JORNAL DA MEDIUNIDADE LEEPP Impresso Especial 7317034806/2006-DR/MG LEEPP LIVRARIA ESPÍRITA EDIÇÕES “PEDRO E PAULO” UBERABA-MG – INFORMATIVO JULHO/AGOSTO/SETEMBRO CORREIOS – ANO 2012 – N.º 32 EDITORIAL V ENCONTRO DOS AMIGOS DE CHICO EM VOTUPORANGA – SP, 8 E 9 DE SETEMBRO Neste ano de 2012, em que se recorda o 10º da desencarnação do inesquecível Médium, o V ENCONTRO NACIONAL DOS AMIGOS DE CHICO XAVIER E SUA OBRA será realizado, nos dias 8 e 9 de setembro, em Votuporanga, Estado de São Paulo, importante cidade que concentra, com outras da progressista região de São José do Rio Preto, um dos mais dinâmicos movimentos do Espiritismo no Brasil. Uma vez mais, estaremos reunidos para estudar a Obra Mediúnica da lavra de Francisco Cândido Xavier, em consonância com os luminosos textos da Codificação, procurando, ainda, colocar em destaque os exemplos de vida do Médium que, durante 75 anos, serviu a Jesus com extrema fidelidade. Neste V ENCONTRO, a temática doutrinária desenvolvida girará em torno da Obra de André Luiz, que, sem dúvida, veio nos descortinar a Vida em maior amplitude, mostrando a interação existente entre os Dois Planos em que nos movimentamos, nas sendas da Evolução. A Obra de André Luiz é revolucionária. Se estudada a fundo, a partir de “Nosso Lar”, ela faz com que, gradativamente, a nossa mente se desloque, passando a entender o Plano Espiritual – e o Plano Físico! – como sendo apenas e tão-somente um dos múltiplos Planos em que o espírito jornadeia. Sobretudo, junto à Obra de Emmanuel, nos proporciona outra concepção do próprio Espiritismo, doutrina natural que nada tem a ver com o formalismo das religiões – todas elas já ultrapassadas. A Doutrina dos Espíritos, como enfatizava Chico Xavier, nasceu livre e precisa continuar livre, sem quaisquer dogmas e organizações que a venham transformar como o Cristianismo, infelizmente, subjugado aos interesses humanos, se transformou. O ENCONTRO DOS AMIGOS DE CHICO E SUA OBRA, pois, em realidade, é um movimento em defesa do Cristianismo Redivivo, no qual não nos reunimos para cultuar a memória do Médium, mas, sim, para continuarmos dando vitalidade ao seu trabalho, o qual nunca foi sectário, porque com ele aprendemos que ser espírita é adotar uma postura íntima na qual, acima de quaisquer rótulos, somente o amor à Verdade e a verdade do Amor devem nos interessar. Lançamento TEL/FAX: (34) 3322-4873 [email protected] www.leepp.com.br - Uberaba-MG Temos preços especiais para CLUBE DO LIVRO www.leepplojavirtual.com.br www.leepplojavirtual.com.br MAIS 10 ANOS COM CHICO XAVIER, SEMPRE! Evidentemente, nossos irmãos de Ideal, que ainda mourejam no corpo carnal não ficaram, e nem hão de ficar, sem a presença de Chico Xavier, pois, na condição de desencarnado, o seu espírito não se afastou e nem há de se afastar das lides do Evangelho Redivivo! Ao contrário, portanto, de 30 de junho de 2002 a 30 de junho de 2012, temos, os adeptos da Doutrina, dos Dois Lados da Vida, mais 10 anos com Chico Xavier, sempre, e não 10 anos sem ele. Não olvidemos que o trabalho de espiritualização da Humanidade se encontra apenas em seus primórdios, no qual, se o Cristo é o seu mais ativo trabalhador, nenhum espírito há que possa reivindicar descanso ou transferência a Plano Superior. Chico, liberto das limitações que a existência no corpo naturalmente impõe a quem nele vive e, por que não dizer, das circunstâncias algo adversas do meio, próprias de um mundo de provas e expiações, está agora muito mais atuante e participativo. Corporificando-se na Terra, em laboriosa trajetória de 92 janeiros, através de sua Obra Mediúnica e de seus magníficos exemplos, ele deixou sobre ela a sua marcante influência – influência que ele, anteriormente, já estabelecera no Mundo Espiritual, mor mente nas dimensões mais próximas, habitadas por homens desencarnados que, igualmente, continuam a revelar-se carentes da Mensagem do Cristo! Com espíritos da envergadura de Chico Xavier, o trabalho jamais se interrompe – em qualquer quadrante do Universo, físico ou extrafísico, ele simplesmente se desdobra, sem que sofra www.leepplojavirtual.com.br a menor interrupção. O