Ano 3 | Edição 5 | Maio 2012 Nasce um novo paradigma no cooperativismo do Estado Saiba como foram as principais ações do cooperativismo fluminense No Ano Internacional das Cooperativas, Sistema OCB/Sescoop-RJ realiza seminário em parceria com a ONU Pág. 22 www.sescooprj.coop.br SUMÁRIO PALAVRA DO PRESIDENTE 4 INSTITUCIONAL 5 PARCERIAS 9 VISITAS 17 AÇÃO PARLAMENTAR 18 PROGRAMAS 20 ANO INTERNACIONAL DAS COOPERATIVAS 22 FRENCOOP 26 REGISTROS 27 EVENTOS 30 INTERCÂMBIO 39 PROJETOS 40 COOPERATIVAS REALIZAM 42 OCB/SESCOOP 45 EXPEDIENTE Informativo da Federação e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Rio de Janeiro e do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado do Rio de Janeiro End.: Av. Presidente Vargas, 583, cj. 1.202-1.205 - Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20071-003 - Tel/fax: (21) 2232-0133 [email protected] - www.ocbrj.coop.br OCB/RJ - Diretoria Executiva - Presidente: Marcos Diaz (Habitacional); Vice-presidente: Jorge Meneses (Crédito); Secretário de Finanças: Gilberto de Araújo Motta (Crédito); Secretário de Cultura e Formação: Paulo Bastos de Araújo Junior (Agropecuário); Secretário de Gênero: Vinícius de Oliveira Mesquita (Transporte Intermunicipal); Secretário de Relações Sindicais e Institucionais: Henrique Alves do Nascimento (Transporte Municipal); Secretário Geral: Ildecir Rangel Sias (Trabalho). Conselho Fiscal - Efetivos: Carlos Alberto Zaranza (Crédito); Claudio Henrique da Silva (Transporte Interior); Carlos Henrique Rosa da Silva (Transporte Táxi); Suplentes: Sérgio Bittencourt Narcizo (Crédito); Vitor Patrão Manhães (Habitacional); Rosa Maria dos Santos (Trabalho). Sescoop/RJ - Diretoria Executiva - Presidente: Marcos Diaz Conselho de Administração - Efetivos: Robert Almeida Rios, Inês Cristina Di Mare Salles, Marcelo Dutra Medeiros e Ismael Lisboa; Suplentes: Nilson de Souza Bastos e Aline dos Santos Silva. Conselho Fiscal - Efetivos: Alessandro Portilho, Antônio Marcos Machado da Silva e Marcos Lorenz Melo de Abreu; Suplentes: Sérgio Vargas Barreto, Marcio Eduardo Nunes da Rocha e Manuel dos Prazeres Canelas. Superintendências - Administrativa: Jorge Lobo; Técnica: Jorge Barros. Conselho Editorial: Marcos Diaz, Jorge Meneses, Vinícius Mesquita, Maria Adelina Di Mare, Jorge Barros, Adelson Novaes e Cláudio Montenegro. Edição e Produção: Montenegro Comunicação Corporativa Jornalista Responsável: Cláudio Montenegro (MTb 19.027) Redator-Chefe: Leonardo Poyart (MTb 24.393) Textos: Cristiane Cunha e Thaís Penna Programação Visual: Fernanda Serodio e Graci Antunes Fotos: Leo Poyart e Divulgação Cooperativas Contatos: (21) 2215-9463 - [email protected] 4 Revista Cooperativismo Fluminense O primeiro ano de uma gestão do Século XXI Marcos Diaz, presidente do Sistema OCB/Sescoop-RJ O ditado popular diz que o tempo passa rápido. Na verdade, ele está tão acelerado que voa. Isso porque, serão completados, em 18 de maio de 2012, 365 dias da gestão ‘Uma OCB para o Século XXI’. PALAVRA DO PRESIDENTE Neste período, a Unidade do Rio de Janeiro do Sescoop desenvolveu diversas atividades onde a participação dos jovens esteve em evidência. Mas não foi somente a juventude que recebeu atenção especial da gestão atual do Sistema. Diretores, superintendentes, dirigentes e conselheiros atuaram de maneira prática para reunir informações e levar para cooperativas projetos e suprimentos para os anseios dos ramos nas mais diversas áreas e necessidades do cooperativismo fluminense. O Rio de Janeiro celebrou diversos eventos e encontros cooperativistas ao longo dos últimos 12 meses. O Sescoop/RJ procurou as cooperativas para identificar suas reais necessidades na área de capacitação, colocando-se, assim, na vanguarda, em consonância com os anseios do cooperativismo do Estado, com um levantamento conciso e estratégico, que está dando o norte necessário para o atendimento das cooperativas fluminenses ao longo de 2012. Foi o I Fórum do Orçamento Participativo. Muito já se conquistou e muito ainda há por vir. Houve momentos de debates, de criatividade e de trabalho em conjunto. Também momentos comemorativos e de troca de experiências e informações. Nas páginas desta revista, conheça as cooperativas que receberam atenção especial, aquelas que retornaram para o Sistema, que receberam seus registros na instituição e as que trabalham em prol do desenvolvimento de seu ramo de atividade e na localidade onde atuam. Leia, também, sobre os eventos e encontros que marcaram o primeiro ano da gestão ‘Uma OCB para o Século XXI’ e veja porque o Rio de Janeiro está se destacando nos cenários nacional, com parcerias estratégicas com prefeituras e parlamentares, e internacional, com ações com organismos como a Organização das Nações Unidas. Reforçamos nosso compromisso de promover a formação profissional por meio de uma educação inclusiva e de qualidade. É assim que se desenvolve uma nação. É preciso um modelo de economia justa, onde o elemento central é o bemestar coletivo. Crescer não somente pela individualidade, mas cooperando com todos por um bem maior. Conquistamos muito neste primeiro ano de gestão. E muitos estão por vir. Revista Cooperativismo Fluminense 5 Presidente da OCB reúne-se com lideranças no Rio de Janeiro Jorge Barros, Márcio Lopes, Jorge Meneses, Joel Naegele, Renato Nobile e Marcos Diaz pós quatro anos, o presidente da Unidade Nacional da OCB, Márcio Lopes de Freitas, visitou a sede da Unidade Estadual (UE) do Rio de Janeiro. Não se tratou apenas de uma visita institucional. Ele conheceu o projeto Fazendinha (centro de educação, formação e capacitação de empreendimentos com inovação e lideranças cooperativas) - parceria do Sistema OCB/Sescoop-RJ com a Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) -, e participou da assinatura dos termos técnicos desta parceria. Acompanhado do superintendente da OCB, Renato Nobile, Márcio Lopes reuniu-se com o presidente do Sistema OCB/Sescoop-RJ, Marcos Diaz, com diretores, conselheiros e o superintendente técnico do Sescoop/RJ, Jorge Barros, na sede do Sistema, no centro do Rio de Janeiro. Segundo Márcio Lopes, a parceria com a SNA é um embrião para um grande centro de formação cooperativista no Rio. “Nasce com o coração rural, ligado à SNA, e com a possibilidade de abertura para os demais ramos. Vejo com bons olhos este projeto que pode gerar muitos resultados positi- vos. O cooperativismo no Rio existe, é palpável e pode evoluir de maneira grandiosa”, disse. Segundo Renato Nobile, “encontramos um ambiente muito favorável para que as ações que estão sendo estruturadas realmente aconteçam. A sinergia (da UE) com outras instituições é importante para o desenvolvimento do cooperativismo, não somente no meio urbano, como também na área rural”, relatou, referindo-se ao reconhecimento e a valorização do cooperativismo no Estado. Em relação à estrutura, Nobile encontrou um ambiente muito bom, com o quadro de colaboradores estimulado. “Este é um ambiente muito propício ao desenvolvimento das cooperativas fluminenses”, acrescentou. “Esta visita do presidente da OCB mostra que ações como esta, com a SNA, resultarão na ampliação do cooperativismo fluminense”, resumiu Marcos Diaz. Para Jorge Barros, a presença de Márcio Lopes na Fazendinha demonstra a grandeza das ações realizadas no Estado. “Foi um momento ímpar na história do Sistema no Rio de Janeiro”, disse. INSTITUCIONAL A 6 Revista Cooperativismo Fluminense Ocesp no Rio de Janeiro N o dia 27 de fevereiro de 2012, quem visitou o Sistema OCB/Sescoop-RJ foi o presidente da Ocesp, Edivaldo Del Grande. Na ocasião, além de conhecer a realidade do Estado do Rio de Janeiro apresentada por Marcos Diaz, trocou opiniões sobre o cooperativismo nos estados e em nível nacional. A visita constituiu grande oportunidade para aprofundar o crescente diálogo no relacionamento das OCEs, não somente da região sudeste, mas em todo território nacional, com ênfase na construção e na troca de projetos de sucesso que contribuirão para a disseminação dos valores, doutrinas e princípios cooperativistas. Vinícius Mesquita, Marcos Diaz, Edivaldo Del Grande e Jorge Lobo Agenda Legislativa do Cooperativismo: desafios para 2012 N “ INSTITUCIONAL o Ano Internacional das Cooperativas, nossa meta é conquistar novos marcos regulatórios que serão determinantes para o desenvolvimento sustentável do setor. Para isso, contamos com o apoio e compromisso da Frente Parlamentar do Cooperativismo, a Frencoop”. Com essas palavras, o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, apresentou a sexta edição da Agenda Legislativa do Cooperativismo, em 28 de fevereiro, em cerimônia realizada na Fundação Casa do Cerrado, em Brasília. maior urgência na aprovação. Um deles é o adequado tratamento tributário ao ato cooperativo. Esse processo precisa ser compreendido. O que não queremos é a bitributação”, disse Márcio Lopes. A cerimônia de lançamento foi prestigiada por 360 pessoas, entre estas 55 deputados federais e 11 senadores. O evento contou com a presença do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, do presidente da Frencoop, senador Waldemir Moka, entre outras lideranças. Participaram, pelo Rio de Janeiro, o presidente Marcos Diaz, o vice-presidente, Jorge Meneses, e Robert Rios e Luiz Eduardo Pereira. “Mais de 400 projetos impactam de alguma forma o dia-a-dia do movimento, mas existem alguns pontos que pedem Robert Rios, Marcos Diaz, Márcio Lopes, Jorge Meneses e Luiz Eduardo Revista Cooperativismo Fluminense 7 A nova e dinâmica estrutura da Superintendência Técnica do Sescoop/RJ D iante dos múltiplos desafios que a atual Gestão tinha que enfrentar a partir de sua posse em 18 de maio de 2011, e sendo a Superintendência Técnica a mola propulsora do Sistema OCB/Sescoop-RJ, que carinhosamente denomino de chão da fábrica, houve necessidade imperiosa e estratégica de criar uma estrutura à altura da proposta a ser alcançada parcialmente ainda em seu primeiro ano de gestão, a fim de empoderar o Cooperativismo Fluminense, objetivando elevá-lo ao mesmo patamar dos demais Sistemas ‘S’ no Estado. volvimento Cooperativista; 2 - Coordenação de Educação, Formação e Capacitação. Além destas, outras três coordenações foram criadas: 3 - Coordenação de Contabilidade, Tributação e Assessoria Jurídica, (sendo esta desmembrada da Coordenação de Monitoramento); 4 - Coordenação de Projetos; 5 - Coordenação de Mercados; 6 - Coordenação Socioambiental. Apresentei o modelo a seguir à Diretoria e ao Conselho de Administração do Sescoop/RJ, que prontamente entenderam e aprovaram essa nova arquitetura que compõe a atividade fim do Sistema OCB/Sescoop-RJ. Estas seis coordenações compõem o chão de fábrica e a linha de produção do Sistema OCB/ Sescoop-RJ. As diversas ações empreendidas neste primeiro ano de mandato só foram possíveis devido à atual estrutura organizacional da Superintendência Técnica, conforme relatam os coordenadores, a seguir. 1 - Coordenação de Monitoramento e Desen- Jorge Marcos Barros, Superintendente Técnico do Sescoop/RJ • Ministra palestras de sensibilização e divulgação do cooperativismo como ferramenta competitiva. • Revisa documentos identificando pontos de melhoria. • Participa da criação da identidade cooperativista. • Atua em conjunto com os NACs, como canal direto de comunicação. • Identifica oportunidades que são repassadas à Capacitação Cooperativista. Luiz Claudio, Coordenação de Desenvolvimento Capacitação Esta Coordenação é uma das atividades finalísticas do Sescoop/RJ. Até maio, realizou 99 eventos na área de Formação Profissional atendendo 2.458 participantes, e, em Promoção Social, foram 32 eventos para 1.418 pessoas. • Administração e Infraestrutura, responsável por planejar, coordenar, executar e controlar os eventos, envolvendo o que os antecedem, bem como o pós-evento. • Formação e Capacitação Profissional, responsável por realizar contatos com cooperativas, elaborar programas e identificar instrutoria. • Promoção Social, responsável por palestras, seminários, fóruns, feiras e exposições, envolvendo as ações necessárias para sua realização. • Programas e Projetos, planejar, coordenar e executar programadas específicos, como o Jovem Liderança Cooperativista, Aprendiz e Cooperjovem. Cristiane Quaresma, Coordenação de Capacitação Desenvolvimento É a Coordenação que participa de todas as etapas do ciclo de vida de uma cooperativa e atende o Objetivo Estratégico do Sescoop nº 5: Monitorar desempenhos e resultados com foco na sustentabilidade das cooperativas. Mercados 8 Revista Cooperativismo Fluminense A Coordenação de Mercados foi criada com a função estratégica de propiciar o desenvolvimento das cooperativas, baseada na profissionalização e na sustentabilidade, em um ambiente favorável para fomentar e consolidar a intercooperação. • Articular a formação de alianças estratégicas através dos Arranjos produtivos Locais (APL’s), estimulando o ganho de escala. • Desenvolver pesquisas de mercado e consultoria junto às cooperativas para que possam alcançar mercados regionais e nacional com os seus produtos e serviços. • Divulgar oportunidades para as cooperativas fluminenses visando à intercooperação internacional, no Mercosul e nos países de Língua Portuguesa. Ghislaine Dalcin, Coordenação de Mercados A Coordenação de Projetos tem a finalidade de implementar a gestão dos programas estratégicos do Sescoop/RJ mediante a avaliação prévia, padronizando e apoiando a elaboração de projetos. • Executar o controle e o monitoramento integrado de mudanças. • Identificar e disseminar soluções compartilhadas e de boas práticas. • Ampliar e fortalecer a representatividade e a capacidade de agregação de interesses cooperativos. Projetos • Orientar e gerenciar a execução projeto. • Aprimorar a governança e a gestão do sistema cooperativista. Jerusa Marques, Coordenação de Projetos Contábil Coordenação responsável por analisar as questões tributárias das cooperativas. • Análise de Demonstrativos Contábeis enviados pelas cooperativas, orientando adequações de acordo com a Legislação em vigor. • Atendimento contábil/tributário de forma presencial, via telefone ou por e-mail às cooperativas. • Emissão de pareceres contábeis/tributários para as cooperativas e aos demais setores do Sistema. • Ministrar palestras, cursos e workshops de contabilidade