1 INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – ICS FUNORTE/SOEBRÁS CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM IMPLANTONDONTIA APLICAÇÃO DOS BIOMATERIAIS EM IMPLANTODONTIA CHAPECÓ-SC 2014 2 SILVIO JOSÉ SODER APLICAÇÃO DOS BIOMATERIAIS EM IMPLANTODONTIA Monografia apresentada ao programa de pós-graduação do Instituto de Ciências da Saúde FUNORTE/SOEBRÁS núcleo Chapecó, como pré-requisito para obtenção do título de Especialista em Implantodontia. Orientador: Prof. MS. Rafael Lacerda Zandoná CHAPECÓ-SC 2014 3 SILVIO JOSÉ SODER Monografia Apresentada ao programa de pós-graduação do Instituto de Ciências da Saúde FUNORTE/SOEBRÁS núcleo Chapecó, em cumprimento ao requisito parcial para obtenção do título do título de Especialista em Implantodontia. Chapecó, de março de 2014. _________________________________________ Prof. MS. Rafael Lacerda Coordenador do Curso BANCA EXAMINADORA _________________________________________ Prof. Me. Rafael Lacerda Zandoná (Orientador) FUNORTE - Fundação Universidade do Norte de Minas Gerais ___________________________________________ Prof. Prof. Me. Carlos Lane Fogaça FUNORTE - Fundação Universidade do Norte de Minas Gerais __________________________________________ Prof. Alexandre Biavaschi de Souza FUNORTE - Fundação Universidade do Norte de Minas Gerais 4 DEDICATÓRIA Quero dedicar este trabalho a Deus, que me fez estar aqui! Aos meus pais Benno (in memorian) e Zilda, meus filhos Tiago, Rodrigo e Gabriel, e a minha esposa Clarci que foram importantes em muitos passos de minha vida. 5 AGRADECIMENTOS Ao professor Rafael Zandoná pela dedicação e orientação profissional que me repassou. Aos professores, Carlos Lane Fogaça, Alexandre Biavaschi De Souza, José Roberto Bordignon Júnior e funcionários do Instituto Prieidt pela paciência, compreensão e ensinamentos recebidos no transcurso dos dois anos que juntos passamos. Aos meus colegas, muito éticos e profissionais que também me repassaram alguns aprendizados nestes poucos momentos de vida em comum. A minha esposa e meus filhos, que de uma ou outra forma sempre me ajudaram, e que são a razão maior da minha vida. Ao meu irmão Pedro pela luta em comum nestes dois anos. Aos pacientes, pela sua colaboração, pontualidade e paciência. Muito Obrigado 6 “Quando amamos e acreditamos do fundo de nossa alma, em algo, nos sentimos mais fortes que o mundo, e somos tomados de uma serenidade que vem da certeza de que nada poderá vencer a nossa fé. Esta força estranha faz com que sempre tomemos a decisão certa, na hora exata e quando atingimos nossos objetivos ficamos surpresos com nossa própria capacidade.” (Paulo Coelho) 7 RESUMO O restabelecimento da função mastigatória e estética em pacientes desdentados, normalmente requer o uso de enxertos, que são tecidos ou substâncias inseridas num local receptor a fim de reconstruí-lo. No caso da implantodontia são usados para preenchimento de defeitos ósseos, alvéolos pós exodontias e levantamento do assoalho de seio maxilar. Os materiais empregados para a regeneração e substituição da estrutura óssea, são chamados de biomateriais. Para proporcionar uma função desejada e estimular uma resposta adequada dos tecidos vivos, por intermédio de reparo histológico, os biomateriais precisam ter um bom comportamento físico, químico e biológico. Com respeito a pesquisas científicas constantes, e do uso clinico cada vez maior dos biomateriais, tem se notado um grande progresso dentro desta área tendo como consequência a síntese de novos substitutos ósseos, além de aprimorar o conhecimento, sobre as interações que ocorrem entre os tecidos biológicos e os biomateriais. O presente trabalho tem por objetivo expor alguns estudos comparativos, em que para se efetuar os implantes, foram utilizados outros biomateriais além do padrão ouro, que é o osso autógeno. Palavras chave: Enxertos ósseos, Biomateriais, Osseointegração. 8 ABSTRACT The restoring of masticatory function and esthetics in edentulous patients, usually requires the use of graft, that are tissues or substances inserted in a receiving place in order to reconstruct it. In the case of implantology they are used to fill bone defects, cavity after tooth extraction and the lifting of the floor of the maxillary sinus. The materials used for regeneration and replacement of bone structure are called biomaterials. To provide a desired function and stimulate an appropriate response of living tissues through histological repair, the biomaterials need to have a good physical, chemical and biological action. Regarding constant scientific research, and the increasing clinical use of biomaterials,a great progress within this area has been noticed having as consequence the synthesis of new bone substitutes, besides improving the knowledge about interactions between biological tissues and biomaterials. This work aims to expose some comparative studies, in which, to accomplish the implants, other biomaterials were used beyond the gold standard, which is the autogenous bone. Keywords: Bone grafts, Biomaterials, Bone integration. 9 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AGH – Altura apical para o ápice do implante BCP – Fosfato de cálcio bifásico BHA – Hidroxiapatita bovina CaP – Fosfato de cálcio CaS – Sulfato de cálcio CM – Membrana de colágeno DBBM – Osso bovino mineral desproteinizado DBM – Proteína morfogenética óssea DPBB – Osso bovino desproteinizado GBR – Regeneração óssea guiada ISQ – Cociente de estabilidade do implante MHA – Hidroxiapatita de Magnésio NCHA – Hidroxiapatita nanocrsitalinizada OCLS – Osteoclastos humanos PB – Osso heterógeno porcino PRF – Plaquetas ricas em fibrinas PRP – Plasma rico em plaquetas SBC – Osso cerâmico Straumann SHA – Hidroxiapatita sintética TCP – Betafosfato tricálcico TRAP – Fosfatase ácida 10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 11 2 PROPOSIÇÃO .................................................................................................. 13 3 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................. 14 4 DISCUSSÃO ..................................................................................................... 36 5 CONCLUSÃO ................................................................................................... 40 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 41 11 1 INTRODUÇÃO Há muito tempo o homem procura uma alternativa para refazer estética e função dos elementos perdidos. Dentro de inúmeras maneiras de repor o dente, o implante dentário, tornou-se o maior desafio para o homem, uma vez que parece ser a maneira mais sensata e que mais se assemelha em função e estética ao elemento a ser substituído. Atualmente a reabilitação dentária, parcial ou total com implantes dentários, tornou-se uma modalidade rotineira de tratamento. (DELLAVIA et al. 2009). No entanto, a maioria dos casos só é apreciado, quanto à ótica da implantodontia, após anos da ausência dos elementos dentários. Sabe-se que, após a perda dos dentes, inicia-se um processo de reabsorção óssea, que é determinada pelo tempo transcorrido após a perda do dente, pela idade do paciente com agenesia, pela extensão da doença periodontal ou pela gravidade do trauma. (NISSAN et al. 2012). Na fixação dos implantes, a estrutura óssea necessita de espessura e altura adequada para satisfazer as suas propriedades funcionais, biológicas e estéticas. A sobrevivência dos implantes imediatos, em regiões enxertadas com osso autógeno ou xenógeno, é maior onde for maior o osso residual. (CHIAPASCO et al. 2006; KIM et al. 2012). Assim sendo, a grande maioria dos implantes, necessitam de enxertos para repor esta mesma altura e espessura óssea. Estes desafios podem ser solucionados, aumentando a maxila ou mandíbula atrófica, com diferentes materiais de enxertia. (LINDGREN et al. 2012). Biomateriais são materiais naturais ou sintéticos, usados em contato com sistemas orgânicos, cuja função é reparar ou substituir parcial ou totalmente tecidos biológicos do corpo humano. Quanto à origem, os biomateriais são classificados. (CARVALHO et al. 2004; AVILA et al. 2010): A. Autógeno ou Autólogo – do próprio individuo. B. Homógeno ou Homólogo – individuo de espécie semelhante. C. Heterógeno ou Xenógeno – individuo de espécie diferente. 