FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS - FMU Ariane Barreto Moreira Carolina Pereira Nunes Guilherme Custódio G. de Lima Guilherme Rios de Souza Julio Marchi Sandra Iokoi TECNOLOGIA MÓVEL COMO DIFERENCIAL NO NEGÓCIO: ESTUDO DE CASO EM BARES E RESTAURANTES SÃO PAULO 2013 FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS - FMU Ariane Barreto Moreira Carolina Pereira Nunes Guilherme Custódio G. de Lima Guilherme Rios de Souza Julio Marchi Sandra Iokoi TECNOLOGIA MÓVEL COMO DIFERENCIAL NO NEGÓCIO: ESTUDO DE CASO EM BARES E RESTAURANTES Trabalho referente ao Projeto Integrado II, do curso de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, das Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU, sob orientação do Prof. Marcelo Henrique dos Santos. SÃO PAULO 2013 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO............................................................................................................4 1.1.1 Problemática.............................................................................................................4 1.1.2 Objetivo....................................................................................................................5 1.1.3 Justificativa (Contribuição)......................................................................................5 1.1.4 Pergunta de Pesquisa................................................................................................6 1.2 Fundamentação Teórica............................................................................................6 1.2.1 Tecnologia Móvel.....................................................................................................6 1.2.2 Inteligência Artificial................................................................................................7 1.2.3 Restaurantes..............................................................................................................8 1.2.4 Cardápios..................................................................................................................8 1.2.5 Hábitos Alimentares.................................................................................................9 1.3 Metodologia..............................................................................................................10 1.4 Cronograma.............................................................................................................11 2 TECNOLOGIA MÓVEL...........................................................................................11 2.1 Tecnologia Móvel X Negócios..................................................................................12 3 INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL...............................................................................16 4 RESTAURANTES......................................................................................................17 4.1 Satisfação dos Clientes..............................................................................................18 4.2 Garçom......................................................................................................................19 5 CARDÁPIOS..............................................................................................................21 6 PESQUISA DE CAMPO............................................................................................23 6.1 Considerações Finais.................................................................................................25 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................26 1 INTRODUÇÃO Atualmente a preocupação com a alimentação vem se expandindo e crescendo muito. Um atendimento diferenciado tem sido uma preocupação constante dos bares e restaurantes, os quais buscam alternativas para atingir um maior grau de satisfação de seus clientes. Entretanto, podemos observar que existem dificuldades em conseguir identificar as preferências do público atendido e seu grau de satisfação. (KISNER, 2003). De acordo com Fayyad (1996), antes, a maioria das empresas, independentemente de seu ramo de atuação, não tinham grandes preocupações com o armazenamento de dados e informações para o futuro. O armazenamento era manual e a recuperação destas informações era difícil e lenta. O objetivo deste estudo é aperfeiçoar a relação entre os clientes e bares / restaurantes, agilizando o atendimento onde a comanda será feita por aparelhos, tais como celulares e tablet’s. Na visão dos empreendedores, o sistema facilitaria o atendimento e aumentaria o fluxo de clientes, o qual iria gerar o pedido de uma forma mais rápida e eficaz. 1.1.1 Problemática Um dos grandes problemas que os clientes encontram em alguns estabelecimentos é o tempo de espera de atendimento – algumas vezes, por falta de garçons, outras pelo fluxo de pessoas no local. Ocasionalmente imaginamos que, somente, os clientes têm problemas nos estabelecimentos, entretanto os garçons também encontram vários problemas ao servir os clientes - por exemplo, quando o cliente perde sua comanda ou quando o cliente alega que o garçom colocou algo a mais em sua comanda. Posteriormente, pretendemos visitar empresas que desenvolvem tecnologias para os estabelecimentos, assim aprofundando conhecimentos quanto às regras e condutas do sistema, contribuindo com a evolução e desenvolvimento do projeto. Pois, o aplicativo 4 será definido de acordo com o regime de trabalho de cada estabelecimento para que não ocorram problemas, semelhantes, quando estiverem usando o nosso sistema. 