1 CASO PC FARIAS: PERÍCIAS E CONTRADIÇÕES DE UM CRIME POLÍTICO Ivo Natal Centini Jeferson Peixoto de Souza, Jéssica Fernanda da Silva Julius César Alves dos Santos Leandro da Silva Guimarães1 Valquíria Belomo2 RESUMO Paulo César Farias, ex-tesoureiro do Ex-presidente Fernando Collor de Mello, é encontrado morto em sua residência em 1996, juntamente com sua namorada Suzana Marcolino. Após inúmeras discussões periciais o caso ainda apresenta indagações, principalmente em razão da falta de conservação do corpo de delito, fato que prejudicou a análise efetiva do crime. PALAVRAS-CHAVE: PC Farias – perícias – preservação – local - crime I - O FATO Em 1996 o empresário PC FARIAS é encontrado morto ao lado da namorada, SUZANA MARCOLINO, na casa de praia Guaxuma, litoral norte de Maceió (AL). Antes de qualquer investigação a polícia sustenta a tese de crime passional, PC teria sido morto pela namorada que se matara em seguida, rumores dizem que PC Farias e sua namorada foram mortos por queima de arquivo, segundo relatos, PC iria depor em CPI das empreiteiras na semana seguinte e estava disposto a revelar detalhes da corrupção, Paulo Cesar Farias era tesoureiro do ex-presidente e atual senador Fernando Collor de Melo, ele era considerado o maior conhecedor dos 1 Alunos do Curso de Direito do CEUNSP – Salto – Matéria elaborada no Módulo PERÍCIAS da Disciplina E.J.D. do 2º. Semestrte – 2011. 2 Professora de ESTUDOS JURÍDICOS DIRIGIDOS, Supervisora de PESQUISAS E ATIVIDADES COMPLEMENTARES do Curso de Direito – Salto/SP. 2 esquemas de corrupção que levaram o impeachment de Collor e apontado pela Polícia Federal como o responsável pela movimentação de dezenas de contas no exterior. O Legista Fortunado Badan Palhares, atualmente professor da Universidade Estadual de Campinas, elabora um laudo pirotécnico tentando dar um caráter científico à tese de crime passional, diversos outros legistas e repórteres contestam o laudo de Badan, enumerando uma série de falhas no laudo e leva ao MP de Alagoas a não aceitar o pedido de arquivamento do caso. Em março de 1997, a pedido do MP a justiça de Alagoas convoca uma junta de peritos e legistas para reexaminar o caso, entre eles se encontra George Sanguinetti, os especialistas concluem que houve duplo homicídio e desconsideram o laudo de Palhares, o MP então denuncia o então deputado Augusto Farias, irmão de PC, e os seguranças do empresário como coautores dos homicídios. O juiz Alberto Jorge Correia Lima, da 8ª Vara Criminal de Maceió manda os denunciados a júri popular. Os acusados recorrem ao STF, este confirma a tese que PC foi assassinado por seus seguranças (2011), depois de julgados todos os recursos, o STF decreta que houve um duplo homicídio e que os seguranças de PC farias, devem ser levados a júri popular, quinze anos depois da morte do tesoureiro de Collor e da namorada, o Supremo fulmina o último recurso e manda quatro PMs ao júri popular. II - PARTES ENVOLVIDAS Fernando Collor de Mello - Presidente da República (1990-1992) Rosane Collor - Primeira-dama do Brasil (1990-1992) Pedro Collor de Mello - Empresário e irmão de Fernando Collor. Paulo César Farias (PC Farias) - Ex-tesoureiro da campanha presidencial de Fernando Collor Jorge Bandeira - Piloto e sócio de PC Farias Augusto Farias - Empresário alagoano e irmão de PC Farias Suzana Marcolino - Namorada de PC Farias Fortunato Badan Palhares - Médico legista da Unicamp, um dos responsáveis pela exumação do corpo de PC Farias e reconstituição do crime 3 Failde Mendonça - Promotora de Justiça de Alagoas George Sanguinetti – Perito que contestou o laudo de Badan Alberto Jorge Correia Lima – Juiz da 8ª Vara Criminal de Maceió Adeildo dos Santos – Segurança de PC Farias Reinaldo Correia de Lima Filho - Segurança de PC Farias Josemar dos Santos - Segurança de PC Farias José da Silva - Segurança de PC Farias Daniel Muñoz - Nova comissão de peritos e Médicos Legistas Genival França - Nova comissão de peritos e Médicos Legistas Domingos Tochetto - Nova comissão de peritos e Médicos Legistas Nicholas Passos – Nova comissão de peritos e Médicos Legistas III - PERÍCIAS REALIZADAS Exame Residuográfico – Permite