CMI Dados do Projeto e do(a) Coordenador do Projeto Título do Projeto A casa senhorial no Rio de Janeiro nos séculos XVIII-XIX _ Pinturas Coordenador do Projeto: Ana Maria Pessoa dos Santos Setor: CMI Data: Ago. 2014 – Jul. 2016 1. Apresentação Proposta de estudo sobre casas históricas e as formas de morar das elites nos séculos XVIII-XIX no Rio de Janeiro, a partir de um conjunto de 10 exemplares, segundo metodologia multidisciplinar onde serão articuladas a análise sobre características arquitetônicas e decorativas do bem material - fachadas, plantas, fluxos externos e internos, divisão interna, ambiências, elementos da decoração integrada e móvel (revestimentos, mobiliário e objetos) -, com informações sobre profissionais envolvidos, famílias ocupantes e usos e práticas domésticas. O projeto se inscreve em parceria luso-brasileira estabelecida entre a FCRB, por intermédio do grupo de pesquisa Museu-casa: memória, espaço e representações, e a Fundação Ricardo Espírito Santo e Silva (FRESS) e a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH). 2. Justificativa/Caracterização do Problema O grupo de estudos Museu-casa: memória, espaço e representações foi estabelecido para articular pesquisas e análises interdisciplinares que têm como objeto a propriedade onde morou Rui Barbosa, instituída como o primeiro museu-casa do país, e tombada pelo Sphan em 1938 em reconhecimento ao seu valor como casa e jardins históricos, e como raro remanescente arquitetônico do modelo de linhas classicizantes consagrado pelo Império. 1 Na perspectiva da preservação integrada do conjunto arquitetônico, as iniciativas do grupo de pesquisa buscam abarcar a complexidade dos estudos sobre a propriedade, tomando como referência diferentes campos do conhecimento: museologia, artes decorativas, arquitetura, paisagismo, urbanismo, arqueologia e historia social. É nesse sentido que, no âmbito do Programa de Incentivo à Produção do Conhecimento Técnico e Científico na Área da Cultura, vêm sendo oferecidas bolsas em diferentes disciplinas, compreendendo análises sobre questões da preservação arquitetônica e museológica, estudos sobre objetos e artefatos decorativos, e pesquisas sobre aspectos urbanos, arquitetônicos e sobre as famílias que ocuparam a propriedade. O grupo promove também cursos e seminários. Uma dessas realizações foi o curso sobre as casas senhoriais em Portugal, sua arquitetura e interiores, ministrado pelo prof. Helder Carita em agosto de 2009 e em agosto de 2010, e outro, sobre estuques, com a Profa. Isabel Mendonça, em 2012. Outra iniciativa foi o estabelecimento, a partir de 2008, do evento anual “Encontro de Estudos sobre o Ambiente Construído do Brasil no século XIX”, para a divulgação dos resultados das pesquisas em andamento sobre temas afins, já com três edições.1 A pesquisa A casa senhorial no Rio de Janeiro nos séculos XVIII-XIX brasileira teve inicio em 2011, quando estabelecemos o termo de cooperação entre as instituições portuguesas e a Fundação Casa de Rui Barbosa. O grupo carioca foi inicialmente composto por pesquisadores do Museu Nacional, da FAU/UFRJ, da EBA/UFRJ, da FAU/UFF e da FCRB. A partir de agosto, o projeto passou a contar com uma bolsista2 e, mais recentemente, houve a adesão de pesquisadoras do Museu da República. Em janeiro de 2013, de 17 a 25, foi promovida apresentação dos resultados da pesquisa em Lisboa e realizadas visitas técnicas nos conjuntos em estudo. Está previsto novo encontro, em agosto de 2013, no Rio de Janeiro, para apresentação dos resultados desse primeiro semestre. 1 O Encontro se organiza em quatro sessões voltadas para a análise do bem tombado na perspectiva da história da arquitetura e do urbanismo; dos sistemas de inventário e catalogação; das práticas de preservação, e da paisagem e espaços abertos. 2 Bolsa, em nível de mestre, concedida por meio do Programa de Incentivo à Produção do Conhecimento Técnico e Científico da FCRB, para o período 2011-2013. 2 O estudo tem como premissa a importância a análise da casa nos âmbitos de sua significação material, social e simbólica. A casa é o lugar primeiro do homem, local de abrigo, proteção e referência. Para além de sua natureza funcional, a casa é fortemente revestida de uma gama de valores que lhe podem ser atribuída, como valor econômico, de troca, de uso e outros que não são quantificáveis de forma direta, como o valor sentimental, o valor estético e o valor simbólico. Alterações nesta estrutura de valores acarretam mudanças nos usos dos espaços e seus símbolos. Assim sendo, esse estudo tem caráter inédito ao propor que se avalie, de forma integrada, a organização espacial dos espaços domésticos, sua decoração, seus equipamentos e objetos, e as práticas cotidianas das elites dessas duas cidades, e suas mútuas influências. 