
●
Restrições: Não possui manual e não está traduzido para o português, o que
dificulta sua utilização, mesmo sendo a maioria das unidades de medidas
representadas por nomes internacionais. O programa não permite que o aluno faça
exercícios e desenvolva o próprio raciocínio, somente apresenta as respostas sem
explicitar o caminho utilizado para obtê-las.
Tux Paint: editor de desenhos voltado ao público infantil.
●
Pontos positivos: Muito didático, apresenta informações e instruções que auxiliam
a criança na utilização dos recursos que o programa apresenta, são mensagens
claras, fáceis de serem entendidas, estando de acordo com o público-alvo a que se
destina e apresentadas em momentos oportunos. As funções são, portanto, muito
fáceis de usar. Possui interface amigável e atrativa às crianças e estimula a
criatividade. Teve grande aceitação por parte de alunos e professores. Favorece o
trabalho cooperativo e intercâmbio de idéias.
●
Restrições: A turma com a qual o programa foi testado ainda não estava
alfabetizada e teve dificuldade para reconhecer os ícones. Também por não
Figura 3: Atividade com o Tux Paint
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estarem acostumados a usar o mouse não conseguiam produzir desenhos com o
lápis ou as formas geométricas, apenas pintavam. Não possui manual de uso.
WordTrans: interface usada para acessar diversos dicionários disponíveis na internet.
●
Pontos positivos: Possui conteúdo apropriado, adequado ao currículo escolar, é
um programa gráfico que permite e facilita buscas por traduções muito fácil de
usar. Responde as dúvidas do usuário adequadamente. O software permite o
desenvolvimento de um conteúdo novo e permite ao usuário adicionar novos
conceitos.
●
Restrições: O programa apresenta-se em inglês, inclusive o manual.
1.h) Programas de exercício e prática
ABC-Blocks: é um software muito simples, basicamente uma tela por onde arrasta-se as
letras do alfabeto montando palavras.
Figura 4: Formando palavras com o ABC­Blocks
●
Pontos positivos: Seu conteúdo é muito apropriado para crianças em fase de
alfabetização e é muito fácil de usar. Permite uma variedade de possibilidades de
aplicação, a tela é limpa e clara.
Como a maioria dos alunos com os quais testamos o programa nunca haviam
utilizado o computador, este serviu também para ensinar como usar o mouse,
selecionar e arrastar objetos. Os alunos rapidamente aprenderam a utilizar e logo
formaram as palavras que haviam aprendido com a professora em sala. O
programa, por ser simples e fácil de usar, não necessita instruções e o aluno só
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precisa do mouse para jogar.
●
Restrições: Não possui acentos ou pontuações e não avalia o trabalho do
aluno.Não apresenta manual.
Beads: apresenta grupos de unidades em um fundo quadriculado que pode ser utilizado
no ensino das operações básicas de soma e subtração.
●
Pontos positivos: Possui conteúdo compatível com o currículo escolar, permite
que o aluno brinque livremente com as peças visualizando números e operações
matemáticas. Sua interface é clara e amigável.
●
Restrições: Não dá nenhum tipo de retorno ao que o aluno faz e não possui
manual. O programa não apresenta instruções, possibilidades de configuração e
animações.
Kbruch e Kpercentage de matemática.
●
Pontos positivos: Os conteúdos apresentados pelos programas são compatíveis
com os conteúdos trabalhados pelos professores. Propõem exercícios/problemas
que permitem uma variedade de possibilidades de aplicação do conceito a ser
trabalhado, apresentam enunciados claros nos exercícios/problemas propostos.
As mensagens exibidas são amigáveis, claras e fáceis de serem entendidas,
estando de acordo com o público-alvo a que se destinam. As funções são fáceis de
serem utilizadas e as animações são agradáveis. Permitem o desenvolvimento das
capacidades de raciocínio e de resolução de problemas. Sempre emitem alguma
forma de retorno quando o usuário acerta ou erra, sendo estes apresentados de
forma positiva e motivadora. Os manuais de ajuda são adequados, ou seja,
explicam as dúvidas do usuário adequadamente. Enfim, estes softwares oferecem
situações e recursos que justificam sua utilização, podendo ser utilizados,
principalmente, para revisar conteúdos já trabalhados.
●
Restrições: Não servem pra introduzir novos conteúdos e não permitem a
demostração, nem avaliação dos processos utilizados pelo aluno para chegar aos
resultados. Também não permitem ao professor selecionar os exercícios que
deseja que seus alunos efetuem, pois eles aparecem sempre de forma aleatória,
como também não permitem adicionar novos exercícios.
Gtans: é uma versão eletrônica de um jogo conhecido por Tangram, muito utilizado no
ensino de matemática e geometria.
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Figura 5: Atividade com o GTans
●
Pontos positivos: Seu conteúdo é muito adequado aos trabalhados pelos
professores, propõe exercícios que permitem uma variedade de possibilidades de
aplicação do conceito a ser trabalhado. As funções são fáceis de serem utilizadas.
A interface é agradável e clara. O software oferece situações e recursos que
justificam a sua utilização e pode ser usado tanto para introduzir novos conteúdos
como para revisar conteúdos já trabalhados. Permite o desenvolvimento das
capacidades de raciocínio e de resolução de problemas e permite ao aluno
exercitar a criatividade, trabalhando os conceitos de forma lúdica. Favorece o
trabalho cooperativo e intercâmbio de idéias
●
Restrições: Não está traduzido para a língua portuguesa e também não apresenta
manual em português.
Kanagram, Kverbos e Klettres para línguas estrangeiras
●
Pontos positivos: Os conteúdos apresentados pelos programas são compatíveis
com os conteúdos trabalhados pelos professores. As funções são fáceis de serem
utilizadas, possuem interface muito amigável e colorida. Os programas Kverbos e
Kanagram permitem a adição de novas palavras e podem ser utilizados
principalmente para revisar conteúdos. Klettres pode ser utilizado também para
introduzir conteúdos novos. Todos os três possuem manuais de ajuda claros e em
português.
●
Restrições: Para executar o programa Klettres, faz-se necessário que os
computadores possuam som, o que não acontece nas escolas pesquisadas. Não é
possível selecionar a palavra que se deseja utilizar, elas aparecem sempre de
forma aleatória.
Keduca e KwordQuiz: editores e executores de questionários.
