UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Fisioterapia
Bruna Carolina Silva Marcelino
Bruna Mara do Amaral Verdelli
ANÁLISE COMPARATIVA DO LASER DE BAIXA
POTÊNCIA E ULTRA-SOM PULSADO NO
PROCESSO DE REPARAÇÃO TECIDUAL
LINS - SP
2008
BRUNA CAROLINA SILVA MARCELINO
BRUNA MARA DO AMARAL VERDELLI
ANÁLISE COMPARATIVA DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA E ULTRA-SOM
PULSADO NO PROCESSO DE REPARAÇÃO TECIDUAL
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Banca Examinadora do
Centro Universitário Católico Salesiano
Auxilium, curso de Fisioterapia sob a
orientação do(a) Prof. Ms. Luis Ferreira
Monteiro Neto e orientação técnica da
Prof. Esp. Ana Beatriz Lima.
LINS - SP
2008
M263a
Marcelino, Bruna Carolina Silva; Verdelli, Bruna Mara do Amaral
Análise comparativa do laser de baixa potência e ultra-som
pulsado no processo de reparação tecidual: Centro Universitário
Católico Salesiano Auxilium / Bruna Carolina Silva Marcelino; Bruna
Mara do Amaral Verdelli. Lins, 2008.
40p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico
Salesiano Auxilium UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em
Fisioterapia, 2008.
Orientadores: Luis Ferreira Monteiro Neto; Ana Beatriz Lima.
1. Fisioterapia. 2. Laser. 3. Ultra-som pulsado. 4. Reparação
tecidual. I Título.
CDU 6158
BRUNA CAROLINA SILVA MARCELINO
BRUNA MARA DO AMARAL VERDELLI
ANÁLISE COMPARATIVA DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA E ULTRA-SOM
PULSADO NO PROCESSO DE REPARAÇÃO TECIDUAL
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,
para obtenção do título de graduação.
Aprovada em: _____/______/_____
Banca Examinadora:
Prof(a) Orientador(a): Luis Ferreira Monteiro Neto________________________
Titulação: Mestre em Engenharia Biomédica pela UNIVAP
P&D___________
Assinatura: ________________________________
1º Prof(a): ______________________________________________________
Titulação: _______________________________________________________
Assinatura: ________________________________
2º Prof(a): ______________________________________________________
Titulação: _______________________________________________________
Assinatura: ________________________________
DEDICATÓRIA
Aos meus Pais Tereza e Carlos
Minhas vidas est ou aqui par a dedicar a vocês e f alar que consegui chegar at é aqui,
mas isso só acont eceu por causa de vocês, desculpa pelos meus est r esse as vezes e por
algumas br igas, quer o dizer que amo muit o vocês e que isso é só o começo, quer o r et ribuir
t udo que f izer am por mim e mais um pouco, se eu pudesse colocar vocês dent r o da minha
barriga para nunca me separar de vocês eu colocaria! Muito obrigada por tudo amo vocês!
Bruna Carolina
A minha Irmã Beatriz
Bia quer o t e dizer que você é t udo pr a mim, lembr o da sua mãozinha minúscula e do
seu cheir inho da boca, sei que br igamos muit o mais ir mã sempr e br iga ainda mais quando se
ama desej o muit a vit ór ia na sua vida! Pois eu t e amo muit o desculpa se j á t e magoei alguma
vez mais isso acontece, obrigado por você existir na minha vida, e não me vejo sem você!
Bruna Carolina
A minha Vó Ana Lucia
Minha corujinha como eu te amo, amo, amo muito quero que você dure pra sempre na
minha vida, pois é uma das pessoas mais importante pra mim, te amo minha velhinha.
Bruna Carolina
A minha Família
A t odas as pessoas sem exceção, os que est ão per t o e t ambém os que est ão longe,
desejo tudo de bom para todos, e obrigado por acreditarem em mim! Amo vocês!
Bruna Carolina
Ao meu Noivo Anderson (Preto)
Meu amor muit o obr igado por você exist ir na minha vida, desculpa de muit as coisas
que acont ecer am nesses 6 anos de nossas vida, quer o t e f alar que amo muit o você, e que
puder fazer por você não tenha duvidas vou fazer! Te amo!
Bruna Carolina
As minhas amigas Cássia, Thabata, Polyana e Lívia
Opa essas RsRsRs, obr igado por me aj udar em nas hor as boas e r uins, vou guar dar
vocês pra sempre no meu coração! Amo Vocês!
Bruna Carolina
A minha Parceira Bruna Mara
Parceiraaaaaa conseguimos! Nunca vou esquecer nossos moment os hehehehe!!!! Br u
se algum dia t e magoei me per doa, pois não f oi minha int enção, não t o dedicando a você só
por que você é minha par ceir a e sim por que você é minha ver dadeir a amiga! E isso é r ar o e
você sabe disso amo muit o você e a Aninha vocês vão ser muit o f elizes, mais Br u t em um
problema! É que a chuva ta caindo! Rsrsrsrsrs Amo Você!
Bruna Carolina
.¸
Quando achamos que descobrimos todas as respostas, o mundo vem e muda
todas as perguntas ¸ .
DEDICATÓRIA
Aos meus pais Regina e Marcos
Pelo amor incondicional, paciência, compr eensão e apoio const ant e nest a j or nada da
minha vida. Por terem feito o possível e o impossível para me oferecerem a oportunidade de
r ealizar um sonho, sempr e acr edit ando em mim. Não cheguei at é aqui só f azendo coisas
cer t as, muit as vezes er r ei e acabei com isso magoando vocês (peço per dão), mas mesmo
assim cont inuar am ao meu lado me apoiando e nunca deixando que as dif iculdades
acabassem com meu sonho. Seus conselhos me acompanhavam, o t empo passava e vocês
sonhavam com o meu f ut ur o, f icava t r ist e quando vocês me negavam um pedido e não
conseguia ent ender que a decisão de vocês er a a melhor . Eu cr esci e agor a r econheço t udo
o que fizeram por mim. AMO VOCÊS!
Bruna Mara
Ao meu irmão Marquinho (minha vidinha)
Lembr o at é hoj e das nossas br incadeir as, t r avessur as, noit es int eir as j ogando
vídeo-game, gar galhadas, br igas, discussões... per cebi que nada mudou, só o t empo passou...
eu sou a mesma... sou aquela que t e ama, que t e apoia, que a dist ância não separ a, que nunca
te abandona. E tu és amigo, fiel, companheiro, meu irmãozinho mais novo que me protege, és
a minha vida, minha alegria, minha estrela guia... tu és meu irmão! AMO VOCÊ!
