13 nº março 2009 Publicação do Conselho Regional de Economia - 2ª Região - CORECON-SP Cuba “libre”? se renderá à globalização Destaque Custódio Pereira Homenagem aos aos Remidos Homenagem Remidos Economistas registrados e com mais de 15 anos de contribuição junto ao CORECON-SP, em dia com as anuidades e com mais de 70 anos de idade (*homens), ou 65 anos (*mulheres), podem requerer a “Inscrição Remida”. Acompanhe a relação completa dos Remidos de março: 24 - EUCLIDES CARLI; 870 - JOÃO EDISON FARINA; 1.544 - Roberto Teixeira da Costa; 2696 - ASER GONÇALVES; 2.936 - Rubens José Paulella; 4.052 -Jomar Silva de Melo; 4.997 - Waltírio da Silva Nogueira; 5.118 - Darci da Silva; 6.540 - David Aranha Maia; 6.967 - Sebastião Lourico Fontoura; 7.057 - José Gammal; 7.619 - Antonio do Lago Botelho; 7.982 - Ivan Simon da Rocha Pinto; 8.013 - Ricardo Teixeira de Carvalho; 8.179 - Orlando Rossin Filho; 8581 - ANTONIO CARLOS GERONA; 9.402 - Pedro de Araújo; 10.299 - Nilza Maria de Souza Prioste; 12.246 - Lucilia Santos Nocera; 12.269 - José Augusto Pinto Moreira; 12.974 - Célia Regina de Azevedo Ricota; 13.080 - Teruaki Yamashita; 13.916 - Mário Lúcio Diniz Gomes; 14.014 - Lourdes Gutierres; 15.302 - Claudio Lehmert Renaud; 15.722 - Ana Lúcia Segamarchi; 23.693 - Pedro Carvalho de Mello; 24.552 - Mario Fukumitsu Na relação acima constam os nomes do Remidos do mês de março de 2009. Atenção: o Conselho Federal de Economia, considerando o princípio da anterioridade, já observado pelo Departamento Jurídico do Conselho Regional de Economia de São Paulo (CORECON-SP) em seus pareceres, deliberou por estabelecer que a Resolução que fixa o limite de idade para os homens (70 anos) e para as mulheres (65 anos) - 1807/08-publ. DOU em 09/01/09 - passe a produzir efeitos somente a partir do 1º de janeiro de 2010. Com isso, ficam revogados os efeitos da norma no período de 9 de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2009. Caso queira fazer parte dos Remidos desta coluna, entre em contato com a redação de “O Economista”. O Editor Sumário Conselho Regional de Economia 2ª Região - SP Presidente: Antonio Luiz de Queiroz Silva Vice-Presidente: Manuel Enriquez Garcia Conselheiros Efetivos: Carlos Alberto Safatle, Carlos Eduardo Soares de Oliveira Junior, Celina Martins Ramalho, Gilson de Lima Garófalo; Jin Whan Oh, João Pedro da Silva, Nancy Goreti Gorgulho Chaves Braga, Pedro Afonso Gomes, Rafael Olivieri Neto, Synésio Batista da Costa Conselheiros Suplentes: Cláudio Gonçalves dos Santos, Eduardo Montalban, Francisco da Silva Coelho, José Carlos Medeiros Magliano, Modesto Stama, Orozimbo José de Moraes, Paulo Brasil Corrêa de Mello, Paulo Henrique Coelho Prado, Roberto Luis Troster, Teruo Hida, Vera Martins da Silva 06 Custódio Pereira Conselheiros por São Paulo do Conselho Federal de Economia - COFECON: Efetivos - Heron Carlos Esvael do Carmo, Synésio Batista da Costa, Wilson Roberto Villas Boas Antunes; Suplentes - Antonio Luiz de Queiroz Silva, Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos 04 editorial 05 radar 06 destaque 08 capa Administração: Rua Líbero Badaró, 425 – 14º andar – Centro São Paulo - SP – Tel.: (11) 3291-8700 – Fax: (11) 3291-8701 E-mail: [email protected] 11 DELEGACIAS REGIONAIS espaço feip comissões 12 educação ABC – Delegado: Leonel Tinoco Neto (11) 4436-6482 – www.abc.coreconsp.org.br 11 Economia em Campinas Araçatuba – Delegado: Alair Orlando Barão (18) 3624-5311 - www.aracatuba.coreconsp.org.br 14 Bauru – Delegado: Reinaldo César Cafeo (14) 3227-1646 – www.bauru.coreconsp.org.br Campinas – Delegado: Paulo César Adani (19) 3236-2664/9742 – www.campinas.coreconsp.org.br na mídia agenda Jundiaí – Delegado: Marino Mazzei Júnior (11) 4586-6121 – www.jundiai.coreconsp.org.br Presidente Prudente – Delegado: Álvaro Barboza dos Santos (18) 3223-9015 – www.presidenteprudente.coreconsp.org.br 12 Os erros e a crise Ribeirão Preto – Delegado: José Avelino Franco do Amaral (16) 3610-6126 – www.ribeiraopreto.coreconsp.org.br Santos – Delegada: Josefa Barbera Molina Poleti (13) 3284-9890 – www.santos.coreconsp.org.br São José dos Campos – Delegado: Jair Capatti Jr (12) 3941-5201 – www.saojosedoscampos.coreconsp.org.br São José do Rio Preto – Delegado: Hipólito Martins Filho (17) 3233-0154 – www.saojosedoriopreto.coreconsp.org.br Sorocaba – Delegado: Geraldo César Almeida (15) 3233-3552 – www.sorocaba.coreconsp.org.br 08 Encontro cubano Núcleo de Criação e Desenvolvimento Rua Cayowaá, 228 - Perdizes São Paulo - SP - CEP: 05018-000 Fones: (11) 3875-5627 / 3875-6296 Site: www.rspress.com.br Jornalista responsável: Roberto Souza (Mtb 11.408) Editor: Fábio Berklian | Subeditora: Lilian Burgardt março 2009 Repórter: Thiago Bento | Projeto gráfico: Leonardo Fial Diagramação: Leonardo Fial e Gabriel Rabesco 3 Editorial À espera do CBE 2009 Nos últimos anos temos observado mudanças em fatores conjunturais para o crescimento e desenvolvimento do Brasil como a consolidação da democracia, a retomada do crescimento econômico, o controle da inflação e a maior inserção brasileira na economia mundial. Motivos de comemoração para nossa sociedade, mas que não podem se sobrepor à dívida social do Brasil, que ainda é grande. Apesar de não ter o mesmo destaque que as questões conjunturais para o crescimento do País, a redução da desigualdade em suas várias representações também faz parte da agenda de economistas, por essa razão, será o tema principal do XVIII Congresso Brasileiro de Economia (CBE), a ser realizado entre os dias 16 e 18 de setembro. O Encontro terá grande importância, pois participarão brilhantes nomes da economia, como Custódio Pereira, que em entrevista nesta edição de O Economista dá uma prévia de sua apresentação, já confirmada no CBE, sobre o projeto de captação de recursos (fundraising) que apresentou ao Ministério da Educação (MEC). Vale lembrar que a captação de recursos é muito difundida nos Estados Unidos, mas ainda dá os primeiros passos por aqui. As mudanças já vividas pelo Brasil e aquelas que se anunciam fazem parte de um cenário ainda maior movido pela globalização. O tema é amplamente tratado nesta edição que traz em sua reportagem principal a inserção de Cuba no novo cenário de globalização. Será a hora da virada? A reportagem do XI Encontro Internacional de Economistas sobre Globalização e Problemas de Desenvolvimento, realizado entre os dias 2 e 6 de março no Palácio de Convenções de Havana, Cuba, trata da questão. Boa leitura! Antonio Luiz de Queiroz Silva Presidente 4 março 2009 Radar Concurso de monografia “Neoliberal Não. Liberal” recebe inscrições Estão abertas, até 31 de maio, as inscrições para o Concurso de Monografia - Prêmio CORECON-SP de Excelência em Economia - que, anualmente, contempla os autores dos três melhores trabalhos de graduação desenvolvidos por estudantes de economia do Estado de São Paulo. Somente poderão concorrer as monografias de conclusão do curso de economia dos formandos do ano anterior ao do concurso, elaboradas em instituições de ensino superior sediadas no Estado de São Paulo. As inscrições das monografias pelas faculdades deverão ser feitas na sede do CORECON-SP ou nas Delegacias Regionais. As monografias apresentadas devem adotar um dos seguintes temas: Economia Brasileira; Economia Regional e Urbana; Economia de Empresas; Economia do Setor Público; Economia Internacional; Economia e Inovações Tecnológicas; Perspectivas Econômicas; Atuação Profissional do Economista;Teoria Econômica Geral; Pensamento Econômico Contemporâneo; Economia Agrícola/ Meio Ambiente; e Finanças. A Comissão Julgadora premiará as três melhores monografias por ordem de classificação. As vencedoras serão publicadas em forma de livro, em volume único. Além disso, os vencedores ganharão os seguintes prêmios: 1º lugar - R$ 5.000,00; 2º lugar - R$ 3.000,00; e 3º lugar - R$ 2.000,00. março 2009 No último dia 24 de março, na sede do Conselho Regional de Economia de São Paulo (CORECON-SP), foi realizada mais uma edição do Ciclo de Palestras, desta vez, com a participação do jornalista Carlos Alberto Sardenberg, um dos mais respeitados da área econômica no Brasil, com experiência de repórter, redator e editor dos principais veículos de comunicação do País. O evento marcou o lançamento do livro “Neoliberal Não. Liberal” de autoria de Sardenberg, pela Editora Globo, em que o jornalista analisa a economia contemporânea com olhar sobre o cotidiano. Com 40 anos de experiência profissional, Sardenberg já passou pelas redações dos jornais O Estado de São Paulo, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo, e das revistas Veja e Isto é. Atualmente é comentarista da Rádio CBN. Escreve um blog no portal de notícias G1 em que comenta e analisa as notícias econômicas. Homenagem É com pesar que o Conselho Regional de Economia de São Paulo (CORECON-SP) comunica a morte, no último mês de fevereiro, aos 72 anos, em São Paulo, do professor Tamás Szmerecsanyi, pesquisador do Departamento de Política Científica e Tecnológica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Dentre seus diversos livros, pode-se destacar “História Econômica do Brasil Contemporâneo” (em parceria com Wilson Suzigan) e “História Econômica do Período Colonial, Getúlio Vargas & e a Economia