●
Pontos positivos: Estes programas podem ser utilizados em qualquer disciplina e
série, pois o conteúdo é escolhido e editado pelo professor. São de fácil execução,
possuem interface clara e amigável. Possuem manual de ajuda em português
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●
Restrições: Para a utilização dos programas faz-se necessário que o professor
antes edite o questionário que deseja utilizar, o que demanda maior preparo.
1.h) Jogo educativo
Gcompris: é uma suíte de jogos educativos.
●
Pontos positivos: O programa Gcompris apresenta inúmeras possibilidades,
contem atividades de entretenimento, lógica, raciocínio e coordenação motora. É
um conjunto de jogos que contempla quase todas as disciplinas, matemática,
português, educação artística, geografia, ciências e “uso do computador”. As
atividades são lúdicas e ao mesmo tempo tempo pedagógicas. Seu conteúdo é
muito adequado aos trabalhados pelos professores, propõe exercícios que
permitem uma variedade de possibilidades de aplicação do conceitos trabalhados.
As funções são fáceis de serem utilizadas. A interface é agradável e clara.
O software oferece situações e recursos que justificam a sua utilização e pode ser
usado tanto para introduzir novos conteúdos como para revisar conteúdos já
trabalhados. pode ser utilizado de formas diferentes dependendo da experiência do
usuário em utilizá-lo. Permite o desenvolvimento das capacidades de raciocínio e
de resolução de problemas e favorece o trabalho cooperativo e intercâmbio de
idéias.
●
Restrições: Observou-se, nas atividades realizadas com os alunos que utilizaram
o Gcompris, que essa sorte de opções, deixa muitas vezes o aluno um pouco
perdido, pois fica curioso para fazer todas as atividades que o programa oferece e
não concentra-se em nenhuma, prejudicando portanto, o aprendizado. Somente
depois que o aluno conhece os programas e já domina o mouse e o teclado é que
ele vai adquirir capacidade para aprender os conteúdos trazidos pelos jogos. Outra
Figura 6: Jogo contido no GCompris
alternativa é o professor orientar bem para qual/quais jogos o aluno deve executar.
As atividades deste programa poderia vir separadas por grau de complexidade.
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2. Avaliação Técnica dos Softwares
Conforme relatado em [CLASSE II], as primeiras tarefas do CLASSE concentraram-se no
estabelecimento de requisitos técnico-pedagógicos em conformidade com os objetivos do
projeto para avaliação e classificação dos programas educativos a serem pesquisados até
então. Assim, ao lado de requisitos colocados, tal como o descrito sob a alcunha de
“cobertura curricular”, estavam outros requisitos técnicos. Alguns destes requisitos
mostraram-se indispensáveis, como o licenciamento (possuir o software uma licença de
uso que estivesse sintonizada ao conceito de Software Livre [GNU I]); outros desejáveis,
como o requisito de tradução, fosse em um nível mais básico de preparação do software
para posterior tradução (internacionalização, i18n), fosse em um estágio mais desejado
em que o software já estivesse traduzido para português do Brasil (localização, l10n), ou o
requisito de abrangência, isto é, o software ter capacidade de executar em mais de uma
plataforma operacional (GNU/Linux, Mac, Windows, etc.).
2.a) Características técnicas dos programas classificados.
A fim de atender ao primeiro requisito técnico do projeto CLASSE, todos os programas
classificados pelo projeto – 24 (vinte e quatro) softwares – são programas livres, cujas
possibilidades de uso, modificação e distribuição de cada programa adequam-se ao
conceito de Software Livre. Todos os programas classificados estão licenciados pela GPL
(GNU Public License, a Licença Pública GNU) [GPL]. Da mesma forma, todos os
programas possuem versões para a plataforma GNU/Linux, sendo que uma pequena
parte deles a priori executam em mais de uma plataforma de software. Dos 24 programas
classificados, 14 estão internacionalizados e localizados, 8 estão apenas
internacionalizados e 1 não está internacionalizado. Maiores informações a respeito dos
programas classificados no apêndice deste documento.
2.b) Justificativa do ambiente operacional Debian GNU/Linux
Embora não fosse um requisito técnico previsto, o GNU/Linux acabou tornando-se a
plataforma-alvo do projeto, o que não significa privar o CLASSE do seu requisito de
abrangência. Durante os procedimentos de classificação de software, a equipe do projeto
CLASSE não deixou de avaliar e considerar um programa por sua propriedade de
executar em mais de uma plataforma de software (GNU/Linux, Windows, Mac, etc.), ainda
que este requisito não fosse determinante para a escolha do software, tal como o
licenciamento. Decerto, durante as ações de classificação deste projeto, detectavam-se a
existência de programas bons e funcionais para determinados objetivos educacionais e
que executavam em mais de uma plataforma ou em outras plataformas que não fossem o
GNU/Linux. Entretanto, estes mesmos programas escapavam do escopo de requisito de
licenciamento (não eram softwares com licença livre), que foi fundamental para o
processo de classificação. Mesmo assim, no meio dos 24 programas classificados,
existem softwares com versão para mais de uma plataforma de software. A despeito de
nenhum destes programas multiplataformas classificados serem testados em outro
ambiente que não fosse o GNU/Linux, é possível encontrar no sítio do projeto CLASSE
(ver seção 5) referências aos seus sites oficiais na Internet com a devida orientação de
como instalá-los.
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Portanto, para fins de execução e direcionamento do projeto em suas atividades, o
CLASSE adotou como ambiente de operação o Debian GNU/Linux [Debian I], versão 3.1
(sarge). Com efeito, todos os programas avaliados e classificados podem ser instalados
no Debian. Os motivos para a escolha do Debian são vários. Conceitualmente, estes
motivos, ora técnicos, ora filosóficos, decorrem das muitas maneiras como o Debian
desdobra as suas ações a fim de manter o seu sistema literalmente universal, o que, por
coerência, se adequa ao objetivo educacional do CLASSE e, espontaneamente, induz o
CLASSE para a sua adoção:
1. o Debian constitui-se em um time de colaboradores distribuídos por diversas partes
do mundo;
2. do ponto de vista social, o Debian sustenta-se em um instrumento formal
denominado “Contrato Social Debian” [Debian II], cujas premissas voltadas ao
compromisso ao público norteiam as atividades e as intenções do mesmo projeto;
3. o Debian se propõe a atender diversas plataformas de hardware em computadores;
4. o Debian apresenta-se, em distintas gradações, como um sistema de referência,
inclusive para outras variedades de GNU/Linux, algumas bastante populares como
o Ubuntu [Ubuntu I], o que implica, sem dúvida, um reconhecimento ao trabalho
efetuado há bastante tempo (mais de 10 anos) pelo próprio projeto Debian;
5. o Debian dispõe de um vasto e estruturado sistema de armazenamento e
gerenciamento de softwares livres, onde, juntamente com os seus respectivos
códigos-fonte (pré-requisito no conceito de Software Livre [GNU I]), arquivos
prontos para instalação destes programas (pacotes) em um formato padrão
(“formato deb” [Debian III], doravante citado como “formato-debian”) podem ser
prontamente instalados através da internet por meio de ferramentas úteis sem
necessidade de conhecimentos avançados em informática;
6. por fim, sob o foco deste projeto unicamente, o Debian aparece como uma escolha
natural por conta dos antecendentes do CLASSE, sabidamente o projeto Escola
Livre [Escola Livre], no qual se adotou o Debian GNU/Linux como sistema
operacional.