Bruna Mara
A minha filha Ana Clara
Eu vou sent ir f alt a de nós duas sermos apenas uma, de sent ir minha bar r iga mexer ,
de t omar sor vet e sem culpa, de escut ar meu som f avor it o... a bat ida do t eu cor açãozinho,
de esper ar ansiosa pela ult r a-sonogr af ia, de ser chamada de bar r iguda e f icar f eliz, de
f icar cur iosa imaginando como ser á seu r ost inho e com quem ser á par ecida, de desdobr ar
suas roupinhas e guardar todas de novo, de fazer xixi a cada hora... inclusive de madrugada,
de me sent ir cansada e com dor nas cost as. Vou sent ir f alt a de t udo isso e mais um pouco
ainda! Mas essa f alt a ser á compensada, pois você est ar á aqui comigo, nos meus br aços,
alegrando ainda mais os meus dias! AMO VOCÊ!
Bruna Mara
Ao meu namorado Maciel
Se você não exist isse... t er ia que invent ar você com t odos os seus j eit os, por que eu
não viver ia sem os seus exager os e sem o seu bom humor que eu amo. Você deu o meu
melhor presente (Ana Clara) e completa a minha vida, por isso eu AMO VOCÊ!
Bruna Mara
A minha parceira Bruna
O que escr ever par a essa loka? Passamos por muit os moment os j unt as... alegr ias,
conf idências, t r ist ezas, decepções, micos, vit ór ias... sempr e er r ando e apr endendo. Diant e
de t udo isso, descobr imos o valor de uma amizade, aliás, agor a f azemos par t e uma da vida
da out r a! Quem dir ia, pensamos que nunca f osse chegar esse moment o, e aí est á...
CONSEGUIMOS! Você é muito especial na minha vida! AMO VOCÊ!
Bruna Mara
.¸ Mas os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas como
águias, correm e não se cansam, caminham e não se fadigam ¸.
AGRADECIMENTOS
A Deus
Em t oda a nossa vida só t emos que agr adecer , pelo dom da vida, saúde, cor agem,
f or ça e por t odas as pessoas que colocast es em nosso caminho. Por não t er deixado
desanimar e desistir diante os obstáculos que enfrentamos.
Bruna Carolina e Bruna Mara
Ao nosso orientador Lula
Pelo empenho, paciência, amizade, apoio e incent ivo em t odos os moment os da
realização desse trabalho, confiando e acreditando em nós. Obrigada por tudo!
Bruna Carolina e Bruna Mara
A Bia
Pelos ensinament os cient íf icos, paciência, apoio, incentivo e por sempr e est ar
disposta a nos ajudar. Obrigada!
Bruna Carolina e Bruna Mara
As pessoas que nos aj udaram na r ealização dest e t rabalho (Tainá, Murilo, Moacir,
Prof. Cris, Tiago, Drª . Aline, Crist ina, t ia Rosângela, Harmódio, Anderson, Benet t i,
Rafael, Tauan, Ian, Luna, Greicy, Antônio, Felipe e Michele)
Obr igada por nos aj udar em nas hor as em que mais pr ecisamos e por f azer par t e na
realização desse trabalho.
Bruna Carolina e Bruna Mara
A nossa parceira de estágio Aline
As ver dadeir as amigas sur gem na nossa vida nas hor as que mais pr ecisamos delas,
são lápis de cor t r azendo alegr ia, a essa nossa vida cinzent a, são est r elas que guiam par a
um por t o segur o, são passos suaves na r ua deser t a, são lindas t at uagens com f or mas
bonit as, pois f icam pr a sempr e na vida da gent e... Aline, você f oi uma dessas ver dadeir as
amigas que sur giu em nossas vidas! Fomos nos conhecer r ealment e só nest e últ imo ano e f oi
mar avilhoso! Apesar da ser iedade, compr omisso e dedicação ao est ágio não podia f alt ar às
br incadeir as, r isadas, conf idências, uma aj udando a out r a, f or ça nos moment os dif íceis,
alt as noit es de est udo, r emédios (r sr sr s), chor os e at é mesmo lavar sempr e as mãos
(t oquinho), com t udo isso apr endemos que por mais dif er ent es que possamos ser uma das
out r as, podemos conf iar em uma amizade! Apr oveit amos (como você sempr e diz) t odos os
momentos... Moment os que f icar ão guar dados par a sempr e em nossas vidas! Sent ir emos
saudades de t udo que passamos j unt as! Obr igada por sempr e nos aj udar no est ágio! Q ue
você seja muito feliz nessa nova etapa da sua vida! Amamos você!
Bruna Carolina e Bruna Mara
Ao Murilo
I mpossível explicar o inexplicável! Sent iment os não são par a denominar e sim par a
viver ; por que na nossa vida r ealment e há pessoas que encant am! Obr igada por t udo!
Amamos você!
Bruna Carolina e Bruna Mara
AGRADECIMENTOS
A Jack e Tainá
Talvez as melhor es amizades sej am aquelas em que haj a muit a discussão, muit a
disput a e mesmo assim muit o af et o. Não poder íamos esquecer do quar t et o f ant ást ico
Br una loka, Br una j at obá, J ack e Tainá quant os moment os passamos j unt as hein?!
Conver sas, est udos, chor os, muit as r isadas, f est as, br incadeir as, decepções... Nos
af ast amos por um t empo (por mot ivos bobos) mas que f izer am nossa amizade volt ar com
mais f or ça! Não t emos palavr as par a agr adecer t udo que vocês r epr esent ar am em nossas
vidas! Ah... mas tem um problema... é que a chuva tá caindo (kkk). Amamos vocês!
Bruna Carolina e Bruna Mara
A Mari
J á chamamos pessoas pr óximas de "amigas" e descobr imos que não er am!
Algumas pessoas nunca pr ecisamos chamar de nada e sempr e f or am e ser ão especiais par a
nós! Mar i você se t or nou muit o especial em nossas vidas! Obr igada por t udo! AMAMOS
VOCÊ!
Bruna Carolina e Bruna Mara
A galera do estágio de ortopedia (Aline, Jack, Tainá, Paula, Mari, Thaís, Murilo)
Ter vocês ao meu lado f oi o maior pr esent e que Deus poder ia me dar, com vocês
apr endi que o amor é o maior dos sent iment os, que o car inho é essencial, que a vida é uma
dádiva de Deus, que cada pequeno gest o é um gr ande gest o, que o caminho cer t o est á lá,
bast a quer er vê-lo, que é possível sonhar quando j á não há mais esperança e que na t er r a
exist em anj os, sempr e dispost os a t e aj udar , indicando e dando-lhe a luz par a a sua vida.
Obrigada por tudo!!!
Bruna Carolina
Não posso esquecer de acr escent ar nest a list a a Br una Car olina... Nest e est ágio
descobr i que devemos saber lidar com vár ias per sonalidades, j eit os e maneir as de ser .
Apr endi a t er mais paciência, par a saber lidar melhor com as sit uações e devo isso a vocês
que me ensinar am. Sent ir ei f alt a da cor r er ia, almoços, discussões, r isadas, piadas,
br incadeir as... Mas sei que t odos esses moment os f icar ão guar dados no cor ação! Galera
obr igada pela paciência, compr eensão, amizade, car inho, af et o, pr eocupação e por t odos os
pacientes que vocês colocaram no micro-ondas pra mim!!! Amo vocês!