Contemporânea” (em conjunto com o Prof. Rui Guilherme Granziera). Também foi professor da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (USP) e da Pontifícia Universida- de Católica de São Paulo (PUC-SP). Autor da tese “O Planejamento da Agroindústria Canavieira do Brasil” (1930-1975), se tornou um dos maiores estudiosos da obra de Celso Furtado. Organizou com Florestan Fernandes, pela Editora Ática, o Livro Keynes. Traduziu para o português o livro de Microeconomia de Edith Penrose, um clássico na literatura econômica. Participou ativamente da vida acadêmica e colaborou para a produção de livros e textos para divulgação pela Ordem dos Economistas do Brasil (OEB). Texto de autoria do presidente da OEB, Francisco da Silva Coelho. 5 Destaque Foto Arquivo pessoal Custódio Pereira Fundraising pró-educação Economista Custódio Pereira - entusiasta da educação - desenvolve projeto de lei para beneficiar o ensino com incentivos privados No dia 9 de março, o economista e diretor-geral das Faculdades Integradas Rio Branco, em São Paulo, Custódio Pereira, entregou ao ministro da Educação, Fernando Haddad, em Brasília, o projeto de lei que institui o Programa Nacional de Incentivo à Educação (PRONIE). O objetivo é captar recursos (fundraising) mediante incentivos à participação de pessoas físicas e jurídicas para a melhoria da qualidade da rede de ensino nacional. Com o PRONIE, os beneméritos poderão deduzir as contribuições ao ensino do Imposto de Renda. No caso das pessoas físicas, a dedução é de até 100%, observando o limite de dedução de 6% do imposto total devido. Embora o tema fundraising ainda dê os primeiros passos no País, Pereira comemora a fundação da Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR). Confira a entrevista com o economista que já confirmou presença como palestrante no XVIII Congresso Brasileiro de Economia, entre 16 e 18 de setembro, em São Paulo. 6 O Economista - O senhor desenvolveu um projeto de fundrainsing para a educação no Brasil. Somos carentes nisso? Custódio Pereira - Sim. Além de uma legislação para a captação de recursos na educação, como existe para a cultura e o esporte, falta profissionais especializados na atividade. As instituições de ensino poderiam oferecer cursos sobre fundraising para qualificar mãode-obra. Além disso, no Brasil, não há a profissão “captador de recursos”. Agora, para respondermos se há razão em desenvolver esta atividade basta nos perguntarmos? Qual organização precisa deste profissional? Ora, todas. Tanto no setor público como privado. O Economista - O projeto é uma solução para isso? Pereira - Na verdade, é uma contribuição para um dos muitos “lados” do assunto. Caso a captação de recursos fosse uma questão resolvida, talvez ainda tivéssemos de lidar com eventuais dificuldades para receber as doações. março 2009 O Economista - Além da burocracia há outro empecilho? Pereira - Não temos a cultura de doar ou, na maioria das vezes, a doação deixa de acontecer, pois quem precisa não pede ou não o faz da maneira correta. No Brasil, as pessoas também crêem que basta estarem relacionadas a atividades com algum mérito para receber doações. Não é assim que funciona. É preciso saber a quem, quando e como pedir, além de apresentar um planejamento. O fundraising ainda dá os primeiros passos no País, mas deve ser encarado como uma oportunidade. O Economista - Não é curioso que isso aconteça sendo que algumas instituições de ensino tradicionais foram constituídas a partir de doações? Pereira - É muito curioso sim, entretanto, esse trabalho não foi sistematizado. Teríamos conquistado muito mais se ele fosse realizado não apenas por voluntários apaixonados pela causa, mas por profissionais. Esses pontos da nossa história comprovam que o brasileiro está disposto a doar, falta saber pedir. O Economista - A dedução do Imposto de Renda é uma maneira de pedir? Pereira - Ao redor do mundo as pessoas doam não só por causa do incentivo, mas por se identificarem com a causa. A dedução é uma maneira de criar a oportunidade de a população conhecer o trabalho desenvolvido pela instituição, doar e se acostumar com a atitu- março 2009 Na maioria das vezes, a doação não acontece porque não se pede de maneira correta de. A experiência é válida porque lida principalmente com o terceiro setor brasileiro, cujo potencial é imenso, pois emprega muitas pessoas apesar de mal dimensionado. O Economista - Fala-se menos do terceiro setor do que antes. O conceito foi deixado de lado? Pereira - Na verdade houve uma evolução. Atualmente as empresas fazem questão de mostrar o quanto são socialmente responsáveis. Isso é resultado