Notícias da escola Jovens cientistas Poesia de manchete Página 3 Páginas 6 e 7 Página 10 Instituições de ensino criam jornais para divulgar ações e assuntos da sala de aula Projetos desenvolvidos para feira regional de ciências ganham destaque nacional Atividade desafia alunos a transformar títulos de periódicos em poemas Escolas estaduais QUINTA-FEIRA, 30 DE outubro DE 2014 - N0 41 /dcnasaladeaula www.dcnasaladeaula.com.br [email protected] Palavras que fazem a diferença Projeto na trilha dos 3Rs criado pela Escola de Educação Básica Getúlio Vargas, de Florianópolis, trabalha com três verbos que mudaram a forma como os estudantes do 4o ano se relacionavam com o meio ambiente: reduzir, reutilizar e reciclar. Página 11 EBB Getúlio Vargas, Divulgação EScolas estaDuaiS DC NA SALA DE AULA | ESCOLAS ESTADUAIS DIÁRIO CATARINENSE, QUINTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2014 2 Caderno DC na Sala de Aula Participe do EEB PROFESSORA MARIA DA GLÓRIA SILVA, DIVULGAÇÃO O caderno DC na Sala de Aula – que possui edições distintas para escolas estaduais e municipais – é uma publicação voltada à divulgação de trabalhos desenvolvidos nas instituições públicas de ensino de Santa Catarina. O projeto é uma parceria com prefeituras e a Secretaria de Estado da Educação. O suplemento faz parte do Programa Jornal e Educação do Grupo RBS, que trabalha a democratização da informação, oferecendo oportunidade a estudantes de todos os níveis sociais de desenvolver o pensamento crítico e a cidadania ativa. Desde 1998, quando foi criado em Santa Catarina, o programa tem trabalhado na formação de professores e estudantes, ajudando-os a refletir sobre a importância de conhecer, interpretar e trabalhar mídias em sala de aula. Para isso, mais de 7 mil exemplares dos jornais Diário Catarinense, A Notícia e Jornal de Santa Catarina (todos do Grupo RBS) são enviados diariamente a 1,6 mil escolas conveniadas. É feito ainda um curso anual de capacitação para auxiliar os professores a utilizar o jornal nas atividades escolares. Conhecimento fora da sala O s alunos do 1o ano do ensino médio inovador da Escola Estadual Básica Professora Maria da Glória Silva, de Içara, no Sul de Santa Catarina, realizaram uma viagem de estudos a Florianópolis para conhecer o Museu da Armas Major Lara Ribas, a Assembleia Legislativa e o Projeto Tamar. No museu, os alunos e professores conheceram o valor histórico da coleção de armas do Estado, assim como a evolução do armamento utilizado dé- cada após década. Em seguida, os estudantes foram à Assembleia Legislativa, onde tiveram uma palestra sobre o Poder Legislativo do Estado e visitaram vários setores como o plenário. No projeto Tamar, a aprendizagem foi sobre o trabalho de preservação ambiental, com foco na tartaruga marinha, ameaçada de extinção. Os monitores do projeto contaram a história do projeto e falaram sobre o ciclo de vida, anatomia, reprodução e as principais ameaças à espécie. Regras para o envio de material para publicação Diretor-geral de Jornais SC: Gabriel Casara Coordenadora do Projeto Jornal e Educação DC na Sala de Aula: Raquel Fabris Editores responsáveis: Mônica Jorge e Rafaela Menin Diagramação: Leonardo Gomes da Silva e Ronald Baptista da Silva Filho Endereço Rodovia SC-401, nº 4.190, torre A, Setor de Circulação, Florianópolis (SC) - CEP: 88.032-005 Telefone: (48) 3216-3460 Pequenos do 1o ano fizeram réplica para estudar as baleias DESFILE FOCADO NAS ESTRELAS DA BANDEIRA DO BRASIL A Escola Estadual Básica Altamiro Guimarães, em Antônio Carlos, na Grande Florianópolis, escolheu o tema Bandeira do Brasil e a esfera celeste para explicar o significado das 27 estrelas da bandeira brasileira no desfile cívico realizado no dia 7 de setembro. O professor de física Cleber Chaves explica que o objetivo da atividade foi mostrar a que grupo de constelações cada estrela pertence, o porquê da existência de cada uma, além de outras curiosidades. Cerca de 150 alunos do 1o ano fizeram parte da atividade e, em grupos, representaram a esfera, a frase Ordem e Progresso e as estrelas e as constelações. EEB ALTAMIRO GUIMARÃES, DIVULGAÇÃO DIÁRIO CATARINENSE bus?”, “Puxa, é maior que um elefante?, “É do tamanho dessa sala?”