JESUÍTAS
Boletim trimestral . nº341 Janeiro/Março 2011
MAGIS 2011
Educação
JECSE
Moçambique
Informação aos amigos
LISBOA
Boletim trimestral | nº 341
Janeiro/Março 2011
JESUÍTAS
BREVES DA PROVÍNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
DA COMPANHIA EM RESUMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
MAGIS 2011. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
SOCORRO, ESTAMOS APAIXONADOS! . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
ENCONTRO PARA CAPELÃES E
COORDENADORES DA PASTORAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
boletim da PROVÍNCIA PORTUGUESA Janeiro/Março 2011
COM MOÇAMBIQUE NO CORAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
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MEIOS QUE UNEM O
INSTRUMENTO COM DEUS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Ficha Técnica
Jesuítas – Informação aos Amigos – Boletim bimestral; Nº 341; Janeiro/Março 2011
Director: Domingos de Freitas, SJ • Coordenação: Ana Guimarães • Redacção: Ana Guimarães; António Amaral, SJ; Avelino Ribeiro, SJ •
Propriedade: Província Portuguesa da Companhia de Jesus • Sede, Redacção e Administração: Estrada da Torre, 26, 1750-296 LISBOA (Portugal) • Telef.: 217 543 060; Fax: 217 543 071 • Impressão: Grafilinha – Trabalhos Gráficos e Publicitários; Rua Abel
Santos, 83 – Caparide - 2775-031 PAREDE • Depósito Legal: Nº 7378/84 • Endereço Internet: www.jesuitas.pt • E-mail:
[email protected] • Foto: Luís Mileu
Breves da PROVÍNCIA
O Padre Provincial nomeou o P. Hermínio Rico
Assistente Regional da CVX Além-Tejo. Esta nova
Região, constituída na última Assembleia Nacional da
Comunidade de Vida Cristã, resulta da divisão da CVX –
Sul. A maior parte dos grupos desta nova Região localizam-se, neste momento, em Évora.
Novos destinos
- O Esc. Miguel Pedro Melo, actualmente no 3º
ano de Filosofia, em Braga, fará o seu tempo de magistério na Província Chinesa. Deverá partir no próximo mês
de Agosto para Taiwan, onde irá começar os estudos de
língua chinesa, na Fu Jen Catholic University.
- No próximo ano lectivo, darão início aos estudos de Teologia quatro jesuítas que terminam o seu estágio de dois anos de magistério: em Roma, Fernando
Ribeiro, actualmente no CUPAV (Centro Inaciano do
Lumiar) e Francisco Campos, actualmente no Maputo,
Moçambique; em Taiwan, Francisco Machado, actualmente em Macau; e em Madrid, Francisco Martins,
actualmente em Cernache, Coimbra.
- O Esc. Nuno Branco, actualmente a frequentar
o 3º ano de Teologia, em Madrid, fará o seu 2º ciclo de
Teologia, em Paris, a partir do próximo ano lectivo.
P. Luís Ferreira do Amaral ao serviço
do JRS em África
Partiu no dia 4 de Fevereiro para a República
Centro-Africana o P. Luís Ferreira do Amaral. Ficará integrado na equipa do Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS)
naquele País e fará parte da comunidade dos jesuítas em
Bangui.
Visita ao Colégio das Caldinhas
O P. Provincial visitou o Colégio das Caldinhas
de 18 a 23 de Janeiro. A visita coincidiu com dias intensos de mobilização de educadores, pais e alunos em defesa do Colégio, reconhecendo o serviço público que presta
enquanto escola com contrato de associação numa região
com graves carências. Durante a visita, o P. Provincial
teve ocasião de participar numa reunião geral de educadores e deixou escrito aos jesuítas da Comunidade, a propósito da situação de instabilidade que se vive:
“Impressionou-me, nestes dias, constatar a mobilização e
unidade que esta situação veio gerar em toda a comunidade educativa. Todos os jesuítas têm, nesta ocasião, um
papel a desempenhar: para alguns, a responsabilidade de
decisões complexas e difíceis; e, para todos, o papel de
rezar, acompanhar e estar disponível para uma palavra de
ânimo e esperança”.
Ordenação diaconal de escolástico
angolano
No dia 16 de Janeiro, foi ordenado diácono, em
Kimwenza (Kinshasa, R. D. do Congo), o jesuíta angolano Américo Tarcísio. Fez o seus estudos de Teologia na
Costa do Marfim e, ultimamente, trabalhou na equipa do
JRS (Serviço Jesuíta aos Refugiados) em Bangui, na
República Centro-Africana. É o segundo jesuíta angolano,
depois da Companhia de Jesus restaurada, a receber o diaconado.
Ordenações
O Esc. Nuno Branco será ordenado diácono, no
dia 9 de Abril, às 18h, na Paróquia de São Francisco
Xavier e São Luís Gonzaga, em Madrid.
Os escolásticos António de Magalhães
Sant’Ana e Pedro Mc Dade serão ordenados presbíteros,
em Coimbra, no dia 9 de Julho.
Encontro da Província – 2011
O “Encontro da Província” (encontro anual dos
jesuítas portugueses), realizar-se-á em 2011, nos dias 29,
30 e 31 de Agosto, na Casa da Torre, Soutelo, junto de
Braga. Terá como tema: “Crise do Cristianismo e dos
valores na Europa - a nossa resposta”.
Novo Director da Revista Portuguesa
de Filosofia
Por proposta do P. Provincial, o P. Alfredo Dinis
nomeou o Prof. Doutor Manuel Sumares para o cargo de
Director da “Revista Portuguesa de Filosofia”. Mantémse como Vice-Director o P. Álvaro Balsas e como
Secretário o Dr. Artur Galvão.
JRS-Portugal reúne voluntários
Realizou-se em Lisboa, nos dias 19 e 20 de
Janeiro, o primeiro encontro de voluntários do JRSPortugal. Como resultado de um esforço de recrutamento
que decorreu em 2010, o JRS-Portugal conta agora com
45 voluntários que colaboram activamente na integração
de migrantes na sociedade portuguesa. O encontro - o primeiro de um conjunto de actividades de apoio aos voluntários pensadas pelo JRS-Portugal para este Ano Europeu
do Voluntariado -, contribuiu para melhorar a comunicação entre os voluntários e a equipa do JRS-Portugal e ajudou-os a compreender mais profundamente a missão, os
serviços e os projectos do JRS. Durante o encontro, o P.
boletim da PROVÍNCIA PORTUGUESA Janeiro/Março 2011
Nomeações
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Breves da PROVÍNCIA continuação
Paulo Teia enquadrou o trabalho do JRS no conjunto da
missão da Companhia de Jesus e o Dr. André Costa Jorge,
Director do JRS-Portugal, explicou o papel dos voluntários dentro da organização. Outros aspectos do trabalho
dos voluntários, como a integração e a tutoria social,
foram abordados pelo Dr. Hermano do Carmo, docente do
Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, e pelo
Dr. António Romero, psicólogo e docente no Colégio
Planalto, respectivamente. A reunião incluiu a apresentação de várias facetas do trabalho do JRS-Portugal por
parte de membros da equipa e foi encerrada pelo P.
Domingos de Freitas. Esta iniciativa foi coordenada e
desenvolvida pelo Gabinete de Apoio ao Voluntariado do
JRS-Portugal.
