2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE O MARKETING AMBIENTAL E AS ORGANIZAÇÕES Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do Mestre – Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do especialista em Comunicação Empresarial. Por: Ana Carolina Galante Pereira grau de 3 AGRADECIMENTOS Aos meus amigos e parentes, ao meu marido Murilo, que compartilhou de meus momentos dificeis durante a elaboração deste trabalho. 4 DEDICATÓRIA Aos meus filhos, Lucas e Pedro. 5 RESUMO Este trabalho busca apresentar de forma clara o que vem a ser o Marketing Ambiental e como este se desenvolve como nova filosofia de gestão de ações econômicas nas organizações empresariais. O Marketing Ambiental, que compõe o Marketing Tradicional, vem trazer às organizações que a utilizam benefícios econômicos, mas também, sócio-ambientais. Neste estudo, buscase apresentar além de conceitos que vão desde Marketing, passando por Meio Ambiente e questões afins. Uma discussão do que vem a ser responsabilidade sócio-ambiental, e como está traz benefícios a organização e a sociedade como um todo. Dando ênfase a tipificação das ações preservacionistas de algumas organizações empresariais, principalmente em âmbito nacional. 6 METODOLOGIA Como metodologia de pesquisa para a confecção deste trabalho acadêmico, buscou-se após conversas com o professor, fazer uma pesquisa em livros, jornais, revistas, sobre o tema Marketing Ambiental. Numa fase inicial, mergulhou-se em alguns livros que trouxeram as bases conceituais iniciais, para se fazer o primeiro capítulo, que embasa toda a parte posterior dos capítulos seguintes. Através da citação de autores e artigos, traz-se a luz sobre Marketing Ambiental, Meio Ambiente, e o porquê as organizações estão se engajando nesta nova filosofia. Para tornar o trabalho mais prático, e que sua visualização só não ficasse na parte conceitual, e de textos acadêmicos, buscou através de pesquisa em sites de empresas, bem como lendo artigos em revistas e jornais, que falam sobre as ações das mesmas no segmento do Marketing Ambiental, pontuar de modo a mostrar como tais ações de Marketing Ambiental se desenvolvem, e quais os benefícios que as mesmas trazem ao Meio Ambiente e a sociedade. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - Conceitos Básicos 08 CAPÍTULO II – As Organizações e o Meio Ambiente 21 CAPÍTULO III – O Marketing Ambiental e as Organizações 26 CAPÍTULO IV – O Marketing Ambiental na Prática 33 CONCLUSÃO 40 BIBLIOGRAFIA 41 ÍNDICE 47 FOLHA DE AVALIAÇÃO 48 8 CAPÍTULO I CONCEITOS BÁSICOS 1.1 - Marketing O Marketing é uma ferramenta de suma importância na gestão das estratégias de empresas públicas e privadas, principalmente em um mundo globalizado e que tem passado por uma crise financeira internacional. Na sua estrutura, o marketing é composto por estratégias e táticas, que partem da premissa de se compreender o mercado para em seguida tomar as ações necessárias nas operações da empresa. Ele é o suporte para produtos e serviços ofertados pelas organizações ao mercado, que está em constante mobilidade. Observa-se que o Marketing nas últimas décadas têm se desdobrado, agregado novos valores. Trazendo novas nomenclaturas ao conceito básico, como se pode observar na citação abaixo: “O Marketing não é mais o mesmo. Aliás, ano após ano, o marketing vem sofrendo transformações e ganhando cada vez mais facções: marketing de acesso, marketing de permissão, gonzo marketing, marketing radical, marketing titânico, marketing hipnótico, marketing de guerrilha, marketing pessoal, marketing político, marketing ambiental...”(PORTAL DA ADMINISTRAÇÃO, 2009). 9 Assim, o Marketing Ambiental, o foco das análises deste trabalho acadêmico. Baseado nas premissas citadas acima, pode-se encontrar uma série de conceitos básicos para definir marketing e suas atividades, conceitos estes que serão a base para futuras análises, e darão suporte ao que vem a ser o Marketing Ambiental. Vale ressaltar que Marketing não é propaganda, pois muito das vezes, principalmente no Brasil, estas atividades que se interligam são confundidas, porém, o Marketing possui uma composição e detalhes mais abrangente, sendo a publicidade, uma das etapas dos mesmos. Como explicado por Kotler em seu livro Princípios de Marketing. “Muitas gente pensa em marketing apenas como vendas e propaganda. Não é de admirar, pois todos os dias somos bombardeados por comerciais de televisão, anúncios de jornais, mala-direta, e telemarketing ativo...portanto, talvez você se surpreenda em descobrir que vendas e propaganda são apenas a ponta do iceberg do marketing.” (KOTLER & ARMSTRONG, 1998, p. 3). Iniciando-se a apresentação dos conceitos de Marketing, pode-se encontrar no Dicionário Aurélio, a definição de marketing como um conjunto de estratégias, como se pode observar a seguir: “Marketing é o conjunto de estratégias e ações que provêem o desenvolvimento, o lançamento e a sustentação de um produto ou serviço no mercado consumidor.” (FERREIRA, 2004, p. 1299). Voltando a Kotler & Armstrong, estes, ensinam que o conceito básico de Marketing tem haver com a satisfação das necessidades humanas. Que são definidos por estes autores como estados de carências percebidas. Este autores também mencionam que o marketing estimula uma gestão de trocas entre empresas e indivíduos. Tendo uma parte empresarial e social, que possibilita o estabelecimento desta relação. 10 “Marketing é um processo social e gerencial, através do qual indivíduos e grupos obtêm aquilo que desejam e que necessitam, criando e trocando produtos e valores uns com os outros.” (KOTLER & ARMSTRONG, 1998, p. 3). Já na visão de Peter Drucker, precursor da administração, o marketing é enfocado como um instrumento econômico, utilizado para servir as necessidades dos indivíduos. “Marketing é o processo pelo qual a economia é integrada à sociedade para servir às necessidades humanas.” (DRUCKER, 1973, p. 223). Voltando-se a fonte conceitual dos dicionários, verifica-se que a conceituação de Marketing no Dicionário Michaelis, denota o mesmo, como um sistema comercial que inicia-se com a produção, até a chegada do produto ao consumidor. “Marketing é o conjunto de operações que envolvem a vida do produto, desde a planificação de sua produção até o momento em que é adquirido pelo consumidor.” (DICIONÁRIO MICHAELIS WEB, 2007). Outros autores, como Levitt, definem o Marketing, como instrumento pelo qual se cria e se mantém os clientes. “Marketing é o processo de criar e manter clientes” (LEVITT, 1998, p. 33). Vavra, conceitua o marketing de forma bastante formal, tendo a visão de que este se ocupa simplesmente com atividades e/ou ferramentas como: produção, fixação de preços e distribuição. Porém enfatiza que este deve buscar suprir e satisfazer as necessidades das empresas e da sociedade. “Marketing é o processo de conceber, produzir, fixar preço, promover e distribuir idéias, bens e serviços que satisfazem às necessidades de indivíduos e organizações.” (VAVRA, 1993, p. 41). 