CMI
Dados do Projeto e do(a) Coordenador do Projeto
Título do Projeto
A casa senhorial no Rio de Janeiro nos séculos XVIII-XIX _ Pinturas
Coordenador do Projeto: Ana Maria Pessoa dos Santos
Setor: CMI
Data: Ago. 2014 – Jul. 2016
1. Apresentação
Proposta de estudo sobre casas históricas e as formas de morar das elites nos
séculos XVIII-XIX no Rio de Janeiro, a partir de um conjunto de 10 exemplares,
segundo metodologia multidisciplinar onde serão articuladas a análise sobre
características arquitetônicas e decorativas do bem material
- fachadas, plantas,
fluxos externos e internos, divisão interna, ambiências, elementos da decoração
integrada e móvel (revestimentos, mobiliário e objetos)
-, com informações sobre
profissionais envolvidos, famílias ocupantes e usos e práticas domésticas.
O projeto se inscreve em parceria luso-brasileira estabelecida entre a FCRB,
por intermédio do grupo de pesquisa Museu-casa: memória, espaço e representações,
e a Fundação Ricardo Espírito Santo e Silva (FRESS) e a Faculdade de Ciências
Sociais e Humanas (FCSH).
2. Justificativa/Caracterização do Problema
O grupo de estudos Museu-casa: memória, espaço e representações foi
estabelecido para articular pesquisas e análises interdisciplinares que têm como objeto
a propriedade onde morou Rui Barbosa, instituída como o primeiro museu-casa do
país, e tombada pelo Sphan em 1938 em reconhecimento ao seu valor como casa e
jardins históricos, e como raro remanescente arquitetônico do modelo de linhas
classicizantes consagrado pelo Império.
1
Na perspectiva da preservação integrada do conjunto arquitetônico, as
iniciativas do grupo de pesquisa buscam abarcar a complexidade dos estudos sobre a
propriedade, tomando como referência diferentes campos do conhecimento:
museologia, artes decorativas, arquitetura, paisagismo, urbanismo, arqueologia e
historia social. É nesse sentido que, no âmbito do Programa de Incentivo à Produção
do Conhecimento Técnico e Científico na Área da Cultura, vêm sendo oferecidas
bolsas em diferentes disciplinas, compreendendo análises sobre questões da
preservação arquitetônica e museológica, estudos sobre objetos e artefatos
decorativos, e pesquisas sobre aspectos urbanos, arquitetônicos e sobre as famílias
que ocuparam a propriedade.
O grupo promove também cursos e seminários. Uma dessas realizações foi o
curso sobre as casas senhoriais em Portugal, sua arquitetura e interiores, ministrado
pelo prof. Helder Carita em agosto de 2009 e em agosto de 2010, e outro, sobre
estuques, com a Profa. Isabel Mendonça, em 2012. Outra iniciativa foi o
estabelecimento, a partir de 2008, do evento anual “Encontro de Estudos sobre o
Ambiente Construído do Brasil no século XIX”, para a divulgação dos resultados das
pesquisas em andamento sobre temas afins, já com três edições.1
A pesquisa A casa senhorial no Rio de Janeiro nos séculos XVIII-XIX brasileira
teve inicio em 2011, quando estabelecemos o termo de cooperação entre as
instituições portuguesas e a Fundação Casa de Rui Barbosa. O grupo carioca foi
inicialmente composto por pesquisadores do Museu Nacional, da FAU/UFRJ, da
EBA/UFRJ, da FAU/UFF e da FCRB. A partir de agosto, o projeto passou a contar
com uma bolsista2 e, mais recentemente, houve a adesão de pesquisadoras do Museu
da República.
Em janeiro de 2013, de 17 a 25, foi promovida apresentação dos resultados da
pesquisa em Lisboa e realizadas visitas técnicas nos conjuntos em estudo. Está
previsto novo encontro, em agosto de 2013, no Rio de Janeiro, para apresentação dos
resultados desse primeiro semestre.