2.c) Opção pelo formato-debian e classificação dos softwares segundo a existência
de formato-debian.
Quase todos os programas classificados por este projeto já possuíam um formato-debian,
ou seja, estavam disponíveis como “pacotes Debian” [Debian IV] nos seus sites originais
ou em outros locais da Internet. Isto, contudo, não impediu o encaminhamento normal
das atividades do CLASSE ao usar também programas que não possuíam um formatodebian. Ainda que parcialmente, a presença do formato-debian – e, por conseqüência, da
possibilidade de uso do sistema de gerenciamento de pacotes Debian associado – na
maioria dos programas classificados ajudou bastante o desenvolvimento do projeto
CLASSE em diversos momentos. Nas escolas-piloto, elemento essencial à concretização
dos objetivos deste projeto, o formato-debian agilizou em muito os processos de
implantação e atualização dos softwares educativos explorados em ambiente escolar
colaborando, diga-se, com as atividades pedagógicas do próprio CLASSE. O formatodebian foi um elemento fundamental também em outra atividade do CLASSE, a
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construção do Live-CD do projeto, o CD de demonstração de programas classificados (ver
seção 4): sem a presença de um formato padrão de instalação e desinstalação de
programas e de uma ferramenta para manipulação deste formato ficaria, no mínimo,
vagarosa a tarefa de trabalhar com o Live-CD.
Os seguintes programas classificados, no total de 4 (quatro), não estavam em formatodebian:
●
Abc-blocks (software classificado para ensino-aprendizagem de português nos
níveis Educação Infantil e Fundamental I),
●
Beads (software classificado para ensino-aprendizagem de matemática nas séries
fundamentais),
●
Xrmap (software classificado para ensino-aprendizagem de geografia nos Ensino
Fundamental II e Ensino Médio) e
●
Gonvert (software classificado para ensino-aprendizagem de física no Ensino
Médio).
Para estes programas, elaborou-se e concretizou-se a idéia de criar as suas versões
como pacotes Debian e de disponibilizá-los em um repositório de pacotes (e respectivos
códigos-fonte) próprio do projeto. Os demais programas, que já possuíam um pacote
Debian, poderiam ser obtidos pelo sítio dos seus respectivos projetos oficiais. Em um
outro caso, para os programas classificados, pensou-se e concretizou-se a idéia de o
próprio sítio do CLASSE, na medida do possível, indicar a possibilidade de instalação por
outros tipos de pacote que não o Debian, ou ainda oferecer informações para instalação
destes mesmos programas de maneira não automática (ou seja, não utilizando pacotes
Debian ou qualquer outro). No geral, todas estas informações concernentes aos softwares
e às suas instalações podem ser acessadas no sítio do projeto CLASSE (ver seção 3).
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3. Sítio do Projeto [CLASSE I]
O sítio eletrônico do CLASSE, que emprega a ferramenta livre de gerenciamento de
conteúdos Mediawiki, software amplamente empregado em outros projetos livres como o
renomado Wikipédia [Wikipédia], congrega todas as informações produzidas até então
pelo projeto. Em consonância com o caráter colaborativo do projeto CLASSE, o seu sítio
eletrônico também é editável, permitindo ora que informações existentes sejam
modificadas, ora que novas informações em forma de texto e imagem sejam colocadas
diretamente do navegador de Internet, sem a necessidade de recursos adicionais e
avançados.
Figura 7: Página inicial do sítio do CLASSE
Na sua organização corrente, o sítio apresenta as seguintes classes de informação:
●
Seções de apresentação sobre o projeto CLASSE (objetivos, motivação, contato,
equipe executora e notícias relacionadas às atividades do projeto), Software Livre e
a classificação de softwares educativos;
●
Seção com a lista de programas classificados, que reúne a listagem das
características técnicas e pedagógicas coletadas pelo projeto de acordo com os
seus requisitos de classificação. Nesta seção, podem ser acessados ainda os
materiais de indicação pedagógicas de cada programa classificado;
●
Seção sobre o Live-CD do projeto, onde se pode pegar o CD de demonstração
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de programas educativos produzido pelo CLASSE, bem como acessar as
instruções deste CD, bem como as suas telas de exemplo (screenshots);
●
Seção de documentação e manuais técnicos, o que inclui documentação da
criação do Live-CD do CLASSE e tutoriais associados, seção de instalação de
programas, relatórios técnicos e outros documentos associados às atividades do
projeto;
●
Seção de fontes de pesquisa, com um conjunto de referências relacionadas à
Informática na Educação e às atividades de classificação do CLASSE.
O endereço do sítio do projeto CLASSE é http://classe.geness.ufsc.br .
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4. Live-CD do CLASSE [CLASSE III]
Com o objetivo de facilitar a adoção e, em última análise, a viabilização dos programas
livres selecionados dentro da etapa de classificação, o projeto CLASSE pôs-se na tarefa
de desenvolver e disponibilizar no sítio do projeto um CD de demonstração de programas
(em anexo a este documento), com características de um Live-CD de simples operação.
Entende-se aqui por Live-CD um CD-ROM com uma distribuição GNU/Linux (“sistema
linux”) capaz de executar diretamente a partir de um dispositivo de CD do computador,
sem necessidade de instalação convencional (embora, em certas ocasiões, seja possível
instalá-lo no computador).
