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nº
março 2009
Publicação do Conselho Regional de Economia - 2ª Região - CORECON-SP
Cuba “libre”?
se renderá à globalização
Destaque
Custódio Pereira
Homenagem aos
aos Remidos
Homenagem
Remidos
Economistas registrados e com mais de 15 anos de contribuição junto ao CORECON-SP, em dia com
as anuidades e com mais de 70 anos de idade (*homens), ou 65 anos (*mulheres), podem requerer
a “Inscrição Remida”. Acompanhe a relação completa dos Remidos de março:
24 - EUCLIDES CARLI; 870 - JOÃO EDISON FARINA; 1.544 - Roberto Teixeira da Costa;
2696 - ASER GONÇALVES; 2.936 - Rubens José Paulella; 4.052 -Jomar Silva de Melo;
4.997 - Waltírio da Silva Nogueira; 5.118 - Darci da Silva; 6.540 - David Aranha
Maia; 6.967 - Sebastião Lourico Fontoura; 7.057 - José Gammal; 7.619 - Antonio
do Lago Botelho; 7.982 - Ivan Simon da Rocha Pinto; 8.013 - Ricardo Teixeira
de Carvalho; 8.179 - Orlando Rossin Filho; 8581 - ANTONIO CARLOS GERONA;
9.402 - Pedro de Araújo; 10.299 - Nilza Maria de Souza Prioste; 12.246 - Lucilia
Santos Nocera; 12.269 - José Augusto Pinto Moreira; 12.974 - Célia Regina de
Azevedo Ricota; 13.080 - Teruaki Yamashita; 13.916 - Mário Lúcio Diniz Gomes;
14.014 - Lourdes Gutierres; 15.302 - Claudio Lehmert Renaud; 15.722 - Ana
Lúcia Segamarchi; 23.693 - Pedro Carvalho de Mello; 24.552 - Mario Fukumitsu
Na relação acima constam os nomes do Remidos do mês de março de 2009. Atenção: o Conselho
Federal de Economia, considerando o princípio da anterioridade, já observado pelo Departamento
Jurídico do Conselho Regional de Economia de São Paulo (CORECON-SP) em seus pareceres,
deliberou por estabelecer que a Resolução que fixa o limite de idade para os homens (70 anos) e
para as mulheres (65 anos) - 1807/08-publ. DOU em 09/01/09 - passe a produzir efeitos somente
a partir do 1º de janeiro de 2010. Com isso, ficam revogados os efeitos da norma no período de 9
de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2009. Caso queira fazer parte dos Remidos desta coluna,
entre em contato com a redação de “O Economista”.
O Editor
Sumário
Conselho Regional
de Economia
2ª Região - SP
Presidente: Antonio Luiz de Queiroz Silva
Vice-Presidente: Manuel Enriquez Garcia
Conselheiros Efetivos: Carlos Alberto Safatle, Carlos Eduardo Soares
de Oliveira Junior, Celina Martins Ramalho, Gilson de Lima Garófalo; Jin
Whan Oh, João Pedro da Silva, Nancy Goreti Gorgulho Chaves Braga,
Pedro Afonso Gomes, Rafael Olivieri Neto, Synésio Batista da Costa
Conselheiros Suplentes: Cláudio Gonçalves dos Santos, Eduardo
Montalban, Francisco da Silva Coelho, José Carlos Medeiros Magliano, Modesto Stama, Orozimbo José de Moraes, Paulo Brasil
Corrêa de Mello, Paulo Henrique Coelho Prado, Roberto Luis Troster, Teruo Hida, Vera Martins da Silva
06
Custódio Pereira
Conselheiros por São Paulo do
Conselho Federal de Economia - COFECON:
Efetivos - Heron Carlos Esvael do Carmo, Synésio Batista da Costa,
Wilson Roberto Villas Boas Antunes;
Suplentes - Antonio Luiz de Queiroz Silva, Marco Antonio Sandoval
de Vasconcellos
04
editorial
05
radar
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destaque
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capa
Administração: Rua Líbero Badaró, 425 – 14º andar – Centro
São Paulo - SP – Tel.: (11) 3291-8700 – Fax: (11) 3291-8701
E-mail: [email protected]
11
DELEGACIAS REGIONAIS
espaço feip
comissões
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educação
ABC – Delegado: Leonel Tinoco Neto
(11) 4436-6482 – www.abc.coreconsp.org.br
11
Economia em Campinas
Araçatuba – Delegado: Alair Orlando Barão
(18) 3624-5311 - www.aracatuba.coreconsp.org.br
14
Bauru – Delegado: Reinaldo César Cafeo
(14) 3227-1646 – www.bauru.coreconsp.org.br
Campinas – Delegado: Paulo César Adani
(19) 3236-2664/9742 – www.campinas.coreconsp.org.br
na mídia
agenda
Jundiaí – Delegado: Marino Mazzei Júnior
(11) 4586-6121 – www.jundiai.coreconsp.org.br
Presidente Prudente – Delegado: Álvaro Barboza dos Santos
(18) 3223-9015 – www.presidenteprudente.coreconsp.org.br
12
Os erros e a crise
Ribeirão Preto – Delegado: José Avelino Franco do Amaral
(16) 3610-6126 – www.ribeiraopreto.coreconsp.org.br
Santos – Delegada: Josefa Barbera Molina Poleti
(13) 3284-9890 – www.santos.coreconsp.org.br
São José dos Campos – Delegado: Jair Capatti Jr
(12) 3941-5201 – www.saojosedoscampos.coreconsp.org.br
São José do Rio Preto – Delegado: Hipólito Martins Filho
(17) 3233-0154 – www.saojosedoriopreto.coreconsp.org.br
Sorocaba – Delegado: Geraldo César Almeida
(15) 3233-3552 – www.sorocaba.coreconsp.org.br
08
Encontro cubano
Núcleo de Criação e Desenvolvimento
Rua Cayowaá, 228 - Perdizes
São Paulo - SP - CEP: 05018-000
Fones: (11) 3875-5627 / 3875-6296
Site: www.rspress.com.br
Jornalista responsável: Roberto Souza (Mtb 11.408)
Editor: Fábio Berklian | Subeditora: Lilian Burgardt
março
2009
Repórter:
Thiago
Bento | Projeto gráfico: Leonardo Fial
Diagramação: Leonardo Fial e Gabriel Rabesco
3
Editorial
À espera do CBE 2009
Nos últimos anos temos observado mudanças em fatores
conjunturais para o crescimento e desenvolvimento do Brasil como a consolidação da democracia, a retomada do crescimento econômico, o controle da inflação e a maior inserção
brasileira na economia mundial. Motivos de comemoração
para nossa sociedade, mas que não podem se sobrepor à dívida social do Brasil, que ainda é grande.