1
O Encontro se organiza em quatro sessões voltadas para a análise do bem tombado na
perspectiva da história da arquitetura e do urbanismo; dos sistemas de inventário e catalogação; das
práticas de preservação, e da paisagem e espaços abertos.
2
Bolsa, em nível de mestre, concedida por meio do Programa de Incentivo à Produção do Conhecimento
Técnico e Científico da FCRB, para o período 2011-2013.
2
O estudo tem como premissa a importância a análise da casa nos âmbitos de
sua significação material, social e simbólica. A casa é o lugar primeiro do homem, local
de abrigo, proteção e referência. Para além de sua natureza funcional, a casa é
fortemente revestida de uma gama de valores que lhe podem ser atribuída, como valor
econômico, de troca, de uso e outros que não são quantificáveis de forma direta, como
o valor sentimental, o valor estético e o valor simbólico. Alterações nesta estrutura de
valores acarretam mudanças nos usos dos espaços e seus símbolos.
Assim sendo, esse estudo tem caráter inédito ao propor que se avalie, de
forma integrada, a organização espacial dos espaços domésticos, sua decoração,
seus equipamentos e objetos, e as práticas cotidianas das elites dessas duas cidades,
e suas mútuas influências.
3. Objetivos
A casa senhorial no Rio de Janeiro
O estudo sobre as casas das elites no Rio de Janeiro teve como ponto de
partida uma amostragem de edifícios que ainda mantêm um grau de integridade física
suficiente para a análise direta, e em especial aqueles que ainda possuem decoração
de interiores e equipamentos e que tenham documentação conhecida. Essas
condições apontaram para o universo de imóveis tombados e protegidos por instância
federal, estadual ou municipal, embora isso não seja condição indispensável.
A pesquisa se concentra nos limites políticos, geográficos e historicamente
definidos da cidade, e em edifícios dos séculos XVIII e XIX, por não existirem
exemplares remanescentes do século XVII.3
Na linha temporal, tomou-se como marco inicial a instituição do Rio de Janeiro
como capital da Colônia de Salvador e sede do Vice-Reino do Brasil, em 1763.
Embora a região tivesse sido denominada como Rio de Janeiro já em 1502, a cidade
de São Sebastião do Rio de Janeiro só seria fundada em 1565, quando da disputa da
3
Exceção feita à casa da fazenda de café que, apesar de estar situada em outros município, guardar
estreita relação estética, econômica e social com a corte.
3
região entre franceses e portugueses. Por sua posição estratégica ao sul da colônia, a
cidade foi adquirindo importância como centro portuário e econômico, ampliada
quando se tornou o principal canal de escoamento do ouro das Minas Gerais.
A cidade sofreu grandes transformações políticas e econômicas ao longo do
século XIX. Em 1808, com a chegada da família real, torna-se a sede do governo
português; em 1822, após a independência, continua como capital, enquanto a
província enriquece com a agricultura canavieira da região de Campos e,
principalmente, com o novo cultivo do café no Vale do Paraíba. Para separar a
província e a capital do Império, a cidade converte-se, em 1834, em município neutro e
a província do Rio de Janeiro passa a ter como capital Niterói. De 1840 a 1889, foi
capital do Segundo Reinado, concentrando a vida político-partidária do Império e os
movimentos abolicionista e republicano. A partir da República, em 1889, com a
decadência de suas áreas cafeeiras, o estado perde a força política para São Paulo e
Minas Gerais.
Tendo como referência os diferentes contextos socioeconômicos, a análise
preliminar considerou ainda as diferentes tipologias arquitetônicas, programas e
formas de ocupação dos lotes, ambiências e aspectos decorativos, bem como dos
diferentes perfis que compunham os grupos de elite de cada período.