pensamento de Chico Xavier, por fiel intérprete do Pensamento do Cristo, paira sobre toda a Humanidade, transcendendo o âmbito do próprio Espiritismo. As suas ideias, propagando-se como ondas luminosas, do Oceano Cósmico alcançando as praias do Mundo Material, podem ser percebidas e traduzidas, em palavras mas, principalmente, em obras, por todos aqueles que lhes ofereçam espontânea sintonia, sem que, necessariamente, tenham que se rotular de “médiuns”. Inútil, pois, que queiram calar o espírito de Chico ou dele se apropriarem – seria o mesmo que impedir que o Cristo prosseguisse falando à consciência de todos os homens! Chico Xavier está com quem sempre esteve e estará: conosco! As últimas palavras de Jesus, anotadas no Evangelho de Mateus, capítulo 28, versículo 20, foram justamente estas: “E eis eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos”! Embalados por saudosismo injustificável, façamos calar em nós, sobre o atual paradeiro de Chico Xavier, todas as especulações contrárias ao que nos aponta o bom senso e a lógica, porque o espírito dele, fiel servo de Jesus Cristo, em seu íntimo, como escreveu Paulo de Tarso, desde muitos séculos, não possui outras palavras para nos dizer senão estas: “... já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim...”! INÁCIO FERREIRA Uberaba, MG, 25 de junho de 2012. Extraído do Blog “Mediunidade na Internet” www.inacioferreira-baccelli.zip.net www.leepplojavirtual.com.br Página 2 Chico, JORNAL DA MEDIUNIDADE JULHO/AGOSTO/SETEMBRO a menina e a janela “Tesouros Perdidos” Na rua, o caos no trânsito belohorizontino. No correio, cabisbaixa, a funcionária se ressentia do excesso de trabalho e chamou o próximo da fila. Era um homem trazendo uma carta simples. Percebendo a cara amuada da atendente, falou: “Belo dia! Nada nos falta, não é?” Ela sorriu sem graça e o senhor completou com bom humor, dando tapinhas na sua própria barriga avantajada: “Nada nos falta mesmo, certo?” Gordinha, a funcionária não resistiu à cena e riu, ainda acanhada. Ele sacou do bolso uma foto e mostrou-lhe: “Veja que bonito! É Chico Xavier!” Olhando o retrato, ela abriu o sorriso e exclamou: “Ah! O Chico! Eu tinha três anos de idade quando isso aconteceu, mas nunca me esqueci daquela janela! Parece que foi ontem!...” Intrigado, o homem perguntou: “Sim, moça, mas que aconteceu?” Ela continuou: “A família de meu pai é de Pedro Leopoldo, e nós – meu pai, minha mãe, minha irmã e eu – saímos de Itabira e chegamos a Belo Horizonte, depois de seis horas de viagem. Seguimos, então, para Pedro Leopoldo, onde encontraríamos meu avô, para que ele nos conhecesse.” Olhando para si mesma, disse: “Eu era uma menina franzina, fraca!... Estava debilitada e doente. Nada parava no meu estômago. Hospedamo-nos na casa do vovô.” Fez uma pausa. Precisava buscar na memória. “Continue...” – pediu o homem curioso. A mulher prosseguiu: “O meu tio Nuca, que frequentava com Chico Xavier o Centro Espírita Luiz Gonzaga, foi nos visitar e ficou comovido em me ver naquela Maria Cristina Baracat situação, choramingando o tempo todo. Ele pediu aos meus pais me levarem ao Centro Espírita. Meus pais, muito católicos, ficaram receosos, mas meu avô intercedeu e eles permitiram.” A trabalhadora silenciou e arrancou a lembrança boa do fundo da alma: “É como se fosse hoje. Eu só tinha três anos de idade! Quando cheguei ao Centro Espírita Luiz Gonzaga, o Chico me pegou no colo e levou para uma janela onde havia uma paisagem que nunca esqueci. Era uma paisagem como qualquer outra, dessas de Minas Gerais, mas era diferente. Não me lembro do que ele falou para mim, nem do seu rosto, mas a música que ele cantou para mim, não esqueci”. O senhor interrompeu: “E que música era?” Ela sorriu e começou a cantar com suavidade, como se o tempo parasse: “Mãezinha do Céu, / eu não sei rezar. / Só sei repetir. / Eu quero te amar. / Azul é o teu manto, / branco é o teu véu. / Mãezinha, eu quero / te ver lá no Céu!” Em silêncio, com discretas lágrimas escorrendo pelo rosto, o senhor continuou ouvindo: “Depois, ele me deu um copo d’água para beber e disse que nunca mais iria sofrer daquele mal”- completou a