Apesar de não ter o mesmo destaque que as questões conjunturais para o crescimento do País, a redução da desigualdade em suas várias representações também faz parte da agenda
de economistas, por essa razão, será o tema principal do XVIII
Congresso Brasileiro de Economia (CBE), a ser realizado entre
os dias 16 e 18 de setembro.
O Encontro terá grande importância, pois participarão brilhantes nomes da economia, como Custódio Pereira, que em
entrevista nesta edição de O Economista dá uma prévia de sua
apresentação, já confirmada no CBE, sobre o projeto de captação de recursos (fundraising) que apresentou ao Ministério
da Educação (MEC). Vale lembrar que a captação de recursos é
muito difundida nos Estados Unidos, mas ainda dá os primeiros passos por aqui.
As mudanças já vividas pelo Brasil e aquelas que se anunciam fazem parte de um cenário ainda maior movido pela
globalização. O tema é amplamente tratado nesta edição que
traz em sua reportagem principal a inserção de Cuba no novo
cenário de globalização. Será a hora da virada? A reportagem
do XI Encontro Internacional de Economistas sobre Globalização e Problemas de Desenvolvimento, realizado entre os
dias 2 e 6 de março no Palácio de Convenções de Havana,
Cuba, trata da questão.
Boa leitura!
Antonio Luiz de Queiroz Silva
Presidente
4
março 2009
Radar
Concurso de monografia “Neoliberal Não. Liberal”
recebe inscrições
Estão abertas, até 31 de maio,
as inscrições para o Concurso de
Monografia - Prêmio CORECON-SP
de Excelência em Economia - que,
anualmente, contempla os autores dos três melhores trabalhos de
graduação desenvolvidos por estudantes de economia do Estado
de São Paulo. Somente poderão
concorrer as monografias de conclusão do curso de economia dos
formandos do ano anterior ao do
concurso, elaboradas em instituições de ensino superior sediadas
no Estado de São Paulo. As inscrições das monografias pelas faculdades deverão ser feitas na sede
do CORECON-SP ou nas Delegacias Regionais.
As monografias apresentadas
devem adotar um dos seguintes
temas: Economia Brasileira; Economia Regional e Urbana; Economia de Empresas; Economia do
Setor Público; Economia Internacional; Economia e Inovações
Tecnológicas; Perspectivas Econômicas; Atuação Profissional do
Economista;Teoria Econômica Geral; Pensamento Econômico Contemporâneo; Economia Agrícola/
Meio Ambiente; e Finanças.
A Comissão Julgadora premiará
as três melhores monografias por
ordem de classificação. As vencedoras serão publicadas em forma
de livro, em volume único. Além
disso, os vencedores ganharão os
seguintes prêmios: 1º lugar - R$
5.000,00; 2º lugar - R$ 3.000,00; e 3º
lugar - R$ 2.000,00.
março 2009
No último dia 24 de março, na
sede do Conselho Regional de Economia de São Paulo (CORECON-SP),
foi realizada mais uma edição do
Ciclo de Palestras, desta vez, com
a participação do jornalista Carlos
Alberto Sardenberg, um dos mais
respeitados da área econômica no
Brasil, com experiência de repórter,
redator e editor dos principais veículos de comunicação do País.
O evento marcou o lançamento
do livro “Neoliberal Não. Liberal” de
autoria de Sardenberg, pela Editora
Globo, em que o jornalista analisa a
economia contemporânea com olhar sobre
o cotidiano.
Com 40 anos de
experiência profissional, Sardenberg
já passou pelas redações dos jornais
O Estado de São Paulo, Jornal
do Brasil, Folha de S. Paulo, e das
revistas Veja e Isto é. Atualmente é
comentarista da Rádio CBN. Escreve um blog no portal de notícias
G1 em que comenta e analisa as
notícias econômicas.