3. Objetivos A casa senhorial no Rio de Janeiro O estudo sobre as casas das elites no Rio de Janeiro teve como ponto de partida uma amostragem de edifícios que ainda mantêm um grau de integridade física suficiente para a análise direta, e em especial aqueles que ainda possuem decoração de interiores e equipamentos e que tenham documentação conhecida. Essas condições apontaram para o universo de imóveis tombados e protegidos por instância federal, estadual ou municipal, embora isso não seja condição indispensável. A pesquisa se concentra nos limites políticos, geográficos e historicamente definidos da cidade, e em edifícios dos séculos XVIII e XIX, por não existirem exemplares remanescentes do século XVII.3 Na linha temporal, tomou-se como marco inicial a instituição do Rio de Janeiro como capital da Colônia de Salvador e sede do Vice-Reino do Brasil, em 1763. Embora a região tivesse sido denominada como Rio de Janeiro já em 1502, a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro só seria fundada em 1565, quando da disputa da 3 Exceção feita à casa da fazenda de café que, apesar de estar situada em outros município, guardar estreita relação estética, econômica e social com a corte. 3 região entre franceses e portugueses. Por sua posição estratégica ao sul da colônia, a cidade foi adquirindo importância como centro portuário e econômico, ampliada quando se tornou o principal canal de escoamento do ouro das Minas Gerais. A cidade sofreu grandes transformações políticas e econômicas ao longo do século XIX. Em 1808, com a chegada da família real, torna-se a sede do governo português; em 1822, após a independência, continua como capital, enquanto a província enriquece com a agricultura canavieira da região de Campos e, principalmente, com o novo cultivo do café no Vale do Paraíba. Para separar a província e a capital do Império, a cidade converte-se, em 1834, em município neutro e a província do Rio de Janeiro passa a ter como capital Niterói. De 1840 a 1889, foi capital do Segundo Reinado, concentrando a vida político-partidária do Império e os movimentos abolicionista e republicano. A partir da República, em 1889, com a decadência de suas áreas cafeeiras, o estado perde a força política para São Paulo e Minas Gerais. Tendo como referência os diferentes contextos socioeconômicos, a análise preliminar considerou ainda as diferentes tipologias arquitetônicas, programas e formas de ocupação dos lotes, ambiências e aspectos decorativos, bem como dos diferentes perfis que compunham os grupos de elite de cada período. Para uma primeira abordagem, foi estabelecida uma relação preliminar de 25 edifícios a serem estudados, sendo oito erguidos no século XVIII e 17 exemplares do século XIX. Ainda que tenha havido lacunas quanto à conservação de interiores e mobiliário, o conjunto selecionado buscou representar as diversas localizações geográficas e características arquitetônicas do período em questão. Casas de fazendas e engenhos das freguesias rurais; casas térreas e sobrados do centro urbano, situados nos alinhamento das ruas; solares, mansões e palacetes, recuados em largos terrenos, das freguesias urbanas; e, pelos arredores da cidade, chácaras e quintas. Em alguns casos os exemplares do século XVIII podem ter sido construídos sobre estruturas mais antigas, como no caso do Paço dos Governadores. A maioria dos imóveis remanescentes do século XVIII é rural, embora estejam atualmente inseridos em área urbana. As casas do século XIX são majoritariamente urbanas ou suburbanas. Os proprietários situam-se dentre os estamentos de elite ― “nobreza da terra”, dignitários do clero, do poder judiciário e do governo, realeza, aristocracia e altos 4 negociantes, capitalistas e empresários ―, presentes em cada período de configuração política e administrativa do Rio de Janeiro. A análise preliminar constatou que apesar das ações de preservação arquitetônica iniciadas pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) em 1938, há um reduzido número de residências cariocas preservadas e, ainda assim, de modo geral as construções foram objeto de diversas intervenções. Uma das razões desse quadro pode ser atribuída ao numero de reformas urbanas que atingiram radicalmente o centro histórico da cidade: a abertura da Avenida Central e mais tarde da Avenida Presidente Vargas, além da demolição do Morro do Castelo, berço da cidade, e do Morro de Santo Antônio praticamente fizeram desaparecer os exemplares arquitetônicos mais antigos. Nessa fase, foram sistematizadas informações de guias e listas e examinados os arquivos dos