11 Churchill, acrescenta um novo contexto a visão formal de Vavra, para as atividades de produzir os produtos, fixar preços e valores, e distribuir. Este apresenta a importância de se planejar de forma uniforme essas atividades, não esquecendo também de que estão visão satisfazer empresas e clientes. “Marketing é o processo de planejar a concepção, o preço, a promoção e a distribuição de bens e serviços para criar trocas que satisfaçam aos objetivos individuais e organizacionais.” (CHURCHILL, 2000, p. 4). Para autores como Rocha & Christensen, o marketing se utiliza de princípios técnicos e têm uma função exclusiva a de ajuste de demanda entre as parte envolvidas, organizações e clientes. “Marketing é uma função gerencial, que busca ajustar a oferta da organização a demandas especificas do mercado, utilizando como ferramental um conjunto de princípios e técnicas.” (ROCHA & CHRISTENSEN, 1999, p. 15). É neste contexto, que Richers, conceitua o marketing, sendo este responsável por atender e também por entender as demandas do mercado, suprindo as necessidades dos consumidores. “Marketing é simplesmente a intenção de atender e entender o mercado. Sendo que o papel fundamental do marketing é conhecer e suprir as necessidades de seus consumidores.” (RICHERS, 2000, p. 5). Semenik e Bamossy, em seu livro “Princípio de Marketing”, demonstra a importância do planejamento e da execução, importantes pilares da administração, que por certo tornam o marketing mais eficaz em todo seu processo, o que por certo traz satisfação tanto para as empresas, quanto para seus clientes. “O marketing é formado pelo processo de planejamento e execução do conceito, do preço, da comunicação e da distribuição, de idéias, bens ou serviços, de modo a criar 12 trocas que satisfaçam objetivos individuais organizacionais” (SEMENIK E BAMOSSY, 1995, p. 6). e Chiavenato, outro importante estudioso da administração, classifica o marketing como um instrumento mercadológico que a empresa possui na sua configuração, utilizado para encontrar e influenciar os clientes e possíveis mercados potenciais. “(...) marketing é formado pelos recursos mercadológicos, que constituem os meios pelos quais a empresa localiza, entra em contato e influencia os seus clientes ou usuários. Neste sentido, os recursos mercadológicos incluem também o próprio mercado de consumidores ou clientes dos produtos ou serviços oferecidos pela empresa.” (CHIAVENATO, 1994, p. 67). Dando prosseguimento a conceituação de marketing a partir da ótica de estudiosos de administração. Observa-se que Koontz, O´Donnell e Weihrich, novamente enfatizam o planejamento como norte das atividades de marketing, fazendo com que este seja bem executado desde a produção de bens e serviços, até o momento da escolha e compra de tais produtos. “Marketing destinam-se a orientar o planejamento nas atividades de colocação de produtos ou serviços junto aos clientes, nas atividades para estimulá-los a comprar, bem como para entregar os produtos e serviços.” (KOONTZ, O´DONNELL, WEIHRICH, 1987, p. 142). Também nesta ótica dos princípios de administração, Rocha & Christensen, acrescentam que, o marketing serve como gestor da oferta e procura, e busca satisfazer as necessidades sociais. “(...) o Marketing pode ser visto, como um processo social, pelo qual são reguladas a oferta e a demanda de bens e serviços para atender as necessidades sociais. Podendo ser entendido, como uma orientação da administração, uma filosofia, uma visão.” (ROCHA & CHRISTENSEN, 1999, p. 15). 13 Um dos conceitos básicos mais simples, mas sobretudo que demonstra qual deve ser o foco do marketing, é elaborado por Douglas. “A aplicação dos conceitos de marketing, significa inicialmente conhecer com detalhes o seu mercado de atuação e, a partir daí, tomar ações sobre ele.” (ZELA, 2002, p. 29). Isso mostra que os profissionais de marketing e as organizações, devem sobretudo buscar compreender os mercados e as empresas onde atuam, além de suas inter-relações, antes mesmo de empregar estratégias ou formulas. 1.2 - Ecologia, Meio Ambiente e Conceitos Afins Dando prosseguimento a parte conceitual deste trabalho, busca-se entender melhor o que vem a ser Meio Ambiente e Ecologia, conceitos estes, tão em voga nas últimas décadas, e que ganharam uma importante visibilidade, a partir de ações que visão a preservação dos mananciais naturais do planeta, e por seguinte da própria vida no planeta a Terra. De acordo com Rodrigues, um fato a se destacar, é que as questões ambientais ganharam uma importância mundial, passado a fazer parte das discussões e debates, e entrando na pauta das relações internacionais. Assim, surgem tratados, acordos e conferências eu tem objetivado implementar agendas positivas sobre as questões ambientais. “A questão ambiental tem ocupado um papel cada vez mais relevante nas relações internacionais contemporâneas. A negociação e implementação de tratados, acordos, convenções e a realização de reuniões internacionais com agendas amplas e complexas – como a RIO-92 – dão contornos a um sistema internacional multilateral imerso em conflitos e contradições.” (RODRIGUES, 2008, p. 1). 14 Neste contexto, serão conceituados também, termos que estão ligados ao Meio Ambiente e a Ecologia, como: biodiversidade, recursos naturais e sustentabilidade. Nos conceitos mais tradicionais, podia-se encontrar a definição de Meio Ambiente, limitada somente a elementos como: fauna, flora, recursos hídricos, o solo e o ar. Porém, este conceito passou por algumas revisões, e a ele foi acrescentado outros agentes importante e que interagem com uma determinada força neste meio, assim, nos novos conceitos sobre Meio Ambiente, pode-se visualizar a inserção dos seres humanos e seus aspectos sociais, que estão intimamente ligados ao modo como estes recursos visto nos conceitos tradicionais são utilizados e modificados. Conforme se pode observar na citação de Carvalho: “O meio ambiente, não é formado apenas pela fauna e flora, água, solo e ar como era tradicionalmente definido. As atividades atuais dos seres humanos sobre a Terra, produzem influências, que a sua cultura faz parte da definição de meio ambiente. Diversos danos ambientais são causados por decisões políticas e econômicas erradas. Assim para serem compreendidas, as questões ambientais não podem ficar restritas à ecologia.Faz-se necessário considerar os aspectos sociais, econômicos, políticos, culturais para que se tenha uma visão global dos problemas contemporâneos e das suas alternativas de soluções. Vivemos em constante interação evolucionária, somando os fatores abióticos (água, solo, ar, energia etc.), fatores bióticos (flora, fauna) e a cultura humana (Seus paradigmas, valores filosóficos, políticos, morais, científicos, artísticos, sociais, econômicos, religiosos, e outros). Esta somatória podemos começar a associar-se ao que chamamos do meio ambiente.” (CARVALHO, 2006). Voltando-se a forma tradicional de se conceituar Meio Ambiente, não se pode deixar de se definir o que vem a ser fatores abióticos e bióticos. O primeiro formado por elementos que agem sobre o ecossistema, mas sem a 15 ação dos seres vivos. O segundo tem ligação com os seres vivos que ocupam o ecossistema e que por certo também agem sobre o mesmo mesmo. “Fatores abióticos são