Bruna Mara
.¸ A felicidade aparece para aqueles que choram, para aqueles que se
machucam, para aqueles que buscam e tentam sempre! E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas ¸.
RESUMO
A pele apresenta duas camadas com múltiplas funções, constituindo o
mais extenso órgão sensorial do corpo que protege os órgãos de lesões
mecânicas, alterações de temperatura, irradiação ultravioleta, agressões
químicas e de microrganismos. A cicatrização de feridas envolve atividade
celular com liberação de mediadores químicos, associados às respostas
vasculares. A fisioterapia pode influenciar o processo de reparação tecidual por
meio de recursos como o laser de baixa intensidade e o ultra-som pulsado. A
laserterapia é utilizada para tratamento de diversas patologias, e um de seus
principais objetivos é normalizar o processo de reparação tecidual. O laser de
baixa potência é uma luz favorável à promoção da cicatrização de feridas e
melhora nutricional do tecido, reduzindo a dor, edema, controlando o processo
inflamatório, aumentando a fagocitose, melhorando e acelerando o processo de
cicatrização. O ultra-som terapêutico é uma forma de tratamento não invasivo,
que possui efeito sobre radicais livres, microcirculação, mediadores do
processo inflamatório, infiltração celular e reparação dos tecidos moles,
podendo atuar sobre os tecidos e assim uma boa cicatrização. A irradiação
ultra-sônica promove o aquecimento dos tecidos biológicos devido à absorção
de parte da energia mecânica do ultra-som, causando um aumento do fluxo
sanguíneo local, ajudando a reduzir a lesão com uma melhor qualidade na
ferida cicatricial. Foram divididos 3 grupos de 8 animais cada, sendo o G-LIRR
(laser GaAsAl 830nm associado com o laser InGaAlP 685nm), G-LR (laser
InGaAIP 685nm) e G-USP (ultra-som pulsado). O laser InGaAlP e GaAsAl
modulados com a densidade de energia, potência e Watts de 10 J/cm2 e
irradiância de 35mW e o ultra-som pulsado foi modulado com a freqüência de
1MHz, 0,5 W/cm2. O experimento foi realizado durante 7 dias, sendo que no
oitavo dia, cada animal foi sacrificado. Foram fotografadas as lesões e
analisadas pelo índice de retração e fotogrametria computadorizada de cada
ferida dos ratos. Os achados obtidos neste trabalho permitem concluir que o GLIRR apresentou o maior resultado estatístico no processo de reparação
tecidual, com média de índice de retração de 57,6%, o G-LR obteve uma média
de 45,6% e o G-USP obteve o menor resultado estatístico com média de
36,5%.
Palavras-chave: Fisioterapia. Laser. Ultra-som pulsado. Reparação tecidual.
ABSTRACT
The skin has two layers with multiple functions, providing the most
extensive sensory organ of the body that protects the body from mechanical
injury, changes in temperature, ultraviolet irradiation, chemical attack and
microorganisms. The wound healing involves cellular activity with release of
chemical mediators, associated with vascular responses. The physical therapy
can influence the process of tissue repair through features such as low-intensity
laser and pulsed ultrasound. The laser is used to treat various diseases, and
one of his primary goals is to standardize the process of tissue repair. The lowpower laser is a light favorable to promoting the healing of wounds and
nutritional improvement of the tissue, reducing pain, swelling, controlling the
inflammatory process, increasing the phagocytosis, improving and accelerating
the healing process. The ultrasound therapy is a noninvasive form of treatment,
which has effect on free radicals, microcirculation, mediators of the
inflammatory process, cellular infiltration and repair soft tissue and can act on
tissues and thus a good healing. The ultrasonic irradiation promotes the heating
of biological tissues due to absorption of the mechanical energy of ultrasound,
causing an increase in local blood flow, helping to reduce the lesion with a
better quality of the wound healing. They were divided 3 groups of 8 animals
each, and the G-LIRR (laser GaAsAl - 830nm associated with the laser InGaAIP
- 685nm), G-LR (laser InGaAIP - 685nm) and G-USP (pulsed ultrasound). The
laser InGaAIP and GaAsAl modulated with the density of energy, power and
Watts, 10 J/cm2 and irradiance of 35mW and the ultrasound pulse was
modulated with the frequency of 1MHz, 0.5 W/cm2. The experiment was
conducted for 7 days, and on the eighth day, each animal was sacrificed. The
lesions were photographed and examined by the index of retraction and
photogrammetry computed for each of the injured rats. The findings in this study
suggests that the G-LIRR showed the biggest statistic result in the process of
tissue repair, with an average rate of shrinkage of 57.6%, the G-LR returned an
average of 45.6% and G - USP received the lowest statistic result with an
average of 36.5%.
Keywords: Physical Therapy. Laser. Pulsed ultrasound. Tissue repair.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Aparelho Laser .................................................................................. 21
Figura 2: Aparelho Ultra-som............................................................................ 21
Figura 3: Bomba de inalar éter para anestesia ................................................ 22
Figura 4: Régua ............................................................................................... 22
Figura 5: Aplicação dos pontos de Laser ......................................................... 25
Figura 6: Aplicação do Ultra-Som dentro e fora da lesão ................................ 25
Figura 7: Programa Imagelab®.......................................................................... 27
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Classificação dos lasers de baixa potência...................................... 18
Tabela 2: Teste de Tukey HSD......................................................................... 27
Tabela 3: Média percentual de retração comparativa por grupo...................... 27
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ATP: Energia
cm: centímetros
cm2 : centímetro quadrado
DE: Densidade de Energia
GaAlAs: Arseneto de Gálio e Alumínio
Hz: Hertz
He-Ne: Hélio Neônio
InGaAIP: Fosfeto de Índio Gálio e Alumínio
J/cm2: Joule por centímetro quadrado
MHz: Mega hertz
mm: Milímetros
mm2: Milímetros quadrados
mW: Miliwatts
Nm: Nanômetro
U.S.P.: Ultra-som Pulsado
W: Watts
W/cm2: Watt por centímetro quadrado
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................................. 11
1
CONCEITOS PRELIMINARES.............................................................. 13
1.1
Pele ........................................................................................................ 13
1.2
Úlcera ..................................................................................................... 14
1.3
Reparação tecidual ................................................................................ 14
1.4
Medida de prevenção............................................................................. 16
1.5
Laser....................................................................................................... 16
1.6
Ultra-som ................................................................................................ 18
2
O EXPERIMENTO ................................................................................. 20
2.1
Delimitação do Campo de Pesquisa...................................................... 20
2.2
Materiais e Métodos ............................................................................... 20
2.3
Experimentação ..................................................................................... 23
2.4
Divisão dos Grupos ................................................................................ 23
2.5
Procedimento ......................................................................................... 23
2.6
Resultados ............................................................................................. 26
2.7
Discussão ............................................................................................... 28
2.8
Conclusões............................................................................................. 30
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 31
APÊNDICES ..................................................................................................... 38
INTRODUÇÃO
A pele é a interface entre o meio ambiente e os seres humanos
protegendo órgãos de lesões mecânicas, alterações de temperatura, irradiação
ultravioleta, agressões químicas e de microrganismos. Ela também é um órgão
de sensibilidade tátil, que recebe estímulos de prazer e de dor, possibilitando a
avaliação dos seus arredores físicos. (STRUTZEL et al., 2007).