órgãos de patrimônio federal, estadual e municipal. O projeto pode contar com um variado acervo de fontes iconográficas, tanto mapas como gravuras, aquarelas, desenhos e fotografias, em razão do interesse de registro dos aspectos da cidade, especialmente após ter se tornado capital do império português. A exuberância da natureza em contraste com o conjunto edificado pelo homem, a presença maciça de escravos e cenas do cotidiano povoaram as imagens, produzidas dentro do espírito romântico. A Biblioteca Nacional é a principal fonte desses documentos. Outro conjunto documental de grande relevância é constituído pelas escrituras de transmissão de propriedade (compra, venda, doação, sucessão), que permite comprovar a propriedade de determinado imóvel e a cadeia sucessória, a data das transações, o valor atribuído ao bem em diferentes datas, e até mesmo determinar o momento em que uma edificação foi acrescentada a um terreno. Não se pode consultar, até o momento, os livros de cobrança da Décima Urbana instituída através do Alvará de 27 de junho de 1808 por D.João VI, então Príncipe Regente. Essa documentação está depositada no Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro e encontra-se interditada à consulta para tratamento técnico. Os inventários post- mortem constituem outra boa fonte de informações sobre imóveis. É uma documentação que tem sido pouco aproveitada pelos arquitetos, embora seja usada corriqueiramente pelos historiadores. Eles se encontram, em grande maioria, no Arquivo Nacional, na seção CODES, Fundo 3J, e estão listados em 24 “instrumentos de pesquisa”, e cobrem um período que vai do século XVIII ao XX. 5 Por fim, dentre as fontes textuais, estão sendo considerados os anúncios de jornal, tanto de compra e venda como de leilões. Como resultado de sucessivas avaliações, foi estabelecido o conjunto de edifícios a serem analisados em uma primeira investida de pesquisa: 1. Engenho do Capão do Bispo, 2. Fazenda do Viegas 3. Fazenda Santo Antônio. 4. Quinta da Boa Vista (Museu Nacional/UFRJ), 5. Casa da marquesa de Santos (Museu da Moda); 6. Palácio Imperial (Petropolis) 7. Casa do barão Nova Friburgo (Museu da República), 8. Casa de Rui Barbosa 9. Solar do Jambeiro; 10. Palacete Guinle; Para cada edifício, serão levantados informações e documentos que atendam às seções estabelecidas pelo projeto: Casa senhorial (histórico a propriedade, programa interior, azulejaria, estuque, pinturas decorativa, decoração diversa e equipamento móvel), Léxico, Iconografia (planta antigas, desenhos/pinturas e fotografia), Artistas e Inventários. Para análise preliminar dos edifícios selecionados, foram estabelecidas algumas informações preliminares, expostas a seguir: Casas de fazenda: O estudo do grupo de casas de fazenda do período do açúcar está sendo conduzido pela arquiteta Dra. Ana Lucia Vieira dos Santos, com o auxílio de bolsa de pesquisa do Programa de Incentivo à Produção do Conhecimento Técnico e Científico da FCRB, que estuda as fazendas do.Engenho do Capão do Bispo, Engenho do Viegas e Fazenda Santo Antônio Chácaras reais: A chegada da Corte portuguesa ao Rio de Janeiro influencia a formação e organização das casas de chácaras. A instalação de D. João em São Cristóvão, e de D. Carlota Joaquina em Botafogo, incrementam a descentralização e expansão da cidade em direção às zonas sul e norte. A instalação das famílias de maior poder aquisitivo nos novos bairros se faz em terrenos maiores, em chácaras que deixam de ser apenas casas de recreio ou 6 residências temporárias. A casa de chácara toma as características da casa urbana, colocando-se na frente do terreno, embora despregada das divisas laterais. São estudadas nesse conjunto a Quinta da Boa Vista, a Casa da Marquesa de Santos e o Palácio Imperial de Petrópolis. Casas da família Clemente Pinto: Outro conjunto é formado pelas propriedades do patriarca da família Clemente Pinto foi Antonio, nascido em Portugal em 1795, que emigrou para o Brasil aos 12 anos, na companhia do tio, onde se iniciou no comércio como caixeiro. Atuou no próspero ramo do tráfico de escravos, na exploração agrícola e aurífera, até se dedicar intensamente à cultura do café. Como fazendeiro de grande produção, empenhou-se na construção da estrada de ferro para escoamento do café da região serrana até à Baixada. Palacete Nova Friburgo (Museu da República) e :. Chácara do chalet Palacetes: Conjunto formado pela Casa de Rui Barbosa (Museu da Fundação Casa de Rui Barbosa) erguida em 18450, o Solar do Jambeiro, construído em 1872, foi desapropriado pela Prefeitura Municipal de Niterói em 1977, com vistas a resguardar sua integridade física e restaurar seus aspectos históricos e arquitetônicos, e Palacete Guinle/Paula Machado, um exemplar dos palacetes ecléticos cariocas, programados para as necessidades de conforto e aparência da burguesia industrial. Esse conjunto preliminar pretende estabelecer padrões e métodos para a melhor compreensão do conjunto arquitetônico da cidade e, em especial, de valorização do seu patrimônio arquitetônico e paisagístico. 