Exercícios Espirituais para jesuítas
Em 2011, são oferecidas três hipóteses de
Exercícios Espirituais, para os jesuítas. No Rodízio, de 22
a 30 de Julho e de 17 a 25 de Outubro, os EE serão orientados, respectivamente, pelos Padres Afonso Seixas e José
Carlos Belchior; na Casa da Torre, em Soutelo (Braga),
terão lugar de 20 a 28 de Agosto, com a orientação do
Padre António José Coelho.
boletim da PROVÍNCIA PORTUGUESA Janeiro/Março 2011
Refeitório Social - Portimão
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A Paróquia de Nossa Senhora do Amparo, em
Portimão, confiada ao P. Arsénio Castro Silva, neste
momento com o apoio do P. Estêvão Jardim, comemorou,
no dia 6 de Março, o 5º aniversário do Refeitório Social e
do Centro de Dia. O aniversário foi festejado na Eucaristia
Dominical e num convívio no Centro Social Paroquial.
Seminário de pintura na Faculdade de
Filosofia
Realizou-se em Braga, na Faculdade de Filosofia
da Universidade Católica Portuguesa, no passado dia 28
de Janeiro, um seminário dirigido a todos os que pretendem aprofundar o seu conhecimento e vivência da arte da
pintura. Pintores e outros artistas, professores, animadores
culturais e estudantes de belas-artes, tiveram a oportunidade de explorar as várias dimensões da obra de arte num
programa específico a desenvolver.
O orientador foi Nel Rodríguez Rial, professor
titular da Universidade de Santiago de Compostela. Autor
de uma vasta obra, defende a ideia de uma ciência estética baseada no carácter cognitivo do sentir, da sensibilidade e do sentimento.
Deixaram de pertencer à Companhia de Jesus os
noviços Alberto José e Constantino Cossa (Noviciado da
Beira - Moçambique) e o Esc. Pedro Luz, a fazer o magistério em Cernache.
Boletim “Jesuítas”
O boletim “Jesuítas” é enviado gratuitamente a
familiares, amigos e colaboradores.
Se desejar contribuir para as despesas de publicação e envio, pode fazê-lo por transferência bancária
para o NIB 0033 0000 000000 700 41 84, Millennium
BCP, ou mediante envio de cheque em nome de Província
Portuguesa da Companhia de Jesus, para Estrada da Torre,
nº 26 - 1750-296 LISBOA. Em ambos os casos, solicita-se
referência ao Boletim Jesuítas.
SINTA A ALEGRIA DE VER 0,5%
DO SEU DEVER CUMPRIDO!
Ofereça 0,5% do imposto que já paga ao Estado à Fundação
Gonçalo da Silveira, uma ONGD jesuíta que gostará de conhecer
melhor em www.fgs.org.pt
Para fazer o seu donativo, basta colocar um X e o nosso NIPC
no quadro 9 do anexo H na sua declaração de IRS. Assim:
A indicação do NIPC da Fundação Gonçalo da Silveira não terá custos rigorosamente nenhuns para si - o imposto a
pagar e o montante a receber nunca serão alterados.
Para mais informações acerca deste assunto, em particular, ou sobre a Fundação Gonçalo da Silveira,
em geral, por favor contacte-nos:
ONGD JESUÍTA
Estrada da Torre, nº 26 1750-296 Lisboa T +351 217 541 627 F +351 217 541 629
www.fgs.org.pt [email protected]
Breves da PROVÍNCIA continuação
relacionamento, muitas horas de empenho e de dedicação
e o apoio constante da professora Cláudia, do padre Pedro
Rocha Mendes, do nosso “chair” João Miguel e dos alunos ex-PEJistas.
É com actividades como esta, especiais e inesquecíveis, que o INA nos marca e nos forma de maneira
única, e é bom ter envergado de modo tão digno o emblema da nossa escola. Nunca esquecendo os princípios básicos da nossa formação, alcançámos a vitória: fomos cidadania, fomos compromisso, fomos serviço, fomos INA!
Inês Loureiro – Aluna do 11ºC
"Passo-a-rezar" comemora primeiro
aniversário
O sítio «passo-a-rezar», página que oferece orações na Internet, comemorou no dia 17 de Fevereiro o seu
primeiro aniversário, prometendo uma aposta renovada
neste “novo modo de rezar em português”. Os dados
divulgados, no final do primeiro ano de existência, referem 600 mil visitantes, dois milhões de downloads e 2,5
milhões de páginas visitadas.
Os responsáveis por esta iniciativa sublinham o
sucesso da “proposta diária de encontro com Deus”.
Música, páginas da Bíblia e momentos de reflexão marcam mais de uma dezena de minutos de proposta diária,
disponível em formato mp3 (áudio) para poder ser descarregada e ouvida “em qualquer lugar”. Quinze escritores,
trinta leitores e trinta editoras musicais tornam possível o
“passo-a-rezar”, referem os responsáveis.
A iniciativa já chegou ao Brasil e à rede social
Facebook, prometendo agora novidades: uma campanha
de donativos, uma “surpresa para a Semana Santa”, um
livro e “oração diária, para todos”.
O projecto www.passo-a-rezar.net é uma iniciativa do Secretariado Nacional do Apostolado da Oração,
uma obra da Companhia de Jesus que se dedica à promoção da oração pessoal.
INA vence no PEJ inter-escolas
O Instituto Nun’Alvres foi proclamado vencedor
da 2ª Sessão do PEJ – Parlamento Europeu de Jovens –
que decorreu no Externato Delfim Ferreira, em Riba d'
Ave. Foi nos passados dias 15 e 16 de Janeiro. O que
começou como um desafio, terminou numa vitória: o
tema, enquanto Comité da Cidadania, era polémico –
“Homossexualidade nas Escolas” – e exigiu um tratamento neutro e cuidadoso, ao longo de vários meses. Eis a
receita da vitória: uma delegação equilibrada e com bom
No dia 15 de Janeiro pelas 20.30, partia para o
Pai o P. José Lopes Rodrigues. Tinha 90 de idade e completaria 71 de vida religiosa dois dias depois da sua morte,
ou seja no dia do funeral: por significativa coincidência.
Nasceu o P. José Rodrigues na aldeia de Branca
(Albergaria-a-Velha) no dia 5 de Outubro de 1920. Depois
de ter estudado na Escola Industrial de Águeda, onde
completou o Curso Geral do Comércio, estudou ainda um
ano na Escola Apostólica de Macieira de Cambra. Antes
de partir para Macieira de Cambra, desempenhou o cargo
de Ajudante do Conservador da Comarca de Albergaria-aVelha, durante cerca de 2 anos.
Entrou na Companhia de Jesus a 17 de Janeiro
de 1940, no Seminário da Costa (Guimarães). Depois de
completados o Noviciado e o Juniorado, continuou os
seus estudos em Braga, onde se licenciou em Filosofia.
Partiu depois para a Teologia, começada em Oña
(Espanha) e terminada em S. Cugat del Vallès
(Barcelona), cidade onde foi ordenado em 31 de Maio de
1952, no 32º Congresso Eucarístico Internacional.
Depois de terminada a sua formação trabalhou
em várias casas, como Ministro, professor e Ecónomo.