Homenagem
É com pesar que o Conselho
Regional de Economia de São
Paulo (CORECON-SP) comunica a
morte, no último mês de fevereiro, aos 72 anos, em São Paulo, do
professor Tamás Szmerecsanyi,
pesquisador do Departamento de
Política Científica e Tecnológica da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Dentre seus diversos livros,
pode-se destacar “História Econômica do Brasil Contemporâneo” (em parceria com Wilson
Suzigan) e “História Econômica
do Período Colonial, Getúlio Vargas & e a Economia Contemporânea” (em conjunto com o Prof.
Rui Guilherme Granziera). Também foi professor da Faculdade
de Economia e Administração
da Universidade de São Paulo
(USP) e da Pontifícia Universida-
de Católica de São Paulo (PUC-SP). Autor
da tese “O Planejamento da Agroindústria Canavieira do Brasil” (1930-1975), se
tornou um dos maiores estudiosos da
obra de Celso Furtado. Organizou com
Florestan Fernandes, pela Editora Ática, o
Livro Keynes. Traduziu para o português
o livro de Microeconomia de Edith Penrose, um clássico na literatura econômica.
Participou ativamente da vida acadêmica
e colaborou para a produção de livros e
textos para divulgação pela Ordem dos
Economistas do Brasil (OEB).
Texto de autoria do presidente da OEB,
Francisco da Silva Coelho.
5
Destaque
Foto Arquivo pessoal
Custódio Pereira
Fundraising
pró-educação
Economista Custódio Pereira - entusiasta da
educação - desenvolve projeto de lei para
beneficiar o ensino com incentivos privados
No dia 9 de março, o economista e diretor-geral das Faculdades Integradas Rio Branco, em São
Paulo, Custódio Pereira, entregou
ao ministro da Educação, Fernando
Haddad, em Brasília, o projeto de
lei que institui o Programa Nacional de Incentivo à Educação (PRONIE). O objetivo é captar recursos
(fundraising) mediante incentivos
à participação de pessoas físicas e
jurídicas para a melhoria da qualidade da rede de ensino nacional.
Com o PRONIE, os beneméritos
poderão deduzir as contribuições
ao ensino do Imposto de Renda.
No caso das pessoas físicas, a dedução é de até 100%, observando
o limite de dedução de 6% do imposto total devido.
Embora o tema fundraising ainda dê os primeiros passos no País,
Pereira comemora a fundação da
Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR). Confira a
entrevista com o economista que
já confirmou presença como palestrante no XVIII Congresso Brasileiro de Economia, entre 16 e 18
de setembro, em São Paulo.
6
O Economista - O senhor desenvolveu um projeto de fundrainsing
para a educação no Brasil. Somos
carentes nisso?
Custódio Pereira - Sim. Além de
uma legislação para a captação de
recursos na educação, como existe para a cultura e o esporte, falta
profissionais especializados na atividade. As instituições de ensino
poderiam oferecer cursos sobre
fundraising para qualificar mãode-obra. Além disso, no Brasil, não
há a profissão “captador de recursos”. Agora, para respondermos
se há razão em desenvolver esta
atividade basta nos perguntarmos?
Qual organização precisa deste
profissional? Ora, todas. Tanto no
setor público como privado.
O Economista - O projeto é uma
solução para isso?
Pereira - Na verdade, é uma
contribuição para um dos muitos
“lados” do assunto. Caso a captação de recursos fosse uma questão
resolvida, talvez ainda tivéssemos
de lidar com eventuais dificuldades para receber as doações.
março 2009
O Economista - Além da burocracia há outro empecilho?
Pereira - Não temos a cultura
de doar ou, na maioria das vezes, a doação deixa de acontecer,
pois quem precisa não pede ou
não o faz da maneira correta. No
Brasil, as pessoas também crêem
que basta estarem relacionadas a
atividades com algum mérito para
receber doações. Não é assim que
funciona. É preciso saber a quem,
quando e como pedir, além de
apresentar um planejamento. O
fundraising ainda dá os primeiros
passos no País, mas deve ser encarado como uma oportunidade.
O Economista - Não é curioso
que isso aconteça sendo que algumas instituições de ensino tradicionais foram constituídas a partir
de doações?
Pereira - É muito curioso sim,
entretanto, esse trabalho não foi sistematizado. Teríamos conquistado
muito mais se ele fosse realizado
não apenas por voluntários apaixonados pela causa, mas por profissionais. Esses pontos da nossa história
comprovam que o brasileiro está
disposto a doar, falta saber pedir.
O Economista - A dedução do
Imposto de Renda é uma maneira
de pedir?
Pereira - Ao redor do mundo as
pessoas doam não só por causa do
incentivo, mas por se identificarem
com a causa. A dedução é uma
maneira de criar a oportunidade
de a população conhecer o trabalho desenvolvido pela instituição,
doar e se acostumar com a atitu-
março 2009
Na maioria das
vezes, a doação não
acontece porque
não se pede de
maneira correta
de. A experiência é válida porque
lida principalmente com o terceiro
setor brasileiro, cujo potencial é
imenso, pois emprega muitas pessoas apesar de mal dimensionado.
O Economista - Fala-se menos do
terceiro setor do que antes. O conceito foi deixado de lado?