senhora. “Aconteceu mais alguma coisa?” – perguntou o homem. Completamente calma, a mulher explicou: “Só sei o que a minha mãe me contou, anos depois. Cheguei em casa e dormi muito, um sono tão profundo, que ficaram preocupados. Nunca mais tive nada de mal; recuperei a saúde. Mas... aquela janela... a paisagem... não esqueci jamais. Nem a canção!” De “O LIVRO DOS ESPÍRITOS” 452 – É verdade que certas circunstâncias desenvolvem a dupla vista? - A doença, a proximidade de um perigo, uma grande comoção podem desenvolvêla. O corpo encontra-se às vezes num estado particular, que permite ao espírito ver o que não podeis ver com os olhos do corpo. De “O LIVRO DOS MÉDIUNS” 4. Por quais motivos a permissão de comunicar-se pode ser recusada a um espírito? “Pode ser uma prova ou uma punição para ele ou para quem o chama.” (Cap. XXV – Das Evocações). De “O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO” “O primeiro cuidado de todo espírita sincero deve ser o de procurar saber se, nos conselhos que os espíritos dão, alguma coisa não há que lhe diga respeito.” (Cap. XVIII – “Muitos os Chamados, Poucos os Escolhidos”). De “O CÉU E O INFERNO” “A Igreja não nega, de modo algum, o fato das manifestações; ela as admite todas, ao contrário, assim como se viu nas citações precedentes, mas as atribui à intervenção exclusiva dos demônios.” (1.ª Parte – Cap. XI – “Da Proibição de Evocar os Mortos”). De “A GÊNESE” “A ideia da perpetuidade do ser espiritual é inata no homem; ela existe nele, no estado de intuição e de aspiração. Ele compreende que unicamente nisto está a compensação das misérias da vida: é devido ao fato de que tal ideia sempre existiu que há e sempre haverá mais espiritualistas que materialistas e mais deístas que ateus.” (Cap. XI – Gênese Espiritual). www.leepplojavirtual.com.br www.leepplojavirtual.com.br Wantuil Novaes (Atibaia - SP) Conversando um dia destes com um grande amigo, a quem carinhosamente chamo de “Comandante Brandão”, colocamonos a refletir sobre os “tesouros escondidos” na obra complementar de Chico Xavier. Por exemplo, em “Missionários da Luz”, André Luiz, depois de contemplar-nos com suas observações acerca do processo de psicografia, da epífise, do desenvolvimento mediúnico, do vampirismo, da influenciação, da oração, chegando ao socorro espiritual, nos diz: “...De modo geral, as condições de luta para os enfermos são mais difíceis à noite. Os raios solares, destroem grandes parte das criações mentais inferiores dos doentes em estado melindroso, não acontecendo o mesmo à noite, quando o magnetismo lunar favorece as criações de qualquer espécie, boas ou más... Quase ninguém no circulo de nossos irmãos encarnados conhece a extensão de nossas tarefas de socorro”. Quem não se sente melhor em um dia ensolarado do que em um nublado ou chuvoso? Quando estamos com alguma enfermidade, por que geralmente pioramos à noite? Meu Deus! Lemos e não enxergamos, não prestamos a devida atenção e não estudamos... Quantos “tesouros escondidos” ao nosso alcance, sem nos darmos conta?!!! E, no decorrer de nossa conversa, ele me fez a tradução de trecho de uma obra prefaciada com data de março de 1918 – “The New Revelation” – do ilustre escritor e médico britânico Sir Arthur Conan Doyle, que, nascido na Escócia, ficou mundialmente famoso por suas histórias sobre o detetive Sherlock Holmes. Lembremos que o fenômeno das mesas girantes não se limitava a Paris da época de Kardec, mas ocorria com grande intensidade por todo o mundo. Como nos diz Irmão José na excelente obra – “Vianney, Cura d’Ars” – “As mesas dançantes chegaram a ser consideradas pelo Padre Ventura de Raulica, um dos mais brilhantes da Teologia Católica da época, como o maior acontecimento do século!”