Segundo Cucé; Festa Neto (2001) a pele constitui o mais extenso órgão
sensorial do corpo, apresentando múltiplas funções.
A pele integra ou lesionada apresenta corrente iônicas naturais, geradas
pelo epitélio, sendo que o fluxo direto de correntes elétricas pelo organismo,
resulta em tecido saudável. (FERREIRA, 2005).
De acordo com Carvalho et al. (2001) a cicatrização de feridas é um
processo complicado, que envolve atividade celular com liberação de
mediadores químicos associados a respostas vasculares. É composta por uma
seqüência de eventos para o total fechamento da derme lesionada, sendo o
reparo constituído pelas fases de inflamação, proliferativa e remodelamento.
A fisioterapia pode influenciar o processo de reparação tecidual por
meio de recursos como o laser de baixa intensidade e o ultra-som pulsado, a
ação terapêutica é bastante complexa, induzindo efeitos locais, sistêmicos,
regenerativos, antiinflamatórios e antálgicos.
A úlcera resulta da perda de tecido, sua profundidade varia desde a de
uma erosão superficial até a perda profunda de substância, comprometendo a
derme, o tecido subcutâneo e as estruturas subjacentes. (PITONDO et al.,
2007; SILVA, 2007).
O laser de baixa potência tem sido usado nos processos de reparação dos
tecidos biológicos desde o final da década de 60. (MONTEIRO NETO, 2005).
De acordo com Braz et al. (2003) a laserterapia é utilizada para
tratamento de diversas patologias, e um de seus principais objetivos é
normalizar o processo de reparação tecidual.
O laser de baixa potência ocasiona aceleração da divisão celular,
redução de edema, diminuição do processo inflamatório e estimula um
aumento dos leucócitos que participam da fagocitose e uma maior síntese de
colágeno por parte dos fibroblastos, atingindo efeito antibacteriano de modo
anti-séptico e melhora na vascularização. (GUIRRO; GUIRRO, 2004).
A fisioterapia vem utilizando o laser de baixa potência para diminuir o
tempo de cicatrização de feridas e melhorar as condições do tecido
bioestimulado.
O ultra-som terapêutico tem sido utilizado por mais de 50 anos, sendo
uma das formas de tratamento não invasivo, que possui efeito sobre radicais
livres, microcirculação, mediadores do processo inflamatório, infiltração celular
e reparação dos tecidos moles. Podendo atuar sobre os tecidos e assim uma
boa cicatrização. (SGANZELLA, 2007).
O ultra-som é uma forma de onda mecânica, similar à onda audível, mas
com uma freqüência maior, suas ondas se propagam através dos tecidos e a
absorção da energia determina os efeitos biológicos.
A irradiação ultra-sônica promove o aquecimento dos tecidos biológicos
devido à absorção de parte da energia mecânica do ultra-som, causando um
aumento do fluxo sanguíneo local. (LIRANI, 2004).
Segundo Camargo (2006) estudos clínicos recentes mostram que o
ultra-som terapêutico tem sido utilizado para cicatrização.
A energia ultra-sônica aplicada com a necessidade orgânica é promover
potencial elétrico para disparar o mecanismo de reparo e acelerá-lo, restaurar o
fluxo sanguíneo, permitindo assim a continuidade da vida celular. (LIRANI,
2004).
O ultra-som terapêutico é um recurso físico muito empregado como
coadjuvante na promoção do reparo tecidual, promovendo uma melhor
qualidade na cicatrização.
As ondas ultrassônicas podem reduzir edemas, favorecer a circulação
sanguínea, relaxar a musculatura, aliviar a dor, acelerar o reparo tecidual e
modificar a formação de cicatriz. (BASSOLI, 2001; OLIVEIRA, 2005;
CAMPANELLI, 2004; FERREIRA, 2005; CAMARGO, 2006; MENDONÇA,
2006; ALFREDO, 2008).
De acordo com Pitondo et al. (2007) a utilização do laser de baixa
intensidade é eficaz em pacientes portadores de úlcera, pois age diretamente
na microcirculação, produz uma nova vascularização, melhora a nutrição do
tecido e beneficia a multiplicação celular, levando assim a reparação tecidual.
Após a realização da pesquisa foram levantados os seguintes
problemas:
Haverá diferença entre os grupos estimulados com laser de baixa
intensidade e o ultra-som pulsado?
1
CONCEITOS PRELIMINARES
1.1
Pele
A pele é composta pela camada superficial chamada epiderme e a
camada mais profunda chamada derme, que se unem numa zona de
membrana basal denominada lâmina basal, apresentando múltiplas funções
como defesas e proteção contra agentes físicos, químicos e biológicos do
ambiente. (CUCÉ; FESTA NETO, 2001).
A epiderme é uma camada epitelial escamosa estratificada que contém
muitos níveis diferentes de estrutura e função; e a derme é separada da fáscia
e do músculo por uma camada de tecido adiposo subcutâneo que permite à
pele mover-se livremente em relação às estruturas internas mais profundas.
(GOLDMAN; AUSIELLO, 2005).
De acordo com Cucé; Festa Neto (2001) a pele exerce funções
consideradas vitais ao organismo, sua perda mesmo que parcial, pode
representar incompatibilidade com a vida.
A superfície da pele desempenha importante papel na termorregulação
por meio de seus vasos e glândulas, tem função protetora contra os raios
ultravioletas, sendo relativamente impermeável devido à camada de queratina
que recobre a epiderme. (FERREIRA, 2005).
O conjunto de defesa do organismo é formado pela pele e mucosas, que
tem um papel de defesa mecânica e química através da constituição do epitélio
e das secreções. Graças aos seus componentes dérmicos é um órgão de
grande atividade imunológica. (SANTANA, 2006).
1.2
Úlcera
A úlcera é uma patologia crônica e progressiva, debilitando os pacientes
em aspecto físico, psicológico e social, sendo formadas quando ocorre a
quebra da continuidade da pele que pode ser caracterizada como uma ferida,
podendo afetar pele, músculos e ossos, ocasionada por fatores intrínsecos e
extrínsecos co-relacionados. (GUIRRO; GUIRRO, 2004).