daquele trabalho feito anos atrás. Felizmente, nos acostumamos com esse conceito desenvolvido de maneira tênue e natural. O Economista - O senhor se inspirou em algum modelo internacional para desenvolver o PRONIE? Pereira - Não sou adepto de copiarmos os americanos, mas neste caso, eles são os melhores exemplos. As escolas sempre geraram desenvolvimento. Logo, as populações tinham muito interesse em ter uma escola em suas cidades e cada um ajudava como podia. Fazendeiros colaboravam com recursos de suas propriedades e isso fez com que universidades como Harvard, Yale e Princeton, entre outras, fossem batizadas com os nomes de seus maiores beneméritos. Esses recursos eram captados por voluntários. E estamos falando de mais de 200 anos. O Economista - Temos algum caso semelhante no Brasil? Pereira - Em 1953, a Universidade Presbiteriana Mackenzie (cuja raiz é norte-americana) captou uma quantia considerável em doações. Agora, repare na importância desse fato: uma instituição protestante em um país majoritariamente católico pedindo ajuda para melhorar suas instalações e recebendo colaboração de alunos, funcionários e da comunidade. Isso só foi possível graças ao hábito dos americanos que coordenavam a escola em captar recursos. O Economista - Escolas, em especial as americanas, recebem doações de ex-alunos? Pereira - Sim. Geralmente associações de ex-alunos investem por se considerarem parte da história da instituição. É uma atividade que deve ser capitaneada pela própria escola que, em contrapartida, promoverá uma eterna relação de amor e ódio, pois quem investe quer retorno e quanto maiores as doações, maiores as expectativas. O Economista - Quem doa pode cobrar resultados? Pereira - Pode e deve! É obrigação do recebedor prestar contas, além de tomar cuidado para não perder a credibilidade com atitudes como pedir doações para um fim e utilizá-las em outro. 7 Capa No mapa da E globalização Após 47 anos de embargo americano, Cuba, agora nas mãos de Raúl Castro, parece dar sinais de interesse na globalização. Durante o encontro que debateu o tema na ilha, também foram discutidas soluções para a crise na América Latina 8 m 31 de julho de 2006, Fidel Castro surpreendeu o mundo ao ceder provisoriamente a presidência de Cuba ao irmão Raúl Castro. A renúncia aconteceria definitivamente em 19 de fevereiro de 2009. Talvez prevendo a saída de cena do irmão mais velho, o novo presidente vinha, desde dezembro de 2008, impondo seu estilo de governar, a começar pela abertura da diplomacia do país ao liberar a entrada de telefones celulares. Quem visita a ilha assiste a uma tímida mudança que parece abrir novas possibilidades. “Não sabia da quanti- março 2009 dade de oportunidades surgindo. Só mesmo estando lá para perceber as possíveis parceria”, ressalta o presidente do Conselho Regional de Economia de São Paulo (CORECON-SP), Antonio Luiz de Queiroz Silva, que esteve em Cuba para participar do XI Encontro Internacional de Economistas sobre Globalização e Problemas de Desenvolvimento, realizado em Havana entre 2 e 6 de março. Durante o encontro, ainda impressionado com as possibilidades, o economista propôs ao deputado e presidente da Associação Nacional de Economistas e Contadores de Cuba (ANEC), Roberto Verrier Castro, a reativação da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Cuba para estreitar as relações comerciais com a ilha. Queiroz também aproveitou para convidá-lo a participar do XVIII Congresso Brasileiro de Economia (CBE), entre 16 e 18 de setembro. De acordo com Queiroz, a aproximação representa maior colaboração desde a organização de feiras e eventos, como encontros internacionais, até negócios. Além disso, na opinião do presidente, o mercado cubano é carente de muitos produtos que o Brasil pode oferecer em larga escala. “O setor de engenharia terá largo emprego de serviços, veículos e geração de energia alternativa como usinas de álcool. Hoje, a energia de Cuba é obtida a partir do petróleo importado da venezuela em 96.000 barris diários. Os supermercados estão à meia carga e temos produtos para lotar as gôndolas. Para que essas proposições possam apresentar viabilidade, a Câmara de Comércio poderá ser um poderoso instrumento de contribuição”, diz. março 2009 Entretanto, é preciso paciência, pois Cuba sofreu com a passagem de quatro furacões - Fay, Gustav, Ike e Paloma - em 2008. Logo, as divisas geradas pelo turismo e pela exportação de cobre no comércio internacional estão direcionadas à reconstrução do País. Isso não impede, porém, que as experiências cubanas bem-sucedidas com a educação e a saúde sejam consideradas e analisadas