. Assim, Conan Doyle, participando também das famosas mesas na Inglaterra, nos traz as seguintes informações: “Dois comunicadores enviaram mensagens, o primeiro deles soletrou o nome “Dorothy Postlethwaite”, um nome desconhecido de qualquer um de nós. Ela disse que morreu em Melbourne, cinco anos antes, na idade de dezesseis, que ela agora estava feliz, que ela tinha trabalho a fazer, e que ela havia estado na mesma escola que uma das senhoritas. Quando pedi à moça para dar uma sucessão de nomes, a mesa inclinou-se para o nome correto da diretora da escola. Isto teve a característica de um teste. www.leepplojavirtual.com.br Veio a dizer que a esfera habitada por ela estava em volta da Terra; que ela sabia sobre os planetas; que Marte era habitado por uma raça mais adiantada que nós, que os canais eram artificiais; não havia dor física em sua esfera, mas poderia haver ansiedade mental; eles eram governados; eles se alimentavam; ela tinha sido católica e ainda continuava católica, mas não estava melhor do que os protestantes; havia budistas e muçulmanos em sua esfera, mas todos se sentiam da mesma forma; ela não tinha visto Cristo e não sabia mais sobre ele que quando estava na Terra, mas acreditava em sua influência; espíritos oravam e morriam em sua nova esfera antes de entrarem em outra; tinham prazeres: música estava entre eles. Aquele era um lugar de luz e sorrisos. Ela disse ainda que não havia ricos ou pobres e que as condições gerais eram bem mais felizes que na Terra”. Reflitamos bem! Inglaterra, março de 1918. Uma esfera espiritual em volta da Terra, Marte habitada por uma raça superior a nossa, assim como traz D. Maria João de Deus em “Cartas de uma Morta”. Ela estava feliz e tinha trabalho; eles eram governados; poderia haver ansiedade mental e se alimentavam; também no mesmo livro encontramos, no capítulo – A Convalescença dos Desencarnados – a informação: “Alimentação e tratamento, tudo se assemelhava estritamente ao que se pode verificar na face do Orbe, até mesmo certas bagatelas que constituíam motivos de prazer para alguns, como o uso do tabaco ou de beberagens preferidas...”; a jovem Dorothy era católica, assim continuava e não estava melhor que os protestantes. Relata ainda que budistas e mulçumanos eram os mesmos. Olhe que interessante! Alguém já ouviu nosso caro Dr. Inácio Ferreira nos alertar que o Plano Espiritual não é espírita, como muitos pensam? Se tivermos este entendimento, quando lá chegarmos, não nos decepcionaremos. Mas continuemos nosso estudo. Ela não tinha visto o Cristo, mas percebia sua influência; não havia classes sociais; tinham prazeres e a música estava entre eles; eram felizes. E, para terminarmos, atentemos para seguinte detalhe: os espíritos oravam; e eles MORRIAM em sua nova esfera antes de entrarem em outra... E, pensar que o Dr. Inácio é praticamente anatematizado no “meio espírita” por nos convidar a “pensar” sobre o assunto... Ah! Quanto ainda temos a estudar!!! Quantos “tesouros escondidos” nas quase 500 obras do nosso querido Chico esperam para serem descobertos? Não sei! www.leepplojavirtual.com.br JORNAL DA MEDIUNIDADE JULHO/AGOSTO/SETEMBRO CELEBRAÇÃO Resgate a celebração da vida plena! Ame e doe, deslumbrando-se do nascer do Sol, que se inflama de ventura, festejando a Vida! Aceite as dificuldades da existência como alguém que se imprime em si mesmo a vontade de avançar e servir. Não vacile nem resista ante os que rugem com as falácias do Mal... Contribuia, porém, com o imenso Bem a ser feito. Distribua Amor a quem quer que seja e, diante de seus olhos, sempre você terá um arco-íris repleto de flores entreabertas... Fecunde o seu ser de Caridade, amenizando o ódio, permutando a alegria do convívio e doando-se por inteiro a quem chore sem ninguém. Reconheça que estamos, todos, famintos de amor, de sinceridade, de paz e de conforto espiritual. Márcia Queiroz Silva Baccelli Aprenda, pois, você, a dividir com outros o místico pão que lhe sobeja da alma bem-formada, a dar as mãos fraternas a quantos estejam sozinhos ao relento da sorte e a partilhar o que lhe sobeje com os pequeninos carentes... A vida, em toda parte, é plena de convites para a prática do Bem, a cada instante. Saiba beber da água pura do poço da Esperança e permita saciar a própria sede na linfa salutar, que tanto purifica quanto reanima! Ore e trabalhe, estendendo mãos fraternas a quem sofra. Então, sua existência converter-se-á em sublime cântico de bênçãos! Siga, sem temor, morro acima, e celebre com os que perto estejam ou longe de seu coração a indefinível