4.a) Processo de criação
O processo de criação do Live-CD do CLASSE consistiu inicialmente na verificação de
soluções de Live-CD existentes na Internet que pudessem ser reaproveitadas de acordo
com as intenções do projeto. Nesta etapa, procuraram-se soluções que possuíssem, pelo
menos, algum suporte ao português brasileiro, uma vez que o público-alvo do CLASSE
são os agentes envolvidos no processo de ensino-aprendizagem no Brasil. Ao mesmo
tempo, procuraram-se soluções de Live-CD que oferecessem como ambiente gráfico o
KDE [KDE I], já que, conforme descrito em [CLASSE II], boa parte dos softwares
classificados foram do projeto KDEEDU [KDE II], subprojeto do KDE para
desenvolvimento de software educativo.
A escolha da solução-base para o Live-CD do CLASSE envolveu ao seu final duas
soluções para Live-CD já existentes: o Kubuntu [Ubuntu II] e o Kurumin Linux [Kurumin I].
Ambas soluções, que utilizam como ambiente gráfico o KDE, foram experimentadas,
sendo que os seus respectivos processos de personalização, bem como outros
procedimentos subjacentes, foram registrados na seção de documentação técnica no sítio
do projeto [CLASSE IV].
Ao final do processo de experimentação das soluções de Live-CD pré-selecionadas,
concluiu-se como vantajoso o uso do Kurumin Linux como base para o desenvolvimento
do Live-CD do CLASSE. Em verdade, tanto o Kurumin Linux quanto o Kubuntu
apresentam um quadro de desenvolvimento ativo, um sistema de gerenciamento de
programas avançado (ambos são derivados do Debian GNU/Linux, que, conforme dito na
seção 1, além de ser o ambiente adotado pelo CLASSE, possui um sofisticado e eficiente
sistema para instalação automática de programas) e um suporte nativo ao KDE. Porém, o
Kurumin Linux apresentava algumas vantagens adicionais, o que culminaram com a sua
escolha. São elas:
(i) bom suporte ao português do Brasil, em nível mais avançado do que o Kubuntu;
(ii) grande quantidade de documentação em português a respeito do sistema já
disponível no sítio oficial do projeto, muito mais extensa do que a documentação
relativa ao Kubuntu;
(iii) maiores facilidades para o desenvolvedor criar o seu próprio sistema a partir da
personalizar do Kurumin;
(iv) existência de um fórum em português associado ao projeto para ajuda e resolução
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de problemas.
Conteúdo do Live-CD
O Live-CD do CLASSE, baseado no Kurumin Linux, compreende ao mesmo tempo boa
parte dos softwares já disponíveis pelo Kurumin, os softwares educativos classificados
pelo CLASSE, as documentações técnicas destes últimos softwares (quando existentes) e
os materiais pedagógicos associados desenvolvidos por este projeto. O repertório de
programas disponível no Live-CD é predominantemente de softwares livres, embora, por
herança do Kurumin, na versão atual do Live-CD, haja alguns aplicativos que não podem
ser considerados livres. Porém, se não todos, muitos destes aplicativos são
desnecessários e podem ser retirados; ou, se necessários, podem ser substituídos em
alguns casos por contrapartes livres. Espera-se este refinamento do Live-CD ao longo dos
seus próximos lançamentos com o propósito de torná-lo 100% livre. O Live-CD ainda
contém os pacotes Debian especialmente gerados pelo projeto (ver detalhes a respeito na
seção 2).
Além dos programas educativos classificados e da sua documentação pedagógica, o
Live-CD apresenta outras modificações. Parte destas modificações foram de interface,
resultantes de sugestões dos trabalhos realizados pelo projeto em ambiente escolar.
Neste ínterim, uma primeira mudança foram a reorganização e a diminuição do tamanho
do menu principal de acesso aos aplicativos instalados a fim de melhorar a localização
destes. Outra mudança, esta mais relevante, na barra de tarefas da área de trabalho do
Kurumin, foi a adição de menus de acesso rápido aos programas educativos classificados
pelo projeto, separados por área de conhecimento (Língua Portuguesa, Língua
Estrangeira, Matemática, Geografia, Química, Física e Multidisciplinar). Esta barra
também teve o seu tamanho aumentado no intuito de facilitar a visualização e a
localização dos programas classificados. Outras modificações no Live-CD servem como
elementos de identificação deste projeto e do seu propósito, como uma nova tela de boot,
uma nova tela de progresso do processo de iniciação do KDE (splashscreen) e uma nova
imagem de fundo na área de trabalho.
Principais dificuldades
O processo de criação de um Live-CD é bastante lento e, ao mesmo tempo, meticuloso.
Em primeiro lugar, porque é preciso concentrar todo o conjunto de configurações e de
softwares instalados no sistema na perspectiva de que ele tenha ao final, no máximo,
cerca de 700MB (tamanho de CD-ROM convencional). Nas primeiras tentativas de
personalização de um Live-CD, se o sistema-base já estiver muito próximo da
capacidade-limite do CD-ROM, é muito comum se extrapolar este limite de 700MB.
Ademais, o processo de geração do arquivo final do Live-CD é muito demorado. Para se
ter uma idéia, no ambiente de desenvolvimento do CLASSE, com uma boa configuração
de hardware, gastaram-se cerca de 25 minutos apenas para gerar um novo arquivo do
Live-CD, desconsiderando, por exemplo, os passos de configuração, que, por si só, pode
ser lento.
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Versionamento, disponibilização e trabalhos futuros
Hoje, o Live-CD já pode ser obtido em [CLASSE III]. Para copiá-lo e utilizá-lo, basta seguir
as instruções indicadas nesta mesma página. A versão atual do Live-CD é a 0.5,
significando que o mesmo ainda está em estágio de desenvolvimento. O número de
versão do Live-CD segue um modelo bem simples, que consiste em duas informações: a
primeira indica o número da versão principal, a segunda indica se esta versão é a estável
(número 0) ou está em desenvolvimento para se chegar a uma nova versão principal
(número 5, como um indicativo de intermédio entre as atual principal e futura versões
principais).
Seguindo esta idéia de versionamento, pretende-se manter dois ramos de
desenvolvimento do Live-CD do CLASSE: um denominado “estável”, que acompanha o
progresso das versões de produção do Kurumin Linux (hoje, na versão 6), outro “em
desenvolvimento”, que acompanha o seu equivalente no Kurumin Linux (hoje, na versão
6.1). Ambas as modalidades de desenvolvimento ficarão em um “forge”, um sítio na
Internet que não somente abrigará o projeto do Live-CD, no qual as pessoas possam
obtê-lo integralmente ou os programas classificados em separado; mas, ao mesmo
tempo, este mesmo sítio possibilitará que outras pessoas (programadores, professores,
estudantes e outros interessados) participem do processo de desenvolvimento do próprio
Live-CD.