em nosso país, mesmo que, na ilha, haja uma tendência de os profissionais capacitados destes setores estatizados optarem pelo turismo, pois os ganhos são superiores aos salários oferecidos aos professores e aos médicos. A situação foi observada pelo ex-presidente do CORECONSP, Waldir Pereira Gomes, e pela conselheira Nancy Gorgulho Braga. Gomes notou também que, durante os encontros, o Brasil costuma ser visto como referência, graças aos avanços conquistados nos últimos 20 anos quanto ao crescimento do PIB, equacionamento da dívida externa, controle da inflação e a luta por uma maior inclusão social. “Agora, a expectativa é como enfrentaremos a crise global.” Além de Queiroz, Gomes e Nancy, participou da comissão brasileira o vice-presidente do Conselho Federal de Economia (COFECON), Edivaldo Teixeira de Carvalho, e o conselheiro do CORECON-SP, Orozimbo José de Moraes que classificou o evento como um dos maiores da América Latina. “Foi uma ótima oportunidade de vermos de perto as ações de outras nações no combate aos efeitos da crise”, ressalta. A crise, aliás, foi um capítulo a parte durante o Encontro. Econo- “Que pasa” Ainda que timidamente, Raúl Castro vem estendendo as mãos para o novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a recíproca é verdadeira; o governante americano vem ensaiando uma aproximação com a ilha. Porém, é cedo para afirmar o que irá acontecer de fato. A principal mudança realizada por Castro foi trocar o comando de oito ministérios e remover dos postos duas das figuras mais preeminentes do regime: Carlos Lage, da secretaria do Conselho de ministros, e Felipe Perez Roque da chancelaria que incorporava o discurso antiamericanismo e era condutor de uma política de aproximação com a Venezuela e com a Rússia. Roque foi substituído pelo ex-embaixador de Cuba na Organização das Nações Unidas (ONU), Bruno Rodriguez, com experiência de diplomacia nos Estados Unidos. Entretanto, vale lembrar que ambos pertencem à “mesma escola” e, muito provavelmente, o novo chanceler deve seguir a política do antecessor. Segundo o americano que por 30 anos foi o principal nome da CIA para as relações com a ilha, também autor do livro “Depois de Fidel”, Brian Latrell, diante deste novo cenário, é provável que Cuba inicie um processo de entrada na economia de mercado sem abertura política, como aconteceu na China. O ex-ministro das Relações Exteriores do México, Jorge Castañeda, também faz conjecturas. Segundo ele, o momento pelo qual a ilha passa é o mesmo vivido em 1953 pela União Soviética com a morte do ditador Joseph Stalin. Na época, ninguém sabia o que estava acontecendo na disputa do poder. 9 Capa Vista panorâmica de Havana e, na foto acima, o ex-presidente do CORECON-SP, Waldir Pereira Gomes e o atual presidente da entidade, Antonio Luiz de Queiroz Silva mistas de diferentes países comentaram seus reflexos nas mais distintas nações e as perspectivas de ação para vencê-la. Na ocasião, a vice-presidente da Associação Nacional de Economistas e Contadores de Cuba, Esther Aguilera Morató, destacou que embora não se vislumbre uma solução para o problema é muito claro o empenho de todos em resolvê-lo. Esther comentou ainda a satisfação da Associação de Economistas da América Latina e Caribe (AEALC) com a volta do COFECON ao grupo - um dos fundadores da Associação que havia se afastado. “Estamos convencidos de que sua participação é fundamental para o desenvolvimento da instituição.” Ainda de acordo com a economista cubana, o Brasil tem muito a dizer sobre temas econômicos e integracionistas, além de contribuir para o que poderia ser uma nova arquitetura da economia regional. Daí a importância da reaproximação. 10 O Encontro Ao todo, foram apresentados 255 trabalhos, sendo 26 brasileiros. Um deles, “A Revolução Tecnológica do século XX (TSUNAMI DIGITAL) e as perspectivas do século XXI”, de autoria de Nancy Gorgulho Braga, em que analisa o desenvolvimento sob o ponto de vista do processo econômico. “Não pretendo esgotar um assunto tão complexo, mas mostrar sua influência na vida moderna”, explica. Um dos desafios apontados pela brasileira é o que fazer com o lixo eletrônico, o e-lixo, resultado da quase imediata obsolescência de equipa- Estamos convencidos de que a participação do Brasil é fundamental para a AEALC mentos eletrônicos compostos por substâncias nocivas como mercúrio, chumbo e fósforo. Segundo Nancy, leis para o destino final dos resíduos e desenvolvimento de bens mais duráveis seriam soluções. “Enquanto o consumismo e a inovação não forem acompanhados por um processo razoável de criação, uso e destino final adequado