identificar vestígios de pólvora nas mãos de uma pessoa Reação de Gries – Identifica a presença de nitrito na pele Exame de Respingos de Sangue (Blood Splat) – teste realizado para ver a direção e distancia da pessoa, assim como a densidade do sangue e a origem do disparo (arma de fogo, faca, porrete, etc) ou arma usada no crime. Balística – Exame que estuda os movimentos dos projéteis, especialmente das armas de fogo, seu comportamento no interior destas e também no seu exterior, como a trajetória, impacto, marcas, explosão,etc. Fonética Forense – São exames que buscam determinar se as falas armazenadas numa mídia provêm ou não do aparelho fonador de determinada pessoa. Papiloscopia – No caso supracitado, por algum motivo este exame não foi realizado, mas deveria, porque se trata da identificação através das papilas dérmicas (saliências da pele) existentes na palma das mãos e na sola dos pés, também conhecida como o estudo das impressões digitais. Quimica Forense - é a aplicação dos conhecimentos da química e toxicologia no campo legal ou judicial. Diversas técnicas de análises químicas, bioquímicas e 4 toxicológicas são utilizadas para ajudar a compreender a face sofisticada e complexa dos crimes, seja assassinatos, roubos e envenenamentos, seja adulterações de produtos e processos que estejam fora da lei. FALHAS: Não houve preservação do local do crime. Não foram procurados resíduos de pólvora nas mãos dos seguranças, e a família de PC queimou o colchão onde ambos morreram. MUDANÇA DE LAUDO: a princípio, Cícero Torres tinha certeza de que as mortes haviam ocorrido entre 4h30 e 5h da madrugada. Depois, com a descoberta de telefonemas dados por Suzana ao dentista Fernando Coleoni, em São Paulo, depois das 5h, o horário foi mudando até se chegar à versão definitiva: cerca de 7h do dia 23. IV- COMO A PERICIA AUXILIOU NA SOLUÇÃO DO CASO Considerando: Que o artigo, elaborado por alunos do 1º. Ano de Direito, estabelece uma análise tímida da perícia médico-legal, porém como proposta de estudo da disciplina que originou os escritos; que o caso ocorreu há mais de quinze anos e ainda hoje traz grande repercussão, devido à mídia e à vida pregressa da vítima com diferentes visões; e o fato da diversidade de perícias envolvidas (no caso três equipes); Aponte-se como resultado do estudo e discussão: Após visões conflitantes expostas nos meios de comunicação, em torno de diversas teses que foram suscitadas pelas perícias e consequentemente seus laudos, constatou-se e se deu maior relevância e credibilidade, por parte da justiça brasileira, às teses da primeira e da segunda equipes. Segundo as equipes, foram levantadas duas teses: a) os peritos chegaram à conclusão, que de acordo com o corpo delito e todos os traços encontrados no local do crime, que houvera um homicídio seguido de suicídio; nesse caso, Suzana havia matado PC e em seguida ceifado sua própria vida; b) para a terceira perícia com base na vida e histórico de PC, sustenta-se a tese de duplo homicídio, e ainda como salientam algumas pessoas, “queima de arquivo”. É extremamente difícil apontar precisamente neste artigo como a perícia teve 5 participação ou auxiliou de algumas maneiras no caso em si, sendo que a mesma foi contestada diversas vezes, por pessoas altos e baixos graus de conhecimento na área médico-legal. Mais importante ainda e dizer que, não pretende-se aqui, descrever ou fazer indagações, ou mesmo dar a solução divergente da que foi elaborada pelas equipes envolvidas, mas somente fazer uma analise critica do caso, logo porque, presume-se, o leitor possua conhecimento dos acontecimentos e do que se trata o homicídio de Paulo César Farias e que foram determinantes para a ocorrência dele. O determinante para a reviravolta foram fotografias que, na primeira matéria, mostravam Suzana, mais baixa, ao lado do namorado. A altura dela fazia enorme diferença . Considerando a trajetória da bala que a atingiu, Suzana precisaria ter 1,67 m para ter cometido suicídio, como definiu Palhares. Em 1997, o segundo laudo estimou a altura em aproximado 1,57 m. Com esse tamanho, ela não poderia ter se matado, concluiu-se. Palhares reagiu: a altura estava certa, ele medira o corpo. Se a altura estivesse errada, todo o laudo estaria errado, assegurou. De acordo com Palhares e sua equipe, Suzana media 1,67 m; PC, com 1,63 m, seria menor. O segundo laudo não questionou a altura de PC. Porém seus autores sustentaram: Suzana era menor que o ex-tesoureiro e não teria se suicidado. Essa relação de altura foi questionada por fotos que foram divulgadas algum tempo depois. Homicídio seguido de suicídio - foi a conclusão de Badan. Com mais de 30 anos de medicina legal, ele foi convocado pela polícia alagoana para fazer a autópsia. Sua perícia indicou que Suzana eliminou PC e se matou. Duplo homicídio foi a conclusão de Sanguinetti. Professor de Medicina Legal na Universidade Federal de Alagoas, ele foi autorizado pelo Ministério Público e pela Justiça a produzir um parecer. De acordo com parentes e amigas, a namorada de PC tinha complexo, por isso falseava a altura e usava sapatos de salto alto. O vídeo da autópsia mostra que Badan não mediu Suzana. De acordo com o Ministério Público alagoano, a altura poderia desmontar a versão de Badan - homicídio seguido de suicídio - porque a trajetória das balas seria diferente daquela que ele calculou. “Meu laudo foi questionado por quem não entende nada do assunto”, diz Badan. 6 O trabalho de Badan também foi abalado por uma acusação do exgovernador alagoano Geraldo Bulhões. Em depoimento à CPI do Narcotráfico, Bulhões disse que Badan teria recebido R$ 400 mil de um dos irmãos de PC, o então deputado federal Augusto Farias, para elaborar um laudo mentiroso sobre o crime. Augusto chegou a ser indiciado pela polícia como um dos suspeitos da morte do irmão. Mas o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, pediu o arquivamento do caso ao Supremo Tribunal Federal (STF). Nada ficou provado contra ele. PC e Suzana foram exumados (examinados novamente). A conclusão de estudo do grupo é de que não há evidências suficientes para dizer que Suzana matou PC e se matou. Não há como dizer que não houve suicídio. Mas há evidências que falam contra o suicídio. Com a conclusão do novo inquérito, em 18 de novembro de 1999, o irmão de PC Augusto Farias e oito ex-funcionários do empresário foram indiciados por suposto envolvimento nas mortes. É certo que PC não morreu às 4h da madrugada do domingo 23, como registrou a primeira versão da polícia alagoana para o crime, nem, possivelmente, entre 7h e 9h, de acordo com a correção feita na segunda versão. O empresário também não recebeu o tiro de barriga para cima, conforme aparece nas fotografias do Instituto Médico Legal (IML) de Alagoas. E o mais bombástico: PC não estava em seu quarto quando foi assassinado PC morreu na praia Desmascarada a farsa da versão do homicídio seguido de suicídio, a questão agora, portanto, é como morreu PC. O exame das vísceras do casal morto, cujo laudo foi concluído na sexta-feira 5, revelou a existência de pedaços inteiros de camarões e arroz no aparelho digestivo do empresário. Isso significa que ele pode ter sido morto logo depois do jantar, por volta de 1h30 da madrugada do domingo 23. Feito por uma das maiores autoridades do País em medicina legal, Maria Teresa Pacheco, diretora do Departamento de Polícia Técnica do IML baiano, o exame das vísceras trouxe à luz outra informação nova: Suzana estava sem nenhum vestígio de alimentos em seu estômago. “Ou ela não jantou, o que altera completamente a primeira versão sobre o crime, ou ela foi morta pelo menos seis horas depois de PC, tempo mínimo para a digestão”, Nessa segunda hipótese, Suzana teria levado seis horas para se arrepender do assassinato e decidir se matar. 