Outros potenciais trabalhos futuros relacionados ao Live-CD são:
●
tradução dos programas que ainda não tenham suporte completo ao português
brasileiro com repasse destas traduções aos sítios oficiais de cada projeto ou, em
caso de inexistência de sítio oficial no futuro, disponibilização no forge do projeto
CLASSE.
●
Modificações de alguns softwares para que contemplem lacunas de funcionalidade
observadas durante a execução do projeto. Um exemplo deste último tópico
encontra-se no software Abc-blocks, aplicativo que pode ser usado nas séries
iniciais para aprendizado de português, que, entretanto, não apresenta
possibilidade de uso de letras acentuadas, próprias do português.
●
Adição da documentação online do projeto no Live-CD (hoje, tem-se apenas uma
página de apresentação projeto referenciado o síto eletrônico do CLASSE).
●
Melhoria na documentação de uso do Live-CD e na instalação de programas.
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5. Disseminação e Divulgação
Realizaram-se diversas atividades de divulgação e disseminação das informações
produzidas ao longo do projeto, tanto em atividades de cunho científico, quanto de
informação da população e de gestores públicos, com a intenção de apresentar o projeto,
sensibilizar outros atores para a relevância das atividades e os impactos potenciais do
mesmo. Também houve exposição na mídia local das atividades do projeto, o que
também trouxe divulgação para o projeto. Abaixo encontram-se atividades destacadas.
Apresentação à Secretaria de Estado da Educação, Ciência e Tecnologia
No dia 05 de maio de 2006, foi realizada uma apresentação do projeto no prédio da
Secretaria Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia (SED). Foram ministrantes o
coordenador do CLASSE, José Eduardo De Lucca, com a colaboração da consultora do
GeNESS, Kimie Cadorini Nakahara. Estavam presentes representantes de setores
diversos da SED, como Denise Naccari, da Diretoria de Educação Básica, e Claudia
Messores, do Núcleo de Tecnologias na Educação, dentre outros.
Durante a ocasião, foram explicitadas as atividades em andamento nas escolas parceiras
e os resultados obtidos. Houve retorno positivo dos presentes e seguiu-se uma breve
discussão sobre a sustentabilidade dos trabalhos ao fim do projeto. Neste sentido foi
proposto à Secretaria que estude meios de estabelecer linhas de trabalho semelhantes às
do CLASSE, mantendo assim, as atividades nas escolas.
Esta apresentação teve como objetivo principal oficializar a execução do projeto perante a
Secretaria da Educação e apresentar os resultados obtidos nas escolas a fim de que o
órgão estadual dê prosseguimento e amplie as atividades realizadas pela equipe do
CLASSE.
Participação no 58a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da
Ciência (SBPC)
O projeto CLASSE participou da 58a Reunião Anual da SBPC [58aSBPC], que ocorreu na
Universidade Federal de Santa Catarina entre os dias 16 e 21 de julho de 2006, através
do 14a SBPC Jovem [14aSBPCJovem], evento direcionado a estudantes dos ensinos
médio e fundamental, com a oficina “Apresentando ferramentas livres para aprendizado
de Matemática no ensino fundamental”. Esta oficina, que ocorreu nos dias 18 e 19 de
julho de 2006 e teve uma carga-horária total de 4 (quatro) horas distribuídas nestes 2
(dois) dias, apresentou alguns dos programas educativos para ensino-aprendizagem de
matemática classificados pelo projeto: Gtans (quebra-cabeça chinês para apreensão de
noções de figuras geométricas), Kmplot (para o estudo de funções matemáticas), Kbruch
(para exercício de frações) e Kpercentage (para exercício de operações com
porcentagens). Esta oficina foi uma oportunidade também para falar do projeto CLASSE e
distribuir o seu Live-CD de demonstração. O conteúdo programático completo desta
oficina pode ser acessado em [CLASSE IV].
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Parceria CIASC
A Secretaria Estadual da Educação, Ciência e Tecnologia está em processo de licitação
para compra de cerca de 4000 computadores para as escolas públicas de Santa Catarina.
Estes computadores estarão equipados com o sistema operacional livre Famelix/Linux,
que é uma distribuição desenvolvida pela faculdade FAMEG, localizada na cidade de
Guaramirim/Santa Catarina. A versão definitiva do sistema que estará disponível para as
escolas está sendo customizada pelo Centro de Informática e Automação do Estado de
Santa Catarina (CIASC), empresa provedora de serviços de Tecnologia de Informação
para o governo estadual. O CIASC já conhecia o trabalho da equipe do CLASSE através
do projeto Escola Livre, executado em 2004, e já naquela época havia indicado a
possibilidade de um trabalho conjunto. Sendo assim, quando a equipe do CIASC planejou
a implantação de um laboratório-piloto em uma escola pública de Florianópolis utlizando a
distribuição a ser adotada para as escolas, entrou em contato com a equipe do CLASSE a
fim de que esta ajudasse a testar a distribuição e desenvolvesse atividades pedagógicas
na escola-piloto. Desta forma, os softwares avaliados pelo projeto foram instalados no
laboratório da escola e, devido ao sucesso da iniciativa, o CIASC e a Secretaria Estadual
da Educação demonstraram grande interesse em equipar os novos computadores a
serem adquiridos para a educação pública estadual com os software livres educativos
estudados e avaliados pelo CLASSE
VII Fórum Internacional de Software Livre
A fim de divulgar o projeto e, principalmente, aumentar a rede de contatos e possíveis
parcerias, dois integrantes do CLASSE participaram do VII Fórum internacional de
Software Livre (FISL), realizado em Porto Alegre, em abril de 2006. Foram 3 dias de
palestras com as personalidades mais importantes do movimento Software Livre, além de
exposição de diversos projetos nacionais e internacionais na área. Durante o evento,
houve contato com pessoas de outros projetos educacionais, como o desenvolvido pela
Universidade de Passo Fundo, além de pessoas ligadas a outras cidades, como Chapecó
e Canoinhas, ambas no Estado de Santa Catarina. Assim, a participação no evento foi
produtiva produtiva principalmente em termos de troca de informações.
