Jornal Acadêmico Campus XV Ano 3 – Nº 6 de Outubro de 2009 a Março de 2010 ELEIÇÃO UNEBIANA EVENTOS E PROJETOS O professor Lourisvaldo Valentim foi reeleito como Reitor da UNEB. (Pág.3) Campanha: 16 dias de ativismo na UNEB pelo FIM da Violência Contra a Mulher. (Pág.4) Professor Paulo José Gonçalves assume a recém-criada PróReitoria de Assistência Estudantil (PRAES). (Pág.3) Curso de Extensão: Políticas Públicas para a Educação Básica e Formação do Professor Pesquisador. (Pág.5) A novidade do NUPEX neste período foi tecnológica com a criação do BLOG: HTTP://NUPEXVALENCA.ZIP.NET Acessem e entrem em contato com o mundo da pesquisa e da extensão do campus XV, além de textos informativos e divulgação de eventos acadêmicos. Professora Ana Lícia de Santana Stopilha assume a direção do Campus XV no lugar de prof. Paulo José Gonçalves. (Pag.3) NUPEX – COORDENAÇÃO: Maria José Etelvina dos Santos VICE-COORDENAÇÃO: Ruy D’oliveira SEÇÕES: P Projetos Desenvolvidos (Pág.5) P Editorial (Pág.2) P Artigos (Pág.6) P Eleição Unebiana (Pág.3) P Ponto de Vista (Pág.8) Eventos (Pág.4) P Momento Cultural (Pág.11) P 1 EDITORIAL 2009 FELIZ OLHAR NOVO 2010 O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho da sua história. O grande lance é viver cada momento como se a receita da felicidade fosse o AQUI e o AGORA. Claro que a vida prega peças. É lógico que, por vezes, o pneu fura, chove demais... Mas, pensa só: tem graça viver sem rir de gargalhar pelo menos uma vez ao dia? Tem sentido ficar chateado durante o dia todo por causa de uma discussão na ida pro trabalho? Quero viver bem. O ano que passou foi um ano cheio. Foi cheio de coisas boas e realizações, mas também cheio de problemas e desilusões. Normal. Às vezes se espera demais das pessoas. Normal. A grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor machucou. Normal. O próximo ano não vai ser diferente. Muda o século, o milênio muda, mas o homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas e aí? Fazer o quê? Acabar com seu dia? Com seu bom humor? Com sua esperança? O que eu desejo para todos nós é sabedoria! E que todos saibamos transformar tudo em uma boa experiência! Que todos consigamos perdoar o desconhecido, o mal educado. Ele passou na sua vida. Não pode ser responsável por um dia ruim... Entender o amigo que não merece nossa melhor parte. Se ele decepcionou, passe-o para a categoria três, a dos colegas. Ou mude de classe, transforme-o em conhecido. Além do mais, a gente, provavelmente, também já decepcionou alguém. O nosso desejo não se realizou? Beleza, não tava na hora, não deveria ser a melhor coisa pra esse momento (me lembro sempre de um lance que eu adoro: CUIDADO COM SEUS DESEJOS, ELES PODEM SE TORNAR REALIDADE). Chorar de dor, de solidão, de tristeza faz parte do ser humano. Não adianta lutar contra isso. Mas se a gente se entende e permite olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam diferentes. Desejo para todo mundo esse olhar especial. O próximo ano pode ser um ano especial, muito legal, se entendermos nossas fragilidades e egoísmos e dermos a volta nisso. Somos fracos, mas podemos melhorar. Somos egoístas, mas podemos entender o outro. O próximo ano pode ser o máximo, maravilhoso, lindo, espetacular... ou... Pode ser puro orgulho! Depende de mim, de você! Pode ser. E que seja!!! Feliz olhar novo!!! (Carlos Drummond de Andrade – Adaptado) Maria José Etelvina dos Santos 2 ELEIÇÃO UNEBIANA OBRIGADO, UNEB! Imagem disponível em: http://www.uneb.br/exibe_noticia.jsp?pubid=4414. Acesso em:19/02/2010, as 15h 19. UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB COMISSÃO ELEITORAL Ato n° 03/2009 Proclamação do resultado oficial da Eleição Direta para os Cargos de Reitor e Vice-Reitor da UNEB, quadriênio 2010-2013. A Comissão Eleitoral, no uso de suas atribuições e atendendo no que preconiza o Art. 39 das Normas Complementares aprovadas pela Resolução n° 345/05 do Conselho Universitário (CONSU), PROCLAMA o resultado oficial das Eleições Diretas para os Cargos de Reitor e Vice-Reitor da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), quadriênio 2010-2013, conforme abaixo discriminado: Art. 1° - Considerando o escore obtido de acordo com a Fórmula constante nas Normas Complementares aprovadas pela Resolução 345/05 do CONSU e a respectiva retificação publicada no Diário Oficial de 10/11/2005 pg. 26, a Chapa Consolidar e Inovar composta pelo Professor Lourisvaldo Valentim da Silva para o cargo de REITOR e Professora Amélia Tereza Santa Rosa Maraux para o cargo de VICE-REITOR, venceu as Eleições com o percentual de 85,67% (oitenta e cinco, vírgula sessenta e sete por cento) dos votos válidos. Disponível em: http://www.uneb.br/exibe_evento.jsp?pubid=4363. Acesso em: 19/02/2010, as 15h 17m. NOVA GESTÃO, COMPROMISSOS REAFIRMADOS Reitor empossa Grupo Gestor da Universidade para mandato 2010-2013 - Valentim: "Agradeço aos que deixam a equipe. E convoco os que ficam para tornar reais as grandes aspirações da nossa comunidade" - Dia 23/dezembro, em Salvador. O reitor da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Lourisvaldo Valentim, deu posse ao grupo gestor da instituição para o mandato 2010-2013. A cerimônia aconteceu na manhã dessa quarta-feira, dia 23 de dezembro, na Sala Nobre da Reitoria, no Campus I da UNEB, no bairro do Cabula, em Salvador. O reitor deu as boas-vindas aos novos integrantes da administração central da UNEB. "Convoco todo o grupo gestor a arregaçar as mangas e trabalhar incansavelmente, a partir de janeiro. Nossa missão é tornar reais as grandes aspirações da nossa comunidade unebiana", destacou Valentim. O evento contou com a presença da vice-reitora Amélia Maraux, de professores, estudantes e servidores. "Os novos companheiros e os que continuam no grupo gestor terão como objetivo principal trabalhar em prol da expansão desta universidade. Precisamos unir esforços para realizar ainda mais ações para esta instituição multicampi", ressaltou Amélia. Escolhido para assumir a recém-criada Pró-Reitora de Assistência Estudantil (Praes), o professor Paulo José Gonçalves, que exercia o mandato de diretor do Departamento de Educação (DEDC) do Campus XV (Valença), agradeceu a confiança do reitor pelo convite. "Gostaria de agradecer também aos estudantes, principalmente do campus de Valença, que têm me apoiado muito como diretor. E, agora, espero contar com o apoio deles como responsável por essa pró-reitoria, a qual tem como finalidade atender as demandas estudantis. Novamente afirmo que a razão de ser desta universidade são nossos estudantes", salientou Paulo. Disponível em http://www.uneb.br/exibe_noticia.jsp?pubid=4479. Acesso em: 19/02/2010, as 16h 00m (Adaptado). ENTREVISTA COM ANA LÍCIA STOPILHA. A NOVA DIRETORA DO CAMPUS XV! 1. Na última Reunião Departamental no Campus XV, o professor Paulo José Gonçalves de Souza explicitou que foi você foi contra a sua indicação para o cargo de Diretora de Departamento do Campus XV. Porque este posicionamento? O quê ou do quê você discordava e/ou receiava? A.L.S. - Na verdade eu não fui contra, apenas recusei o convite visto que, quando foi formulado,eu já havia traçado planos pessoais que envolviam questões de saúde e de qualificação profissional que não poderiam ser conciliados com a proposta de assumir um cargo de tamanha responsabilidade e que exige dedicação total. 2 Já que você foi contra a sua indicação ao cargo em questão, porque você aceitou o assumir? A.L.S - A princípio recusei o convite pelas razões expostas acima entretanto, acredito que em um determinado momento todos ao participantes de uma organização são chamados a comprometerem-se de maneira mais efetiva, especialmente quando envolvidos em organizações públicas. No meu caso específico que sou egressa da Universidade do Estado da Bahia, tanto do Curso de graduação quanto do Curso de Mestrado, este compromisso é ainda mais acentuado. Para além do compromisso, penso que os Professores, todos eles, ao passarem em um cargo de direção, tem a possibilidade de visualizar e melhor compreender o sistema em que esta inserido; este exercício traz um entendimento maior sobre o processo administrativo, assim como das relações interpessoais e do real valor que as pessoas possuem para aquela organização. Sendo assim, ponderei todos os argumentos dos diversos segmentos da Universidade, especialmente os anseios dos alunos aceitei o convite: aqui estou procurando aprender sempre mais. 3 Qual o maior desafio nesta nova função? A.L.S - São muitos, novos e urgentes desafios. Especialmente aqueles de desenvolver a visão sistêmica a fim de equacionar e atender aos anseios da comunidade, gerir os procedimentos administrativos, harmonizar diversos interesses e necessidades da comunidade acadêmica dentro de um modelo burocrático que precisa ser dinamizado. 4 Como você desejaria ser lembrado pelos discentes e funcionários do Campus XV? A.L.S - Como uma profissional que exerce suas funções com dignidade e tolerância; como uma pessoa com a qual as pessoas podem confiar, independente do cargo que esteja ocupando. 5 Qual a lição que deixa e leva dos anos em que você foi "apenas" professora? A.L.S - A lição é que levo é justamente que a profissão docente não rima com o “apenas”, ao contrário, ser professor tem uma amplitude e uma plenitude incomensuráveis. Eu não fui professora: sou e serei eternamente professora porque gosto de gente, de aprender de ensinar de construir e resignificar conhecimentos, experiências, saberes e vivências. Os outros cargos são conseqüência, ser professor é a causa. 6 Quer deixar alguma mensagem? A.L.S. - Que nossas experiências de vida, planejadas ou não, possam ser pontes para nossa melhoria como seres humanos e orientem-se para o desenvolvimento humano. 3 EVENTOS CAMPANHA: 16 DIAS DE ATIVISMO NA UNEB PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER Tauane Gleide Ramos Bibliotecária – UNEB Campus XV. Ocorreu no dia 10 de Dezembro de 2009 a culminância da Campanha: 16 dias de ativismo na UNEB pelo FIM da Violência Contra a Mulher, neste departamento, projeto de ação promovido pelo SISB (Sistema Integrado de Bibliotecas) e organizado pela Bibliotecária Tauane Gleide Ramos juntamente com sua equipe de Organização: Eliecir F.Santos, Emanuela Alcântara, Saionara Lima e Monitoras Voluntárias - Juciane Ferreira, Kátia Guimarães, Ivoneide Marinho,Ana Rosa, Larícia Oliveira,Patrícia Santana e Eliziane Soares. A sociedade Civil, Acadêmicos. Professores e Promotoria fizeram-se presente no evento. ü Saúde Mental: A violência contra a Mulher Portadora de Necessidades Especiais Mentais. Debatedora Nicoleta Mendes de Mattos - Psicóloga e Professora da UNEB/XV. ü Gerontologia Social-Violência contra a mulher Idosa, Debatedora Silene Chacra-Gerontóloga pela UFBA e coordenadora da Faculdade Aberta a Terceira Idade – FACE. ü Denúncias de Violência contra Mulher - LEI MARIA DA PENHA,Debatedor :Advogado NódzuJansen de Mello Ramos-Especialista em Direito Civil e Criminal. ü O Papel da Promotoria em defesa pela Mulher. Debatedor substituto do Promotor Jader Alves, Valnei da Cruz Santos, aluno do 4ºsemestre do curso de Direito UNEB/XV e funcionário do MP de Valença.Tendo como mediadora Emanuela Alcântara aluna do 7º semestre do Curso de Pedagogia UNEB/XV. Segundo o SISB o evento é de "Natureza interdisciplinar organizado pelo Núcleo de Estudos de Gênero e Sexualidade Diadorim (NUGSEX/DIADORIM), que reflete diálogos possíveis entre a Universidade, os Movimentos Sociais e o Estado sobre a questão da violência contra as mulheres em suas múltiplas dimensões interseccionais. Essa ação está articulada com a campanha internacional intitulada '16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher' ". Tauane aproveita o espaço e agradece a todos que contribuíram direta e indiretamente para que esse evento acontecesse em perfeita harmonia. A professora Celeste Martinez foi a grande homenageada da noite e no ensejo declamou sua própria poesia: Todas as Mulheres..., ...Todas as Mulheres são pares Todas estão feridas e aguardam a chance do grito,do canto,do riso...; poesia esta que está inserida no livro Valenciando -Vários autores de Valença, faz parte do nosso acervo Bibliográfico. No intuito de refletir acerca do tema a programação da noite transcorreu da seguinte forma, na abertura da Culminância uma Atividade cultural com um belíssimo Tango apresentado pelo Casal de Bailarinos da Cia. de Dança de Salão Styllo Corpo-Coregrafia de Sinthia Bulcão, declamação de Poesia pela aluna do 2ºsemestre de Pedagogia UNEB/XV Valquíria Santos e a homenageada da noite Celeste Martinez. O Professor Paulo nos emocionou com suas sábias palavras dando inicio oficial à Mostras de livros, Mostras de artigos e a Mesa Redonda, onde foram debatidos os temas : ü Abuso sexual Infanto Juvenil do Sexo Feminino Debatedora: Maria Helena Queiroz Cabral - Vereadora e Membro da Comissão de Direitos Humanos. INFORME Os Luzentes que ainda não têm sua carteira de leitor para que se faça presente na Biblioteca setorial munidos dos documentos necessários que são; · 02 FOTOS 3X4; · Xerox do comprovante de matrícula e residência · Xerox do RG. Aguardamos todos! 4 PROJETOS CURSO DE EXTENSÃO: POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA E FORMAÇÃO DO PROFESSOR PESQUISADOR Maria Raidalva Nery Barreto Graduação em Licenciatura em Pedagogia (UNEB) Especialização em Especialização Em Administração Pública (UEFS) Mestrado profissionalizante em Políticas Públicas, Gestão do Conhecimento e Desen. Regional. (UNEB) Mestrado em Ciência da Educação. (Universidade Lusófona de Humanidade e Tecnologia) Roberta Melo de Andrade Abreu Graduação em Pedagogia (Faculdades Integradas Olga Mettig) Especialização em Metodologia do Ensino Superior. (Faculdades Integradas Olga Mettig) Mestrado em Educação (Universidade Metodista de São Paulo, UMESP, Brasil.) O Curso de Extensão, intitulado “POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA E FORMAÇÃO DO PROFESSOR PESQUISADOR” tem como finalidade refletir sobre as políticas públicas referentes à educação básica e a formação do professor pesquisador, a fim de fomentar uma compreensão sobre sua importância na construção de uma consciência coletiva e na redução das desigualdades sociais. Para tanto, o Curso em pauta propõe uma metodologia dialógica e investigativa que, por isso, contribui efetivamente para apropriação dos saberes formais e colabora com a vida cotidiana e, para operacionalizar tal proposta, serão realizadas palestras, leitura e discussão de texto, exposição participada, produção de texto, apresentação de slides e outros. Nessa perspectiva, considerando a importância das políticas públicas para a educação básica e para a formação de um professor autônomo e consciente da sua função social, considerase relevante a realização desse Curso de Extensão. Este curso tem como objetivo refletir sobre as políticas públicas referentes à educação básica e a formação do professor pesquisador, a fim de fomentar uma compreensão sobre sua importância na construção de uma consciência coletiva e na redução das desigualdades sociais. O público alvo deste curso são: Gestores, Coordenadores Pedagógicos e Docentes da rede Pública e particular de ensino, discentes e docentes do curso de Pedagogia. 5 ARTIGOS BIOPSICOSSOMÁTICA, PENSAMENTO E SAÚDE “A resposta do sistema imunológico está condicionada ao pensamento! Tudo o que fazemos ou deixamos que nos façam tem conseqüências físicas.” (Richard Schulze) · Maria José Etelvina dos santos Mestre em Educação, Psicóloga, Psicopedagoga, escritora, professora da UNEB E-mail para correspondência: [email protected] Hoje sabemos que somos hospedeiros de todo tipo de bactérias, fungos e germes, no entanto, o inimigo mais temido pelo organismo não são os micróbios, pasmem! Mas, os nossos pensamentos sobre nossas experiências passadas e as palavras que ouvimos de nossos pares a cada dia. Sim, o que pensamos atinge em cheio nosso sistema imunológico. Imaginem que durante anos combatemos bactérias assassinas, gripes malignas e vírus perniciosos, mas são os nossos pensamentos que nos adoece e mata como também nosso passado. Tememos o futuro, mas é nosso passado que nos aflige, incomoda e adoece. O cérebro é emocional, não descansa, não tira férias e não se ausenta de suas funções um só segundo, é ele que regula, equilibra, comanda todas as funções vitais de nosso organismo, está alerta para tudo que envolve nosso ser e, se a experiência possui uma carga emocional forte, então, nunca esquecemos a experiência vivida e logo somatizamos como resposta a um conflito biológico. Através dos neurotransmissores transmite as mensagens necessárias a nossa sobrevivência. A ciência já descobriu que quando se tem um pensamento o cérebro produz substâncias que abrem o que se poderia chamar de canal para a atuação dos sentimentos. Quando o pensamento é concluído, o canal se fecha. Por exemplo, quando vê a pessoa amada, essa sensação incrível que percorre o corpo não é outra coisa que uma substância química. Quando se excita sexualmente o seu corpo é levado a liberar outra substância química, e quando um alguém tenta lhe assaltar, e vem a vontade de reagir de ter consigo uma arma para se proteger da ameaça que aquela situação provoca, esta ira que sente, esse ácido corrosivo que aparece no sistema circulatório, no estômago, essa sensação, é outra substância enviada pelo cérebro. Essas substâncias se chamam neuropeptídeos, A biologia levou anos pesquisando este campo e ainda continua. O que sabemos até agora é que quando se tem um pensamento, o cérebro produz substâncias que afetam a pessoa, e o que ela sente é produzido pela assimilação desses neuropeptídeos. A ciência médica fez uma descoberta importantíssima na última década que passou praticamente desapercebido. Já era sabido que as células do sistema imunológico, como todas as demais, tem compartimentos de descarga em sua membrana para assimilar diversas substâncias. O que se descobriu foi que na membrana de cada um dos linfócitos que defendem o corpo de bactérias, vírus, fungos, parasitas, câncer e de todas as enfermidades existe um ponto concreto de carga que recebe dos NEUROPEPTÍDEOS. O Modelo médico cartesiano, no qual a maioria dos médicos foram formados, afasta inteiramente a idéia de que a mente influencia o corpo de alguma forma importante. No entanto, vejamos algumas descobertas que afirmam o contrário: n Em 1974 Robert Ader, descobriu que o sistema imunológico, assim como o cérebro, era capaz de aprender – rotas biológicas que tornam a mente, as emoções e o corpo não separados, mas intimamente interligados. n Francisco Varela nos diz que o sistema imunológico é o “cérebro do corpo”. n O sistema nervoso está sujeito a “desgaste e rompimento’, como resultado de experiências tensionantes. n Cohen constatou que quanto mais tensão as pessoas tinham em suas vidas, mais propensas a resfriados ficavam. n O preço da ansiedade não é só a redução da resposta imunológica; outra pesquisa mostra efeitos adversos no sistema cardiovascular. Enquanto a hostilidade crônica e repetidos episódios de ira parecem pôr os homens em grande risco de doença cardíaca, as emoções mais mortais nas mulheres são ansiedade e medo. O que importa ao sistema imunológico é aquilo que pensamos, por isso a importância dos pensamentos! O cérebro só cria a doença que conhece e nossa memória celular advindos de nossa ancestralidade está repleto de experiências de medo de perda de território, de ser expulso do clã, de ser rejeitado ou abandonado pelo ninho, de ser devorado por predadores, medo do escuro, pois é na noite onde tudo acontece, temor do desconhecido, da invasão, de ter que lutar sem se sentir preparado para conquistar seu espaço, etc, e, são estes conflitos biológicos que são precursores dos agravos a saúde. Somos responsáveis pelos nossos sentimentos mais interiores. As palavras nos afetam mais do que armas. Uma ofensa pode nos matar, porque tudo isso deprime nosso sistema imunológico. Isso não é tudo. Já temos visto que o sistema imunológico fica algum tempo escutando nossos monólogos internos, raivas, mágoas, as ofensas que escutamos, o amor que nos negamos e negamos ao outro, enquanto nenhuma célula ou órgão do organismo monitore e responda com uma ação concreta a estas pragas danosas as quais vão se acumulando no órgão que estiver vinculado a ofensa sentida, vamos vivendo sem nos apercebermos do mal que causamos a nós mesmos, mas quando a célula responde, geralmente vem em forma de doença como um aviso de que algo não está bem e precisa ser revisto. O sistema imunológico não só escuta, mas reage de acordo com o pensamento a este diálogo emocional. As células que defendem nosso organismo tem pontos receptores de neuropeptídeos, as substâncias que produzimos no cérebro com cada pensamento. E a resposta do nosso organismo aos germes patógenos ou ofensas, varia dependendo de que se fortaleça ou debilite o amor por nós mesmos que dará força a nosso sistema imunológico para nos defender e nos manter saudáveis. Enfim, há um nutriente de efeito terapêutico mais eficaz que as vitaminas, os minerais, as enzimas, os remédios naturais e as ervas medicinais, que se denomina AMOR. O ser humano é o mais vulnerável dos seres humanos, inábil ao nascer e totalmente dependente do outro para sobreviver e se desenvolver, por isso somos seres vinculares e assim como ar que precisamos para respirar, precisamos desesperadamente do amor do outro para viver, principalmente acolhida e amor dos nossos cuidadores e familiares, sem esta emoção básica, assim como o alimento morreremos, como estamos morrendo de solidão, doenças curáveis e incuráveis, de câncer, que segundo alguns pesquisadores são a doença da tristeza celular e do sofrimento emocional. Ajudar as pessoas a lidar melhor com seus sentimentos perturbadores – ira, ansiedade, depressão, pessimismo e solidão – é uma forma de prevenir a doença. Muitos pacientes podem beneficiar-se mensuravelmente quando suas necessidades psicológicas são cuidadas juntamente com as puramente médicas, integrando corpo e mente que não podem viver separadamente, pois um depende do outro para harmonizar o indivíduo, que é indivisível, único e singular. 6 A importância da família e da escola na mediação infantil nas televidências. Jane Teles Silva Graduada em Pedagogia. Valença-Brasil. [email protected] Por muitos anos, a família e posteriormente a escola permaneceram como os principais espaços de socialização, considerados os agentes elementares na troca de experiências. Hoje as mídias, principalmente a televisão, acabaram ocupando esse lugar e roubando a cena, constituindo-se num dos principais meios de divulgação das informações e de acesso ao mundo. Esse contato independe da classe social ou faixa etária, acaba ocorrendo muito antes do que se imagina. Segundo estudos realizados por Pfromm Netto, “as crianças têm interesse pela televisão a partir dos seis meses de vida, passando a assistir com maior regularidade a programação por volta dos dois ou três anos de idade”. (1998, p. 48). Quando uma criança inicia o seu processo formativo na escola, leva consigo uma bagagem de conhecimentos inestimável, adquirida através das várias horas passadas em frente ao televisor desde quando ainda era um bebê. A escola, muitas vezes, despreza esses conhecimentos prévios, trabalhando com informações totalmente descontextualizadas dessa realidade. Isso provoca um distanciamento entre as práticas educativas e as vivências infantis concentrando, em parte, a aversão dos alunos à escola. Os produtores corporativos da cultura infantil invadem a vida privada das crianças. Percebendo o enorme poder dos meios de comunicação e informação, atacam a vulnerabilidade infantil desenvolvendo uma infinidade de produtos para atingir a essa faixa etária, criando necessidades para este público consumidor e estimulando a aquisição acentuada dos produtos veiculados pelas mídias. Conforme atesta Rizzardi, “além dos aspectos voltados para o entretenimento e lazer, a televisão também se apresenta como uma poderosa gôndola eletrônica para a exposição e sedução destes pequenos consumidores”. (2003, p. 231). Além disso, convém ressaltar outro agravante, uma característica tipicamente desenvolvida pela sociedade contemporânea ocidental: a individualização dos sujeitos. Aprisionados pelas suas rotinas profissionais, os pais acabam enclausurando as crianças em casa, de modo a permanecerem sozinhas. A televisão, estruturada