12 D. Sintético ou Aloplástico – metálicos, cerâmicos ou plásticos. A classificação dos biomateriais quanto à reação biológica é (CARVALHO et al. 2004); A. Biotolerado – quando entre o biomaterial e o tecido ósseo existe isolamento pela formação de um tecido fibroso; B. Bioinerte – quando o contato entre o biomaterial e o leito ósseo receptor é direto; C. Bioativo – quando o biomaterial induz uma reação físico-química com o tecido ósseo a ser enxertado. Quanto à propriedade biológica os biomateriais são divididos em (CARVALHO et al. 2004; SCHWARTZ et al. 1996; LI et al. 2000.): A. Osteocondutor – quando o biomaterial conduz o desenvolvimento do novo tecido ósseo através da sua matriz de suporte (arcabouço). B. Osteoindutor – onde a osteogênese é induzida e envolve a neoformação óssea a partir de células imaturas transformadas em osteoprogenitoras. C. Osteogênico – onde as células ósseas vivas e remanescentes do enxerto mantêm a capacidade de formar a matriz óssea. D. Osteopromotor, quando por meio de membranas ou barreiras protege por isolamento anatômico, impedindo a ação de fatores externos concorrentes ou inibitórios a neoformação óssea. Em função dos dados apresentados, este trabalho foi realizado por meio duma revisão de literatura e tem por objetivo esclarecer o leitor quanto ao uso dos diferentes biomateriais na implantodontia. 13 2 PROPOSIÇÃO Este trabalho tem como principal objetivo, através duma revisão de literatura, buscar esclarecimentos sobre os principais biomateriais usados para enxertia óssea relacionada a implantes dentários, tentando assim definir as vantagens e desvantagens da utilização dos mesmos. 14 3 REVISÃO DE LITERATURA Cannizzaro et al. (2009) desenvolveram um trabalho com acompanhamento por 1 ano, para verificar o mais viável entre implantes longos de 10 a 16mm inseridos em seios levantados com 50% de material ósseo autógeno e 50% de osso bovino desproteinizado por janela lateral, ou implantes curtos de 8mm num seio maxilar enxertado com osso autógeno pela técnica de Cosci (via crestal). Formaram 2 grupos cada um com 20 pacientes, com osso residual entre 3 a 6mm, sendo os implantes submetidos à carga após 45 dias. No grupo dos implantes curtos 1 implante falhou e 3 foram substituídos por implantes mais grossos para conseguir estabilidade primária. No grupo dos implantes longos falharam 5 implantes em 3 pacientes. Neste estudo a conclusão foi de que em seios maxilares atróficos, (3 a 6 mm de osso residual) é preferível instalar implantes curtos (8mm) em relação aos longos (10 - 16mm) por ter menor morbidade. Sugere também que é possível por carga mais cedo (7 semanas). Lindgren et al. (2009) desenvolveram um estudo sobre a neoformação óssea ao redor de microimplantes, inseridos em regiões posteriores de maxilas atróficas, enxertadas com 2 tipos de biomateriais ou seja, fosfato bifásico de cálcio. (BCP) e osso bovino desproteinizado (DBB). Estudaram 9 pacientes desdentados e 2 parcialmente desdentados, (6 mulheres e 5 homens) com idade média de 67 anos. O aumento do seio maxilar foi feito por uma janela lateral, sendo colocado num seio (BCP) e no seio contralateral (DBB). No mesmo ato, foi feito em cada maxilar, um microimplante (10 mm de comprimento por 2 mm de espessura) colocado perpendicularmente à crista alveolar, penetrando no osso residual (4 a 5mm de espessura) e no material de enxertia. Após 8 meses os microimplantes foram removidos com uma trefina de 3mm de espessura para análise histológica. O contato osso-implante no grupo BCP foi de 64,6% e no grupo DBB foi de 55%. A neoformação óssea nas biópsias foi de 41,1% no BCP e 41,6% no DBB. Partículas de DBB encontradas no osso recém- formado foi de 87,8% e de BCP foi de 53,9%. Concluíram que o contato ósseo com os enxertos e a neoformação óssea foi equivalente. As partículas de DBB encontrados no 15 novo osso foram mais significantes do que as de BCP, no entanto não foi estabelecida uma relevância clínica para o caso. Heinemann et al. (2009), realizaram um estudo clinico e radiográfico de 3 anos, onde após elevação do assoalho do seio maxilar com hidroxiapatita nanocristalinizada foram feitos implantes. Trabalharam em 13 pacientes parcialmente desdentados, com altura óssea subantral entre 3 e 7mm e realizaram 19 elevações de seio, pela técnica de elevação lateral. Depois de 6 a 10 meses os 37 implantes foram submetidos à carga, para confecção das próteses. As taxas médias de perda óssea marginal foram maiores no primeiro ano do que nos anos seguintes. Os exames clínicos e radiográficos demonstraram uma osseointegração sólida. As taxas médias de perda de altura óssea não foram significativas. Dentro dos limites do presente relatório clínico, pode concluir-se que o aumento do seio maxilar com 100% de H.A. nanocristalina, incorporado a uma matriz de sílica para se apoiar implantes, é um procedimento seguro. Stübinger et al. (2009) fizeram um estudo para avaliar o potencial de um novo material, totalmente sintético, nanoestruturado à base de hidroxiapatita, para aumento de seio maxilar. Trabalharam em 20 pacientes, com 20 elevações de seios maxilares. Após 6 meses, usando trefinas cilíndricas, coletaram material ósseo na região dos enxertos para biópsias. A análise histológica das biópsias mostrou uma elevada atividade de osteoblastos nas margens do biomaterial, que foi bem integrado ao osso remanescente. Este estudo demonstrou que houve neoformação de osso trabecular, após a enxertia do biomaterial à base de hidroxiapatita. Estudos histomorfológicos ainda são necessários para quantificar a relação biomaterial-osso e a quantidade exata de novo osso formado. Jensen et al. (2009) fizeram uma revisão de literatura, onde foi avaliada a eficácia de diferentes protocolos de enxerto, em áreas maxilares, com defeitos ósseos. Em 2006 resumos e 424 artigos de texto, foram selecionados 108 trabalhos. A classificação dos estudos teve a seguinte sequência (1) – Deiscências ósseas e defeitos tipo fenestração (2) – Aumentos de cumes horizontalmente. (3) – Aumentos de cumes verticalmente. (4) – Aumentos de seios maxilares pela técnica da janela lateral. A análise se ateve ao resultado dos protocolos de enxerto individual e a taxa se sobrevivência dos implantes 16 colocados na região dos enxertos. A heterogeneidade dos dados disponíveis não permitiu a identificação de superioridade dum dos protocolos de enxertos ósseos. Avaliaram que existe muita semelhança entre protocolos que estudaram implantes feitos em área de osso não enxertado, com outros feitos em áreas enxertadas com biomaterais. Perrotti et al. (2009) avaliaram a formação e atividade de osteoclastos humanos (OCLS), gerando um novo substituto de xenoenxerto para substituição óssea, num osso esponjoso de equinos. Foram tomadas células mononucleares do sangue periférico humano de voluntários saudáveis, para gerar OCLS in vitro, na presença de fator de estimulação de colônia de macrófagos e ativador em fatias de osso bovino (controle positivo) e osso esponjoso equino. Após 21 dias de cultura, células geradas no osso esponjoso equino, apresentaram morfologia semelhante as do osso bovino. Via de regra, no osso equino os osteoclastos formaram lacunas estreitas e descontínuas em vez de lobuladas, seguindo as lacunas verificadas na reabsorção óssea bovina. Concluíram que o osso esponjoso equino pode ser usado como um xenoenxerto em áreas de muita reabsorção óssea. Nevins et al. (2009) efetuaram uma avaliação em enxertos, realizados por um substituto ósseo mineralizado com colágeno derivado de plaquetas com fator de crescimento BB. Queriam verificar se houve neoformação óssea suficiente para fixar implantes em áreas onde houve extrações dentárias com defeitos ósseos, e posterior enxertia. Participaram 7 pacientes, e feito uma avaliação histológica em 8 amostras. Concluíram que houve formação bem como a reabsorção do osso após 6 meses, sem o uso de membranas. Taheri et al. (2009) realizaram um estudo comparativo para enxertia de defeitos mandibulares de furca. Classe ll, entre o uso de xenoenxerto derivado de osso bovino desproteinizado (Bio-Oss), com ou sem membrana de colágeno reabsorvível. Num total de 14 pacientes, com 18 defeitos de furca, foram realizados 8 enxertos com Bio-Oss e 10 enxertos com Bio-Oss + membrana de colágeno reabsorvível. Após certo período foi constatado uma redução óssea em altura (1,9mm) e em espessura (2,1mm) mas não houve porém uma diferença significativa entre as duas maneiras de enxertia. Este estudo clínico demonstrou uma superioridade no uso de Bio-Oss com membrana, em relação ao Bio-Oss 17 sem membrana, para se obter um bom ganho ósseo e posterior fixação de implantes submetidos à carga funcional. Ferreira et al. (2009) avaliaram em estudos, o uso de osso bovino inorgânico (ABB) associado a uma membrana de colágeno (CM) para enxertia de seios maxilares atróficos. Dos 314 pacientes estudados 92 necessitaram de enxertos de seio bilateral e 222 em seios unilaterais. Foram inseridos 1025 implantes nas regiões dos 406 seios maxilares enxertados. Um total de 118 implantes foram colocados simultaneamente