haverá prejuízos irreparáveis no futuro”, sentencia. Ela acrescenta a urgência da busca de soluções mediante a estimativa de que dois bilhões de pessoas estejam conectadas à Internet até 2011, agravando o problema. Outro destaque do Encontro foi a atitude da esposa do americano, Nobel de economia de 2007, Edmund Phelps, Viviana Phelps, em clamar pela suspensão do embargo comercial à Cuba. Também estiveram por lá outros vencedores do prêmio Nobel na categoria economia entre os anos de 1999 e 2003, Robert Mundell e Robert Engle, respectivamente. março 2009 Espaço FEIP* Delegacia de Campinas fortalece economia na região gios com a distribuição de kits divulgando a profissão, além de iniciativas em parceria com a sede do CORECON na capital paulista, como a distribuição da A atuação da Delegacia Regional Revista O Economista para associados de Campinas do Conselho Regional de em suas residências e o fortalecimento Economia de São Paulo (CORECON- do banco de currículos como canal de SP) conta com 65 municípios que, jun- divulgação de empregos na área. “An- tos, reúnem três milhões de habitantes. tes, muitos economistas campineiros se A renda per capita da região é de R$ registravam em São Paulo, realidade que 21.000,00, acima da média do Estado mudou, quando a Regional se estrutu- de São Paulo, R$ 18.000,00. Ao todo, rou e se fortaleceu na região”, compara. cerca de três mil indústrias são impor- já que, segundo estimativa da Delega- Os números comprovam a evolução tantes empregadoras. O setor de servi- cia Regional, eles somam oito mil em nos últimos cinco anos. Em 2004, havia ços registra forte crescimento e, devido Campinas e adjacências, sendo pelo um total de 500 associados à Delegacia ao seu grande número, órgãos governa- menos dois mil deles atuantes na área. de Campinas. Hoje, são 1.500 associa- mentais também concentram diversas oportunidades de emprego. “Quando assumi a Delegacia, em dos (Pessoa Física) e 150 (Pessoa Jurídi- 2004, identifiquei esse potencial da re- ca). A expectativa é atingir, até o final de Atenta a esse “mundo de possibilida- gião para os profissionais da economia. 2009, 1.800 associados (Pessoa Física) des”, a Delegacia Regional de Campi- Foi preciso colocar ‘ordem na casa’ e 180 (Pessoa Jurídica). “Números que nas, sob a coordenação do economista para mapear corretamente os campos deverão crescer mais, caso se concreti- Paulo César Adani estabeleceu a meta de trabalho e pensar ações de aproxi- ze a futura oferta de convênios médicos de ampliar o número de economistas na mação com escolas e profissionais pela e odontológicos proposta pela sede da região. Não faltam ações de incentivo difusão da profissão e o fortalecimento capital”, completa Adani. à escolha da profissão entre os jovens, da classe”, explica Adani. como de fidelização dos economistas, Entre as ações estão visitas aos colé- *Força Econômica do Interior Paulista Comissões Mercado financeiro quer integrar e informar em 2009 Desde sua criação, a comissão de mercado financeiro atua fortemente no Conselho Regional de Economia de São Paulo (CORECON-SP), mas para este ano de 2009, pretende se desenvolver ainda mais no que diz respeito à integração e informação dos economistas por meio de março 2009 palestras e eventos que retratem o atual contexto vivido pela economia nacional e internacional. Um dos próximos encontros a ser realizado pela Comissão de mercado financeiro é, no dia 16 de abril, a palestra do economista José Roberto Cunha sobre a análise da evolução da Economia da República Popular da China. Segundo um dos integrantes da comissão de mercado financeiro, Roberto Luis Troster, as perspectivas de avanço são muito boas. “Um de nossos projetos é ampliar a participação de economistas brasileiros em eventos internacionais divulgando o País. Para isso, a comissão também desenvolve o relatório ‘O Brasil e o Mundo em 2009’”, diz. Para Troster, outra iniciativa que merece destaque é a realização de um grande encontro interno em prol da difusão do mercado financeiro para economistas do interior. 11 Educação Crise econômica foi “erro de diagnóstico” Na segunda edição do Fórum Permanente de Análise da Conjuntura Econômica (FACE), realizado no dia 17 de março, na sede do Conselho Regional de Economia de São Paulo (CORECONSP), economistas chegaram à conclusão de que além de a crise ter sido um “erro de diagnóstico”, há três delas, e não apenas uma, em decorrência da norte-americana. “O erro não vem exclusivamente de fora do Brasil. Além disso, a primeira crise refere-se ao nosso crescimento que apresentava problemas antes de agosto de 2008”, explica o conselheiro do CORECON-SP, Roberto Luis Troster. O economista lembrou ainda a questão do crédito oferecido ao grande tomador e não ao pequeno, e finalmente, o subprime americano. 