1.1.2 Objetivo Como podemos avaliar, existem fluxos dentro de um restaurante que não são impeditivos de realizarem suas rotinas. Entretanto, existem mecanismos que podem auxiliar o comerciante e o cliente, obtendo um atendimento aprimorado e assim alavancando as vendas. O objetivo desse projeto é identificar quais problemas ou situações passam entre a relação estabelecimento e consumidor, tornando o atendimento mais confiável e, assim, fidelizando o cliente. Também intencionamos com o aplicativo criar segurança nos pedidos realizados, para evitar prejuízos em anotações incorretas, clientes desistentes por tempo de espera, e com os pedidos encaminhados de forma direta para a cozinha, alavancam a produção do pedido e consequentemente a entrega. Assim gerando uma alta rotatividade de clientes e focando a permanência do cliente apenas para consumação do produto e o pagamento, evita a morosidade no atendimento para então criar o pedido. 1.1.3 Justificativa (Contribuição) Considerando a rapidez do avanço tecnológico, muitas empresas vêm utilizando tais recursos para otimização de seus negócios. Esperamos que este projeto proporcione soluções, controle sobre atendimento, melhor gerenciamento, redução de erros e melhoria na interação entre clientes e atendentes, assim otimizando e agilizando os processos de atendimento. 5 1.1.4 Pergunta de Pesquisa É possível aperfeiçoar e agilizar o atendimento de restaurantes e bares com auxílio e utilização de tecnologia móvel? 1.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A velocidade da evolução tecnológica e mudanças no cenário econômico têm exigido a utilização de instrumentos rápidos e eficazes, assim, facilitando a administração e gestão dos negócios. Atualmente, restaurantes e bares de médio e grande porte utilizam sistemas informatizado, visando, principalmente, os setores de compras, estoques e vendas. Com esse auxílio nota-se resultados como redução de custos, qualidade e agilidade no processamento dos serviços, consequentemente, otimizando o atendimento ao cliente. [...] Nos últimos 10 anos, ocorreram muito mais mudanças do que em 1 século. A velocidade é particularmente assustadora nas áreas de informática e da tecnologia. Os equipamentos se tornam obsoletos com 2 ou 3 anos de uso. Qualquer empresário que quiser espaço no futuro tem de equipar e informatizar sua empresa (MARICATO, 2005, p. 191). 1.2.1 Tecnologia Móvel Segundo Gomes (2004), as empresas que pretendem manter-se no mercado precisam começar a pensar em investimentos nesta área, a tecnologia móvel pode trazer vários benefícios, que vão desde facilitar as tarefas de gestão até melhorar o atendimento ao cliente. Atualmente ninguém quer desperdiçar seu tempo, uma vez que tempo é dinheiro, outra situação é que as pessoas, cada vez mais, precisam fazer mais coisas em menos tempo, o qual parece ficar mais curto a cada dia. Talvez este seja o motivo pelo qual a tecnologia móvel teve uma ascensão tão rápida, permitindo acesso à informação em qualquer lugar. 6 A tecnologia móvel é uma alternativa das formas convencionais de atendimento ao cliente, viabilizando a diminuição dos deslocamentos e agilizando a disponibilização das informações. Existem inúmeras possibilidades de utilização dos dispositivos móveis, como exemplo, focando gestão de negócios, pode-se citar as vendas realizadas por meio de sistemas móveis, que permitem o acesso as informações em tempo real, ou seja, o vendedor poderia realizar o pedido do cliente on-line e caso algum item solicitado estivesse em falta o cliente seria informado, evitando assim vários transtornos, tanto para o cliente como para a empresa de vendas. Numa tecnologia onde você pode acessar dados e informações com mobilidade, certamente renderá frutos econômicos a empresa que contratar o serviço, sendo assim, várias outras situações desagradáveis poderiam ser evitadas bem como várias situações de comodidade poderiam ser criadas. 1.2.2 Inteligência Artificial A Inteligência Artificial (IA) como projeto efetivo só se tornou possível após o aparecimento dos computadores modernos, ou seja, após a Segunda Guerra Mundial. Até então havia dificuldades técnicas que precisavam ser superadas para que o projeto dessas máquinas mais modernas pudesse sair do papel (TEIXEIRA, 1990). Inteligência Artificial pode ser definida, por Levine (1988) como uma maneira de fazer o computador pensar inteligentemente. Segundo Rich (1988), Inteligência Artificial é o estudo de como fazer computadores realizarem tarefas em que, no momento, as pessoas são melhores. O comportamento inteligente por parte das máquinas sempre foi um objetivo para os homens. O computador, com seu poder de cálculo e armazenamento, pode ser a máquina destinada para isso. E finalmente, anos depois, pode se definir IA como o resultado da aplicação de técnicas e recursos, especialmente de natureza não numérica que viabiliza a solução de problemas que exigiram do humano certo grau de raciocínio e de perícia. (RABUSKE, 1998). Para a linguística, a IA significava uma revolução: agora seria possível criar um programa de computador onde estivessem representadas as estruturas gramaticais das diversas línguas humanas. 7 Se isto pudesse ser feito, um sonho muito antigo seria realizado: teriam descoberto a raiz comum de todas as línguas humanas e uma máquina universal de tradução tornar-se-ia possível (TEIXEIRA, 1990, p.3). 1.2.3 Restaurantes A sala pública que ficou conhecida como "Restaurante", tem sua origem na França, e os franceses continuam ainda hoje em dia, a oferecer as maiores contribuições para o desenvolvimento dos restaurantes. O primeiro proprietário de um restaurante acredita-se que tenha sido Monsieur Boulanger, um vendedor ambulante de sopas, que abriu um negócio em Paris, em 1765. Boulanger, em francês, significa padeiro, os nomes de família ou sobrenomes na França, têm suas origens na profissão ou no local de origem da família, neste caso Monsieur Boulanger fazia honrar seus antepassados padeiros, pois em uma refeição na França, é indispensável o acompanhamento de um bom pão, muito menos em se tratando de uma sopa (KISNER, 2003). A idéia do modesto restaurante de Monsieur Boulanger em oferecer uma refeição nutritiva e revigorante, foi a responsável pela inauguração do primeiro restaurante luxuoso em Paris, em 1782. E isso foi só o início, pois antes mesmo da Revolução Francesa, muitos aristocratas franceses proprietários de mansões, tinham estabelecimentos de culinária bem elaborada. Porém com a Revolução de 14 de julho de 1789, o número de proprietários foi reduzido e isso foi o estopim para os próprios empregados, chefs e cuisiniers, abrirem seus próprios estabelecimentos, fazendo com que, por volta de 1804, Paris tivesse cerca de 500 restaurantes produzindo um marco na história da culinária mundial (KISNER, 2003). 1.2.4 Cardápios Cardápio é definido como uma lista de preparações culinárias que compõe uma refeição ou lista de preparações que compõem todas as refeições de um dia ou período 8 determinado. Para tal, utiliza-se de padrões nutricionais e reconhecimento das técnicas dietéticas dos alimentos a fim de atender às leis da alimentação (BERNARDES, 1997). O alimento pode ser modificado e transformado, capaz de contribuir para um exercício profissional eficiente e abrangente dos profissionais da área, na criação de novas preparações e no desenvolvimento de um cardápio menos repetitivo. (SILVA, 2008). A alimentação tem papel fundamental na vida de toda a sociedade. Além de serem responsáveis pelo fornecimento de nutrientes e energia, ele também tem um papel psicofísico, onde, o ato de comer envolve todos os sentidos e ainda estimula sensações e sentimentos. A ingestão dos alimentos é um fenômeno voluntário, controlado por sensações conscientes. Fisiologicamente, fome é o conjunto de sensações despertadas pela necessidade de um alimento. Além das funções fisiológicas, os alimentos também servem como agregadores sociais, onde diversos fatores podem influenciar na escolha do que comer, tais como a família, comunidade, religião, cultura, crenças, etc. Ao se reconhecer o papel do alimento, é possível explorar as reações produzidas por ele, atribuindo prazer e adequação ao seu consumo. (SILVA, 2008). O planejamento do cardápio visa estabelecer os parâmetros que irão contribuir para a montagem do cardápio propriamente dito, com o objetivo de atender às expectativas e desejos dos clientes em potencial (MAGNEÉ, 1996). Além desse objetivo principal, existem outros objetivos operacionais do planejamento de um cardápio que são: gerenciar custos, compras e estoques; pesquisar e analisar os hábitos alimentares; organizar ordem de produção e aperfeiçoar equipamentos. 1.2.5 Hábitos Alimentares Originária no universo doméstico, a alimentação, enquanto prática está envolta no convívio familiar e social, vinculada mais especificamente à figura da mãe e da mulher e, portanto, atrelada a uma referência afetiva. Configurada no espaço doméstico e sob responsabilidade da mulher, a alimentação era compartilhada essencialmente na intimidade do lar. Hoje, mesmo a mulher que trabalha fora de casa não se furta da tarefa 9 e da responsabilidade de ser a principal provedora da alimentação da família, com atividades que vão desde a definição do cardápio, incluindo a responsabilidade de adequar os recursos financeiros às necessidades de alimentos, a realização de compras e preparação das refeições (GRÁCIA-ARNAIZ, 1996). O tempo na cidade provocou uma reorganização da rotina interna da família, mesmo quando a mulher não se encontra inserida no mercado de trabalho e dedica seu tempo exclusivamente às atividades domésticas. Comer em casa, nos grandes centros urbanos, não depende apenas de ter alguém que se ocupe do preparo da comida. A distância entre o local de trabalho e a casa, as dificuldades de deslocamento impostas pelo trânsito e o próprio ritmo da cidade, dificultam a execução das refeições no domicílio. Longe do reduto familiar, como observamos no centro da cidade de São Paulo, esse aspecto afetivo acompanha representações sociais ligadas à comida que se manifestam de maneiras diversas. Através da intimidade do ato de comer, da necessidade da companhia de amigos, parentes ou do colega mais próximo, da escolha do restaurante, normalmente feita por indicação de amigos, da valorização de ambientes aconchegantes, da freqüência aos mesmos lugares, quer seja pela comida ou pela relação amistosa com os garçons do local, vemos manifestações que delatam a busca constante da “casa” na “rua” (GRÁCIA-ARNAIZ, 1996). As manifestações de afetividade que compõem as representações sociais da alimentação no meio urbano transferem para o convívio da “rua” elementos predominantes do convívio doméstico. As pessoas geralmente preferem sair para comer acompanhadas por aqueles que têm maior ligação afetiva, valorizam a comida caseira e criam vínculos nos lugares onde habitualmente fazem suas refeições. O vínculo afetivo também é consolidado no ato alimentar (GRÁCIA-ARNAIZ, 1996). 1.3 METODOLOGIA A metodologia deste trabalho se apóia no levantamento bibliográfico que consiste na recuperação dos dados impressos ou dos arquivos eletrônicos. Tais dados serão obtidos tanto em bibliotecas físicas ou virtuais, acesso online direto à literatura científica, correio eletrônico, listas de discussão. 10 Neste primeiro momento foram selecionados artigos e livros os quais foram usados como citação e referência para definição e discussão dos assuntos relacionados ao tema, além da realização de entrevistas com profissionais relacionados ao tema central do projeto, a fim de reunir material suficiente para o desenvolvimento de uma ferramenta que corresponda às necessidades do nosso público-alvo. Posteriormente usaremos e selecionaremos mais artigos e livros que se encaixam nas futuras problemáticas que serão apresentadas no decorrer da discussão do tema e também daremos início ao desenvolvimento do sistema do aplicativo, de acordo com os conhecimentos adquiridos no decorrer do curso. 1.4 CRONOGRAMA Especificação/ Ano Quinzenas 2013 01 à 15/09 16 à 30/09 Levantamento bibliográfico X X Leitura e fichamento de obras X X Coleta e seleção de dados X X 01 à 15/10 Revisão bibliográfica X X Análise crítica do material X X Redação provisória X 16 à 31/10 X Revisão e redação final X Entrega ao Orientador X 2 TECNOLOGIA MÓVEL Tecnologia móvel subtende-se como algo que pode ser usado em movimento. Ou seja, que não está preso em um local. Seguindo o raciocínio de Kalakota; Robinson (2002, p.21), mobilidade relaciona-se com portabilidade e, também, indica que um 11 aparelho tem conexão com a Internet, assim diferenciando dois aspectos: offline e online. Móvel, mas offline, significa que você pode usar o aparelho para executar programas independentes enquanto não está conectado à Internet. Você pode “sincronizar” com um PC para transferir software, mensagens de e-mail e outro conteúdo para seu assistente digital pessoal (PDA – Personal Digital Assistant) para leitura portátil ou consulta offline. Os dados coletados na estrada podem ser sincronizados com um PC quando você voltar ao escritório, ou transferidos através de uma conexão ao vivo com a Internet. Móvel, mas online, é comumente chamado de sem fio. Isso subentende que a experiência se baseia em uma conexão ao vivo com a Internet em tempo real via satélite, celular ou radiotransmissores. Um aparelho online estará “sempre ligado” na presença de qualquer rede de dados sem fio – diretamente conectado com a Internet para poder trocar mensagens de e-mail e instantânea, além de recuperar conteúdo da Web (Kalakota; Robinson, 2002, p.21). A tecnologia móvel está se tornando parte integrante da vida moderna de todo o mundo; uma vez que tempo é dinheiro, ninguém quer nem está disponível a desperdiçar seu tempo que, a cada dia, parece ficar mais curto. Mudanças na natureza de comunicação, funcionalidades, facilidades para acessar informações em qualquer lugar e momento são os principais responsáveis pela ascensão dessa tecnologia. A mobilidade produz espacialização e os lugares devem ser pensados como eventos em um fluxo de práticas sociais, de processos territorializantes e desterritorializantes. (...) Toda nossa experiência é fundada em lugares e por mais que as novas tecnologias sejam sofisticadas e permitam ações a distância, nossa experiência é sempre locativa. (LEMOS, 2009, p.31). O avanço tecnológico tem influenciado na mudança no modo como as pessoas se relacionam, não somente pelo fato de precisarem se adequar, como também pela importância no desenvolvimento das estruturas sociais e as atividades econômicas, assim influenciando na percepção que cada um tem de si próprio e do mundo. 2.1 Tecnologia Móvel x Negócios Os dispositivos móveis estão cada vez mais presentes nas vidas das pessoas, tornando-se algo natural na sociedade atual. A tecnologia móvel esta em constante crescimento e evolução e está destinada a se tornar algo dominante no mundo da 12 tecnologia da informação. As transações comerciais nas empresas tendem cada vez mais para os dispositivos móveis, visto que estes equipamentos têm a capacidade de acessar informações em qualquer lugar e a qualquer momento. O uso correto da tecnologia móvel pode se tornar uma grande vantagem competitiva para a empresa, desde que a implantação dessa tecnologia móvel seja feita da maneira correta. Hoje, existem duas atividades muito usadas no segmento de tecnologia móvel, o m-business e o mcommerce. O M-business do termo em inglês Mobile business ou Negócios eletrônicos móveis é uma nova ferramenta gerencial que veio para somar junto com as novas tecnologias de gestão e inovação tecnológica no que tange a melhoria continua da Tecnologia da informação e comunicação. O M-business é uma tecnologia que comercia que funciona por intermédio de aparelhos eletrônicos móveis, ou seja, smartphones, palms, e etc. que possui conexão com a internet. Esta nova tecnologia não substituirá as ferramentas de comércio convencional, porém, ela veio para fazer a interação do usuário com a empresa (relacionamento B2C ou business too consumer = relacionamento entre empresa e cliente), onde a empresa expõe seus produtos através de tecnologia para um consumidor ou cliente final tomando por base as ferramentas e estratégias de marketing digital, gerando novos meios de comunicação. Essa nova abordagem gerencial, do M-business, facilitou a vida de todos; tanto clientes, quanto empresa, pois a comunicação e a divulgação passaram a ser mais barata quase que a custo zero devido a velocidade em que a informação é dissipada na internet, e para os clientes a facilidade está na aquisição de produtos com preços mais acessíveis, vitrines de produtos eletrônicas e de fácil aquisição, pois podem agora comprar os produtos desejados apenas com um apertar de botão, ou seja, a praticidade na palma de suas mãos. Já sabemos que o M-business é um subgrupo do e-business que é os negócios eletrônicos, e que a atmosfera onde ocorrem essas transações é a internet o meio de comunicação mais barato que existe. Estudos mostram que somos a 62º potencia que mais se conecta a internet regularmente, devemos lançar na web nossos produtos e tirar proveito da rede mundial de computadores para crescer e aumentar o fluxo de clientes e empresas, gerando 13 diversas facilidades no comércio, como por exemplo: a facilidade, a rapidez e a eficiência. Toda organização é composta por um conjunto de atividades que podem ser geridas pelos ambientes webs, entretanto a única restrição é a mesma comunicação e linguagem usada nos negócios físicos, ou seja, no ambiente físico deve-se usar no ambiente web para que o cliente não se perca no momento de ver e interpretar as informações ali contidas, e cabe adequar a ela de uma forma dinâmica e flexível, e lembrar que os clientes são o foco principal das organizações e são eles que movimentam os negócios (THAYLLON, 2009). A evolução da tecnologia traz novas formas comunicação e de se fazer negócios. O mobile-commerce é uma delas. A cada nova geração tecnológica que surge, o mercado consumidor é varrido por novas tendências e um leque de possibilidades e novas oportunidades despontam para serem exploradas obrigando as empresas que desejam continuar na vanguarda de suas respectivas áreas a se adaptarem a uma nova realidade de mercado. Pensando nisso, na nova geração de tablets e celulares e no investimento cada vez maior no sistema de conexão móvel com Internet é que uma nova modalidade de comércio eletrônico começa a ganhar força, o Mobile Commerce. O Mobile Commerce, ou m-commerce (Comércio Eletrônico Móvel) é toda e qualquer operação que envolva a transferência de propriedade ou de direitos de utilização de bens e serviços, que é iniciado e / ou concluído com a utilização de dispositivos móveis. A Internet, que já era uma enorme vitrine publicitária, viu esse efeito aumentar de maneira exponencial com o crescimento das redes sociais, que são as principais aliadas do m-commerce já que usuários, que são clientes em potencial, utilizam as redes para saberem a opinião de terceiros sobre um mesmo produto e todos sabemos o que acontece quando um consumidor adquire algo e fica satisfeito; ele conta aos amigos. E que maneira melhor de fazer isso se não nas redes sociais, onde todo o ciclo de amizades está ao alcance de um clique? O principal mérito do e-commerce foi transformar o relacionamento dos comerciantes com seus clientes e esse será o principal desafio do m-commerce nos próximos anos, embora os números já sejam animadores. Os números relacionados ao comércio móvel do Paypal, por exemplo, são bem significativos; as transações feitas por dispositivos móveis aumentaram seis vezes em apenas um ano, de US $ 25 milhões em 2008 para US $ 141 milhões em 2009. O valor total dos pagamentos móveis em 14 todo o mundo deve quadruplicar, passando de US $ 170 bilhões em 2010 para 630 milhões dólares americanos em 2014, de acordo com a Juniper Research. O comércio eletrônico móvel ainda está dando seus primeiros passos no Brasil, mas o intenso crescimento da adoção de celulares no país e o amadurecimento do mercado de comércio eletrônico estão ajudando a aumentar o comércio do segmento (MAYEDA, 2012). Apesar da baixa penetração do m-commerce e das inúmeras barreiras apontadas pelos compradores móveis, os proprietários de smartphones que adotam essa prática estão convencidos de sua eficácia. O estudo do Google mostrou que 40,8% dos compradores móveis do Brasil já fizeram compras por meio destes dispositivos pelo menos uma vez por semana, e 23% o fizeram pelo menos uma vez por dia, conforme gráfico abaixo: Gráfico 1: Frequência com o qual o usuário de smartphone compra em seu smartphone. Fonte: Our Mobile Planet. Disponível em: < http://www.thinkwithgoogle.com/mobileplanet/pt-br/> - Ano Base 2013. Segundo o diretor sênior de Merchant Services no Paypal, Bill Zielke, “Desenvolver uma experiência de compra pelo celular é mais arte do que ciência, layouts com botões grandes, o mínimo de texto, rolagem e um checkout rápido são fundamentais para a conversão”. Para empresas que desejam uma Interface mais elaborada a melhor opção são os aplicativos, que trazem ainda a vantagem de serem elaborados para um hardware e sistema operacional específico. Já a web móvel traz a 15 vantagem de não ser tão específica e fragmentada, oferecendo uma variedade imensa de opções de tudo que se procura e conta ainda com uma maior flexibilidade e alcance de público. 3 INTELIGENCIA ARTIFICIAL Na década de 40, começaram a surgir estudos sobre IA, época marcada pela II Guerra Mundial. Este fato resultou na necessidade de desenvolver uma tecnologia voltada para a análise de balística, quebra de códigos e cálculos para projetar a bomba atômica. Resultando nos primeiros grandes projetos de construção de computadores, assim chamados por serem máquinas utilizadas para fazer cálculos (cômputos) (BITTENCOURT, 1998). Oficialmente a IA nasceu em 1956 com uma conferência de verão em Darthmouth College, EUA. Na proposta desta conferência consta a intenção dos autores de realizar um estudo durante dois meses sobre o tópico “inteligência artificial”. E então surgiram propostas de definição: “Inteligência Artificial é a parte da ciência da computação que compreende o projeto de sistemas computacionais que exibam características associadas, quando presentes no comportamento humano, à inteligência” (BITTENCOURT, 1998). Existem campos diversos de estudo em IA, com o propósito de melhorar a capacidade de raciocínio, aprendizado e auto-aperfeiçoamento da máquina. Podemos descrever alguns desses campos a seguir. O processamento de linguagem natural é um estudo sobre a construção de programas capazes de compreender e interpretar a linguagem natural e gerar textos. Esse campo objetiva aperfeiçoar a comunicação entre pessoas e os computadores (LEVINE, 1988). O reconhecimento de padrões é um estudo na identificação de objetos, através da extração de suas características a partir de dados sobre o objeto. Os scanners, por exemplo, utilizam programas de reconhecimento óptico desenvolvido pelas pesquisas em IA. (BARRETO, 1997). 16 A programação de jogos é um estudo voltado para a construção de programas de jogos envolvendo raciocínio. Além de analisar jogadas, os programas utilizam um método heurístico que consiste na utilização de uma árvore de busca, que auxiliam na decisão no caminho a tomar, com certo número de etapas, para atingir um objetivo. (RITCH, 1988). A robótica é um estudo para desenvolver meios de construir máquinas que interajam com o meio. “Um robô é um manipulador programável multifuncional capaz de mover material, partes, ferramentas ou dispositivos especializados através de movimentos variáveis programados para realizar uma variedade de tarefas”. (BARRETO, 1997). As redes neurais artificiais consistem em um método de solução de problemas de IA. São técnicas computacionais que apresentam modelo parecido com a estrutura neural de organismos inteligentes. (TATIBANA, 2003) Os sistemas especialistas são projetados e desenvolvidos para atender a uma aplicação determinada e limitada de conhecimento humano, segundo Bittencourt (1998). É capaz de tomar decisões, apoiado em conhecimento justificado, baseado em informações. Os SEs são baseados em informações atuais e precisas e utilizam o formato de regras de produção como método de representação de conhecimento. E por fim, o raciocínio baseado em casos, utiliza conhecimento de experiências passadas para resolver problemas atuais (KOLODNER, 1993). 4 RESTAURANTES A sala pública que ficou conhecida como "Restaurante", tem sua origem na França, e os franceses continuam ainda hoje em dia, a oferecer as maiores contribuições para o desenvolvimento dos restaurantes. O primeiro proprietário de um restaurante acredita-se que tenha sido Monsieur Boulanger, um vendedor ambulante de sopas, que abriu um negócio em Paris, em 1765. Boulanger, em francês, significa padeiro, os nomes de família ou sobrenomes na França, têm suas origens na profissão ou no local de origem da família, neste caso Monsieur Boulanger fazia honrar seus antepassados 17 padeiros, pois em uma refeição na França, é indispensável o acompanhamento de um bom pão, muito menos em se tratando de uma sopa (KISNER, 2003). A idéia do modesto restaurante de Monsieur Boulanger em oferecer uma refeição nutritiva e revigorante, foi a responsável pela inauguração do primeiro restaurante luxuoso em Paris, em 1782. E isso foi só o início, pois antes mesmo da Revolução Francesa, muitos aristocratas franceses proprietários de mansões, tinham estabelecimentos de culinária bem elaborada. Porém com a Revolução de 14 de julho de 1789, o número de proprietários foi reduzido e isso foi o estopim para os próprios empregados, chefs e cuisiniers, abrirem seus próprios estabelecimentos, fazendo com que, por volta de 1804, Paris tivesse cerca de 500 restaurantes produzindo um marco na história da culinária mundial (KISNER, 2003). 4.1 Satisfação dos Clientes Veppo (2006) comenta que a satisfação dos clientes serve de referencial para o varejo, fabricantes de produtos e prestadores de serviços, para desenvolverem estratégias futuras baseadas em experiências passadas. Whiteley (1992) define que nesta era de competição o ato de satisfazer cliente é necessário para o sucesso da empresa e sua sobrevivência, por isso, segundo Reis e Oliveira (1997), a constante satisfação do cliente determina o sucesso da empresa e sua existência no mercado. É importante agradar o cliente, mas o fundamental é proporcionar qualidade conforme o cliente deseja, e não como a empresa define. Para Kotler e Armstrong (1993), a satisfação do cliente depende do desempenho do produto recebido com relação ao valor relativo as expectativas do comprador. Se o consumidor fica satisfeito é porque suas expectativas foram atendidas. Os clientes quando satisfeitos voltam a negociar em sua empresa repassando para outros o bom desempenho da empresa na hora da compra. O cliente que você já satisfez é também o cliente mais fácil de vender. A maneira de vender seu produto é satisfazendo o seu cliente, pois satisfeito é muito mais provável que ele vai comprar muitas vezes de você. Quando você vender novamente para o mesmo cliente, ele já saberá como você irá se portar. O cliente já provou seu tratamento e não importa o preço que você tenha, pois se o cliente não estiver feliz com 18 seu produto e serviço, é bem possível que ele não compre novamente de você. (CALDWELL; TASCA, 1997) Quando no restaurante a comida é servida com muito atraso ou algum erro acontecer com seu pedido, o cliente deve receber uma cortesia, um agrado por parte da empresa. Esta mensagem mostra que a empresa deve agregar algo, quando o cliente precisar, evitando assim também o prejuízo que poderia ser causado por um cliente que não foi feliz no seu pedido. É muito importante para a empresa treinar os funcionários que estão na frente do balcão, para saberem receber um cliente, iniciar e terminar o processo de serviço. Pois, para toda a empresa, é muito importante ver que o cliente ficou satisfeito e saiu da empresa com um sorriso. (SCHEMENNER,1999). Conforme Schemenner (1999), o cliente faz a propaganda boca a boca. O satisfeito pode comentar sua experiência com a empresa para cinco ou seis pessoas, mas o cliente insatisfeito pode comentar a sua decepção para o dobro ou triplo de pessoas. Segundo Barros (1999), o grau de preocupação em superar as expectativas do cliente é uma característica de uma empresa de sucesso. Deve-se surpreender o cliente, com algo que ele não esperava, pois são esses detalhes que agradam o cliente. Um dos maiores erros que as empresas cometem é achar que cuidar de clientes não é obrigação delas. A empresa não pode esquecer disto: se você vende alguma coisa, então tem clientes, e se tem clientes, está fazendo negócios. E se deseja continuar fazendo negócios, sua tarefa mais importante é cuidar desses clientes. (CHOWDHURY, 2006). A empresa deve levar em consideração a opinião dos clientes ou consumidores, sejam eles externos ou internos. Elas devem descobrir o que os clientes precisam o que desejam. No mundo dos negócios, se a empresa não souber ouvir, terá pouca chance de fazer qualquer outra coisa que realmente importe. (CHOWDHURY, 2006). 4.2 Garçom A profissão de garçom é de extrema importância para o atendimento de todo estabelecimento de restaurante ou um bar, o garçom é como se fosse a carta de apresentação. O garçom iniciou-se junto com a criação dos restaurantes, por volta do século XVIII. 19 Na França um homem chamado Boulanger servia uma sopa famosa por agradar paladares e foi ficando muito conhecida, sendo assim necessária a mão de obra de alguns garçons (rapazes em francês), e esse conceito foi crescendo por toda a França (VIEIRA, 1997). No Brasil o primeiro restaurante iniciou por volta do início do século XX, juntamente com o conceito de garçons e garçonetes (VIEIRA, 1997), sempre procurando atender o cliente de uma forma simpática criando um vínculo muitas vezes até familiar, de confiança. Assim diz o metre Renato Rangel Filho, “O sucesso de um bar ou de um restaurante depende muito do garçom. É ele que faz o cliente voltar.” Portanto vemos que a função do garçom possui um elo com o público não apenas de uma forma profissional, mas também é uma relação muitas vezes de afeto e amizade, e esse vínculo é o que sustenta o estabelecimento (VIEIRA, 1997). Na profissão de garçom, existem alguns pontos necessários para o ótimo exercício de sua função (PACHECO, 1997): • Apresentação pessoal clara e agradável; • Boa higiene, tanto pessoal como dos objetos utilizados; • Simpatia, educação, diplomacia, discrição e facilidade de comunicação; • Disposição e preparo físico para aguentar jornadas de trabalho intensas; • Honestidade, fidelidade e seriedade; • Alto sendo de organização; Como podemos perceber o garçom é peça importante para o restaurante para elaborar essa ligação entre cliente e o estabelecimento, entretanto não basta simpatia e bom atendimento, o garçom necessita obter um amplo conhecimento sobre cliente e seus instrumentos de trabalho, demonstrando segurança e tranquilidade ao cliente. Segue abaixo alguns conhecimentos importantes para a função do garçom (PACHECO, 1997): Sondagem, perfil do cliente: No dia-a-dia, o profissional deve exercitar sua habilidade de identificar o cliente e ainda assim saber como tratar determinados clientes. Por exemplo, um cliente sozinho é viável que ele não aguarde muito tempo entre um prato ou outro, e não é viável que ele fique em uma mesa ao centro do estabelecimento. Ou um cliente ansioso ou com pressa, procurar recomendar pratos rápidos, e se possível ficar com a conta pronta assim que possível. 20 Instrumentos de trabalho: É importante o garçom ter conhecimento de seus instrumentos de trabalho para saber como servir o cliente simples até o mais exigente, saber diferenciar cada tipo de talher, prato e copo como podemos verificar na imagem em anexo (Imagem 1). O garçom é a referência de qualquer estabelecimento, ele é a imagem do que é o estabelecimento, ele é a ligação do cliente com o serviço, para isso ele precisa do máximo de cordialidade, empatia, conhecimento e acima tudo comunicação, tanto na qualidade como na agilidade. Imagem 1: 5 CARDÁPIOS Cardápio é definido como uma lista de preparações culinárias que compõe uma refeição ou lista de preparações que compõem todas as refeições de um dia ou período determinado. Para tal, utiliza-se de padrões nutricionais e reconhecimento das técnicas dietéticas dos alimentos a fim de atender às leis da alimentação (BERNARDES, 1997). 21 Ao que se sabe, as primeiras casas que serviam refeições, numa época em que ainda não se empregava a denominação “restaurante” para distinguir esses estabelecimentos, não usavam cardápios escritos. Os garçons guardavam na memória os pratos disponíveis, mesmo porque estes eram mudados todos os dias. (VASCONCELLOS, CAVALCANTI e BARBOSA, 2002). No ato de comer, experimenta-se uma sensação peculiar determinada pelo alimento, que eventualmente poderia ser determinada por outras substâncias não alimentares. (SILVA e MARTINEZ, 2008). O alimento pode ser modificado e transformado, capaz de contribuir para um exercício profissional eficiente e abrangente dos profissionais da área, na criação de novas preparações e no desenvolvimento de um cardápio menos repetitivo. (SILVA e MARTINEZ, 2008). O cardápio é o cartão de visitas do restaurante, praticamente o primeiro contato do cliente com a casa e responsável pela primeira impressão, boa ou má, que esse cliente vai desenvolver. É o maior responsável pelas vendas no restaurante, sendo um forte instrumento de marketing, devendo, para atingir de maneira ótima o seu objetivo, ser voltado ao público-alvo. (VASCONCELLOS, CAVALCANTI e BARBOSA, 2002). As pessoas que irão desenvolver o cardápio precisam deter os conhecer necessários para tanto: saber os requisitos para o preparo e serviços do prato, conhecer o mercado e as combinações e apresentações dos alimentos. Devem levar em conta, também, as limitações operacionais, que são os cursos e mão-de-obra. (VASCONCELLOS, CAVALCANTI e BARBOSA, 2002). A alimentação tem papel fundamental na vida de toda a sociedade. Além de serem responsáveis pelo fornecimento de nutrientes e energia, ele também tem um papel psicofísico, onde, o ato de comer envolve todos os sentidos e ainda estimula sensações e sentimentos. A ingestão dos alimentos é um fenômeno voluntário, controlado por sensações conscientes. Fisiologicamente, fome é o conjunto de sensações despertadas pela necessidade de um alimento. (SILVA e MARTINEZ, 2008). Além das funções fisiológicas, os alimentos também servem como agregadores sociais, onde diversos fatores podem influenciar na escolha do que comer, tais como a família, comunidade, religião, cultura, crenças, etc. (SILVA e MARTINEZ, 2008). Ao se reconhecer o papel do alimento, é possível explorar as reações produzidas por ele, atribuindo prazer e adequação ao seu consumo. (SILVA e MARTINEZ, 2008). 