ventura de viver para fazer o próximo feliz!... CHICO XAVIER?” Hércio Marcos C. Arantes Luizinho” (talvez por ser lembrado como tio de Eurípedes), que se destacou como clarividente. (2) O impresso referido foi passado de mão em mão e, quando chegou a vez do Tio Luizinho, ele colocou-o sobre a mesa, com a foto de Chico Xavier à vista, ao lado do livro lido no Culto – O Evangelho Segundo o Espiritismo, antiga edição encadernada, da FEB, que apresentava, na capa, a imagem de Kardec em alto-relevo e, virando-se para Heigorina, que estava ao seu lado, perguntou-lhe: — Menina, você sabe quem é Chico Xavier? E, com o dedo indicador, ele apontou para as duas figuras, ora para uma, ora para outra, por duas ou três vezes. Heigorina, surpreendida, entendeu a mensagem, permanecendo calada e pensativa, nunca mais se esquecendo dessa interessante revelação do querido e respeitado Tio Luizinho. (Extraído da “Folha Espírita”, maio de 2003) Notas: 1 – Desencarnada em 1961, foi biografada pela Prof.ª Corina Novelino em seu livro Eurípedes, o Homem e a Missão, IDE, cap. 18, onde, ao referir-se à sua residência, escreveu: “Naquela chácara de luz e amor, refúgio de paz, tão amado por Eurípedes, entretecido por emanações purificantes, a doce, Sinhazinha passou as últimas décadas de sua proveitosa e anônima experiência terrena a espargir benefícios.” Ela e seus familiares participavam do Culto realizado na casa de sua mãe, D. Meca, até quando esta desencarnou, em 29/01/1952. A partir daí, D. Sinhazinha passou a efetuar o Culto em sua própria residência. 2 – Tio Luizinho, irmão de D. Meca, mãe de Eurípedes, regressou à Pátria Espiritual em 27/09/1959, em avançada idade. www.leepplojavirtual.com.br A Espada do Amor Tiago Silva Baccelli “MENINA, VOCÊ SABE QUEM É Relatou-nos a estimada irmã Heigorina Cunha, a médium dos excelentes livros Cidade no Além (em coautoria com Francisco Cândido Xavier e Espíritos André Luiz e Lucius) e Imagens do Além (Espírito Lucius), em sua residência, na chácara que pertenceu aos seus pais, em Sacramento-MG, na tarde de 1.º de março de 2002, o seguinte: Em 1952, ao final de um Culto Cristão Familiar, dirigido por sua mãe, Eurídice Miltan Cunha, mais conhecida por D. Sinhazinha (1), irmã de Eurípedes Barsanulfo, foi mostrado aos presentes um pequeno impresso constando, numa das faces, uma mensagem psicografada por Chico Xavier, e na outra uma foto deste médium. Foi quando, pela primeira vez, Heigorina ficou conhecendo a fisionomia do psicógrafo, que então residia em Pedro LeopoldoMG. Naquela reunião íntima comparecia o devotado médium Luiz Ferreira da Cunha, chamado carinhosamente, por todos, de “Tio Página 3 www.leepplojavirtual.com.br Do Evangelho de Mateus, cap. X, vv. 34 a 36: “Não penseis que eu tenha vindo trazer a paz à Terra; não vim trazer a paz, mas a espada; - porquanto vim separar de seu pai o filho, de sua mãe a filha, de sua sogra a nora; - e o homem terá por inimigos os de sua própria casa”. Seguindo a premissa do tema, avaliamos que muitos teólogos e estudiosos dos textos sagrados, dentro das mais diversas ramificações do Cristianismo, seguem fomentando discussões ou optando por não comentar o referido assunto, em seus textos ou preleções. Inconcebível admitir que Jesus, a Personificação do Amor na Terra, tenha falado contra a família!... Por isso, “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de “Allan Kardec”, no capítulo XXIII - “Estranha Moral”, traz comentários da Espiritualidade Amiga acerca do sentido das palavras do Senhor. No entanto pedimos licença ao leitor para esboçarmos pequeno reflexo do nosso pensamento sobre o assunto... Compreendemos que o Mestre sabia, com presciência, de todas as contendas e lutas que se travariam em torno de seu Nome, no decorrer dos milênios. Por tal motivo, reconhecia que, em determinado período de tempo, durante múltiplas encarnações, todos nós, como personagens da História Terrena, possivelmente, estaríamos nos reencontrando diversas vezes por estes arraiais; não apenas em posição de paz e concórdia, mas também em posição de confronto e embate. Sem falar a respeito da divisão do “joio e do