com o enxerto do seio (1 fase) e 907 após 6 a 12 meses (2 fases). Após 3 anos, a análise histomorfométrica revelou a neoformação óssea de 39% e o enxerto residual (ABB) de 8%. Dos 1025 implantes, 19 foram perdidos, tendo uma taxa de sobrevivência de 98,1%. No caso dos seios enxertados com osso bovino inorgânico associado ao uso duma membrana de colágeno, os resultados indicaram uma excelente taxa de sobrevivência dos implantes. Crespi et al. (2009) realizaram um estudo, em que para se conseguir altura e espessura óssea para realizar implantes dentários, foram usados 3 diferentes biomateriais: Magnésio enriquecido com hidroxiapatita (MHA), sulfato de Cálcio (CS) e osso heterógeno porcino (PB). Selecionaram 45 pacientes onde cada grupo de 15 recebeu um dos 3 materiais de enxerto, em alvéolos ainda frescos. Três meses após o enxerto foram colocados os implantes, onde após mais 3 meses foram colocados as próteses. A sobrevida dos implantes foi de 100%. Após 2 anos, a perda óssea entre os 3 grupos não teve diferenças significativas. O presente estudo mostrou que os implantes não sofreram qualquer influência no resultado final, quanto ao uso dos 3 materiais de enxerto. Nkenke et al. (2009) fizeram uma revisão de literatura, a fim de determinar se é vantajoso ou não o uso de osso autógeno em relação a outros substitutos ósseos, quando do levantamento de seio maxilar para implantes. O questionamento foi: Osso autógeno é superior a outros substitutos ósseos para aumento de assoalho de seio maxilar em pacientes desdentados em termos de sobrevivência do implante, morbidade do paciente, custos, sinusite, perda do enxerto e riscos de transmissão de doenças? A pesquisa se ateve a sítios com pequena altura de osso residual, com abordagem lateral, e inserção de implantes de titânio com superfícies modificadas. Na revisão foram incluídos 21 artigos. 18 Pelas análises, o tipo de enxerto ósseo não parece estar associado ao sucesso do processo, as suas complicações e sobrevivência do implante. A cicatrização, colocação imediata ou em 2 etapas dos implantes, altura do osso residual, sinusite ou perda do enxerto, não teve alterações em função do tipo de enxerto ser autógeno ou de outros substitutos ósseos. Concluíram não haver ainda razões muito claras que levem o clinico a preferir material autógeno ou outros para enxertia. Zizderveld et al. (2009) realizaram um trabalho de acompanhamento radiográfico a longo prazo (4,5 anos) para observar a perda de altura óssea numa enxertia de seios maxilares atróficos, com dois tipos de material. Foram tomados 20 pacientes, sendo um grupo enxertado com material autógeno (área do queixo) e o outro com beta-fosfato tricálcico (TCP). Pelo período de 5 anos foram feitos em cada paciente pelo menos 5 radiografias panorâmicas. Foram tomados como referência três pontos de enxertia no seio maxilar. Com o passar do tempo houve uma redução significativa na altura do enxerto nos 3 pontos de referência, não havendo no entanto uma diferença mais acentuada entre os grupos. Não se percebeu uma diferença significativa na altura do enxerto ósseo nos 2 tipos de materiais usados no levantamento de seio maxilar. A perda maior de altura óssea ocorreu nos primeiros 18 meses, tendo a mesma diminuída bastante nos meses seguintes. Deduziram que houve um bom ganho ósseo com os dois biomateriais enxertados, e a reabsorção posterior em ambos foi muito parecida. Dellavia et al. (2009) realizaram uma avaliação histológica e radiográfica, em levantamentos de seios maxilares usando como material de enxerto, partículas ósseas desmineralizadas misturadas com sulfato de cálcio. Em 12 pacientes foram efetuados 15 levantamentos de seio com instalação imediata dos implantes A idade média dos pacientes era de 53,5 anos. Após 3 meses foram feitas biópsias, e radiografias panorâmicas, para fazer um comparativo entre o osso anterior e posterior às cirurgias. Foram observadas mudanças mais significativas na altura óssea original e a enxertada, nos 3 primeiros meses de cicatrização. Histologicamente verificou-se que houve osso neoformado ao redor das partículas enxertadas sem inflamação. O material analisado pareceu ser seguro e eficaz para levantamento de seio maxilar, acelerando a regeneração óssea e reduzindo o tempo de cicatrização. 19 Dahlin et al. (2010) realizaram um estudo no que diz respeito à estabilidade dos tecidos moles e duros, em aumento de altura e espessura óssea, com enxertia de hidroxiapatita bovina (BHA) em regenerações ósseas guiadas (GBR). Foram observados a sobrevivência dos implantes, nível ósseo e os parâmetros clínicos dos tecidos moles. Efetuaram 41 implantes em 20 pacientes com tratamento GBR. Após 5 anos a sobrevivência dos implantes era de 97,5%. A altura óssea diminui de 3,51 mm para 2,38mm no início e de 1,52mm para 1,15mm após os 5 anos. A Submucosa permaneceu estável no período de estudos. Concluíram que uma regeneração óssea guiada (GBR) com enxertia xenogênica (BHA) é uma opção terapêutica aceitável para manter tecidos moles e duros em procedimentos de implantes dentários Esposito et al. (2010) realizaram um trabalho para comparar a eficácia entre dois procedimentos cirúrgicos, em maxilares na região do seio, com pouco rebordo ósseo. Usaram nestas cirurgias, dez pacientes com altura óssea residual de 1 a 5 mm e, aleatoriamente num seio, por janela lateral, foi feito enxerto ósseo bovino inorgânico (Bio-Oss) após levantamento da membrana sinusal e no outro seio maxilar foi levantada a membrana sinusal e mantida a altura sem enxerto ósseo, usando apenas uma membrana reabsorvível rígida. Após 6 meses foram inseridos em cada região operada 2 ou 3 implantes. Houve algumas complicações pós - cirúrgicas em ambos os grupos, no entanto, não foram estatisticamente significativas. Após 1 ano o lado de enxertia óssea (Bio-Oss) perdeu uma altura de 1,7mm de osso perimplantar e outro lado em média 1,5mm. Concluíram neste trabalho, que o enxerto ósseo pode não ser necessário para aumentar seios atróficos, no entanto, pode ser mais simples preencher um seio com biomaterial de que uma barreira rígida para manter o espaço. Inchingolo et al. (2010) fizeram uma avaliação clínica e radiológica em pacientes submetidos a implantes, nas regiões dos seios maxilares atróficos, levantados com enxertia Bio-Oss mais plaquetas ricas em fibrina (PRF). Tomaram como meta a osteointegração dos implantes, a regeneração e cura óssea. Neste estudo foram envolvidos 23 pacientes com rebordo ósseo residual superior a 5 mm. A enxertia e a inserção dos implantes foi realizado em uma fase. Os pacientes relataram nenhuma dor à percussão, e nem nos tecidos moles perimplantares. Conseguiu-se também na colocação dos implantes uma 20 estabilidade primária ideal. Neste protocolo, os autores observaram uma bem sucedida reabilitação implantar submetida a carga protética. Kim et al. (2010) efetivaram um trabalho em que avaliaram a colocação de implantes em regiões atróficas enxertadas com blocos de osso alógeno (Blok, Zimmer Dental Inc, Carisbad, CA). Os 3 pacientes de estudo eram pessoas de 47 anos (dentes 46-47), 56 anos (dente 26 ) e 62 anos ( dente 43). O formato do bloco de enxerto foi alterado para corresponder à forma do defeito ósseo do paciente, e coberto com membrana reabsorvível (Tutogem Medical GmbH, Alemanha) e após, os tecidos moles foram suturados. Após 4 meses foram realizados os implantes, onde se observou um bom ganho de aumento e espessura óssea. Deduziram deste trabalho que não há necessidade de coletar osso autógeno em pacientes com perda de rebordo ósseo alveolar grave. Esposito et al. (2010), queriam determinar quando o aumento de seio maxilar é necessário e quais as técnicas mais eficazes, para reabilitar pacientes com próteses implantosuportadas em maxilas com pouca altura e espessura óssea. Foram realizados vários ensaios clínicos de técnicas e materiais para aumento de seio maxilar. Os autores foram contactados para informações que faltam, no caso de sucessos e insucessos dos implantes. Estudo esse em cima de periódicos e artigos de revisão. Dez de 29 ensaios clínicos preencheram os critérios de inclusão. Em 15 pacientes como alternativa foram usados implantes de 5 mm de comprimento por 6mm de diâmetro. Nove de 235 casos compararam diferentes técnicas de elevação de seio maxilar. Cento e catorze avaliaram eficácia do PRP (plasma rico em plaquetas). Assim constatou-se que Implantes de 5 mm de altura onde o osso residual é de 4 a 6mm sem adição de enxerto, são sucesso. Podemos substituir o osso autógeno por outro biomaterial com sucesso. Felice et al. (2010), optaram em avaliar se implantes curtos de 7mm pode ser uma alternativa, em vez de enxertar