Para uma primeira abordagem, foi estabelecida uma relação preliminar de 25
edifícios a serem estudados, sendo oito erguidos no século XVIII e 17 exemplares do
século XIX. Ainda que tenha havido lacunas quanto à conservação de interiores e
mobiliário, o conjunto selecionado buscou representar as diversas localizações
geográficas e características arquitetônicas do período em questão. Casas de
fazendas e engenhos das freguesias rurais; casas térreas e sobrados do centro
urbano, situados nos alinhamento das ruas; solares, mansões e palacetes, recuados
em largos terrenos, das freguesias urbanas; e, pelos arredores da cidade, chácaras e
quintas.
Em alguns casos os exemplares do século XVIII podem ter sido construídos
sobre estruturas mais antigas, como no caso do Paço dos Governadores. A maioria
dos imóveis remanescentes do século XVIII é rural, embora estejam atualmente
inseridos em área urbana. As casas do século XIX são majoritariamente urbanas ou
suburbanas.
Os proprietários situam-se dentre os estamentos de elite ― “nobreza da terra”,
dignitários do clero, do poder judiciário e do governo, realeza, aristocracia e altos
4
negociantes, capitalistas e empresários ―, presentes em cada período de
configuração política e administrativa do Rio de Janeiro.
A análise preliminar constatou que apesar das ações de preservação
arquitetônica iniciadas pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(SPHAN) em 1938, há um reduzido número de residências cariocas preservadas e,
ainda assim, de modo geral as construções foram objeto de diversas intervenções.
Uma das razões desse quadro pode ser atribuída ao numero de reformas urbanas que
atingiram radicalmente o centro histórico da cidade: a abertura da Avenida Central e
mais tarde da Avenida Presidente Vargas, além da demolição do Morro do Castelo,
berço da cidade, e do Morro de Santo Antônio praticamente fizeram desaparecer os
exemplares
arquitetônicos
mais
antigos.
Nessa
fase,
foram
sistematizadas
informações de guias e listas e examinados os arquivos dos órgãos de patrimônio
federal, estadual e municipal.
O projeto pode contar com um variado acervo de fontes iconográficas, tanto
mapas como gravuras, aquarelas, desenhos e fotografias, em razão do interesse de
registro dos aspectos da cidade, especialmente após ter se tornado capital do império
português. A exuberância da natureza em contraste com o conjunto edificado pelo
homem, a presença maciça de escravos e cenas do cotidiano povoaram as imagens,
produzidas dentro do espírito romântico. A Biblioteca Nacional é a principal fonte
desses documentos.
Outro conjunto documental de grande relevância é constituído pelas escrituras
de transmissão de propriedade (compra, venda, doação, sucessão), que permite
comprovar a propriedade de determinado imóvel e a cadeia sucessória, a data das
transações, o valor atribuído ao bem em diferentes datas, e até mesmo determinar o
momento em que uma edificação foi acrescentada a um terreno.
Não se pode consultar, até o momento, os livros de cobrança da Décima
Urbana instituída através do Alvará de 27 de junho de 1808 por D.João VI, então
Príncipe Regente. Essa documentação está depositada no Arquivo Geral da Cidade
do Rio de Janeiro e encontra-se interditada à consulta para tratamento técnico.
Os inventários post- mortem constituem outra boa fonte de informações sobre
imóveis. É uma documentação que tem sido pouco aproveitada pelos arquitetos,
embora seja usada corriqueiramente pelos historiadores. Eles se encontram, em
grande maioria, no Arquivo Nacional, na seção CODES, Fundo 3J, e estão listados em
24 “instrumentos de pesquisa”, e cobrem um período que vai do século XVIII ao XX.
5
Por fim, dentre as fontes textuais, estão sendo considerados os anúncios de
jornal, tanto de compra e venda como de leilões.