aqueles componentes de um ecossistema que não requerem a ação dos seres vivos, ou que não possuem vida, mas realizam funções vitais dentro de suas estruturas orgânicas. São, enfim, todos os fatores químico-físicos do ambiente e incluem elementos tais como umidade, temperatura, tipo e características do solo, disponibilidade de nutrientes essenciais, vento, fogo, seca, salinidade, luz, fotoperíodo, e acidez ou alcalinidade de solos e águas. Trata-se, portanto, de condições ou fenômenos que ocorrem na litosfera, hidrosfera e atmosfera.” (BONETTI, 2003). “Fatores bióticos são os componentes de um ecossistema que possuem vida e que permitem o desenvolvimento da mesma. Em geral, os fatores bióticos são os seres vivos como as plantas, os animais, os fungos, as bactérias, seres humanos, etc.” (BONETTI, 2003). Muito antes, de a questão ambiental ganhar destaque nos fóruns internacionais, nos debates entre governos, nas ações de ONG, empresas públicas e privadas e comunidades. Esta já vinha sendo debatida por ramos das ciências humanas. Pensadores como Marx e Engels, já abordavam na sua literatura as conseqüências das relações entre o homem e os meios naturais. “Marx e Engels, Weber e Durkheim, escreveram sobre o relacionamento entre sociedades humanas e o meio ambiente natural. Contudo, o termo “Sociologia do meio ambiente” não foi utilizado até 1971. Em 1976, a Sociedade Americana de Sociologia designou uma seção para a área. Em 1978, Catton e Dunlop publicaram a primeira tentativa de proporcionar uma definição explícita da área de sociologia do meio ambiente.” (MCREYNOLDS, 1999, p. 181). Outra forma de se definir Meio Ambiente, e que vem ganhando importância principalmente quando se busca a preservação deste, é a visão jurídica. Observa-se que a temática ambiental ganha cada vez mais um debate fundamentado em leis e normas, que buscam normatizar a forma com que os 16 seres humanos e as organizações utilizam os recursos encontrados nos ecossistemas. Utilizando-se a definição encontrada no Código Penal Brasileiro, constata-se que a mesma abrange no seu arcabouço tudo o que vem a dá origem à vida, as perturbação e conflitos existentes, além de englobar também os conceitos importante como: biosfera, comunidade, ecossistemas. “Meio Ambiente, é o conjunto de condições: leis, influências e interações físicas, químicas e biológicas, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.” (OLIVEIRA, 1995, p. 89). Finalizando-se a parte conceitual do que vem a ser Meio Ambiente, não se pode deixar de mencionar que ainda podem ser encontradas definições mais amplas que incluem além das condições naturais, as influencias que são exercidas até pelos fatores culturais, como a cultura, as artes e o patrimônio histórico sobre o ecossistema em que estes estão inseridos. Observa-se que no contexto ambiental, o movimento ecológico, que não é tão novo, e que tem suas raízes surgidas a mais de um século e meio. Tornou-se o pontapé inicial para discussões, debates, protestos e ações que tomaram como bandeiras temáticas os melhores meios para se utilizar os recursos encontrados no planeta. A Ecologia, um dos termos alicerces que gerou todo este movimento, e conceitos que serão visto na seqüência desta análise, tem suas origem gregas, como a maioria dos termos. “Ecologia vem de duas palavras gregas: Oikós que quer dizer casa , e logos que significa estudo. Ecologia significa, literalmente a Ciência do Habitat. É a ciência que estuda as condições de existência dos seres vivos e as interações, de qualquer natureza , existentes entre esses seres vivos e seu meio.” (CASSINI, 2005, p. 2). 17 Ecologia, também tem sua conceituação básica, e que é comumente difundido nas instituições de ensino fundamental, como sendo, a parte da Biologia que estuda relação entre os seres e o meio ambiente. “É a parte da Biologia que estuda as relações dos seres vivos entre si e com o ambiente.” (ARAÚJO, 2008, p. 1). “Designar o conjunto de conhecimentos relacionados com a economia da natureza - a investigação de todas as relações entre o animal e seu ambiente orgânico e inorgânico, incluindo suas relações, amistosas ou não, com as plantas e animais que tenham com ele contato direto ou indireto, - numa palavra, ecologia é o estudo das complexas inter-relações, chamadas por Darwin de condições da luta pela vida” (HAECKEL, 1870). Com o passar dos anos, e a evolução dos conceitos sobre meio ambiente, o termo ecologia passa a se concentrar nas análises e estudos, sobre os ecossistemas. Dando prosseguimento as definições complementares ao Meio Ambiente, busca-se pontuar, sobre alguns conceitos importantes e que estão intimamente ligados a questão ambiental. Primeiro biodiversidade, não um se dos pode deixar temas mais de mencionar preocupantes, a visto questão que é da na biodiversidade que se encontram uma gama de seres vivos, principalmente de origem vegetal, estes, de suma importância no equilíbrio dos ecossistemas e também na busca de novas formulas que podem ajudar na cura de muitas doenças. Vale ressaltar que a biodiversidade, vem sofrendo com a exploração exagerada dos recursos naturais, principalmente por empresas e populações que tem nas matérias-primas encontradas nos ecossistemas uma fonte de lucro e recursos inclusive para sobrevivência de inúmeras comunidades. 18 “O termo biodiversidade - ou diversidade biológica descreve a riqueza e a variedade do mundo natural. As plantas, os animais e os microrganismos fornecem alimentos, remédios e boa parte da matéria-prima industrial consumida pelo ser humano.” (WWF-BRASIL, 2009). Um melhor entendimento sobre a biodiversidade passa pelo entendimento da riqueza de espécies contidas em um determinado ecossistema, e também os genes contidos nestas espécies. Além disso, a biodiversidade pode ser encontrada em todos os sistemas, e esta se adapta a cada situação dos mesmos. Sendo assim, podese encontra-la em áreas geladas, desérticas e de floresta, onde são encontradas com maior requinte e abundância. “Para entender o que é a biodiversidade, devemos considerar o termo em dois níveis diferentes: todas as formas de vida, assim como os genes contidos em cada indivíduo, e as inter-relações, ou ecossistemas, na qual a existência de uma espécie afeta diretamente muitas outras.” (WWF-BRASIL, 2009). “(...) a diversidade biológica está presente em todo lugar: no meio dos desertos, nas tundras congeladas ou nas fontes de água sulfurosas. A diversidade genética possibilitou a adaptação da vida nos mais diversos pontos do planeta. As plantas, por exemplo, estão na base dos ecossistemas. Como elas florescem com mais intensidade nas áreas úmidas e quentes, a maior diversidade é detectada nos trópicos, como é o caso da Amazônia e sua excepcional vegetação.” (WWF-BRASIL, 2009). Outro termo também muito debatido internacionalmente, e que tem uma relação direta com a sobrevivência das espécies, em especial da espécie humana, são a utilização dos recursos naturais renováveis e não renováveis. “Recursos Naturais Renováveis: são aqueles cujos estoques são passíveis de recomposição. A manutenção do estoque depende da forma em que a exploração é feita. Recursos