VII Ciclo de Palestras sobre Novas Tecnologias na Educação
A equipe do CLASSE submeteu e teve aprovado um artigo sobre o projeto no VII Ciclo de
Palestras sobre Novas Tecnologias na Educação (CINTED), realizado em Porto Alegre em
julho de 2006. Diferentemente do FISL, o CINTED foca-se em assuntos
predominantemente pedagógico- educacionais, com participação de pessoas diretamente
ligadas à área da educação. Na ocasião foram apresentadas as tarefas realizadas pela
equipe nas escolas, assim como o processo de seleção de softwares e as características
destes. Também houve distribuição gratuita de 20 cds do projeto, como forma de
divulgação. O retorno da apresentação foi bastante positivo, inclusive uma pessoa ligada
à Secretaria Municipal de Educação do município de Teresópolis-Rio de Janeiro,
demonstrou interesse em apresentar o projeto em sua cidade. Neste sentido foi
disponibilizado o contato da equipe para que seja realizado o convite formal.
Além da apresentação do CLASSE, a equipe tomou conhecimento sobre ações em
execução por outras instituições, além de ter participado de debates de alto nível nas
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questões educacionais.
Notícias na Mídia
Devido ao tempo de atividades na EEB Simão Hess – iniciadas um ano antes do projeto
CLASSE - e das atividades realizadas na EEB Getúlio Vargas, além da parceria com o
CIASC e o monitoramento pela Secretaria da Educação, o projeto CLASSE começou a
chamar a atenção da imprensa local, que no mês de julho de 2006 o expôs tanto em
mídia impressa como televisiva:
●
no dia 2 de julho o projeto foi tema de matéria no jornal de maior circulação no
Estado de Santa Catarina, o Diário Catarinense,
●
no dia 12 de julho, o CLASSE foi matéria no Jornal do Almoço, programa de grande
audiência veiculado pela RBS TV, vinculada à Rede Globo de Televisão, com
reprodução da matéria pela TV COM, emissora de cunho comunitário com
operação à cabo.
A reprodução da reportagem do jornal está no anexo físico 1 e sua reprodução parcial
também encontra-se no site do Diário Catarinense [DIARIO]. A reportagem na RBS TV
pode ser vista a partir do site institucional do GeNESS [GENESS].As reportagens sobre o
projeto tiverem grande repercussão, inclusive sendo republicadas por outros sites na
internet, ajudando na divulgação do projeto. Abaixo segue uma lista com os sites que
publicaram notícias sobre os trabalhos do CLASSE:
1. Softwarelivre.org: <http://www.softwarelivre.org/forum2004/news/6875>
2. Click News: <http://www.clicnews.com.br/educacao/view.htm?id=49380>
3. br-linux.org:
<http://brlinux.org/linux/educacao_a_um_clique_projeto_da_ufsc_leva_software_livre_a_alu
nos_do_ensino_fundamental>
4. Jornal Folha de Blumenau
<http://www.folhablu.com.br/ler.noticia.asp?noticia=14704&menu=30>
5. Jornal A Notícia: <http://portal.an.com.br/colunistas/2006/jul/11/1hen.jsp>
6. Jornal da Ciência (da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência):
<http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=39058>
7. EEB Getúlio Vargas
<http://www.eebgetuliovargas.sed.sc.gov.br/index.php?option=com_content&task=v
iew&id=42&Itemid=2&lang=brazilian_portuguese->
8. EEB Getúlio Vargas (II)
<http://www.eebgetuliovargas.sed.sc.gov.br/index.php?option=com_content&task=v
iew&id=26&Itemid=2&lang=>
9. Site institucional do GeNESS
<http://www.geness.ufsc.br/index.php?option=com_content&task=view&id=158&Ite
mid=56>
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6. Conclusões
De acordo com os resultados descritos neste relatório, pode-se afirmar que o projeto
CLASSE alcançou plenamente seus objetivos quanto à pesquisa e classificação de
softwares livres educativos e sua aplicação em escolas públicas, assim como na
divulgação dos resultados obtidos. O conjunto de softwares classificados, a
documentação em língua portuguesa, o live-cd disponíveis gratuitamente no sítio do
projeto constituem uma importante fonte de informações e recursos sobre softwares livres
educativos para as escolas brasileiras, e principalmente, para as de Santa Catarina, onde
o projeto teve maior divulgação. Além disso, neste Estado a Secretaria Estadual de
Educação demonstrou grande interesse pelo projeto, e está estudando a possibilidade de
implantá-lo nos 4000 computadores a serem adquiridos para as escolas públicas
estaduais ainda este ano.
As atividades pedagógicas realizadas nas escolas foram de grande importância tanto para
a validação dos softwares e das atividades pedagógicas, como para verificação do
cenário tecnológico das escolas públicas e criação de propostas para solução dos
problemas mais comuns, como falta de tempo dos docentes e insuficiências de
computadores. Por outro lado, há muito trabalho a ser realizado na área do software livre
educativo, pois há carência de software educacional em certos domínios do
conhecimento, como em filosofia e ciências humanas, em detrimento de um número maior
deles em temas como matemática e informática.
Os cursos de capacitação ministrados pelo CLASSE tiveram grande impacto na educação
tecnológica dos docentes participantes, que tornaram-se agentes multiplicadores dos
conhecimentos adquiridos. Além disso, o cd de demonstração do CLASSE também teve
papel fundamental para a disseminação e divulgação do projeto, permitindo o acesso aos
softwares sem a necessidade de fazer o download dos mesmos através da internet. Na
Escola Estadual Básica Getúlio Vargas foram distribuídos 30 cds, na EEB Simão Hess, 10
cds, na participação do CLASSE no CINTED, 20, totalizando 60 cds distribuídos nesta
fase do projeto.
Entre os encaminhamentos para as atividades do projeto, está a melhoria dos conteúdos
e layout do sítio do projeto, assim como o aperfeiçoamento do cd, com inserção de novos
softwares e melhorias nos atuais. Além disso, está agendada a participação de
integrantes da equipe no Simpósio Brasileiro de Informática na Educação, a ser realizado
em novembro de 2006 em Brasília – Distrito Federal. Foi submetido um artigo ao evento
no intuito de divulgar a experiência e os resultados do projeto, e na ocasião haverá a
distribuição de ao menos 30 cds do CLASSE.