osso bovino inorgânico para aumento vertical de mandíbula em região posterior. Foram selecionados 60 pacientes com edentulismo mandibular posterior, cuja altura óssea varia de 7 a 8 mm acima do canal mandibular, e submetidos a aumento vertical com blocos de osso bovino inorgânico para inserir implantes iguais ou superiores a 10mm, ou então receber implantes de 7mm sem enxerto algum. Acompanhamento de um ano. Dentro dos resultados houve 1 paciente que saiu do grupo dos 7 mm. Em 2 pacientes não 21 houve altura para implantes de 10mm ou mais. Uma prótese não pôde ser colocada no grupo dos 7 mm e 3 no grupo dos enxertos, devido falha nos implantes. Houve 4 complicações (deiscência) no grupo dos enxertos, contra nenhuma do grupo dos implantes de 7mm. Chegaram a conclusão de que quando a altura óssea sob o canal mandibular for de 7 a 8mm, os implantes curtos de 7mm são uma alternativa melhor em relação ao enxerto ósseo. Mordenfeld et al. (2010), optaram em colher partículas ósseas e verificar possível reabsorção após 11 anos, do osso do seio maxilar preenchido com osso bovino desproteinizado, associado com osso autógeno. Assim foram requisitados vinte pacientes, com idade média de 62 anos. Trinta seios maxilares foram preenchidos com 80% de DPBB (osso bovino desproteinizado) e 20% com osso autógeno. Após 11 anos foi tirado osso de 11 pacientes, para biópsia. O resultado a que chegaram foi de que as biópsias apresentam 16,9 a 44,7 % de osso lamelar, 16,9 a 38% de espaço medular e 13,2 a 17,3% de DPBB. O grau de contato entre o DPBB e o osso foi de 61,5 a 34%. Após este trabalho concluíram que partículas de DPBB foram encontradas integradas ao osso lamelar, após 11 anos, não apresentando alterações de tamanho. Houve boa formação óssea e sua reabsorção decaiu após o sexto mês da enxertia. Mardas et al. (2010) se ativeram em avaliar a regeneração e preservação do osso alveolar com dois tipos de enxerto, sendo um com osso sintético e o outro com xenoenxerto bovino. Foram pegos 27 pacientes, com extrações na região de incisivos, caninos e pré-molares. No grupo de teste o alvéolo foi enxertado com osso cerâmico Straumann (SBC) e no grupo de controle com osso bovino desproteinizado (DBBM). Em ambos os grupos o material de enxerto foi coberto com uma membrana de colágeno. Após 8 meses, foram feitos os implantes e foi retirado material ósseo com trefinas para avaliação histológica. Um paciente não concluiu o estudo. No grupo SBC a dimensão buco lingual diminuiu 1,1mm (+ - 1 mm) e no DBBM 2,1mm (+ - 1 mm). Em ambos os materiais a altura médio-distal do osso foi preservada. Na parte coronária, ao redor do SBC e do DBBM se formou tecido conjuntivo fibroso ao redor das partículas. Ficou comprovado que ambos os biomateriais preservaram a largura e altura óssea do rebordo alveolar. 22 Merli et al. (2010) para comparar a eficácia na reabsorção do osso entre enxerto autógeno fixado com barreiras reabsorvíveis (colágeno) e não reabsorvíveis (titânio), estudaram 2 grupos de pacientes. Cada grupo com 11 pacientes. Foi pego em cada paciente a região óssea mais reabsorvida. A fixação do enxerto foi feita num grupo com membrana e noutro com placas de titânio. Constataram após 3 anos, que a perda óssea no grupo das barreiras reabsorvíveis foi de 0,55 mm de osso e no outro grupo das não reabsorvíveis 0,53mm de osso. Em ambos os casos após 3 anos o implante submetido à carga perdeu um mínimo de osso vertical. Constataram também que nos dois casos de enxertia houve boa neoformação óssea, e a reabsorção posterior aos enxertos foi menor no das membranas não reabsorvíveis. Wiltfang et al. (2010), estudaram os resultados da correção de defeitos ósseos provocados por perimplantite, com enxertos de osso autógeno e osso xenogênico desmineralizado. Para tal foram usados 36 casos de perda óssea causados por perimplantite. Em 22 pacientes com perda maior que 4 mm foi feita a desinfecção por lavagem local da região da infecção aguda, descontaminação dos implantes, e os defeitos ósseos preenchidos, com osso autógeno mais xenógeno, na proporção de 1 : 1. Na avaliação radiográfica mostrou-se uma redução média de 3,5mm comparando os valores de 5,1mm antes da cirurgia, para 1,6mm após 1 ano. Em 4 dos 36 implantes a reabsorção foi maior que 3mm. Desta maneira concluiu-se que em grandes defeitos ósseos, superiores a 4 mm e causados por perimplantite, esta única intervenção cirúrgica foi confiável para reduzir essa anomalias de seio maxilar. Garlini et al. (2010), queriam determinar estudos clínicos e radiológicos, no uso de hidroxiapatita absorvível como substituto de osso normal no levantamento de seio maxilar. Foram pesquisados 26 pacientes, com elevação de seio maxilar em 27 seios e 47 implantes Após 11 anos, 100% dos implantes estavam clinicamente e radiograficamente integrados ao osso do seio maxilar. A reabsorção apical dos implantes foi em média de 1,8mm Confirmou-se então como material adequado, o uso de hidroxiapatita reabsorvível no levantamento. Bae et al. (2010), tiveram como objetivo, avaliar clinicamente uso de Osteon como material de enxerto em seio maxilar e perda óssea marginal aos implantes. Para esta finalidade, neste trabalho foram realizados 32 implantes em 23 16 pacientes com Osteon (70% de hidróxido de cálcio + 30% fosfato tricálcio), e os resultados obtidos foram de 6 casos com perfuração de membrana, e 1 implante não osseointegrado Em 96,9% dos casos houve pouca perda de osso marginal. Não houve relação da perda óssea marginal ao implante com perda óssea no enxerto ósseo do seio maxilar. Após 1 ano a altura óssea mudou de 17,67mm para 16,78mm (diferença de 0,89mm). Conclui-se então que Osteon é adequado para enxerto sinusal. Kim et al. (2010), observaram a formação de osso neofromado a partir de dentes autógenos particulados. Foram feitos as extrações e depois triturados os dentes (100 a 200 microns). Após, desengorduramento, desidratação e esterilização (óxido de etelino), o osso particulado foi usado para implantes dentais. Depois de 3 a 6 meses observou-se uma grande neoformação óssea ao redor do material de enxerto. Houve a formação de osso trabecular com reabsorção de parte do material de enxerto. (o enxerto foi substituído por osso novo). Concluíam que o Auto BT (pó de dente autógeno) foi gradualmente reabsorvido e substituído por ótima neoformação óssea com boa remodelação e possuindo osteoindução e osteocondução. Kim et al. (2010), tiveram como objetivo observar a neoformação óssea a partir de osso desmineralizado (Orthoblast ll) junto com membrana de colágeno reabsorvível (Ossix). Para essa pesquisa foram feitos enxertos ósseos em 14 pacientes com deiscência em torno dos implantes. Após 6 meses foi feito uma biópsia e após foi feito uma avaliação histomorfométrica por computador. Observou-se assim elevada neoformação óssea (12,3% a 78,7%) após 4 a 6 meses. Os resultados obtidos indicavam a não reabsorção completa dos materiais enxertados, mas com o passar do tempo houve formação e remodelação óssea nova. Foi observado que o composto Orthoblas mais Ossix causou a formação óssea favorável em 4 a 6 meses. O aumento de tecido ósseo para lamelar também indicou evidências de aumento de remodelação e maturidade óssea, bem como a reabsorção continua dos materiais enxertados. Todisco et al. (2010), fizeram um trabalho para avaliar a taxa de sucesso após 1 ano de implantes submetidos à carga funcional, em osso aumentado verticalmente com osso bovino desproteinizado (Bio-Oss) e membrana de titânio (Gore-Tex). Assim sendo, dentro dos materiais e métodos foram usados 20 24 pacientes, sendo 25 seios tratados com aumento ósseo vertical, a partir de osso bovino desproteinizado (Bio-Oss) e membranas reforçadas de titânio, onde foram colocados 64 implantes. Após 1 ano de enxerto ósseo, e 30 dias após remover a placa de titânico foram feitos os implantes. No ato e 1 ano após foram feitos radiografias periapicais, avaliadas por um clinico independente. Das 25 regiões enxertadas 2 expuseram a membrana muito cedo sendo após 2 meses feito novo enxerto. A estabilidade dos implantes foi de 100% O ganho de osso após enxerto foi de 5,2mm em média. Em 62 implantes houve perda óssea perimplantar de 0,95mm e em 2 de 1,5 mm. Esse procedimento cirúrgico mostrou ganho de osso vertical, e o tecido regenerado exibiu boa estabilidade nos implantes, após um ano. De Vicente et al. (2010), queriam determinar a eficácia clinica dum levantamento de seio maxilar, com mistura de hidroxiapatita bovina (H.A.) e osso autógeno, colhido da parede lateral da maxila utilizando máquina de barbear. Neste procedimento, em 34 pacientes foram implantados 90 implantes de titânio, com preenchimento do