4. Metodologia e Estratégias de Ação O projeto “A casa senhorial em Lisboa e no Rio de Janeiro (séc. XVIII, XVIII e XIX). Anatomia dos Interiores”, propõe uma metodologia de estudo sobre as casas de elite voltada para os multiplos aspectos dos interiores. O planejamento e organização das salas, equipamentos e mobiliário, rotinas e rituais são o foco privilegiado para o entendimento das formas de morar da elite. As análises vêem realizadas em duas regiões, onde há exemplos muito importantes de arquitetura vernacular (mansões urbanas e rurais e casas), da disposição inicial de quartos e de muitos aspectos da decoração fixa e do mobiliário ainda podem ser identificados. 7 O desenvolvimento da pesquisa em ambas as regiões permite uma visão global das transformações e permanências dos interiores das casas de elite dos dois lados do Atlântico, por meio de uma comparação contínua dos resultados da investigação levada a cabo com o emprego de uma metodologia comum aos grupos de pesquisa envolvidos, explicitado abaixo. Etapa 1 Inventário das Casas Selecionadas Inventário completo das dez casas selecionadas no Rio de Janeiro. Foram escolhidas casas ainda bem preservadas no que diz respeito ao arranjo e plantas dos interiores , e com documentação conhecida. Este inventário será acompanhado por uma sistematização de modelos e de tipologias a que as casas pertencem, de acordo com suas características arquitetônicas e de implantação. Será criada uma base de dados para receber toda a informação reunida. Com campos pré-definidos, incluirá uma análise detalhada da arquitetura e das artes decorativas (decoração integrada e objetos), um levantamento fotográfico e planimétrico e desenhos de detalhes relevantes. Etapa 2 Inventário da bibliografia e dos fundos documentais O levantamento bibliográfico e documental é fundamental para o desenvolvimento do projeto, ajudando a contextualizar a história e a construção das casas e os seus interiores. Documentos como inventários, contratos e descrições são muito importantes. Uma particular atenção será dada a plantas da época e a elementos iconográficos, bem como a fotografias dos interiores das casas. Este levantamento terá lugar nos arquivos mais importantes sobre a cidade do Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, Biblioteca Nacional, Museu Imperial, Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, Colégio Brasileiro de Genealogia, Arquivo da Cúria Metropolitana, Arquivo do Estado do Rio de Janeiro, Arquivo do Iphan, Arquivo do Inepac e Arquivo do Patrimônio Municipal, Arquivo do Museu da Justiça. Etapa 3 Mecenas e artistas. Rotinas e rituais Apoiado pelos dados recolhidos nas tarefas 1 e 2, o principal objetivo desta tarefa é a caracterização das famílias que estiveram por trás da construção e decoração das casas selecionadas, as suas fontes de rendimento e a sua articulação com as receitas de funções específicas e de atividades ultramarinas. Um segundo objetivo envolve a identificação dos arquitetos, dos artistas e artesãos envolvidos na construção e decoração das casas, bem como os programas artísticos desenvolvidos nos períodos em análise. Esta tarefa envolve ainda uma análise da casa enquanto espaço de ritual familiar e de atividades do dia-a-dia. Etapa 4 Plantas e arranjo do espaço interno Apoiado pelos dados recolhidos nas tarefas 1 e 2, o principal objetivo desta tarefa é o estudo das plantas e da interligação dos espaços no interior das casas selecionadas. Serão analisadas as várias tipologias de escadarias na sua articulação com a entrada, bem como a circulação dentro da casa e a interligação das várias salas e quartos; uma 8 atenção particular será dada à seqüência das salas e quartos e às suas funções específicas. Os interiores das casas serão igualmente escrutinados de acordo com as suas funções específicas: áreas sociais, áreas privadas e áreas de serviços. Uma atenção particular será dada à seqüência de salas com uma função social específica (sala, sala de espera, sala de visitas, sala de jantar). A zona privada da casa será analisada, em especial o quarto de dormir (a alcova), além dos quartos destinados a funções específicas, como quartos de costura e quartos de engomar. As áreas de serviço serão observadas na sua articulação com a planta geral da casa: varanda, despensa, sala de