Naturais Não-Renováveis: são aqueles cujos estoques tendem a se exaurir, independente da 19 forma em que são explorados. O estoque declina ao longo do tempo qualquer que seja a taxa de uso (positiva)” (SEIA, s/d, p. 1). Como exemplo, pode-se citar a temática da utilização dos recursos hídricos, que não é renovável, e que em algumas regiões do planeta, já enfrenta a escassez, gerando inclusive o declínio de atividades como a agricultura e falta de água potável para as populações e animais. Diante da questão do que poderá ser utilizado por esta e pelas futuras gerações, no que tange aos recursos naturais renováveis e não renováveis, existe um termo muito utilizado, principalmente, por ONGs, Governos e organizações empresariais que buscam melhor gerir os recursos naturais no meio em que estão inseridos, ou com os quais atuam economicamente. A sustentabilidade. Termo este que teve sua consolidação no ano de 1987. “Este conceito foi consolidado com a publicação do relatório Nosso Futuro Comum, em 1987. Nele, a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) criticava o modelo adotado pelos países desenvolvidos e defendia um novo tipo de desenvolvimento, capaz de manter o progresso em todo o planeta e de, no longo prazo, partilhá-lo entre países em desenvolvimento e desenvolvidos. Nascia, assim, o conceito de desenvolvimento sustentável ou sustentabilidade.” (DE MOURA, 2004). A sustentabilidade a cada dia, se torna mais o foco dos debates sobre Meio Ambiente. Questões como atuar de forma responsável sobre os recursos encontrados no planeta, são o centro de debates e estudos que por certo norteiam muito das ações de várias instituições. Por certo, a sustentabilidade passa pela renovação dos conceitos e filosofias produtivas. Assim, muitas organizações empresariais tem buscado interagir com ambiente em volta e também com os recursos naturais os quais usam como matéria prima, sem agir de uma forma agressiva. Em muitos casos, 20 estas, desenvolvem técnicas e práticas que buscam o menor impacto nas suas operações produtivas. 21 CAPÍTULO II AS ORGANIZAÇÕES E O MEIO AMBIENTE Durante muito tempo as organizações públicas e privadas não se preocuparam com o seu entorno, apenas atuavam pensando no lucro. Também não havia uma consciência sobre a importância de se preservar as fontes de matéria-prima, e nem como melhor tratar o restos de produção, que muito das vezes eram jogados junto ao ecossistema em que estas empresas estavam inseridas. “Por muito tempo a visão predominante no ambiente de negócios era apenas o lucro, não importava a que preço. As empresas, de forma geral, tinham como princípio básico maximizar os resultados para seus acionistas. Acreditava-se que, se cada companhia cuidasse com afinco dos próprios interesses, todas se tornariam produtivas, lucrativas, fortes e competitivas. O livre mercado se encarregaria de distribuir a riqueza. Seria uma espécie de seleção natural empresarial: os mais fortes sobreviveriam. Com o passar dos anos percebeu-se que o lucro a qualquer preço provocou uma anomalia que, em vez de proporcionar crescimento a todos.” (VALÉNCIO, 2008, p. 95). Com o passar dos anos, e com o aumento das discussões sobre Meio Ambiente, sobretudo, impulsionadas pelo movimento ecológico que se instalou em várias partes do mundo. Muito destes, organizados por ONGs – Organizações Não Governamentais e outros grupos que faziam protestos para que as organizações empresariais, industriais e governos passassem a olhar com maior responsabilidade para o meio ambiente ao seu entorno. Começou a surgir uma nova consciência junto aos meios empresariais. 22 Essa nova consciência aliada lucratividade com uma nova visão de responsabilidade, e passou a ser denominada de Responsabilidade Social, que tem todo um cunho tanto social, quanto ambiental. 2.1- Responsabilidade Social O Termo Responsabilidade Social ganhou gosto e popularidade no meio empresarial mas precisamente na última década. Com isso, as empresas passaram a fazer o seu “dever de casa”, destinando parte de seus lucros e ações para projetos que vissem proporcionar o melhor para a sociedade e em especial para o Meio Ambiente. A chamada empresa “Ética” é aquela que planeja e executa suas operações, sobretudo sua produção de forma a não causar danos as pessoas e ao meio ambiente. “A ética nos negócios, traduzida como responsabilidade social empresarial, possui, de forma simplificada, três estágios básicos. O primeiro é o minimalista: significa atuar em conformidade com a legislação. O segundo, discricionário: refere-se à filantropia e a ações sociais. O terceiro, estratégico: envolve cidadania integrada nos negócios. Isso significa entrega de produtos de qualidade, que não causem danos às pessoas, preservação ambiental, zelo pelo pagamento de impostos, não envolvimento com corrupção.” (TELLES, 2008, p. 96). Esta nova consciência que tomou conta e se inseriu na filosofia das organização, se caracteriza em gerenciar interesses tanto da empresa, bem como da sociedade, e assim programar as formas produtivas para que estas gerem uma qualidade de vida, que seja boa para as partes. “A forma de conduzir os negócios baseada no compromisso contínuo com a qualidade de vida atual e das gerações futuras, por meio de um comportamento ético, que contribua para o desenvolvimento econômico, 23 social e ambiental. E, se a gente conseguir incorporar os interesses das diversas partes interessadas nas estratégias de negócio e na implementação das atividades, melhor ainda.” (KRIGSNER, 2004, p. 2). Ainda no sentido de se proporcionar qualidade de vida. Segundo, Kapaz, observa-se que as organizações que optaram por inserir estes conceitos nas suas ações, buscam acima de tudo a sobrevivência, mesmo porque, se estas agridem a sociedade e consequentemente o Meio Ambiente, estão por certo, atingindo a sobrevivência das futuras gerações e por seguinte, a sobrevivência da empresa. “Responsabilidade Social nas empresas significa uma visão empreendedora mais preocupada com o entorno social em que a empresa está inserida, ou seja, sem deixar de se preocupar com a necessidade de geração de lucro, mas colocando-o não como um fim em si mesmo, mas sim como um meio para se atingir um desenvolvimento sustentável e com mais qualidade de vida.” (KAPAZ, 2004, p. 1). Complementando-se o entendimento do processo que faz com que as empresas busquem desenvolver ações de Responsabilidade Social, há de se visualizar esta ação baseada por três partes. Uma plural, na qual a organização presta conta dos seus atos a todas as partes envolvidas, desde os acionistas, que antes eram somente os quais a empresa prestava conta, adicionando-se neste momento funcionários e sociedade. “Empresas não devem satisfações apenas aos seus acionistas. Muito pelo contrário. O mercado deve agora prestar contas aos funcionários, à mídia, ao governo, ao setor não-governamental e ambiental e, por fim, às comunidades com que opera. Empresas só têm a ganhar na inclusão de novos parceiros sociais em seus processos decisórios. Um diálogo mais participativo não apenas representa uma mudança de comportamento da empresa, mas também significa maior legitimidade social.” (RESPONSABILIDADE SOCIAL, s/d). 