12 Além de Troster, ainda participaram do fórum o conselheiro efetivo do Conselho Federal de Economia (COFECON) e ex-presidente do CORECON-SP, Heron do Carmo, e o professor doutor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo (USP), Juarez Rizzieri, que criticaram com eloquência o governo e os gastos públicos diante do cenário instalado no Brasil. Troster e Carmo afirmaram que o País tem ferramentas como economia relativamente fechada, o sistema menos “dolarizado” das Américas e baixa dependência do fluxo externo para realizar as mudanças necessárias. Ainda segundo Carmo, o fato de a população já não crescer como antes deve ser encarado como benefício. “É a oportunidade perfeita para investirmos em infraestrutura e saneamento básico nas cidades”, afirma. O que falta, dispararam os economistas, é vontade para que tais projetos saiam do papel. Juros elevados e a concentração de créditos no setor público são outras das causas apontadas por Carmo para a estagnação. Segundo ele, muito do que poderia ser feito depende desses créditos. “Durante os anos 30, o setor público teve um papel de liderança na promoção do desenvolvimento, isso com capacidade de arrecadação menor do que a atual. março 2009 Hoje, comanda 40% da renda nacional e investe 1%. A saída da crise também depende disso”, sentencia o conselheiro federal. Os economistas concordam que o governo teve “sorte” de a crise ter surgido pouco antes de um ano eleitoral, do contrário, poderia ter sido vista como “bode-expiatório”, em caso de problemas no desenvolvimento do País. “É preciso que o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) desempaque”, brinca Carmo. “Muitas obras ainda não foram aprovadas e outras tantas poderiam ter seus cronogramas adiantados”, explica. Há quem diga que a crise mal começou enquanto outros afirmam que ela está perto do fim. Segundo Rizzieri, ela é “dantesca”, pois estávamos acostumados com crises atingindo o petróleo e países emergentes, não com o centro da economia mundial causando problemas. Quanto às soluções, o professor enfatiza que os economistas devem informar tendências e não fazer previsões. “Nem os ganhadores dos prêmios Nobel viram a crise se aproximando”, reclama. Contudo, o principal alvo das críticas dos economistas brasileiros continua sendo o governo. “Dizer que a crise é uma marolinha é reconhecer sua incapacidade de lidar com o problema”, acredita Rizzieri. Para Troster, cabe ao governo mostrar o caminho ou a ‘luz no fim do túnel’. “Pedir para gastarmos nosso dinheiro ou simplesmente rejeitar a queda do PIB não resolve nada”, diz. O economista lembra que a situação é semelhante à quando o Banco Mundial apresentou dados sobre quantos dias eram necessários para a abertura de empresas no Brasil. Segundo o estudo, demorávamos 152 dias, em 2003. Cinco anos depois, o número se mantinha o mesmo enquanto China, Índia e Rússia diminuíam seus índices. “O Peru levava 164 e em menos de um ano reduziu para apenas dois. Sabe o que fizemos? Enviamos uma carta ao Banco Mundial dizendo que as estatísticas estavam erradas.” Troster acredita que o governo brasileiro ainda não percebeu que o País de antes da crise já não existe, mas é otimista ao dizer que o mundo vai continuar depois dos problemas. nonono Boa leitura! Com apenas quatro meses de lançamento, o livro “História do Brasil. Uma interpretação”, lançado pelos historiadores Carlos Guilherme Mota e Adriana Lopez já está em sua 2ª edição. O livro reúne o trabalho de pesquisa elaborado ao longo dos últimos seis anos e retrata a História do Brasil da pré-história e do descobrimento até os dias atuais, incluindo a cobertura dos governos FHC e Lula. “Trata-se, com efeito, de uma interpretação. Não é um livro voltado apenas para o mundo acadêmico, mas para o leitor em geral, preocupado com os rumos e ambiguidades da história de nosso País”, explica o historiador Carlos Guilherme Mota. “História do Brasil. Uma interpretação” tem edição espanhola simultânea, lançado em Salamanca (Espanha) e, no Brasil, pode ser encontrado em grandes livrarias a R$ 150,00. “História do Brasil. Uma interpretação” Autores: Carlos Guilherme Mota e Adriana Lopez Preço: R$ 150,00 Editora: SENAC Juarez Rizzieri, Heron do Carmo, Manuel Enríquez Garcia e Roberto Luis Troster compõem a mesa março 2009 13 Na mídia O CORECON-SP foi notícia em grandes meios de comunicação em março. Veja as principais matérias geradas pelo Conselho: “Facilidade na contratação é