7 O que deixa a mídia alarmada, é que antes mesmo de os corpos serem removidos, os irmãos de Farias, também envolvidos com o governo Collor, e a polícia alagoana passaram a tratar o caso como crime passional, Suzana teria matado PC e se matado em seguida, essa era uma versão endossada por delegados da Polícia Federal com base nos relatos de testemunhas, muitas delas ignoradas pela polícia alagoana, e nos estudos feitos por peritos e legistas de todo o País as reportagens e revistas continuam afirmando que PC e Suzana foram vítimas de um duplo homicídio. Há grande divergência em relação ao trajeto da bala, que é o percurso do projétil no interior do corpo, e que de maneira geral influência em sua trajetória no ambiente externo. Podemos citar aqui, a discordância entre trajeto e trajetória, pela posição de Suzane no momento de seu suicídio ou homicídio (tese adotada pela perícia), as primeiras perícias ela esta em uma posição de lótus, na segunda ela estava em posição de defesa. O Corpo de SUZANA, no momento em que sofreu o disparo, encontrava-se sentando ao lado direito da cama, com pernas cruzadas, em “posição de lótus”, com o tronco inclinado para frente e para a esquerda, com relação a quem olha para os pés da cama, como se estivesse com o rosto voltado para o cadáver de PC. (Revista Isto É, 2011, Ed. de Setembro, PC FARIAS) Na segunda-feira , Palhares voltou à cena do crime e fez dois disparos de revólver dentro do quarto de PC, com as janelas e portas fechadas. Os estampidos foram ouvidos por cerca de 20 jornalistas que estavam do lado de fora da casa, além dos portões que a cercam. Conclusão: na noite do crime, os seguranças, que se encontravam mais próximos da casa, no lado interno da propriedade, só não teriam escutado perfeitamente o barulho dos tiros se estivessem com tampões nos ouvidos. Palhares também descobriu que o tiro que matou PC foi desferido da direita para a esquerda, e não o contrário, como anunciou a primeira versão da polícia alagoana. Dessa forma, comprovou-se que, se realmente morreu na cama, PC estava deitado de lado e não de barriga para cima. Para justificar a tese do suicídio, a polícia divulgou na segunda-feira 24, um dia após o crime, que Suzana teria disparado contra o próprio peito, com o revólver encostado à pele. O tiro perfurara seu pulmão esquerdo e saíra pelas costas, praticamente em linha reta. Já na quarta-feira 26, o perito George Sanguinetti 8 contestou a afirmação, defendendo que a trajetória da bala era impossível de ser realizada, a não ser que Suzana estivesse de joelhos sobre a cama e, ainda assim, que a bala tivesse sido desviada dentro do corpo dela. Segundo Sanguinetti, o tiro entrou de cima para baixo, da direita para a esquerda e saiu pelas costas, entre a quarta e quinta vértebras esquerdaS. No domingo 30, o professor Nelson Massini, fundador do Departamento de Medicina Legal da Unicamp e antigo companheiro de Badan Palhares, afirmou considerar “praticamente impossível” que Suzana tenha se matado da maneira descrita pela polícia de Alagoas. Na terça-feira dia 2, o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Legal, Anelino Resende, acrescentou que “cientificamente não há elementos para concluir pelo suicídio de Suzana”. Em consequência dessas enormes diversidades de falhas apresentadas no caso, não é possível obter-se dados concretos e totalmente precisos em relação ao trajeto/ trajetória dos projéteis, pois partem de pressupostos errados, assim como o caso da margens a diversas especulações e teses diferentes, sendo pertinentes algumas indagações sobre o ocorrido: Suzana matou PC e se suicidou? Ou alguém matou os dois? Por que os seguranças da casa não ouviram os tiros? PC costumava efetuar disparos em sua residência? (tiro ao alvo por exemplo); Se Suzana matou PC, por que não há impressões digitais dela na arma do crime? Por que os seguranças não ouviram o tiro, se não foi constatado que foi usado nenhum tipo de silenciador? A casa estaria totalmente fechada? ( já que os seguranças em depoimento, disseram ter entrado pela janela); Não tinha nenhum empregado na residência além dos seguranças? Onde está o dinheiro coletado por PC nas campanhas de Collor? Por que alguém mataria PC Farias? PC e Suzana costumavam dormir até mais tarde, por isso o fato da demora de levantar no dia seguinte? CONCLUSÃO Expôs-se o relato de um dos crimes mais polêmicos já presenciados na história do Brasil, a partir dos fatos noticiados na ocasião dos acontecimentos: A morte de PC Farias e sua namorada. Caso cheio de tramas políticas, teses 9 elaboradas tanto por peritos na área como leigos, corrupção, queima de arquivo, erros essenciais na hora mais fatídica do crime, o crime que ainda choca o Brasil e agora depois de quinze anos o STF coloca um ponto final nesse assunto. Em análise da vida de PC Farias e do exposto pela mídia, depreende-se que homicídio de que foi vitimado teve uma questão política; estaria PC disposto a contar todo o esquema de corrupção em que estava envolvido na próxima CPI que iria participar? Ex-tesoureiro de Collor, e com enorme participação no Impeachment, “PC saberia demais?”