para contadores e não contadores. Responsável por empreender todas as ações pertinentes a área ambiental e de inclusão social. Criado em junho de 2011 com foco na Lei Federal 12.305 (Política Nacional de Resíduos Sólidos), atua baseado nas vertentes: reciclagem de materiais sólidos e líquidos (óleos de cozinha, maquinário e automóvel) e reciclagem de entulho de obras. • Desenvolver e apoiar a constituição de cooperativas de reciclagem com inclusão social dos catadores de forma sustentável e sustentada. • Verificar documentação das cooperativas ambientais, com pareceres técnicos para orientação e registro, conforme Lei 5.764/71. Antônio Bispo, Coordenação Socioambiental Socioambiental INSTITUCIONAL Jorge Miranda, Coordenação Contábil Tributária Revista Cooperativismo Fluminense 9 Cooperação técnica com Mesquita Participaram da cerimônia os diretores da OCB/RJ Vinícius Mesquita e Henrique Alves, os superintendentes técnico do Sescoop/RJ, Jorge Barros, e administrativo, Jorge Lobo, o conselheiro do Sescoop/RJ, Robert Rios, a secretária de Meio Ambiente de Mesquita, Kátia Perobelli, os assessores da secretaria de Governo, Feliciano Inácio e Jorge Oliveira, além do representante do ramo Crédito e da CoopVale, José Carlos Neves, do consultor técnico do Sescoop/RJ, Luiz Pimenta, e da advogada do Sistema, Ângela Paolino. Diaz frisou sobre a importância da economia solidária como resultado para o cooperado, beneficiando os catadores, e que a política deve ser perene, sem vínculos partidários e em prol da população. “Buscar uma relação de economia solidária sem gestão não existe. É o cooperativismo como alternativa ao empreendedorismo.” A diretoria da instituição possui ações a serem empreendidas em todo o Estado. Mesquita, município da Baixada Fluminense, está em um local estratégico. Para Jorge Barros, o encontro foi marcante. “Neste momento de mudança e ocupação de um território determinante, que é a Baixada, com seis milhões de habitantes e 13 municípios, estamos agindo localmente, mas pensando globalmente”, descreveu. Arthur Messias lembrou que o cooperativismo sempre foi protegido por lei e que a missão do Sescoop/RJ é fundamental. “Fiquei impressionado com esta descoberta e com o desafio do Sescoop/RJ em tornar o cooperativismo em algo real, concreto”, disse o prefeito. Segundo Kátia Perobelli, que viabilizou esta ação histórica - tudo começou anos atrás enquanto Pimenta estava na superintendência do Sescoop/RJ.“Enquanto outros municípios pensavam em como se organizar, saímos na frente e estruturamos a coleta seletiva com os catadores. O aprendizado aconteceu na prática”, disse Kátia que lembrou, também, que Mesquita está criando a primeira agroindústria familiar. “É a agricultura familiar ligada à sustentabilidade, unida à realidade humana.” Para criar lideranças a fim de dar continuidade nas cooperativas que já nasceram, o Sescoop/RJ atuará na capacitação técnica dos trabalhadores e levará informações para aqueles que desejam abrir novas cooperativas. O prefeito de Mesquita com a camisa do cooperativismo PARCERIAS O presidente do Sistema OCB/Sescoop-RJ, Marcos Diaz, e o prefeito de Mesquita, Arthur Messias, assinaram minuta do Termo de Cooperação Técnica, no dia 14 de fevereiro, entre o Sistema e o município com o objetivo de desenvolver o cooperativismo na região. O prefeito disse que ficará honrado em materializar as ações cooperativistas. 10 Revista Cooperativismo Fluminense Sescoop/RJ sobe a Serra para viabilizar termo de cooperação T rabalhar a organização e a formação de cooperativas no município em Nova Friburgo, viabilizar a educação cooperativista e a intercooperação com os demais municípios são alguns focos das ações do Sistema OCB/Sescoop-RJ. zação da gestão ambiental do município através da formação dos servidores públicos. A proposta é desenvolver políticas e programas de capacitação ampla, abrangendo organizações da sociedade civil e cidadãos de todos os níveis sociais. Para que estes objetivos sejam atingidos, o superintendente técnico do Sescoop/RJ, Jorge Barros, representando o presidente do Sistema, Marcos Diaz, reuniu-se com o diretor da Escola de Políticas Públicas e Gestão Ambiental (EPGEA) da Secretaria do Meio Ambiente de Nova Friburgo, Fernando Cavalcante, para viabilizar a assinatura de Termo de Cooperação Técnica entre o Sistema e a Secretaria. É aí que entra a parceria com o Sescoop/RJ, que também desenvolverá uma cooperativa de coleta seletiva de resíduos, determinante nas propostas atuais de Governo, segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos. “Iremos levar nosso conhecimento na formação de cooperativas para o município em parceria com a EPGEA”, disse o superintendente técnico. A EPGEA é a primeira escola de governo em gestão ambiental fundada por uma prefeitura e tem como missão atuar nas questões de monitoramento ambiental, realizar pesquisas sobre mudanças climáticas e promover a profissionali- Nova Friburgo é o sexto maior pólo de confecção do país. Outra proposta, segundo Jorge Barros, é aproveitar as sobras de tecidos realizando intercooperação e desenvolvendo um arranjo produtivo com o município de Itaocara, outro grande produtor de peças para o vestuário. Quissamã recebe palestra N PARCERIAS o dia 18 de janeiro o prefeito de Quissamã, Armando Carneiro, recebeu o presidente do Sistema OCB/Sescoop-RJ, Marcos Diaz, o diretor da OCB/RJ, Vinícius Mesquita, o superintendente técnico do Sescoop/RJ, Jorge Barros, e o consultor técnico do Sescoop/RJ, Luiz Pimenta, que apresentaram os conceitos, valores e princípios cooperativistas com vários exemplos de sucesso. Foram analisados os parâmetros para a assinatura de um Termo de Cooperação Técnica entre a instituição e a prefeitura, para o fomento de palestras e cursos de gestão para as cooperativas de produção, trabalho, agropecuária e turismo e lazer daquela região, assim como o estímulo de uma cooperativa de crédito de livre adesão. Segundo o presidente do Sistema, é preciso investir na capacitação técnica e no treinamento dos gestores das cooperativas. “Estamos realizando parcerias a fim de promover o cooperativismo ao lado de todos os seus valores, princípios e doutrina”, frisou Diaz. Acompanharam este encontro o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Haroldo Cunha da Silva, o subsecretário, Saulo de Sousa, o assessor técnico, Márcio Barros, o diretor de produção do Alambique Alcantilado, Adão Penedo, e o representante da Cachaça do Zeca, Diogo Peralta. Foram traçados, também, direcionamentos para a etapa seguinte: uma palestra de sensibilização ministrada em janeiro pelo superintendente técnico do Sescoop/RJ no Centro de Tecnologia de Engenhos do município. Revista Cooperativismo Fluminense Parceria com Cedae propõe que egressos se reúnam em cooperativas Participantes durante a reunião com a Cedae: a expectativa é de sucesso E stão em andamento as negociações entre o Sistema OCB/Sescoop-RJ e a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) para viabilizar a ressocialização de egressos do sistema prisional por meio do cooperativismo. A proposta do Sescoop/RJ é ajudar na formação de mão-de-obra qualificada. A primeira reunião foi realizada em 29 de fevereiro, na Fazendinha, quando o superintendente técnico do Sescoop/RJ recebeu o coordenador de projetos de ressocialização da Cedae, Alcione Duarte. Participaram o coordenador do setor socioambiental do Sescoop/RJ, Antônio Bispo, o presidente da Cooperativa de Reciclagem Eu Quero Liberdade (Cooperliberdade), Robson Borges, e o assessor administrativo do Sescoop/RJ, Luiz Ribeiro do Amaral. Menina dos olhos Alcione Duarte lembrou que o programa mantém 300 egressos do sistema prisional trabalhando para a empresa em vários setores, como limpeza interna, obras, reflorestamento e no próprio gabinete da presidência. É a menina dos olhos da Cedae. Após dez anos de trabalhos, com os programas Replantando Vida e Trabalhando pela Liberdade, a companhia renova a natureza e reabilita vidas. Tanto na produção quanto na manutenção de mudas, a mão-de-obra utilizada é apenas do regime aberto e semi-aberto. Em seus viveiros são produzidas 1,5 milhão de mudas/ano. “Dez anos é pouco tempo para uma história que estamos escrevendo e o cooperativismo será funda- mental para multiplicarmos a ação”, ressaltou Alcione. A Cooperliberdade será uma das cooperativas que participará do Segundo dados forprojeto. Segundo necidos pelo Conselho Barros, o Sistema Nacional de Justiça, o começa a cumprir o Brasil possui a terceira seu papel de dar voz população carcerária para quem não tem do mundo, com quase voz. Após a reunião, 500 mil presos, atrás os participantes codos Estados Unidos nheceram o viveiro (2,2 milhões) e da de mudas da SNA Jorge Barros e Alcione Duarte China (1,6 milhões). na Fazendinha. 11 12 Revista Cooperativismo Fluminense Encontro inédito no Conleste E m encontro inédito entre o Sistema OCB/Sescoop-RJ e o Consórcio Intermunicipal do Leste Fluminense (Conleste), realizado no Centro de Integração do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), em fevereiro, foi proposto termo de cooperação que abrange área com 15 municípios. existente nas câmaras temáticas do Conleste com a experiência do Sistema OCB/Sescoop-RJ. Na parceria, a expertise do Sescoop/RJ será empregada para assessorar o município de São Gonçalo na organização de cooperativas. A ideia da instituição foi ao encontro da proposta já existente no consórcio na formação da Cooperativa de Habitação do Leste Fluminense (Habitaleste). De acordo com o gerente de relacionamento do Comperj, “a Rede Petrus é um aliado fortíssimo no projeto de fomento da sustentação econômica do município através de cooperativas.” Participaram da reunião o presidente do Sistema, Marcos Diaz, o superintendente técnico do Sescoop/RJ, Jorge Barros, o presidente do consórcio e prefeito de Tanguá, Carlos Pereira, o diretor geral do Conleste, Álvaro Adolfo, o secretário de planejamento de São Gonçalo, Luis Paiva, o gerente de relacionamento externo do Comperj, Renato Pedroso Lee, e o coordenador do Comperj, Oliver Cottlieb. PARCERIAS Conforme o presidente do Conleste, “é importante que haja sinergia no poder público, pois há municípios com problemas nas áreas habitacional e de transporte”. Será criado um plano de referência em cada segmento, unindo ao trabalho já Diaz acredita na política sem vínculos partidários em prol da população. “Precisamos investir na capacitação técnica e no treinamento de gestores das cooperativas. Para isso, necessitamos da outorga das prefeituras por meio destas parcerias.” Com um posicionamento global, Jorge Barros ressaltou que o elemento essencial é a Política Nacional de Resíduos Sólidos. “Ela mexe com a vida de um milhão de catadores e tem como epicentro o cooperativismo, onde propõe a formação de empreendedores solidários cooperativistas em toda sua cadeia de valores, que são: lixo industrial e doméstico, reciclagem do óleo de fritura e de resíduos da construção civil”, frisou. A reunião foi acompanhada pelo diretor da OCB/RJ, Henrique Nascimento, pelo conselheiro do Sescoop-RJ, Robert Rios, pelo coordenador do setor socioambiental do Sescoop/RJ, Antônio Bispo, pelo assessor administrativo do Sescoop/RJ, Luiz Ribeiro do Amaral, além de outras 50 autoridades e profissionais da área ambiental. Participantes posam para foto ao término da reunião Revista Cooperativismo Fluminense Série de visitas ao interior D ando sequência à série de visitas ao interior do Rio de Janeiro para estruturar as relações da instituição com as prefeituras municipais, objetivando assinatura de termos de parceria, o superintendente técnico do Sescoop/RJ, Jorge Barros, esteve, em abril, nas cidades de Silva Jardim, Casimiro de Abreu, Itaboraí, Tanguá e Rio Bonito. Os encontros aprimoraram a parceria já iniciada com o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Leste Fluminense (Conleste). A Escola de Qualificação Profissional, localizada em Tanguá, será base para o desenvolvimento das ações na região. O intuito das visitas foi tratar de parcerias de políticas públicas complementares em cooperativismo através da criação de Termo de Cooperação Técnica, Plano de Trabalho e Projeto, para a formação e a capacitação de cooperativas de resíduos sólidos e de agentes ambientais para o reflorestamento do bioma da Mata Atlântica. Diante da assinatura do Termo de Cooperação com o Conleste (rede composta por 15 municípios do entorno), realizado em São Gonçalo, na sede do Conleste, dia 8 de fevereiro, o Sistema OCB/Sescoop-RJ faz estas visitas para estabelecer critérios em forma de ponte para ações, pro- Fachada da Escola de Qualificação postas e projetos com os demais municípios que necessitam de estrutura básica sobre os aspectos organizacionais e da sistematização de dados sobre suas realidades. De acordo com Barros, é necessário continuar esta relação com o interior do Rio de Janeiro, com o propósito de ampliar, fortalecer e empoderar o cooperativismo. “Fico entusiasmado por conta do recebimento que tivemos, por exemplo, da subsecretária da Escola de Qualificação Profissional, Luciane Carvalho, que nos apresentou as instalações e se prontificou a trabalhar conosco para reunir sugestões a fim de expandir qualitativamente e quantitativamente o cooperativismo fluminense”, frisou. Luciene Carvalho e Jorge Barros Nesta série de reuniões, participaram o assessor da superintendência, Luiz Amaral, o secretário de Agricultura de Silva Jardim, Marcos Vinícius Torres, o subsecretário de Meio Ambiente, Jorge Ribeiro, a secretária de Assistência Social, Trabalho e Habitação de Tanguá, Ana Cristina, o diretor da Secretaria de Assistência Social, Marcos Quintanilha, fiscal de Meio Ambiente, Leonardo Carneiro da Motta, o diretor de Educação Ambiental de Casimiro de Abreu, Marcos Vinícius, e a secretária de Meio Ambiente, Carmen Motta. 