. Após pesquisas, os pequenos descobriram que os filhotes têm em média sete metros de comprimento– mesmo tamanho da sala onde estudam. Após desenhar uma baleia, eles realizaram atividades, com as professoras Rosângela Rosa Zanette e Rejane Romão, como comparações do tamanho deles com os cetácios. EEB ALTAMIRO GUIMARÃES, DIVULGAÇÃO Enviar um resumo explicativo sobre o trabalho proposto. ✔ Informar o nome completo do professor responsável e telefones de contato (fixo e celular). ✔ Colocar no verso de cada trabalho: nome do aluno, idade, série, escola e o município (em caso de desenhos e redações) em letra legível. ✔ Não enviar textos em pdf. Todos devem ser digitados e corrigidos pelo professor. ✔ As fotos devem ter pelo menos dois megapixels. Devem vir anexadas no e-mail. É obrigatório o nome do fotógrafo. ✔ Não colocar os alunos posando na foto, mas sim fazendo atividades. ✔ Não mandar foto com data e hora. ✔ As crianças do 1o ano da Escola Estadual Básica Professora Maria do Carmo de Souza, em Palhoça, na Grande Florianópolis, demonstraram interesse em aprender mais sobre as baleias depois de ouvir a história A Baleia Azul, de Regina Sormani Ferreira. Quando descobriram o tamanho das baleias, as crianças levantaram hipóteses: “É maior que um carro?”, “É maior que o ôni- EEB PROFESSORA MARIA DO CARMO DE SOUZA, DIVULGAÇÃO APRENDENDO COM AS BALEIAS 3 DIÁRIO CATARINENSE, QUINTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2014 S, DIVULGAÇÃO EEB VIDAL RAMO Formas de comunicar e se informar na escola A EEB BELA VISTA, s escolas têm encontrado diversas maneiras para divulgar o que ocorre no dia a dia das salas de aula. Uma delas, que também é uma forma de despertar o interesse dos alunos para o mundo da informação, é a produção de jornais e revistas, que também costumam abordar assuntos externos, mas que repercutem entre a meninada. Os exemplos dessa edição do DC na Sala de Aula são das escolas de educação básica Bela Vista, em São José, na Grande Florianópolis, e Vidal Ramos, em Lages, na Serra catarinense. A escola Bela Vista produziu a primeira edição do Bela em re-Vista em julho deste ano. Os alunos do ensino médio inovador aproveitaram para trabalhar relatos do cotidiano na escola, como dicas de leitura, notícias sobre as turmas que participam de competições esportivas e passeios – como o que fizeram ao Diário Catarinense, em maio. Os estudantes também incluíram páginas de fotos e comentários sobre situações como o namoro na escola, com depoimentos de casais. Já os alunos da Vidal Ramos produzem edições trimestrais do Jornal Vidal. O meio de comunicação é utilizado para divulgar ações do colégio, como projetos de leitura e teatro, e dicas gerais, como de alimentação saudável. O jornal ainda é utilizado para relatar o envolvimento entre escola, pais e professores. Na edição de fevereiro, março e abril deste ano, a instituição de ensino aproveitou para divulgar a assembleia da Associação de Pais e Professores (APP). Jornal Vidal, da Escola Vidal Ramos, tem edições trimestrais DIVULGAÇÃO A primeira edição do Bela em re-Vista foi publicada em julho Direção, coordenadores e professores do ensino médio inovador da Escola de Educação Básica Walter Holthausen, em Lauro Müller, no Sul catarinense, promovem há três anos o evento Café com Arte. Na edição deste ano, os alunos puderam aproveitar uma tarde com música, esportes e lazer. Os cantores Ramom Moraes e Karen Comelli se apresentaram, uma profissional de educação física trabalhou atividades e profes- soras mostraram aos alunos como é possível se comunicar através da linguagem de sinais. Ainda houve uma aula de maquiagem e jovens acompanhados do instrutor Calvin Carniato fizeram demonstrações da arte marcial Muay Thai. Ainda foi feita a divulgação da terceira edição do Jornal Inovador, que leva para a comunidade notícias sobre atividades realizadas pelo grupo de alunos do ensino médio durante o semestre. ULGAÇÃO MOLGERO, DIV TARDE DE MÚSICA E ESPORTES EEF FRANCISCO EEB WALTER HOLTHAUSEN, DIVULGAÇÃO Durante atividade Café e Arte, alunos assistiram demonstrações de Muay Thai Estudantes reutilizaram jornais para expor conhecimento ALUNOS APRESENTAM GEOGRAFIA, CULTURA E ECONOMIA DO CANADÁ Uma das atividades da Escola de Ensino Fundamental Francisco Molgero, em Jacinto Machado, no Sul catarinense, teve foco no Canadá no último bimestre. Uma série de questões foram desenvolvidas com os alunos do 8o ano do ensino fundamental na disciplina de geografia com a professora Josi Zanette do Canto. Os estudantes discutiram assuntos como aspectos físicos, socioeconômicos, culturais do país, entre outros. Em um segundo momento, os alunos construíram livros em três dimensões como forma de avaliação. Segundo a direção da escola, o tema era livre, porém dentro dos conhecimentos adquiridos a respeito do Canadá. Além disso, a proposta era reutilizar materiais, inclusive jornais antigos. Endereço Rodovia SC-401, nº 4.190, torre A, Setor de Circulação, Florianópolis (SC) - CEP: 88.032-005 Telefone: (48) 3216-3460 DC NA SALA DE AULA | ESCOLAS ESTADUAIS DIÁRIO CATARINENSE, QUINTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2014 DESABAFO | OBSERVAR E ESCREVER Anseio e esperança no papel APÓS REFLETIR SOBRE situações enfrentadas no dia a dia, alunos foram desafiados a redigir crônicas que transparecessem suas aflições e expectativas para o futuro. Textos trouxeram temas bem diversificados O s estudantes do 1o e 2o anos do ensino médio da Escola Estadual Básica Virgílio Várzea, em Itaiópolis, no