24 É distributiva pois, a Responsabilidade Social também é dividida com os consumidores, que também devem conduzir suas ações de consumo, visando dar preferência a produtos e serviços que tenham respeito com o social e mais ainda com o Meio Ambiente. “A responsabilidade social nos negócios é um conceito que se aplica a toda a cadeia produtiva. Não somente o produto final deve ser avaliado por fatores ambientais ou sociais, mas o conceito é de interesse comum e, portanto, deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo produtivo. Assim como consumidores, empresas também são responsáveis por seus fornecedores e devem fazer valer seus códigos de ética aos produtos e serviços usados ao longo de seus processos produtivos.” (RESPONSABILIDADE SOCIAL, s/d). E por fim, tem-se a Sustentabilidade, conceito já visto no início deste estudo sobre as organizações e suas ações estratégicas voltadas a preservação do Meio Ambiente; como um dos mais importantes pontos, talvez o mais ligado às ações ambientais, visando ações que proporcionem desenvolvimento sustentável, através da utilização racional dos recursos naturais, o que possibilita uma ação de prevenção dos futuros danos que a organização poderia causar se não estivesse engajada em um projeto solito de sustentabilidade. “Responsabilidade social anda de mãos dadas com o conceito de desenvolvimento sustentável. Uma atitude responsável em relação ao ambiente e à sociedade, não só garante a não escassez de recursos, mas também amplia o conceito a uma escala mais ampla. O desenvolvimento sustentável não só se refere ao ambiente, mas por via do fortalecimento de parcerias duráveis, promove a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento orientado. Uma postura sustentável é por natureza preventiva e possibilita a prevenção de riscos futuros, como impactos ambientais ou processos judiciais.” (RESPONSABILIDADE SOCIAL, s/d). 25 “A empresa pode criar grupos de trabalho permanentes para avaliar o impacto das atividades da empresa na região. Lixo em excesso, poluição sonora ou visual, transtornos causados por veículos da companhia. Dos comitês, devem participar lideranças locais, de modo a criar um ambiente de diálogo sobre os principais problemas comunitários e as alternativas para a solução deles, além de oportunidades de parcerias.” (TELLES, 2008, p. 98). Como observado na citação acima, a sustentabilidade passa pelo processo de dialogo com a sociedade, procurando saber o que pode ser equacionado sobretudo nas questões ambientais, se estabelecendo uma parceria que gera um lucro sócio-ambiental para empresa e para a comunidade na qual esta desenvolve suas ações. 26 CAPÍTULO III O MARKETING AMBIENTAL E AS ORGANIZAÇÕES Como já mencionado anteriormente, a maioria das organizações passaram por uma grande mudança sobre o seu modo de pensar e agir no que diz respeito ao Meio Ambiente. Novas filosofias foram implantadas, a responsabilidade social se consolidou nas grandes e médias corporações, bem como a visão de que muitas operações passariam pela implantação de projeto de sustentabilidade em parceria com a sociedade local. Para Kraemer, essa incorporação do Marketing Ambiental a filosofia das organizações faz com que estas desenvolvessem ações responsáveis para com o Meio Ambiente e para com a sociedade na qual estão inseridas. É um instrumento que também deve ser usado como ferramenta de conscientização dos consumidores. Sendo que este, também deve funcionar como uma estratégia de vantagem competitiva. “A variável ambiental deverá ser incorporada pelas organizações no aspecto de seus cenários e na tomada de decisão para que se mantenha uma postura responsável de respeito à questão ambiental. O Marketing Ambiental surge como uma ferramenta a ser trabalhada junto aos consumidores buscando, principalmente, a conscientização sobre a importância da preservação dos recursos naturais. Através dessa conscientização, o marketing ambiental tende a funcionar como uma estratégia de vantagem competitiva.” (KRAEMER, 2002, p.69-83) 27 Visando potencializar essas ações, muitas organizações públicas e privadas implantaram nas suas estruturas, departamento que cuidam de gerir o Marketing Ambiental na empresa. No que tange a vantagens de mercado dos produtos ecologicamente corretos. Estes, de acordo com Maia e Vieira, são mais valorizados e procurados pelos consumidores, que estão interessados em produtos que tragam benefícios positivos para os mesmos e que também não agridam o Meio Ambiente. “(...) um produto ecologicamente correto possui um forte apelo para o consumo se comparado a produtos convencionais, aqueles que não observam normas ambientais que valorizem e preservem o meio ambiente.” (MAIA & VIEIRA, 2004, p. 22). 3.1 Marketing Ambiental, Conceitos e Definições Voltando as análises do Marketing Ambiental para as definições e conceitos. Observa-se que este, também pode ser conhecido como Marketing Verde ou Eco Marketing. Segundo o autor Polonsky, citado por Reinaldo Dias, o Marketing Ambiental tem por objetivo minimizar os impactos negativos das empresas sobre o Meio Ambiente. “Marketing Verde ou Ambiental consiste em todas as atividades desenvolvidas para gerar e facilitar quaisquer trocas com a intenção de satisfazer os desejos e necessidades dos consumidores, desde que a satisfação de tais desejos e necessidades ocorra com o mínimo de impacto negativo sobre o meio ambiente.” (POLONSKY IN DIAS, 2007, p.74). De acordo com Dias, se o Marketing Ambiental deve reduzir os impactos da ação de empresas e produtos sobre o Meio Ambiente, este também tem como premissa buscar satisfazer as necessidades dos consumidores, bem como, trazer beneficio as operações da empresa, porém, 28 sem deixar de aliar práticas ambientais corretas, visto que muitos consumidores tem dado preferência a empresas que tem um programa concreto de gestão ambiental na sua estrutura. “(...) a redução do impacto sobre o meio ambiente, trazendo um papel relevante durante a satisfação das necessidades dos consumidores e na realização da empresa.” (DIAS, 2007, p.75). De acordo com a definição elaborada pela American Marketing Association, pode-se conceituar Marketing Ambiental como sendo o estudo dos pontos positivos ou negativos do marketing, no que tange a agentes que atingem o Meio Ambiente, como extração e utilização de recursos não renováveis pelas organizações, por exemplo. “O estudo dos aspectos positivos e negativos das atividades de Marketing em relação à poluição, ao esgotamento de energia e ao esgotamento dos recursos não renováveis.” (AMERICAN MARKETING ASSOCIATION In KOTLER, 1999, p. 41). Já Kotler & Armstrong definem o Marketing Ambiental como um posicionamento de produtos ofertados pelas organizações, mas que não tragam prejuízo ao Meio Ambiente, o que se poderia denominar de produtos com responsabilidade. “(...) Um movimento das empresas para criarem e colocarem no mercado produtos ambientalmente responsáveis em relação ao meio ambiente”. (KOTLER, 1999, p. 40) Um dos mais completos conceitos sobre o Marketing Ambiental já elaborados, vem da definição dos autores Zylbersztajn e Neves, no qual este tipo de marketing caracteriza-se por unir as atividades normalmente desenvolvidas pelo marketing tradicional, mas com uma visão em que se deve cuidar do Meio Ambiente, e se gera negócios positivos a partir destas ações. 