De acordo com Braz et al. (2003) a úlcera é uma lesão dérmica, causada
por qualquer fator que agrida o equilíbrio hemodinâmico da circulação venosa
periférica, com os principais fatores destacando-se em idade, sexo, raça,
obesidade,
posturas
adotadas
no
trabalho,
influências
hormonais
e
traumatismos.
Úlceras são lesões em que há perda da continuidade da superfície
cutânea, podendo ser superficial ou profunda. (CUCÉ; FESTA NETO, 2001).
É
qualquer
interrupção
decorrente
de
quaisquer
interferências
patológicas, acarretando alterações na estrutura anatômica ou fisiológica
normais dos tecidos afetados. (CAMPANELLI, 2004).
Segundo Ferreira (2005) lesões cutâneas é decorrente de uma
insuficiência do fluxo sangüíneo e da irritação da pele, sendo ocasionadas por
fatores que afetam o equilíbrio hemodinâmico da circulação periférica e
venosa, se não tratadas podem evoluir para necrose, amputação do membro,
sérias complicações no atraso da reabilitação e podem levar a morte.
A reação do organismo frente às lesões inicia-se com o processo
inflamatório e ao final leva a regeneração ou a cicatrização dos tecidos
lesados. (SANTANA, 2006).
1.3
Reparação Tecidual
A pele é o maior alvo de lesões na maioria das pessoas e o processo de
reparação tecidual é dividido em três fases: inflamação, formação do tecido de
granulação
com
deposição
de
matriz
extracelular
e
remodelação.
(MENDONÇA, 2006).
Segundo Campanelli (2004) a inflamação é a resposta do corpo a lesão
tecidual, não importando quais os fatores causadores: térmicos, químicos,
traumáticos ou biológicos.
Dentro de 24 a 48 horas, ocorre à fase de inflamação aguda, é
considerado um processo preparatório para a formação do novo tecido,
caracterizado por alterações vasculares, esta fase vai de 1 a 10 dias, após a
lesão há hemostasia, e as células e elementos dissolvidos no sangue formam o
hematoma, onde as células migram e aderem na ferida. (KOEKE, 2003).
De acordo com Corazza (2005) após a lesão ocorre vasoconstrição para
controlar a hemorragia, durando de 5 a 10 minutos, em seguida ocorre a
vasodilatação das vênulas liberando substâncias vasoativas como a histamina,
serotonina e prostaglandina promovendo sinais da inflamação como dor, calor,
rubor, edema e perda de função, durante dois a três dias.
A finalidade fundamental da fase inflamatória é livrar a área de tecido
morto e secreções provocadas pela lesão tecidual. (FERREIRA, 2005).
O tecido de granulação começa a ser formado por volta do 4° dia após a
lesão, nesta etapa os fibroblastos acumulados misturam-se a neoformações de
capilares dando início ao tecido de granulação que é denso de macrófago,
fibroblastos e vasos neoformados. (CAMPANELLI, 2004).
Segundo Campanelli (2004) a matriz extracelular começa a ser
substituída por um tecido conjuntivo mais forte e mais elástico com ativação de
macrófagos na ferida e com a elaboração de fatores de crescimento
específicos, sendo o colágeno, principal componente da cicatriz de tecido
conjuntivo, iniciando o processo de contração da ferida promovendo o
fechamento do ferimento.
A remodelação consiste na reposição parcial do colágeno tipo III,
predominante no estágio proliferativo. As fibras colágenas tornam-se mais
espessas, resultando em maior resistência à tensão. (SILVA, 2007).
Durante os cinco primeiros dias de cicatrização de uma ferida de pele, o
potencial elétrico da ferida, resultante da ação da bomba de sódio e potássio
pode mudar de polaridade, devido ao aumento no número de células,
sugerindo uma mudança do potencial do processo de cicatrização. (CUCÉ;
FESTA NETO, 2001).
O processo de cicatrização ocorre para restaurar a integridade
anatômica e funcional do tecido. (MENDONÇA, 2006).
1.4
Medida de prevenção
Mudanças de decúbito, limpeza da ferida com substâncias anti-sépticas
e proteção por bandagens fazem parte do tratamento, mas como forma de
recurso para prevenir e auxiliar o processo de cicatrização das úlceras, sendo
eficaz juntamente com o processo de reparação tecidual. (GUIRRO; GUIRRO,
2004).
1.5
Laser
Laser é a abreviação da expressão inglesa Light Amplification by
Stimulated Emission of Radiation, que significa amplificação de luz por emissão
estimulada da radiação. (GUIRRO; GUIRRO, 2004; MONTEIRO NETO, 2005;
SILVA, 2007).
Segundo Kitchen; Bazin (1998) a estimulação elétrica não atua em nível
de órgão, músculo e vasos, mas sim em nível celular de microestruturas.
A aplicação da radiação laser é realizada por pontos com distância de
um centímetro aplicado na borda e no interior da lesão, onde toda a região
deve ser irradiada pela luz laser. (KITCHEN; BAZIN, 1998; PITONDO et al.
2007).
O laser de baixa potência é uma corrente polarizada e tem sido sugerido
como uma modalidade favorável à promoção da cicatrização de feridas,
melhora nutricional do tecido, acelerando em até 500% a produção de ATP,
controlando assim, sinais e sintomas do processo inflamatório, aumentando a
proliferação de fibroblastos, aumentando a síntese de colágeno e a
epitelização. Reduzindo assim a dor, edema, controlando o processo
inflamatório, aumentando a fagocitose, melhorando e acelerando o processo de
cicatrização. (KITCHEN; BAZIN, 1998).
O uso do laser de baixa potência acelera diversos processos e funções
celulares entre cicatrização e reparo de feridas, sendo um recurso
fisioterapêutico bastante utilizado. (CARVALHO et al., 2001).
De acordo com Guirro; Guirro (2004) o laser é uma emissão de luz
coerente, monocromática, com grande concentração de energia, capaz de
provocar alterações físicas e biológicas.
O efeito do laser na cicatrização de feridas é relacionado com o aumento
na formação de prostaglandinas, e este aumento contribui para aceleração de
reparo tecidual na fase inflamatória. (LIRANI, 2004).
A coerência da emissão é devido às ondas eletromagnéticas, que
possibilitam a elevada concentração de energia, para a utilização como
instrumento terapêutico ou cirúrgico (GUIRRO; GUIRRO, 2004).
Segundo Guirro; Guirro (2004) as respostas desencadeadas pela
radiação laser nos tecidos biológicos estão relacionadas com o comprimento
de onda, o regime de pulso e o nível de energia depositado, capaz de gerar
processos distintos como analgésicos ou bioestimulante.
O laser de baixa potência possui uma boa eficácia em feridas abertas e
úlceras buscando o bem estar do paciente e a melhora na qualidade de vida,
bem como acelerar o processo de reparação tecidual local. (VEÇOSO, 1993;
BRAZ et al., 2003).