Dedicou-se ainda ao ministério da pregação por várias
regiões de Portugal. Os últimos anos de actividade foram
passados na Póvoa de Varzim, na Residência do Sagrado
Coração de Jesus, dedicado sobretudo ao ministério da
pregação e da confissão.
Encontrando-se bastante debilitado de forças,
recolheu à enfermaria dos jesuítas de Braga, onde permaneceu durante poucos anos, primeiro em cadeira de rodas
e depois acamado.
Foi o P. José Rodrigues sempre muito responsável e cumpridor nos vários trabalhos que lhe foram encomendados.
Durante os anos que permaneceu acamado, apesar dos incómodos que essa situação supõe, sempre pudemos ser testemunhas da paz com que vivia a sua doença.
A sua morte foi como a sua vida, sobretudo nos últimos
tempos: serena e de paz no Senhor.
António José Coelho, SJ
boletim da PROVÍNCIA PORTUGUESA Janeiro/Março 2011
Memória - P. José Rodrigues (19202011)
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Da Companhia EM RESUMO
O Padre Geral nomeou:
- Provincial da Califórnia, o P. Michael Weiler;
- Provincial de Ranchi (Índia), o P. Xavier
Soreng;
- Superior Regional do Myanmar, o P. Mark
Raper, Presidente da Conferência Jesuíta da Ásia e
Pacífico .
Malta muda de Assistência
O Padre Geral transferiu a Província de Malta,
que até agora estava integrada na Assistência da Europa
Ocidental, para a Assistência da Europa Meridional, constituída por Portugal, Espanha e Itália. Esta transferência
tem efeito a partir do próximo dia 1 de Março. A posição
geográfica de Malta, o seu contexto cultural e a colaboração já existente com as Províncias da Europa Meridional
foram as razões que motivaram o Padre Geral a decidir
esta mudança.
Província de Chicago-Detroit
boletim da PROVÍNCIA PORTUGUESA Janeiro/Março 2011
O Padre Geral aprovou, em Novembro de 2010,
o decreto que une oficialmente as Províncias de Chicago
e Detroit numa entidade apostólica, conhecida agora
como Província de Chicago-Detroit (CDT). Esta união
entrou em vigor a 1 de Janeiro de 2011 e o P. Timothy P.
Kesicki é o novo Provincial.
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Os jesuítas na Ásia e no Pacífico
De 23 a 27 de Janeiro, realizou-se em Singapura
o encontro dos Superiores Maiores Jesuítas da
Conferência da Ásia e Pacífico, com a presença do Padre
Geral da Companhia de Jesus, Adolfo Nicolás, acompanhado pelo Padre Daniel Patrick Huang, Conselheiro
Geral. A Conferência dos Jesuítas da Ásia e Pacífico
(JCAP) é composta por treze unidades: sete províncias
(Austrália, China, Indonésia, Japão, Coreia, Filipinas e
Vietname) e seis regiões e missões (Camboja, TimorLeste, Malásia e Singapura, Micronésia, Myanmar e
Tailândia). Em Janeiro de 2011, havia 1.640 jesuítas nestas treze unidades, ou seja, cerca de 9% de todos os
17.772 jesuítas do mundo.
Amazon apoia JRS no Reino Unido
O JRS no Reino Unido estabeleceu um acordo
com a Amazon, mediante o qual 5% de qualquer transacção efectuada online reverte a favor do JRS para apoio às
deslocações dos refugiados para as suas entrevistas e consultas. As 120 libras já angariadas permitiram adquirir 30
passes de autocarro para refugiados sem apoio. Aceda
pelo link www.tinyurl.com/amazonjrs para garantir que as
suas compras geram um apoio de 5% aos refugiados e às
pessoas que pedem asilo.
Sudão – depois do referendo
Realizou-se, a 9 de Janeiro, um referendo sobre
o futuro político do Sudão. Apesar de o resultado não ter
sido ainda divulgado, tudo aponta para uma vitória do
sim, o que significa que o Sul do Sudão (de maioria cristã e animista) se declara independente do Norte (de maioria muçulmana). Se ganhar o não, o Sudão continuará a
ser um único país. A participação foi massiva e entusiasta
e os resultados são muito esperados.
A Companhia de Jesus está presente no Norte,
com uma comunidade em Cartum, que se ocupa de um
centro de espiritualidade inaciana e, no Sul, com duas
comunidades, em Rumbek e Wau. Nesta cidade, abriu há
pouco tempo a Loyola High School, num edifício que foi
durante muitos anos ocupado pelo exército. Em Juba,
capital do Sul, dois jesuítas trabalham na Universidade
Católica e no Seminário Maior.
Numa carta dirigida, em Dezembro, a todos os
jesuítas da África Oriental, o Provincial, Padre Orobator,
sublinha as tensões em relação ao referendo e menciona
que muitas organizações internacionais tinham abandonado o país por medo dos distúrbios. Diz ainda: “depois de
reflectir e proceder a consultas, informei os meus irmãos
que vivem e trabalham no Sudão que o meu desejo é que
permaneçam no país e continuem a trabalhar como antes
do referendo. Estou convencido de que esta opção é parte
da nossa vocação de dar testemunho da missão recebida
do Senhor e da nossa dedicação ao povo de Deus no Sul
do Sudão”.
c Jesuit Refugee Service
NOMEAÇÕES do Padre Geral
Da Companhia EM RESUMO continuação
Padre Arrupe morreu há 20 anos
Com a data de 5 de Fevereiro, o Padre Geral,
Adolfo Nicolás, escreveu uma carta a todos os jesuítas, na
comemoração dos 20 anos da morte do Padre Pedro
Arrupe, homem de grande fé e de entusiasmo contagiante. Nesta mensagem, o Padre Geral apela a três qualidades
que orientaram o Padre Arrupe e que julga necessárias ao
jesuíta de hoje, para cumprir a sua tarefa simultânea de
universalidade e de inculturação: o desapego total a lugares, cargos e privilégios, a imersão total no contexto da
missão de cada um e a total colaboração com outros,
jesuítas ou não.
jectos no sector da educação a que se destinaram 55% dos
fundos disponíveis, seguidos por projectos no sector da
pastoral com 32%, e finalmente o sector social, com 9%.
Quanto à distribuição geográfica dos subsídios, o montante maior foi destinado à Ásia, seguido pela Europa,
América Latina e África. Há a acrescentar, ainda, os montantes enviados para países que sofreram grandes terramotos (Haiti, Chile) ou devastadoras inundações (Paquistão).
Na carta que acompanhava esta informação, o P. Geral fez
um apelo à generosidade das Províncias para contribuir
para o FACSI como "sinal de solidariedade e de atenção
às necessidades mais urgentes da Companhia universal" e
reforçou a importância do envio para Roma da documentação na qual se dá conta do uso dos fundos concedidos.
Directório de sítios jesuítas na net
A Cúria Geral da Companhia de Jesus, em
Roma, publicou um directório bastante completo e classificado de todos os sítios jesuítas na Internet:
http://www.sjweb.info/resources/webguide.cfm.
FACSI
No ano de 2010, o FACSI – Fundo Apostólico e
Caritativo da Companhia de Jesus distribuiu 908.794€
(uma redução de 11,7% em relação ao ano anterior) destinados a 41 projectos e obras de diversas Províncias da
Companhia de Jesus.