29 “Marketing ambiental ou verde são todas as atividades de marketing que reconhecem o cuidado ambiental como sendo uma responsabilidade no desenvolvimento dos negócios e como uma oportunidade de crescimento nesses negócios.” (ZYLBERSTAJN E NEVES, 2000, p. 428). Assim, além das estratégias e ferramentas utilizadas pela gestão tradicional, como as pesquisas de mercado, controle das finanças, tecnologias, comércio e promoção. Pode-se encontrar na estrutura do Marketing Ambiental uma visão em que se concebe a produção e comercialização de forma mais positiva, visto que, estas podem ter efeitos sobre o Meio Ambiente. “Além dos instrumentos tradicionais utilizados no gerenciamento de um negócio – pesquisa de marketing, avanços tecnológicos, controle financeiro e de qualidade, relações comerciais e promoções – uma nova variável foi introduzida: o meio ambiente e os impactos ambientais resultantes dos processos de fabricação e gerenciamento e comercialização das mais diversas instituições.” (ZYLBERSTAJN E NEVES, 2000, p. 428). Os autores Füher e Alle, observam uma nova visão que se insere no posicionamento das organizações que passam a se utilizar do Marketing Ambiental. Essas, passam a ter suas imagens sustentadas pelas ações que desenvolvem em prol do Meio Ambiente. “É uma ferramenta estratégica utilizada pelas empresas, que além de sustentar a imagem da empresa e seus produtos, também divulga a empresa junto ao mercado consumidor, a colocando em um novo posicionamento. Desta vez ecologicamente correto, perante os olhos da sociedade, dos fornecedores, dos funcionários e do mercado.” (FÜHER & ALLE, 2007, p. 5). Para Hamel & Phahalad, o Marketing Ambiental se caracteriza pela implantação de políticas ambientais no intimo da organização. Essas políticas, envolvem todos os departamentos da empresa, desde o mais alto escalão até 30 o mais baixo, passando pela tomada de decisão, produção e distribuição. Segundo esses autores, empresas que não tem a visão e políticas voltadas para o Marketing Ambiental e para práticas ecologicamente corretas serão excluídas do mercado. “O marketing verde é uma verdadeira e ampla adoção de políticas ambientais que vão do início, desde a coleta da matéria prima até sua disposição; é a compreensão gerencial ampla, dotada de métodos abrangentes e envolventes. Envolve a área de recursos humanos, ciência e tecnologia, educação, tudo enfim que estiver envolvido com a produção ou a prestação de serviços. Será uma necessidade empresarial. A empresa poluidora ou eticamente incorreta sob o ponto de vista ambiental será expurgada gradativamente pelos consumidores.” (Führ & Alles, s/d, p. 6). Um outro ponto a se destacar é que nem sempre é tão fácil se implementar ações de Marketing Ambiental, existe casos de resistências internas e até mesmo do mercado consumidor que ainda não possui uma certa consciência ecológica para se adaptar a novos produtos e serviços corretamente ecológicos e até mesmo desconfiança das novas formas de produção. “As organizações que praticam o marketing verde procuram mostrar que seus produtos causam menor ou nenhum dano ao meio ambiente, esse processo nem sempre é simples, pois existem resistências dos próprios consumidores.” (NASCIMENTO, LEMOS e MELLO, 2008, p.42) 3.2 A Sustentabilidade orientando o Marketing Ambiental Como já foi mencionando algumas vezes neste estudo, observa-se que a temática sustentabilidade se consolida cada vez mais na política ambiental orientada as organizações públicas e privadas. 31 Segundo Raccioppi, um conjunto de fatores faz com que a Sustentabilidade oriente as ações voltadas ao Marketing Ambiental neste contexto de mundo globalizado. Mesmo porque, as empresas têm sofrido a concorrência acirrada em tempos de crise global, já existe uma escassez de matérias-primas renováveis, e as leis ambientais são cada vez mais rígidas. Este autor abre um porém afirmando que apesar de a sustentabilidade ser um norte nas ações do Marketing Ambiental, outros interesses podem direcionar essas ações. “Atualmente, em muitas empresas, o marketing ambiental está sendo vinculado aos princípios de desenvolvimento sustentável e também considerando os alcances das tendências globais e os mercados cada vez mais exigentes, alguns focados como objetivo estratégico. Claro está que a validade do marketing ambiental pode não priorizar a visão que poderia estar fundada tanto no desenvolvimento sustentável como nas exigências e tendências no plano ambiental e as estratégias empresariais em relação ao diferencial e excelência.” (RACCIOPPI, 2007, p.1). “Não obstante isso, esses aspectos não devem ser desconsiderados já que na competitividade empresarial e a ética social começam a ter um lugar de grande importância e cada vez mais significante e influente. Mesmo que a questão empresarial ainda tenha um grande peso no imediatismo das relações de negócios, essa relação está mudando de forma significativa, seja pela globalização, pelas exigências do mercado, pela visão das futuras regras, para evitar ou adaptar-se aos impactos das novas tecnologias tendentes a absoletar e para substituir produtos e sistemas, assim como outros componentes.” (RACCIOPPI, 2007, p.1). Porém, segundo o mesmo, outros aspectos, que poderiam desfocar as ações e estratégias do Marketing Ambiental não devem ser levados em conta. 32 Isto porque, o Marketing Ambiental, encontra ambiente fértil, pois as organizações têm buscado uma “ética” nas operações, bem como se adaptar as novas exigências do mercado consumidor, que busca produtos e serviços, que tenham uma concepção e sejam usualmente corretos com o Meio Ambiente. Há a questão de muitas empresas e consumidores darem preferências a empresas que mantenham projetos ou ações positivas junto a comunidades em que a questão ambiental é a espinha dorsal. De acordo com Rodrigues e Rodrigues, as ações voltadas ao desenvolvimento sustentável condicionam a sustentabilidade nas organizações, são os instrumentos que orientam as políticas, metas, objetivos e até a missão de grandes empresas. “O desenvolvimento sustentável, está atrelado a conjunção e interdependência das variáveis: meioambiente, sociedade e economia. As empresas responsáveis devem então promover o desenvolvimento econômico e social, preservando e melhorando as condições meio-ambientais e, desta forma propiciando a sua sustentabilidade.” (RODRIGUES & RODRIGUES, 2003 In BARZSCZ , 2007, p. 17) Assim, o foco econômico, se alia as questões ambientais e sociais para as organizações que buscam sustentabilidade empresarial e sobrevivência em um mercado tão exigente. 