assoalho do seio maxilar com partículas colhidas da parede lateral da maxila e hidroxiapatita bovina. A parede lateral de acesso ao seio foi coberta com membrana de colágeno porcino. Em 32 casos a cirurgia foi feita em 2 fases e nas 10 restantes em 1 etapa. Destas cirurgias resultou uma taxa de sobrevivência de 98,9% (1 implante perdido). Análise histomorfométrica mostrou 29% de osso recém-formado e 21% de osso bovino inorgânico, com 50% de osso natural. Em função destes resultados, concluíram que o estudo leva a um resultado previsível em relação à quantidade de osso formado no levantamento de seio maxilar. Frenken et al. (2010), avaliaram a qualidade e quantidade de formação óssea em um levantamento de seio maxilar, utilizando um novo fosfato de cálcio bifásico totalmente sintético BCP (Osso Cerâmico Straumann – que é 60% de hidroxiapatida + 40% beta-fosfato tricálcico). Neste trabalho de elevação de seio maxilar unilateral, foram feitos enxertos em 6 pacientes com uso de 100% de BCP. Após cicatrização de 6 meses, houve a neoformação óssea sem complicações. Alguns meses após a enxertia observou-se um contato muito próximo entre o osso natural e o BCP, havendo, portanto uma boa neoformação óssea. Apesar de um número pequeno de pacientes tratados, chegou-se à 25 conclusão radiológica e histológica, que este novo BCP está adequado à nova formação de osso para levantamento vertical em assoalho de seio maxilar. Após a cicatrização (6 meses), houve a formação de osso novo sem complicações. Manso et al. (2010) tiveram como objetivo, a avaliação clínica e por imagem da previsibilidade de osseointegração de implantes em maxilas atróficas com elevação do seio maxilar, em que foi usado osso autógeno com enxerto sintético (Osteo-Gen). Foram inseridos 160 implantes em 57 seios de 45 pacientes, tendo 4 mm ou menos de osso residual. As cirurgias foram feitas pelo mesmo cirurgião tendo todos recebido o mesmo biomaterial, ou seja, osso autógeno + enxerto sintético bioativo reabsorvível (Osteo- Gen), com acompanhamento médio de 61,7 meses. A taxa de sobrevivência foi de 98,5% e o sucesso 94,85%. Concluíram assim que dentro do protocolo e dos biomateriais usados, podemos levantar e instalar implantes em regiões ósseas de seio maxilar bem atróficas, com segurança. Avila et al. (2010) documentaram resultados clínicos e histológicos de aumento de seio maxilar com enxertia de osso alógeno. Usaram pacientes com necessidade de enxertia em seios maxilares, com abordagem lateral dos seios e enxertia de aloenxerto liofilizado. Acompanhamento por 6 meses, sendo após implantados os pinos e mais 6 meses para instalar as próteses. Osso vital, restantes alogênicos, e tecidos não mineralizados foram avaliados em cada amostra. De 23 pacientes com sinusite, em 20 foram feitos levantamento de seio, e colocados 39 implantes, sem complicações posteriores. A análise histológica mostrou osso lamelar bem organizado. A quantidade média de osso vital foi de +/19,11 a 23,02%, tendo como restantes alógenos de 20,3 a 22,25% e tecido não mineralizado de +/- 13,51 a 54,73%. Concluíram também que os estudos clínicos e histológicos mostraram segurança para procedimentos de enxertia e colocação de implantes em seios atróficos, com osso cortical e esponjoso alogênico. Nevins et al. (2011) se propuseram a estudar a eficácia clínica e histológica de grânulos de xenoenxerto (osso bovino esponjoso), usados no aumento do assoalho do seio maxilar. O objetivo foi investigar o potencial de neoformação óssea desses grânulos. Tomaram para o estudo, 14 pacientes com idade entre 42 e 60 anos e que tinham pelo menos 5 mm de osso remanescente no assoalho sinusal. Os levantamentos de seio foram enxertados por uma janela lateral. Após 26 6 meses foram feitas reaberturas com coleta de osso por meio de trefinas, sendo constatado a formação de osso novo. Na avaliação histológica dos núcleos ósseos foi observado que grânulos do xenoenxerto estavam integrados ao osso lamelar. Foi verificado assim que foi possível a neoformação óssea, usando grânulos de osso bovino esponjoso, para enxertia em seios maxilares. Misch et al. (2011) fizeram um estudo sobre enxerto em mandíbulas atrésicas, usando uma proteína morfogenética humana e tela de titânio, para posterior inserção de implantes submetidos à função mastigatória. Nestas cirurgias foram usados 5 pacientes, com pouco rebordo ósseo acima do nervo alveolar inferior, e feitos enxertos com proteína morfogenética humana e uma pequena quantidade de osso heterógeno, protegido por uma tela de titânio. Após 6 meses de cura, foram realizados 10 implantes nestas áreas enxertadas tendo se observado um bom ganho ósseo em espessura e altura. Concluíram com este trabalho, que com o uso destes materiais, com proteção da tela de titânio, foi possível conseguir um bom aumento ósseo em mandíbulas atróficas. Chegaram também à conclusão que este procedimento forneceu muitas vantagens, tendo pequena morbidade, pouco tempo cirúrgico, facilidade técnica e não sendo necessária a colheita de osso autógeno. Caubert et al. (2011), efetuaram um trabalho de avaliação de enxertia óssea em levantamento de seio maxilar. Usaram 34 pacientes, em 40 procedimentos, preenchendo os seios maxilares com hidroxiapatita bovina e osso autógeno. O diferencial desse estudo foi de que o osso autógeno usado foi coletado de regiões maxilares por um dispositivo Safescraper, ou seja, por raspagens no osso. Em todos os casos foi confirmado radiograficamente a neoformação óssea. Também através de biópsias foi confirmada a presença de osso maduro, sendo que após 4 meses foram implantados com sucesso 65 implantes. Esse procedimento produziu resultados satisfatórios na formação de osso, sobrevida do implante e satisfação do paciente, não sendo necessário assim grandes abordagens cirúrgicas para coletar osso autógeno. Sbordone et al. (2011), tomaram como meta avaliar a taxa de sobrevivência e a remodelação óssea marginal e apical de implantes dentários feitos após aumento de seio maxilar. Adotaram diversas técnicas cirúrgicas para aumento dos seios maxilares, com inserção imediata ou tardia dos implantes e 27 materiais de enxerto autógeno (queixo e crista ilíaca) e osso bovino. No grupo A foi analisada a sobrevivência dos implantes, num total de 282, sendo que após 2 anos a taxa foi de 95,6% no levantamento de seio com osso autógeno e 100% no de osso bovino, sendo que para a inserção imediata dos implantes a sobrevida foi de 99,3% e nos tardios 96,5%. No grupo B, um total de 154 implantes, a reabsorção óssea apical e marginal foi menor nos enxertos de osso bovino em relação ao osso autógeno. Concluíram que as alterações ósseas apicais foram mais lentas nos enxertos realizados apenas com osso bovino do que nas em que foi empregado osso bovino + autógeno. A análise mostrou também que a reabsorção óssea marginal ao implante foi maior, nos implantes tardios em relação aos imediatos. Rickert et al. (2011), fizeram um estudo para avaliar se ocorreram diferenças ósseas em cirurgias de elevação do assoalho de seios maxilares feitas com osso bovino misturado com células tronco autógenas e osso bovino misturado com osso autógeno. Tomaram no estudo 12 pacientes, com idade média de 59 anos, e maxilas atróficas com necessidades protéticas. Em cada paciente em escolha aleatória, dum lado da maxila foi feito o enxerto de seio maxilar com osso bovino misturado a células estaminais mononucleares colhidas na crista ilíaca (grupo de teste) e no outro seio do mesmo paciente o enxerto de seio maxilar foi feito com osso bovino misturado a osso autógeno (colhido em áreas retromolares), (grupo de controle). Após 3 meses foi observado mais formação óssea no grupo de teste. Deduziram que elevação de assoalho de seio maxilar feito com osso bovino associado a células estaminais mesenquimais podem ser uma boa alternativa em relação a auto enxertos. Mardas et al. (2011), tomaram como objetivo o estudo de verificar radiograficamente as alterações ósseas num rebordo alveolar enxertado com um substituto de osso sintético (SBC) e outro com osso bovino desproteinizado. Em um grupo de 27 pacientes, em 14 foram colocados enxertos com SBC (Straumann osso cerâmico) fixado com uma membrana de colágeno (Bio-Gide), e nos outros 13 foi enxertado osso bovino desproteinizado mineral também fixado com a mesma barreira (Bio-Gide). Ambos os tratamentos apresentaram um ganho ósseo semelhante. Concluíram que em ambas as cirurgias, as alterações ósseas radiograficamente foram da mesma semelhança e proporção. 