outra vantagem do crédito consignado”, disse Roberto Luis Troster, conselheiro do CORECON-SP. Diário do Comércio 14 a 16-01-2009 “Será o caos se não tivermos inteligência e ousadia para mitigar os efeitos da crise internacional em nosso País” , disse Antonio Luiz de Queiroz Silva, presidente do CORECON-SP. Hoje - São Bernardo/SP 06-03-2009 “A queda levará a uma pequena “O momento exige um redução nas taxas cobradas no sinal significativo de queda crediário”, disse Manuel Enríquez Garcia, nos juros para estimular a vice-presidente do CORECON-SP. economia diante da crise”, Agora 12-03-2009 disse Manuel Enríquez Garcia, vice-presidente do CORECON-SP. DCI 12-03-2009 Agenda Abril 14 Fórum Permanente de Análise da Conjuntura Econômica (FACE) Horário: 10h00 Palestrantes: Joaquim Elói Cirne de Toledo Manuel Enríquez Garcia Roberto Fendt Antonio Evaldo Comune 14 16 CICLO DE PALESTRAS: China: cultura, educação e perspectivas econômicas Tema: Análise da evolução da Economia da República Popular da China Horário: 19h00 Palestrante: José Roberto de Araújo Cunha Jr. Informações e Inscrições: Fone: (11) 3291-8722 e-mail: [email protected] março 2009 Divisão Indicadores e Pesquisa Tabela de Indicadores Selecionados Índices de Preços IPCA - Acumulado Trimestral % 2,09 1,52 1,09 1,07 IGP-M - Acumulado Trimestral % 1,43 008 008 008 007 008 09/2 06/2 03/2 12/2 3,54 007 008 008 008 12/2 1,23 008 008 008 09/2 12/2 IPA-M - Acumulado Trimestral % 4,82 5,00 2,87 1,48 1,12 008 09/2 06/2 03/2 Fonte: Bacen 1,55 06/2 03/2 12/2 IPC-Fipe - Acumulado Trimestral % 2,75 1,37 1,21 1,02 1,05 2,38 008 007 12/2 4,34 007 12/2 008 8 008 06/200 12/2 03/2 008 09/2 12/2 Taxas Efetivas de Juros TR - Acumulado Trim. % Indicadores da Produção Industrial por Categorias de Uso Brasil - Janeiro de 2009 Variação (%) Mês/mês* Mensal Acumulado Acumulado 12 Meses Bens de Capital 8,4 -13,4 -13,4 12,0 Bens Intermediários 0,8 -20,4 -20,4 -0,8 Bens de Consumo 3,6 -13,7 -13,7 0,2 Duráveis 38,6 -30,9 -30,9 0,2 Semiduráveis e não Duráveis -0,6 -8,3 -8,3 0,2 Indústria Geral 2,3 -17,2 -17,2 1,0 Fonte:IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria *série com ajuste sazonal Taxa de desemprego - Região metropolitana - São Paulo (na semana) - % 9,4 9,4 9,4 9,3 8,6 8,0 8,2 8,6 8,2 8,3 8,0 8,0 7,7 7,1 9 00 8 01 /2 00 8 12 /2 11 /2 00 8 00 8 00 09 /2 10 /2 8 8 00 00 07 /2 08 /2 8 00 8 00 06 /2 8 05 /2 00 8 00 04 /2 8 00 03 /2 8 00 02 /2 01 /2 12 /2 00 7 Desemprego RMSP Prof. Manuel Enríquez Garcia Fonte: IBGE Vice-presidente do CORECON-SP e Professor da Universidade de São Paulo (USP) PIB Trimestral PIB Trimestral 5,90 5,70 08 jan/ 6,00 6,30 5,10 /07 ev/08 ar/08 br/08 ai/08 jun/08 jul/08 go/08 et/08 ut/08 ov/08 ez/08 f a a s o d n m m dez Fonte: IBGE dez/08 nov/08 out/08 set/08 ago/08 Fonte: Bacen Categorias de Uso dez/08 nov/08 out/08 set/08 ago/08 jul/08 mai/08 jun/08 jul/08 jun/08 mai/08 abr/08 mar/08 fev/08 3,18 3,05 2,65 2,43 jan/08 dez/07 2,49 dez/08 nov/08 out/08 set/08 ago/08 jul/08 jun/08 mai/08 abr/08 mar/08 fev/08 jan/08 dez/07 TBF Acumulado Trim.% 3,32 3,21 2,74 2,58 abr/08 fev/08 CDI overnight Acumulado Trim. % 2,63 0,63 0,55 0,28 0,15 jan/08 dez/07 08 de z/ t/0 8 08 ou o/ 08 ag ju ab n/ r/0 8 08 07 v/ z/ fe de 0,24 mar/08 SELIC overnight Acumulado trim.% 3,36 3,22 2,76 2,60 2,64 Dados recentes mostram que a maioria dos índices de preços estão apresentando uma tendência de queda, no médio e longo prazo. Em particular, o IPCA-IBGE esta convergindo para o centro da meta (4,5%), segundo assinala o Bacen, através do relatório Focus de mercado. Informações recentes do IBGE referentes ao PIB-Produto Interno Bruto evidenciam que a crise financeira global contaminou, a economia brasileira, a partir de outubro de 2008. Ocorreu que o PIB do quarto trimestre de 2008, em relação ao trimestre imediatamente anterior, registrou recuo, da ordem de -3,6%, a maior queda desse indicador, desde o início da série, em 1996. Sob a ótica da oferta, a Indústria foi o setor que registrou a maior queda (-7,4%), seguida pela Agropecuária (-0,5%) e pelos Serviços (-0,4%). Já sob a ótica da demanda, o Consumo das Famílias recuou -2,0%, a Formação Bruta de Capital Fixo caiu -9,8%, o maior recuo desde 1996, enquanto que os gastos de Consumo do Governo aumentaram +0,5%. As exportações recuaram -2,9% e as importações -8,2%. Fonte: Banco Central do Brasil IBGE, Fipe. FGV e DIEESE Organização CORECON-SP Economista Responsável: Flávio Antunes Estaiano de Rezende [email protected] - (11) 3291-8728 Estes e outros indicadores econômicos poderm ser encontrados no site do CORECON-SP na página da Divisão Indicadores e Pesquisas