Ao longo do ano, foram recebidos 63 projectos,
tendo sido aceites 41, no todo ou em parte. A Comissão de
escrutínio deparou-se, este ano, com um novo problema:
o montante total solicitado para levar a cabo os projectos
enviados ultrapassava em muito o fundo disponível. Em
consequência, salvo poucas excepções, houve que limitar
a concessão a um projecto por Província, seguindo, na
medida do possível, a prioridade expressa pelo Provincial.
Foram aprovados pela Comissão, em primeiro lugar, pro-
Com data de 14 de Novembro, o Padre Geral
dirigiu uma carta ao JRS (Serviço Jesuíta aos
Refugiados), por ocasião dos 30 anos da fundação desta
Instituição. "Desde 1980 até ao presente", escreve o Padre
Adolfo Nicolás, "o JRS recebeu muitas bênçãos de Deus,
pelo que me sinto muito unido a todos aqueles que fazem
parte desta família do JRS e a todos quantos têm trabalhado em favor dos refugiados.”
“Sinto-me satisfeito – continua o Padre Geral –
ao verificar que a celebração deste trigésimo aniversário
não é só ocasião de olhar o passado, mas também de antever o futuro. Não me compete discernir por vocês, mas
permitam-me partilhar algumas reflexões para a viagem
do JRS, nos próximos trinta anos”.
E depois de propor uma panorâmica das alterações que se têm dado no mundo dos refugiados, o Padre
Nicolás continua: “Como construir algo mais duradouro e
que fortaleça a humanidade daqueles com quem trabalhamos? Como havemos de ajudar a viver e a caminhar para
a reconciliação? Também me pergunto de que modo é que
o JRS poderá defender e promover mais activamente o
valor evangélico da hospitalidade, num mundo de fronteiras fechadas e de crescente hostilidade para com os estrangeiros. A hospitalidade é um valor profundamente humano
e cristão, que reconhece os clamores dos outros, não porque sejam da minha família, da minha comunidade, da
minha raça ou da minha fé, mas porque ‘ele’ ou ‘ela’ é um
ser humano que merece ser bem-vindo e respeitado. É a
virtude do bom samaritano que, no caminho, viu não o
membro de outra raça, mas sim o homem necessitado.”
E o Padre Geral conclui: “Quando o JRS olha
para trás agradecido, enquanto reflecte sobre lições aprendidas e trata de escutar novos chamamentos do Espírito de
Deus no nosso tempo, eu dou-lhes mil graças, o meu
apoio e as minhas preces”.
boletim da PROVÍNCIA PORTUGUESA Janeiro/Março 2011
Padre Geral escreve ao JRS
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Servidores da MISSÃO DE CRISTO
MAGIS 2011
MAGIS 2011 é o nome da grande experiência
inaciana que os jesuítas organizam para os dias prévios às
Jornadas Mundiais da Juventude, que se realizam em
Madrid, em Agosto próximo. As Jornadas são conhecidas,
assim como as multidões que atraem e a alegria contagiante que produzem.
O que é o MAGIS?
boletim da PROVÍNCIA PORTUGUESA Janeiro/Março 2011
Em latim, magis significa "mais". O MAGIS
2011 é um convite ao encontro com Cristo no meio da realidade, é a proposta dos jesuítas, feita a nível mundial, para
que 3000 jovens (dos 18 aos 30 anos) possam preparar-se
melhor e "viver por dentro" as Jornadas Mundiais da
Juventude.
O MAGIS 2011 consiste numa experiência pastoral, que se realiza nos dias anteriores às Jornadas , organizada pela Companhia de Jesus em Espanha e Portugal, juntamente com outras congregações religiosas de espiritualidade inaciana.
Esta iniciativa teve o seu início em 1997 (Jornadas
Mundiais da Juventude de Paris) e chamou-se MAGIS a
partir de 2005, em Colónia. Aconteceu posteriormente em
Sidney, em 2008, e de novo este ano, em Espanha e
Portugal, com o tema “com Cristo no coração do mundo”.
8
Santuário de Loiola (no País Basco espanhol), para começar esta aventura inaciana.
Entre outras actividades, haverá uma "Feira das
Nações", um “Musical MAGIS” e ainda uma celebração de
envio, com o Padre Geral dos jesuítas.
2ª – Experiências - de 8 a 14 de Agosto: os 3000
participantes serão distribuídos por vários lugares de
Espanha e de Portugal, em grupos de 25 pessoas. Aí participam em experiências de partilha internacional (cada
grupo terá 3 ou 4 nacionalidades).
Há experiências de todos os tipos e feitios: desde
uma peregrinação pelo caminho aragonês de Santiago, até
trabalhar com os sem-abrigo de Barcelona; desde montar
teatro de rua junto do Castelo de Xavier, até uma viagem
de barco pelo Cantábrico. Haverá ainda algumas experiências em França e em Marrocos (p.e. encontro com o mundo
islâmico em Asilah). E 18 delas serão em Portugal: seguir
a Rota da Lã e do Queijo na Serra da Estrela, "levar a alegria" às crianças hospitalizadas em Santo Tirso, aprender a
moldar o barro em Monsaraz, etc.
3ª - Madrid - 15 de Agosto: reunião de todos os
participantes num dia final de encontro e incorporação no
programa das JMJ.
Quem organiza?
A quem se destina?
A organização do MAGIS é assumida pelos jesuítas das Províncias de Espanha e de Portugal e por várias
congregações religiosas: as Escravas do Sagrado Coração
de Jesus, o Instituto das Irmãs de Santa Doroteia, as Filhas
do Coração de Maria, as Religiosas do Sagrado Coração de
Maria, as Religiosas de Jesus Maria, a Companhia de
Maria, as Religiosas da Assunção, as Missionárias
Xaverianas, as Filhas de São José, as Carmelitas da
Caridade, as Religiosas do Santo Anjo, as Religiosas do
Sagrado Coração de Jesus e ainda por movimentos de leigos como a CVX, a rede Iñygo e outras redes inacianas e
grupos MAGIS.
A experiência MAGIS é dirigida a jovens adultos
dos 18 aos 30 anos. A inscrição é realizada por país e termina a 15 de Maio. O preço inclui todas as despesas (esta-
Quando e onde se realiza?
O MAGIS terá três fases diferentes:
1ª - Loiola - de 5 a 7 de Agosto: encontro geral no
Servidores da MISSÃO DE CRISTO continuação
se resume numa oportunidade de rezar para crescer.
Tempo para acompanhar outras pessoas e
conhecer outros percursos. Ao conviver assim, provavelmente chega-se a descobrir muitas das razões que fazem
com que a vida seja um presente fascinante.
Partilhar o esforço e o descanso, as novas vivências, os sonhos, as viagens, os encantamentos e as histórias, com muitos outros que também se fazem ao caminho.
Acompanhar pessoas até aqui desconhecidas,
outros peregrinos, homens e mulheres diferentes... tudo
isso abre um horizonte novo.
Em que consiste afinal?
O MAGIS propõe uma experiência rica e diversificada, durante vinte dias, que passa por: partilhar o
tempo com outros jovens, celebrar a vida, aprender algo
sobre si mesmo, sobre o nosso mundo e sobre Deus. Tudo
Conviver com outros da mesma idade, em lugares novos, longe de casa; descobrir a riqueza que surge da
diferença; viver a amizade e o encontro.