13 14 Revista Cooperativismo Fluminense Sistema e SNA inauguram instalações do Projeto Fazendinha O Sistema OCB/Sescoop-RJ selou acordo com a Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), no dia 15 de dezembro de 2011, no evento de inauguração do ‘Projeto Fazendinha’, um centro de educação, formação e capacitação de empreendimentos com foco em inovação cooperativista, com área para aulas teóricas e práticas. Inicialmente, será dada atenção para os ramos Agropecuário, Trabalho e Especial. A mesa de abertura da cerimônia foi composta pelo presidente do Sistema OCB/Sescoop-RJ, Marcos Diaz, pelo superintendente técnico do Sescoop/RJ, Jorge Barros, pelo presidente da SNA, Antônio Melo de Alvarenga Netto e pelo vice-presidente da SNA, Joel Nagle. Estiveram presentes cerca de 200 pessoas, dentre autoridades, dirigentes e lideranças cooperativistas do Estado do Rio de Janeiro. O secretário de Estado de Agricultura, Christino Áureo, dentre outras autoridades e presidentes de cooperativas encaminharam mensagens de congratulação pela iniciativa. As equipes técnica e administrativa do Sistema OCB/Sescoop-RJ também participaram. Este novo ambiente de negócios do cooperativismo fluminense conta com uma localização estratégica, em uma área de 150 mil m², conhecida como Fazendinha, localizada na Penha (zona norte do Rio). Ao todo, são quatro salas de aulas, galpão com equipamentos para atividades práticas, viveiro de mudas, auditório, além de espaço administrativo reformado pelo Sescoop/RJ. A Fazendinha - campo operacional das ações do Sescoop no Rio de Janeiro - propicia um melhor aprendizado por contar com um ambiente arborizado, passando a sensação de tranquilidade e tirando aquela pressão da sala de aula comum em um ambiente corporativo. De acordo com Marcos Diaz, esta é apenas a linha de partida. “Temos o compromisso de ver, em breve, a bandeira do Sescoop/RJ desfraldada no mesmo patamar sócio-econômico, cultural e político das demais entidades do ‘Sistemas S’, através de ações estratégicas, táticas e operacionais de adequação e projeção do cooperativismo fluminense para os desafios impostos pela globalização de mercado”, disse. Revista Cooperativismo Fluminense Para o vice-presidente da SNA, Joel Nagle, o sentimento é uma mistura de alegria e sonho realizado. Militante do cooperativismo, Joel lembrou que, durante anos, o setor rural não recebeu atenção necessária por parte das instituições cooperativistas. “Foi um crime porque no agronegócio do Rio várias cooperativas sumiram, fecharam as portas. Neste momento, o sistema cooperativista despertou para o ramo. Esta união é o início para a recuperação de um tempo perdido”, descreveu. Projetos “A governança cooperativa é um grande arco de aliança, com a união de forças para a construção de ações estruturantes do Sistema. Estamos concretizando um verdadeiro sonho”, disse Jorge Barros. O presidente da SNA ressaltou que, nos 115 anos da instituição, o associativismo sempre recebeu ênfase. Ele lembrou que a instalação desta base operacional partiu da assinatura do convênio entre as entidades, em outubro de 2011. “O cooperativismo no Rio de Janeiro está efetivamente sendo estruturado e administrado sem vícios políticos. Vamos desenvolver o agronegócio por meio de ações estratégicas com parceiros importantes. A SNA congrega pessoas e empresas que possuem o espírito cooperativo e de harmonia”, disse. Durante a inauguração foram apresentados os projetos que já estão sendo desenvolvidos e outros que serão direcionados para esta nova área. São ações voltadas para o treinamento e capacitação de gestores e diretores de cooperativas. Destacam-se o Programa de Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF), o Balde Cheio e workshops sobre identificação geográfica em parceria com o Ministério de Agricultura, além de congresso sobre a cadeia apícola do Estado do Rio de Janeiro. No ramo Especial as ações visam a formar cooperativas de gestão ambiental e de reciclagem de resíduos sólidos, com objetivo de reunir catadores de materiais recicláveis que trabalhavam em lixões da cidade, capacitando-os no cooperativismo para atender a PNRS. Participantes lotam o auditório, registro do momento da inauguração do espaço e da palestra de Jorge Barros 15 16 Revista Cooperativismo Fluminense Emater/Rio e Sescoop/RJ iniciam parceria C om a proposta de que os escritórios da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio de Janeiro (Emater/Rio) localizados em cada um dos 92 municípios sejam elemento propagador das ações do ramo Agropecuário do cooperativismo, o Sescoop/RJ, por meio do superintendente técnico Jorge Barros e da analista, a engenheira agrônoma Sabrina Oliveira, reuniram-se no dia 26 de abril na Emater São Gonçalo para as tratativas iniciais de desenvolvimento de um termo de parceria técnica de projetos diversos, entre os quais está prevista a capacitação em cooperativismo dos 160 novos profissionais contratados pela Emater/Rio, em seu último concurso. “Estamos abrindo novos caminhos com a Emater/Rio para termos em cada município um local para difundir e capitalizar as cooperativas do ramo Agropecuário. Será um ganho em escala”, disse Barros. Para isso, estão sendo desenvolvidas parcerias estratégicas com várias instituições, como a Secretaria de Agricultura (através da Emater/ Rio), a SNA e o Mapa. “Não caminhamos sozinhos. Estamos com os parceiros principais de cada setor, sempre observando o que está na proposta do Sistema OCB/Sescoop-RJ, que é o princípio da governança compartilhada”, concluiu o superintendente. Participaram da reunião, o diretor-presidente da Emater/Rio, Justino Antônio da Silva, o diretor técnico, Ricardo Mansur, o coordenador de operações, Paulo Márcio Mundim, o agente de desenvolvimento social, Éderson Costa, e a gerente estadual de agroindústria, Solimar Oliveira de Farias. Sistema participa de 3º Congresso de Municípios D PARCERIAS ebater oportunidades e desafios da gestão pública e da sustentabilidade foram os principais objetivos do 3º Congresso Fluminense de Municípios, promovido pela Associação Estadual de Municípios do Rio de Janeiro (Aemerj), realizado nos dias 3 e 4 de maio, no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro. O presidente do Sistema OCB/Sescoop-RJ, Marcos Diaz, participou da cerimônia de abertura, que foi marcada pela presença de quase a totalidade dos 92 prefeitos do Rio de Janeiro, além do vice-governador e secretário de Infraestrutura, Luiz Fernando Pezão, e do secretário de Agricultura, Christino Áureo. O foco do Congresso foi a convergência de es- forços e a articulação de diferentes formas de recursos para o fortalecimento e o aperfeiçoamento das gestões municipais em prol da governança local e do compartilhamento de competências entre os entes federados. A governança global, um dos temas da Rio+20, também fez parte da programação do Congresso, que abordou outras questões, como: oportunidades de desenvolvimento geradas por eventos de grande porte, turismo, mobilidade urbana, saúde, educação e oportunidades de créditos e financiamentos para gestão municipal. Participaram cerca de 4.000 pessoas nos dois dias de evento. Revista Cooperativismo Fluminense Copnavem 17 Febracom A diretoria da Cooperativa de Trabalho de Navegação Marítima Ltda (Copnavem), através de seu presidente, Gilson Moura, da diretora administrativa, Zilda Paixão, e do assessor, João Paciello, foram recebidos para reunião com o presidente do Sistema OCB/Sescoop-RJ, com foco em gestão, educação e capacitação cooperativista. A cooperativa foi fundada por profissionais marítimos em 1996 e possui área de atuação a bordo de unidades, dependências empresariais e agenciamento marítimo em geral. A presidência do Sistema participou da reunião Gilson Moura, Marcos Diaz, João Paciello e Zilda Paixão A diretoria da Febracom, que reúne 54 cooperativas de reciclagem do Rio de Janeiro, encontrou-se no Sistema OCB/Sescoop-RJ para tratar dos propósitos da Política Nacional de Resíduos Sólidos e da reaproximação da Febracom com o sistema cooperativista fluminense. Bordadeiras de Natividade O presidente do Sistema falou sobre os valores e princípios que norteiam o cooperativismo e a estrutura que a instituição tem para atender a todas as solicitações, não Vinícius Mesquita, Marcos Diaz, Jorge Barros, Vania Mendonça, Alcione Vieira e Luiz Claudio somente por esta cooperativa, mas por todas as outras que fazem parte do Sistema. O Sistema recebeu a Cooperativa das Bordadeiras de Natividade. A presidente Vania de Medeiros Mendonça e a diretora financeira Alcione Vieira trataram de pauta do ramo Produção com foco nas demandas apresentadas pela cooperativa Foram abordadas soluções conjuntas para a melhoria na organização dos departamentos, fomentando as áreas de gestão e capacitação, vislumbrando parcerias para desenvolver a cooperativa. VISITAS desde o monitoramento, passando pelas coordenações de mercado e capacitação, e o Programa Nacional de Conformidade (PNC). 18 Revista Cooperativismo Fluminense Parlamentares conhecem o Sistema OCB/Sescoop-RJ Linha de trabalho do Rio de Janeiro segue exemplo da UN P romover o debate sobre o cooperativismo e traçar estratégias para a representação do setor nas câmaras de vereadores de todo o país. Esses foram os objetivos do Encontro Nacional de Legislativos Municipais, realizado em 8 de março em Brasília (DF). Baseados na ação da Unidade Nacional, a OCB/RJ está aproximando sua relação com diversos parlamentares do Rio de Janeiro para que eles tenham maior conhecimento sobre o cooperativismo. A Casa do Cooperativismo Fluminense foi apresentada a deputados e vereadores, que conheceram os princípios que norteiam o cooperativismo e toda a estrutura do Sistema OCB/Sescoop-RJ. Foram exibidos os vídeos institucionais e debatidas pautas sobre as atividades das cooperativas no Estado e o que pode ser feito, politicamente, para a melhoria da vida dos cooperativados. Segundo o conselheiro Robert Rios, o objetivo é que os deputados e senadores conheçam plenamente as demandas e as ações do cooperativismo. “Estamos fazendo uma sinergia para que eles conheçam de perto as nossas atividades e, em contrapartida, para que tenhamos base forte para montar uma Frente Parlamentar no Estado do Rio de Janeiro”, concluiu. Carlos Alberto Lopes traça ações em parceria para o ramo Táxi AÇÃO PARLAMENTAR Em encontros com o deputado federal Carlos Alberto Lopes na sede da OCB/RJ, foram traçadas ações que irão auxiliar o ramo Transporte com foco no segmento Táxi. Foram abordadas soluções conjuntas para a melhora no atendimento e na organização dos taxistas do Rio de Janeiro. O deputado apresentou projetos que pretende desenvolver para os taxistas nas áreas de saúde, educação, habitação e sistema de georeferenciamento. Discutiu-se, também, a proposta de criar uma cooperativa de crédito a fim de viabilizar recursos para os projetos e uma feira específica para o segmento, a Expotáxi RJ. Segundo Diaz, esta é uma das mais importantes categorias profissionais do Estado. “Temos uma atenção especial com todos os taxistas. São dezenas de cooperativas registradas na OCB/RJ, o que mostra a força da categoria”, disse. “A feira proposta será um importante espaço para a reflexão de temas relevantes do setor e uma forma de melhorar a qualidade no atendimento e na conduta dos motoristas, beneficiando a população”, frisou Carlos Alberto Lopes, um dos mentores da ‘Operação Lei Seca’, que aproximou os taxistas da população. Revista Cooperativismo Fluminense Áureo surpreende-se com a força do cooperativismo Em março, o deputado federal Áureo (PRTB/ RJ) visitou a sede do Sistema e foi recepcionado pelo presidente Marcos Diaz, pelo diretor de gênero da OCB/RJ, Vinícius Mesquita, pelo superintendente técnico do Sescoop/RJ, Jorge Barros, pelo conselheiro do Sescoop/RJ, Robert Rios, dentre outros diretores. dúvidas de que podemos desenvolver belíssimos trabalhos no Rio de Janeiro. Com uma parceria e um contato mais próximos, certamente melhoraremos as atividades”, ressaltou. O deputado surpreendeu-se com o Sistema cooperativista e disse que este modelo de gestão é promessa para o futuro, mas já é uma realidade. “Não tenho Ramo Habitacional em pauta com Edson Santos Desenvolver o cooperativismo habitacional no Rio de Janeiro com ações de políticas públicas e práticas. Este foi o assunto principal do encontro em março com o deputado federal Edson Santos. Ele e seus assessores, recebidos pelo presidente Marcos Diaz, diretores e profissionais da instituição, debateram sobre a dificuldade em viabilizar crédito para as cooperativas habitacionais por meio de programas como o ‘Minha Casa, Minha Vida’, do Governo Federal. “É preciso, à luz das normas deste Programa, sanar dificuldades para que as cooperativas possam desenvolver seus projetos. Uma das questões, por exemplo, é o elevado custo dos cartórios”, afirmou Edson Santos. Foi proposto um levantamento de áreas disponíveis para a construção de moradias pelas cooperativas no Estado. “Acreditamos que a dificuldade nas cooperativas é a gestão. O Sescoop/RJ existe para que se possa levar conhecimento e educação para o crescimento dos cooperados”, afirmou o presidente Diaz. “O cooperativismo é um ideal a ser atingido” Com esta frase, o secretário especial do gabinete do Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro, vereador Luiz Antônio Guaraná, findou reunião com o presidente Marcos Diaz, o superintendente Jorge Barros e com o presidente da Uniodonto Caxias, Adilson Alves da Silva. Guaraná recebeu o convite do Sistema para integrar a Frencoop/RJ. Diaz ressaltou as frentes abertas no cooperativismo fluminense. “Estamos igualados às demais Unidades Estaduais, em busca do fortalecimento político para desenvolver o cooperativismo como um todo. A cooperativa que nasce e se desenvolve conosco tem uma vida perene”, frisou. Luiz Guaraná disse que dará encaminhamento às demandas. “O olhar em políticas públicas é diferenciado, independente de governo, é sustentado e amplo.” 