jantar, cozinha, armazéns, lojas. O estudo da terminologia específica relacionada com os diferentes espaços e com as suas funções específicas serão também um dos objetivos desta tarefa, bem como a preparação de um glossário relacionado com interiores. Tarefa 5 A decoração integrada Apoiado pelos dados recolhidos nas tarefas 1 e 2, o principal objetivo desta tarefa é o estudo da decoração integrada nas casas selecionadas: pavimentos, tetos, paredes, chaminés, portas e janelas, mobiliário criado para determinados locais específicos. Será igualmente dada atenção à decoração aplicada nas fachadas e jardins. A interpretação dos documentos levantados, entre os quais os inventários de famílias, dará pistas importantes para a análise da decoração integrada nas casas escolhidas. As várias artes decorativas serão analisadas e sistematizadas em tipologias, técnicas e evolução estilística (pintura mural e decorativa, painéis de azulejos, estuques decorativos, trabalho em pedra, têxteis, mobiliário integrado e trabalho em madeira). As artes decorativas serão igualmente analisadas na sua articulação com os diferentes espaços. Etapa 6 Objetos Apoiado pelos dados recolhidos nas tarefas 1 e 2, o principal objetivo desta tarefa é o estudo dos objetos móveis da casa senhorial (mobiliário, têxteis, candelabros, espelhos, objetos de coleção, etc.) Os inventários das famílias serão bases fundamentais para o desenvolvimento desta tarefa. As várias artes decorativas serão analisadas e sistematizadas em tipologias, técnicas e evolução estilística e avaliadas na sua articulação com as funções dos espaços. Etapa 7 Comparação e troca de informações Baseado nas atividades desenvolvidas, o bolsista deverá preparar relatório de suas atividades e informações sistematizadas para envio para reunião das coordenações das equipes portuguesa e brasileira, prevista para janeiro de 2012, em Lisboa. Etapa 8 – Pesquisas complementares Etapa será dedicada à complementação de informações, dentre os diversos segmentos pesquisadores, a partir das lacunas apontadas no workshop 9 Etapa 9 - Redação de documentos Preparação de dois documentos. Um, voltado para o relato da pesquisa, suas dificuldades e impasses, e outro, na forma de artigo, sobre o tema pesquisado, para inclusão em livro a ser editado sobre os resultados alcançados pelo projeto lusobrasileiro. 4 . Resultados e os impactos esperados A presente bolsa de pesquisa é voltada para o estabelecimento de metodologia que permita o estudo do espaço doméstico segundo suas múltiplas dimensões: sociais, urbanas, arquitetônicas e artísticas, segundo procedimento proposto pelo projeto “A casa senhorial em Lisboa e no Rio de Janeiro (séc. XVIII, XVIII e XIX). Anatomia dos Interiores”. Como objeto de análise será estudado o conjunto de seis residências, de modo a complementar as investigações que vêm sendo desenvolvidas: Quinta da Boa Vista (Museu Nacional/UFRJ), Casa da marquesa de Santos (Museu da Moda); Casa do barão Nova Friburgo (Museu da República), Chalet barão de Nova Friburgo; Solar do Jambeiro e Palacete Guinle. A eleição desse conjunto foi norteada segundo a recorrência a elementos constitutivos, como localização e tipologia da propriedade, origem do proprietário e construtor, trajetória de uso, característica de seus interiores e alfaias, e época de construção, no século XVIII e início do XIX. Erguidas no período joanino, quando Portugal ainda era única matriz cultura e tecnológica do Brasil, o estudo dessas construções permitirá um ativo intercâmbio com a equipe portuguesa, favorecendo a consolidação das metodologias propostas. Serão examinadas fachadas, plantas, fluxos externos e internos, divisão interna, ambiências, elementos da decoração integrada e móvel (revestimentos, mobiliário e objetos), com informações sobre profissionais envolvidos, famílias ocupantes e usos e práticas domésticas. Os resultados das análises desse conjunto de residências estarão sendo compartilhados com os demais envolvidos, e contribuirão para o estudo das demais construções selecionadas, e para a viabilização da proposta luso-brasileira. Cabe observar que a consolidação dessa metodologia permitirá novas leituras sobre o acervo patrimonial e museológico brasileiro em geral e, em especial, contribuirá sobremaneira para os estudos em curso sobre a Casa de Rui Barbosa. Isso 10 porque a propriedade por reúne condições ideais para sua aplicação: excepcional integridade de espaços e ambientes e extensa coleção móveis e objetos de época, e um invejável cabedal de informações e estudos sobre sua constituição e ocupação doméstica a partir de 1849. 