As possibilidades de trabalho na área de software livre educativo são amplas, desde a
questão da melhoria da usabilidade, tradução para o português, desenvolvimento de
softwares para áreas pouco contempladas, como por exemplo geografia e história, até as
questões ao uso da informática nas escolas, trabalhando no aperfeiçoamento de
programas de capacitação dos docentes e planejamento de atividades pedagógicas junto
aos dicentes. Neste sentido, a equipe executora do CLASSE está buscando
financiamento para dar continuidade aos trabalhos realizados até então, tendo, inclusive,
submetido à Financiadora de Estudos e Projetos [Finep], uma proposta de trabalho que
inclui a tradução e desenvolvimento de softwares educativos livres.
Cabe destacar que, apesar do projeto ter requisitado poucos recursos financeiros, o
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impacto do mesmo tem um alto significado pelos resultados obtidos. Estima-se que a
reprodução desta experiência é de fácil realização e permitiria levar estes resultados
muito além do já obtido.
7. Referências
[14aSBPCJovem] SBPC. Sítio oficial da 14a SBPC
<http://www.sbpcnet.org.br/eventos/58ra/pags/jovem.htm>
Jovem.
Disponível
em:
[58aSBPC] SBPC. Sítio
<http://www.sbpc.ufsc.br>
SBPC.
Disponível
em:
oficial
da
[CLASSE
I]
Projeto
CLASSE.
<http://classe.geness.ufsc.br>
58a
Reunião
Página
da
principal.
Disponível
em:
[CLASSE II] Projeto CLASSE. Relatório parcial do projeto CLASSE. Disponível em:
<http://classe.geness.ufsc.br/index.php/RelatorioParcialCLASSE>
[CLASSE
III]
Projeto
CLASSE.
<http://classe.geness.ufsc.br/index.php/LiveCD>
Live-CD.
Disponível
[CLASSE
IV]
Projeto
CLASSE.
Documentação
técnica.
<http://classe.geness.ufsc.br/index.php/DocumentacaoTecnica>
em
Disponível
:
em:
[CLASSE V] Projeto CLASSE. Conteúdo programático da oficina “Apresentando
ferramentas livres para aprendizado de Matemática no ensino fundamental”. Disponível
em: <http://classe.geness.ufsc.br/index.php/OficinaSBPCJovem2006>
[Debian I] Debian. Página principal. Disponível em: <http://www.debian.org>
[Debian II] Debian. Contrato Social Debian. Disponível em:
<http://www.debian.org.br/social_contract>
[Debian III] Debian. A FAQ (perguntas freqüentes) do Debian GNU/Linux: Capítulo 6 Fundamentos do Sistema de Gerenciamento de Pacotes Debian. Disponível em:
<http://www.debian.org/doc/FAQ/ch-pkg_basics>
[Diario] Versão eletrônica do Diário Catarinense – Pré-escolar desperta para a
Classificação de Software Educativo
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informática
Disponível em:
<http://www.clicrbs.com.br/jornais/dc/jsp/default2.jsp?uf=2&local=18&edition=5962&templ
ate=&start=1&section=&source=a1218249.xml&channel=22&id=5962&titanterior=&conten
t=&menu=36&themeid=&sectionid=&suppid=&fromdate=&todate=&modovisual=>
[Escola Livre] Projeto Escola Livre. GUFSC Wiki: Projeto Escola Livre (página principal).
Disponível em: <http://www.softwarelivre.ufsc.br/escolalivre>
[Finep] Financiadora de Estudos e Projetos
Disponível em: <http://www.finep.gov.br>
[Geness] Centro de Geração de Empreendimentos Tecnológicos - RBS TV e TVCOM
destacam projeto CLASSE em escola
Disponível em: <http://www.geness.ufsc.br/video/geness_ja_120706.wmv>
[KDE I] KDE. K Desktop Environment (páginas principal). Disponível em:
<http://www.kde.org>
[KDE II] KDE. The KDE Edutainment Project (páginas principal). Disponível em:
<http://edu.kde.org>
[Kurumin I] MORIMOTO, Carlos E. Guia do Hardware (página principal do Kurumin Linux).
Disponível em: <http://www.guiadohardware.net/gdhpress/kurumin>
[GPL] Projeto GNU. GNU General Public License (página principal). Disponível em:
<http://www.gnu.org/licenses/gpl.html>
[GNU I] Projeto GNU. The Free Software Definition. Disponível em:
<http://www.gnu.org/philosophy/free-sw.html>
[Ubuntu I] Canonical Ltd. Ubuntu: Linux for human beings (página principal). Disponível
em: <http://www.ubuntu.com>
[Ubuntu II] Canonical Ltd. Kubuntu – The KDE Desktop (página principal). Disponível em:
<http://www.kubuntu.org>
Classificação de Software Educativo
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[Wikipédia] Wikimedia Foundation. Wikipédia, the free encyclopedia (página principal).
Disponível em: <http://www.wikipedia.org>
Relação dos Anexos
Meio Eletrônico:
1. Slides da apresentação no Ciclo de Palestras Novas Tecnologias na Educação –
nome do documento: anexo1_apresent_cinted.pdf
Meio Físico:
1. Cópia do cd de demonstração do CLASSE
2. Cópia da matéria do jornal Diário Catarinense
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Apêndice A – Tabela dos Softwares Educativos Classificados por
preparação para tradução (i18n) e disponibilidade em português (l10n)
Observação (*): Informações apresentadas na página oficial do projeto. Em alguns casos, supõese que o programa funciona numa dada plataforma pela disponibilidade de bibliotecas com as
quais o programa foi feito.
A.1.a. Com tradução para português do Brasil (pt_BR) – parte 1 de 2
Softwar
e
Página internet
http://www.ofset.org/gcompris
Gcompri
http://classe.geness.ufsc.br/index.php/GCompr
s
is
Kalzium
Kbrusch
Keduca
Kig
Klettres
Kmplot
http://edu.kde.org/kalzium
http://classe.geness.ufsc.br/index.php/Kalzium
http://edu.kde.org/kbruch
http://classe.geness.ufsc.br/index.php/KBruch
http://edu.kde.org/keduca
http://classe.geness.ufsc.br/index.php/KEduca
http://edu.kde.org/kig
http://classe.geness.ufsc.br/index.php/Kig
http://edu.kde.org/klettres
http://classe.geness.ufsc.br/index.php/KLettres
http://edu.kde.org/kmplot
http://classe.geness.ufsc.br/index.php/KmPlot
http://edu.kde.org/kpercentage
Kpercen
http://classe.geness.ufsc.br/index.php/KPerce
tage
ntage
Kstars
http://edu.kde.org/kstars
http://classe.geness.ufsc.br/index.php/KStars
Plataformas
Licenç Tradução
Disponíveis
a
pt_BR
(*)
GPL
sim
GNU/Linux,
windows
Área
Conhecimento
Descrição
Diversos
Conjunto de programas
educativos
voltados
para educação infantil
e fundamental I.