19 20 Revista Cooperativismo Fluminense IATF fortalece agropecuária leiteira O Estado do Rio de Janeiro possui cerca de 15 mil produtores de leite. O número de cooperativas agropecuárias nos últimos anos, porém, não aumentou. Pelo contrário, devido a problemas de gestão, segundo especialistas, houve redução. Mas há ilhas de excelência, como Barra Mansa e Macuco. Para mudar esta realidade, o Sistema OCB/Sescoop-RJ está se reunindo periodicamente com os outros atores, como é o caso da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA).Em março teve início a segunda fase do projeto de fortalecimento da agropecuária leiteira do cooperativismo fluminense, na sede da SNA. A primeira fase foi a assinatura de um termo de pareceria (leia box). Participaram da reunião o superintendente técnico do Sescoop/RJ, Jorge Barros, o diretor da OCB/RJ, Vinícius Mesquita, o presidente da Coop Macuco, Silvio Marini, o representante do ramo Agropecuário do Rio de Janeiro, Márcio Carneiro, o presidente da SNA, Antônio Alvarenga, além de coordenadores do Sescoop/RJ, representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e consultores. PROGRAMAS Vinícius Mesquita, representando o presiden- te Marcos Diaz, disse que a questão deve ser debatida democraticamente e que a base precisa participar. “É preciso trabalhar a conscientização dos produtores rurais, baseando-se nos pilares da gestão profissionalizada passando pela logística da produção, beneficiamento, distribuição e comercialização dos produtos”, apontou. Segundo Jorge Barros, não há cooperativas que não podem ser recuperadas. “O Sistema é a voz dos pequenos produtores. O momento que o Estado do Rio de Janeiro está passando é ímpar. Talvez o caminho mais fácil para a recuperação do setor não seja o ideal, mas é necessário planejar ações concretas”, ressaltou. De acordo com Barros, foi priorizado o ramo Agropecuário, em especial o lácteo. “É preciso implantar uma atuação eficiente e eficaz para as cooperativas se posicionarem no mercado de forma economicamente sustentável”. O membro da diretoria da SNA, Alberto Figueiredo, fez um retrospecto do agronegócio e traçou um diagnóstico do setor lácteo fluminense. Ressaltou o aumento na tributação do leite com o passar dos anos. “Segundo estudos da FGV, na O superintendente técnico Jorge Barros (em pé) durante a reunião na SNA Revista Cooperativismo Fluminense prática não há grande diferença nos valores pagos pelo leite no Rio de Janeiro comparando-se com outros estados”, disse. Para ele, as cooperativas estão em uma encruzilhada: unirem-se para chegar ao sucesso ou permanecerem isoladas e sumirem gradativamente. a cadeia láctea e as cooperativas estão ficando para trás”, afirmou ressaltando, também, que existe um rigoroso controle na qualidade do leite e que os consumidores estão cada vez mais exigentes. Para Antônio Alvarenga, o que falta no setor é gestão. “Podem existir dezenas de dificuldades, mas é preciso disseminar conhecimento para fortalecer o segmento”, frisou, lembrando que organizar a economia de escala, assim como as indústrias fazem, será importante para a sobrevivência das cooperativas. Gilberto Mascarenhas, do Mapa, fez um paralelo da situação do setor com o mercado francês do vinho. “Na França, fusões entre os pequenos produtores foram necessárias para alcançar um grupo forte e competitivo”, disse, destacando alguns pontos fundamentais: estratégia de mercado, fortalecimento da marca e economia de escala. O presidente da Coop Macuco, personagem ocular da história do leite no Rio de Janeiro, ressaltou que o diálogo é importante para a tomada de decisão. “A OCB/RJ precisa assumir a discussão e o debate político para recuperar as cooperativas”, enfatizou Silvio Marini. “O Brasil passa por uma grande mudança em toda O momento atual é de sensibilidade no setor para mudar a qualidade do leite no Estado. Este encontro debateu a necessidade de uma ação urgente e os participantes propuseram um evento para discutir o cooperativismo de leite com todos os produtores. Escolher o melhor caminho será a saída para o segmento. Acordo garante pagamento aos médicos veterinários cooperativistas do IATF O Sistema OCB/Sescoop-RJ e a Cooperativa de Médicos Veterinários do Estado do Rio de Janeiro (Unimev Rio) assinaram, em fevereiro, um termo aditivo ao Termo de Cooperação Técnica realizado entre o Sistema e a Secretaria de Estado de Agricultura e Pecuária (Seapec) em setembro de 2011 com o objetivo de viabilizar as ações e o pagamento aos médicos veterinários cooperativistas que estão trabalhando no projeto de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) na pecuária leiteira do cooperativismo Fluminense. O acordo prevê a realização de 2,4 mil inseminações. Segundo o presidente do Sistema OCB/Sescoop-RJ, Marcos Diaz, é preciso uma constante oxigenação da estrutura cooperativista no Rio de Janeiro. “Estamos aqui para trabalhar para as cooperativas. Intermediamos o processo em prol do desenvolvimento do associado e da estrutura como um todo.” Para o ex-presidente da Unimev Rio, Márcio Carneiro, o Estado está interiorizando sabedoria. “Acreditamos que, em breve, participaremos de novos projetos de inseminação artificial. Isso porque a força do cooperativismo está no ramo Agropecuário”, disse, acrescentando que a qualidade diferenciada nos procedimentos é resultado de um trabalho profissional constante. O IATF é um projeto com foco na promoção do desenvolvimento com maior troca de conhecimento. Em andamento, a parceria com a Secretaria de Agricultura amplia o melhoramento do rebanho leiteiro do Estado para pecuaristas do Programa Rio Genética. 21 22 Revista Cooperativismo Fluminense Sistema OCB/Sescoop-RJ fecha parceria inédita com ONU/FAO/OIT ANO INTERNACIONAL DAS COOPERATIVAS O presidente e o superintendente durante visita à ONU-RJ A diretoria do Sistema OCB/Sescoop-RJ realizou parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU) e seus organismos, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) na promoção de seminário alusivo ao Ano Internacional do Cooperativismo e à RIO+20, que acontecerá no dia 30 de maio. O evento será no Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro, e contaraá com o lançamento do livro ‘Cooperativismo Contemporâneo: Caminho para a Sustentabilidade’, do pesquisador da Casa de Rui Barbosa e cientista social, Júlio Aurélio Vianna Lopes, que está sendo editado pelo Sescoop/RJ. O evento, que acontecerá das 9h às 18h, abordará questões sobre a importância do trabalho das cooperativas para o desenvolvimento sustentável e as ações de combate à fome. O Ano Internacional das Cooperativas é fruto da estreita relação entre a Aliança Cooperativa Internacional (ACI) e a ONU, que têm como objetivo comum buscar o desenvolvimento econômico susten- tável, a mitigação da pobreza e a intercooperação. Dessa aproximação, resultou, em 2009, a Resolução A/RES/64/136, que instituiu o ano comemorativo. O slogan escolhido para nortear as ações de 2012 é “Cooperativas constroem um mundo melhor”. A temática reflete não apenas o espírito cooperativista, mas também o compromisso do segmento com o desenvolvimento global. Com isso, a ONU sugere ações que mostram o cooperativismo como instrumento para geração de renda e, consequente, redução da pobreza. O diretor-geral da FAO, José Graziano, anunciou, em janeiro, a recriação do departamento de cooperativismo da agência. O objetivo é oferecer cooperação técnica para grupos de pequenos e médios produtores, que, segundo Graziano, são líderes incontestáveis em alguns segmentos agrícolas. “O apoio à agricultura familiar e o cooperativismo ajudaram muito a projetar a imagem positiva que o Brasil tem lá fora. Estamos usando essa imagem para alavancar o apoio internacional ao cooperativismo”, declarou. Revista Cooperativismo Fluminense “Onde existem políticas públicas de desenvolvimento sustentável, incorpora-se o cooperativismo”, resumiu o diretor do Centro de Informação das Nações Unidas (Unic-RJ), Giancarlo Summa. Por meio de cooperativas, os pequenos agricultores ganham condições de assinar melhores contratos para seus produtos. O representante da FAO no Brasil, Gustavo Chianca, lembra que as cooperativas ajudam a organizar a produção de alimentos dos pequenos agricultores. “As ações do cooperativismo são cruciais se levarmos em conta o fato de que 70% da população carente e faminta está no campo. Por meio das cooperativas, os pequenos agricultores ganham condições de assinar melhores contratos para seus produtos, ao mesmo tempo em que evitam desperdícios para o mercado local”, disse. “O foco de sustentabilidade também passa pela agricultura familiar, instrumento real de luta contra a fome. Estamos internacionalizando o Sistema OCB/Sescoop-RJ e, por extensão, o cooperativismo brasileiro”, ressaltou Jorge Barros. Em Brasília, Barros e o diretor da OCB/RJ, Henrique Alves, reuniram-se com o diretor adjunto da OIT Brasil, Stanley Gacek, visando a promover e fortalecer o ramo Trabalho, o “cooperativismo urbano”, conforme Barros destacou. “Este é o ramo que mais cresce no mundo globalizado e globa- lizador”, disse. Alinhando-se com as estratégias da OCB Nacional, encontraram-se com o superintendente da OCB, Renato Nobile, para trabalhar a mobilização e a arregimentação das demais OCEs para este evento. De acordo com o presidente Marcos Diaz, entre as ações estratégicas que a atual gestão demandava a fim de empoderar o cooperativismo como um todo, através do momento ímpar em que se encontra o Estado do Rio de Janeiro até 2016, “esta singular ocasião que o ano de 2012 oferece é a mais representativa oportunidade nacional e internacional para o cooperativismo brasileiro”, disse. Portanto, “conclamamos a todas as OCEs, através de seus presidentes, diretores, conselheiros e superintendentes, a se engajarem nesta singular jornada a fim de mudar a história do cooperativismo brasileiro, preconizado no XIII Congresso Brasileiro do Cooperativismo e no I Encontro Brasileiro dos Pesquisadores do Cooperativismo”, completou Diaz. Objetivos do Ano 2012 Dentre outros objetivos, destacam-se: - Aumentar a consciência pública sobre as cooperativas e os benefícios aos seus membros, a contribuição para o desenvolvimento social e À esquerda, Henrique com Stanley Gacek e Jorge Barros. Acima, Henrique e Gustavo Chianca 23 24 Revista Cooperativismo Fluminense Em entrevista, president cooperativismo A entrevista a seguir foi produzida pela equipe econômico e a integração com os objetivos de desenvolvimento do milênio; - Promover a conscientização na rede global sobre o cooperativismo e seus esforços para fortalecer as comunidades, democracia e paz; - Promover a criação e o crescimento de cooperativas e ações para atender às necessidades socioeconômicas do setor; ANO INTERNACIONAL DAS COOPERATIVAS - Encorajar os governos para estabelecer políticas, leis e regulamentos que levam à criação, crescimento e sustentabilidades das cooperativas. A escolha de 2012 pela ONU para ser o Ano Internacional das Cooperativas é nada mais que justo, pois o cooperativismo é um movimento que gera qualidade de vida para 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo. No Brasil, teve início no final do século XIX, quando imigrantes trouxeram a bagagem cultural, o trabalho associativo e a experiência de atividades familiares comunitárias. Com a propagação da doutrina, as cooperativas tiveram sua expansão num modelo autônomo, voltado para suprir as necessidades dos próprios membros, evitando a dependência de outros atores. Se você acredita no ideal da cooperação, participe. Seja mais cooperativo. O presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, fala da importância de 2012 para o cooperativismo. De acordo com ele, há espaço potencial para que o movimento cooperativista - que valoriza e prioriza o capital humano e não o lucro - se desenvolva ainda mais e o desafio é sensibilizar a sociedade para a prática cooperativista de forma mais incisiva neste ano. Sistema OCB – A ONU declarou 2012 como o Ano Internacional das Cooperativas. Isso impacta de que maneira na imagem do movimento? Márcio Lopes de Freitas (MLF) – A declaração da ONU confirma a contribuição efetiva do movimento cooperativista mundial para a redução da pobreza, a partir da geração de trabalho e renda. É um reconhecimento internacional do importante papel que tem o setor para a promoção do desenvolvimento sustentável. A iniciativa das Nações Unidas abre novas oportunidades porque os olhares estarão voltados para as nossas cooperativas. Sistema OCB – Qual é a mensagem a ser transmitida? MLF – Vamos aproveitar esse momento para mostrar de que forma já contribuímos e podemos somar ainda mais para o desenvolvimento global, por meio da prática dos valores e princípios cooperativistas, que têm como alicerces a união e a integração. A intenção é disseminar essa essência a um número ainda maior de pessoas, em todos os cantos do mundo, e mostrar que a força desse movimento está na valorização do capital humano. Sistema OCB – Que ações estão sendo realizadas? Ao centro, Giancarlo Summa, da Unic-RJ MLF – Nosso objetivo é fazer com que a população reconheça no seu dia-a-dia a presença e a importância das cooperativas. Queremos mostrar que o alimento que chega às casas e os serviços financeiros ou de transporte podem vir de uma cooperativa. A ideia é mostrar como trabalhamos, sensibilizando e convidando as pessoas a fazerem parte desse movimento. Revista Cooperativismo Fluminense te da OCB revela as ações e necessidades do o na economia brasileira e mundial de Comunicação da Unidade Nacional da OCB e distribuída para veiculação para as Unidades Estaduais Sistema OCB – As perspectivas para um futuro próximo estão propícias a um crescimento maior? MLF – Há espaço potencial para que o movimento amplie o campo de atuação. O crescimento mais forte virá com o tempo, que será somado ao investimento no profissionalismo da gestão dos negócios e na evolução dos mecanismos de governança. Para isso, contamos com um ator social determinante: o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop). Sistema OCB – Quais vertentes precisam ser trabalhadas para fomentar o seu desenvolvimento? Sistema OCB – E a médio e longo prazos, há um planejamento predefinido? MLF – A Aliança Cooperativa Internacional (ACI) já iniciou um trabalho de sensibilização dos representantes das Nações Unidas para que 2012 seja o primeiro ano de uma década dedicada a um fomento mais intenso à prática cooperativista. Nós apoiamos essa ação e disseminaremos a ideia ao governo brasileiro. Sistema OCB – Como avalia o desempenho das cooperativas no Brasil, nos últimos anos? MLF – Conquista de um espaço maior na economia nacional, consequência de um olhar voltado à profissionalização da gestão. Temos trabalhado para oferecer produtos e serviços com qualidade crescente, que se tornem referência nos mercados interno e externo. Hoje, nossas 6.652 cooperativas reúnem 9 milhões de cooperados e geram 298 mil empregos diretos. Juntas, têm uma movimentação econômico-financeira de R$ 97 bilhões. Alguns ramos mais tradicionais já se firmaram, como o agropecuário, crédito, saúde e transporte. MLF – O crescimento das cooperativas está ligado à evolução da sociedade, ou seja, as pessoas precisam desenvolver a cultura da organização social. Para acelerar essa trajetória, precisamos trabalhar com mais ênfase a educação cooperativa disseminando os conceitos e os princípios do cooperativismo. É preciso ter em mente que a cooperativa é, acima de tudo, um negócio e, portanto, deve ser gerida com profissionalismo. Sistema OCB – E a OCB, de que forma atua? MLF – A função do órgão é criar um ambiente favorável ao desenvolvimento das cooperativas. A interlocução com os poderes constituídos (Executivo, Legislativo e Judiciário) está entre as ações prioritárias. Atuamos estrategicamente com o intuito de esclarecer e reforçar as particularidades do cooperativismo, contribuindo para o crescimento do setor. Sistema OCB – Qual será o principal legado? MLF – O diferencial do cooperativismo é ser formado por organizações de pessoas. Estamos falando de um movimento que valoriza e prioriza o capital humano e não o lucro. Logicamente que, ao ser constituída, a cooperativa atende às necessidades sociais, mas também econômicas, de um grupo. Afinal, tem o objetivo de gerar trabalho e renda com inclusão social. 