ISOLANTES TOPOLÓGICOS Miraci Silva Costa1, Jordan Del Nero2 1 UFPA, [email protected] UFPA, [email protected] 2 Um tema de grande interesse da Física da Matéria Condensada é descobrir novos materiais e classificar as distintas fases da matéria. Até a década de 1980 algumas fases podiam ser entendidas usando-se a teoria de Landau das transições de fases. Porém, o estudo do Efeito Hall Quântico (EHQ) levou os físicos a um paradigma diferente de classificação, baseado no conceito de ordem topológica. Sabemos que o estado isolante é a fase caracterizada por um gap de energia entre os estados ocupados (faixa de valência) e os estados desocupados (faixa de condução). Os estados eletrônicos responsáveis pelo EHQ não quebram qualquer simetria, mas definem uma fase topológica no sentido de que algumas propriedades fundamentais como o valor quantizado da condutância Hall e o número de modos sem gap nas bordas da amostra são insensíveis a mudanças suaves nos parâmetros do material, e não podem mudar a não ser que o sistema sofra uma transição de fase quântica. A Topologia está preocupada com deformações contínuas. Um invariante topológico é uma quantidade que é constante sob tais deformações. No contexto do efeito Hall quântico e de isolantes topológicos é o Hamiltoniano que pode ser continuamente deformado, e é possível definir invariantes desde o espectro de energia. Os isolantes topológicos ocorrem devido à interação forte entre o spin dos elétrons e a órbita eletrônica, conhecido como interação spin-órbita. Isolantes topológicos apresentam em seu interior (desprezando as superfícies) um gap proibido de energia, enquanto que suas superfícies são metálicas. Palavras-chave: Efeito Hall, Isolante, Topológico.