28 Kim et al. (2011), pesquisaram um trabalho onde tiveram por objetivo preservar o cume ósseo após extração de molar, usando esponja de colágeno e enxerto ósseo xenogênico. Foram selecionados 20 pacientes, divididos em 2 grupos, cada um com 10 pacientes. No grupo um, chamado de grupo de controle, foram feitas as extrações, e após regeneração óssea natural de 3 meses foram feitos os implantes. No grupo dois, chamado de grupo experimental, após as extrações dentárias, foram feitos os enxertos de osso xenogênico, coberto com esponja de colágeno, e também após 3 meses foram feitos os implantes. A taxa de largura do osso aveolar, 3 mm abaixo da crista óssea, mostrou uma reabsorção no grupo um de 20,74% e no grupo dois de 14,26%, tendo uma diferença considerável de 6%. Os resultados mostraram que é viável o xenoenxerto com membrana de colágeno para preservar o cume ósseo alveolar após exodontias. Özkan et al. (2011), efetuaram um estudo sobre o aumento do assoalho de seio maxilar com enxerto de osso bovino e simultânea instalação de implantes para reabilitação protética. Este estudo se ateve a avaliar os resultados clínicos desse procedimento de enxertia de osso bovino, pelo período de 5 anos. Empregaram um total de 28 pacientes, com aumentos unilaterais e bilaterais de seios maxilares, tendo sido inseridos 84 implantes. Após a osseointegração e inserção da prótese, os implantes foram avaliados por meio de parâmetros clínicos e radiográficos. A taxa de sobrevivência dos implantes após 60 meses foi de 100%. A perda óssea perimplantar estava em níveis clinicamente aceitáveis, após 1 e 5 anos (0,146 e 0,34 mm) respectivamente. A conclusão a qual chegaram foi de que o osso bovino usado no aumento do seio maxilar produz qualidade e quantidade de osso suficiente para colocação de implante. Barone et al. (2012) fizeram, uma avaliação histomorfométrica no uso de osso suíno cortiço esponjoso pré-hidratado, em enxertos de seios maxilares, após 6 meses da cirurgia. Foram tratados 24 pacientes, todos com a mesma técnica cirúrgica que consistia em fazer o acesso por via lateral do seio para introduzir o enxerto ósseo. Após 6 meses foram feitos biópsias, nas quais constataram que o osso neoformado ficou na proporção de 43,9% e o osso residual ficou em 14,2%. Devido á porosidade do material de enxerto, houve elevada reabsorção óssea. Observaram assim que, o levantamento do assoalho dos seios maxilares feito 29 com osso corticoesponjoso pré-hidratado de suíno, mostrou boas propriedades de esteocondução podendo ser usado com sucesso nestes casos. Lindgren et al. (2012), realizaram um estudo clínico e radiográfico, pelo prazo de um ano, sobre implantes inseridos em maxila, cujo assoalho foi aumentado com fosfato de cálcio bifásico em alguns e osso bovino desproteinizado (DBB), em outros. Para tal estudo usaram 9 pacientes edêntulos e 2 parcialmente edêntulos com idade média de 67 anos, tendo eles em média até 5mm de altura por 4mm de espessura de osso residual. Após elevação da membrana de Schneider, preencheram um lado do seio com fosfato de cálcio bifásico (BCP) e no outro com osso bovino desproteinizado. Após 8 meses foram colocados 62 implantes, onde após mais 4 meses foram instalados as próteses. O sucesso dos implantes no osso enxertado com BCP foi de 91,7% e no DBB foi de 95,7%. A reabsorção média do enxerto foi de 0,43mm no (BCP) e 0,29mm no (DBB). Concluíram assim que ambos os biomateriais são interessantes para aumento de seio maxilar, pois os resultados foram muito semelhantes. Lee et al. (2012), fizeram um estudo clínico e histomorfométrico de elevação do assoalho de seios maxilares enxertados com material mineral de osso bovino desproteinizado (DBBM). Foram tomados no trabalho, seios maxilares com altura residual menor que 5 mm e enxertados com DBBM. Após 9 meses foram colocados os implantes. Na colocação dos implantes, foi removido com trefinas uma pequena quantia óssea para análise histológica e histomorfométrica. Das 25 amostras ósseas analisadas a porcentagem de osso regenerado foi de 19% e o material ósseo residual (do enxerto) foi de 40%. Foram utilizados 12 pacientes para um acompanhamento de 3 anos e verificou-se uma taxa de sobrevivência dos implantes na proporção de 100 %.vNesta pesquisa, deduziram que o osso de DBBM, é um método previsível para aumento de assoalho de seio maxilar, onde a neoformação óssea foi em média de 7.9 mm. Jiamsheng et al. (2012) realizaram um trabalho de avaliação clínica por 2 anos, na colocação de implantes curtos e de grande diâmetro, em extrações de áreas posteriores. Queriam determinar em curto prazo, a taxa de sucesso dos referidos implantes. Tomaram 145 indivíduos e efetuaram 162 implantes entre 2006 e 2009. A altura óssea residual mínima devia ser de 7 mm e a largura mínima de 9mm. Vinte implantes tinham 5,5 a 7mm de diâmetro por8mm de altura 30 e os restantes 142 tinham o diâmetro de 5 à 6mm por 5,7 a 8mm de altura. Um implante não osteointegrou, sendo a taxa de sobrevivência de 99,4%. Os dados clínicos e radiográficos após 24 meses indicaram tecidos moles e duros bem conservados. Os resultados destes procedimentos mostraram ser uma boa alternativa desde que, os implantes sejam bem posicionados e com uma boa análise pré-operatória. Abtahi et al. (2012) realizaram um trabalho em que revestiram a estrutura metálica dum implante com bifosfonato de fibrinogênio. Foram selecionados 16 pacientes onde cada um recebeu 2 implantes na maxila. Um dos implantes foi revestido com uma camada fina de bifosfonato de fibrinogênio e o outro implante não recebeu tratamento algum. Após seis meses foi feita uma ressonância, que mediu o quociente de estabilidade dos implantes (I.S.Q.), para medir a rigidez osso-implante. A diferença média do aumento de I.S.Q.do implante tratado para o não tratado foi bem relevante. Por meio de Raio-X também perceberam uma menor reabsorção óssea marginal no implante revestido. Deduziram pelo trabalho realizado, que implantes revestidos com Biofosfanato de fibrinogênio tem uma melhor fixação metal-ósseo em relação a implantes sem tratamento metálico algum. Nissan et al. (2012), realizaram um estudo com o objetivo de avaliar histológica e histomorfometricamente a aplicação de blocos de aloenxerto esponjoso para aumento da maxila atrófica anterior e a posterior colocação do implante. Foram avaliados 40 pacientes com severa atrofia maxilar onde após 6 meses foram colocados os implantes e feita uma coleta de amostra dos enxertos para avaliação histológica e histomorfométrica. Em seus resultados observaram que, de 40 pacientes com 83 implantes e 60 aloenxertos houve uma sobrevida de 98,8% dos implantes. Desta maneira concluíram que o enxerto ósseo esponjoso autógeno, é biocompatível e ósseo-condutor formando novo osso. Chegaram também a conclusão que a formação de osso novo tem a ver com a idade. Gholami et al. (2012), realizaram um trabalho de avaliação clínica histológica e histomorfométrica, sobre enxertos efetuados logo após exodontias. Um comparativo entre enxertos feitos com osso bovino desproteinizado (DBBM) (Bio-Oss) e outros feitos com hidroxiapatita nanocristalizada (NCHA) (NanoBone). Foram tomados 12 pacientes (8 mulheres e quatro homens) com um total 31 de 28 dentes simétricos a serem extraídos e logo após enxertados. De um lado da maxila ou mandíbula foram feitos os enxertos com Bio-Oss e em dentes simétricos do outro lado da maxila ou mandíbula do mesmo paciente os enxertos foram feitos com Nano-Bone. Em todos os enxertos foi feito uma cobertura de membrana de colágeno. A largura óssea no grupo do Bio-Oss diminuiu 1,85mm após 8 meses e no grupo do Nano-Bone 2,08mm. Concluíram que os resultados foram muito semelhantes, não havendo diferença estatística considerável em ambos os casos. Trombelli et al. (2012), realizaram um trabalho para verificar a eficácia e a morbidade pós-operatória, em levantamentos de seios maxilares pela cirurgia minimamente evasiva transcrestal, usando dois tipos de biomateriais para enxerto. Foram selecionados 30 pacientes, onde em 15 foi feito o levantamento de seio com osso bovino desproteinizado (DBBM) e nos outros 15 com hidroxiapatita sintética (S-HA). Em ambos os grupos, a extensão da elevação do seio (S) e a altura do enxerto apical para o ápice do implante (AGH) foram avaliados radiograficamente após a cirurgia e em 6 meses respectivamente. Chegaram a conclusão, que após 6 meses, a extensão da elevação do seio maxilar bem como a altura apical para o ápice do implante foram significativamente superiores nos enxertos de hidroxiapatita sintética, e que o desconforto e as complicações pós operatórias foram muito parecidas, tendo sido constatado também que esses enxertos proporcionaram uma elevação óssea previsível. Rickert et al. (2012), fizeram uma revisão de literatura sobre o resultado da elevação do seio