25 26 Revista Cooperativismo Fluminense Mendes quer Frencoop Municipal A partir da esquerda, Geneci Leme Monsores, Agostinho da Silva Pereira, Rubem Moura, Luis Eduardo, Jorge Barros, Marcio Nami, Ernandes Correa e Eni Ferreira de Andrade O município de Mendes (RJ) saiu na frente com alguns vereadores solicitando informações detalhadas para comporem a Frente Parlamentar Municipal do Cooperativismo (Frencoop), após palestra realizada em fevereiro, na Câmara de Vereadores. Esta é uma demonstração de atuação conjunta entre a Cooperativa de Crédito de Mendes (Cremendes) e o Sistema OCB/Sescoop-RJ. FRENCOOP Tudo começou com a Cremendes abrindo o caminho. Em seguida, vieram os jovens que participaram da 1ª turma do Programa de Formação de Jovens Lideranças Cooperativistas, realizado pelo Sescoop/RJ em 2011. Os alunos realizaram um trabalho sobre a preservação do patrimônio cultural da cidade e, indicados pelo cooperado e assessor da Cremendes, Luiz Eduardo, foram até o vereador Rubem Carlos Moura – que é associado da cooperativa – para desenvolver a pesquisa de campo. Foi assim que o vereador aproximou-se da diretoria da Cremendes e do Sistema. O espaço foi aberto na Câmara e, com a palestra `A importância estratégica do princípio socioeconômico do cooperativismo como ferramenta de políticas públicas e desenvolvimento local sustentável´, proferida pelo superintendente técnico do Sescoop/RJ,Jorge Bar- ros, os vereadores, funcionários públicos e moradores conheceram o que é a verdadeira essência do cooperativismo. “O século XXI é o século do empreendedorismo e, como força matriz, está o cooperativismo. Seu papel é trabalhar de maneira ampla com desenvolvimento local sustentado e sustentável”, disse Barros. Na palestra, apresentou vídeos e falou sobre a importância da cultura cooperativista com um resgate histórico de sua origem. Os vereadores conheceram a estrutura macro do processo e pretendem, agora, desenvolver projetos em prol da população. Após a apresentação, os vereadores Rubem Moura, Ernandes Luiz Correa e Eni Ferreira de Andrade manifestaram publicamente interesse em participar da Frencoop Municipal. Para o presidente da Câmara de Mendes, Rubem Moura, é de fundamental importância o Sistema OCB/Sescoop-RJ ter uma estrutura completa. “O Legislativo abriu as portas para promover a divulgação do trabalho e a apresentação foi importante para conhecermos todos os detalhes. Colocamo-nos à disposição para uma aproximação com os legítimos representantes cooperativistas do Estado e a Frencoop virá para disseminar esta cultura de transformação social”, disse. Revista Cooperativismo Fluminense 27 Sicoob Central Rio O momento é de mudança para o ramo crédito no Estado do Rio de Janeiro. Com a chegada de uma central, as operações para cooperativas deste segmento poderão ser otimizadas, beneficiando os associados e desenvolvendo o cooperativismo fluminense. O Sicoob Central Rio filiou-se à OCB/RJ, que entregou em fevereiro o seu Registro Provisório. Participaram da cerimônia, na sede do Sistema OCB/Sescoop-RJ, o presidente Marcos Diaz, o presidente do Sicoob Central Rio, Luiz Antônio Ferreira de Araújo, a diretora Mary Virginia Northup, os diretores Ildecir Sias e Henrique do Nascimento, o coordenador de Desenvolvimento Cooperativista, Luiz Claudio, o presidente da Cecremef, Francisco Carlos Bezerra da Silva, o presidente da CoopVale, Angelo Galatoli, dentre outros representantes do ramo. Segundo Diaz, com esta nova Central o cooperativismo de crédito crescerá. “Foram seis anos sem uma Central. O Estado ficou defasado. Hoje, o crédito é que mais insere dinheiro no país. Mas no Rio ainda não é assim. Temos a preocupação em investir em gestão das cooperativas com foco nas pessoas e com a Central, o modelo de governança cooperativa tem maior possibilidade de ser aplicado”, disse. De acordo com Luiz Antônio, o caminho é a união de esforços. “Temos a oportunidade de mostrar que o cooperativismo do Rio de Janeiro está à altura do Brasil e que vai readquirir a tradição histórica de pioneirismo. Integramos o maior Sistema do Brasil, o Sicoob, sendo a 15ª Central e ocupando a 10ª posição no ranking, já começamos acima da média. Lutamos para mostrar que aqui existem pessoas realmente cooperativistas e que desejavam retomar uma Central no Estado. Conseguimos e agora caminharemos juntos”, relatou. A Elite Rádio Táxi recebeu o registro provisório em abril. O presidente Marcos Diaz entregou para o presidente da cooperativa, Ártico Marcelo, que estava acompanhado do conselheiro fiscal Antônio Carlos. A cooperativa iniciou suas atividades em outubro de 2005 e hoje possui 57 associados. Atende a todos os tipos de passageiros, inclusive empresas. Os carros são novos, com no máximo cinco anos de uso e com máquina eletrônica para pagamento em cartão. A Elite Rádio Táxi, localizada em Niterói, está com uma nova geração à frente da cooperativa. “Temos a responsabilidade em cuidar do patrimônio de quase 60 famílias e precisávamos de orientações técnicas e administrativas em diversas áreas”, disse Ártico Marcelo, dirigindo-se à importância da OCB/RJ em orientar e nortear as ações. “Receber este registro é um marco para nós. Iremos programar a participação dos cooperados nos treinamentos do Sescoop/RJ, que é referencial no Rio de Janeiro”, completou. REGISTROS Elite Rádio Táxi 28 Revista Cooperativismo Fluminense Mistura Carioca A Mistura Carioca, Cooperativa de Artesãos do Estado do Rio de Janeiro, recebeu em abril o registro provisório, entregue pelo presidente Marcos Diaz, para a presidente da cooperativa, Sandra Cappelli, que estava acompanhada de Maria Alice de Carvalho (vice-presidente), Adélia Ribeiro (diretora administrativa) e Thereza Christina (financeiro). ção de papel, mosaico, entre outros. Dentre as atividades externas, destaca-se participação da cooperativa em um grande evento realizado na praia de Copacabana, no qual coordenou estandes de artesanato de vários municípios. Para a Mistura Carioca, a importância do registro também é para auxiliar nas conformidades administrativas. “Buscamos a OCB/RJ para o nosso crescimento e poder caminhar corretamente. Iremos participar de cursos oferecidos pelo Sescoop/ RJ para aprofundar o conhecimento e de nossos cooperados”, diz a presidente Sandra Cappelli. Em funcionamento desde junho de 2010, desenvolvem trabalhos de artesanato em geral, utilizando diferentes matérias-primas e técnicas, como pacthwork, pintura, tricô, crochê, reutiliza- Aerotáxi A Aerotáxi (Cooperativa de Transporte de Táxis Convencionais) recebeu o Registro Provisório, na sede do Sistema OCB/Sescoop-RJ. A Aerotáxi opera há 20 anos no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim (Galeão). Hoje, tem um quadro de 188 cooperados e 26 funcionários. Os veículos possuem quatro portas, ar-condicionado, seguro e são vistoriados diariamente pelo conselho de ética e disciplina da cooperativa. REGISTROS A Aerotáxi oferece a seus passageiros que retornam ao Galeão desconto de 20% nas corridas. Para os cooperados, uma das vantagens é o Fundo de Auxílio, que oferece tranquilidade no desempenho do seu trabalho. Participaram na entrega do registro, o presidente Marcos Diaz, o presidente do SindCoop Táxi, Milton Dias Filho, o presidente da Aerotáxi, Paulo Cesar Jorge da Silva, e o vicepresidente da OCB/RJ, Jorge Meneses. Coopgeribá Búzios A cooperativa Coopgeribá Búzios recebeu registro provisório em outubro. Participaram o presidente da cooperativa, Sebastião Afonso de Souza Moreira, o presidente da OCB/RJ, o coordenador do Conselho Fiscal, Alessandro Heleine Rodrigues, e o diretor administrativo, Carlos Augusto Martins. Revista Cooperativismo Fluminense CoopaSãoJoão A Cooperativa dos Produtores de Areia da Bacia Hidrográfica Lagos de São João (CoopaSãoJoão), representada pelo presidente Gilmar Prado Jacob, recebeu o registro provisório da OCB/RJ em março. Este é um momento importante para a CoopaSãoJoão, pois participarão de treinamentos do Sescoop/RJ, recebendo auxílio e diretrizes para a realização de um trabalho com mais confiança. Gilmar Jacob, juntamente com mais 21 cooperados, fundaram a cooperativa em 14 de maio de 2009, com o objeto de atender ao interesse público local, que era o desassoreamento do rio São João, o principal de Silva Jardim (RJ), responsável pelo manancial de água da Lagoa de Juturnaíba, reservatório destinado ao abastecimento de água das cidades da Região dos Lagos. CoopLiberdade T rabalhar a reciclagem do óleo de cozinha usado, transformando-o em produtos de limpeza, como o sabão vegetal. É com este objetivo e com área de atuação focada na comunidade do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro, que a CoopLiberdade desenvolve suas atividades. A maioria dos cooperados é de egressos que identificaram no grupo uma alternativa para o desenvolvimento e crescimento social. O Sescoop/RJ está capacitando os profissionais em cooperativismo e desenvolvendo parcerias para o crescimento da cooperativa. e cooperados, além de diretores e coordenadores do Sistema OCB/Sescoop-RJ. A entrega foi feita pelo presidente Marcos Diaz. “Nossa preocupação é desenvolver a cooperativa e fazer com que ela permaneça no mercado, podendo caminhar com as próprias pernas”, comentou Diaz. O presidente Robson Borges recebeu, em nome da cooperativa, no dia 15 de maio, o registro provisório da OCB/RJ. Participaram a diretoria CoopItamarati O presidente Marcos Diaz entregou o registro provisório da OCB/RJ para a Coop Itamarati, em maio, que foi representada pelo secretário da cooperativa, Hélio Pereira de Rezende, que representou o presidente Jorge Vianna. Também participaram da entrega o cooperado Joel Pereira e o coordenador de Desenvolvimento Cooperativista do Sescoop/RJ, Luiz Claudio. A Cooperativa de Transportes Alternativos de Petrópolis (Coop Itamarati) iniciou suas atividades em janeiro de 2012, atuando com turismo local, no atendimento a hotéis e pousadas, com vans novas e seminovas e a previsão de aquisição de microônibus. como estratégia de crescimento, a cooperativa busca realizar fretamento no município. “Iremos nos capacitar em cooperativismo, participando dos cursos do Sescoop/RJ, que certamente nos trará benefícios e conhecimentos”, afirma Hélio Rezende. 29 30 Revista Cooperativismo Fluminense Cooperativas de Táxis debatem situação do ramo em seminário Marcos Diaz durante a abertura do evento realizado na Fazendinha T EVENTOS rês propostas concretas foram retiradas do seminário “Novos caminhos para o ramo Táxi – desafios e propostas para o setor no atual cenário socioeconômico do Rio de Janeiro” do ramo Transporte/Táxi, promovido em maio pelo Sistema OCB/Sescoop-RJ: a criação de uma cooperativa de crédito para cooperativas de táxis e seus cooperados do Estado do Rio de Janeiro, a criação de um Conselho para a categoria taxista e a realização da primeira feira do segmento no Rio de Janeiro - a ExpotaxiRJ. Além disso, para a continuação dos debates que envolvem o ramo, foram definidos encontros programados para toda última segundafeira do mês, no auditório do Projeto Fazendinha. O seminário contou com a presença de cerca de 100 lideranças taxistas do Estado. A mesa de abertura foi composta pelo presidente do Sistema, Marcos Diaz, pelo diretor da OCB/RJ, Vinícius Mesquita, pelos deputados federais Carlos Alberto Lopes e Edson Santos, pelo deputado estadual Paulo Ramos, pelo presidente da Sociedade Nacional de Agricultura, Antônio Alvarenga. Diaz falou das ações que o Sistema desenvolve nos diversos ramos, especificamente no Transporte/Táxi. “Precisamos nos unir para demonstrar a capacidade de organização e de como somos importantes para a economia do Estado”, disse. O deputado Paulo Ramos lembrou uma frase que ouvira na infância: “O cooperativismo é uma forma superior de gestão que privilegia o trabalho e elimina a figura do patrão”. Ele disse que está reencontrando o cooperativismo e que sabe como a classe taxista sofre pressão. “Apresentei um Projeto de Lei para que somente cooperativas e associações passem a atender empresas”, lembrou, como uma das propostas à categoria. “Tenho compreensão do significado e dos resultados do trabalho sério de uma cooperativa”, concluiu. Ações para o ramo Coordenador geral da Operação Lei Seca, o deputado federal Carlos Alberto Lopes relatou a criação e o desenvolvimento desta política pública de governo e o que ela significa para o segmento. “Este é o projeto da minha vida. E os taxistas fazem parte deste importante programa”, disse, ressaltando ainda que são dois os focos principais da Lei Seca: sensibilização e fiscalização. Segundo o deputado, é consenso, por exemplo, que os taxistas precisam de previdência comple- Revista Cooperativismo Fluminense mentar, plano de saúde, casa própria, transferência de permissões de falecidos para suas famílias e de cassados para os auxiliares. Ele compartilha a ideia de unir cooperativas e associações numa