Como resultado de sucessivas avaliações, foi estabelecido o conjunto de
edifícios a serem analisados em uma primeira investida de pesquisa:
1. Engenho do Capão do Bispo,
2. Fazenda do Viegas
3. Fazenda Santo Antônio.
4. Quinta da Boa Vista (Museu Nacional/UFRJ),
5. Casa da marquesa de Santos (Museu da Moda);
6. Palácio Imperial (Petropolis)
7. Casa do barão Nova Friburgo (Museu da República),
8. Casa de Rui Barbosa
9. Solar do Jambeiro;
10. Palacete Guinle;
Para cada edifício, serão levantados informações e documentos que atendam
às seções estabelecidas pelo projeto: Casa senhorial (histórico a propriedade,
programa interior, azulejaria, estuque, pinturas decorativa, decoração diversa e
equipamento móvel), Léxico, Iconografia (planta antigas, desenhos/pinturas e
fotografia), Artistas e Inventários.
Para análise preliminar dos edifícios selecionados, foram estabelecidas
algumas informações preliminares, expostas a seguir:
Casas de fazenda: O estudo do grupo de casas de fazenda do período do
açúcar está sendo conduzido pela arquiteta Dra. Ana Lucia Vieira dos Santos, com o
auxílio de bolsa de pesquisa do Programa de Incentivo à Produção do Conhecimento
Técnico e Científico da FCRB, que estuda as fazendas do.Engenho do Capão do
Bispo, Engenho do Viegas e
Fazenda Santo Antônio
Chácaras reais: A chegada da Corte portuguesa ao Rio de Janeiro influencia a
formação e organização das casas de chácaras. A instalação de D. João em
São Cristóvão, e de D. Carlota Joaquina em Botafogo, incrementam a
descentralização e expansão da cidade em direção às zonas sul e norte. A
instalação das famílias de maior poder aquisitivo nos novos bairros se faz em
terrenos maiores, em chácaras que deixam de ser apenas casas de recreio ou
6
residências temporárias. A casa de chácara toma as características da casa
urbana, colocando-se na frente do terreno, embora despregada das divisas
laterais. São estudadas nesse conjunto a Quinta da Boa Vista, a Casa da
Marquesa de Santos e o Palácio Imperial de Petrópolis.
Casas da família Clemente Pinto: Outro conjunto é formado pelas
propriedades do patriarca da família Clemente Pinto foi Antonio, nascido em
Portugal em 1795, que emigrou para o Brasil aos 12 anos, na companhia do
tio, onde se iniciou no comércio como caixeiro. Atuou no próspero ramo do
tráfico de escravos, na exploração agrícola e aurífera, até se dedicar
intensamente à cultura do café. Como fazendeiro de grande produção,
empenhou-se na construção da estrada de ferro para escoamento do café da
região serrana até à Baixada. Palacete Nova Friburgo (Museu da República) e
:. Chácara do chalet
Palacetes: Conjunto formado pela Casa de Rui Barbosa (Museu da
Fundação Casa de Rui Barbosa) erguida em 18450, o Solar do Jambeiro, construído
em 1872, foi desapropriado pela Prefeitura Municipal de Niterói em 1977, com vistas a
resguardar sua integridade física e restaurar seus aspectos históricos e arquitetônicos,
e Palacete Guinle/Paula Machado, um exemplar dos palacetes ecléticos cariocas,
programados para as necessidades de conforto e aparência da burguesia industrial.
Esse conjunto preliminar pretende estabelecer padrões e métodos para a melhor
compreensão do conjunto arquitetônico da cidade e, em especial, de valorização do
seu patrimônio arquitetônico e paisagístico.
4. Metodologia e Estratégias de Ação
O projeto “A casa senhorial em Lisboa e no Rio de Janeiro (séc. XVIII, XVIII e
XIX). Anatomia dos Interiores”, propõe uma metodologia de estudo sobre as casas de
elite voltada para os multiplos aspectos dos interiores. O planejamento e organização
das salas, equipamentos e mobiliário, rotinas e rituais são o foco privilegiado para o
entendimento das formas de morar da elite. As análises vêem realizadas em duas
regiões, onde há exemplos muito importantes de arquitetura vernacular (mansões
urbanas e rurais e casas), da disposição inicial de quartos e de muitos aspectos da
decoração fixa e do mobiliário ainda podem ser identificados.