. Boatos dizem que Suzana teria cometido um crime passional quando ficou sabendo que PC pretendia deixá-la por uma mulher que nunca foi indicada precisamente. Talvez Suzana estivesse no lugar errado na hora errada. E mais, diversos itens que deveriam supostamente ser armazenados como dados da perícia como o colchão do casal, que continha seus fluidos corporais, foi destruído e queimado, o que impossibilita uma nova análise por outros peritos. Badan até hoje é fortemente criticado pelas opiniões expostas. Alguns pontos ficaram sem explicação durante o contexto; a papiloscopia por exemplo não foi realizada nos móveis e portas da residência, e a arma de fogo não continha digitais ou respingos de sangue e se encontrava a cerca de 20cm de distancia da vitima(Suzana). São esses diversos erros (ou não) que fazem o caso ser comentado até os dias de hoje, e mais, faz com que a justiça reabra o caso a cada nova evidencia ou tese proposta. O que realmente aconteceu com PC Farias e Suzana Marcolino? No início deste mês, o ministro Joaquim Barbosa, do STF, decidiu, em última instância, que Adeildo dos Santos, Reinaldo Correia de Lima Filho, Josemar dos Santos e José Geraldo da Silva, ex-seguranças de PC - e ainda hoje funcionários da família Farias – deverão ser levados a júri popular acusados como coautores dos assassinatos. Esta decisão nos leva à acreditar que realmente existe algo além de um crime passional, mais do que um homicídio seguido de suicídio, uma trama ainda não revelada, alguma informação ainda não divulgada, e talvez a pergunta “ o que realmente aconteceu com PC FARIAS?” não desperte tanto interesse quanto: COMO ACONTECEU? Cumpre assinalar que a preservação das provas é imprescindível à elucidação dos casos. A perícia deve ter à disposição – sem interceptadores – todos elementos envolvidos com os crimes para viabilizar com segurança os resultados. A guarda e custódia do “corpo de delito” (dados e materiais envolvidos com ilícito) é de 10 responsabilidade dos órgãos envolvidos na apuração. Uma boa atuação é o princípio da segurança jurídica. REFERÊNCIAS CROCE, Delton; CROCE JÚNIOR, Delton. Manual de Medicina Legal, São Paulo: Saraiva, 2009. FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2004. LIMA E SILVA, Mauro Marcelo de. É evidente que Suzana matou PC Farias e se suicidou. Feeling policial. Disponível em: http://conjur.estadao.com.br/stati. Acesso em: 11/11/2011 às 14h. MACHADO, Marcelo. Ele está abusando? Galileu. http://revistagalileu.globo.com/Revista/Galileu/0,,EDG77482-7943-216,00ELE+ESTA+ABUSANDO.html. Acesso em 11/11/2011. NET SABER. Uma Análise Médico Legal Do Caso Pc Farias. Disponível em: http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_5012/artigo_sobre_uma_analise_medic o_legal_do_caso_pc_farias. Acesso em: 12/11/2011 às 16h. SIMAS FILHO, Mário. O assassinato de PC Farias. Disponível http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-assassinato-de-pc-farias. Acesso 11.11.2011, 13 h. em em SIMAS FILHO, Mário. Foi queima de arquivo. Revista Isto é independente, N° Edição: 2172 23.Jun.11. Disponível em http://www.istoe.com.br/reportagens/143574_FOI+QUEIMA+DE+ARQUIVO?pathIma gens=&path=&actualArea=internalPage. Acesso em 20/11/2011, às 15h. SIMAS FILHO, Mário; PEDROSA, Mino. O fim da farsa. Isto É independente. N° Edição: 1541, 14.Abr.99 Disponível em: http://www.istoe.com.br/reportagens/30213_O+FIM+DA+FARSA. Acesso em 02/11/2011. BADANPALHARES.MED.BR. Caso PC Farias. Disponível http://www.badanpalhares.med.br. Acesso em: 15/11/2010 às 23h. em : Wikipedia.org. Fortunato Badan Palhares. Disponível http://pt.wikipedia.org/wiki/Fortunato_Badan_Palhares. Acesso em: 16/11/2010 às 14h. em :