organização estadual, onde o poder de barganha é maior do que a atuação isolada. “É o princípio de que a união faz a força. Mas é preciso mudar a visão da categoria, e a OCB/RJ se apresenta como a entidade ideal para assumir este papel”, acrescentou. Desafios Conhecedor dos problemas da categoria, Vinícius Mesquita ressaltou que a OCB/RJ trabalha em busca de soluções. “A instituição está à disposição.” Foram lembrados, também, os desdobramentos dos processos licitatórios de pontos de táxis. Os grandes desafios da cidade do Rio de Janeiro, o papel do Sescoop/RJ na capacitação do profissional do ramo Táxi e a parceria do Sistema com o Sebrae em ações para o fortalecimento do segmento foram temas que o superintendente técnico do Sescoop/RJ, Jorge Barros, tratou em sua apresentação. “A governança diz que juntos somos fortes. Esta reunião é uma prova tácita de que a diretoria atual deseja fortalecer o cooperativismo perante a sociedade e as autoridades públicas”, disse. Interlocutor do segmento, o deputado Edson Santos lembrou que o trabalho é de parceria e que a força parlamentar está presente para defender a categoria, realizando uma interface com seus pares em Brasília. “Vamos trabalhar numa ação de uma espécie de primária de Frente Parlamentar do Táxi”, frisou. O deputado está tramitando na Câmara um Projeto de Lei que prevê a redução de impostos para a compra de veículos novos para taxistas. Paulo Ramos, Carlos Alberto Lopes e Edson Santos Cooperativa de Crédito Alavancar negócios é desenvolver uma central de Crédito. Dentre os principais objetivos para sua criação destacam-se empréstimos com taxas competitivas, aplicações conservadoras, desenvolvimento de produtos, cota capital que funcionará como previdência e sobras rateadas entre os que movimentam a cooperativa. A consultora e professora da FGV, Myrian Lund, comentou sobre a necessidade de um estudo de mercado e do desenvolvimento de um plano de negócios. “É preciso profissionalizar a diretoria executiva e o corpo técnico em finanças”, disse. Para isto haverá apoio do Sistema OCB/Sescoop-RJ e do Sicoob Central Rio na gestão empresarial. “Em uma cooperativa de Crédito, a chance de perdas é muito pequena”, acrescentou Diaz. O que diz a Lei Encontrar na legislação um caminho que assegure o trabalho da categoria e mudar a forma de atuação no mercado. O assessor jurídico do Sistema, Abdul Nasser, falou sobre a natureza deste tipo de serviço. Segundo ele, no âmbito jurídico, o serviço de táxi é tratado como serviço público, outorgado por permissão, conforme diz o Artigo 175 da Constituição Federal. “Se é um serviço público, é preciso licitar”, questionou. A Lei Orgânica do Município, que se refere em parte aos taxistas, informa que é um serviço que precisa ser licenciado. ExpotaxiRJ Ao término do seminário, Marcos Diaz e Carlos Henrique Rosa apresentaram a proposta da primeira feira do segmento na cidade, a Expotáxi RJ – Feira de Fornecedores de Produtos e Serviços para o Ramo Táxi, Frotistas e Similares. “Mais que uma simples feira de cunho comercial, a Expotáxi RJ terá seu foco principal na capacitação profissional. Demonstraremos nossa importância para a cidade, mas precisamos nos organizar ou seremos atropelados pelas empresas que já estão organizadas”, concluiu Carlos Henrique. A feira, que conta com o patrocínio do Sistema OCB/Sescoop-RJ, tem data marcada para setembro de 2012, em local a ser confirmado em breve. 31 32 Revista Cooperativismo Fluminense Dia Internacional do Crédito O evento foi realizado no Hotel Guanabara P ara exaltar as conquistas e promover os ideais cooperativistas, comemora-se no mês de outubro o Dia Internacional do Cooperativismo de Crédito. O Rio de Janeiro celebrou a data em 21 de outubro passado, com um evento onde participaram 210 pessoas, entre as quais presidentes e diretores financeiros de cooperativas filiadas ao Sistema OCB/Sescoop-RJ. Na mesa de abertura, participaram o presidente Marcos Diaz, o vice-presidente Jorge Meneses, o diretor e administrador da Fenacred, Paulo Muniz, o representante do Banco Central, Luciano Balinsque, o diretor do Sebrae-RJ, Evandro Peçanha, a diretora do Sicob Central, Myrian Lundi, e o assessor jurídico do Sistema, Ronaldo Gaudio. EVENTOS O evento contou com uma palestra motivacional e organizacional do professor Augusto Uchôa com o tema ‘Mudança Corporativa: aspectos relacionados à liderança, a gestão de equipe e a motivação’, que deu um recado ao público: “Vocês não podem ter uma casca desprovida de conteúdo, pois não sobreviverão no mercado.” De acordo com o presidente do Sistema, a retomada deste evento é proporcional ao que se entende como cooperativismo. “Este encontro vem junto com o surgimento da Central de Crédito e tem um grande valor simbólico”, completou. Segundo Meneses, o apoio da diretoria da Fenacred foi fundamental para a realização. “O evento é muito importante pois integra associados, parceiros e diretoria. Sem os associados, nada seria possível, pois eles são o alicerce da pirâmide”, concluiu o também presidente da Fenacred. “O cooperativismo de crédito é uma alternativa que tende a criar opções para a sociedade como um todo. Acredito nessa quebra de paradigmas, nesse novo modelo”, declarou o superintendente técnico do Sescoop/RJ, Jorge Barros. Em sua doutrina, o cooperativismo de crédito propõe melhorar o desenvolvimento social por meio do econômico. Com seus fundamentos de ajuda mútua, responsabilidade, comportamento ético, igualdade, democracia, solidariedade e transparência, há oportunidade de escolha em serviços financeiros oferecidos pelas cooperativas. Depoimentos Ivenia Silva, superintendente da CoopJustiça: “Estávamos desacreditados dos acontecimentos. Mas este pensamento está mudando, como acompanhamos no evento e no surgimento da Central. Isto é muito importante.” José Walter Alves, presidente da Coopfispro: “Comemorar este dia serve para lembrar da importância em estar à frente do processo. É um momento de restabelecimento do cooperativismo de crédito e extremamente relevante que cada um faça um pedacinho para, juntos, restabelecermos o cooperativismo no Rio de Janeiro.” José Nivaldo Góes, diretor financeiro da Cecremef: “Estou no cooperativismo há mais de 35 anos e este é um momento marcante pela capacidade de multiplicar o segmento no país. Que outros encontros venham pois são muito significantes para o cooperativismo.” Revista Cooperativismo Fluminense Encontro da Família Cooperativista reúne 300 pessoas H ouve momentos esportivos. E também momentos para dançar, tirar fotos (muitas fotos), trocar informações. E teve um espaço especial para os familiares levarem seus bebês. O parquinho infantil estava lotado: os filhos (e os pais) não saíam de lá. Tiveram os mergulhos na piscina, o jogo de sinuca, de pingue-pongue, distribuição de sorvete, pipoca e algodão doce também. E para o almoço, churrasco oferecido pelo Sistema OCB/Sescoop-RJ para os mais de 300 cooperados, familiares e funcionários de cooperativas. Participaram o presidente, diretores, superintendentes, conselheiros e funcionários da Unidade Estadual. Isso tudo porque, pela primeira vez no cooperativismo fluminense, uma reunião bem familiar como esta promoveu a integração de cooperados e seus familiares. O local escolhido foi a sede campestre da CoopCorreios, localizada em Guapimirim. Para lá, no dia 19 de novembro de 2011, foram quatro ônibus repletos de participantes. Foi o primeiro da gestão atual do Sistema, que propõe que os ramos conversem entre si para constituir ideias. O Sescoop/RJ distribuiu kit com bolsa, folheto, boné e squeeze. O resultado deste encontro pode ser lido nos depoimentos daqueles que fizeram deste dia um momento inesquecível. Participantes comentam Jorge Meneses, vice-presidente da OCB/RJ: “Há muito tempo estudamos a possibilidade de fazer um evento como esse para integrar as cooperativas do Estado. A ideia é justamente que associados, diretoria e presidência se conheçam de perto para troca de informações.” Carlos Zaranza, presidente da CoopCorreios: “É muito bom poder contribuir com a organização do evento de integração da família cooperativista. Foi ótimo e tudo feito com muita dedicação.” Inês Cristina Di Mare Salles, conselheira do Sescoop/RJ: “Um encontro como este fortalece as relações. Esta é a aposta da atual gestão: que a gente se una, se fortaleça e que o Rio apareça.” Henrique Alves, diretor da OCB/RJ: “A família cooperativista precisa ter este tipo de confraternização para agregar valor. Este relacionamento humano é importante para compreendermos a importância do cooperativismo e com um único objetivo: buscar a solidez.” Adelson Novaes, assessor da OCB/RJ: “As pessoas estão discutindo mais política e integração. Precisamos ser mais integrados, ter dinâmica maior e avançar, mas com a consciência de que isso não acontece imediatamente.” O evento foi realizado na sede campestre da CoopCorreios 33 34 Revista Cooperativismo Fluminense Uniodonto Ferjes e Sistema OCB/Sescoop-RJ EVENTOS Marcos Diaz (ao centro) durante a abertura do evento O Encontro das Uniodontos do Estado do Rio de Janeiro, promovido em parceria com o Sistema OCB/Sescoop-RJ e a Federação das Uniodontos do Estado do Rio de Janeiro (Uniodonto Ferjes) nos dias 25 e 26 de novembro de 2011, contou com 50 participantes, entre presidentes, diretores e colaboradores de diversas singulares do Sistema Uniodonto. Foram mensagens de otimismo e palestras que mostraram a situação atual do setor em diversos aspectos operacionais e jurídicos. O superintendente técnico do Sescoop/RJ, Jorge Barros, falou da parceria nos projetos e o cooperativismo no contexto da realidade sócio-econômica ambiental brasileira. A diretora de Operações e Mercados da Uniodonto Ferjes, Kênia Acciarito, comentou que este foi o primeiro de vários encontros a serem promovidos em conjunto. “Uma empresa de sucesso necessita ser orientada no mercado para conhecer detalhadamente o seu público-alvo”, disse. O presidente Marcos Diaz lembrou que ações estão se materializando. “Algumas experiências com as Uniodontos estão dando certo e, canalizando as demandas através de uma Federação, o resultado será melhor para a implantação”, disse Diaz, que recebeu uma placa oferecida pelo Sistema Uniodonto, reconhecendo as ações que estão sendo desempenhadas pela atual gestão do Sistema OCB/Sescoop-RJ. Para o diretor administrativo financeiro da Uniodonto Ferjes, Marcos Antônio de Souza, o encontro foi importante para alinhar as ações em atenção às necessidades mercadológicas. Ele também apresentou a padronização da logomarca e da identidade visual da Ferjes. Para o presidente da Ferjes, Carlos Alberto Pêgo, o evento iniciou uma nova página no cooperativismo. “Precisamos capacitar colaboradores e dirigentes com os novos conhecimentos de gestão”, disse. Para ele, foi especial para o engrandecimento do setor. “O presidente da OCB/RJ foi quem nos procurou para montar o evento. Estamos próximos ao Diaz e o admiramos porque ele respira e transpira cooperativismo”, contou. O assessor jurídico do Sistema OCB/Sescoop-RJ, Ronaldo Gaudio, apresentou o cooperativismo e mercado odontológico na Saúde Suplementar. O convidado especial foi Marcelo Ortega, autor do livro ‘Sucesso em Vendas’, que fez uma apresentação motivacional. Ele levou inúmeras mensagens resgatando a paixão e a grandeza em concretizar negócios. “Se você não estiver comprometido com a venda da cooperativa, estará jogando sua instituição fora”, disse. “Objetivos foram feitos para serem superados. Pense grande, comece pequeno e cresça rápido”, finalizou. Revista Cooperativismo Fluminense Dia Internacional das Mulheres com colaboradoras do Sistema “Mulheres, ainda podemos MAIS.” E se depender daquelas que trabalham no Sistema OCB/Sescoop-RJ, podem muito mais. A frase estava afixada no auditório da instituição. O local ficou pequeno com a presença das colaboradoras do Sistema que participaram de evento em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, em 8 de março. O presidente Marcos Diaz abriu o encontro lembrando a presença feminina em cargos de liderança no Brasil. “As mulheres conseguiram postos nunca antes imaginados. Temos o exemplo da Presidenta da República e Ministras do atual governo.” O diretor de gênero da OCB/RJ, Vinícius Mesquita, disse que, infelizmente, as políticas ainda não são iguais para homens e mulheres. “Uma das questões é o retorno financeiro no mercado de trabalho. Porém, já existem grandes avanços em leis como a de proteção da mulher.” O superintendente administrativo do Sescoop/RJ, Jorge Lobo, acenou a possibilidade de uma comemoração especial no próximo ano. “Vamos desenvolver um projeto para agregar ainda mais mulheres cooperativistas”, adiantou. A conselheira do Sescoop/RJ, Inês Di Mare, lembrou que a ACI é presidida atualmente por uma mulher, Dame Pauline Green, e que este encontro faz parte das políticas de gênero apresentadas na campanha da atual gestão. “Foi discutida, à luz da perspectiva da Secretaria Nacional da Mulher, com o olhar sobre o plano de trabalho da 3ª Conferência da Mulher, realizada em dezembro de 2011, a situação da mulher no mundo e no Brasil. Experimentamos melhores condições de acompanhar os processos de trabalho na área de Gênero no cooperativismo”, disse. “Tivemos um brasileiro na presidência da ACI, Roberto Rodrigues, que encampou o compromisso de uma política de Gênero. Esta ação se desdobrou nos continentes ampliando a organização das mulheres nos países”, lembrou a conselheira. Durante o dia foi realizada a integração da equipe com um relato histórico, exibido o filme ‘Acorda Raimundo’ e rodas de conversa sobre a temática da mulher. Também foi destaque a apresentação de um projeto da Coopas (Cooperativa de Produção Audiovisual) sobre a Biblioteca Virtual, por sua diretora administrativa, Fernanda Nascimento. “É gratificante ver as pessoas conhecerem novas culturas e melhorarem a maneira de escrever e de falar, por meio da troca de livros entre os cooperados”, disse. Uma das participantes mais motivadas foi a técnica de Capacitação Cooperativista do Sescoop/ RJ, Mariana Castor de Freitas. “Foi um momento muito bom onde entendemos o percurso das lutas e conquistas das mulheres para que hoje possamos ter direitos conquistados”, relatou. Colaboradoras posam para