33 CAPÍTULO IV O MARKETING AMBIENTAL NA PRÁTICA Após a apresentação da parte teórica que deu suporte as análises sobre o Meio Ambiente e Marketing Ambiental. Busca-se a seguir, apresentar alguns exemplos de ações desenvolvidas por organizações públicas e privadas, que tem como foco o Marketing Ambiental e a Sustentabilidade. Tem-se observado nos últimos anos, uma grande número de empresas brasileiras, principalmente empresas da área estatal e financeira, desenvolvendo ações que visem potencializar projetos voltados a preservação do Meio Ambiente, e que promovam a Sustentabilidade. Muitos afirmam que essas ações são puramente estratégias de marketing, para atrair os consumidores que estão mais conscientes nas últimas décadas e priorizando organizações que trabalhem pela sobrevivência do planeta. Polêmicas a parte, o certo, é que o Marketing Ambiental é um importante instrumento para o desenvolvimento de ações que visam a sustentabilidade, minimizam as ações negativas de organizações sobre o Meio Ambiente, e também trazem avanços e novas tecnologias e formas de produção. A seguir serão apresentados alguns casos de sucesso de organizações que trabalham seu Marketing Ambiental, desenvolvendo boas ações nesta área. Uma das primeiras organizações privadas mundiais a investir fortemente na temática ambiental foi a Faber-Castell, empresa que atua com 34 transformação de produtos vindos da celulose. E é muito conhecida pela produção de lápis. Segundo o presidente do grupo Faber-Castell, para que haja sucesso nas ações ambientais da empresa, é importante que esta forma de pensar voltada ao Meio Ambiente esteja fortemente explicita nos valores da organização. “As iniciativas da Faber-Castell hoje, no Brasil e no mundo, são reflexos da vocação histórica da empresa de atuar com total responsabilidade social. Uma filosofia que está explícita em seus valores, incorporada na cultura de seus colaboradores e que, assim, deverá se perpetuar por centenas de anos mais. Para esta empresa a responsabilidade socioambiental não se resume a uma iniciativa isolada ou sazonal, mas em um processo contínuo que nasceu há mais de 240 anos.” (FABERCASTELL, 2009). A Faber-Castell também procura antes de iniciar algum processo produtivo, verificar se este segue rigidamente a legislação ambiental vigente na área em que atua e também utiliza de certificações auditadas para demonstrar que é uma empresa ecologicamente correta. “Seu Projeto é aprovado pelos órgãos que atestam o trabalho Ambiental da Empresa, onde ela toma as devidas providências e cautelas antes de iniciar o processo de extração da matéria utilizada para produção, esse cuidado se reflete desde a escolha das áreas de plantio das árvores até o processo industrial ambientalmente responsável, desenvolvendo o conceito de produzir em harmonia com a natureza.” (FABER-CASTELL, 2009) É dessa forma, que esta empresa tem construído seu Marketing Ambiental a mais de dois séculos, tendo consumidores fieis, e uma imagem que organização que busca o melhor para o Meio Ambiente. Porém a primeira empresa brasileira a desenvolver uma consciência e filosofia empresarial voltada ao Meio Ambiente, foi a fábrica de cosméticos Natura. 35 A Natura além de apoiar ações e projeto ligados ao Meio Ambiente, também tem buscado ofertar aos seus consumidores produtos que tem como temática a sustentabilidade ambiental na sua produção, e que são ecologicamente produzidos. A empresa inclusive desenvolveu uma linha de produtos denominada “Natura Ekos” que tem como fonte de matéria-prima extratos de plantas da região Norte do país. “A linha Natura Ekos procura despertar a consciência de que fazemos parte da grande cadeia da vida, na medida em que em nossos momentos diários, em nossos cuidados conosco, pode estar presente a riqueza da biodiversidade brasileira, sua natureza e sua cultura.” (NATURA, 2009). Os produtos da Natura colaboram também na implementação de projetos de sustentabilidade ambiental, ao só comprar as matérias-primas junto a comunidades que possuem projetos de extração da natureza de forma consciente e racional. (...) ao desenvolver a linha Natura Ekos, a Natura busca preservar e difundir o nosso patrimônio natural, cultural e social, e criar riquezas de forma sustentável. Como? Ao comprarmos das populações tradicionais matérias-primas vegetais e óleos naturais, extraídos de modo a não destruir a natureza, contribuímos para que as regiões de origem tenham uma vida com mais recursos, com o trabalhador economicamente recompensado e o ecossistema vivo. Homem e floresta em pé.” (NATURA, 2009). Como se pode observar ao desenvolver essas ações, a Natura consolida seu nome no mercado como uma empresa ecologicamente correta e que se preocupa com a sobrevivência do planeta. Mas também, ao desenvolver essas ações de Marketing Ambiental, a mesma colabora de fato com a execução e fomento de projetos ambientais brasileiros. 36 Uma outra empresa que também vem investindo massiçamente no Marketing Ambiental, talvez a que mais investe nesse tipo de marketing em toda América Latina e que atua no setor de petróleo que é considero um dos mais poluentes do mundo, é a Petrobras. “A Petróleo Brasileiro S/A – PETROBRAS, iniciou suas atividades no setor de petróleo no Brasil em outubro de 1953 e, desde então vem atuando de forma constate em programas sociais e ambientais empenhando-se na melhoria da qualidade de vida da população brasileira e dos países onde atua.” (PORTAL DO MARKETING, 2007) Esta organização tem pautado sobretudo suas ações de Marketing Ambiental investido em reabilitação de ecossistemas danificados, pesquisa e desenvolvimento de tecnologias que minimizem os danos da exploração de petróleo e em projetos de proteção de espécies em extinção, como a tartaruga marinha. A Petrobras inclusive atua muito das vezes com ações de Marketing Ambiental em regiões onde não operações. Mostrando assim, que a empresa tem uma filosofia preservacionista global no Brasil. “A Comunicação Institucional é o setor responsável pelo planejamento e desenvolvimento dessa política de responsabilidade social, aliada ao apoio à cultura nacional e à preservação do meio ambiente. Somente no ano de 2002, investiu cerca de R$ 252 milhões em 1.106 projetos nas áreas social, ambiental e cultural. O Objetivo fim desta área dentro da Companhia é promover, preservar e defender a marca e a identidade corporativa da Petrobras, reforçando seus atributos e os compromissos com o público, seguindo o caminho do patrocínio a projetos culturais, sociais e ambientais voltados para o desenvolvimento humano sustentável, de forma a gerar trabalho e riqueza.” (PORTAL DO MARKETING, 2007). A companhia objetiva com o Marketing Ambiental promover a marca da e identidade da companhia no mercado nacional. 37 Um das ações que vem se destacando dentro desta companhia é o desenvolvimento de combustíveis que tem como matéria-prima renováveis e que contribuam para a diminuição de emissão de poluentes na atmosfera terrestre. “Ciente de que o hidrogênio (H2) será peça-chave na matriz energética mundial nas próximas décadas, quando, cada vez mais, as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera e o aquecimento global precisarão ser reduzidos, a Petrobras não perde tempo. Estuda a adoção desse combustível – que se destaca, dentre outros aspectos, por poder ser produzido utilizando-se fontes renováveis, não deixar resíduos poluentes na natureza e apresentar alta eficiência energética – para a geração de energia elétrica e como combustível veicular. Os estudos são realizados por intermédio de projetos em andamento no centro de pesquisas e desenvolvimento da Petrobras (Cenpes) e do Projeto Cachet (Carbon Dioxide Capture via Hydrogen Energy Technology), um desdobramento da fase dois do projeto multicliente Carbon Capture Project, de captura de gás carbônico.