Rezar para agradecer o bem, para procurar
Jesus, para conhecê-Lo, amá-Lo e segui-Lo... cada dia um
passo mais.
Celebrar o Deus que está presente e actua na
nossa história; procurá-Lo, com outros, e descobrir que
está no meio de nós.
Aprender a viver, a relacionar-se, a crescer, a
abrir os olhos, a rir, a escutar, a deixar-se surpreender, a
encontrar respostas.
adpatado por Ana Guimarães
consulte www.magis2011.org
boletim da PROVÍNCIA PORTUGUESA Janeiro/Março 2011
dia, alimentação e viagens), desde o dia 5 ao dia 21 de
Agosto, excluindo a viagem para Loiola e o regresso de
Madrid aos lugares de proveniência.
Em 2011, o Magis terá a sua edição mais internacional de sempre: de facto, haverá participantes dos 5
continentes. Além de norte-americanos e australianos
haverá peregrinos da América Latina (Argentina, Brasil,
Chile, Colômbia, México, Venezuela e Uruguai), asiáticos
(China, Índia, Indonésia, Líbano, Filipinas e Singapura) e
africanos (Etiópia, Quénia, Nigéria, Tanzânia e Maurício).
Realizando-se em Espanha e Portugal, o MAGIS terá um
grande número de participantes europeus (provenientes da
Áustria, Bélgica, Croácia, República Checa, França,
Alemanha, Hungria, Irlanda, Itália, Lituânia, Malta,
Holanda, Polónia, Portugal, Roménia Eslováquia,
Eslovénia, Suiça, Reino Unido e Espanha).
A procedência dos peregrinos fará do Magis uma
experiência de encontro e convivência com pessoas que
partilham a mesma espiritualidade em diferentes tradições
culturais, religiosas e linguísticas.
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Sentir e SABOREAR
boletim da PROVÍNCIA PORTUGUESA Janeiro/Março 2011
Socorro, estamos apaixonados!
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Eis senão quando, alunos, professores, pais,
direcções escolares, educadores não docentes, antigos alunos se juntam para gritarem e manifestarem o quanto gostam da sua escola. E assim, o que enche as páginas dos
jornais não são os casos de indisciplina ou mesmo violência, não são as críticas dos pais ao professores ou dos professores aos pais, não são as queixas de como é difícil
ensinar ou uma seca aprender. Por um momento, há uma
paixão que os une a todos. A paixão pela sua escola. É isto
que os faz correr. E só este facto merece reflexão. E só
este facto devia dispensar-nos de ler vis generalizações
sobre o vil dinheiro. Tão simples como isso.
No meio da leitura dos jornais, da participação
em grupos no FB, e viagens mais ou menos demoradas
pela blogosfera procuro ir arrumando as ideias. Um pressuposto óbvio. Não está certamente em causa uma qualquer desconsideração e muito menos um ataque ao Ensino
Público. O que está em causa é, antes de tudo, a reacção a
um corte orçamental injusto e cego que inviabiliza o futuro de muitas instituições de ensino. Está também em causa
uma visão redutora da educação. Na prática, apenas os
Projectos Educativos das Escolas Públicas do Estado parecem ter a credibilidade suficiente enquanto proposta a que
todos, independentemente das suas possibilidades económicas ou das suas convicções e valores, podem ter acesso.
Cada Projecto Educativo deve estar enraizado na
comunidade educativa e local em que se insere. Mas cada
Projecto Educativo está também alicerçado numa visão
concreta do ser humano. Cada Projecto Educativo estabelece horizontes de sentido que ajudam a dar futuro aos
alunos e a todos os que pertencem a uma comunidade
educativa. E isto não significa, de modo nenhum, que a
Escola se feche à diferença, à pluralidade e ao mundo.
Um dos mal-entendidos que está implicitamente
presente nesta questão é a ideia de que uma verdadeira
abertura ao mundo na sua diversidade implica a concepção da educação como um processo neutro. De acordo
com esta visão, a Escola apenas precisa de assegurar a
transmissão de valores mínimos de cidadania expondo,
sem grandes juízos de valor, os alunos à pluralidade. Mas
esta é a maior das ilusões. É impossível preparar e dar
uma aula ou ter uma conversa no corredor sobre a vida de
uma aluna ou de um aluno sem que em tudo isto estejam
implicados valores e os juízos que lhes correspondem.
Pretender que estes juízos podem estar enraizados numa
falsa neutralidade ou num Projecto sem horizontes é,
antes de tudo, uma falácia. De forma consciente ou
inconsciente, qualquer educador transmite valores e horizontes, seja na reacção a uma pergunta, na resolução de
um teorema ou numa piada sobre futebol. E não me restam dúvidas que o sexto sentido dos alunos capta esta
informação. É exactamente por isto que um Projecto
Educativo deve resultar da interacção entre os diferentes
elementos da comunidade educativa entre si (alunos, pro-
fessores, encarregados de educação, direcção da escola,
auxiliares educativos, etc) e da interacção da escola com
a comunidade local e os seus valores.
Naturalmente, ao Ministério da Educação compete assegurar que todos os Projectos Educativos em
vigor nas escolas portuguesas respeitem a nossa
Constituição, os Direitos Humanos e os valores da cidadania que aceitamos como comuns. Mas ao Ministério da
Educação não pode caber o papel de regular quais os
Projectos Educativos a que o acesso pode ser verdadeiramente livre e universal e aqueles a que o acesso é apenas
reservado a uma elite. Fazendo-o, está implicitamente a
dizer-nos quais são as directrizes pedagógicas e éticas que
entende serem as mais válidas. Fazendo-o agrava a quebra
acentuada da coesão social.
Os alunos passam na escola grande parte do seu
tempo. E estão na escola como pessoas inteiras e não
como seres humanos interiormente compartimentados.
Por isso mesmo, tantas teorias da educação nos dizem que
a escola tem que ser mais do que um 'supermercado de
aulas'. Por isso mesmo são valorizados os espaços de conversa e encontro entre mais velhos e mais novos, os espaços onde cada um e cada uma pode descobrir-se a si
mesmo e ao outro. Por variadas razões (estabilidade dos
professores, o envolvimento de antigos alunos, os projectos de intervenção social, a preocupação com a dimensão
artística e, em alguns casos, as actividades espirituais e de
aprofundamento da fé) as escolas com contrato de associação têm condições excepcionais para garantir que a
Escola seja, na prática, próxima da Escola sonhada por
tantas teorias da educação. Há aqui muitas possibilidades
que se abrem, mas também uma enorme responsabilidade.
Talvez por isso seja de esperar por parte do Ministério da
Educação uma especial exigência com as Escolas com
contrato de associação. Quem quer que já tenha estado
envolvido numa inspecção do Ministério a uma destas
escolas convive bem com essa exigência. Mas o que mais
custa aceitar é que essa exigência se transforme num
estrangulamento que pode levar ao desaparecimento de
escolas que tão bem fazem aos seus alunos, famílias e
educadores. Um estrangulamento que coloca em causa
uma manifestação pouco comum de verdadeira paixão
pela Escola.