Norte de Santa Catarina, expressaram o que sentem e pensam em crônicas. A atividade foi ministrada pela professora Kely Fernanda Estriser. Antes de desafiá-los à escrita, ela apresentou várias figuras que representam situações reais enfrentadas no dia a dia. Entre elas, um pinguim observando o próprio reflexo na água e uma tartaruga em uma viagem incerta para o mar. Após a observação, os estudantes participaram de um debate e precisaram escrever sobre anseios e esperanças. a de Trecho da crônic 16 anos Jéssica Slabiski, A CRÔNICA a que se MINHA PRIMEuIR a menin contar é de um po- , vo A história que pinguim, pode parecer estranho anie el um identificou com em ela sentiu a solidão daqu olhos ag us se im s a r do ve te an ao rém em di do para a imag iu assim. malzinho. Olhan s muitas vezes em que se sent har e ol da u se ou do ela se lembr que escapavam e se sentava es ld be re as qu im s noites Das lágr olhar seu rosto liso, da deslizavam por humilde casa, onde lançava umde sua a na varanda de su o luar questionando o porquê ra entristecido pa nas . m inhar sozinha m ca vida ser assi de a av st s go (...) De pés descalço Isso lhe fazia sentir-se melhor a. ei ch a lu noites de Trecho da crônic a de Micheli Wojciec howski, 15 anos O MISTÉRIO DE EX ISTIR No fim da rua, onde e areia. A água é ca as pedras se encontram, avisto céu lm tei dessa agradável a e quente, digo isso porque desfrue genuína beleza. Ch egando mais perto posso ver ao long e, am com tamanha navios e pequenos barcos que flutulev que apenas aquela eza que é quase difícil de acreditar água turva é o que lhes segura. Quanto mais me ap vida pela minha m roximo, mais aquela cena é absorente guinha lutando pela . Vejo então uma pequena tartaruvi saísse do lugar, mas da, ela vai tão devagar como se não enorme vontade de sei que está viva! Viva e com uma so condenada à morte breviver. Não sabe ela que nasce já (...) der, 15 e Mayara Schnei lin ro Ca de a ic Trecho da crôn anos BRE O AMOR O S E D A D R E V A LIETA DE ROMEU E JU o ícones ta sã e Romeu e Julie Você sabe por qu s, lembrados até hoje? Porlado do amor? São fa não tiveram tempo de passar e que morreram que os relacionamentos estão s de da ul fic di s mente Romeu pela e isso provavel Ricardão. ss fo o nã Se o. nd mo te uela e Julieta co estaria com Man aiu Julieta com uma loira lin tr a Ju nc . nu ol de álco Romeu usa do excesso ca r , po eu da om la R o ba rand da na cinco horas espe lar dele que ou fic a nc nu lieta celu segundo para o ligando a todo Romeu não disse para Julieta o. estava desligad ela era especial e depois sumiu e qu a, av tunidade de que a am não teve a opor suportáta lie Ju . as an por sem ficava in omeu o quanto mostrar para R eu não saía sexta-feira à noite vel na TPM. Rom com os amigos e só voltava as l para jogar futebo bêbado. Julieta não teve filhos, , hã an m os afaquatro da u histérica com ta que co fi m ne ou rd não engo sse à Julie omeu nunca di zeres da casa. R tempo pra pensar sobre a re um ta de lie a Ju . av it da ss vi nece ir a na verdade curt lação, querendo amorado em que ela pensava -n não tinha um ex m Romeu. (...) Por estas e ou co va s. ta do es enquanto m apaixona os dois morrera tras razões que 4 5 DIÁRIO CATARINENSE, QUINTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2014 LÍNGUA ESTRANGEIRA | CRIATIVIDADE PARA ENSINAR Produção de quadrinhos motiva a aprendizagem IDEIA DE ENSINAR espanhol de forma lúdica leva escola do Oeste a incentivar alunos do 2o ano do ensino médio a desenhar e criar histórias com a linguagem de gibis EEB JOÃO REPRODUÇÃO O O XXIII, DIVULGAÇÃ s alunos do 2o ano do ensino médio da Escola de Educação Básica João XXIII, em Maravilha, no Oeste, uniram os conhecimentos em espanhol e desenho com a criatividade e produziram gibis em sala de aula. – A ideia surgiu com o objetivo de fazer com que os alunos compreendessem o uso dos verbos nas frases/diálogos para que pudessem melhorar o vocabulário dentro da língua espanhola – afirma a professora de Língua Espanhola, Juliana Centenaro. Ela explica que a sequência didática contou com diversas etapas, como o estudo dos verbos no infinitivo, leitura de histórias em quadrinhos retiradas de gibis Turma da Mônica (em espanhol), estudo do tema reciclagem – foco de projetos da escola – elaboração de histórias em português e espanhol e, por último, a produção dos gibis. Produção fez alunos utilizarem o espanhol aprendido em sala e a criatividade ATIVIDADE PARA ENSINAR DE FORMA LEVE ÉTICA AMBIENTAL NA ESCOLA EEF ANITA GARIBALDI, DIVULGAÇÃO A Escola de Ensino Fundamental Anita Garibaldi, em Romelândia, no Oeste de SC, estimulou que os alunos transformassem figuras geométricas em animais. Com a ajuda das peças do tangram – quebra-cabeça chinês – a professora Maria Helena Dal Piva desafiou os alunos do 5o ano a darem forma a leões, cachorros, tartarugas, peixes