trigo”, que, certamente, colocará laços de amizade e carinho numa situação de maior proximidade ou de distância, dependendo do progresso espiritual alcançado por cada um. Contudo, refletimos que o Senhor veio trazer a Paz, apenas nos alertando que não a alcançaremos sem luta; e que muitas destas contendas ocorrem no seio da própria família! Salientando que perante Deus somos todos irmãos, independente da cor, do credo ou de qualquer outro fator discriminante! A falta de fé é apenas uma alavanca do medo, que intenta nos impedir de crescer e expandir as naturais possibilidades que encontramos na Terra em torno do aprendizado no amor. Em nenhum momento nos Textos Sagrados encontramos o Cristo nos incentivando à guerra, mas apenas à concórdia e à paz! O Bom Combate que todos devemos travar é, sim, aquele que se refere à nossa renovação íntima! Recordamo-nos do que Chico Xavier dizia: “Tudo é amor. Até o ódio, o qual julga ser a antítese do amor, nada mais é senão o próprio amor que adoeceu gravemente”. e-mail: [email protected] blog: http://thiagosilvabaccelli.zip.net/ NÃO TEM PREÇO Por mais lutes e sofras, Não barganhes com a treva. Jamais contemporizes Com o erro e com a mentira. Por aplauso e elogio, Não te ponhas à venda. Nem que fiques sozinho, Não cedas no ideal. Resiste à tentação Do poder que corrompe. A consciência em paz É bem que não tem preço. Irmão José (Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião pública do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, na manhã de sábado do dia 14 de julho de 2012, em Uberaba - MG) www.leepplojavirtual.com.br www.leepplojavirtual.com.br Página 4 JORNAL DA MEDIUNIDADE JULHO/AGOSTO/SETEMBRO J O R N A D A D O U T R I N Á R I A E S P Í R I T A O “CENTRO” DE NOSSAS COGITAÇÕES Carlos Baccelli visita Santa Catarina pela primeira vez Médium proferiu 5 conferências em quatro dias; esteve em Joinville, maior cidade do Estado, e em São Francisco do Sul, na casa espírita mais antiga de Santa Catarina e uma das mais antigas do Brasil A primeira jornada de conferências espíritas do médium e orador Carlos Baccelli em Santa Catarina foi coroada de Espiritualidade e boas vibrações. Baccelli permaneceu no Estado entre 6 e 9 de julho, proferindo palestras em Joinville, maior cidade do Estado, e ainda nas cidades de Gaspar, no Vale do Itajaí, e Barra Velha, Penha e São Francisco do Sul, no litoral norte. Entre os momentos mais significativos da jornada de conferências, esteve a visita ao centro espírita mais antigo de Santa Catarina e um dos mais antigos do Brasil: a Sociedade Espírita “Caridade de Jesus”, fundada em 1895, em São Francisco do Sul. Baccelli ficou impressionado com o casario antigo que rodeia a casa espírita e todo o centro histórico, assim como a beleza natural da Baía da Babitonga. Em Gaspar, no primeiro dia do roteiro, foi recepcionado pelos tarefeiros do Centro Espírita “Caminho”, do Bairro Santa Teresinha. Lá, proferiu a palestra “Emmanuel, o Quinto Evangelista”, para um público de aproximadamente 170 pessoas – entre elas, caravanas de cidades como Blumenau, Ascurra e Timbó, além da anfitriã. No dia 7, o médium esteve em Joinville, onde desenvolveu o tema “Espiritismo e os Desafios dos Dias Atuais – Mundo de Regeneração?”. A conferência aconteceu na Sociedade Espírita “Samaritanos de Maria”, no Bairro Floresta, para público superior a 300 pessoas. O domingo, 8 de julho, foi marcado por duas conferências: às 10h da manhã, no Centro Espírita “Jesus de Nazaré”, em Barra Velha, onde o médium foi recepcionado por cerca de 130 participantes. Uma caravana de mães da Grande Florianópolis e também visitantes de Jaraguá do Sul, Caçador e até da distante Tubarão marcaram presença no minisseminário “Saúde Mental à Luz do Evangelho”. www.leepplojavirtual.com.br À tarde, Baccelli repassou detalhes impressionantes das cartas psicografadas pelo médium Chico Xavier em minisseminário sobre o tema, no Centro Espírita “Luz do Caminho”, em Armação do Itapocorói, em Penha, para público superior a 140 pessoas. O último dia do roteiro, a segundafeira, 9 de julho, foi na cidade histórica de São Francisco do Sul. A Sociedade Espírita “Caridade de Jesus” fraternalmente abriu suas portas, para um público superior a 140 participantes, atentos ao minisseminário “Religiosidade e Evolução Espiritual”. O devotado confrade parabenizou o trabalho da casa, pioneira do Espiritismo em terras catarinenses. “Essa casa foi fundada quando a Doutrina tinha apenas 38 anos de seu advento”, destacou. “E a 15 anos antes do retorno do apóstolo Chico Xavier à Terra”, completou. Dando suporte ao trabalho do orador e médium, o confrade Luiz Carlos Barbosa, do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, de Uberaba, trouxe para Santa Catarina cerca de 40 títulos das 134 obras psicografadas por Baccelli – entre elas, lançamentos literários como “No Princípio, Era o Verbo”, do espírito Inácio Ferreira, e “Vianney, o Cura d’Ars”, do espírito Irmão José, além do best-seller “Na Próxima Dimensão”, também de Inácio Ferreira, já ultrapassando 80 mil exemplares vendidos. Toda a renda das obras literárias e DVDs de Baccelli é revertida à obra social do médium, como o próprio Lar Espírita “Pedro e Paulo”, casa de amparo de 30 idosos carentes de Uberaba, entre outras ações. Ao final desse bem-sucedido roteiro doutrinário, a família espírita catarinense agradeceu o carinho recebido do médium, principal biógrafo de Chico Xavier no Brasil, rogando as bênçãos da Espiritualidade Amiga e de Jesus a seu profícuo trabalho! www.leepplojavirtual.com.br A UFMG catalogou o DNA de parte das ervas medicinais brasileiras, tornando mais fácil entender a infusão de Carqueja, Cavalinha, Paratudo e Pau Magro indicada para o meu controle da ansiedade e bem-estar hepático. A receita é da preta-velha que coordena, no plano espiritual, às quartas-feiras, a Cabine de Tratamentos da Fraternidade Espírita “Casa do Caminho” (Bairro Boa Vista, Belo Horizonte). Remédios do SUS histórico, com base em conhecimentos intuídos pelo Mais Alto, índios e negros sempre usaram plantas e passes para tratar da saúde. Hoje, parte daqueles espíritos se apresenta como pretos-velhos e pretas-velhas, pelo mesmo motivo que levou Jesus a caminhar anonimamente com os discípulos na Estrada de Emaús e deu as provas que Tomé pediu. Saber lidar com os espíritos é parte do exercício da fé raciocinada, que é conquista individual. Homeopatia e Alopatia, Acupuntura e Cirurgia, cada qual é indicada num contexto, mas nossa maior riqueza terapêutica é o consolo do Amor colocado em movimento, como fazem benzedeiras e benzedores. Unidos na Federação Espírita Brasileira do astral, eles trabalham junto com entidades abençoadas, cujo único desejo é fazer o Bem, por meio da Caridade. Sob outro ângulo, o best-seller José Luiz Tejon faz essa evocação em sua nova obra: “O Código da Superação”. Narrando experiências, como o transplante de rosto, que levou 14 anos, ele lembra a mãezinha biológica, imigrante espanhola pobre, o trouxe para Santos (SP) no ventre e distraiu-se com uma lata de cera Antonio Baracat Filósofo e Professor do IFSULDEMINAS derretida no fogão, que, em chamas, o atingiu. Depois que ela partiu, encontrou amparo em bondosos pais adotivos, tornou-se músico, jornalista, executivo de grandes empresas e hoje é vitorioso empresário, escritor, palestrante e professor da FGV/SP e da ESPM. Conhecemonos em Montevidéu, no Doutorado em Educação. Simpatia mútua ao ponto de pedir a revisão do livro e fazer constar da edição minha participação irrelevante. O prefácio é do Maestro João Carlos Martins. Há outro amigo que também atravessa as dificuldades no transplante de fígado. Com a mesma bravura e honestidade com que se entregou aos negócios, na economia e na política, agora se supera na batalha sobre seu próprio corpo. É um estímulo seu coração e mente abertos para novas iniciativas da espiritualização planetária a partir do Brasil, para onde, conforme a narrativa de Chico Xavier e do espírito Humberto de Campos, o Senhor transplantou a árvore do seu Evangelho. Em greve, professores e demais servidores da Educação Federal poderiam usar o ócio temporário para ler o livro do Tejon, o do Chico e os artigos e notícias diárias de O TEMPO. Também fariam bem em ler o livro “No início era o Verbo...”, do espírito Dr. Inácio Ferreira, psicografado por Carlos A. Baccelli, que adverte: “... Jesus Cristo deve ser o “Centro” de nossas mais altas e nobres aspirações! O homem evolui para ser como Deus, e não para ser Deus!”