Pereira - Na verdade houve uma
evolução. Atualmente as empresas
fazem questão de mostrar o quanto
são socialmente responsáveis. Isso
é resultado daquele trabalho feito
anos atrás. Felizmente, nos acostumamos com esse conceito desenvolvido de maneira tênue e natural.
O Economista - O senhor se inspirou em algum modelo internacional para desenvolver o PRONIE?
Pereira - Não sou adepto de copiarmos os americanos, mas neste
caso, eles são os melhores exemplos. As escolas sempre geraram
desenvolvimento. Logo, as populações tinham muito interesse em
ter uma escola em suas cidades
e cada um ajudava como podia.
Fazendeiros colaboravam com recursos de suas propriedades e isso
fez com que universidades como
Harvard, Yale e Princeton, entre
outras, fossem batizadas com os
nomes de seus maiores beneméritos. Esses recursos eram captados
por voluntários. E estamos falando
de mais de 200 anos.
O Economista - Temos algum
caso semelhante no Brasil?
Pereira - Em 1953, a Universidade Presbiteriana Mackenzie
(cuja raiz é norte-americana) captou uma quantia considerável em
doações. Agora, repare na importância desse fato: uma instituição
protestante em um país majoritariamente católico pedindo ajuda
para melhorar suas instalações e
recebendo colaboração de alunos,
funcionários e da comunidade.
Isso só foi possível graças ao hábito dos americanos que coordenavam a escola em captar recursos.
O Economista - Escolas, em especial as americanas, recebem doações de ex-alunos?
Pereira - Sim. Geralmente associações de ex-alunos investem por
se considerarem parte da história
da instituição. É uma atividade que
deve ser capitaneada pela própria
escola que, em contrapartida, promoverá uma eterna relação de
amor e ódio, pois quem investe
quer retorno e quanto maiores as
doações, maiores as expectativas.
O Economista - Quem doa pode
cobrar resultados?
Pereira - Pode e deve! É obrigação do recebedor prestar contas,
além de tomar cuidado para não
perder a credibilidade com atitudes como pedir doações para um
fim e utilizá-las em outro.
7
Capa
No mapa da E
globalização
Após 47 anos de embargo americano, Cuba, agora
nas mãos de Raúl Castro, parece dar sinais de
interesse na globalização. Durante o encontro que
debateu o tema na ilha, também foram discutidas
soluções para a crise na América Latina
8
m 31 de julho de 2006, Fidel
Castro surpreendeu o mundo
ao ceder provisoriamente a
presidência de Cuba ao irmão Raúl
Castro. A renúncia aconteceria definitivamente em 19 de fevereiro de
2009. Talvez prevendo a saída de
cena do irmão mais velho, o novo
presidente vinha, desde dezembro
de 2008, impondo seu estilo de governar, a começar pela abertura da
diplomacia do país ao liberar a entrada de telefones celulares.
Quem visita a ilha assiste a uma tímida mudança que parece abrir novas
possibilidades. “Não sabia da quanti-
março 2009
dade de oportunidades surgindo. Só
mesmo estando lá para perceber as
possíveis parceria”, ressalta o presidente do Conselho Regional de Economia de São Paulo (CORECON-SP),
Antonio Luiz de Queiroz Silva, que
esteve em Cuba para participar do XI
Encontro Internacional de Economistas sobre Globalização e Problemas
de Desenvolvimento, realizado em
Havana entre 2 e 6 de março.
Durante o encontro, ainda impressionado com as possibilidades,
o economista propôs ao deputado
e presidente da Associação Nacional de Economistas e Contadores de
Cuba (ANEC), Roberto Verrier Castro, a reativação da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Cuba para
estreitar as relações comerciais com
a ilha. Queiroz também aproveitou
para convidá-lo a participar do XVIII
Congresso Brasileiro de Economia
(CBE), entre 16 e 18 de setembro.
De acordo com Queiroz, a aproximação representa maior colaboração
desde a organização de feiras e eventos, como encontros internacionais,
até negócios. Além disso, na opinião
do presidente, o mercado cubano é
carente de muitos produtos que o
Brasil pode oferecer em larga escala.
“O setor de engenharia terá largo emprego de serviços, veículos e geração
de energia alternativa como usinas de
álcool. Hoje, a energia de Cuba é obtida a partir do petróleo importado da
venezuela em 96.000 barris diários.
Os supermercados estão à meia carga
e temos produtos para lotar as gôndolas. Para que essas proposições possam apresentar viabilidade, a Câmara
de Comércio poderá ser um poderoso
instrumento de contribuição”, diz.
março 2009
Entretanto, é preciso paciência,
pois Cuba sofreu com a passagem de
quatro furacões - Fay, Gustav, Ike e Paloma - em 2008. Logo, as divisas geradas pelo turismo e pela exportação de
cobre no comércio internacional estão
direcionadas à reconstrução do País.
Isso não impede, porém, que as
experiências cubanas bem-sucedidas
com a educação e a saúde sejam consideradas e analisadas em nosso país,
mesmo que, na ilha, haja uma tendência de os profissionais capacitados destes setores estatizados optarem pelo
turismo, pois os ganhos são superiores
aos salários oferecidos aos professores
e aos médicos. A situação foi observada pelo ex-presidente do CORECONSP, Waldir Pereira Gomes, e pela conselheira Nancy Gorgulho Braga.