e outros bichos. A partir da criatividade de cada um, as folhas de ofício também ganharam cores e os habitats dos animais. Ela explica que a atividade lúdica foi a forma encontrada para ajudar os alunos a gravarem o conteúdo de forma mais leve. Os alunos Issac da Silva e Luan Petri tiveram os desenhos selecionados pela escola para divulgação no DC na Sala de Aula Os desafios para estimular ações de sustentabilidade em frente a era digital e a alta produção de lixo eletrônico foram temas abordados em atividades multidisciplinares na Escola de Educação Básica Padre José Maurício, de Blumenau, cidade do Vale do Itajaí. O projeto Ética ambiental e sustentabilidade envolveu as disciplinas de língua portuguesa, geografia e língua inglesa e foi voltado aos alunos do 9o ano. A atividade começou com a visualização e debate sobre o vídeo Obsolescência Programada, que aborda a curta vida útil de aparelhos tecnológicos e produtos consumidos na era moderna e mostra qual a destinação dos mesmos. As conclusões foram expressadas em folders em inglês e em textos em português. A atividade foi dividida em grupos e teve a participação de 90 alunos orientados pelas professoras Leonilda Wessling e Sandra Pottmeier. dc na sala de aula | Escolas estaduais DIÁRIO CATARINENSE, QUINTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2014 concurso | desenho Em busca de uma mascote programa DC na Sala de Aula conta com a ajuda de alunos do ensino fundamental para eleger símbolo que irá representá-lo O DC na Sala de Aula está em busca de uma mascote e conta com a ajuda de alunos das redes estadual e municipal de ensino para criá-la. Estão abertas as inscrições para a escolha da mascote que irá representar o programa. O concurso é aberto a estudantes do 1o ao 9o ano do ensino fundamental de escolas estaduais e municipais apoiadoras do programa. Para participar é preciso enviar um desenho acompanhado de uma breve justificativa sobre a escolha. Ela deve ser escrita em no mínimo 10 linhas e no máximo 15, na fonte Times New Roman, tamanho 12, com espaçamento entre linhas de 1,5 e margens justificadas. O trabalho deve ser feito com a orientação de um professor escolhido pelo próprio participante. O material pode ser enviado por correio ou entregue pessoalmente na sede do Diário Catarinense (SC-401, número 4.190, Torre A, Saco Grande, Florianópolis) ou por e-mail ([email protected]) no caso de desenhos gráficos. Além do desenho e do texto com a justificativa da mascote, o participante deverá se identificar, informando: nome completo, idade, série, endereço completo, telefone, e-mail, nome do professor que o auxiliou, nome completo da escola e município. Os trabalhos serão avaliados por uma comissão que levará em conta critérios como: criatividade e a justificativa apresentada. No final, serão eleitos dois finalistas (um aluno do 1o ao 5o ano e um aluno do 6o ao 9o ano), que serão premiados com um tablet. Os professores orientadores desses alunos ganharão um celular (smartphone). O desenho do grande vencedor, que será divulgado em dezembro, poderá ser usado como símbolo do Programa DC na Sala de Aula e divulgado no caderno. A premiação será entregue no dia 15 de dezembro. As inscrições encerram no dia 14 de novembro, às 18h. As datas estão sujeitas a alterações. O regulamento está disponível no site: www.dcnasaladeaula.com.br. 6 novas ideias| Jovens cientistas Feira estimula criação de projetos inovadores trabalhos de três escolas se destacam e irão representar o Estado em eventos nacionais Milena Lumini O incômodo da aluna do Centro de Educação de Jovens e Adultos (Ceja) de Florianópolis Elaine Furlan com o acúmulo de bitucas de cigarro jogadas pelas ruas foi levado para discussão em aula, onde surgiu a ideia para um projeto de ciências. O plano de registrar o problema e fazer um trabalho de conscientização ganhou adeptos. A colega Lucéle dos Santos contribuiu com uma proposta química para dar fim aos resíduos. Assim nasceu o projeto Floripa 100 bitucas, vencedor das etapas regional e estadual da Feira de Ciências e Tecnologia da Educação Básica na categoria ensino médio. Este e mais dois projetos catarinenses, ambos de escolas do Oeste, foram campeões da etapa estadual – entre 83 trabalhos – e serão apresentados em outubro do ano que vem na Mostratec, no Rio Grande do Sul, e na feira Ciência Jovem, em Pernambuco. Chérllyn Dias e Lucas Somavilla, do Centro de Educação Profissional Campo Erê, de São Lourenço D’Oeste, 1o lugar na categoria da educação profissional e Camila Fuhr e Alessandra Neiss, da Escola Municipal São José, de Itapiranga, vencedoras entre os alunos do ensino fundamental. Promovida anualmente pela Secretaria Estadual de Educação (SED), a feira de ciências tem o objetivo de apresentar e difundir os trabalhos realizados durante o ano nas escolas de Santa Catarina. Contribui também com a