foto oficial 35 36 Revista Cooperativismo Fluminense Estratégias para o resgate do ramo Agropecuário P ara recuperar a cadeia leiteira fluminense, o Sistema OCB/Sescoop-RJ está desenvolvendo uma série de ações. O objetivo do primeiro encontro com as cooperativas agropecuárias, realizado em setembro de 2011, em Casimiro de Abreu, teve como foco o leite. Cerca de 50 presidentes e diretores de 17 cooperativas participaram. O encontro foi resultado das visitas realizadas em 15 municípios onde as cooperativas de produção de leite operam. Marcos Diaz ressaltou urgência da questão do leite no Estado. “Por muito tempo o ramo Agropecuário ficou parado, sendo nosso dever nos redimirmos perante as cooperativas e fazermos o nosso papel”, disse. “Na preparação do leite, mantidas as atuais condições, as pequenas cooperativas tendem ao fim se não buscarem, em ganhos de escala, a redução dos custos.” EVENTOS “É preciso pensar em uma logística que considere fusões, que não significa descaracterizar as singulares. Nossas cooperativas precisam lançar mão do máximo de eficiência e podem contar com o Sescoop/RJ como parceiro”, continuou. O vice-presidente da Sociedade Nacional de Agricultura, Joel Naegele, com 50 anos de setor, fez uma retrospectiva histórica sobre o caso da CCPL, vítima, segundo ele, de políticas públicas traiçoeiras. “O leite é um produto nobre para a população”, disse o produtor rural, comentando o novo momento do Sistema. “Em todo este tempo, nunca vi a OCB/RJ fazendo um trabalho voltado aos produtores com o objetivo de identificar quais são os entraves”, frisou. O coordenador do Programa Rio Genética, Luiz Altamiro Garcia, lembrou a importância do Programa de Inseminação por Tempo Fixo. “Temos interesse em manter todo o abastecimento do leite com o produto sendo produzido no Estado.” Já o secretário de Agricultura de Casimiro de Abreu, Ubirajara Pina, representando o prefeito Antônio Marcos, acredita na necessidade em segurar o homem do campo nesta atividade. O superintendente técnico do Sescoop/RJ, Jorge Barros, durante palestra, lembrou que este é um momento oportuno para ampliar o debate. Participantes em Casimiro de Abreu Revista Cooperativismo Fluminense O representante do Departamento Nacional de Cooperativismo (Denacoop), Eduardo Mello Mazzoleni, lembrou que este é um mercado fundamental para a sociedade. O Rio de Janeiro produz 500 mil litros de leite/ dia e consome três milhões. “Existem oportunidades e precisamos aproveitá-las. Em relação à questão financeira, cada centavo importa. É um setor que trabalha com margens muito pequenas”, destacou. Ele citou três importantes pilares para que a intercooperação aconteça: planejamento em conjunto, transformar as boas ideias em comprometimento e gestão conjunta. O chefe do setor de fomento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Celso Merola, reforçou que o Mapa irá concentrar forças para o segmento. “Temos a oportunidade de trabalhar com indicações geográficas locais, mas um problema é que boa parte do solo tem capacidade de produção reduzida”, argumentou. O especialista em cooperativismo, Francisco Zappi, apresentou uma proposta de projeto piloto integrado para o desenvolvimento do ramo com visão de curto, médio e longo prazos. “Existe uma similaridade de proposição entre os atores. Temos que pensar em projetos para desenvolver o segmento com um único foco”, acrescentou. Estiveram presentes o secretário de desenvolvimento econômico de Casimiro de Abreu, José Henrique, o secretário de Fazenda de Araruama, Carlos Roberto, além de diretores e presidentes de cooperativas agropecuárias. Também participaram o assessor da OCB/RJ, Luiz Amaral, o colaborador da OCB/RJ no ramo, Henrique Magno, os representantes dos NACs Noroeste e Sul Fluminense, Willian Azevedo e Silvio Bruno, e os técnicos de desenvolvimento cooperativista do Sescoop/RJ. Palestrantes explicam quais os caminhos possíveis para o resgate do ramo Agropecuário 37 38 Revista Cooperativismo Fluminense Encontro de Monitoramento: salto de qualidade para as cooperativas N os dias 26 e 27 de janeiro, as unidades de Monitoramento e Desenvolvimento Cooperativista do Sescoop Rio de Janeiro, Espírito Santo e Distrito Federal, participaram de um encontro sobre a aplicação da Diretriz Nacional de Monitoramento. O treinamento contou com visita técnica na Cooperativa de Médicos Veterinários do Estado do Rio de Janeiro (Unimev Rio), cooperativa piloto no Estado. O presidente Marcos Diaz lamentou que algumas cooperativas estão fechando por dificuldades de gestão. “Como técnicos e dirigentes, entendemos que era realmente necessário um sistema regulador e instrumental para as cooperativas”, disse. “Acreditamos que a ferramenta será de grande importância para o novo momento do sistema, pois atua com foco na inclusão social e no desenvolvimento do cooperativismo”, acrescentou o superintendente técnico do Sescoop/RJ, Jorge Barros. Os participantes receberam capacitação do módulo de Acompanhamento da Gestão Cooperativista I, que tem o objetivo de avaliar a conformidade legal da cooperativa. Foram resgatadas as diretrizes dos programas e realizada a capacitação do instrumento, mostrando como será na prática. EVENTOS Para Susan Miyashita Vilela, gerente de Monitoramento e Desenvolvimento do Sescoop, é preciso identificar o que pode ser melhorado internamente. “Este programa presume ser simples e ao mesmo tempo completo para atender cooperativas de todos os portes”, resumiu. “O Sescoop/RJ contará com uma série de ferramentas para acompanhar as cooperativas desde seu nascimento, passando por todas as fases de maturação. Estes instrumentos demonstrarão em quais setores será necessária maior atenção”, disse o coordenador de Monitoramento e Desenvolvimento Cooperativista do Sescoop/RJ, Luiz Cláudio. Participantes posam para foto Segundo a diretora da Unimev Rio, Fernanda Barcelos, após as avaliações dos técnicos do Sescoop foi possível perceber os pontos fortes e fracos da cooperativa. “Desenvolvemos um planejamento para sanar nossas deficiências. Acredito que foi um passo importante”, relatou. A Diretriz Os treinamentos sobre a Diretriz Nacional de Monitoramento estão sendo realizados em diversos estados. Uma das atividades-fins do Sescoop, prioriza a manutenção das características destas sociedades, o aprimoramento e o desenvolvimento da qualidade da gestão. A Diretriz visa atender às constituídas e aos interessados em formar novas sociedades, estimulando a durabilidade e a conformidade dos empreendimentos. As informações colhidas constituirão uma base de dados do sistema brasileiro. Capacitação dos NACs Dando continuidade, o Sescoop/RJ realizou, de 7 a 11 de maio, treinamento com o objetivo de melhorar a qualidade técnica e nivelar a linguagem do conhecimento dos profissionais. Dentre os temas, destacam-se os aspectos contábeis e tributários, ferramentas de controle e Estatuto Social. Revista Cooperativismo Fluminense 39 Intercâmbio de Jovens O Sescoop/RJ também participou do 3º Intercâmbio do Programa de Formação Jovens Lideranças Cooperativistas (PFJLC), que teve como um dos objetivos a busca de novos conhecimentos, aprendizagem e troca de experiências, onde foram apresentados os projetos finais das turmas de Pinheiral e Mendes, bem como feito um levantamento para as melhorias deste programa de formação. Realizado em julho de 2011, em Brasília, o tema foi a inserção dos jovens no cooperativismo. Representando o Sescoop/RJ, o presidente da Cooperativa de Crédito de Mendes, Marcio Nami, levou uma palavra sobre a participação dos estudantes do Rio de Janeiro. O evento teve palestra sobre a trajetória e o papel de um jovem líder cooperativista, ministrada pelo presidente do Sescoop/AM, Petrúcio Magalhães Júnior. Foram apresentados os direcionadores estratégicos do Sescoop 2010-2013 e as diretrizes do XIII Congresso Brasileiro do Cooperativismo alinhados aos programas para a juventude. Nas atividades em grupo, foi desenvolvida a prospecção para o PFJLC: modelo atual X resultados esperados, e elaborada a estrutura do documento descritivo do PFJLC. Do Rio de Janeiro, os jovens levaram os trabalhos finais, simulando a criação de cooperativas. Conheça os projetos de cooperativas Participantes: Amanda Souza, Juliana Alves, Lílian Martins, Nathielli Barbosa, Nildamara Torres, Rodolfo Dantas e Willian Ferreira. Local: Pinheiral/RJ Período: Abril/2011 Objetivos: Produzir mel, própolis, cera bruta e alveolada, pólen e geléia real de qualidade; Nova fonte de renda através da cooperativa; Capacitar produtores através de cursos, palestra, visitas técnica e assistência a estes produtores. Resultados esperados: Parceria com o Sescoop/ RJ para suporte técnico e aumento da produtividade. Nome: COOPTRAMEN - Cooperativa de Trabalho Mendense. Participantes: Bianca D. Felizardo, Bianca Silva Ribeiro, Bruno R. Lourenço, Cássio M. Moreira, Cátia S. Gonçalves, Charles L. Almeida, Daniel W. Pereira, Daniele C. Silva, Erika F. Caramez, Gleice da Silva, Guilherme P. S. Santos, Hellen P. Pinto, Juliene A. S. Custódio, Lorraine C. Almeida, Marlon B. Vieira, Pâmela S. Ribeiro, Patryck S. Freitas, Ricardo A. S. Cardoso, Rodrigo S. Rocha, Rosiene S. S. Lourenço, Thaís A. Rocha e Victória de Oliveira. Local: Mendes/RJ Período: Maio/2011 Objetivos: Desenvolvimento socioeconômico de Mendes; Criação de uma cooperativa de trabalho; Oportunidades de emprego voltadas ao turismo e lazer; Prestar serviços ao setor público, hotéis e pousadas de Mendes e seus arredores; Fortalecer o conceito de cooperativismo nos moldes desenvolvidos pela Cremendes no município e região. Resultados esperados: Restauração e desenvolvimento do turismo; Criação de novas oportunidades de trabalho e renda; Aceitação e interesse do público-alvo e sociedade. INTERCÂMBIO Nome: MELLIFERA’S COOPERATIVA DE APICULTORES 40 Revista Cooperativismo Fluminense Workshop com foco na PNRS à luz do cooperativismo E PROJETOS m workshop realizado na Fazendinha, em janeiro, foram levantados os principais tópicos a serem debatidos e organizada uma comissão de estudos para encaminhamento dos assuntos para realização de um grande encontro sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), à luz dos princípios, valores e doutrina do cooperativismo, neste momento transformador do Rio de Janeiro para o cooperativismo e para a sociedade em geral. Participaram o presidente do Sistema OCB/ Sescoop-RJ, Marcos Diaz, o superintendente técnico do Sescoop/RJ, Jorge Barros, o coordenador do setor socioambiental, Antônio Bispo, o assessor jurídico do Sistema, Ronaldo Gaudio, além de coordenadores e funcionários da instituição. O poder público esteve presente com diversas autarquias e secretarias do Meio Ambiente, além de pesquisadores, sociedade civil organizada e formadores de opinião dos catadores de material reciclável. Marcos Diaz disse que está sendo realizado um trabalho de bastidores nos encontros prévios ao seminário, que será o coroamento. “Ao mesmo tempo em que existem políticas estaduais de coleta seletiva, há um enorme interesse pelos resíduos. Vamos pensar na inclusão sócio-produtiva dos catadores no contexto amplo de cidadania. Além disso, as cooperativas de reciclagem precisam de uma atenção especial nas áreas tributária, jurídica e social”, detalhou. Os 50 participantes foram separados em três grupos que debateram as seguintes temáticas: direito social (proteção básica, educação, saúde, habitação, aposentadoria); PNRS (logística reversa, compostagem, tecnologia, acordos setoriais); cooperativismo (tributação, egressos, organização de cooperativas, marco legal, projetos); gestão municipal (consórcio, coleta seletiva, prestação de serviços ambientais, marco legal); mercados (novos negócios, APL, cadeia da reciclagem). Jorge Barros disse que a demanda está sendo atendida diretamente a partir da base. “O conteúdo do seminário será o produto desta reflexão e do entendimento do Estado com a sociedade civil organizada”, resumiu. A secretária de Meio Ambiente de Mesquita e presidente da Anama-RJ, Kátia Perobelli, lembrou que experiência é fundamental e que ninguém assume nada sem uma base sólida. “Essa expe- Revista Cooperativismo Fluminense Participantes do encontro (página ao lado), apresentação da equipe (à esq.) e um dos grupos de trabalhos (acima) riência o Sescoop/RJ possui”, disse Kátia, acrescentando que fazer coleta seletiva é fácil, mas organizar os catadores em cooperativas é o grande desafio. “Espero que, com o Sistema OCB/Sescoop-RJ, consigamos os instrumentos necessários para capacitar tecnicamente os trabalhadores.” Representando o secretário de Meio Ambiente de Volta Redonda, Carlos Amaro, Ana Claudia Zamboti acredita no fortalecimento da cooperativa em formação existente no município e que saiu do encontro com informações para os profissionais organizados em cooperativas. Gestão compartilhada O superintendente de resíduos sólidos da Secretaria de Estado de Ambiente (Sea), Jorge Pinheiro, traçou um panorama atual lembrando que este é o início de uma caminhada importante pois serão elencados os desafios. Para ele, o catador é um importante agente ambiental que tem vantagens, mas precisa consolidar estas prerrogativas. “Ocupa-se um espaço que a sociedade tanto esperava, que é o de vencer o desafio da inclusão dos catadores no modelo formal de trabalho.” Mas é preciso desenvolver a gestão. O gerente de educação ambiental do Inea, Edinei Garcia, afirmou que formar profissionais para trabalhar em cooperativas traz equidade de riquezas. “Os trabalhadores necessitam do básico, como aprender a ler e a escrever. Também precisam saber valorizar o bem material que produzem”, descreveu. O assessor jurídico do Sescoop/RJ revelou que não conhece nenhuma outra Unidade Estadual do Sistema que esteja tão bem definida quanto o Rio de Janeiro no que tange às ações que envolvem a PNRS. “A cooperação é a forma mais eficiente de gerar riquezas igualitárias. Existe uma convergência histórica e profunda do direito ambiental no cooperativismo, além de geográfica, do Rio de Janeiro como uma janela para o mundo”, disse Ronaldo Gaudio, que faz parte da Comissão Especial de Direito Cooperativo da OAB. Expectativa “A PNRS trouxe a ferramenta necessária que faltava para divulgar o cooperativismo para a população, ampliando os