Gomes notou também que, durante os encontros, o Brasil costuma ser visto como referência, graças
aos avanços conquistados nos últimos 20 anos quanto ao crescimento
do PIB, equacionamento da dívida
externa, controle da inflação e a
luta por uma maior inclusão social.
“Agora, a expectativa é como enfrentaremos a crise global.”
Além de Queiroz, Gomes e Nancy,
participou da comissão brasileira o
vice-presidente do Conselho Federal
de Economia (COFECON), Edivaldo
Teixeira de Carvalho, e o conselheiro do CORECON-SP, Orozimbo José
de Moraes que classificou o evento
como um dos maiores da América
Latina. “Foi uma ótima oportunidade de vermos de perto as ações de
outras nações no combate aos efeitos da crise”, ressalta.
A crise, aliás, foi um capítulo a
parte durante o Encontro. Econo-
“Que pasa”
Ainda que timidamente, Raúl Castro
vem estendendo as mãos para o novo
presidente dos Estados Unidos, Barack
Obama, e a recíproca é verdadeira; o governante americano vem ensaiando uma
aproximação com a ilha. Porém, é cedo
para afirmar o que irá acontecer de fato.
A principal mudança realizada por
Castro foi trocar o comando de oito ministérios e remover dos postos duas das
figuras mais preeminentes do regime:
Carlos Lage, da secretaria do Conselho
de ministros, e Felipe Perez Roque da
chancelaria que incorporava o discurso
antiamericanismo e era condutor de uma
política de aproximação com a Venezuela e com a Rússia.
Roque foi substituído pelo ex-embaixador de Cuba na Organização das Nações Unidas (ONU), Bruno Rodriguez,
com experiência de diplomacia nos Estados Unidos. Entretanto, vale lembrar que
ambos pertencem à “mesma escola” e,
muito provavelmente, o novo chanceler
deve seguir a política do antecessor.
Segundo o americano que por 30 anos
foi o principal nome da CIA para as relações com a ilha, também autor do livro
“Depois de Fidel”, Brian Latrell, diante
deste novo cenário, é provável que Cuba
inicie um processo de entrada na economia de mercado sem abertura política,
como aconteceu na China.
O ex-ministro das Relações Exteriores
do México, Jorge Castañeda, também faz
conjecturas. Segundo ele, o momento
pelo qual a ilha passa é o mesmo vivido em 1953 pela União Soviética com a
morte do ditador Joseph Stalin. Na época, ninguém sabia o que estava acontecendo na disputa do poder.
9
Capa
Vista panorâmica de Havana e, na foto
acima, o ex-presidente do CORECON-SP,
Waldir Pereira Gomes e o atual presidente
da entidade, Antonio Luiz de Queiroz Silva
mistas de diferentes países comentaram seus reflexos nas mais distintas
nações e as perspectivas de ação para
vencê-la. Na ocasião, a vice-presidente da Associação Nacional de Economistas e Contadores de Cuba, Esther
Aguilera Morató, destacou que embora não se vislumbre uma solução
para o problema é muito claro o empenho de todos em resolvê-lo.
Esther comentou ainda a satisfação da Associação de Economistas
da América Latina e Caribe (AEALC)
com a volta do COFECON ao grupo
- um dos fundadores da Associação
que havia se afastado. “Estamos convencidos de que sua participação é
fundamental para o desenvolvimento da instituição.”
Ainda de acordo com a economista cubana, o Brasil tem muito a dizer
sobre temas econômicos e integracionistas, além de contribuir para o
que poderia ser uma nova arquitetura da economia regional. Daí a importância da reaproximação.
10
O Encontro
Ao todo, foram apresentados 255
trabalhos, sendo 26 brasileiros. Um
deles, “A Revolução Tecnológica do
século XX (TSUNAMI DIGITAL) e as
perspectivas do século XXI”, de autoria de Nancy Gorgulho Braga, em que
analisa o desenvolvimento sob o ponto de vista do processo econômico.
“Não pretendo esgotar um assunto
tão complexo, mas mostrar sua influência na vida moderna”, explica.
Um dos desafios apontados pela
brasileira é o que fazer com o lixo eletrônico, o e-lixo, resultado da quase
imediata obsolescência de equipa-
Estamos
convencidos de que
a participação do
Brasil é fundamental
para a AEALC
mentos eletrônicos compostos por
substâncias nocivas como mercúrio,
chumbo e fósforo. Segundo Nancy,
leis para o destino final dos resíduos
e desenvolvimento de bens mais duráveis seriam soluções.
“Enquanto o consumismo e a inovação não forem acompanhados por
um processo razoável de criação, uso
e destino final adequado haverá prejuízos irreparáveis no futuro”, sentencia. Ela acrescenta a urgência da
busca de soluções mediante a estimativa de que dois bilhões de pessoas estejam conectadas à Internet até
2011, agravando o problema.