valorização de pesquisas científicas. Os trabalhos foram avaliados por 43 professores – da SED e da Universidade Estadual de Santa Catarina (Udesc). Foram levados em consideração três grandes critérios: as tecnologias utilizadas e a inovação; se o projeto foi executado dentro dos princípios da metodologia científica e suas possibilidades de aplicação; e a qualidade de apresentação do trabalho. DIÁRIO CATARINENSE, QUINTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2014 7 arquivo pessoal alvarélio kurossu 1o lugar ensino fundamental Camila Fuhr e Alessandra Neiss (D), da EEB São José, de Itapiranga, com o projeto Microorganismos Eficientes na Mescla Beneficiosa do Cultivo de Orquídeas. Ao centro, professora Fabiana Tres adubo para orquídeas mostra eficácia Ensino médio 1o lugar – Elaine Furlan (D) e Lucéle dos Santos, do CEJA de Florianópolis, com o projeto Floripa 100 bitucas, uma amostra dos hábitos dos fumantes no Centro de Florianópolis. Ao centro, professor Valmor Coutinho O projeto Floripa 100 bitucas surgiu na aula de ciência, cultura e tecnologia, ministrada pelo professor de química Valmor Coutinho. A intenção da disciplina é aproximar a teoria ao cotidiano e foi isso que fizeram as alunas Elaine Furlan e Lucéle dos Santos. Após mostrarem a dimensão do problema causado pelas bitucas de cigarro em um ensaio fotográfico e uma coleta de mais de 2 mil bitucas em apenas um dia, pelas ruas de Florianópolis, propuseram uma solução: um porta-bitucas para o fumante carregar consigo e bituqueiras para serem implantadas pela cidade. As alunas testaram diversas soluções até encontrarem uma que dissolvesse o feltro da bituca de modo rápido. O líquido resultante teve seu PH balanceado para poder ser descartado e os resíduos do cigarro – feltro e papel – passaram por um processo de reciclagem. Os últimos materiais do experimento ainda passam por testes, pois as estudantes estão tentando achar uma fórmula para minimizar o cheiro forte do fumo. descarte inadequado das bitucas impacta em toda a comunidade As alunas também fizeram um vídeo de conscientização sobre os problemas das bitucas de cigarro. – A intenção não é fazer o fumante largar o cigarro, ele sabe dos riscos, mas o hábito se torna um problema para os outros quando ele faz o descarte inadequado – diz Lucéle. organismos eficientes aplicados em outras plantações. Eles foram capturados e, com isso, fez-se uma mescla. Com orientação da professora, as jovens testaram e aplicaram outros ingredientes até que o adubo final ficasse sólido, como o desejado. Os testes deram resultado e as orquídeas adubadas com a mescla se desenvolveram de forma mais sadia e com melhor floração. Cedup Campo Erê, divulgação Iniciativa para dar outra cara às ruas A professora da Escola de Educação Básica São José, de Itapiranga, Fabiana Tres, se animou quando as alunas Alessandra Neiss e Camila Fuhr aceitaram a proposta de estudar as orquídeas como um projeto de ciências. O grupo pensou em descobrir um adubo que tratasse as flores como um todo e não apenas partes delas. Para isso, as meninas estudaram os micro- 1º lugar profissional Chérllyn Dias e Lucas Somavilla, do Cedup Campo Erê, de São Lourenço D’Oeste, com o projeto Avaliar a Eficiência de Insetos Triturados como Repelente de Pragas Repelente natural pode ser usado em hortas Na cidade de Campo Erê, no Oeste de Santa Catarina, a ideia do projeto de Ciências surgiu durante a aula de defesa sanitária vegetal, do professor Rafael de Barba, no curso técnico de Agropecuária do Centro de Educação Profissional. Os alunos Chérllyn Dias e Lucas Somavilla pensaram na possibilidade de usar insetos triturados e misturados em água para repelir as pragas das hortas. A ideia é fazer com que o ferormônio, usado por insetos da mesma espécie como forma de comunicação, seja espalhado pelo ar e dê à praga a impressão de que naquele local há muitos indivíduos, provocando competição por comida. Assim, eles vão atrás de outra área. Os testes foram feitos com be- souros conhecidos popularmente por vaquinha em diversos tipos de hortaliças como tomate, repolho e alface. O grupo de estudo encontrou uma diferença de até 20% menos besouros na horta pulverizada com a solução. Além de ser barato e fácil, o repelente natural é uma alternativa viável para hortas familiares, onde não se pode usar agrotóxicos. 