5 . Cronograma O cronograma da bolsa estará ajustado ao proposto pela projeto de referência, “A casa senhorial em Lisboa e no Rio de Janeiro (sec. XVIII, XVIII e XIX). Anatomia dos Interiores”, ao qual deverá ser desenvolvido simultaneamente. ano/trimeste atividades 2013 1 2014 2 2015 3 4 5 6 x x x x 5. A decoração integrada x x x x x 6. Objetos x x x x x 7. Comparação e troca de informações x x x x III Encontro dos pesquisadores da A casa senhorial x 1. Detalhamento do inventário das casas selecionadas x x 2. Inventário da bibliografia e dos fundos documentais x x 3.Mecenas e artistas. Rotinas e rituais x x 4. Plantas e arranjo do espaço interno x x 8. Pesquisas complementares 7 8 11 9. Redação de documentos x x 6. Referências Dissertações e teses: CHIMENTI, Beatriz do Nascimento. “Avaliação pós-ocupação aplicada para reabilitação de edificações históricas. Estudo de caso: edifício da Faculdade de Direito da UFRJ”. Diss.Rio de Janeiro: Proarq/UFRJ, 2000. FERREIRA, João Carlos. “Transformações na arquitetura e na paisagem do Palácio de São Cristóvão e da Quinta da Boavista”. Diss. Rio de Janeiro: Proarq/UFRJ, 2002. OLIVEIRA, Carolina Bortolotti de. “O gosto inglês no Brasil. A presença britânica na formação dos subúrbios do Rio de Janeiro, Salvador e Recife no século XIX¨”. Dissertação, Universidade Católica de Campinas, 2004. RIBEIRO, Paulo Eduardo Vidal Leite. “A vida da chácara romântica – de Palacete Bartholdy a Solar do Jambeiro”. Dissertação, FAU, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1998. SANTOS, Ana Lúcia Vieira dos. “A casa carioca: estudo sobre as formas de morar no Rio de Janeiro (1750-1850)” Tese, Universidade Federal Fluminense, 2005. SILVA, Andrea Correa da. “A casa da fazenda do Capão do Bispo: um legado ao sabor do tempo”. Diss. Rio de Janeiro: Proarq/UFRJ, 2000. SILVA, Jerônimo de Paula da. “A produção arquitetônica brasileira e sua preservação. O Senado do Império: um estudo de caso”. Diss. Rio de Janeiro: Proarq/UFRJ, 1999. TEIXEIRA, Marize Malta. “O olhar decorativo: ambientes domésticos em fins do século XIX no Rio de Janeiro”. Tese, Universidade Federal Fluminense, 2009. VAN BIENE, Maria Paula. “A arquitetura das casas-grandes remanescentes dos engenhos de açúcar no Rio de Janeiro setecentista”. Dissertação EBA-UFRJ, 2007. 12 Guias Glória e Catete. Bairros do Rio. Rio de Janeiro: Fraiha, 1999. Guia da Arquitetura Eclética do Rio de Janeiro. Jorge Czajkowski (org.). Rio de Janeiro: Centro de Arquitetura e Urbanismo, 2000. Guia do Patrimônio Cultural Carioca. Bens tombados,2008. Cristina Lodi (coord. geral). Rio de Janeiro: Secretaria Extraordinária do Patrimônio Cultural, 2008. Guia do Patrimônio Cultural Carioca. Bens tombados. Lia de Aquino Carvalho (coord. geral). Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, Departamento Geral de Patrimônio Cultural, 1998. Livros ARÍS, Carlos Martí - Le Variazione dell'identità. Il tipo in architettura. Milano. Città Studi. 1998. ACKERMAN, James. La Villa: Forma e ideologia de las casas de campo.A kal, Madrid, 1997 BARREIROS, Eduardo Canabrava. Atlas da Evolução Urbana da Cidade do Rio de Janeiro, 1565-1965. Rio de Janeiro : IHGB, 1965. BARROSO, Gustavo. História do Palácio do Itamaraty. Rio de Janeiro : Museu Histórico e Diplomático do Itamaraty, MRE : 1956. CALDAS, João Vieira .A Casa Rural dos Arredores de Lisboa no Século XVIII. Porto. F.A.U.P.1999. CARITA, Helder. Le palais de Santos. Lisboa : Ed. Quetzal : 1995. _____. “Arquitetura Civil Indo-Portuguesa e a paisagem urbana de Goa”. In Os Espaços de um Império. Lisboa: Comissão Nacional para estudos dos Descobrimentos Portugueses, 1999 (a),p. 77- 89. _____. Tratado da Grandeza dos Jardins em Portugal. Lisboa : Livros Quetzal : 1998 _____ . Lisboa Manuelina e a formação de modelos urbanísticos da época moderna (1495-1521). Lisboa: Livros Horizonte, 1999 (b). 13 Cartas de D. Pedro I à Marquesa de Santos/ notas de Alberto Rangel. Rio de Janeiro: Nova Fronteira : 1984. ELEB, Monique, DEBARRE-BLANCHARD, Anne. Architectures de la vie privée: maisons et mentalités, XVIIe-XIXe siècles. Bruxelles,:Archives d‘architecture moderne,1989. FERNANDES, Francisco Barata. Transformação e Permanência na Habitação Portuense: as formas das casas nas formas da cidade. Porto : FAUP : 1999 _______. As formas da casa na forma da cidade. Porto: FAUP / publicações, 1999 FERRÃO, Bernardo José. Projecto e transformação urbana do Porto na época dos Almadas 1758/1813 . Porto:FAUP / Publicações, 1997 FRAGOSO, João. “A nobreza da República: notas sobre a formação da primeira elite senhorial do Rio de Janeiro (séculos XVI e XVII)”. Topoi - Revista de História vol. 1 nº 1- jan-dez/2000. Programa de Pós-Graduação em História Social da UFRJ. FRAGOSO, J. L. R. . Homens de Grossa Aventura: Acumulação e Hierarquia Na Praça Mercantil do Rio de Janeiro (1790-1830). 