Outro destaque do Encontro foi a
atitude da esposa do americano, Nobel de economia de 2007, Edmund
Phelps, Viviana Phelps, em clamar
pela suspensão do embargo comercial à Cuba. Também estiveram por lá
outros vencedores do prêmio Nobel
na categoria economia entre os anos
de 1999 e 2003, Robert Mundell e
Robert Engle, respectivamente.
março 2009
Espaço FEIP*
Delegacia de
Campinas fortalece
economia na região
gios com a distribuição de kits divulgando a profissão, além de iniciativas em
parceria com a sede do CORECON na
capital paulista, como a distribuição da
A atuação da Delegacia Regional
Revista O Economista para associados
de Campinas do Conselho Regional de
em suas residências e o fortalecimento
Economia de São Paulo (CORECON-
do banco de currículos como canal de
SP) conta com 65 municípios que, jun-
divulgação de empregos na área. “An-
tos, reúnem três milhões de habitantes.
tes, muitos economistas campineiros se
A renda per capita da região é de R$
registravam em São Paulo, realidade que
21.000,00, acima da média do Estado
mudou, quando a Regional se estrutu-
de São Paulo, R$ 18.000,00. Ao todo,
rou e se fortaleceu na região”, compara.
cerca de três mil indústrias são impor-
já que, segundo estimativa da Delega-
Os números comprovam a evolução
tantes empregadoras. O setor de servi-
cia Regional, eles somam oito mil em
nos últimos cinco anos. Em 2004, havia
ços registra forte crescimento e, devido
Campinas e adjacências, sendo pelo
um total de 500 associados à Delegacia
ao seu grande número, órgãos governa-
menos dois mil deles atuantes na área.
de Campinas. Hoje, são 1.500 associa-
mentais também concentram diversas
oportunidades de emprego.
“Quando assumi a Delegacia, em
dos (Pessoa Física) e 150 (Pessoa Jurídi-
2004, identifiquei esse potencial da re-
ca). A expectativa é atingir, até o final de
Atenta a esse “mundo de possibilida-
gião para os profissionais da economia.
2009, 1.800 associados (Pessoa Física)
des”, a Delegacia Regional de Campi-
Foi preciso colocar ‘ordem na casa’
e 180 (Pessoa Jurídica). “Números que
nas, sob a coordenação do economista
para mapear corretamente os campos
deverão crescer mais, caso se concreti-
Paulo César Adani estabeleceu a meta
de trabalho e pensar ações de aproxi-
ze a futura oferta de convênios médicos
de ampliar o número de economistas na
mação com escolas e profissionais pela
e odontológicos proposta pela sede da
região. Não faltam ações de incentivo
difusão da profissão e o fortalecimento
capital”, completa Adani.
à escolha da profissão entre os jovens,
da classe”, explica Adani.
como de fidelização dos economistas,
Entre as ações estão visitas aos colé-
*Força Econômica do Interior Paulista
Comissões
Mercado financeiro
quer integrar e
informar em 2009
Desde sua criação, a comissão de mercado financeiro atua
fortemente no Conselho Regional de Economia de São Paulo
(CORECON-SP), mas para este
ano de 2009, pretende se desenvolver ainda mais no que diz respeito à integração e informação
dos economistas por meio de
março 2009
palestras e eventos que retratem
o atual contexto vivido pela economia nacional e internacional.
Um dos próximos encontros
a ser realizado pela Comissão de
mercado financeiro é, no dia 16
de abril, a palestra do economista
José Roberto Cunha sobre a análise da evolução da Economia da
República Popular da China.
Segundo um dos integrantes
da comissão de mercado financeiro, Roberto Luis Troster, as
perspectivas de avanço são muito boas. “Um de nossos projetos
é ampliar a participação de economistas brasileiros em eventos
internacionais divulgando o País.
Para isso, a comissão também
desenvolve o relatório ‘O Brasil
e o Mundo em 2009’”, diz. Para
Troster, outra iniciativa que merece destaque é a realização de um
grande encontro interno em prol
da difusão do mercado financeiro para economistas do interior.
11
Educação
Crise econômica foi
“erro de diagnóstico”
Na segunda edição do Fórum
Permanente de Análise da Conjuntura Econômica (FACE), realizado no dia 17 de março, na sede
do Conselho Regional de Economia de São Paulo (CORECONSP), economistas chegaram à conclusão de que além de a crise ter
sido um “erro de diagnóstico”, há
três delas, e não apenas uma, em
decorrência da norte-americana.
“O erro não vem exclusivamente de fora do Brasil. Além disso, a
primeira crise refere-se ao nosso
crescimento que apresentava problemas antes de agosto de 2008”,
explica o conselheiro do CORECON-SP, Roberto Luis Troster. O
economista lembrou ainda a questão do crédito oferecido ao grande
tomador e não ao pequeno, e finalmente, o subprime americano.
12
Além de Troster, ainda participaram do fórum o conselheiro
efetivo do Conselho Federal de
Economia (COFECON) e ex-presidente do CORECON-SP, Heron
do Carmo, e o professor doutor da
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da
Universidade de São Paulo (USP),
Juarez Rizzieri, que criticaram
com eloquência o governo e os
gastos públicos diante do cenário
instalado no Brasil.
Troster e Carmo afirmaram que
o País tem ferramentas como economia relativamente fechada, o
sistema menos “dolarizado” das
Américas e baixa dependência
do fluxo externo para realizar as
mudanças necessárias. Ainda segundo Carmo, o fato de a população já não crescer como antes
deve ser encarado como benefício. “É a oportunidade perfeita para
investirmos em
infraestrutura e
saneamento básico
nas cidades”, afirma.