8 APRENDIZAGEM | FORMAS GEOMÉTRICAS A arte de estudar matemática PROFESSORA RELACIONA NÚMEROS e cálculos com música, pintura e desenho em atividade A o perceber a dificuldade em geometria dos alunos do ensino médio da Escola de Educação Básica Tânia Mara Faria e Silva Locks, em Biguaçu, na Grande Florianópolis, a professora Renata Silvia Moraes da Fonseca começou a aplicar atividades que os ajudassem a fixar melhor o conteúdo. No primeiro momento, ela utilizou o lúdico para suavizar o peso das fórmulas, por meio de uma releitura dos quadros do artista e professor russo Wassily Kandinsky, para a fase em que a pintura do artista se alterou para um campo mais geométrico. – O lado emocional, a entrega, a dedicação, o turbilhão de cores e formas fizeram parte das aulas dedicadas ao pintor. Descobri vá- rios artistas entre os estudantes, o que foi muito interessante – conta Renata. O projeto foi além dos desafios da geometria, avançando para o preparo emocional dos alunos para enfrentar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No final do trabalho, a professora percebeu diversos benefícios aos estudantes: mais organização, concentração, socialização de conhecimento, habilidades motoras e artísticas e troca de ideias. – Queria sair do foco que a matemática é chata, que só tem cálculos e relacionar com a arte, com a música – afirma a professora. O projeto foi realizado entre 10 e 25 de setembro com a participação de todos os alunos do 1o ao 3o ano da escola. EEB TÂNIA MARA FARIA E SILVA LOCKS, DIVULGAÇÃO Alunos do ensino médio fizeram releitura de quadros do artista Kandinsky Aprender e fixar o inglês desenhando. Esta foi a ideia da Escola Estadual Básica Vitório Roman, em Vargem Bonita, na região Oeste de SC. Os alunos do 2o ano do ensino médio inovador produziram histórias em quadrinhos na língua inglesa com o auxílio da professora Salete Marcon Zenaro. – Estudamos o presente simples em inglês e todos desenharam sua história – disse. Ao todo, 31 alunos participaram e fixaram mais o inglês e trabalharam diversas habilidades. Além de desenhar, os estudantes tiveram que falar e escrever o que foi ensinado em sala. Após uma apresentação dos trabalhos, os alunos selecionaram as melhores histórias para participar desta edição do DC na Sala de Aula. Autor: Gabriela Sartori EEB JOÃO TOLENTINO JUNIOR, DIVULGAÇÃO UNIÃO ENTRE INGLÊS E CRIATIVIDADE Jeferson Lucas dos Anjos COOKING IN ENGLISH Alessandra Ribeiro de Freitas Jaqueline de Lima REPRODUÇÃO ODUÇ EEB VITÓRIO ROMAN DC NA SALA DE AULA | ESCOLAS ESTADUAIS DIÁRIO CATARINENSE, QUINTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2014 Larissa de Almeida Maieli Alves Os alunos da Escola Estadual Básica João Tolentino Júnior, em Presidente Nereu, no Vale do Itajaí, aprenderam inglês de uma forma divertida e dinâmica. Os professores incentivaram os estudantes por meio de preparação de receitas em sala de aula. Segundo a escola, a atividade foi realizada para estimular o gosto pelo aprendizado da língua inglesa e também para exercitar a fala em inglês. Estudantes prepararam alimentos enquanto aprendiam palavras novas da língua inglesa DIÁRIO CATARINENSE, QUINTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2014 9 REPRODUÇÃO, EEB WALTER BUSS EEB NEREU RAMOS, DIVULGAÇÃO PARA SE LOCALIZAR NO MAPA Atividades aguçaram a solidariedade dos grupos de estudantes DIVERSÃO | COMPETIÇÃO SADIA Gincana com toda a escola estimula o espírito de equipe DURANTE UMA SEMANA, estudantes da Nereu Ramos realizaram campeonatos de xadrez, natação, truco, entre outras atividades P elo terceiro ano consecutivo a gincana da Escola Estadual Nereu Ramos, em Itajaí, agitou os estudantes. Durante uma semana os alunos do ensino médio trabalharam ética, cidadania, competitividade, respeito e, principalmente, integração. Sob a coordenação do professor Marco, de química, o evento contou com inúmeras tarefas que estimularam o trabalho em equipe, por meio da descoberta das fraquezas e das qualidades de cada integrante. A partir disso, ficava mais fácil bolar estratégias para se chegar ao resultado desejado. Torta na cara, cabo de guerra, prova de conhecimentos gerais, caça-palavras, truco, uno, xadrez, natação, enfim, foi uma competição emocionante embalada por gritos de guerra que surgiam de todos os cantos da instituição de ensino. Por vários momentos percebeu-se também o espírito de solidariedade, com equipes rivais incentivando e torcendo pelos grupos que mostravam algum desânimo nas tarefas. EEB SALUSTIANO ANTONIO CABREIRA, DIVULGAÇÃO DESAFIO DA ÁRVORE Alunos gravaram o plantio e divulgaram o vídeo O banho de água gelada, que viralizou na internet neste ano, inspirou uma atividade na Escola Estadual Básica Professor Salustiano Antônio Cabreira, de Faxinal dos Guedes, no Oeste de SC. Mas lá o desafio foi outro: os professores incentivaram os alunos a plantar uma árvore. A partir daí, eles precisaram filmar a ação, postar o desafio no Facebook e desafiar amigos a multiplicar a ideia. Segundo a escola, a ação foi lançada pelo grupo Comissão do Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola (Com-Vida) para movimentar o colégio com uma ação ambiental e social. No entanto, o desafio expandiu-se e foi propagado nas redes sociais. Identificar os municípios ao redor de Presidente Getúlio e os bairros do município, no Vale do Itajaí. Esta foi a atividade que os alunos