braços do Sescoop/RJ. Temos como oferecer uma doutrina de valores e conceitos que está nos fundamentos do cooperativismo”, ressaltou Jorge Barros. O que está sendo construído é uma política para uma década, e não apenas para um período. O seminário terá o objetivo de trabalhar a conscientização, formação e capacitação cooperativista dos diversos atores preconizados na PNRS, que possui como epicentro o cooperativismo. A data do encontro será informada em breve nos veículos de comunicação do Sistema OCB/Sescoop-RJ. 41 42 Revista Cooperativismo Fluminense Créditos de ICMS para a Capil Itaocara A entrega simbólica teve a presença do Governador Sérgio Cabral (ao centro) O COOPERATIVAS REALIZAM governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, entregou equipamentos avaliados em R$ 5 milhões para a Cooperativa Agropecuária de Itaocara (Capil). Os recursos são da restituição de créditos de ICMS, incentivos do programa Rio Leite, na qual a Capil foi a primeira cooperativa a receber tais valores, transformados em aquisição de bens para a melhora da produtividade. O evento foi realizado em fevereiro no Noroeste Fluminense. Estiveram presentes o vice-governador, Luiz Fernando Pezão, o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, o prefeito de Itaocara, Alcione Araújo, a diretoria da cooperativa e vários produtores de leite. O Sistema OCB/Sescoop-RJ foi representado por Willian Azevedo, do Nac Noroeste. “São mais de 700 mil pessoas trabalhando na atividade agropecuária. Na questão do leite, não havia apoio público. Chegava aqui leite de Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Uruguai e até da Argentina e o nosso produto não tinha como competir”, enfatizou o governador. Dentre os investimentos da Capil, foram adquiridos equipamentos industriais, caminhões graneleiros e térmicos para o transporte dos produtos, caminhonete e 125 tanques de resfriamento. Durante o evento, foram expostas algumas das matrizes de alta qualidade financiadas pela cooperativa na Feira de Animais Rio Genética. Segundo o presidente do Sistema, Marcos Diaz, a Capil é a segunda maior empregadora da região. “A cooperativa tem um papel fundamental na vida do município, são dezenas de famílias que se sustentam por conta de suas atividades”, disse. Na avaliação do diretor da cooperativa, Manoel Faria, este é o setor que mais emprega no Estado. “Tão importante quanto abrir novas vagas de trabalho é preservar as já existentes. Com os novos equipamentos, investiremos na coleta do leite a granel, uma exigência do Ministério da Agricultura. O governo está nos ajudando a cumprir essa legislação e a melhorar a qualidade dos produtos”, ressaltou Manoel. Christino Áureo disse que o Estado possui um dos mais bem-sucedidos programas de recuperação da pecuária leiteira do Brasil. “Estamos novamente com a chance de ser um dos dez maiores estados produtores de leite do país, meta que pretendemos atingir até o final do governo”, frisou. Revista Cooperativismo Fluminense Bordados Natividade na África do Sul P rodutos de empreendedoras cooperativistas do Estado do Rio de Janeiro estão ganhando o mundo. A mineradora Anglo American distribuiu vários produtos da cooperativa Bordados Natividade durante um evento na África do Sul, onde a empresa possui negócios. Os participantes ficaram encantados. Um deles foi Mashilo Mokotong, gerente de desenvolvimento sustentável de Kumba Iron Ore, principal complexo de minas de minério de ferro da Anglo American. Uma das atividades realizadas durante o dia foi um quizz com perguntas sobre o projeto do mineroduto Minas-Rio, no qual quem acertasse a resposta ganhava um bordado. A Anglo American é um dos maiores grupos de mineração do mundo. Tem operações na África, Europa, América do Sul e do Norte, Austrália e Ásia, e gera cerca de 107 mil empregos em todo o planeta. Cooperliberdade promove inclusão A Cooperativa de Reciclagem Eu Quero Liberdade (Cooperliberdade), fundada em 2008, fortalece o desenvolvimento de ações de coleta seletiva e o reaproveitamento de materiais recicláveis, na busca de alternativas para inclusão de egressos do sistema penitenciário no mercado de trabalho. Desenvolve ações de forma solidária, participativa e sustentável pautadas em uma perspectiva pedagógica no campo da educação ambiental. “Temos o objetivo de informar, sensibilizar e mobilizar a população e os grandes geradores de resíduos por meio do reaproveitamento do óleo de cozinha, do artesanato e da fabricação de tijolo orgânico”, exemplifica o presidente da Cooperliberdade, Robson Borges. Com 33 associados, a Cooperliberdade desenvolve projetos como o ‘Ecos da Liberdade’, na comunidade do Alemão, para geração de trabalho e renda, o ‘Eco Barreiras’, instalado no Canal do Cunha (às margens da Linha Vermelha) que realiza a retirada dos resíduos sólidos flutuantes, e o ‘Vai dar praia no Fundão’, que já coletou uma tonelada de materiais recicláveis na praia do Catalão, na Cidade Universitária. Ela é uma das afiliadas da rede Agrega Rio, organização formada por cinco cooperativas que buscam soluções para os problemas da categoria. “Na Agrega Rio, a organização é em rede e não possui intermediários, sendo composta única e exclusivamente de catadores”, diz Robson Borges. Livro `Visões do Cooperativismo’ O livro organizado pelo presidente da Cremendes, Marcio Nami, ´Visões do Cooperativismo`, lançado em maio deste ano, retrata o cotidiano, as perspectivas e a história da Cremendes, a cooperativa de crédito do tipo Luzzati mais antiga do Brasil, fundada em 1929. “A organização da obra consiste na adaptação de trabalhos de graduação e pós-graduação feitos por diretores, funcionários e associados da Cremendes, onde retratam suas diferentes visões e percepções sobre o cooperativismo”, descreve Nami. O projeto entra agora em uma nova fase, para ser impresso em alemão e inglês. A obra foi editada com o apoio do Sistema OCB/Sescoop-RJ e da Confebras.“Esperamos que este seja mais um passo para a consolidação e a divulgação do cooperativismo não somente em nosso Estado, mas em outras fronteiras”, finaliza Nami. 43 44 Revista Cooperativismo Fluminense Cooperando com as mãos Reunião com o Sescoop/RJ foi decisiva para a continuidade das atividades da cooperativa A COOPERATIVAS REALIZAM Coopa-Roca está saindo da UTI para uma janela de oportunidades. “Estamos tirando leite de pedra. Mas parece que este leite está secando.” Foi em tom de desabafo que começou o encontro entre o Sistema OCB/Sescoop-RJ e a Cooperativa de Trabalho Artesanal e de Costura da Rocinha (Coopa-Roca). Mas o horizonte novamente se abriu e, ao término da reunião, oportunidades apareceram. Depois de 20 anos confeccionando produtos artesanais para diversas marcas, abriu em maio sua primeira loja no Fashion Mall - um dos shoppings mais chiques da cidade. As palavras de dificuldades foram muitas. Ao mesmo tempo, as de superação também. “Parece que estamos saindo de uma imensa espiral negativa. Mas o ciclo de contaminação positiva entre as cooperadas começou e estou recuperando a confiança. Saímos da UTI e retomamos nossa produção. Mas ainda existe muito trabalho a ser realizado”. Quem conhece a história da co-fundadora e coordenadora artística e executiva da Coopa-Roca, Maria Teresa Leal, mais conhecida como Tetê, sabe que o trabalho merece ser elogiado. Participaram de uma reunião, no dia 13 de março, o superintendente técnico do Sescoop/RJ, Jorge Barros, o coordenador interino de Autogestão, Luiz Cláudio, o coordenador do setor socioambiental do Sescoop/RJ, Antônio Bispo, a coordenadora de Mercados, Ghislaine Martins e o consultor Luiz Carlos Pimenta. Também estavam presentes diretoras e a contadora da cooperativa. “A tropa de choque do cooperativismo chegou na Rocinha”, disse Jorge Barros, em referência ao Governo do Estado, com a instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) nas comunidades outrora dominadas pelo tráfico de drogas. “Trabalharemos em um arranjo produtivo com a proposta de levar produtos da Coopa-Roca a outros municípios e fazer com que ela volte a ser a mocinha da Rocinha que sempre foi”, reforçou. Há a possibilidade dos filhos das bordadeiras serem incluídos no Programa de Formação de Jovens Lideranças Cooperativistas do Sescoop/RJ. A Coopa-Roca Organizar mulheres em uma cooperativa que, trabalhando de casa no que já sabiam fazer – bordados, crochês, fuxicos e outras técnicas artesanais têxteis – e poder ajudar no sustento da família, sem negligenciar os filhos era um sonho de Tetê no início da década de 80. Tornou-se realidade e a Coopa-Roca congrega, hoje, 100 artesãs moradoras da Rocinha, sendo referência de inclusão social no Brasil. O empreendimento foi tão bem-sucedido que não tardou a fazer parcerias com grifes brasileiras, como a Osklen e internacionais, como a Lacoste, Paul Smith, Ann Taylor, entre outros. Até que, em 2011, a grife lançou a sua própria coleção. A Coopa-Roca capacita, coordena e gerencia o trabalho artesanal das mulheres moradoras da Rocinha. Revista Cooperativismo Fluminense 45 Cooperativismo envolve 10 milhões de pessoas no Brasil E m 2011, o número de associados de cooperativas ligadas à OCB superou 10 milhões, registrando 11% de crescimento em relação ao ano anterior, quando foram contabilizados 9 milhões. Também foi observado crescimento no quadro de empregados, que fechou o último período em 296 mil, 9,3% a mais do que em 2010. Os dados fazem parte de um estudo da gerência de Monitoramento e Desenvolvimento do Sescoop Nacional. O ramo Crédito se destacou no levantamento, apresentando o maior contingente de associados e crescimento de 16% em relação ao ano anterior. Em 2011, o segmento chegou a 4,7 milhões de cooperados (em 2010, eram 4 milhões). Além disso, as cooperativas de crédito fecharam 2011 com R$ 86,5 bilhões em ativos. O total representa aumento de 25,8% sobre 2010 e é 8,7% superior às demais instituições financeiras. Já nos indicadores regionais, a região Sudeste teve a maior quantidade de cooperativas em atividade, com 2.349 empreendimentos coletivos. Em seguida está o Nordeste, com 1.738, e a região Sul aparece em terceiro com 1.050. Quando avaliada a relação de cooperados, o quadro muda. O Sudeste continua na primeira posi- Nº de cooperativas - Região 2.349 1.738 Sudoeste Nordeste 1.050 Sul ção, com 4,7 milhões de cooperados. Já a região Sul ocupa o segundo lugar, com 4 milhões, e o Centro-Oeste aparece em seguida, com 644 mil. Quanto à geração de empregos diretos, a região Sul é a que tem maior quadro de colaboradores, com 152 mil (10% de expansão), a Sudeste figura em segundo, com 94 mil (13% de crescimento), e o Centro-Oeste em terceiro, com 21 mil empregados (20% de aumento). Com base nos dados históricos é possível fazer uma previsão do comportamento para os próximos cinco anos. A estimativa é de que o número de cooperativas registradas no Sistema OCB permaneça estabilizado. Já o total de cooperados deverá seguir uma linha ascendente, chegando a 12 milhões de pessoas nos próximos anos. Espera-se que o cooperativismo brasileiro gere, até 2016, 353 mil empregos. Nº de associados - Região 656 mil 4,7 milhões 4 milhões OCB / SESCOOP 644 mil 46 Revista Cooperativismo Fluminense Exportações de cooperativas crescem em 2012 O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) divulgou esta semana o balanço das exportações realizadas pelas cooperativas brasileiras no primeiro bimestre de 2012. O resultado apresenta um incremento de 21,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo a soma de US$ 764,1 milhões. Segundo relatório publicado pelo Mdic, foi o maior resultado registrado para os dois primeiros meses do ano. Com a queda de 0,2% nas importações nesse mesmo período, a balança comercial das cooperativas alcançou um superávit recorde de US$ 729 milhões. O resultado supera em 22,4% o saldo comercial dos primeiros dois meses de 2011 (US$ 595,6 milhões). O analista de Ramos e Mercados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Marco Olivio Morato, avaliou os dados compilados pelo ministério. O complexo de soja foi o que apresentou melhor resultado dentre todos. “O incremento nas exportações foi de 147% em relação ao primeiro bimestre do ano passado”, observa o analista. Para ele, este desempenho se deu em função da forte seca ocorrida no hemisfério sul em 2011, que ajudou a manter o preço da commoditie elevado e aumentou a demanda momentânea sobre o produto visando a formação de estoques. OCB / SESCOOP Em seguida, o complexo carne alcançou 23% de incremento. Outro destaque foi o complexo algodão. “O valor das exportações subiu de US$ 2,7 milhões em 2011 para US$ 26,8 milhões em 2012 – um aumento de mais de 800%”, ressalta. Os complexos de soja, sucro, café, carnes, algodão e trigo foram responsáveis por 94% do total de produtos exportados por cooperativas brasileiras no primeiro bimestre do ano. “O número representa a importância que esses artigos têm para o cooperativismo”, avalia Morato. O analista destaca, ainda, a diminuição da concentração das exportações nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo – de 98 para 95% de 2011 para 2012. “A cultura exportadora cooperativista está alcançando outras localidades do país, sinônimo de crescimento do setor”, resume. Detalhes Em janeiro e fevereiro de 2012, 99 cooperativas brasileiras realizaram exportações. As vendas externas das cooperativas alcançaram, de janeiro a fevereiro de 2012, 105 países. Os principais, em volume de vendas, foram os Estados Unidos (US$ 89,1 milhões, representando 11,7% do total); a China (US$ 86,8 milhões, 11,4%); a Alemanha (US$ 51,2 milhões, 6,7%); os Países Baixos (US$ 47,1 milhões, 6,2%); e a Espanha (US$ 39,8 milhões, 5,2%). Sescoop completa 13 anos O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) está completando 13 anos de atuação no País. Integrante do Sistema Cooperativista Nacional, foi criado pela Medida Provisória nº 1.715, de 3 de setembro de 1998, e suas reedições, regulamentado pelo Decreto nº 3.017, de 6 de abril de 1999. Tem como missão promover o desenvolvimento do cooperativismo de forma integrada e sustentável, por meio da formação profissional, da promoção social e do monitoramento das cooperativas, respeitando sua diversidade e melhorando a qualidade de vida de cooperados, empregados e familiares.