José Maria Brito, SJ
Publicado no blogue “Toques de Deus” (Educação, Fé e
Justiça) em 15 de Janeiro de 2011
Encontro para capelães e
coordenadores da Pastoral
“Um fogo que acende outros fogos”
Estiveram reunidos em Loiola, de 9 a 12 de
Fevereiro de 2011, para participar no encontro do JECSE
(Jesuit European Committee for Primary and Secondary
Education), 29 jesuítas e 81 leigos responsáveis pelo trabalho pastoral em 76 dos 150 colégios da Companhia de
Jesus na Europa. Foram convidadas também duas pessoas
do Egipto, que não puderam vir pelas circunstâncias políticas que estão a viver. O encontro começou com uma
breve apresentação, em pequenos grupos, em que cada um
se apresentava a si e ao seu colégio, com uma imagem ou
objecto. Escolhi São João de Brito que, nascendo num
ambiente nobre, foi capaz de passar a “fronteira” do seu
mundo e levar Cristo a outro mundo tão diferente do seu.
Na quinta-feira, 10 de Fevereiro, a manhã foi
mais orientada para rezar e para conhecer melhor Santo
Inácio, o lugar onde nasceu e a maneira como se entregou
a Deus. Fomos convidados pelo P. Jaime Badiola
(Director do Colégio de Pamplona) a rezar em silêncio em
cinco lugares diferentes: a Casa de Santo Inácio, a Casa
do Beato Irmão Garate, a Capela de Nossa Senhora de
Olatz, a Enfermaria de Loiola e o Cemitério privado dos
Jesuítas de Loiola. Para cada um destes cinco lugares
havia uns pontos de oração e cada um, na sua liberdade,
podia escolher os lugares que quisesse. Foi uma experiência que, em geral, ajudou as pessoas a reacender o seu
fogo interior no fogo que animou Inácio e a Companhia
de Jesus. Houve ainda, no final da manhã, um pequeno
resumo sobre Santo Inácio, feito pelo P. Nikolaas Sintobin
(Província do Norte da Bélgica). No início da tarde, tivemos uma segunda sessão de trabalho de grupos com a pergunta de fundo “Quais são as fronteiras entre nós e os
jovens que temos que educar e acompanhar pastoralmente?” Depois do lanche, o P. Bernard Peeters (Província do
Norte da Bélgica) apresentou uma conferência sobre
“Jesus e as fronteiras” seguida de debate e comentários.
No final do dia, foi celebrada a eucaristia, seguida de jantar e de uma pequena confraternização.
Na sexta-feira, 11 de Fevereiro, o dia começou
com uma conferência do P. Jim Corkery (Província da
Irlanda), sobre o tema das fronteiras na Congregação
Geral 35ª. O Jim esteve presente na CG 35ª e deu-nos
várias pistas sobre como podemos entrar melhor no
mundo dos nossos jovens estudantes. Fomos convidados
a participar em dois workshops, à escolha entre vários. Eu
escolhi os temas “Como usar o Youtube para fins pastorais?”, dado por Nikolaas Sintobin, e “O uso da agenda
espiritual por adolescentes”, dado por Silvestre Falguera
do Colégio de Raimat, Lérida. Tivemos um terceiro
momento de pequenos grupos, em que cada um partilhou
o que tinha sido importante na experiência nos
workshops. Depois, no ofertório da missa, cada um dos
onze grupos apresentou a Deus os “frutos” do encontro.
Tivemos uma avaliação geral seguida de eucaristia na
Basílica de Loiola. Para finalizar tivemos um jantar festivo e um serão de danças, animado por um grupo de alunos do Colégio de Durango.
No sábado, 12 de Fevereiro, foi o dia de regressar e levar o” fogo” a cada um dos nossos colégios.
Avaliação pessoal - Foi a primeira vez que estive num encontro internacional sobre a pastoral dos
Colégios. Confesso que, até há bem pouco tempo, desconhecia o significado do JECSE. Tinha ouvido falar do
encontro do Porto, há dois anos, mas não tinha associado
com o JECSE.
Fiquei impressionado com o número de participantes: 110! Deu para perceber que “navegamos todos nas
mesmas águas”. Todos temos dificuldades em passar “as
fronteiras” deste mundo pós-moderno que nos separam
dos nossos alunos. Como dizia um elemento do meu
grupo, J. P. Morrison (Director do Colégio de Sto. Inácio
em Londres), os nossos alunos nasceram com a Internet
(digital natives) nós estamos a entrar (digital immigrants).
Todos temos vontade de estar mais próximos dos nossos
alunos e de partilhar com eles aquilo que temos de melhor
que é a nossa vida.
O facto de podermos partilhar uns com os outros
as nossas dificuldades e êxitos ajudou a criar um clima de
confiança e de fraternidade entre o grupo. As conversas
informais com outros leigos e jesuítas, ajudaram-me a
perceber a riqueza que temos no trabalho pastoral que
fazemos em Portugal.
O facto de ter sido em Loiola (para muitas pessoas foi a primeira vez que aí estiveram) ajudou a reacender o nosso pequeno fogo interior naquele fogo que animava Inácio.
A organização foi excelente, liderada pela
Marie-Thérèse Michel (francesa), juntamente com mais
três pessoas. O ritmo do encontro foi intenso e teve muita
variedade e por isso não foi nada monótono.
Abel Bandeira, SJ
boletim da PROVÍNCIA PORTUGUESA Janeiro/Março 2011
Sentir e SABOREAR continuação
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Sentir e SABOREAR continuação
Com Moçambique no coração.
boletim da PROVÍNCIA PORTUGUESA Janeiro/Março 2011
18 de Janeiro 2011, Lisboa - Maputo - Beira
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São 06h28 e estamos prestes a aterrar em
Maputo, graças à oportunidade que a Fundação Gonçalo
da Silveira nos deu de conhecermos o seu trabalho junto
das missões jesuítas nesta zona de África.
Nesta viagem, o Luis Mileu, o fotógrafo de serviço, e eu, tivemos a companhia do Ir. Andrade que tivera uma curta estadia em Lisboa. Lá fora estão 26 graus;
por isso está na hora de tirar o forro polar. A vista da janela é fantástica, África...
Fomos muito bem recebidos pelo Pe. François.
Levou-nos, juntamente com o Ir. Andrade, que parecia
agora mais tranquilo, para a Cúria Regional. Aí, com um
café e umas bolachas tipo Maria, tivemos uma breve, mas
agradável, conversa acerca da economia moçambicana e
da sua dependência externa. De regresso ao aeroporto,
aproveitou para nos mostrar um pouco de Maputo, a zona
das Embaixadas e a Marginal, perto do Hotel Polana. Foi
agradável rever estes sítios onde já tínhamos estado um
dia, de férias. África tem esta magia… a de querermos
sempre voltar!
Cerca do meio-dia, já no avião que fará o trajecto Maputo-Beira, esperamos que acabem de acomodar os
últimos passageiros para podermos partir. Atrás de nós vai
uma senhora de meia idade, numa maca, acompanhada
por um familiar; deve ir ou regressar de um hospital. A
esmagadora maioria dos passageiros deste voo é moçambicana. Estamos “moles”, o Mileu dá cabeçadas no ar com
o sono e eu vou-me rindo sozinho.
Chegámos à Beira, onde nos esperava o Pe.
Emílio. Fomos directos para o Noviciado, no Alto da
Manga. Passámos pelo centro da Beira que é um pouco
mais degradado que Maputo. É uma cidade mais pequena.