O que falta, dispararam
os economistas, é vontade
para que tais projetos saiam do
papel. Juros elevados e a concentração de créditos no setor público
são outras das causas apontadas
por Carmo para a estagnação. Segundo ele, muito do que poderia
ser feito depende desses créditos.
“Durante os anos 30, o setor público teve um papel de liderança
na promoção do desenvolvimento, isso com capacidade de arrecadação menor do que a atual.
março 2009
Hoje, comanda 40% da renda
nacional e investe 1%. A saída
da crise também depende disso”,
sentencia o conselheiro federal.
Os economistas concordam que
o governo teve “sorte” de a crise
ter surgido pouco antes de um ano
eleitoral, do contrário, poderia ter
sido vista como “bode-expiatório”,
em caso de problemas no desenvolvimento do País. “É preciso que
o PAC (Programa de Aceleração
do Crescimento) desempaque”,
brinca Carmo. “Muitas obras ainda
não foram aprovadas e outras tantas poderiam ter seus cronogramas
adiantados”, explica.
Há quem diga que a crise mal
começou enquanto outros afirmam que ela está perto do fim. Segundo Rizzieri, ela é “dantesca”,
pois estávamos acostumados com
crises atingindo o petróleo e países
emergentes, não com o centro da
economia mundial causando problemas. Quanto às soluções, o professor enfatiza que os economistas
devem informar tendências e não
fazer previsões. “Nem os ganhadores dos prêmios Nobel viram a
crise se aproximando”, reclama.
Contudo, o principal alvo das
críticas dos economistas brasileiros continua sendo o governo.
“Dizer que a crise é uma marolinha é reconhecer sua incapacidade de lidar com o problema”,
acredita Rizzieri. Para Troster, cabe
ao governo mostrar o caminho ou
a ‘luz no fim do túnel’. “Pedir para
gastarmos nosso dinheiro ou simplesmente rejeitar a queda do PIB
não resolve nada”, diz.
O economista lembra que a situação é semelhante à quando o
Banco Mundial apresentou dados
sobre quantos dias eram necessários para a abertura de empresas no
Brasil. Segundo o estudo, demorávamos 152 dias, em 2003. Cinco
anos depois, o número se mantinha
o mesmo enquanto China, Índia e
Rússia diminuíam seus índices. “O
Peru levava 164 e em menos de um
ano reduziu para apenas dois. Sabe
o que fizemos? Enviamos uma carta
ao Banco Mundial dizendo que as
estatísticas estavam erradas.”
Troster acredita que o governo brasileiro ainda não percebeu que o País de antes da crise
já não existe, mas é otimista ao
dizer que o mundo vai continuar
depois dos problemas.
nonono
Boa leitura!
Com apenas quatro meses de lançamento, o livro “História do Brasil.
Uma interpretação”, lançado pelos
historiadores Carlos Guilherme Mota
e Adriana Lopez já está em sua 2ª edição. O livro reúne o trabalho de pesquisa elaborado ao longo dos últimos
seis anos e retrata a História do Brasil
da pré-história e do descobrimento até
os dias atuais, incluindo a cobertura
dos governos FHC e Lula.
“Trata-se, com efeito, de uma interpretação. Não é um livro voltado
apenas para o mundo acadêmico,
mas para o leitor em geral, preocupado com os rumos e ambiguidades da
história de nosso País”, explica o historiador Carlos Guilherme Mota.
“História do Brasil. Uma interpretação” tem edição espanhola simultânea, lançado em Salamanca (Espanha)
e, no Brasil, pode ser encontrado em
grandes livrarias a R$ 150,00.
“História do Brasil. Uma interpretação”
Autores: Carlos Guilherme Mota e
Adriana Lopez
Preço: R$ 150,00
Editora: SENAC
Juarez Rizzieri, Heron do Carmo, Manuel Enríquez Garcia e Roberto Luis Troster compõem a mesa
março 2009
13
Na mídia
O CORECON-SP foi notícia em grandes meios de comunicação
em março. Veja as principais matérias geradas pelo Conselho:
“Facilidade na contratação é outra
vantagem do crédito consignado”,
disse Roberto Luis Troster, conselheiro do CORECON-SP.
Diário do Comércio 14 a 16-01-2009
“Será o caos se não tivermos inteligência e ousadia
para mitigar os efeitos da crise internacional em
nosso País” , disse Antonio Luiz de Queiroz Silva,
presidente do CORECON-SP.
Hoje - São Bernardo/SP 06-03-2009
“A queda levará a uma pequena
“O momento exige um
redução nas taxas cobradas no
sinal significativo de queda
crediário”, disse Manuel Enríquez Garcia,
nos juros para estimular a
vice-presidente do CORECON-SP.
economia diante da crise”,
Agora 12-03-2009
disse Manuel Enríquez Garcia,
vice-presidente do CORECON-SP.
DCI 12-03-2009
Agenda
Abril
14
Fórum Permanente
de Análise da Conjuntura
Econômica (FACE)
Horário: 10h00
Palestrantes: Joaquim Elói Cirne de Toledo
Manuel Enríquez Garcia
Roberto Fendt
Antonio Evaldo Comune
14
16
CICLO DE PALESTRAS:
China: cultura, educação
e perspectivas econômicas
Tema: Análise da evolução da Economia
da República Popular da China
Horário: 19h00
Palestrante: José Roberto de
Araújo Cunha Jr.