De acordo com Reis (2006) a radiação luminosa do laser quando atinge
o tecido biológico pode ser refletida, transmitida, absorvida ou espalhada, e sua
irradiação possui capacidade de alterar o comportamento celular sem que seja
necessária a presença de aquecimento.
A quantidade de energia em uma superfície é expressa em joules por
metro quadrado ou joules por centímetro quadrado, geralmente é chamada de
densidade de energia, a potência média por unidade de área pode ser
expressa como irradiância ou densidade de potência em W/cm2 (Watts por
centímetro quadrado).
O laser de hélio-neônio (He-Ne) emite luz vermelha, pois tem o
comprimento de onda de 632,8 nm (nanômetro) e potência entre 30 mW
(miliwatts) a 50 mW. O laser de Arseneto de Gálio (GaAs), emite comprimento
de onda entre 904 nm, a uma potência de 10 a 15 mW sendo invisível e
pulsado. O Laser de Arseneto de Gálio e Alumínio (GaAlAs), emite um
comprimento de onda de 780 nm a 870 nm na faixa infravermelha, com uma
densidade de potência entre 20 mW a 100 mW. (RUARO, 2006).
Tabela 1. Classificação dos Lasers de baixa potência e seus comprimentos de onda.
Tipo de Laser
Comprimento de Onda
HeNe
633 nm
InGaAlP
633-700 nm
GaAlAs
780-890 nm
GaAs
904 nm
CO2
10.600 nm
Rubi
694 nm
Nd:YAG
1.064 nm
Fonte : Monteiro Neto, 2005.
1.6
Ultra-som
São ondas sonoras longitudinais não audíveis ao ouvido humano, essas
ondas ultra-sônicas são produzidas a partir da transformação da corrente
elétrica comercial em corrente de baixa freqüência, que ao incidir sobre um
cristal provoca compressão e expansão alternada (MACHADO, 2002).
Segundo Kahn (2001) o ultra-som pulsado produz efeito térmico que é
decorrente da absorção das ondas ultra-sônicas pelo tecido transformando em
calor,
é
indicado
em
situações
de
espasmos
neuromusculares
e
musculoesqueléticos, problemas em cicatrizes teciduais, verrugas, cistos, entre
outros, provocando hiperemia com vasodilatação e aceleração da circulação
linfática.
O cristal sintético é mais resistente a altas temperaturas e mais
maleável, aumentando com isto a durabilidade e a emissão do feixe transdutor,
é um dispositivo capaz de transformar uma forma de energia em outra, no
caso, elétrica em mecânica. (MACHADO, 2002).
De acordo com Ferreira (2005) as ondas ultra-sônicas podem propagarse no modo contínuo, que não ocorre interrupção da onda, tendo assim uma
liberação constante de energia nos tecidos irradiados ou no modo pulsado, que
há interrupções na liberação de energia nos tecidos irradiados.
Na fase inflamatória inicial do reparo, o ultra-som terapêutico acelera o
processo, aumentando a liberação de fatores de crescimento. (KOEKE, 2003).
O ultra-som pulsado de baixa intensidade é um método de tratamento
muito promissor para o reparo tecidual e não acelera somente a cicatrização,
mas também a redução de edema e dor.
A eletroterapia é contra-indicada em feridas quando associadas com
osteomielite, neoplasias, arritmia cardíaca e gravidez. (MACHADO, 2002).
Segundo Mendonça (2006) o efeito benéfico do ultra-som tem sido
demonstrado sobre diversos tecidos, inclusive a pele, destacando-se o
aumento da angiogênese, do tecido de granulação, do número de fibroblastos,
da síntese de colágeno, a diminuição de leucócitos e macrófagos, dentre outros
nas quais já tem sido demonstrado o aumento da velocidade de cicatrização, a
diminuição do número de células inflamatórias e a melhora da qualidade do
tecido neoformado, sendo o recurso físico mais utilizado no tratamento de
lesões de tecidos moles, podendo acelerar a reparação tecidual nos seus
diferentes aspectos.
Alguns estudos demonstram que intensidades acima de 0,5 W/cm² têm
efeitos deletérios no processo de reparação tecidual. (DOUAT, 2004).
O ultra-som pulsado minimiza os efeitos térmicos e maximiza os efeitos
mecânicos da irradiação, resultando em um aumento da síntese de colágeno,
que chega a 30% contra 20% com o ultra-som contínuo, para a mesma
intensidade. (MENDONÇA, 2006).
De acordo com Douat (2004) é contra indicado em útero gravídico,
metal, tumores, epífises infantis e tromboses venosas.
2
O EXPERIMENTO
2.1
Delimitação do Campo de Pesquisa
A pesquisa foi realizada no biotério do Centro Universitário Católico
Salesiano Auxilium, UNISALESIANO (unidade I), situada na Rua Dom Bosco,
265, Vila Alta do município de Lins-SP, no período de dezembro de 2007 a
janeiro de 2008.
2.2
Materiais e Métodos
Foi utilizado no experimento luvas de procedimento, máscara de
procedimento, gaiola, fita crepe, balança, balde, algodão, éter etílico, bomba de
anestesia (figura 3 - desenvolvida pelas autoras e baseada no estudo de
Corazza, 2005), caneta retroprojetora pilot WBM-7 azul, lâmina de barbear,
tesoura cirúrgica, pinça cirúrgica, pinça dente de rato, bisturi cirúrgico, água,
sabão, gaze, álcool 70%, soro fisiológico, máquina fotográfica digital da marca
olympus® x- 785 / 7.1 megapixel, régua (figura 4, desenvolvida pelas autoras),
aparelho laser (Thera Lase®) da marca DMC® (figura 1), óculos de proteção,
aparelho de ultra-som terapêutico da marca KLD® (figura 2), Gel Clínico para
uso em Fisioterapia, Medicina e Estética da marca RMC®.
Fonte: Elaborada pelas autoras (2008)
Figura 1: Aparelho Laser (Thera Lase®) da marca DMC®
Fonte: Elaborada pelas autoras (2008)
Figura 2: Aparelho Ultra-som terapêutico da marca KLD®
Fonte: Elaborada pelas autoras (2008)
Figura 3: Bomba de anestesia (desenvolvida pelas autoras)
Fonte: Elaborada pelas autoras (2008)
Figura 4: Régua (desenvolvida pelas autoras)
2.3
Experimentação
Foram utilizados 24 animais fêmeas (Rattus Norvegicus Albinus) da
variedade Wistar adultos jovens, com peso corporal médio de 254 gramas
(variando entre 249
284g), fornecidas pelo Biotério do Centro Universitario
Católico Salesiano Auxilium de Lins. Os 24 animais foram mantidos individualmente
em gaiolas e distribuídos aleatoriamente em 3 grupos, contendo 8 animais em cada,
com temperatura ambiente e livre acesso a água e ração.
2.4
Divisão dos Grupos
A divisão dos grupos se deu através do tipo de estimulação que cada
grupo recebeu G-USP, G-LR e G-LIA.