7
O desenvolvimento da pesquisa em ambas as regiões permite uma visão
global das transformações e permanências dos interiores das casas de elite dos dois
lados do Atlântico, por meio de uma comparação contínua dos resultados da
investigação levada a cabo com o emprego de uma metodologia comum aos grupos
de pesquisa envolvidos, explicitado abaixo.
Etapa 1 Inventário das Casas Selecionadas
Inventário completo das dez casas selecionadas no Rio de Janeiro. Foram escolhidas
casas ainda bem preservadas no que diz respeito ao arranjo e plantas dos interiores ,
e com documentação conhecida.
Este inventário será acompanhado por uma sistematização de modelos e de tipologias
a que as casas pertencem, de acordo com suas características arquitetônicas e de
implantação.
Será criada uma base de dados para receber toda a informação reunida. Com campos
pré-definidos, incluirá uma análise detalhada da arquitetura e das artes decorativas
(decoração integrada e objetos), um levantamento fotográfico e planimétrico e
desenhos de detalhes relevantes.
Etapa 2 Inventário da bibliografia e dos fundos documentais
O levantamento bibliográfico e documental é fundamental para o desenvolvimento do
projeto, ajudando a contextualizar a história e a construção das casas e os seus
interiores. Documentos como inventários, contratos e descrições são muito
importantes. Uma particular atenção será dada a plantas da época e a elementos
iconográficos, bem como a fotografias dos interiores das casas. Este levantamento
terá lugar nos arquivos mais importantes sobre a cidade do Rio de Janeiro: Arquivo
Nacional, Biblioteca Nacional, Museu Imperial, Arquivo Geral da Cidade do Rio de
Janeiro, Colégio Brasileiro de Genealogia, Arquivo da Cúria Metropolitana, Arquivo do
Estado do Rio de Janeiro, Arquivo do Iphan, Arquivo do Inepac e Arquivo do
Patrimônio Municipal, Arquivo do Museu da Justiça.
Etapa 3 Mecenas e artistas. Rotinas e rituais
Apoiado pelos dados recolhidos nas tarefas 1 e 2, o principal objetivo desta tarefa é a
caracterização das famílias que estiveram por trás da construção e decoração das
casas selecionadas, as suas fontes de rendimento e a sua articulação com as receitas
de funções específicas e de atividades ultramarinas. Um segundo objetivo envolve a
identificação dos arquitetos, dos artistas e artesãos envolvidos na construção e
decoração das casas, bem como os programas artísticos desenvolvidos nos períodos
em análise. Esta tarefa envolve ainda uma análise da casa enquanto espaço de ritual
familiar e de atividades do dia-a-dia.
Etapa 4 Plantas e arranjo do espaço interno
Apoiado pelos dados recolhidos nas tarefas 1 e 2, o principal objetivo desta tarefa é o
estudo das plantas e da interligação dos espaços no interior das casas selecionadas.
Serão analisadas as várias tipologias de escadarias na sua articulação com a entrada,
bem como a circulação dentro da casa e a interligação das várias salas e quartos; uma
8
atenção particular será dada à seqüência das salas e quartos e às suas funções
específicas.
Os interiores das casas serão igualmente escrutinados de acordo com as suas
funções específicas: áreas sociais, áreas privadas e áreas de serviços. Uma atenção
particular será dada à seqüência de salas com uma função social específica (sala, sala
de espera, sala de visitas, sala de jantar). A zona privada da casa será analisada, em
especial o quarto de dormir (a alcova), além dos quartos destinados a funções
específicas, como quartos de costura e quartos de engomar. As áreas de serviço
serão observadas na sua articulação com a planta geral da casa: varanda, despensa,
sala de jantar, cozinha, armazéns, lojas.
O estudo da terminologia específica relacionada com os diferentes espaços e com as
suas funções específicas serão também um dos objetivos desta tarefa, bem como a
preparação de um glossário relacionado com interiores.