“ (PETROBRAS, 2009) Dando prosseguimento a apresentação de empresas que tem buscado, empreender ações voltadas ao Marketing Ambiental, e por conseguinte, preservacionistas. E após ter comentados exemplos do setor de cosméticos, industria de lápis, petróleo, não se pode esquecer que o setor financeiro também passou nos últimos anos a trabalhar o seu Marketing Ambiental, como forma também de sustentar uma imagem positiva no mercado, dando sua parcela em prol do planeta. Assim ocorreu com o Banco Brasdesco, uma das instituições mais sólidas bancários do Brasil, o Banco inclusive já há algum tempo faz ações em prol do Meio Ambiente. “Em 2005, o banco criou o Comitê Executivo de Responsabilidade Socioambiental e um Comunidades Relacionadas especial de trabalho, formado por 100 funcionários de 23 departamentos, sob coordenação da Diretoria Executiva e o suporte de consultorias externas, para garantir uma atitude eficiente do Comunidades Relacionadas nesta área.” (BRADESCO, 2009) 38 Em seguida ampliando suas ações ambientais, o Bradesco criou o Banco do Planeta, que trabalha inclusive em parceria com a Fundação Amazonas Sustentável. “O Banco do Planeta é como um banco dentro do Bradesco, que tratará o planeta como seu cliente prioritário, com ações que combatam o aquecimento global, onde o dinheiro estará a serviço da vida. A iniciativa segue a tendência de uma linha de comunicação voltada ao políticamente correto, que será amplamente utilizada ao longo de 2008, instituído oficialmente como o Ano do Planeta.” (PORTAL TERRA, 2007). Outro exemplo de ações voltadas ao Marketing Ambiental, são as que envolvem pesquisas desenvolvidas em muitas organizações privadas com o objetivo de aprimorar suas formas de produção e distribuição, visando diminuir o impacto e agressão ao Meio Ambiente. Um dessas ações recentes e que inclusive está em teste é a do “Trem Verde”, da mineradora brasileira Vale, empresa está dona da segunda malha ferroviária do país, e que tem se empenhado em desenvolver energias que possam locomover seus trens e que tragam o menor efeito negativo ao ambiente pelo qual transitam as locomotivas. “Vale conseguiu tirar do papel um projeto de quatro anos e passa a deter uma tecnologia inédita no mundo, que permite substituir o diesel pelo gás natural para abastecer as locomotivas. O principal diferencial em relação aos outros projetos nesse sentido é o fato de a mineradora ter desenvolvido, em parceria com a White Martins, um sistema que transforma o gás natural em liquefeito.” (PACHECO, 2009). Ao converter os motores das locomotivas para o gás natural a Vale ajuda na campanha mundial pela redução da emissão de CO2, além consolidar cada vez sua imagem como uma empresa ecologicamente correta. Esta ação certamente faz parte de uma das ferramentas que compõem o Marketing Ambiental numa organização. 39 “(...) com a conversão de motores para o gás natural, a direção da Vale calcula que a redução das emissões de CO2, provenientes da queima de combustíveis, chegará a 73 mil toneladas por ano. Isso é o equivalente ao gás carbônico absorvido por uma área de mata nativa de cerca de 155 hectares.” (PACHECO, 2009). Como se pode observar neste trabalho, empresas dos mais diversos ramos e seguimentos têm empreendido ações em prol do Meio Ambiente e da Sustentabilidade, estas, estão cada vez mais engajadas em dar sua parcela para preservação da vida no Planeta, aproveitando com isso, para também firmar suas marcas e produtos, com uma visão politicamente correta junto aos seus consumidores. Assim ganha o Meio Ambiente, o Planeta e também as instituições que optam pela responsabilidade sócio-ambiental. 40 CONCLUSÃO Sobrevivência e sustentabilidade são conceitos que caminham juntos tanto quando se fala na preservação da espécie humana e das que convivem com esta no ecossistema terrestre, bem como, quando se fala em preservação da atividade empresarial. Nos dias atuais como pôde ser observado neste estudo. As questões preservacionistas então intimamente ligadas com as ações empresariais. Empresas estão cada vez mais se engajando neste processo. Muitas ainda devem entrar neste ciclo com o decorrer dos anos e com o amadurecimento de suas filosofias. O certo é que ao aderirem ao Marketing Ambiental, as organizações empresariais e públicas que atuam em atividades econômicas, não só estão buscando fixar sua imagem perante o mercado consumidor, que ora, se faz exigente, e objetiva está próximo de empresas e produtos politicamente corretos. Como também, essas organizações, estão buscando alternativas que tragam soluções para minimizar as agressões sofridas pelo Meio Ambiente, proveniente das operações feitas por estas. O que se vislumbra após estás analises é que o segmento empresarial, passou a ter uma maior consciência e se engajou na busca por soluções que ao mesmo tempo mantenham o planeta vivo, bem como, busque a preservação do mercado, que passa, para preservação do Meio Ambiente, onde estão inseridos os consumidores. A sobrevivência das organizações empresariais, está intimamente ligada com a preservação do sistema sócio-ambiental, onde elas estão inseridas. 41 BIBLIOGRAFIA ARAÚJO. Patrícia. Ecologia. Conceitos Básicos e Relações Ecológicas. UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais, 2008. BRADESCO. Meio Ambiente. Disponível em <http://www.bancodoplaneta.com.br/responsabilidadesocioambiental>. Acesso em Março de 2009. BONETTI, Luiz Pedro. Curiosidades Agrícolas. Biotecnologia: Transgênicos contra fatores abióticos. Artigos. COTRISOJA. Disponível em <http://www.cotrisoja.com.br/artigos/art-2005-07-04.html>. Acesso em fevereiro de 2009. CARVALHO, Rogério Aparecido. INTERAMBIENTE – Meio Ambiente e Sociedade. Qual a definição de meio ambiente? Disponível em: <http://interambiente-meioambienteesociedade.blogspot.com/2006/09/qualdefinio-de-meio-ambiente.html>. Acesso em mar de 2009. CASSINI, Sérvio Túlio. Ecologia: Conceitos Fundamentais. UFES – Universidade Federal do Espírito Santo. 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Acesso em março de 2009. em: 47 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO AGRADECIMENTO 2 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I CONCEITOS BÁSICOS 8 1.1 - Marketing 8 1.2 – Ecologia, Meio Ambiente e Conceitos Afins 9 CAPÍTULO II AS ORGANIZAÇÕES E MEIO AMBIENTE 21 2.1 – Responsabilidade Social 22 CAPÍTULO III O MARKETING AMBIENTAL E AS ORGANIZAÇÕES 26 3.1 – Marketing Ambiental, Conceitos e Definições 27 3.2 – A Sustentabilidade Orientando o Marketing Ambiental 30 CAPÍTULO I O MARKETING AMBIENTAL NA PRÁTICA 33 CONCLUSÃO 41 BIBLIOGRAFIA CITADA 47 ÍNDICE 48 48 FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: Título da Monografia: Autor: Data da entrega: Avaliado por: Conceito: