A G RA ND E LÍNGUA PORTUGUESA EDIÇÃO ATUALIZADA LÍNGUA PORTUGUESA MANUAL DO PROFESSOR MARIA REGINA CARVALHO DA SILVA Licenciada em Pedagogia e em Ciências Sociais pela USP; especialista em Língua Portuguesa; professora e coordenadora pedagógica em escolas da rede pública e privada. É também autora de livros de literatura destinados ao público infantil. VERA REGINA LIMA ANSON Bacharel pela USP; professora em escolas da rede pública de São Paulo, onde por mais de 20 anos dedicou-se ao trabalho de alfabetização e de leitura e escrita. 1ª· edição - São Paulo - 2011 A Grande Aventura – Língua Portuguesa – Edição atualizada © Copyright Maria Regina Carvalho da Silva e Vera Regina Lima Anson Todos os direitos reservados à EDITORA FTD S.A. Matriz: Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP CEP 01326-010 – Tel. (0-XX-11) 3598-6000 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 Internet: http://www.ftd.com.br E-mail: [email protected] Diretora editorial Silmara Sapiense Vespasiano Editora Maria Cecília Mendes de Almeida Editora assistente Daisy Silva Rosa Asmuz Assistentes de produção Ana Paula Iazzetto Lilia Pires Assistente editorial Denise Aparecida da Silva Preparadoras Adriana Rinaldi Périco Maria F. Cavallaro Revisores Aurea Maria dos Santos Gerson Antonio Sampieri Caixeiro Iracema Santos Fantaguci Lívia Perran T. Pires da Costa Renato Alberto Colombo Júnior Tatiana Sado Jaworski Coordenador de produção editorial Caio Leandro Rios Editora de arte e projeto gráfico Tania Ferreira de Abreu Capa Carlos Augusto Asanuma Ilustração de capa Glair Alonso Iconografia Pesquisadoras: Letícia Palaria Odete Ernestina Pereira Assistente: Cristina Mota Editoração eletrônica Diagramação: Claudia da Silva Herbert Tsuji da Silva Tratamento de imagens: Alceu Medeiros Eziquiel Racheti Márcio Aurélio Lopes Gerente de produção gráfica Reginaldo Soares Damasceno Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Silva, Maria Regina Carvalho da A grande aventura : língua portuguesa, 4º ano / Maria Regina Carvalho da Silva, Vera Regina Lima Anson. — 1. ed. atual. — São Paulo : FTD, 2011. Bibliografia ISBN 978-85-322-7809-8 (aluno) ISBN 978-85-322-7810-4 (professor) 1. Português (Ensino fundamental) I. Anson, Vera Regina Lima. II. Título. 11-03363 CDD-372.6 Índices para catálogo sistemático: 1. Português : Ensino fundamental 372.6 Apresentação Olá! Passamos nossa vida dentro de escolas, primeiro como alunas e, depois, como educadoras apaixonadas pelo ensinar e pelo aprender. Um dia, começamos a sentir o desejo de estar presentes em mais de uma escola... em mais de uma sala de aula..., com mais professores e alunos, compartilhando a alegria de descobrir e produzir conhecimentos. Mas... como isso seria possível? Pensamos muito e chegamos à conclusão de que, dentro de um livro, poderíamos estar em muitos lugares ao mesmo tempo. Assim, resolvemos escrever este livro e os demais da coleção. Por meio deles chegamos até você, com o convite para que nos acompanhe numa gostosa viagem pelos caminhos da linguagem. Vamos lá! As autoras Sumário Unidade 1 Risos, sorrisos e gargalhadas Lição 3 A piada • Mauricio de Sousa............................................ De olho na língua • Sinais de pontuação ! • ? / Tonicidade.......................................................................... De olho na ortografia • R / L............................................. Estação leitura • Enigma.................................................... De olho na criação de texto • Produzindo piadas........... Fernandes e Gilmar Luiz Maia Lição 2 Olívia Pirulito • Cristina Porto.......................................... 22 De olho na língua • Uso do dicionário / Classificação das palavras quanto ao número de sílabas....................... 27 De olho na ortografia • S / SS............................................ 31 Estação leitura • Abra um sorriso!..................................... 32 De olho na criação de texto • Produzindo a reprodução da história................................................................................... 33 36 42 44 46 47 Fernandes e Gilmar Fernandes e Gilmar Lição 1 Por que rimos? • Sílvia Helena Cardoso............................ 10 De olho na língua • Encontro vocálico, encontro consonantal e dígrafo / Divisão silábica............................ 13 De olho na ortografia • R / RR........................................... 16 Estação leitura • Sorrisos da natureza................................ 18 De olho na criação de texto • Divulgando informação.... 19 Unidade 2 Vida e água: tudo a ver! Lição 1 Hora do banho • Cláudio Thebas..................................... De olho na língua • Tipos de frases / Substantivo e Adjetivo............................................................................ De olho na ortografia • E / EI........................................... Estação leitura • Um mundo cheio d’água....................... De olho na criação de texto • Produzindo um folheto.... 50 55 59 61 62 66 74 77 79 80 Luiz Maia Lição 3 De malas prontas! • Revista Recreio................................. De olho na língua • Substantivo coletivo / Singular e plural................................................................................ De olho na ortografia • H / CH / LH / NH....................... Estação leitura • No fundo do mar................................... De olho na criação de texto • Produzindo informações...... Luiz Maia Lição 2 Como é a vida dos donos do mar • Mirna Feitoza........... De olho na língua • Artigo / Masculino e Feminino........ De olho na ortografia • X / CH......................................... Estação leitura • Mergulho verde...................................... De olho na criação de texto • Produzindo uma entrevista e um relato oral................................................. 84 90 95 97 98 Unidade 3 Luiz Maia Lição 1 É um graveto... É um avião?... Não... É o bicho-pau! • Revista Ciência Hoje na Escola ...................................... 102 De olho na língua • Substantivo simples e composto / Concordância nominal..................................................... 107 De olho na ortografia • L / U.......................................... 109 Estação leitura • Olho vivo!.............................................. 111 De olho na criação de texto • Produzindo um texto informativo........................................................................ 112 Lição 2 A sereia • Samir Curi Meserani....................................... 114 De olho na língua • Sinônimo e antônimo / Grau do substantivo........................................................................ 119 De olho na ortografia • S / Z em diminutivos................ 122 Estação leitura • Uma sereia brasileira............................. 124 De olho na criação de texto • Produzindo a história de um encontro fantástico............................................... 125 Ricardo Dantas Olho vivo! Luiz Maia Lição 3 Dê uma de sabido • Julieta de Godoy Ladeira.............. De olho na língua • Sinais de acentuação / Numeral ... De olho na ortografia • S / Z .......................................... Estação leitura • Olha o lixo!.......................................... De olho na criação de texto • Produzindo cartazes educativos ........................................................................ 128 133 137 139 140 Aventuras e aventureiros Lição 2 Mundo Novo • Walde-Mar de Andrade e Silva ............. 160 De olho na língua • Tempo verbal ................................. 165 De olho na ortografia • Verbos terminados em AM / ÃO .................................................................... 167 Estação leitura • Dia e noite: quem nasceu primeiro? .. 168 De olho na criação de texto • Recontando uma lenda ... 170 Lição 3 Violeta e Roxo • Eva Furnari........................................... De olho na língua • Interjeição / Pessoas do verbo ...... De olho na ortografia • Ç / SS ........................................ Estação leitura • Aventura de elefante ........................... De olho na criação de texto • Produzindo a continuação da aventura ................................................. 172 178 181 183 184 Fernandes e Gilmar Luiz Maia Lição 1 Tela D. Quixote • Armando Romanelli .......................... 144 De olho na língua • Sigla / Abreviatura / Verbo............ 147 De olho na ortografia • Sons do X ................................. 153 Estação leitura • Em busca de aventuras ....................... 154 De olho na criação de texto • Produzindo uma aventura ................................................................... 155 Fernandes e Gilmar Unidade 4 Luiz Maia Risos, sorrisos e gargalhadas unidade 1 Lição 1 Observe este painel e descubra que mensagem ele transmite. Fotos: Photodisc/Getty Images Você é uma pessoa bem-humorada? As pesquisas advertem que rir faz bem à saúde. É bom levar isso a sério. 8 DE PAPO 3. Resposta pessoal. Peça justificativa das respostas. Incentive a observação de outras fotografias legendadas em jornais, revistas e livros. Chame a atenção dos alunos para o tamanho e tipo das letras, que, geralmente, se diferenciam das do restante do texto. COM A TURMA 1. É esperada a resposta de que o painel informa sobre a importância de rir para se ter boa saúde. As fotos e a legenda confirmam essa ideia. 1. Que mensagem o painel transmite? Como você descobriu? 2. O que se destaca nas fotos? Por que você acha que há esse destaque? O que se destaca nas fotos é o fato de todas as pessoas estarem sorrindo. Com esse destaque, é possível chamar a atenção do leitor para o assunto expresso na legenda. 3. O texto que acompanha o painel de fotos facilita a compreensão da mensagem? Por quê? Luiz Maia Dentes limpinhos O texto que acompanha o painel e explica a mensagem dele chama-se legenda. As primeiras escovas de dentes surgiram na China por volta de 1498. Eram feitas de pelos de porco trançados em varinhas de bambu. Essas cerdas foram trocadas depois por pelos de cavalo [...]. A melhor solução apareceu em 1938, quando surgiram as primeiras escovas com cerdas de náilon, usadas até hoje. Revista Recreio — Pequenas grandes invenções. São Paulo, Abril, ano 4, n.o 177, 31/7/2003, p. 28. Fotos: Photodisc/Getty Images 4. Qual é o assunto da reportagem ilustrada pelo painel que você observou? O assunto é a importância do riso para se ter boa saúde. 9 Leia a reportagem para saber mais sobre esse assunto. Luiz Maia POR QUE RIMOS? Você já deu uma risadinha hoje? Aposto que sim! Todos nós rimos ou sorrimos várias vezes ao dia: para cumprimentar alguém, ao fazer ou ouvir alguma gracinha ou quando estamos brincando com um amigo. Esses exemplos mostram que o nosso riso ocorre basicamente em situações sociais, ou seja, em momentos de felicidade, prazer e brincadeiras. [...] 2 Mas não rimos somente quando estamos em grupo. Rimos também de piadas, por exemplo. [...] O senso de humor [...] envolve uma parte do cérebro chamada córtex frontal. [...] Assim, quando vemos alguma coisa engraçada, o córtex interpreta este estímulo e a partir daí aciona outras áreas do cérebro, que comandam os músculos da face, a respiração e o som do riso, entre outras reações. 3 Melhor que rir é saber que o riso faz bem à saúde. Dizem os mais velhos que “o riso é um santo remédio” e, para os cientistas, ele produz mesmo sensações de prazer e bem-estar, diminui a ansiedade, reforça o sistema de defesa do organismo, relaxa os músculos... Quer mais? Pois pesquisas mostram que crianças hospitalizadas que recebem a visita de palhaços e riem com eles permanecem menos tempo internadas do que aquelas que não têm com o que se divertir. 4 Então, ria! O riso tem o poder de melhorar as relações entre as pessoas e nos ajuda a construir um mundo mais alegre e de paz! 1 Sílvia Helena Cardoso. Por que rimos? In Ciência Hoje das Crianças, n.o 127. Rio de Janeiro, SBPC, agosto de 2002, p. 28. Sobre as mudanças que as emoções provocam em nosso semblante, leia para a turma o texto da página 19 do Apêndice das Anotações para a professora. 10 GLOSSÁRIO aciona — põe em funcionamento ansiedade — aflição, angústia estímulo — incentivo reforça — fortifica relaxa — amolece sensações — sentimentos, impressões Photodisc/Getty Images DE PAPO Resposta pessoal. Trabalhe algumas características do gênero: a reportagem é um texto informativo, escrito a partir de pesquisas e tem o objetivo de ampliar os conhecimentos dos leitores. 1.a. Aproveite para trabalhar algumas características do gênero: a reportagem é um texto informativo, escrito a partir de pesquisas sobre um assunto, e tem o objetivo de informar os leitores. COM O TEXTO 1.b. A parte do nosso corpo que comanda o riso é a parte do cérebro chamada córtex frontal. Proponha que os alunos soltem uma gargalhada e observem as próprias reações corporais que a acompanham (músculos da face, respiração, som produzido, movimentos do corpo). 1. Responda em seu caderno: a) A leitura da reportagem ampliou seu conhecimento sobre o assunto? b) Qual é a parte do nosso corpo que comanda o riso e as reações físicas que o acompanham? c) Você concorda com a afirmação de que o riso melhora as relações entre as pessoas e deixa o mundo mais alegre e em paz? Por quê? Resposta pessoal. 2. Leia. É bom levar isso a sério. Fotos: Photodisc/Getty Images ✦ Responda no caderno. a) O que você entendeu desEspera-se que observem que a sa frase? frase fora do contexto não deixa claro o que deve ser levado a sério. b) Releia, na página 8, a legenda onde essa frase apareceu. Conte o que ela quer dizer. c) Que outro título você daria à reportagem Por que rimos? Escreva-o no caderno e depois conte para a turma. Resposta pessoal. A atribuição de um outro título incentiva a seleção das questões mais importantes do texto. 2b. A frase diz que é importante acreditar que rir faz bem à saúde, pois pesquisas comprovam a afirmação. Chame a atenção para o fato de que a explicação se encontra na frase anterior. 11 Fotos: Photodisc/Getty Images 3. Copie a frase do quadro abaixo e complete-a com as informações que a reportagem apresentou. As pesquisas dos cientistas comprovam que é verdadeira a afirmação de que “o riso é um santo remédio”, porque ¨. a) os palhaços têm mais saúde do que as crianças. x b) as crianças doentes que se divertem recuperam a saúde com mais rapidez. x c) rir melhora o sistema de defesa do organismo contra as doenças. d) o negócio é não ter diversão e levar a vida a sério. Pela primeira vez, pesquisa comprova que bom humor evita problemas cardíacos. O Estado de S. Paulo, 16/11/2000. 4. Escreva, em folha avulsa, uma lista de motivos para fazer as pessoas rirem. Troque sua lista com a de um colega e observe se as opiniões são semelhantes. 12 Resposta pessoal. Fernandes e Gilmar Para o coração, rir é mesmo o melhor remédio 1.o b) em que situações sociais o riso acontece. 3.o c) qual é a relação entre o bom humor e a boa saúde. 4.o d) sobre a função do riso nas relações entre as pessoas. DE OLHO Fernandes e Gilmar Receita de espantar a tristeza Faça uma careta e mande a tristeza pra longe pro outro lado do mar ou da lua [...] depois estique os braços apanhe a primeira estrela e procure o melhor amigo para um longo e apertado abraço Roseana Murray. Receitas de olhar. São Paulo, FTD, 1997, p. 42. NA LÍNGUA Encontro vocálico, encontro consonantal e dígrafo • Divisão silábica Fernandes e Gilmar 2.o 5. Indique o número do parágrafo da reportagem que informa: a) como o corpo humano produz o sorriso. 1. Copie a adivinha e complete-a com a resposta que você vai descobrir. Quando é que o sapato ri? Quando ele acha ¨. ✦ Escreva, no caderno, as letras solicitadas para conferir sua resposta. consoante de água consoante de rio vogal de banana consoante de xexéu vogal de laranja g r a x a 13 2. Conheça a história de um personagem do folclore brasileiro. Fernandes e Gilmar Pedro Malazarte comprou uma panelinha nova para cozinhar quando viajasse. Na primeira viagem que fez levou a panelinha e estava preparando seu almoço, já abrindo a fervura, quando ouviu o tropel de um comboio que carregava algodão. Mais que depressa cavou um buraco, colocou todas as brasas e tições, cobrindo de areia, e pôs a panela por cima, fervendo. Os comboieiros que iam passando ficaram admirados de ver uma panela ferver sem haver fogo. Pararam, discutiram e perguntaram se Malazarte a queria vender por bom dinheiro. O sabidão fez-se de muito rogado, dizendo ter adquirido aquele objeto em terras distantes, mas terminou vendendo a panelinha. Os comboieiros seguiram jornada, muito satisfeitos da compra que no outro dia verificaram ser mais um logro do endiabrado rapaz. GLOSSÁRIO Luís da Câmara Cascudo. Contos tradicionais do Brasil, 12a. ed. São Paulo, Global, 2003, p. 126. Mostre algumas diferenças entre esse gênero, narrativa ficcional, e o informativo (reportagem): enquanto um é escrito com apoio no imaginário e tem o objetivo de entreter o leitor, o outro busca relatar fatos reais. Espera-se que os alunos concluam que Pedro Malazarte tinha a intenção de levar vantagem enganando os comboieiros. Ele atingiu seu objetivo. Socialize as respostas e oriente uma reflexão sobre atitudes que visam a obtenção de vantagens pelo desrespeito aos direitos de outros. Chame a atenção para as palavras “sabidão” e “endiabrado” e questione seus significados na qualificação de Malazarte. 14 logro — engano proposital ✦ Responda: Qual era a intenção de Pedro Malazarte ao esconder o fogo que fazia ferver a panelinha? Ele atingiu seu objetivo? 3. Leia. Pedro Malazarte, o sabidão, logrou os trabalhadores com sua panelinha. ✦ Agora copie as palavras da frase que apresentam: a) vogais seguidas. sabidão — logrou — sua b) consoantes seguidas. Pedro Malazarte — logrou — trabalhadores — panelinha 4. Nas palavras que você copiou na atividade anterior, é possível perceber o som das vogais que aparecem juntas? E das consoantes? 4. Atividade oral. Espera-se que os alunos concluam que os sons de todas as Peça que os alunos identifiquem os encontros vocálicos e consonantais e os dígrafos das palavras vogais podem ser copiadas. ouvidos. Entre as Dois ou mais Dois ou mais sons consoantes são ouvidos os sons de D sons vocálicos seguidos, consonantais seguidos, e R e R e T (Pedro na mesma palavra, formam Malazarte), G e R na mesma palavra, formam (logrou) e T e R um encontro vocálico. um encontro consonantal. (trabalhadores); não são ouvidos os sons de L e H 5. Na conferência coletiva desafie os alunos a (trabalhadores) e de N Duas letras seguidas buscarem os dígrafos formados por consoante e vogal e H (panelinha). (seguiram) e qu (que), e o confronto com a palavra Escreva, na lousa, que produzem um único som gu quando (1.a frase do texto), em que a letra u estas últimas palavras pronunciada não forma dígrafo. Peça a turma que formam um dígrafo. busque outros dígrafos no texto, para ampliação do sem a letra H, para repertório (cozinhar, viajasse, carregava, depressa, que observem como passando, queria, dinheiro, adquirido, aquele, terras). essa letra modifica o som das letras L e N. 5. Copie as palavras da última frase do texto Pedro Malazarte, agrupando-as de acordo com as indicações a seguir. Depois da cópia, peça que circulem, em cada palavra, os encontros vocálicos e consonantais e os dígrafos. encontro vocálico comboieiros/muito/satisfeitos/outro/ dia/mais/endiabrado encontro consonantal jornada/satisfeitos/compra/outro/logro/ endiabrado dígrafo seguiram/que 6. Leia prestando especial atenção às palavras que aparecem separadas em sílabas, no final de algumas linhas. Fernandes e Gilmar Conheci certo dia uma menina muito bonita. Mas ela era tão mal-humorada, mas tão mal-humorada que não sabia nem brincar. Vivia resmungando, e resmungava tanto que acabou esquecendo como se faz para sorrir. Seus olhinhos eram lindos e redondos, mas não brilhavam, tinham um eterno ar de tristeza. As palavras que sempre costumava dizer eram: — Não gostoooo! Não queroooo! Não seiiii! Não olhaaaa! Ela falava de uma maneira tão preguiçosa que as letras pareciam se esticar e não formavam as palavras direito. Seu nome? Na verdade, não sei! Todos só a conheciam por Não Gosto [...]. Novamente incentive Luciana Savaget. Não gosto, não quero. © by Luciana Savaget. a distinção dos Rio de Janeiro, Ediouro, 1996. gêneros: pergunte se esse texto relata ou narra fatos ao leitor ✦ Escreva por inteiro as palavras que, no texto, aparecem sepa(essa é uma narrativa).radas em sílabas. b) Resposta pessoal em que ✦ Responda: é esperada a a) Por que algumas palavras foram escritas separadas em sílabas, ligação com o tema do texto no texto? inicial sobre a Porque elas não couberam por inteiro na linha. importância do bom humor. b) Que conselho você daria a essa menina mal-humorada? 15 7. Copie as palavras a seguir e separe-as em sílabas de todas as formas possíveis para um final de linha. bri-lhavam; brilha-vam/ pregui-çosa; preguiço-sa; pre-guiçosa/ res-mungava; resmun-gava; resmunga-va brilhavam DE OLHO preguiçosa resmungava NA ORTOGRAFIA R / RR 1. Leia. Tombo A rua ri de meu tombo. Henrique ri que se rola. Luiz Maia João se rola de rir. Levanto meio sem jeito e rio riso sem graça, enquanto de tanto riso se sacode toda a praça! Maria Dinorah. Cantiga de estrela. Porto Alegre, Mercado Aberto, 1984. ✦ Responda: a) Qual é a sua reação ao ver alguém levar um tombo? Luiz Maia Resposta pessoal. b) Qual o nome que se dá para o riso sem graça? Oriente os alunos a encontrarem a resposta na figura ao lado. 16 sorriso amarelo 2. Copie a expressão que você descobriu na atividade anterior e o primeiro nome de menino que aparece no poema. sorriso amarelo; Henrique ✦ Com a turma, compare o som da letra R nessas palavras. Depois, no caderno, escreva a conclusão a que chegaram sobre o som dessa letra. Oriente a observação. Espera-se que os alunos concluam que o R tem som forte quando duplo entre vogais ou único após consoante; e tem som brando quando está entre vogais. 3. Leia. espora arremesso gerente honraria irritante arado Conrado genro enrugado pintura enrolado charrete ✦ Agora encare o desafio! a) Escreva as palavras acima no grupo ao qual pertencem, de acordo com o som do R. SORRISO arremesso/irritante/ charrete AMARELO espora/pintura/gerente/arado/ honraria b) Justifique a formação de cada grupo. HENRIQUE honraria/Conrado/genro/ enrolado/enrugado Sorriso agrupa as palavras com R duplo entre vogais (som forte); amarelo agrupa as palavras com R entre vogais (som fraco); Henrique agrupa as palavras com R após consoante (som forte). c) Escreva uma frase usando a maior quantidade possível de palavras do quadro. Resposta pessoal. 4. Observe o exemplo e faça o mesmo com as palavras a seguir. moro morro corra cora Espera-se que concluam que ao mudar a ortografia mudou também o significado das palavras. carro careta murro caro carreta muro ✦ Agora, com os colegas e professora, discuta o que aconteceu com o significado das palavras ao mudar a ortografia. 17 18 Digital Vision/Getty Images Gary Vestal/Photographer’s Choice/Getty Images Brad Wilson/The Image Bank/Getty Images Michio Ivan Zigg Sorrisos da natureza De Olho na criação de texto Divulgando informação Com antecedência, procure o Posto de Saúde do bairro onde fica a escola e verifique a possibilidade de haver distribuição dos folhetos. Caso não seja possível, escolha outro local público de fácil acesso. Quanto mais gente souber da importância do bom humor, melhor será a vida de todos. Que tal divulgar essa informação produzindo folhetos para distribuir às pessoas da sua comunidade? Com a turma Oriente a observação: textos curtos com figuras pertinentes e de fácil leitura; os tipos e tamanhos de letras, distribuição espacial, cores etc. Coletivamente, peça sugestões de imagens que possam ser recortadas e/ou montadas, para ampliar o repertório de busca e evitar apenas reproduções da fotografia que inicia a lição. deral Fe overno deral aúde, G e verno F de, Go o da S inistéri is Folheto do M do Min Folheto ✦ Relembre com os colegas e a professora os benefícios que o bom humor traz às pessoas e à sociedade e imagine alguns bons motivos para rir. ✦ Participe da elaboração, na lousa, de duas listas: uma de benefícios que o riso traz e outra de motivos para rir. Elabore seu folheto Escolha o tamanho do papel de acordo com as criações dos alunos, ou defina antes as dimensões do folheto. Oriente a distribuição espacial de imagem e texto. Saú tério da e São stado d rno do E e, Gove d aú S a od e Estad etaria d da Secr Cartilha Paulo ✦ Converse sobre os folhetos que irão criar. Veja alguns exemplos. Oriente a escolha de poucas informações. ✦ Observe as listas e escolha as informações que constarão do seu folheto. ✦ Crie imagens para o texto que você escolheu para o folheto. Use recorte e colagem, desenho, pintura ou mistura de técnicas. 19 Uma folha de papel sulfite dobrada ao meio pode ser suficiente para a montagem do folheto, uma vez que o texto dos alunos será um resumo das principais ideias sobre o assunto. Lembre aos alunos que essa escrita deve ser feita com letra menor e diferente da que será usada no restante do texto. ✦ Monte a figura em uma folha avulsa e, depois de conferi-la com alguns colegas, recorte-a e cole-a no papel que a professora entregar. Reserve um espaço para a escrita do texto. ✦ Escreva uma legenda para a figura formada. Lembre-se do que você aprendeu sobre legendas! ✦ Escreva a legenda usando o tipo de letra que julgar mais adequado. Oriente a releitura dos textos informativos da lição e chame a atenção para o fato de que a escrita proposta pede a mesma estrutura daqueles textos. Proponha um resumo, na lousa, das principais ideias. Se julgar conveniente, peça que façam primeiro um rascunho. ✦ Escreva um texto informativo sobre a importância do bom humor. Esse texto deverá apresentar a seguinte sequência: a) Uma afirmação de que rir é importante; b) Informações que justifiquem essa afirmação; c) Sugestões de como despertar o bom humor; d) Uma conclusão que estimule o leitor a pôr em prática as informações recebidas. Conferindo os resultados ✦ Observe os folhetos criados pelos colegas e verifique se: • estimulam a curiosidade do leitor; • o texto resume o assunto; Pendure as folhas em um varal feito com barbante para que sejam visualizadas. 20 • as imagens têm relação com os textos; • a disposição espacial facilita a leitura. Combine com a turma e a professora a forma de distribuição dos folhetos e, se possível, ouça as opiniões dos leitores sobre ele. Brincadeira Mensageiro da alegria Escolha um parceiro para brincar. Tire par ou ímpar para decidir quem iniciará o jogo e siga as instruções: ✦ Sentem-se um de frente para o outro. ✦ Cada um, na sua vez, em silêncio, olha para o outro, faz caretas, poses engraçadas e o que mais imaginar, durante um tempo previamente combinado. ✦ Quem conseguir fazer o colega gargalhar será o vencedor da dupla. Janjão e Miriam ✦ Os vencedores das duplas formam novos pares e continuam o jogo até que se chegue ao vencedor da turma, que receberá o título de Mensageiro da alegria. 21 Lição 2 O que faz você perder o bom humor? Por quê? Leia o texto para os alunos com paradas para que eles antecipem o conteúdo por meio de respostas às perguntas dos parágrafos 1o., 3o., 9o. e 11o.. Saliente que a antecipação de conteúdo não tem o caráter de adivinhação, mas sim de formulação de possibilidades lógicas de continuidade da história. Nesse momento também será trabalhada a interlocução autor-leitor. Olívia Pirulito Ilustrações: Fernandes e Gilmar Conheça uma pessoa que, como todo mundo, certa vez perdeu o bom humor. Na leitura do texto, você vai descobrir como a personagem deu a volta por cima e conseguiu recuperá-lo. O que é que a gente sente quando está andando pela rua, feliz da vida, com um sorvetão na mão, num daqueles dias de calor, e, de repente, dá uma topada, leva um tropeção, perde o sorvete para não perder completamente o equilíbrio, vai pra frente e pra trás, quase cai, mas não cai, não fosse aquele poste ou tronco de árvore providencial? 2 Dor no dedão, no mínimo, ou no tornozelo, se torceu o pé, sensação de corpo em pé e cara no chão, vergonha do mau jeito... 3 Mas, e se você, depois de ter conseguido a duras penas se endireitar, resolve seguir seu caminho e começa a ouvir, daqui e dali, umas risadinhas contidas? 4 Ah, aí não dá pra segurar! Aquela coisa quente e vermelha parece que começa a sair de dentro da sua barriga, enche seu corpo, sobe até a cabeça e toma conta de você. 1 22 E quando algum engraçadinho metido a besta põe um apelido odioso em você, e esse apelido acaba pegando, assim, da noite pro dia? 6 Olívia Pirulito, pode? Só porque cresci meio rápido e fiquei mais magra, já ligaram com Palito, da Olívia do Popeye. E Pirulito, eu soube depois, porque resolvi pedir pra Eneida, minha melhor amiga, que aparasse só as pontinhas do meu cabelo, mas ela exagerou um pouco e ficou aquele corte “tigela”, armado pros lados. 7 Se você tem um problema desses, deve imaginar o que a gente sente a cada vez que ouve uma voz esganiçada chamando você pelo apelido, não imagina? E se, depois de tudo, ainda escuta uns risinhos sufocados vindos de todos os cantos, ah, o sangue ferve nas veias e deve sair fumacinha pelos sete buracos que a gente tem na cabeça, não deve? [...] 8 Olívia Pirulito sou eu. Que até espinafre resolvi comer para ver se engordava um pouquinho, mas não adiantou nada. Que até passei brilhantina (um tipo de gel) do meu pai no cabelo pra ver se murchava um pouco. Também não adiantou. Depois que secou, além de armado, o cabelo ficou todinho espetado! 9 Sabe quando foi que me conformei? Quando me olhei no espelho, um belo dia, de corpo inteiro, de cima pra baixo e de baixo pra cima, bem devagar, pra admirar minha camisola comprida, nova, e minhas pantufas novas também, e me achei sabe com cara do quê? De cotonete! 5 Ilustrações: Fernandes e Gilmar P.S.1: O que você faria pra raiva passar, no caso da topada com o sorvete na mão? Eu tive depois uma reação que até me assustou. Berrei, gritei, sapateei e atirei longe o sorvete, que já estava derretendo e melando toda a minha mão. Mas foi bom, porque, pelo menos, a raiva foi embora com os gritos e o sorvete. 23 Já pensou se, em vez de Olívia Pirulito, meu apelido fosse Olívia Cotonete? Que horror, meu Deus! 11 Sabe o que foi que eu fiz no dia seguinte? Pedi uma mesada adiantada, comprei uma porção de pirulitos e, com o maior dos sorrisos e das delicadezas, enchi a boca daqueles que começaram a me chamar por aquele apelido. 12 Resolvi o caso da noite pro dia! Na base da pirulitada! E, por incrível que pareça, toda a raiva acumulada passou na mesma hora. 13 O pior de tudo você não imagina: só então eu descobri que, de tão acostumada com o apelido, eu até já gostava, e muito, dele! [...] Fernandes e Gilmar 10 GLOSSÁRIO Retome a questão do gênero textual. Pergunte Cristina Porto. Olívia Pirulito. se já viram acontecer situações em que pessoas São Paulo, FTD, 1996. se sentem incomodadas com os apelidos. Provavelmente dirão que sim. Questione se, então, o texto é informativo e oriente a conclusão de que é ficcional, embora inspirado em fatos que acontecem na realidade. contidas — reprimidas esganiçada — estridente pantufas — chinelos que servem para aquecer os pés DE PAPO COM A TURMA 1. No texto, quem perdeu o bom humor? Por que isso aconteceu? Quem perdeu o bom humor foi uma menina chamada Olívia. Isso aconteceu quando ela levou um tropeção, quase caiu com um sorvete na mão e os colegas riram dela, e quando era chamada por um apelido do qual não gostava. 2. O que ela fez para recuperar o bom humor? Depois do tropeção, ela berrou, gritou, sapateou e atirou longe o sorvete. A raiva, então, foi embora. Quanto ao apelido, ela recuperou o bom humor quando descobriu que seria pior se a chamassem de Olívia Cotonete e, com sorrisos e delicadezas, distribuiu pirulitos aos colegas. 3. Em sua opinião, ser apelidada de Cotonete é melhor do que ser apelidada de Pirulito? Por quê? Resposta pessoal. 24 Apelidos são comuns e bastante usados no dia a dia, inclusive na internet. Para incentivar a reflexão dos alunos sobre apelidos, leia para eles os textos das páginas 20 e 21 do Apêndice das Anotações para a professora. DE PAPO COM O TEXTO 1. Escreva as informações sobre o texto lido: 2.b. Quem narra a história dessa personagem é a própria Olívia. Espera-se que a) título apontem o fato de a personagem contar coisas que aconteceram com ela mesma, isto Olívia Pirulito b) autor Cristina Porto 2.d. Essa pergunta é feita para o leitor do texto. Leia para a turma o primeiro parágrafo do texto no ritmo que a ele é dado pelas vírgulas, sugerindo um desabafo da narradora frente à situação enfrentada. Dessa forma, os alunos observarão uma característica da linguagem escrita e a interlocução entre a narradora da história e o leitor. é, que a narração é feita em 1.ª pessoa. Peça que localizem os trechos onde perceberam claramente Olívia falando de si mesma, por exemplo: “Olívia Pirulito sou eu”; “Só porque cresci meio rápido e fiquei mais magra...”; “eu soube depois, porque resolvi...”; “Eu tive depois uma reação que até me assustou. Berrei, gritei, sapateei e atirei longe o sorvete, que já estava derretendo e melando toda a minha mão.” Além disso, o modo de escrita do texto, descontraído e com uso de expressões da variedade oral da língua, também é uma forma de caracterizar do narrador. 2. Responda: a) Quem é a personagem principal da história? A personagem principal da história é Olívia Pirulito. b) Quem conta a história dessa personagem? Como você descobriu? c) Quem conta a história é a mesma pessoa que a escreveu? Não, quem conta a história é Olívia e quem a escreveu foi Cristina Porto. d) Para quem é feita a pergunta que inicia a história? Autor é quem cria e escreve uma história. Narrador é quem conta a história no texto escrito pelo autor. conferência coletiva e peça a justificativa das mudanças feitas. 3. Releia a narração feita por Olívia no sexto parágrafo do texto. a) Copie esse parágrafo como se fosse você o narrador da história. b) Compare as duas formas de escrita e, no seu caderno, sublinhe as palavras que foram modificadas no parágrafo que você copiou. O narrador de uma história pode, ou não, ser personagem dela. Fernandes e Gilmar 3. a. Olívia Pirulito, pode? Só porque cresceu meio rápido e ficou mais magra, já ligaram com Palito, da Olívia do Popeye. E Pirulito, ela soube depois, porque resolveu pedir pra Eneida, sua melhor amiga, que aparasse só as pontinhas do seu cabelo, mas ela exagerou um pouco e ficou aquele corte “tigela”, armado pros lados. 3. b. Faça a 25 25 4. a. “Dor no 4. Copie as frases substituindo as palavras ou expressões desdedão, no mínimo, ou no tornozelo, tacadas pelas que aparecem no texto Olívia Pirulito. se torceu o pé, sensação de corpo em pé e cara no a) Dor no dedão, no mínimo, ou no tornozelo, se torceu chão, vergonha do o pé, sensação de corpo em pé e vergonha, vergonha do mau jeito...” 4. b. “Mas, e se você, depois de ter conseguido a duras penas se endireitar, resolve seguir seu caminho b) e começa a ouvir, daqui e dali, umas risadinhas contidas?” 4. c. “E quando algum engraçadinho metido a besta põe um apelido odioso em você, e esse apelido acaba pegando, assim, da noite pro dia?” 4. d. “E se, depois de tudo, ainda escuta uns risinhos sufocados vindos de todos os cantos, ah, o sangue ferve nas veias [...].” mau jeito... Mas, e se você, depois de ter conseguido com muito esforço se endireitar, resolve seguir seu caminho e começa a ouvir, daqui e dali, umas risadinhas contidas? c) E quando algum engraçadinho intrometido põe um apelido odioso em você, e esse apelido acaba pegando, assim, rapidamente? d) E se, depois de tudo, ainda escuta uns risinhos sufocados vindos de todos os cantos, ah, a raiva cresce [...]. Proponha nova leitura do texto substituindo as expressões populares que nele aparecem por palavras usadas de acordo com as normas urbanas de prestígio e peça que opinem sobre qual das formas torna o texto mais atraente. O objetivo é que os alunos observem situações em que o uso da linguagem coloquial é mais adequado ao texto. 5. Releia este trecho. Fernandes e Gilmar “E se, depois de tudo, ainda escuta uns risinhos sufocados vindos de todos os cantos, ah, o sangue ferve nas veias e deve sair fumacinha pelos sete buracos que a gente tem na cabeça, não deve?” ✦ Responda: a) Quais são os buracos de que fala a expressão destacada? 5. a. Os sete buracos que a gente tem na cabeça são os dois olhos, as duas narinas, a boca e as duas orelhas. b) Em sua opinião, eles realmente soltam fumaça? Resposta pessoal. c) Qual é a expressão popular que aparece nessa frase? O que ela significa? A expressão é “o sangue ferve nas veias” e significa que a pessoa está muito nervosa, com muita raiva. d) De quem são os risos sufocados mencionados nesse trecho? Em sua opinião, por que eles riem dessa forma? Os risos sufocados mencionados são dos colegas de escola de Olívia. Resposta pessoal. 26 6. Resposta 6. Responda à pergunta que Olívia faz ao leitor no P.S.1. pessoal. Ajude os alunos a localizarem o 7. Escreva e justifique suas opiniões. P.S.1, explorando seu significado e a) Por que essa história faz parte da unidade Risos, sorrisos e para que serve: gargalhadas? abreviatura de Resposta pessoal. postscriptum (pós-escrito) b) O painel de sorrisos da primeira lição desta unidade poderia usada para acrescentar algo acompanhar a história Olívia Pirulito? após a escrita do Resposta pessoal. texto. O número Aceite as respostas, desde que lógicas. 1 indica que, no restante do livro, 8. O texto descreve como Olívia ficava quando estava com raiva. aparecerão outros Em uma folha avulsa, desenhe como você fica: P.S. a) quando está com raiva; b) quando soluciona um problema. Resposta pessoal. ✦ Exponha seu trabalho no mural da sala. O objetivo da proposta é levar os alunos a perceberem que as características podem ser observadas tanto no texto verbal quanto no texto não verbal. DE OLHO NA LÍNGUA Uso do dicionário • Classificação das palavras quanto ao número de sílabas Fernandes e Gilmar 1. Leia os apelidos que Olívia poderia ter. Pirulito Palito Cotonete ✦ Organize esses nomes em um Apelidário, ou seja, em um Dicionário de apelidos. Acrescente outros apelidos que você conheça. 2. a. Lista de chamada da turma; lista telefônica; Em decorrência de conhecimentos prévios e da ligação estabelecida com a palavra dicionário, espera-se agenda telefônica; que entre as respostas surja a da organização pelo critério da ordem alfabética: Cotonete, Palito, Pirulito. enciclopédia; catálogos de objetos diversos; estantes de farmácia, livros, CDs, DVDs etc. Se possível, oriente a confecção e organização da agenda de endereços da turma. 2. Responda: a) Além dos dicionários, onde as palavras costumam ser organizadas de acordo com a ordem alfabética? b) Qual é o motivo para se usar a ordem alfabética como forma de organização? Espera-se que os alunos concluam que o motivo é facilitar a busca de palavras ou materiais. 27 3. Observe esta página de dicionário. Silveira Bueno. Minidicionário da língua portuguesa. São Paulo, FTD, 2007. 28 Cada palavra que aparece no dicionário, acompanhada de seus significados, é chamada verbete. ✦ Responda. a) Que palavras aparecem no alto da página do dicionário? Para que elas servem? b) Quais os significados dessas palavras? Peça a turma que leia os significados e os explique. Estimule a busca, em dicionário disponível na sala, do termo alçaprema (alavanca para mover pesos), a fim de que o significado possa ser compreendido com clareza. 4. Leia. Fernandes e Gilmar 3.a. As palavras que aparecem em destaque no alto da página são alçapremar e alegação. Elas indicam que na página estão as palavras que, na ordem alfabética, se localizam entre alçapremar e alegação (primeiro e último verbetes da página). A origem de alguns sobrenomes brasileiros está nas alcunhas que eram atribuídas às pessoas para identificá-las, que acabaram se unindo aos nomes, formando os sobrenomes. Fonte de consulta: Ciência Hoje das Crianças, n.o 136. 4.a. Se Rio de Janeiro, SBPC, junho de 2003. necessário, oriente a observação da a) Localize, na página de dicionário da atividade 3, a palavra desordem alfabética tacada na frase do texto acima. das letras subsequentes à primeira. Para b) Escreva a frase no caderno substituindo essa palavra por outra exercitar essa habilidade, peça de mesmo significado. que escolham e A origem de alguns sobrenomes brasileiros está nos apelidos que eram atribuídos... escrevam outra palavra da página do dicionário e a 5. Volte a observar os verbetes da página de dicionário e responda: anterior a ela, e Que palavra aparece no final de cada um deles? Como está marquem a letra a partir da qual elas escrita? se distinguem. 5. A palavra que aparece no final dos verbetes é a mesma do início e está separada em sílabas. Se possível, explore a consulta a um dicionário virtual. ✦ Copie, da mesma página de dicionário, por inteiro e separada em sílabas, uma palavra com: a) duas sílabas. b) três sílabas. c) quatro sílabas ou mais. Resposta pessoal. 29 6. Leia. Conforme o número de sílabas, as palavras se classificam em: monossílabas, dissílabas, trissílabas ou polissílabas. ✦ Escreva o número de sílabas que devem ter as palavras que correspondem à classificação acima. Se precisar, consulte o dicionário. 7. Conheça o significado de alguns nomes de pessoas. Fernandes e Gilmar 6. Monossílabas: uma sílaba; dissílabas: duas sílabas; trissílabas: três sílabas; polissílabas: quatro ou mais sílabas. Auxilie as descobertas pela associação a outras palavras formadas com os mesmos prefixos (monóculo, diálogo, tricampeão, poliglota), antes da busca de significados no dicionário. Oriente a conferência coletiva, antes da realização da próxima etapa. Ada feliz Conrado conselheiro prudente Guaraciaba cabelos de sol Ibiajara cavaleiro do planalto Ferdinando valente em tempo de paz Jandira abelha de mel Zuleica estrela de ouro ✦ Agora que você conheceu o significado dos nomes, copie duas palavras do quadro que sejam: a) monossílabas. possibilidades: de, em, paz, sol, do, mel b) dissílabas. possibilidades: Ada, feliz, tempo, ouro c) trissílabas. possibilidades: Conrado, prudente, valente, cabelos, planalto, Jandira, abelha, Zuleica, estrela d) polissílabas. possibilidades: conselheiro, Ferdinando, Guaraciaba, Ibiajara, cavaleiro ✦ Faça uma pesquisa sobre o significado do seu nome. 30 DE OLHO NA ORTOGRAFIA S / SS 1. Leia. Você já experimentou a sensação de corpo em pé e cara no chão, tendo a impressão de que iria desabar e levar o maior tombo? Ilustrações: Fernandes e Gilmar a) Copie em seu caderno as palavras do quadro que contenham a letra S. sensação — desabar — impressão b) Compare as palavras e responda: Qual o som da letra S em cada uma delas? Nas palavras sensação e impressão, o S tem o som de S; na palavra desabar, tem o som de Z. c) Explique por que a mesma letra apresenta sons diferentes. Espera-se o levantamento de hipóteses a serem confirmadas na atividade seguinte. Não interfira nesse momento. 2. Copie os versos e complete as palavras com S ou SS. saíram, passear, cansada, sentar/ sofá, repousar/ se, sentou, Popeye e Olívia pensando, assento, desabou ¨aíram pra pa¨ear. Ela voltou can¨ada mas não tinha onde ¨entar. Popeye foi à feira pen¨ando o que comprar. Comprou um ¨ofá novo pra amada repou¨ar. 2. a. O objetivo é a confirmação das hipóteses levantadas na atividade anterior. A Olívia ¨e ¨entou, o a¨ento de¨abou. Coitada da Olívia, foi parar no corredor. a) Observe a letra S nas palavras completadas e agrupe-as de acordo com a semelhança de som e escrita que apresentam com: sensação saíram /cansada/sentar/ pensando/sofá/se/sentou impressão assento/passear desabar repousar/desabou b) Com a turma, confira suas respostas e escreva as conclusões sobre o uso do S e do SS. Auxilie a conferência das respostas e oriente uma redação coletiva das descobertas que, espera-se, apontem que o som de S ocorre no início da palavra, depois de consoante, ou no duplo S entre vogais; e o som de Z, no S entre vogais. 31 Michio Abra um sorriso! Lembra quando caiu seu primeiro dente de leite? Quase sempre levamos um susto na hora em que isso acontece, mas depois nasce outro novo e maior. Na verdade a história dos dentes começa muito antes. Os primeiros dentes se formam quando o bebê está na barriga da mãe e ficam esperando a hora de aparecer. Surgem aos 6 ou 7 meses, quando temos de morder os alimentos. Depois vão aparecendo outros e, até os 3 anos, temos os 20 dentes de leite, pequenos e branquinhos. Além de servir para mastigar, ajudam a sorrir e a falar, pois pronunciamos várias letras apoiando a língua nos dentes. Em torno dos 4 anos, o organismo começa a reabsorver as raízes dos dentes de leite. Um a um, eles vão caindo para dar espaço para os 32 dentes permanentes, que são para toda a vida. Por isso, esqueça aquela preguiça de escovar os dentes antes de dormir e cuide bem do seu sorriso. Denise Nascimento Revista Recreio — Ciência, ano 3, n.o 150. São Paulo, Abril, 23 de janeiro de 2003, p. 20. 32 De Olho na criação de texto Produzindo a reprodução da história Olívia Pirulito contou como perdeu e recuperou o bom humor. Agora você vai ser o narrador que irá recontar a história que Olívia Pirulito contou e montar um livro, para emprestá-lo a outra turma da escola. Você também será o ilustrador que vai criar imagens alegres e bem-humoradas para a história. Dessa forma, observando o exemplo da personagem, os leitores perceberão que é possível (e faz muito bem) controlar o mau humor. perder o bom humor Levar um tropeção com um sorvete na mão e ouvir os amigos rirem dela. Ser chamada de Olívia Pirulito. recuperar o bom humor Berrar, gritar, sapatear e atirar longe o sorvete. Descobrir que seria pior se o apelido fosse Olívia Cotonete. Distribuir pirulito aos que a chamavam de Olívia Pirulito. Com a turma ✦ Relembre a história Olívia Pirulito e faça um resumo das ações da personagem nas duas situações em que ela perdeu e recuperou o bom humor: Conduza esta etapa na lousa, construindo com a turma o roteiro da escrita. Ações que levaram Olívia a perder o bom humor recuperar o bom humor Agora é com você ✦ Em folha avulsa, escreva o rascunho da história, começando assim: Esta é Olívia, uma menina igual a muitas outras que existem por aí. Atenção! Você vai narrar a história, mas não é personagem dela. 33 O objetivo é o resgate da mensagem da história Olívia Pirulito (superação das adversidades) e a ligação com a da reportagem da lição 1 (rir faz bem à saúde e às relações pessoais). Com a história de Olívia eu aprendi ¨. ✦ Leia sua história para um colega e, junto com ele e a professora, faça a revisão do texto. ✦ Passe a limpo e ilustre a história para montar o livro, sob a orientação da professora. Participe de uma roda de leitura dos livros da turma e combine a entrega dos exemplares à turma escolhida para conhecê-lo. Depois, procure saber a opinião dos leitores sobre os livros e o que eles aprenderam com o exemplo de Olívia. Janjão e Miriam Auxilie a revisão com perguntas: A história começa com a descrição de Olívia? Nela, os leitores compreenderão quem era a personagem? Os acontecimentos que fizeram a personagem perder e recuperar o bom humor estão bem explicados? O autor contou a história sem se tornar personagem dela? No final ele conta o que aprendeu com a história? A escrita está organizada em parágrafos e frases com sentido? Realize a correção ortográfica, já que haverá leitores fora do grupo-classe. ✦ Ao final do texto, copie e complete esta frase: 34 Brincadeira Bonequinha... mesmo! Que tal construir uma bonequinha que represente a Olívia Cotonete tal como você a imagina? Providencie o material e mãos à obra! Material • Palitos de fósforo, de dente, ou cotonetes • 1 pedaço de papelão, no tamanho de uma folha de caderno • Massa de modelar • Sucata pequenina para os detalhes • Cola Modo de fazer 1. Cole os palitos no papelão, formando o corpo da Olívia. UM 3. Complete o que for necessário com a colagem da sucata. Exponha e aprecie as criações da turma. A Janjão e Miriam 2. Use a massa de modelar para fazer o rosto e as roupas. IDEIA A bonequinha pode ser aplicada na capa do livro preparado na seção De olho na criação de texto. 35 Lição 3 Você gosta de ouvir e contar piadas? © Mauricio de Sousa Produções Ltda. O Cebolinha gostou tanto de uma piada que ouviu, que resolveu contá-la aos amigos. Leia os quadrinhos para saber o que eles acharam dela. 36 37 © Mauricio de Sousa Produções Ltda. 38 © Mauricio de Sousa Produções Ltda. 39 © Mauricio de Sousa Produções Ltda. © Mauricio de Sousa Produções Ltda. Mauricio de Sousa. Almanaque do Cebolinha, n.o 40. São Paulo, Globo. Nas histórias em quadrinhos a impressão é que os personagens conversam diretamente uns com os outros. A narrativa utiliza o discurso direto da linguagem oral, acompanhado de recursos gráficos visuais que reproduzem gestos e movimentos usados durante a fala. Durante a lição, coordene essas descobertas. 1. Os amigos do Cebolinha não gostaram da piada, porque não a entenderam como piada: o Cascão achou que era um problema de aritmética (matemática) e a Mônica achou que ele havia atirado de verdade no passarinho. Qual é a graça? Nem todo mundo acha graça nas mesmas coisas. Você pode rolar de rir com um desenho que seu irmão acha chato. É que cada pessoa tem seu humor. Isso varia de pessoa para pessoa e também de grupo para grupo. [...] Assim, uma piada pode fazer o maior sucesso no Amazonas, por exemplo, e não provocar nenhum riso em Minas Gerais. É que ser engraçado, ou não, depende da história e da cultura de cada um. [...] Revista Recreio, ano 4, n.o 208. São Paulo, Abril, 4 de março de 2004. 40 DE PAPO COM A TURMA 1. Os amigos do Cebolinha gostaram da piada? Por quê? 2. E você? O que achou da piada e da história? Resposta pessoal. 3. Já aconteceu de você contar uma piada e ninguém rir? Qual foi a sua reação? Resposta pessoal. DE PAPO 2.a O personagem principal é o Cebolinha. Pergunte aos alunos como foi possível a descoberta: pelo enredo e pelo fato de que o nome do personagem principal antecede o título. 1. Observe com atenção o título da história em quadrinhos e descubra o recurso utilizado para ilustrar seu significado. Conte para os colegas o que você descobriu e que relação tem esse recurso com a história lida. Atividade oral, para a observação das bocas que dão risada, no interior das letras do título, relacionando a palavra ao objetivo do gênero e ao tema da história em quadrinhos. 2. Responda em seu caderno. a) Quem é o personagem principal dessa história? b) No primeiro quadrinho da história, Cebolinha está sorrindo, rindo ou gargalhando? Como você percebeu? c) Cascão e Mônica entenderam a piada que Cebolinha contou? Justifique sua resposta. Não, eles não entenderam a piada. Cascão achou que Cebolinha havia contado um problema de aritmética e Mônica achou que ele havia matado um passarinho. 3. Escreva, sem usar balões de fala, a piada que o Cebolinha contou ao Cascão. © Mauricio de Sousa Produções Ltda. 2. b. O Cebolinha está gargalhando. Espera-se que os alunos observem que o Cebolinha está balançando o corpo, suando e rindo muito alto. Peça que observem os recursos gráficos que demonstram a gargalhada: fisionomia do Cebolinha; traços de movimento; gotas de suor; negrito da fala. COM O TEXTO 5. O objetivo é a observação de alguns recursos gráficos das histórias em quadrinhos: a postura corporal e as linhas próximas ao corpo, que indicam movimento; e a “fumaça” sobre a cabeça, que demonstra raiva. Peça a comparação com o texto Olívia Pirulito para que observem que ambos trazem a mesma informação (“sair fumacinha pelos sete buracos que a gente tem na cabeça”), com o uso dos recursos próprios de cada um (escrita/ ilustração). 3. — Eu estava caçando. Vi dez passarinhos. Acertei um! Quantos ficaram/sobraram? — Nove! — Errado! Não ficou nenhum! — Mas, como? — Os outros escutaram o tiro e saíram voando! A atividade exige a localização das falas do Cebolinha em três quadrinhos (3o., 4o. e 5o.) e a escrita com travessões. Sugira a cópia com a correção da troca de letras característica do personagem. ✦ Compare seu trabalho ao de um Na conferência coletiva, se necessário, colega. auxilie a descoberta de que a interposição das respostas do Cascão às falas do Cebolinha também faz parte da piada. 4. Escreva o motivo que fez o Cascão sorrir neste quadrinho. O Cascão está sorrindo porque ficou satisfeito ao ver que, como ele, a Mônica também achou que o Cebolinha não contou uma piada. 5. Observe o último quadrinho da história. Copie e complete as frases com as alternativas corretas. a) Cebolinha está ¨. andando parado andando correndo raiva dor b) Ele está sentindo ¨. raiva alegria ✦ Conte para os colegas como você encontrou as respostas. 41 DE OLHO NA LÍNGUA 1. c. Espera-se que os alunos concluam que os pontos de exclamação repetidos indicam que o Cebolinha está muito zangado. Leia e peça que leiam a história, em duplas, para que observem a entonação que os sinais conferem às falas. Sinais de pontuação ! . ? • Tonicidade 2. Incentive a leitura dramatizada das duplas, auxiliando o uso das entonações de voz correspondentes às falas que encerram perguntas diretas ou salientam os sentimentos dos personagens, que indicam o ponto de interrogação e exclamação. © Mauricio de Sousa Produções Ltda. a) Que sinais de pontuação aparecem nesse quadrinho? Explique por que foram utilizados. b) Por que essa frase dita pela Mônica é encerrada por dois sinais de pontuação? © Mauricio de Sousa Produções Ltda. 1. Observe a pontuação das falas dos personagens nestes quadrinhos e responda à pergunta que acompanha cada um deles. © Mauricio de Sousa Produções Ltda. 1. b. Espera-se que os alunos concluam que os pontos de interrogação e exclamação indicam a pergunta feita com reprovação. 1. a. Os sinais de pontuação que aparecem nesse quadrinho são os pontos de exclamação e o ponto de interrogação. Nesse momento, não estamos considerando as vírgulas. Espera-se que concluam que o ponto de interrogação marca a pergunta direta; o ponto de exclamação, a emoção que as frases expressam (alegria/espanto). c) O que significa a repetição de pontos de exclamação no encerramento de uma das frases dita pelo Cebolinha? ✦ Confira suas respostas com as da turma. Janjão e Miriam 2. O ilustrador da história abaixo não usou pontuação. Faça dupla com um colega para representar os personagens na leitura dos quadrinhos e descubra como as falas devem ser pontuadas. ✦ Escreva no caderno como vão ficar as falas fora dos balões e pontuadas adequadamente. 42 2. — Zeca! Acabei de descobrir que tenho onze dedos! / — Tá maluca, Ju? / — Quer ver? Este devia ser o décimo, não é? — Certo! / — Dez, nove, oito, sete, seis! Com mais cinco são onze, não são? / — Puxa! 3. Divirta-se com esta piada. 3.a. ônibus — ô-ni-bus — proparoxítona papagaio — papa-gai-o — paroxítona idiomas — i-di-omas — paroxítona fantástico — fantás-ti-co — proparoxítona inglês — in-glês — oxítona multidão — multi-dão — oxítona Fernandes e Gilmar Na fila do ponto de ônibus, João exibia seu papagaio, que falava pelos cotovelos em vários idiomas, dizendo a todos os passantes: — Conheçam as habilidades do meu fantástico papagaio poliglota! Levantando seu pé direito, ele fala inglês! Levantando seu pé esquerdo, ele fala francês! Abrindo sua asa direita... — Peraí! — grita alguém do meio da multidão que admirava o bichinho. — E o que acontece se você levantar os dois pés do poliglota? E o papagaio, mais que depressa: — Eu caio, ora bolas! ✦ No caderno: a) copie as palavras destacadas no texto e separe-as em sílabas. b) destaque a sílaba mais forte das palavras que você copiou. c) escreva, ao lado dessas palavras, o nome que cada uma recebe de acordo com a posição da sílaba tônica. A sílaba pronunciada com mais força em uma palavra é chamada sílaba tônica. De acordo com a posição da sílaba tônica, as palavras com duas sílabas ou mais classificam-se em: oxítonas: a sílaba tônica é a última da palavra. proparoxítonas: a sílaba tônica é a antepenúltima da palavra. paroxítonas: a sílaba tônica é a penúltima da palavra. 43 4. Leia as palavras do quadro e agrupe-as, no seu caderno, de acordo com a posição da sílaba tônica. alegria humor gargalhada sorriso gargalhar saúde risada cócegas músculo cômico gracejo divertir felicíssimo brincalhão circo oxítonas: humor, divertir, gargalhar, brincalhão/ ✦ Responda: paroxítonas: alegria, saúde, gracejo, risada, a) A qual grupo pertence a maioria das palavras? Ao grupo das paroxítonas. gargalhada, sorriso, circo/ b) Em qual dos grupos todas as palavras são acentuadas? proparoxítonas: cócegas, cômico, No grupo das proparoxítonas. Peça à turma que procure, em materiais escritos diversos, outras palavras proparoxítonas para a felicíssimo, formação do conceito de que todas são acentuadas. músculo. DE OLHO NA ORTOGRAFIA O objetivo da proposta é exercitar a escrita de palavras com R ou L intercalados na sílaba. Sugestões: 1. Participe do jogo, mas cuidado para não trocar letras, como o quadro, fliperama, Cebolinha. compra, reclama, frio, prédio, branca, triciclo, ✦ Em uma folha avulsa, desenhe preço, claro, presente, cristal, uma cartela com cinco linhas e chiclete, globo, cinco colunas. Observe o modelo plano, tristeza, proibido, ao lado. flanela, planta, grito, palavra, ✦ Escreva na cartela todas as engraçado, fresco, claridade, palavras que a professora ditar. Você pode escolher o lugar de pluma, trabalho, novembro, cobra, cada palavra. cloro, flora, drama, criança, completa, pobre, ✦ Sua professora vai sortear algumas palavras. bicicleta, placa. Depois de ditar todas as palavras, ✦ Marque na cartela cada palavra sorteada. sorteie algumas para que os ✦ Ao preencher uma linha ou coluna, você será o vencedor se alunos marquem em suas cartelas. todas as palavras estiverem escritas corretamente. R/L ✦ Confira com um colega todas as palavras da cartela e corrija o que for necessário. 44 2. Copie o texto a seguir deixando espaços para completar com as palavras que estão faltando. O joelho Juvenal Fernandes e Gilmar Era uma vez um joelho/que se chamava Juvenal./Juvenal tinha um problema,/coitado:/ vivia todo escalavrado./ Também, quem mandou/o Juvenal ser joelho/de um menino levado?/Juvenal queria muito/aprender língua de menino/só pra falar assim:/“Menino, tem dó de mim!” ¨ uma vez um joelho que se chamava Juvenal. Juvenal tinha um ¨, coitado: vivia todo ¨. Também, quem mandou o Juvenal ser joelho de um menino levado? Juvenal ¨ muito ¨ língua de menino só ¨ falar assim: “Menino, tem dó de mim!” [...] Ziraldo. O joelho Juvenal. São Paulo, Melhoramentos, 1986. ✦ Acompanhe a leitura da professora e complete o poema. 2.a. O problema de Juvenal era ✦ Responda: viver esfolado, porque era joelho de um menino a) Qual era o problema de Juvenal? O que o provocava? levado. Espera-se que, pelo contexto, os b) Que palavra substitui pra? alunos encontrem A palavra para. o significado de escalavrado 3. Procure no dicionário palavras que tenham l ou r, como (esfolado, arranhado). Para problema, claro etc. Copie-as no caderno. confirmação, peça Se julgar oportuno, socialize as palavras encontradas para ampliar o repertório dos alunos. que consultem o dicionário. em 45 Michio Auxilie a descoberta de que o livro precisa ser virado para que a fisionomia mude. Enigma Está em suas mãos fazer o palhaço rir ou chorar. Descubra como. Elifas Andreato. Palhaço. Em Almanaque Brasil de cultura popular, ano 1, n.o 12, março/2000. 46 De Olho na criação de texto Produzindo piadas Para espantar os males, atrair bons ares e muitas risadas, nada melhor do que uma boa piada. É isso que você vai produzir para que toda a turma se divirta na Roda da gargalhada. ✦ Relembre ou pesquise, com amigos e familiares, algumas piadas. Se desejar, pesquise também em revistas e/ou jornais. Anote-as em folha avulsa para não esquecê-las. Oriente a pesquisa: em jornais, revistas e sites infantis, com familiares e amigos. Se houver piadas inadequadas, incentive uma reflexão sobre elas. Só não valem piadas indecentes ou ofensivas. ✦ Releia todas as piadas e escolha a que julgar mais adequada e capaz de provocar as maiores gargalhadas da turma. ✦ Escreva em folha avulsa a piada escolhida. Piada é um gênero oral e, como tal, será escrita com a linguagem que registra essa variedade da língua. Auxilie a revisão com perguntas: A piada foi escrita com todos os detalhes necessários ao entendimento do leitor? Está organizada em parágrafos e frases com pontuação adequada para auxiliar a compreensão? É preciso verificar a ortografia de alguma palavra no dicionário? Janjão e Miriam Durante a atividade, os alunos serão convidados a contar a piada que escolheram. Você pode propor também a dramatização das piadas, como na história em quadrinhos. Esta atividade vai proporcionar um trabalho de linguagem oral, já que o leitor terá de atribuir clareza e expressividade ao texto produzido por outros autores. ✦ Troque o seu rascunho com o de um colega e opine sobre o texto da piada que ele escolheu. ✦ Depois da conferência, passe a piada a limpo e treine bastante como contá-la oralmente. No momento combinado, reúna-se com os colegas para ouvir as piadas na Roda da gargalhada! Leia outras piadas para os alunos, na página 22 do Apêndice das Anotações para a professora. 47