. CHICO XAVIER, PROFETA DO AMOR DIVINO Num mesmo dia, o povo brasileiro, como se fosse uma só pessoa, em uma grande identidade coletiva, vibrava com a conquista da Copa do Mundo e sentia-se mais pobre, ao ver partir desta terra o médium Francisco Xavier, homem de Deus e testemunha do Amor. Como monge e padre católico, quero reverenciar a memória desse profeta, que ultrapassa as fronteiras de uma religião determinada e pertence ao patrimônio espiritual de toda a humanidade. O alcance da profecia do Mahatma Gandhi vai além da Índia e da religião à qual pertenceu. Do mesmo modo, nosso querido D. Hélder Câmara foi reconhecido como cidadão do mundo e profeta da paz, não só para os católicos. Assim também, Chico Xavier é sinal da bondade divina para todas as pessoas de boa vontade. Há dois anos, a promoção da Rede Globo-Minas, o médium Chico Xavier foi votado pelo povo como “a personalidade mais marcante de Minas Gerais no século XX”. Concorreu com figuras ilustres a exemplo de Santos Dumont e Juscelino Kubitschek, e ganhou! O Governo Estadual lhe deu a “Comenda da Paz”, distinção oferecida a personalidades que se destacam no esforço de aproximar e unir os seres humanos. Ele gostava de dizer: “Quem sou eu, senão uma formiga, das menores que andam pela terra, cumprindo sua obrigação?” D. Hélder se comparava com o burrinho que carregou Jesus a adentrar em Jerusalém. É a humildade de profeta que sabe ser mero receptáculo e transmissor de um dom que não lhe pertence. Foi esta confiança que permitiu tanto a D. Hélder como a Chico Xavier cumprirem até ao fim sua grandiosa missão, no meio de incompreensões e injustiças, até da parte de irmãos que com eles viviam a mesma fé. Tanto um como outro, até ao final de suas vidas, dedicaram-se totalmente ao amor ao próximo e à paz do mundo. D. Hélder, aos 90 anos, dizia: “Enquanto tiver forças, voarei como a pomba da paz”. Com 92 anos, Chico Xavier pedia ser levado por irmãos às sessões do centro espírita e abençoar as pessoas que vinham vêlo para pedir suas orações. Sempre que podia, visitava entidades filantrópicas que www.leepplojavirtual.com.br Marcelo Barros (Monge Beneditino) sustentava, não com direitos autorais que recebesse pelos mais de 400 livros que escreveu, a partir de mensagens de espíritos iluminados. Chico Xavier faleceu uma semana antes de completar, neste 8 de julho, 75 anos de “mediunidade com Jesus”, como escrevia seu amigo Carlos Antônio Baccelli. Esta intimidade com Deus que o fazia, em sua fé espírita, mensageiro do Céu para os humanos é vocação de todos nós, cada um ao seu modo. No Evangelho, Jesus nos ensina: “Pelo fruto, conhecereis a árvore”. Os frutos deixados por Chico não são apenas uma doutrina filosófica e uma estrutura religiosa. Ele deixa a toda a humanidade o exemplo e a pregação da tolerância mútua, da solidariedade aos outros e da humildade, como pilares da Paz. Ele dizia: “A doutrina é a paz. (...) Estou consciente de que tenho procurado fazer o melhor e sou grato aos que não me permitiram viver uma vida inútil. Um dia, vamos compreender a necessidade de uma união mais profunda. (...) Graças a Deus, nunca briguei com ninguém... Vocês me perdoem, mas Emmanuel está me dizendo que já falei demais. (...) De madrugada, a gente continua...” Que todas as pessoas de bem escutem este apelo e façam deste tempo a madrugada de um tempo novo no qual – por nosso amor e busca da unidade entre todas as crenças e respeito entre todas as culturas – poderemos ajudar a nascer um novo dia de justiça e vida para todos! EXPEDIENTE Conselho Editorial: LEEPP Jornalista Responsável: Juvan de Souza Neto Registro: SC 01359JP Revisão gramatical: Fausto De Vito Diretores: Edson de Sousa Marquez / Mário Alexandre Abud Projeto gráfico e Impressão: Editora Vitória Ltda. E-mail: [email protected] Endereço p/ correspondência: Av. Elias Cruvinel, 1202 - B. 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