Informações e Inscrições:
Fone: (11) 3291-8722
e-mail: [email protected]
março 2009
Divisão Indicadores e Pesquisa
Tabela de Indicadores Selecionados
Índices de Preços
IPCA - Acumulado Trimestral %
2,09
1,52
1,09
1,07
IGP-M - Acumulado Trimestral %
1,43
008
008
008
007
008
09/2
06/2
03/2
12/2
3,54
007
008
008
008
12/2
1,23
008
008
008
09/2
12/2
IPA-M - Acumulado Trimestral %
4,82
5,00
2,87
1,48
1,12
008
09/2
06/2
03/2
Fonte: Bacen
1,55
06/2
03/2
12/2
IPC-Fipe - Acumulado Trimestral %
2,75
1,37
1,21
1,02
1,05
2,38
008
007
12/2
4,34
007
12/2
008
8
008 06/200
12/2
03/2
008
09/2
12/2
Taxas Efetivas de Juros
TR - Acumulado Trim. %
Indicadores da Produção Industrial por Categorias de Uso
Brasil - Janeiro de 2009
Variação (%)
Mês/mês*
Mensal
Acumulado
Acumulado 12 Meses
Bens de Capital
8,4
-13,4
-13,4
12,0
Bens Intermediários
0,8
-20,4
-20,4
-0,8
Bens de Consumo
3,6
-13,7
-13,7
0,2
Duráveis
38,6
-30,9
-30,9
0,2
Semiduráveis e não Duráveis
-0,6
-8,3
-8,3
0,2
Indústria Geral
2,3
-17,2
-17,2
1,0
Fonte:IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria
*série com ajuste sazonal
Taxa de desemprego - Região metropolitana - São Paulo (na semana) - %
9,4
9,4 9,4
9,3
8,6
8,0
8,2
8,6 8,2
8,3 8,0
8,0
7,7
7,1
9
00
8
01
/2
00
8
12
/2
11
/2
00
8
00
8
00
09
/2
10
/2
8
8
00
00
07
/2
08
/2
8
00
8
00
06
/2
8
05
/2
00
8
00
04
/2
8
00
03
/2
8
00
02
/2
01
/2
12
/2
00
7
Desemprego RMSP
Prof. Manuel Enríquez Garcia
Fonte: IBGE
Vice-presidente do CORECON-SP e
Professor da Universidade de São Paulo (USP)
PIB Trimestral
PIB Trimestral
5,90
5,70
08
jan/
6,00
6,30
5,10
/07 ev/08 ar/08 br/08 ai/08 jun/08 jul/08 go/08 et/08 ut/08 ov/08 ez/08
f
a
a
s
o
d
n
m
m
dez
Fonte: IBGE
dez/08
nov/08
out/08
set/08
ago/08
Fonte: Bacen
Categorias de Uso
dez/08
nov/08
out/08
set/08
ago/08
jul/08
mai/08
jun/08
jul/08
jun/08
mai/08
abr/08
mar/08
fev/08
3,18
3,05
2,65
2,43
jan/08
dez/07
2,49
dez/08
nov/08
out/08
set/08
ago/08
jul/08
jun/08
mai/08
abr/08
mar/08
fev/08
jan/08
dez/07
TBF Acumulado Trim.%
3,32
3,21
2,74
2,58
abr/08
fev/08
CDI overnight Acumulado Trim. %
2,63
0,63
0,55
0,28
0,15
jan/08
dez/07
08
de
z/
t/0
8
08
ou
o/
08
ag
ju
ab
n/
r/0
8
08
07
v/
z/
fe
de
0,24
mar/08
SELIC overnight Acumulado trim.%
3,36
3,22
2,76
2,60
2,64
Dados recentes mostram
que a maioria dos índices
de preços estão apresentando uma tendência de queda,
no médio e longo prazo. Em
particular, o IPCA-IBGE esta
convergindo para o centro da
meta (4,5%), segundo assinala
o Bacen, através do relatório
Focus de mercado. Informações recentes do IBGE referentes ao PIB-Produto Interno
Bruto evidenciam que a crise
financeira global contaminou,
a economia brasileira, a partir
de outubro de 2008. Ocorreu
que o PIB do quarto trimestre de 2008, em relação ao
trimestre imediatamente anterior, registrou recuo, da ordem de -3,6%, a maior queda
desse indicador, desde o início da série, em 1996. Sob a
ótica da oferta, a Indústria foi
o setor que registrou a maior
queda (-7,4%), seguida pela
Agropecuária (-0,5%) e pelos
Serviços (-0,4%). Já sob a ótica
da demanda, o Consumo das
Famílias recuou -2,0%, a Formação Bruta de Capital Fixo
caiu -9,8%, o maior recuo
desde 1996, enquanto que os
gastos de Consumo do Governo aumentaram +0,5%. As
exportações recuaram -2,9%
e as importações -8,2%.
Fonte: Banco Central do Brasil
IBGE, Fipe. FGV e DIEESE
Organização CORECON-SP
Economista Responsável: Flávio Antunes Estaiano de Rezende
[email protected] - (11) 3291-8728
Estes e outros indicadores econômicos poderm ser encontrados no site do CORECON-SP na página da Divisão Indicadores e Pesquisas
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