realizaram na Escola Estadual Básica Walter Buss. O projeto com o tema Semana do Município foi desenvolvido nas aulas de geografia. Os estudantes precisaram desenhar o contorno da cidade, escrever e identificar que Presidente Getúlio está localizado no Vale do Itajaí, próximo a Ibirama, Dona Emma, Rio do Sul e Rio do Oeste. Os alunos ainda aprenderam e precisaram localizar no mapa os bairros e linhas do interior do município, como São José, Serra Vencida e Helvécia. Concurso Em busca de histórias de preservação ESTUDANTES DOS ENSINOS fundamental, médio e superior podem produzir vídeo de até um minuto e concorrer a prêmios de R$ 5 mil Mude o seu Olhar. Descubra a Terra. Com este slogan, é realizada a primeira edição do Festival Internacional de Cinema Socioambiental – Planeta.Doc. Viabilizado pelo Governo do Estado por meio do Fundo Estadual de Incentivo à Cultura (Funcultural), o projeto vai até o final de novembro com a proposta de unir cinema, educação e sustentabilidade. O objetivo é fomentar a reflexão sobre a destruição da natureza e revelar iniciativas que estão contribuindo para a preservação. Podem ser inscritos filmes que contem histórias sobre a relação dos jovens e crianças com a natureza ou demonstrem ações que ajudem a preservá-la. O roteiro e o argumento são de livre escolha e o filme de até um minuto pode ser gravado com dispositivos eletrônicos como celulares e máquinas fotográficas. Para inscrição o vídeo precisa estar disponível no Youtube ou Vimeo. O link deve ser colado na sessão Meu Mundo Mais Vivo, do site: www.planetadoc.com – onde está disponível o regulamento. As inscrições estão abertas até o dia 21 de novembro. Os vencedores receberão prêmios em dinheiro (R$ 5 mil para cada categoria). O público irá eleger o melhor vídeo, por meio do site, entre os dias 1o e 10 de novembro. 10 ESCRITA | recriação Jornal entra, poesia sai INSPIRADA EM DESAFIO proposto por artista plástica e escritora paulista, professora de escola do Sul de SC estimula alunos do ensino médio a transformarem manchetes de periódicos em outra linguagem poética M anchetes e títulos de matérias dos jornais Diário Catarinense, A Notícia e periódicos de Criciúma, no Sul, foram transformados em pensamentos e poesia na Escola de Educação Básica Maria José Hulse Peixoto, de Criciúma. A atividade realizada pela professora de português, Cristiane Dias, estimulou a criatividade e a escrita dos alunos os desafiando a criar poesias a partir de uma linguagem objetiva e direta. A ideia foi inspirada na página do Facebook Poesia de Manchete, da artista plástica e escritora paulista, Mariana Albuquerque. Trata-se de uma brincadeira com palavras. O desafio é transformar as manchetes e títulos das matérias jornalísticas em arte, fazendo um tipo de linguagem virar outro. Na página no Facebook, Mariana convida as pessoas a entrarem na brincadeira com as manchetes de jornais de suas cidades e a enviarem para divulgação. – Gostei muito da ideia e decidi experimentar fazendo recortes e colagens de manchetes, que chamamos composições. Utilizando edições antigas trabalhei este projeto com os alunos – explica a professora. Cristiane acrescenta que este tipo de atividade trabalha, além dos diferentes tipos de linguagem, vocabulário, concordância e ortografia. O resultado do trabalho realizado com alunos do ensino médio foi exposto em um grande mural colocado em uma das paredes da escola. fotos EEB Maria José Hulse Peixoto, divulgação dc na sala de aula | Escolas estaduais DIÁRIO CATARINENSE, QUINTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2014 Resultado do trabalho foi exposto em um grande mural no pátio da escola Alunos construíram maquetes do próprio quarto e fizeram releituras de quadros de Van Gogh EEB Francisco Mazzola, Divulgação EEB Ildefonso Linhares, Divulgação Obra de fotógrafo queniano dá início à atividade Brincadeiras pedagógicas no recreio A Escola Estadual Básica Ildefonso Linhares, de Florianópolis, misturou arte, matemática e inglês e incentivou os alunos a reproduzir, de acordo com seu entendimento e criatividade, o livro Where children sleep (Onde as crianças dormem), do fotógrafo queniano James Mollison. Publicada em 2011, a obra retrata a relação entre crianças de vários lugares do mundo e os espaços onde elas dormem, emoldurando diferentes culturas e níveis socioeconômicos, capturados pela sensibilidade das lentes humanas e pela precisão das máquinas fotográficas modernas. Os professores trabalharam com duas A Escola de Educação Básica Francisco Mazzola, em Nova Trento, no Vale do Itajaí, transformou a hora do recreio em um espaço pedagógico saudável, por meio do projeto interdisciplinar Viagem ao Mundo das Brincadeiras. A ideia é aplicada durante todo o ano, uma vez por semana, no pátio. A escola afirma que o projeto é aplicado para cerca de 280 crianças do 1o ao 5o ano do ensino