maxilar, para que o mesmo suporte implantes submetidos a função mastigatória. Neste contexto foram examinados 1.124 trabalhos, tendo ficado 12 que cumpriram todos os critérios de inclusão. Foram estudados artigos onde as elevações do seio maxilar foram feitos com osso autógeno, artigos onde as elevações do seio maxilar foram feitos com osso autógeno mais fatores de crescimento (plasma rico em plaquetas), artigos onde as elevações do seio maxilar foram feitos com osso autógeno mais biomateriais ou simplesmente com biomateriais. Em todos os estudos analisados após 5 meses dentro das 4 maneiras de enxertia não houve diferenças significativas entre as mesmas. Uma pequena fração óssea mais elevada foi constatada nos enxertos com osso 32 autógeno puro. Substitutos ósseos com osso autógeno ofereceram uma alternativa confiável como material de enxertia para posterior colocação de implante dentário. Adição de fatores de crescimento (plasma rico em plaquetas) para material de enxertia ou uso exclusivo de beta- fosfato tricálcico não promoveu formação óssea. Pettinicchio et al. (2012), realizaram estudos para avaliar Sulfato de Cálcio (CaS) em enxertos para elevar o assoalho de seios maxilares. Neste processo cirúrgico foram pegos 8 pacientes com idade média de 54 anos, com edentulismo parcial (Unilateral ou bilateral) na região de pré-molares, e que tivessem mais ou menos 3 a 4mm de crista óssea subantral. Os seios maxilares foram expostos por uma abertura lateral, com remoção cuidadosa da membrana sinusal, e posterior enxerto com sulfato de cálcio misturado com sangue venoso, e suturas. Após 6 meses foram feitos 20 biópsias do osso removido com trefinas, tendo sido observado através de microscopia eletrônica e Raio X que o sulfato de cálcio havia se transformado em fosfato de Cálcio. Os resultados deste estudo confirmaram a biocompatibilidade do sulfato de cálcio em osso humano, tendo sido confirmado a transformação do sulfato em fosfato de cálcio, podendo ser amplamente empregado na enxertia de seios maxilares. Chai et al. (2012), realizaram uma revisão de literatura no que diz respeito ao uso de Fosfato de cálcio (CaP) na reparação de defeitos ósseos. Existe hoje uma grande variedade de biomateriais naturais e sintéticos baseados em fosfato de cálcio usados em aplicações odontológicas. Isto justifica se pela sua biocompatibilidade, osteocondutividade e osteoindutividade. Este artigo de revisão sintetiza primeiro os aspectos mais importantes da biologia óssea em relação ao (CaP) fosfato de cálcio e os mecanismos de mineralização da matriz óssea.Isto é seguido pelos resultados da pesquisa sobre os efeitos do cálcio e fosfato sobre migração, proliferação e diferenciação dos osteoblastos durante a formação óssea. Diferentes formas de materiais e técnicas de produção são dadas, com ênfase em afinar as propriedades físico-químicas dos biomateriais, para melhorar a indução óssea. Concluíram que as limitações e possíveis conclusões relacionadas a técnicas experimentais e computacionais atualmente ainda são discutidas. 33 Kurkcu et al. (2012) tiveram como objetivo realizar um estudo clínico comparativo, entre hidroxiapatita derivada de osso bovino e Beta fosfato tricálcico, como alternativas na enxertia de elevação de seios maxilares atróficos. Empregaram no estudo 23 pacientes. Em 13 pacientes usaram hidroxiapatita bovina e em 1 beta fosfato de cálcio. Após 6,5 meses foram feitas biópsias a partir das áreas enxertadas. Constataram que a neoformação óssea no enxerto de hidroxiapatita bovina foi 30,13% e no enxerto de beta fosfato tricálcico foi de 21,09 %, e a porcentagem média de área residual de partículas de enxerto era de 31,88% e 34,5% respectivamente. Ambos os materiais de enxerto demonstraram sucesso em biocompatibilidade e osteocondutividade no aumento de seio. No entanto, o enxerto de hidroxiapatita bovina parece ser mais eficiente no comparativo de oesteocondução. Concluíram que houve uma nova formação óssea de 31,13% no enxerto de osso bovino e 21,09% no de betafosfato tricáclcico. Spate et al. (2012) se propuseram a analisar a formação óssea, em enxertia de beta fosfato tricálcico em aumento de seios maxilares. Este estudo se deve principalmente ao fato de haver muitos problemas de falta óssea em regiões posteriores de maxila, pela reabsorção crestal, e também pelo fato de os aloenxertos estarem mais disponíveis no mercado, sem risco maior de transmitir doenças. Entre 21 e 40 semanas após o enxerto sinusal com beta fosfato tricálcico, foram coletadas biópsias e realizados os implantes. Em todos os casos a região de enxertia foi desmineralizada e submetida a coloração (Hematoxilina e Eosina), coloração de Goldner e fosfatose ácida (TRAP). Ao longo do tempo o osso aumentou, ao passo que a quantidade de material de enxerto diminuiu. Foi observado uma falta de reação inflamatória, com a utilização deste material. Após um período a coloração revelou presença de osteoblastos em torno das partículas restantes. Após 12 meses concluíram que não houve falhas nos implantes, podendo este material ser bem empregado em levantamentos de seios maxilares. Hage et al. (2012) realizaram um estudo com 2 finalidades: (1) avaliar o porcentual de encolhimento vertical da hidroxiapatita monocristalina, incorporada em membrana de sílica no preenchimento para elevação do seio maxila e (2) determinar a taxa de sobrevivência dos implantes colocados, após 1 ano. Foram tomados 8 pacientes, e enxertados 11 seios com Nano Bone, e após 3 meses 34 implantados 19 implantes. Após um ano perdeu-se 1 implante (sobrevida de 94,74%) e a retração vertical do enxerto foi de 8,84%. Concluíram que com o enxerto aloplástico Nano Bone o encolhimento em altura do osso foi limitado. A sobrevivência dos implantes foi semelhante a outros estudos já publicados. Estes resultados devem ser interpretados com cautela, em função do reduzido número de amostras do estudo. Scheyer et al. (2012) efetuaram uma análise clínica e histológica em alvéolos dentários enxertados com matriz óssea desmineralizada (alográfico) e membrana extra-celular reabsorvível. Empregaram 17 pacientes. (5 homens e 12 mulheres) com idade média de 50 anos. Estes pacientes foram divididos em 3 grupos diferentes, em períodos de tempo de enxerto pós-extração: 6, 12, 24 semanas. Em cada período de tempo, as amostras do núcleo ósseo foram tomadas e os implantes inseridos. Nos 3 grupos os resultados revelaram regeneração óssea ativa. Em 6 semanas, apesar da regeneração óssea, osteóides não mineralizados foram a característica dominante. Após 12 e 24 semanas o tecido ósseo regenerado era o que predominava tendo inclusive osteóides mineralizados em quantidade crescente. Concluíram que a sobrevivência do implante ocorreu, independentemente do tempo em que transcorreu o enxerto e a inserção do implante. Aghazadeh et al. (2012) num centro clínico, realizaram um estudo de 12 meses, onde avaliaram os resultados obtidos com enxertos autógenos em defeitos ósseos provenientes de perimplantite. Foram tomados 22 pacientes com enxerto autógeno e 23 com enxerto heterógeno (bovino). Após 12 meses, os resultados mais significativos foram obtidos no grupo dos enxertos bovinos. Concluíram por radiografias que o xenoenxerto bovino forneceu um enxerto maior do que o enxerto autógeno. O sucesso dos procedimentos cirúrgicos em ambos os casos, foi limitado. Foram observados reduções de sangramento nas sondagens em profundidade. Harel et al. (2013) fizeram um estudo retrospectivo de10 anos para avaliar a perda óssea ao redor dos implantes feitos logo após as extrações, tendo como preenchimento ósseo (enxerto) beta fosfato tricálcico. Foram coletados arquivos de 58 pacientes (33 mulheres e 25 homens) com idade média de 55 anos, onde após exodontias foram efetuados implantes onde lacunas horizontais maiores de 35 1,5mm entre a superfície do implante e a placa óssea foram enxertados com beta fosfato tricálcico, e lacunas menores não receberam enxerto. Os 254 implantes foram divididos em 3 grupos. Grupo A, com 79 implantes imediatos e enxertia de beta fosfato tricálcico. Grupo B, 61 implantes com alvéolos já curados e com enxerto de beta fosfato trícálcico. Grupo C, 114 implantes sem enxerto algum. A análise estatística demonstrou nenhuma relação entre a instalação imediata ou retardada do implante, a utilização de enxerto de osso, e a extensão de perda óssea Bassil et al. (2013), analisaram clínica, histológica e histomorfométricamente o aumento de seio maxilar humano com osso bovino inorgânico. O intuito desta análise foi de avaliar através de biópsia, a neoformação óssea após o aumento do seio maxilar usando apenas osso bovino desproteinizado (DPBB). Foram tratados 20 pacientes com maxila posterior edêntula em 20 procedimentos de aumento de seio maxilar em duas fases. Após 8 meses foram realizados 40 biópsias, já na segunda fase cirúrgica, sendo após implantados 49 implantes Straumann para completar a reabilitação implantoprotética. A análise histomorfométrica revelou a formação de osso novo na proporção de 17,6% e o material substituto de osso residual foi de 28,2%. Em todas as biópsias houve boa interligação entre o osso bovino enxertado e o osso humano, concluindo-se que o osso bovino inorgânico parece ser biocompatível e osteocondutor, podendo ser usado com sucesso em procedimentos de enxertia para aumento de seio maxilar. 