O resto da tarde foi passada no Noviciado onde conhecemos os noviços e algumas pessoas locais que aí trabalham.
19 de Janeiro de 2011, Beira - Nhangau
Tomámos o mata-bicho e logo o Pe. Emílio nos
levou a visitar a zona de Nhangau. Foi uma viagem fantástica, e é aqui que o trabalho de recolha de fotografias e filmagens começa. As vastas planícies alagadas das chuvas, o
verde da vegetação, as pessoas, o calor húmido que faz com
que a roupa se cole ao corpo, tudo nos aguça os sentidos.
Em cima da carrinha de caixa aberta, seguramos as câmaras e com o dedo pesado não damos descanso ao material.
Nesta visita conhecemos o Francisco Campos,
que se previa que nos acompanhasse durante toda a nossa
estadia em Moçambique mas, infelizmente, teve que partir nesse mesmo dia para Maputo.
Em Nhanduvo, conhecemos uma pequena
comunidade de agricultores muito carenciados. Estavam a
construir uma casa melhor para uma senhora idosa que
tinha cedido um pouco de terreno para a construção da
igreja da comunidade. Ao lado da sua casa de paredes de
colmo, surgia aos poucos uma casa com paredes de argila
ainda coberta de colmo. Tinha sido a contrapartida, o que
na verdade espelha um pouco o modo de estar deste povo...
Na comunidade piscatória de Njalande, as pessoas mostraram-se menos amistosas e mais desconfiadas.
Estávamos acompanhados pelo Secretário da
comunidade que nos guiou numa curta visita. A pesca é
feita em moldes totalmente artesanais, desde os barcos
escavados em troncos de árvore até todo o processo de
descarregamento e transporte do pescado.
O calor estava insuportável e difícil de tolerar. É
complicado explicar o que sentimos nesta altura da viagem… tanta informação em tão pouco tempo torna difícil
gerir a emoção!
Um país com tanto potencial, em tantas áreas e,
no entanto, com tantas carências.
Será falta de oportunidades, falta de ajuda, falta
de vontade? Para já, achamos que são os três factores.
De tarde, dirigimo-nos ao Centro Kamtedza, onde
estão os candidatos. Ainda fomos a tempo de conhecer os
rapazes que estavam quase de saída para um jogo de futebol com os noviços, como nos contou o escolástico Eliseu.
Regressámos ao Noviciado ao fim da tarde, mas
com a promessa de jantarmos com a Dra. Anette, uma
médica pediatra alemã que trabalha no hospital da Beira e
ensina medicina na Faculdade da Beira. Fomos buscá-la
em frente ao Centro Pe. Cirilo e dirigimo-nos a um restaurante perto.
A Dra. Anette falou-nos de como veio parar a
Moçambique com o marido, e da sua vocação precoce
Sentir e SABOREAR continuação
20 de Janeiro de 2011, Beira - Centro P. Cirilo
Do Centro Padre Cirilo pode dizer-se que é um
bastião da educação na Beira. Acolhe os estudantes da
cidade funcionando como um local de estudo e investigação. Os estudantes podem usufruir da biblioteca, da sala
de informática e da tranquila zona de estudo. Nos andares
de cima do edifício estavam reunidos os principais nomes
da Companhia de Jesus em Moçambique, para a reunião
anual. O Padre Virgílio Arimateia, Superior da Região
Moçambicana, fez as honras da casa e foi num almoço
informal que fomos apresentados aos restantes membros
da Região Moçambicana. Comemos muito bem e não
podíamos ter sido melhor recebidos.
21 de Janeiro de 2011, Beira - Tete - Angónia
A viagem para Tete começou bem cedo. Às
06h30 partia o autocarro para uma longa viagem de mais
de seis horas. Finalmente, vimos os famosos embondeiros, grandes e imponentes que iam salpicando a berma da
estrada fazendo por vezes sombra a pequenos aglomerados de palhotas que surgiam ao longo do caminho.
Chegados a Tete, fomos até à igreja, ao encontro
do Pe. Miro. Foi já ao jantar que a nossa boleia para a
Angónia apareceu - o Ir. João Luís. Comemos rapidamente, pois não havia tempo a perder; esperava-nos uma nova
viagem de seis horas pois o camião, que ia carregado com
cebolas, batatas, alhos, pneus de tractor e outras coisas
mais, iria certamente circular devagar nas subidas para o
planalto da Angónia.
Foi uma viagem extenuante mas animada. O Ir.
João Luís conseguiu manter a conversa acesa ao longo de
todo o caminho. Houve até direito a dar boleia a um polícia que nos mandou parar a meio do caminho e foi confortavelmente instalado nas traseiras do camião, entre o pneu
de tractor e as cebolas. África!
22 a 25 de Janeiro de 2011, Angónia
Chegámos finalmente à Missão de Fonte Boa,
pelas 03h00 da manhã, onde o Ir. João Luís nos mostrou
o quarto onde iríamos ficar nos próximos dias. Foi na
manhã seguinte que voltámos a encontrar o Ir. Andrade,
que viera directo de Maputo para Fonte Boa, dias antes, o
Pe. Paco, o Pe. Oliveira e a Leiga Elizabete. O Pe. Vítor,
Superior da Missão, havia saído dias antes para o Malawi,
onde foi participar num colóquio acerca do HIV.
Depois de um mata-bicho regado de boa conversa, começaram os trabalhos de reportagem no internato
dos rapazes e depois no das raparigas. As longas distâncias
percorridas pelas crianças até à escola são uma das maiores barreiras ao ensino em Moçambique. Torna-se muitas
vezes impossível fazer uma viagem de ida e volta no
mesmo dia; assim, estes internatos possibilitam que várias
crianças possam ter acesso ao ensino longe de suas casas.
Apesar de apresentar algum estado de degradação, o internato masculino já tem camaratas, muitas delas
com rede mosquiteira. Já o internato feminino ainda carece de tal “luxo”. As meninas dormem em colchões de
espuma assentes no chão. No internato masculino, a
Fundação Gonçalo da Silveira fez um trabalho de grande
melhoria, apesar dos pesares. O ambiente era de alguma
azáfama em ambos os internatos, a época escolar iria
começar no dia seguinte e muitos colegas reencontravamse após as férias grandes.
boletim da PROVÍNCIA PORTUGUESA Janeiro/Março 2011
para trabalhar em países em vias de desenvolvimento.
Falou-nos da problemática do SIDA, tuberculose, malária
e dos danos provocados pelas águas não tratadas. Não
acredita nas estatísticas pois, pelo que vê diariamente no
hospital, é muito difícil ter dados fidedignos. Para ela o
SIDA é um problema de saúde mas, acima de tudo, um
fenómeno social, começando na prevenção e terminando
na exclusão.
O Francisco falou-nos um pouco da história da
Companhia de Jesus e todo o trabalho dos jesuítas pelo
Mundo.
O tema da corrupção foi quente e é algo que tem
vindo a crescer nos últimos anos. Para quase tudo é preciso pagar suborno. Às vezes, até para poder trabalhar é preciso pagar para garantir o lugar, como é o caso de alguns
professores.
O Francisco até referiu algo muito curioso acerca da hierarquia social: é muito comum continuar a haver
o papel de “chefe” de uma região, cargo hereditário de
antiga tradição cultural. É uma figura aceite pelas autoridades e que serve entre muitas coisas de “juiz” local.