GPL
não
totalmente
GNU/Linux
Quimica
Programa que exibe a
tabela periódica de
elementos
químicos
com informações e em
diferentes
classificações.
GPL
sim
GNU/Linux
Matemática
Trabalho com Frações
GPL
sim
GNU/Linux
Testes
Testes interativos com
perguntas
sobre
conhecimentos
variados.
GPL
sim
GNU/Linux
Matemática
Geometria interativa.
GPL
sim
GNU/Linux
Lingua
Portuguesa
Aprendizado
do
alfabeto a partir de
sons de letras e
sílabas.
GPL
sim
GNU/Linux
Matemática
Geometria interativa.
GPL
sim
GNU/Linux
Matemática
Estudo
porcentagem
GPL
sim
GNU/Linux
Ciências
de
Planetário de ambiente
gráfico.
Apresenta
simulações de corpos e
fenômenos celestes.
Classificação de Software Educativo
FEESC/GeNESS
Universidade Federal de Santa Catarina
A.1.b. Softwares com tradução para português do Brasil (pt_BR) – parte 2 de 2
Software
Plataforma
Área
Licen Traduçã
s
Conheciment
ça o pt_BR Disponívei
o
s
Página internet
http://edu.kde.org/kwordquiz
Kwordqui
http://classe.geness.ufsc.br/index.php/K
z
WordQuiz
Telis
tuxpaint
GPL
sim
GNU/Linux
Lingua
Portuguesa
Ambiente
de
programação
semelhante
ao
Kturtle
(ver
Matemática descrição
acima),
(Geometria) porém com maior
complexidade.
Possui
uma
linguagem
de
comandos própria.
Treinador
vocabulário.
de
GPL
sim
Qualquer
plataforma
que dê
suporte à
máquina
virtual Java
http://www.newbreedsoftware.com/tuxpai
GPL
nt
sim
GNU/Linux
Desenhos
Ambiente
para
criação de desenho
e pinturas.
sim
GNU/Linux
Matemática
Ambiente
de
programação
da
linguagem interativa
Logo
sim
GNU/Linux
Lingua
Estrangeira
Estudo verbos
Espanhol.
http://telis.edugraf.ufsc.br
http://edu.kde.org/kturtle
Kturtle
Descrição
http://classe.geness.ufsc.br/index.php/KT GPL
urtle
http://edu.kde.org/kverbos
Kverbos http://classe.geness.ufsc.br/index.php/KV GPL
erbos
do
A.2.a. Não traduzidos para português do Brasil (pt_BR), e com internacionalização
(i18n) – parte 1 de 2
Software
Beads
Gonvert
Página internet
Página CLASSE
http://imagic.weizmann.ac.il/~dov/frees
w/kids.html
http://classe.geness.ufsc.br/index.php/
Beads
http://unihedron.com/projects/gonvert/i
ndex.php
http://classe.geness.ufsc.br/index.php/
Gonvert
Área
Plataformas
Licenç Traduçã
Disponíveis Conhecimen
a
o pt_BR
(*)
to
GPL
GPL
não
GNU/Linux
Programa
onde
crianças
podem
aprender a contar.
Matemática Similar ao jogo de
matemática
“Frac
Soma”.
não
GNU/Linux,
windows,
FreeBSD
Física
Programa
para
conversão
entre
grandezas
organizadas em 42
categorias.
Quimica
Programa
para
aprendizado sobre a
tabela periódica de
elementos químicos.
http://gperiodic.seul.org
Gperiodic http://classe.geness.ufsc.br/index.php/
GPeriodic
GPL
Descrição
não
GNU/Linux
Classificação de Software Educativo
FEESC/GeNESS
Universidade Federal de Santa Catarina
http://gtans.sourceforge.net
Gtans
http://classe.geness.ufsc.br/index.php/
GTans
http://edu.kde.org/kanagram
Kanagra
http://classe.geness.ufsc.br/index.php/
m
Kanagram
Sunclock
http://frmas.free.fr/li_1.htm#_Sunclock
_
http://classe.geness.ufsc.br/index.php/
Sunclock
Tangram:
quebra-
GPL
não
GNU/Linux
Matemática cabeça chinês.
GPL
não
GNU/Linux
Lingua
de palavras a partir
letras
Portuguesa de
Jogo de descoberta
embaralhadas.
GPL
não
GNU/Linux
Geografia
Relógio sofisticado
para ambiente de
trabalho.
A.2.b. Não traduzidos para português do Brasil (pt_BR), e com internacionalização
(i18n) – parte 2 de 2
Softwar
e
Página internet
Página CLASSE
http://www.escomposlinux.org/rvm/wordt
rans
wordtra
ns
http://classe.geness.ufsc.br/index.php/W
ordtrans
Área
Plataformas
Licenç Traduçã
Disponíveis Conhecimen
a
o pt_BR
(*)
to
GPL
não
GNU/Linux
Português
Interface para utilizar
dicionários
do
babylon
(formato
antigo), em texto
puro
e
em
servidores DICT na
internet.
Geografia
Programa geográfico
que gera imagens
vetoriais da Terra,
utilizando o banco
de dados da CIA.
(Visconde)
http://frmas.free.fr/li_1.htm#_Xrmap_
Xrmap http://classe.geness.ufsc.br/index.php/Xr GPL
map
não
GNU/Linux
Descrição
A.3. Softwares não traduzidos para português do Brasil (pt_BR) e sem
internacionalização (i18n)
Software
ABCBlocks
Página internet
Página CLASSE
http://imagic.weizmann.ac.il/~dov/freesw/k
ids.html
http://classe.geness.ufsc.br/index.php/Abc
-blocks
Licença
GPL
Plataform
Área
Tradução
as
Conhecimen
pt_BR Disponívei
to
s
não
Descrição
Ambiente para
construção de
Lingua
palavras a
GNU/Linux
Portuguesa partir de um
alfabeto
disponível.
Download

Classificação Software Livre Educativo Identificação do projeto