fundamental. O trabalho é monitorado pelos alunos do ensino médio integrado à educação profissional, como forma de complemento à formação. Eles orientam brincadeiras de roda, corda, peteca, xadrez (foto), ping-pong, amarelinha, oficinas de pintura, dobraduras, entre outras. O projeto é coordenado pela professora de educação física Gabriela Mandrozzato. turmas do 7o ano do ensino fundamental durante um bimestre. Além da interdisciplinaridade, a escola como um todo e os pais também se engajaram no trabalho que despertou o interesse da meninada. Na disciplina de artes, os estudantes realizaram atividades como a discussão da vida e obra de Vincent Van Gogh e releitura dos quadros Quartos em Arles do artista. Para isso, os alunos confeccionaram maquetes do próprio quarto, com base nas dimensões e medidas estudadas na disciplina de matemática. A socialização dos resultados foi realizada com uma exposição dos trabalhos dos alunos. DIÁRIO CATARINENSE, QUINTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2014 11 MEIO AMBIENTE | EDUCAÇÃO ECOLÓGICA Na trilha da redução, reutilização e reciclagem PROJETO DESENVOLVIDO NA Escola Getúlio Vargas, em Florianópolis, incentiva estudantes do 4o ano a cuidar da natureza e a contribuir para uma melhor destinação dos resíduos produzidos pela população diariamente FOTOS EEB GEÚLIO VARGAS, DIVULGAÇÃO R edução, reutilização e reciclagem. Essas três palavras e seus significados serviram de norte para a professora Euclídia Cunha Cachoeira, da Escola de Educação Básica Getúlio Vargas, de Florianópolis, criar o projeto Na trilha dos 3Rs. A atividade desenvolvida com alunos do 4o ano busca a educação ambiental. Visando a conscientização dos estudantes sobre os cuidados com o lixo, a educadora ensinou o processo de transformação dos resíduos orgânicos e a produção de adubo, além dos caminhos para a destinação correta de materiais recicláveis e como é possível contribuir com a redução do lixo produzido. Com ajuda de professores, alunos aprenderam a cultivar alimentos ESTÍMULO PARA NOVAS AÇÕES Para estimular novas ações, Euclídia propôs aos alunos atividades práticas. Eles recolheram o lixo jogado no pátio da escola, criaram e cuidaram uma horta, confeccionaram lixeiras para o resíduo orgânico, criaram brinquedos com materiais de sucata, entre outras tarefas. O resultado foi notado no comportamento. – O projeto tem despertado nos alunos um novo estado de consciência, gerando mais respeito e cuidado com o meio ambiente – destaca a professora. A aprendizagem foi compartilhada com outros alunos da escola, em uma exposição na feira de ciências, e com estudantes de fora. A atividade contou com uma apresentação teatral sobre reciclagem e um desfile feito por alunos do projeto Mais Educação da escola Jurema Cavallazzi, convidados por Euclídia. Jalvania Ferreira foi uma das convidadas Apresentação teatral ressaltou a importância da reciclagem Durante a atividade, alunos tiveram de cuidar de uma horta Matheus Talheimer Coito fez parte do desfile literatura | escrita poética Quando o lugar vira poema Belezas naturais e hospitalidade de população de Papanduva são destacados em aprendizado sobre poesia A escrita poética foi incentivada aos alunos do 5o e do 6 o ano da Escola de Educação Básica Manoel Estevão Furtado, de Papanduva, no Planalto Norte do Estado. Durante 15 oficinas as professoras de literatura e língua portuguesa Viviane Valente e Isabel Castro levaram os alunos ao mundo dos poemas. Em um primeiro momento a meninada foi incentivada a buscar definições sobre o tema com os pais e familiares em casa. Após, a descoberta: o gênero possui mais de um tipo e nem toda poesia precisa de rimas e ser separada em estrofes, conforme a maior parte da turma acreditava. Para aprofundar o conhe- cimento sobre o tipo de escrita as professoras levaram textos de poetas renomados como Cecília Meireles e Sérgio Capparelli à sala de aula. No final todos escreveram a própria poesia com o tema O lugar onde eu vivo. Os trabalhos foram expostos em um sarau poético aberto a toda a comunidade. Nas descrições da pequena cidade, de pouco mais de 18 mil habitantes, a criançada exaltou, principalmente, as belezas naturais e a hospitalidade do povo do município. O poema da aluna do 5 o ano Ana Francisca Machados dos Santos (ao lado) foi classificado para a etapa estadual da 4a edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro. reprodução EEB Manoel Estevão Furtado dc na sala de aula | Escolas estaduais DIÁRIO CATARINENSE, QUINTA-FEIRA, 30 DE OUTUBRO DE 2014 Texto de Ana Francinca Machado destacou a alegria do povo da cidade Poesia de Alessandra Gressin Calixto destacou as árvores e a lagoa que cercam a sua casa O poema de Allana Wunsche diz que ela pretende crescer e viver na cidade onde mora Luiz Felipe de Souza relembrou partes da história do município que tem tradições gaúchas 12