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boletim da PROVÍNCIA PORTUGUESA Janeiro/Março 2011
Sentir e SABOREAR continuação
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Uma das experiências mais marcantes teve lugar
numa pequena comunidade a cerca de 10km de Fonte
Boa. Acompanhámos o Pe. Paco a uma comunidade próxima onde iria, primeiro, celebrar uma missa e, depois,
fazer o acompanhamento dessa comunidade, e de outras
comunidades vizinhas, durante os cinco dias seguintes.
Tudo o que levou consigo foi a sua preciosa bicicleta!
Seguimos então caminho com o Pe. Oliveira para uma
comunidade isolada onde iria fazer escala. Esta semana,
iria celebrar missa ali, para regressar apenas quatro semanas depois. Nos caminhos de terra batida, agora enlameada, encontrámos muitas pessoas de comunidades vizinhas
que, em jeito de romaria, se dirigiam para a capela de argila e colmo, bem no centro da comunidade, rodeada de
várias cubatas.
O coro ensaiava os seus cantares à sombra do
colmo do telhado da igreja; o ritmo marcado com o bater
e arrastar dos pés no chão e as vozes cristalinas e fortes do
grupo de homens, mulheres e crianças conseguiu arrancar
de nós uma emoção como há muito não sentíamos. Os
olhos húmidos e o nó na garganta lembraram-nos novamente que esta estava a ser a experiência de uma vida!
Fomos calorosamente acolhidos pela comunidade; embora não tivesse sido trocada uma palavra em português, o Chichewa (dialecto local) era para nós uma
quente melodia de sons.
No final da celebração foi preparado um almoço
para o Padre e seus acompanhantes e para as pessoas das
comunidades vizinhas que ali se tinham deslocado.
Saboreámos, ali mesmo na igreja, peixe seco do rio, frango, legumes e massa de milho. Uma delícia!
As visitas a dois dos orfanatos de crianças órfãs
do SIDA foi breve mas intensa; as mamãs da comunidade
que acompanham estas crianças apresentaram-nos às
crianças e elas logo retribuíram com sorrisos abertos e
uma carinho surpreendentes! Foi uma festa fotografá-los
e mostrar-lhes o resultado de imediato.
A viagem à Mpenha, com o Ir. Luís e o Pe.
David, foi condicionada por um dilúvio intenso que apenas nos deixou escapar da carrinha directos para o abrigo
da igreja no topo da colina. “Fugimos” para Lifidzi onde
o Sol conseguira vencer a chuva. A igreja da Missão é
imponente, bem de frente para quem chega na larga estrada de terra ladeada por árvores, como quem abraça a casa
da Missão e o Internato. Mais uma vez, a azáfama era
grande pois haviam começado as aulas.
Os jantares em Fonte Boa eram sempre animados. A Leiga Elizabete, que lecciona as aulas de português
na escola da Missão, era a mais enérgica! Já na sua segunda temporada em Fonte Boa, foi quem mais partilhou connosco as preocupações com as lacunas estruturais e falta
de qualidade do ensino no país, o elevado nível de corrupção mesmo ao nível educativo, e carências de material
escolar mais básicas. Não nos esquecemos dos compassos
que prometemos enviar, Elizabete!
No último fim de dia em Fonte Boa, a missa na
capela da missão com alguns dos alunos do internato foi
marcante. Marcante pela intensidade, pela alegria e simpatia, e talvez já pela nostalgia do adeus.
26 de Janeiro de 2011, Angónia - Tete Maputo – Lisboa
Está na hora do regresso. De facto, Maputo não
é Moçambique, como já muitas vezes tínhamos ouvido
antes de aqui chegarmos. Moçambique é muito mais do
que uma cidade. É um povo quente, é uma terra rica com
gente pobre, é alegria com muito pouco, é uma saudade
que fica gravada no coração para sempre. É também um
país onde os jesuítas e a Fundação Gonçalo da Silveira
trabalham muito, e trabalham bem. E mesmo que nos
pareça que a sua ajuda é uma “gota no oceano”, nós ficámos com a certeza de que é uma gota muito importante!
Zikomo kwambiri (muito obrigado), Moçambique.
Carlos Guedes - Designer Interactivo / Videógrafo
Luís Mileu - Designer Gráfico / Fotógrafo
Meios que unem O INSTRUMENTO COM DEUS
Abril
Junho
Exercícios Espirituais
Exercícios Espirituais
3 DIAS
07 a 10 | em Palmela, com o P. António Vaz Pinto
14 a 17 | no Rodízio, com o P. Manuel Morujão
14 a 17 | no Rodízio, com o P. António Vaz Pinto
15 a 18 | em Soutelo, pé descalço, com o P. Lourenço
Eiró
3 DIAS
02 a 05 | em Soutelo, com o P. Mário Garcia
09 a 12 | em Soutelo, com a Drª. Alzira Fernandes
09 a 12 | em Soutelo, com o P. Carlos Carneiro
Maio
Exercícios Espirituais
2 DIAS
20 a 22 | em Soutelo, “amigos de rua”, com Teresa
Olazabal
3 DIAS
05 a 08 | na Costa Nova, com o P. Filipe Martins
05 a 08 | em Soutelo, com o P. José Carlos Belchior
12 a 15 | no Rodízio, Exercícios Espirituais e
Renovamento Carismático, com o P. Jorge
Oliveira
12 a 15 | em Soutelo, pé descalço, com o P. Nuno Tovar
de Lemos
19 a 22 | no Rodízio, com o P. Carlos Azevedo Mendes e
o Esc. Fernando Ribeiro, sj
19 a 22 | no Rodízio, com o P. Gonçalo Castro Fonseca
19 a 22 | no Rodízio, EE temáticos*, com o P. Sérgio Diz
Nunes
19 a 22 | em Soutelo, com o P. António Valério
7 DIAS
01 a 08 | em Soutelo, com o P. Luís Maria da
Providência
09 a 16 | no Rodízio, com o P. Miguel Almeida
8 DIAS
09 a 17 | no Rodízio, com o P. Luís Maria da Providência
13 a 21 | em Soutelo, com o P. Manuel Bello
18 a 26 | em Palmela, com o P. António Vaz Pinto
18 a 26 | na Costa Nova, com o P. António Costa e Silva
24 a 02 Jul | em Fátima, com o P. Hermínio Vitorino
CASAIS
06 a 08 | em Soutelo, com o P. Mário Garcia
* “Comprometer-se”
8 DIAS
17 a 25 | em Fátima, com o P. Luís Maria da Providência
20 a 28 | em Soutelo, com o P. Dário Pedroso
Consulte o programa anual em www.jesuitas.pt
boletim da PROVÍNCIA PORTUGUESA Janeiro/Março 2011
8 DIAS
13 a 21 | no Rodízio, com o P. Sérgio Diz Nunes
15 a 23 | em Soutelo, com o P. Mário Garcia
4 DIAS
09 a 13 | no Rodízio, com o P. João Norton
22 a 26 | em Soutelo, com Madalena Abreu e o P. Luís
Maria da Providência
22 a 26 | em Soutelo, com o P. Vasco Pinto de Magalhães
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JanMar 2011 - Jesuítas em Portugal