Tarefa 5 A decoração integrada
Apoiado pelos dados recolhidos nas tarefas 1 e 2, o principal objetivo desta tarefa é o
estudo da decoração integrada nas casas selecionadas: pavimentos, tetos, paredes,
chaminés, portas e janelas, mobiliário criado para determinados locais específicos.
Será igualmente dada atenção à decoração aplicada nas fachadas e jardins.
A interpretação dos documentos levantados, entre os quais os inventários de famílias,
dará pistas importantes para a análise da decoração integrada nas casas escolhidas.
As várias artes decorativas serão analisadas e sistematizadas em tipologias, técnicas
e evolução estilística (pintura mural e decorativa, painéis de azulejos, estuques
decorativos, trabalho em pedra, têxteis, mobiliário integrado e trabalho em madeira).
As artes decorativas serão igualmente analisadas na sua articulação com os diferentes
espaços.
Etapa 6 Objetos
Apoiado pelos dados recolhidos nas tarefas 1 e 2, o principal objetivo desta tarefa é o
estudo dos objetos móveis da casa senhorial (mobiliário, têxteis, candelabros,
espelhos, objetos de coleção, etc.)
Os inventários das famílias serão bases fundamentais para o desenvolvimento desta
tarefa.
As várias artes decorativas serão analisadas e sistematizadas em tipologias, técnicas
e evolução estilística e avaliadas na sua articulação com as funções dos espaços.
Etapa 7 Comparação e troca de informações
Baseado nas atividades desenvolvidas, o bolsista deverá preparar relatório de suas
atividades e informações sistematizadas para envio para reunião das coordenações
das equipes portuguesa e brasileira, prevista para janeiro de 2012, em Lisboa.
Etapa 8 – Pesquisas complementares
Etapa será dedicada à complementação de informações, dentre os diversos
segmentos pesquisadores, a partir das lacunas apontadas no workshop
9
Etapa 9 - Redação de documentos
Preparação de dois documentos. Um, voltado para o relato da pesquisa, suas
dificuldades e impasses, e outro, na forma de artigo, sobre o tema pesquisado, para
inclusão em livro a ser editado sobre os resultados alcançados pelo projeto lusobrasileiro.
4 . Resultados e os impactos esperados
A presente bolsa de pesquisa é voltada para o estabelecimento de metodologia
que permita o estudo do espaço doméstico segundo suas múltiplas dimensões:
sociais, urbanas, arquitetônicas e artísticas, segundo procedimento proposto pelo
projeto “A casa senhorial em Lisboa e no Rio de Janeiro (séc. XVIII, XVIII e XIX).
Anatomia dos Interiores”.
Como objeto de análise será estudado o conjunto de seis residências, de modo
a complementar as investigações que vêm sendo desenvolvidas: Quinta da Boa Vista
(Museu Nacional/UFRJ), Casa da marquesa de Santos (Museu da Moda); Casa do
barão Nova Friburgo (Museu da República), Chalet barão de Nova Friburgo; Solar do
Jambeiro e Palacete Guinle.
A eleição desse conjunto foi norteada segundo a recorrência a elementos
constitutivos, como localização e tipologia da propriedade, origem do proprietário e
construtor, trajetória de uso, característica de seus interiores e alfaias, e época de
construção, no século XVIII e início do XIX.
Erguidas no período joanino, quando Portugal ainda era única matriz cultura e
tecnológica do Brasil, o estudo dessas construções permitirá um ativo intercâmbio com
a equipe portuguesa, favorecendo a consolidação das metodologias propostas. Serão
examinadas fachadas, plantas, fluxos externos e internos, divisão interna, ambiências,
elementos da decoração integrada e móvel (revestimentos, mobiliário e objetos), com
informações sobre profissionais envolvidos, famílias ocupantes e usos e práticas
domésticas.
Os resultados das análises desse conjunto de residências estarão sendo
compartilhados com os demais envolvidos, e contribuirão para o estudo das demais
construções selecionadas, e para a viabilização da proposta luso-brasileira.