22 O planejamento do cardápio visa estabelecer os parâmetros que irão contribuir para a montagem do cardápio propriamente dito, com o objetivo de atender às expectativas e desejos dos clientes em potencial (MAGNEÉ, 1996). Para planejar o cardápio, precisa-se saber combinar os aspectos visuais, de paladar e de aroma dos pratos, além de fazer combinações interessantes entre alimentos e bebidas, o que muitos encaram como alquimia ou, mesmo, arte. (VASCONCELLOS, CAVALCANTI e BARBOSA, 2002). A venda de alimentos e bebidas engloba muito mais do que somente o produto em si. Ela envolve a aparência física do estabelecimento, a localização geográfica, a disposição da sala de refeições, a decoração, o serviço, o perfil pessoal da equipe, a higiene do estabelecimento, o aspecto do cardápio e da carta de vinhos, o produto em si, a apresentação da conta e a despedida do cliente. (SILVA e MARTINEZ, 2008). Para vender a refeição, ao receber o cliente, o profissional preciso informá-lo sobre o método utilizado para escolha dos pratos. Se a escolha for feita por meio de cardápio, este deve ser equivalente ao cartão de visitas da casa. Ele reflete a imagem do restaurante e toda a sua construção faz parte da avaliação que o cliente faz do estabelecimento. (SILVA e MARTINEZ, 2008). Os pratos que formam o menu devem ser equilibrados, variados e adequados a cada tipo de serviço, com a precaução quanto a equipamentos, utensílios ou treinamentos especiais para sua confecção e serviço. (VASCONCELLOS, CAVALCANTI e BARBOSA, 2002). Além desse objetivo principal, existem outros objetivos operacionais do planejamento de um cardápio que são: gerenciar custos, compras e estoques; pesquisar e analisar os hábitos alimentares; organizar ordem de produção e aperfeiçoar equipamentos. 6 PESQUISA DE CAMPO Foi realizada uma pesquisa de campo com profissionais de restaurante e consumidores. A intenção é identificar se a tecnologia auxiliará na prestação de serviço (se tratando de qualidade) e para automatizar e alavancar as vendas. 23 Entrevistamos um consumidor de restaurantes a la carte, e um profissional (chef de cozinha e administrador). Consumidor Fabio Britto Salles, 30 anos, reside em São Paulo atua como Supervisor de Planejamento e no dia a dia almoça mais em restaurantes self-service. Questões: P: Você é atendido com agilidade e qualidade? R: Na maioria das vezes sim. Embora alguns garçons não tenham total e completo conhecimento dos itens do cardápio que o estabelecimento oferece. P: Você acredita ser necessário o atendimento humano? R: Em alguns dos casos sim, já em um Drive-True é desnecessário. P: A utilização da tecnologia para o atendimento teria vantagens para o consumidor? Quais? R: Sim, pelo fato da agilidade e a margem para os erros em pedidos seria diminuída, pelo fado dos computadores não se “esquecerem” de alguns pedidos. P: Você acha benéfico você realizar o pedido e apenas aguardá-lo e ter controle de seus pedidos? R: Sim, pois terei a total certeza do que pedi. E ficamos mais independentes, evitando esperas e filas. Profissional da área Carel Monarim, 26 anos, reside no ABC paulista, atua como chef de cozinha de restaurante a la carte, mas já trabalhou em restaurantes self-services também. Questões: P: Seu estabelecimento possui controle das vendas e produtos? R: Toda empresa de porte pequeno ou multinacional necessita deste serviço, para o total controle do que entra e sai na empresa. P: Seu estabelecimento visa à produção em massa ou enxuta? R: Isso depende muito do perfil de clientes que a empresa foca, se ela atinge um publico AA, o padrão de qualidade será altíssimo, por isso a demanda de produtos seria enxuta até por conta do valor do produto final que seria alto, já uma empresa focada em publico C e D, como não se exige um padrão de qualidade tão severo, a demanda seria enorme e muito barata. Exemplo: A Coca Cola com apenas uma garrafa de dois litros vendida arrecada em média R$ 4,00, já a Convenção tem de tender de dois a três do mesmo produto para arrecadar o mesmo valor. 24 P: Você acredita que a tecnologia possa auxiliar nas vendas? R: Sem sombra de duvida, hoje o mundo respira a tecnologia, quem não se adequar estes novos padrões ficara obsoleto, neste mercado crescente da nova geração. P: Acredita que teria impacto nas vendas o cliente ter controle de seus pedidos pessoais? R: Sim, ele se sentiria mais valorizado e familiarizado com a empresa, tornando-se mais fiel à marca, sabendo que tem total acesso ao que foi pedido e acompanhando de perto o seu investimento financeiro. 6.1 Considerações Finais Diante das entrevistas concluímos que o sistema a ser desenvolvido irá facilitar e aprimorar o atendimento dos profissionais da área e com isso aperfeiçoar o atendimento ao cliente. A seguir podemos destacar uma grande dificuldade que alguns estabelecimentos como bares e restaurantes enfrenta ainda hoje: De acordo com uma gerente de estabelecimento no faturamento anual, ela possui 2% de prejuízo em clientes que saem sem pagar e clientes que alegam pedidos incorretos. E impacta também no faturamento a perda de vendas por desistência do cliente devido à demora no atendimento. Com o desenvolvimento do aplicativo tanto o estabelecimento, quanto o cliente terão controle do pedido de forma online, e isso será refletido no aumento de vendas, pois os pedidos chegarão de forma mais ágil para serem preparados e o garçom terá maior liberdade para entrega e cobrança de pedidos. 25 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARRETO, Jorge Muniz. Inteligência artificial no limiar do século XXI. Florianópolis: J. M. Barreto, 1997. BARROS, Claudius D’Artagnan C. de. Excelência em Serviços. Rio de Janeiro: Editora Qualitymark, 1999. BERNARDES, S. M. et al. Cardápio: Guia prático para a elaboração. São Paulo: Atheneu, 2001. BITTENCOURT, Guilherme. Inteligência artificial: ferramentas e teorias. Florianópolis: Editora da Universidade Federal de Santa Catarina, 1998. CALDWELL, Peter; TASCA, Bob. Clientes Satisfeitos. São Paulo: Editora Atlas, 1997. FAYYAD, U. M.; SHAPIRO, G. P.; UTHURUSAMY, R. Advances in knowledge discovery and data mining. Massachusetts: The MIT Press, 1996. 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