No G-USP os animais foram irradiados com a modulação em freqüência de
1Mhz , 0,5W/cm² durante 7 dias.
No G-LR (laser vermelho 685 nm) os animais foram irradiados com o laser
InGaAlP com DE (densidade de energia) de 10J/cm2 (Joules por centímetro quadrado)
durante 7 dias.
No G-LIRR (laser infravermelho 830 nm associado ao laser vermelho 685 nm)
os animais foram irradiados com o laser GaAsAI associado ao laser InGaAlP com DE
de 10J/cm2 durante 7 dias.
2.5
Procedimento
Foram pesados os 24 ratos e colocados individualmente em gaiolas
contendo ração, água, palha, fita de identificação com o nome do grupo,
responsável, data do início, peso, sexo e data de nascimento. Em seguida,
foram sedados e quando o mesmo se encontrava em estado bom para o
trabalho, era colocado na bomba de inalar éter para manter a sedação e ser
feita a tricotomia na região do dorso entre as escápulas, utilizando lâmina de
barbear, água e sabão. Após a tricotomia foi demarcada a área para fazer a
lesão e esterilizado o local com álcool 70%.
A área da lesão foi demarcada usando um punch estéril de
circunferência de 3 mm, a lesão foi feita com o rato permanente na bomba de
inalar éter, e ao término da lesão era colocado um algodão com soro fisiológico
para limpar o sangramento. Após a injúria foi fotografada a região, marcando a
área da lesão com uma régua numerada e identificada com os grupos, sendo
colocado em seguida na sua gaiola contendo somente ração e água. No dia
procedente a lesão deu inicio ao tratamento, os animais foram pesados no 1°
dia e no último dia do tratamento e fotografados com a régua no 1°, 4° e 8° dia,
o experimento foi realizado durante 7 dias, sendo que no oitavo dia, cada
animal foi sacrificado.
Os animais foram pesados no 1° dia e no último dia do tratamento,
cada rato foi anestesiado por inalação de éter etílico com a máquina de
sedação (desenvolvida pelas autoras), a tricotomia foi feita na região superior,
entre as escápulas, no dorso de cada animal, e após o ato, os animais foram
recolocados em gaiolas limpas individualmente possuindo ração e água a
vontade. Foram fotografados com a régua, após a lesão no 1º, 4º e 8º dia. A
lesão cortante foi realizada após a demarcação do local a ser lesionado, com
material cirúrgico. Tratados com laser GaAsAl e InGaAlP, na modulação de
35mW, 10J/cm2, e o aparelho ultra-som terapêutico de 1MHz, 0,5W/cm2
durante 5 minutos, tratados todos os dias após a lesão.
Após a sedação o animal foi colocado na bomba de inalar éter para
manter a sedação durante a aplicação do laser na lesão. Foi realizado a
assepsia do local com álcool 70% e a aplicação foi por 5 pontos, sendo um
ponto fixo no centro da lesão, e os outros 4 pontos no contorno da lesão. O
grupo G-LR foi estimulado com o laser InGaAlP nos 5 pontos, enquanto o
grupo G-LIRR foi estimulado nas bordas da lesão com o laser GaAsAl e no
ponto central da lesão com o laser InGaAlP, com 28s em cada ponto.
Fonte: Elaborada por PITONDO; NORONHA (2008)
Figura 5
Aplicação dos pontos de laser
Após a sedação o animal foi colocado na bomba de inalar éter para
manter a sedação durante a aplicação do ultra-som na lesão. Foi realizado a
assepsia do local com álcool 70% e colocado gel estéril no transdutor do ultrasom, para evitar a reflexão, redução da transmissão nos tecidos e diminuir o
perigo de queimadura, à aplicação durou 5 min, sendo 20s dentro da lesão e
20s ao redor da lesão.
Fonte: Elaborada por PITONDO; NORONHA (2008)
Figura 6: Aplicação do ultra-som dentro e fora da lesão
A região lesada dos animais foi acompanhada diariamente, através da
avaliação clínica; diâmetro da ferida, exsudato inflamatório e/ou crosta. Os
animais foram sacrificados com dose letal de DOPALEN® (Cloridrato de
ketamina).
2.6
Resultados
Foram fotografadas as lesões e todos os campos escolhidos foram
digitalizados e convertidos para o formato BMP, pois é um formato que apresenta a
menor taxa de compressão da imagem mantendo assim sua qualidade (PITONDO et
al., 2007; MARCELINO et al., 2008; PITONDO et al., 2008; NORONHA et al., 2008;
VERDELLI et al., 2008).
No processo de análise foram feitas às medidas da área, pela análise
morfométrica, passando para o programa de análise de imagem (IMAGELAB® figura 7) para medir as áreas de retração. Os resultados obtidos foram submetidos à
análise estatística utilizando o teste de Tukey (tabela 2), para verificar a presença de
diferenças significativas do percentual do índice de retração entre os grupos
experimentais.
Os dados obtidos na digitalização de imagens para % de índice de retração,
correspondem à média de 16 amostras de cada animal, sendo 8 pré (primeiro dia) e 8
pós (último dia) à lesão de cada grupo experimental e esses dados obtidos,
apresentam uma média em % de índice de retração comparada com os grupos (tabela
3), mostrando os valores médios dos grupos no 7º dia após a lesão. Pode-se observar
que o G-LIA apresentou maior percentual de retração com média de 56,5%, quando
comparados aos G-LR e G-USP com média de 45,6% e 36,5% respectivamente,
sendo que o G-USP apresentou pior resultado de índice de retração.
Figura 7: Programa ImageLab®
Il
I
I
Fonte : Elaborada pelas autoras (2008)
Tabela 2. Resultados do Teste de Tukey HSD, p<.005
G-LIRR
G-LIRR
G-LR
0,000175
G-USP
0,000197
G-LR
G-USP
0,000175
0,000197
0,000179
0,000179
Fonte: Elaborada pelas autoras (2008) Resultados do Teste de Tukey HSD, p<.005
Tabela 3. Média percentual de retração comparativa por grupo
Grupo
Média
G-USP
36,5
G-LR
45,6
G-LIRR
56,5
Fonte: Elaborada pelas autoras (2008)
Os achados obtidos demonstram que o G-LIRR apresentou diferenças
significativas no processo de reparação tecidual, com média de índice de
retração de 57,6%, o G-LR obteve uma média de índice de retração de 45,6%
e o G-USP obteve uma média de índice de retração 36,5%.
2.7
Discussão
O rato foi o animal escolhido por ser o modelo mais utilizado em estudos
com lesão, por ser de fácil manuseio e de baixo custo, o que favoreceu os
estudos (SGANZELLA, 2007; MENDONÇA, 2006; DOUAT, 2004; LIRANI,
2004; RASO, 2002; KOEKE, 2003; FERREIRA, 2005).