Cabe observar que a consolidação dessa metodologia permitirá novas leituras
sobre o acervo patrimonial e museológico brasileiro em geral e, em especial,
contribuirá sobremaneira para os estudos em curso sobre a Casa de Rui Barbosa. Isso
10
porque a propriedade por reúne condições ideais para sua aplicação: excepcional
integridade de espaços e ambientes e extensa coleção móveis e objetos de época, e
um invejável cabedal de informações e estudos sobre sua constituição e ocupação
doméstica a partir de 1849.
5 . Cronograma
O cronograma da bolsa estará ajustado ao proposto pela projeto de referência,
“A casa senhorial em Lisboa e no Rio de Janeiro (sec. XVIII, XVIII e XIX). Anatomia
dos Interiores”, ao qual deverá ser desenvolvido simultaneamente.
ano/trimeste
atividades
2013
1
2014
2
2015
3
4
5
6
x
x
x
x
5. A decoração
integrada
x
x
x
x
x
6. Objetos
x
x
x
x
x
7. Comparação e
troca de informações
x
x
x
x
III Encontro dos
pesquisadores da A
casa senhorial
x
1. Detalhamento do
inventário das casas
selecionadas
x
x
2. Inventário da
bibliografia e dos
fundos documentais
x
x
3.Mecenas e artistas.
Rotinas e rituais
x
x
4. Plantas e arranjo
do espaço interno
x
x
8. Pesquisas
complementares
7
8
11
9. Redação de
documentos
x
x
6. Referências
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Beatriz do
Nascimento.
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http://dl.lib.brown.edu/paris/
18
Plano de trabalho do bolsista
1. PERFIL DO BOLSISTA
Mestre em Arquitetura, Belas Artes, Designer ou História, com conhecimentos sobre
história de arquitetura e da arte brasileiras, e experiência de pesquisa em fontes
primárias e em desenho arquitetônico com Autocad.
2. EMENTA
Estudo sobre casas históricas e as formas de morar das elites dos séculos XVIII-XIX
no Rio de Janeiro, segundo metodologia multidisciplinar onde serão articulados a
análise sobre a caracteristicas arquitetônicas e decorativas do bem material fachadas, plantas e fluxos externos e internos, elementos da decoração integrada e
objetos -, com informações sobre arquitetos, artistas e artesãos, bem como com a
caracterização das famílias dos ocupantes e os usos e práticas domésticas.
Deverão ser consultadas fontes primárias em arquivos e bibliotecas, consulta a
bibliografia nas áreas de arquitetura, artes plásticas, história e sociologia,
desenvolvidos desenhos arquitetonicos e realizadas fotografias dos seguintes
edifícios: Quinta da Boa Vista (Museu Nacional/UFRJ), Casa da marquesa de Santos
(Museu da Moda); Casa do barão Nova Friburgo (Museu da República), Chalet barão
de Nova Friburgo; Solar do Jambeiro e Palacete Guinle.
A pesquisa deverá estar articulada com a equipe responsável pela edição do portal de
divulgação do projeto bem como com as iniciativas portuguesas, coordenadas por
Helder Carita e Isabel Mendonça.
3. CRONOGRAMA
ano/trimeste
2013
2014
2015
atividades
1
2
3
4
5
6
1. Detalhamento do
inventário das casas
selecionadas
x
x
2. Inventário da
bibliografia e dos
fundos documentais
x
x
3.Mecenas e artistas.
Rotinas e rituais
x
x
4. Plantas e arranjo
do espaço interno
x
x
7
x
x
x
x
5. A decoração
integrada
x
x
x
x
x
6. Objetos
x
x
x
x
x
7. Comparação e
troca de informações
x
x
x
x
8
III Encontro dos
pesquisadores da A
casa senhorial
8. Pesquisas
complementares
9. Redação de
documentos
x
x
Download

A casa senhorial no Rio de Janeiro nos séculos XVIII