2. ed. Rio de Janeiro : Civilização Brasileira : 1998. v. 1. 399 p. FRANCO, Afonso Arinos de Melo. O palacete do caminho novo. Rio de Janeiro, 1975. FRANÇA, José-Augusto. Lisboa: urbanismo e arquitectura . Porto:Instituto de Cultura e Língua Portuguesa, 1980 FREYRE, Gilberto. Sobrados e mocambos. Decadência do patriarcado rural e desenvolvimento do urbano. São Paulo : Global : 2006. _____. Ingleses no Brasil: aspectos da influência britânica sobre a vida, a paisagem e a cultura do Brasil. Rio de Janeiro : Ed. Jose Olympio : 1977. _____ .Casa-grande e senzala. introdução a historia da sociedade patriarcal no Brasil. 5a. Edição. São Paulo : Global : 2006 _____.Introdução. Casas de Residências no Brasil. Revista do Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Saúde, n. 7, p. 99 –126, 1943. _____. Oh de Casa! Rio de Janeiro: Artenova, 1979. GOMBRICH, EH. O Sentido de Ordem. Um estudo sobre a psicologia da arte decorativa. São Paulo, Ed. Bookmarks 2012 14 ______. Arte e Ilusão. Um Estudo da Psicologia da Representação Pictórica. São Paulo: Martins Fontes, 1995. ______. A História da Arte. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1988. HOMEM, Maria Cecilia Naclério Homem. O palacete paulistano e outras formas de morar da elite cafeeira. São Paulo : Editora WMF/Martins Fontes : 2010. 2a edição. KAUFMANN, Emil. Tres Arquitectos Revolucionarios: Boullée, Ledoux y Lequeu. Barcelona: Gustavo Gili, 1980 (1952) KERR, Robert. The Gentleman´s House: how to plan english residences, from the parsonage to the palace. 3a. ed. Londres : John Muray : 1871. LEMOS, Carlos A. C. Cozinhas, etc. Um estudo sobre as zonas de serviço da Casa Paulista . São Paulo: Perspectiva, 1978 _____. Arquitetura Brasileira. São Paulo: Melhoramentos/ EDUSP. 1979. _____. Casa Paulista. História das moradias anteriores ao ecletismo trazido pelo café. São Paulo: EDUSP, 1999. _____. História da Casa Brasileira. São Paulo: Contexto, 1996 MARCUS, Clare Cooper. House as a mirror of self: exploring the deeper meaning of home. Berkeley: Conari Press, 1995. PRAZ, Mario. Histoire de la decoration d'interieur. La philosophie de l'ameublement. Thames et Hudson, 1994 MORALES DE LOS RIOS FILHO, Adolfo. O Rio de Janeiro Imperial. Rio de Janeiro : Topbooks : Univercidade : 2000. O Mosteiro de São Bento no Rio de Janeiro.1590/1990. Texto de D. Mateus Ramalho Rocha. Rio de Janeiro: Ed. Studio HMF, 1991. NOVAIS, Fernando. História da vida privada no Brasil. Vols 1 e 2. São Paulo : Companhia das Letras : 1997. OLIVEIRA, Eduardo Pires de . Estudos sobre o século XVII e XVIII no Minho. História e Arte. Braga: Edições APPACDM, 1996. PATETTA, Luciano. L'Architettura dell'Eclettismo, Fonti, teorie, modelli, 1750-1900. Milano: CittàStudi ,1995 . 15 PERROT, Michelle. Org. História da vida privada 4. Das Revolução Francesa à Primeira Guerra. São Paulo : Companhia das Letras : 1991. PEVSNER, Nikolaus. Estudios sobre arte, arquitectura y diseño, del manierismo al romanticismo, era victoriana y siglo XX. Barcelona: Gustavo Gili, 1983 PINHO, Wanderley. Salões e Damas do Segundo Reinado. São Paulo: Martins Fontes, 1959. RAPOPORT, Amos. Vivienda Y cultura. Trad. Conchita D. Espada. Barcelona, Gustavo Gili, 1972 RYBCZYNSKI, Witold. Casa, pequena história de uma idéia. Rio de Janeiro: Record, 1996. RYKWERT, Joseph. “One way of thinking about a house”. Lotus, nº8, Alfieri, Milão, 1974, p.192-193. RYKWERT, J. La maison d'Adam au Paradis, Paris, Seuil, 1976. RIKWERT, Joseph, Los Primeros Modernos, Los arquitectos del siglo XVIII. Barcelona:Gustavo Gili, 1982 . SILVA, Maria Beatriz N., JOHNSON, Harold (org.). O Império Luso-Brasileiro 17501808. Coleção Nova História da Expansão Portuguesa. v. VI. Lisboa: Editorial Estampa, 1992. ______. Cultura e Sociedade no Rio de Janeiro - 1808 – 1821. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1978. ______.A Cultura Luso-Brasileira. Da Reforma da Universidade à Independência do Brasil. Lisboa: Editorial Estampa, 1999. ______.Gazeta do Rio de Janeiro. 1808 – 1822: Cultura e Sociedade. Rio de Janeiro: Eduerj, 2007. ______.História da Família no Brasil Colonial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,1998. ______.Vida privada e Quotidiano no Brasil na Época de D. Maria I e D. João VI. Lisboa: Editorial Estampa, 2004. ______.Ser Nobre na Colônia. São Paulo: Unesp, 2005. SILVA, Raquel Henriques da. A «Casa Portuguesa» e os Novos Programas, 19001920. In A. Becker, A. Tostões, W. Wang (org.). Portugal: Arquitectura do século XX. Prestel, 1997, p.14-22 STOOP, Anne. Quintas e palácios nos arredores de Lisboa. Barcelos, Livraria Civilização ed., 1986. 