Existem vários estudos de amostras na literatura empregados no estudo
de cicatrização envolvendo a epiderme e derme com o rato Wistar no modelo
experimental. (MONTEIRO NETO, 2005; BALDAN, 2005; CORAZZA, 2005;
PITONDO et al., 2007; SILVA, 2007).
O presente trabalho optou por exclusão do grupo controle, pois estudos
comprovaram a eficácia dos grupos estimulados, quando comparado com o
grupo controle ou placebo. (MONTEIRO NETO, 2005; FERREIRA, 2005;
CORAZZA, 2005; BALDAN, 2005; PITONDO et al., 2007; VISNARDI, 2007;
MARCELINO et al., 2008; NORONHA et al., 2008; VERDELLI et al., 2008).
Neste trabalho, o período escolhido para análise foi de sete dias (fase
inflamatória) que representa com clareza o processo de migração e
diferenciação celular utilizado como parâmetro qualitativo do processo de
reparo. (DOUAT, 2004; SONNEWEND et al., [s.d.]; AMÂNCIO, 2003;
MARCELINO et al., 2008; NORONHA et al., 2008; VERDELLI et al., 2008;
PITONDO et al., 2008).
Segundo Pitondo et al. (2007); Silva (2007) o período escolhido para
avaliação foi o primeiro dia após a lesão comparando com o sétimo dia da
lesão pós tratados.
Os resultados obtidos neste trabalho vão de encontro aos relatados na
literatura, segundo os quais o laser de baixa potência normaliza a
microcirculação, resultando em neovascularização, ocasionando melhora na
nutrição do tecido lesado, tornando favorável a proliferação celular e,
conseqüentemente, normalizando a reparação tecidual. (MONTEIRO NETO,
2005).
Utilizado em diversos trabalhos por ser de fácil manuseio e fácil
aplicação, o laser escolhido foi o InGaAlP (685nm) e GaAsAl (830nm).
(MONTEIRO NETO, 2005; PITONDO et. al., 2007; MARCELINO et. al., 2008;
PITONDO et. al., 2008; NORONHA et. al., 2008; VERDELLI et. al., 2008.)
Pode-se concluir que a prática da fisioterapia com o uso do laser de
baixa potência como empregada nesta pesquisa, influenciou positivamente
apresentando um efeito cicatricial nas úlceras e evitando complicações durante
o tratamento. (NASCIMENTO et al., 2005; MONTEIRO NETO, 2005; PITONDO
et al., 2007; NORONHA, 2008; VERDELLI, 2008).
Segundo Wernech et al. (2005); Noronha et al., (2008) o tempo, o
tratamento e o comprimento de ondas tiveram influência na proliferação celular
em lesões irradiadas pela luz laser, com comprimento de onda de 685nm e
830nm.
O único parâmetro que ainda não está amplamente estabelecido é a
janela da dosimetria, por isso foi estabelecido uma janela comumente utilizada
em pesquisa e recomendadas para tratamento de úlceras. (MONTEIRO NETO
2005; PITONDO et al. 2007; MARCELINO et al., 2008; NORONHA et al., 2008;
VERDELLI et al., 2008).
Os resultados indicam que o tratamento com USP 1MHZ a 20%, 0,5
W/cm² de intensidade e freqüência de pulso de 100 HZ foi mais eficiente na
promoção do reparo tecidual. (DOUAT, 2004).
A proliferação, a aceleração no reparo do tecidual e a redução da tensão
tissular, levam ao fechamento total da lesão. Por fim o laser e o ultra-som se
mostram eficientes no tratamento das alterações de cicatrização, como
demonstrados nos resultados obtidos neste trabalho. (NOGUEIRA et al. (s.d.);
VERDELLI et al., 2008).
Os resultados obtidos neste trabalho vão de encontro aos relatados na
literatura, segundo os quais a irradiação ultra-sônica, melhora tanto a
velocidade da cicatrização, quanto à qualidade do tecido cicatricial.
(ANASTÁCIO, 2000; MENDONÇA, 2006; AMÂNCIO, 2003; SANTANA, 2006;
MARCELINO et al. 2008).
Ferreira (2005), conclui que a prática da fisioterapia com o uso do ultrasom de baixa intensidade favoreceu a cicatrização das lesões cutâneas por
segunda intenção.
De acordo com Campanelli (2004) a irradiação ultrassônica de baixa
intensidade promove a neoformação vascular.
O efeito do ultra-som pulsado de baixa intensidade promove um
resultado expressivo, pois todas as lesões tratadas cicatrizaram totalmente,
independentemente do tempo decorrido da lesão, área de extensão e sua
profundidade. (CAMPANELLI, 2004).
Segundo Santana (2006), o ultra-som acelera todas as fases de
cicatrização quando comparado com curativos diários.
Campanelli (2004) constatou considerável diminuição no tempo de
cicatrização das lesões cutâneas tratadas com o ultra-som pulsado de baixa
intensidade.
O ultra-som utilizado corretamente durante a fase de cicatrização
tecidual pode acelerar o processo, formando cicatriz mais forte e elástica com
propriedades mecânicas mais adequadas quando comparado à cicatrização
sem aplicação do ultra-som. (SGANZELLA, 2007).
2.8
Conclusões
Neste estudo, a análise experimental mostrou diferença significativa
entre os grupos tratados com laserterapia e ultra-som terapêutico.
Os resultados indicam que houve diferença entre o grupo laser GaAsAl
830nm associado com InGaAIP
685nm (G-LIRR), o grupo laser InGaAIP
685nm (G-LR) e o grupo ultra-som pulsado, com média do índice de retração
de 56,5%, 45,6% e 36,5% respectivamente
Perante os resultados da análise estatística, chegamos à conclusão que
o G-LIRR foi mais eficaz no tratamento devido a sua maior média em
porcentagem.
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APÊNDICES
APÊNDICE A
Roteiro de Entrevista com o Fisioterapeuta
I) Dados de Identificação
Nome:
Profissão:
Sexo:
Idade:
Escolaridade:
Experiências Profissionais:
Outras Experiências:
Residência:
Cidade:
II) Perguntas
1) Você conhece a técnica de Laser e Ultra-som pulsado para reparação
tecidual?
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2) Para o reparo tecidual quais recursos você utilizaria na fisioterapia?
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3) Em sua opinião qual deveria ser a prioridade no tratamento desses
pacientes?
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APÊNDICE B
Roteiro de Entrevista com o Médico
I) Dados de Identificação
Nome:
Profissão:
Sexo:
Idade:
Escolaridade:
Experiências Profissionais:
Outras Experiências:
Residência:
Cidade:
II) Perguntas
1) Você conhece a técnica de Laser e Ultra-som pulsado para reparação
tecidual?
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_______________________________________________________________
2) Para o reparo tecidual quais recursos você utilizaria na fisioterapia?
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3) Em sua opinião qual deveria ser a prioridade no tratamento desses
pacientes?
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análise comparativa do laser de baixa potência e