36 4 DISCUSSÃO Dentro da implantodontia normalmente nos deparamos com severas reabsorções ósseas, onde o tempo transcorrido após a exodontia normalmente dita a carência óssea maior ou menor, chegando a uma deficiência óssea extrema, impossibilitando o tratamento com próteses implanto-suportadas. (NISSAN et al. 2012). Quando o leito receptor ainda possuir uma pequena quantidade óssea remanescente (3-6 mm), pode-se optar pelos implantes curtos de 8 mm ou menos. No entanto, sabe-se pelas análises e estudos, que os mesmos não tem um bom prognóstico a longo prazo, tendo a perda aumentada em até 10% em relação a implantes mais longos. (CANNIZZARO et al. 2009; FELICE et al. 2010; JIAMSHENG et al. 2012). Em função da falta de estética e da dificuldade dum bom suporte mastigatório pela carência óssea, normalmente necessita-se de enxertos, para produzir uma boa base de contenção aos implantes. Os enxertos tendem a aumentar o osso horizontalmente (espessura) e verticalmente (altura). Quanto ao osso regenerado verticalmente, muito pouco ainda é conhecido sobre a manutenção ou perda da sua altura a longo prazo. (MERLI et al. 2010; TODISCO et al. 2010). Atualmente o mais confiável e bem estudado material de enxertia é o osso autógeno. Alguns estudos, no entanto, demonstraram que o mesmo em mistura com outros biomateriais induz em resultados semelhantes ao osso autógeno puro. (RICHERT et al. 2011). Em um estudo com enxertia de osso autógeno e outro com beta fosfato tricálcico (TCP), descobriu-se que não houve diferenças significativas na formação da altura óssea entre os dois biomateriais enxertados. (ZIZDERVELD et al. 2009). Por outro lado, o uso dos biomateriais de enxerto foi questionado, por um trabalho recente que demonstrou que a simples elevação da membrana 37 Schneideriana e colocação simultânea dos implantes resultaram em neoformação de tecido ósseo. (ESPOSITO et al. 2010; SPATE et al. 2012). Neste estudo, comprovou-se que a presença de uma memória celular, assim como de células osteoprogenitoras na membrana, estimulam a formação óssea entre a membrana e as paredes do seio maxilar. No entanto, este tipo de procedimento só é possível quando existir osso alveolar suficiente para permitir uma boa estabilidade primária. Um tópico importante na implantodontia é a escolha do material de enxertia. Embora a maioria dos materiais utilizados para aumento do seio maxilar tenha demonstrado resultados satisfatórios, sabe-se do padrão ouro do osso autógeno dado as suas propriedades osteogênicas. No entanto o que o inviabiliza é a sua disponibilidade limitada, seu alto custo cirúrgico e sua morbidade. (DE VICENTE et al. 2010; GARLINI et al. 2010; MISCH et al. 2011). Assim, outros substitutos de osso têm sido propostos para enxertia na implantodontia, que incluem os aloenxertos mineralizados e desmineralizados, os xenógenos e os aloplásticos. (AVILA et al. 2010). Os aloenxertos são eficazes quando possuem propriedades osteocondutora e osteoindutora. No entanto, foi relatado que há uma falta de rigoroso estudo clínico sobre o desempenho dos biomateriais de diferentes marcas comerciais. Recentemente, aloenxertos com alta proporção de D.B.M. foram colocados no mercado. Apesar de os relatos estarem favoráveis, pouca pesquisa tem sido publicada. (KIM et al. 2010). Enxerto com fosfato de cálcio bifásico (BCP) em humanos, mostrou sinais limitados de degradação nos primeiros 6 meses. Neste estudo parece que o fosfato de cálcio bifásico é reabsorvido pelos osteoclastos e substituído por osso novo Mesmo parecendo, após 6 meses ser o osso recém formado já estável para a colocação do implante, as células ósseas ainda estão ativamente substituindo o material enxertado. (FRENKEN et al. 2010). A composição química não é o único fator na determinação da natureza e extensão da biodegradação do biomaterial enxertado. Além de condições fisiológicas, características como a cristalinidade, tamanho da partícula, porosidade e rugosidade da superfície, podem influenciar no comportamento biológico. Enxertos aloplásticos tem o tempo de cura aumentado. (CHAI et al. 2012). 38 O sulfato de cálcio (CaS) é um biomaterial de enxerto conveniente e de baixo custo usado com muito sucesso em defeitos ósseos alveolares e aumentos de seios maxilares. Seus estudos confirmam a biocompatibilidade em osso humano onde em estudos anteriores, Maragos et al. por monitoração radiográfica constatou que a cura e reabsorção em defeitos de furca em molar inferior encontrou o material completamente reabsorvido entre 4 e 10 semanas. (PETTINICCHIO et al. 2012). A mistura de osso autógeno com outros biomateriais aumenta a regeneração óssea, combinando as vantagens derivadas de cada material. Enxertos autógenos aceleram o processo de cura porque são fontes de células osteogênicas e outros fatores de crescimento. Nos seios aumentados com biomaterial puro recomenda-se de 9 a 12 meses de espera para a colocação dos implantes. A adição da hidroxiapatita de osso autógeno diminui este tempo para 5 a 6 meses, com resultados satisfatórios em longo prazo. (CAUBERT et al. 2011; JENSEN et al. 2009;BAE et al. 2010). Em regiões de seio maxilar enxertados com osso autógeno ou xenoenxerto bovino (Bio-Oss), na região marginal do implante, a remodelação óssea em ambos é muito semelhante, mesmo sabendo que no Bio-Oss a reabsorção óssea é mais lenta. No caso de implantes retardados, (após a cura) a reabsorção óssea marginal é maior no último caso. (SBORDONE et al. 2011; NEVINS et al. 2011; CAUBERT et al. 2011). As biocerâmicas têm sido vastamente utilizadas em virtude da grande semelhança estrutural, física e química com a matriz mineral óssea, não induzindo qualquer reação tóxica ou imunológica. Estes materiais, comercialmente disponíveis diferem na origem (natural ou sintético), formato físico (particulados, blocos e cimentos), composição (Hidroxiapatita, Fosfato Betatricálcico e Fosfato de Cálcio Bifásico), e pelas propriedades físico químicas. (SCHULZE-SPÄTE et al. 2012). A hidroxiapatita de origem bovina (Bio-Oss) possui características osteocondutora e de bioinercidade, uma vez que não causa reação biológica adversa no osso natural em relação à área interna de superfície, à porosidade, cristalinidade e razão molar cálcio-fosfato. Além disso, apresenta padrões de reabsorção e degradação bastante lentos, na qual se observa a ocorrência de 39 neoformação óssea ao redor de suas partículas. (CAUBERT et al. 2011; MORDENFELD et al. 2010; TODISCO et al. 2010). O osso autógeno é o único biomaterial disponível que possui propriedade osteogênica. Ainda, outro fator de grande importância é o fato do mesmo não transmitir qualquer patologia ao paciente hospedeiro, o que não acontece com os biomateriais homógenos e heterogêneos. (JENSEN et al. 2009; GARLINE et al.. 2010). 40 5 CONCLUSÃO A aplicação dos biomateriais na implantodontia ocorre numa escala crescente. Várias pesquisas demonstram a síntese de biomateriais novos com resultados promissores. Tem-se hoje, dentro da enxertia com biomateriais bons resultados, que no entanto, ainda carecem de mais estudos. Pode-se afirmar que os biomateriais são uma alternativa viável, na reconstrução do tecido ósseo, para posterior instalação de implantes osteointegrados. 41 REFERÊNCIAS ABTAHI, J.; TENGVALL, P. AND ASPENBER, P. A bisphosphonate-coating improves the fixation of metal implants in human bone. A randomized trial of dental implants. Bone, v. 50, n.5, p. 1148-51, 2012. AGHAZADEH, A.; RUTGER PERSSON, G. and RENVERT S. A single-centre randomized controlled clinical trial on the adjunct treatment of intra-bony defects with autogenous bone or a xenograft: resuls after 12 months. J. Clin. Periodontol., v. 39, n.7, p.666-73, 2012. AVILA, G.; NEIVA, R.; MISCH, C.E, et al. Clinical and histologic outcomes after the use a novel allograft for maxillary sinus augmentation: a case series. Implant. Dent., v.19, n.4, p. 330-41, 2010. BAE, J.H.; KIM, Y.K.; KIM, S.G. et al. 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