16 TEIXEIRA, Manuel C. Habitação Popular na Cidade Oitocentista. Lisboa : FCG/JNICT : 1996. TEYSSOT, Georges. "Figures d'interni", in Il Progetto Domestico: La casa dell'uomo: archetipi e prototipi, Electa,Milão, 1986, p.18-27 [XVII Triennale di Milano] THORNTON, Peter. Authentic Decor, the Domestic Interior 1620 – 1920. Londres: George Weidenfeld & Nicolson : 1984. VEIGA DE OLIVEIRA, E.; GALHANO, F. Casas Esguias do Porto e Sobrados do Recife. Recife,Pool Editorial, 1986 WATKIN, David, Morale et architecture aux 19e et 20e siècles, Bruxelles, Mardaga, 1975. Viajantes BINZER, Ina von. Os meus romanos. Alegrias e tristezas de uma educadora alemã no Brasil. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980. DARWIN, Charles R. Viagem de um Naturalista ao redor do Mundo. Rio de Janeiro: SEDEGRA, s/d. DEBRET, Jean Baptiste. Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil. São Paulo: Livraria Martins, 1965. DEBRET, Jean Baptiste. Voyage Pittoresque et Historique au Brésil. Séjour d’ un Artiste Français au Brésil. Edição Comemorativa do Quarto Centenário da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Fac-simile da edição original de Firmin Didot Frères, Paris, 1839. Rio de Janeiro: Distribuidora Record/ New York: Continental News, 1965. FRANÇA, Jean Marcel Carvalho Outras Visões do Rio de Janeiro Colonial. Rio de Janeiro: José Olympio, 2000. FRANÇA, Jean Marcel Carvalho.Visões do Rio de Janeiro Colonial - Antologia de Textos - 1531/1800. Rio de Janeiro: Ed. UERJ - José Olympio, 1999. LUCCOCK, John. Notas sobre o Rio de Janeiro e partes meridionais do Brasil. São Paulo : Martins , 1942. POHL, Johann Emanuel. Viagem no Interior do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, São Paulo: Edusp, 1976. 17 RIBEYROLLES, Charles. Brasil Pitoresco. Belo Horizonte: Editora Itatiaia; São Paulo: Ed. da Universidade de São Paulo, 1980. RUGENDAS, J. M. Viagem pitoresca através do Brasil. São Paulo, Impressa Oficial do Estado, 1982. SAINT-HILAIRE, Auguste. Viagem pelas Províncias do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Ed. da Universidade de São Paulo, 1975. SCHLICHTHORST, Carl. O Rio de Janeiro como é 1824-1826. Brasília : Senado Federal : 2000. SOUSA, Joaquim Jose Caetano Pereira e. Esboço de um Diccionario Juridico, Theoretico e Practico, Remissivo às Leis compiladas e extravagantes. Lisboa: Typographia Rollandiana, 1825-27. VAUTHIER, L.L. “Casas de Residências no Brasil”. In Revista do Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Saúde, n. 7, p. 127 – 208, 1943. Sites Latin American Travelogues/ Center for Latin American and Caribbean Studies http://dl.lib.brown.edu/travelogues/Brazil.html Paris, capital of the 19th Century/ Brown University Library Center for Digital Initiatives http://dl.lib.brown.edu/paris/ 18 Plano de trabalho do bolsista 1. PERFIL DO BOLSISTA Mestre em Arquitetura, Belas Artes, Designer ou História, com conhecimentos sobre história de arquitetura e da arte brasileiras, e experiência de pesquisa em fontes primárias e em desenho arquitetônico com Autocad. 2. EMENTA Estudo sobre casas históricas e as formas de morar das elites dos séculos XVIII-XIX no Rio de Janeiro, segundo metodologia multidisciplinar onde serão articulados a análise sobre a caracteristicas arquitetônicas e decorativas do bem material fachadas, plantas e fluxos externos e internos, elementos da decoração integrada e objetos -, com informações sobre arquitetos, artistas e artesãos, bem como com a caracterização das famílias dos ocupantes e os usos e práticas domésticas. Deverão ser consultadas fontes primárias em arquivos e bibliotecas, consulta a bibliografia nas áreas de arquitetura, artes plásticas, história e sociologia, desenvolvidos desenhos arquitetonicos e realizadas fotografias dos seguintes edifícios: Quinta da Boa Vista (Museu Nacional/UFRJ), Casa da marquesa de Santos (Museu da Moda); Casa do barão Nova Friburgo (Museu da República), Chalet barão de Nova Friburgo; Solar do Jambeiro e Palacete Guinle. A pesquisa deverá estar articulada com a equipe responsável pela edição do portal de divulgação do projeto bem como com as iniciativas portuguesas, coordenadas por Helder Carita e Isabel Mendonça. 3. CRONOGRAMA ano/trimeste 2013 2014 2015 atividades 1 2 3 4 5 6 1. Detalhamento do inventário das casas selecionadas x x 2. Inventário da bibliografia e dos fundos documentais x x 3.Mecenas e artistas. Rotinas e rituais x x 4. Plantas e arranjo do espaço interno x x 7 x x x x 5. A decoração integrada x x x x x 6. Objetos x x x x x 7. Comparação e troca de informações x x x x 8 III Encontro dos pesquisadores da A casa senhorial 8. Pesquisas complementares 9. Redação de documentos x x