com seus poderosos apelos comerciais, acabam invadindo a vida das crianças e se agregando na própria constituição, ditando valores, regras, modismos, formas de encarar e atuar no mundo. Todo esse movimento é desenrolado e incorporado, sem a devida filtragem, pois durante maior parte de sua freqüência com a televisão às crianças estão sem o contato com pessoas mais experientes, capazes de discerni o que a mídia a apresenta. Nesta perspectiva, há uma mudança de foco, pois a infância deixa de ser uma fase natural da vida humana, sendo agora um artefato construído e ditado pela mídia. Esta, por sua vez, recria esta imagem da criança livre, protegida, feliz, deturpando e camuflando a verdadeira face da realidade. O que temos, na verdade, não passa de uma simulação da infância. Todos os acontecimentos que perpassam a história da infância serviram para estruturar uma nova caracterização da criança, do ponto de vista sociológico, como um componente histórico-cultural moldada por condicionantes econômicos e políticos atuando diretamente sobre ela. Além do mais, a criança contemporânea amadurece precocemente, dada aos estímulos ofertados no meio circundante. De notável inteligência e criatividade, precisam ser ouvidas e consideradas como parte integrante da sociedade. Mesmo tendo adquirido certa independência desde cedo, é inestimável o apoio, a proteção e o contato do adulto, auxiliando-a nas suas escolhas, na constituição dos princípios e valores baseado na justiça e na solidariedade, proporcionando a construção de um olhar crítico frente o mundo que as envolve. Só assim estaremos preparando nossas crianças para viverem plenamente estes novos tempos. Segundo Goméz: “Hoje não é mais possível entender a educação fora da televisão e das transformações profundas que este meio promove, assim como também não é possível entender a televisão fora das audiências , das televidências, da educação. Educação e comunicação estão indissociavelmente relacionadas e, ao menos que reconheçam isso, a escola tenderá a perder cada vez mais para essa e outras mídias visuais que estão muito mais próximas da criança e de sua linguagem do que a escola, uma vez que ela já nasceu nesse espaço tempo midiático que os adultos ainda estão descobrindo”. (2001, p. 152). Diante disso o desafio da escola é o de incluir essas novas formas de leitura como um dos elementos de ampliação da formação da criança. Ainda segundo o autor, “é preciso desmistificar a idéia de que os meios de informação servem apenas para distrair, divertir e, em todo caso, informar. Os meios de comunicação são vistos como algo que deve ficar fora das escolas, fora do processo educativo formal. E quando se aceita que algo dos meios de comunicação entre na escola trata-se de algum programa instrutivo, algum filme que possa transmitir uma mensagem positiva aos estudantes ou simplesmente vídeos educativos, produzidos pelo Ministério da Educação, onde se contempla vídeos gráficos para auxiliar o processo educativo na escola, materiais de apoio para o livro didático, para ilustrar o que o professor está ensinando, ou para apoiar o professor nos seus esforços de ensino, por exemplo,” (GOMÉZ, 2001, p. 51). Essa é a idéia que se tem dentro do sistema educativo, de que todos os materiais na forma de imagem são para apoiar o discurso oral ou escrito, esses sim legítimos para transmitir conhecimento. Tudo o que é imagem é apenas apoio, ilustração, mas não tem legitimidade para transmitir conhecimento. Não há um interesse nem institucional, nem individual por desenvolver uma pedagogia do uso da imagem pela educação. É muito importante se mudar essa idéia social de que os meios de comunicação somente servem para divertir e informar. Porque, justamente, divertindo e informando estão produzindo aprendizagens em todos os setores, mas isso não se entende porque há uma definição muito estreita, muito reducionista da educação. Segundo Gómez: “A educação é vista como aquilo que é instrução, tudo aquilo que eu quero ensinar que à sociedade diz que eu devo ensinar as crianças, isso é educação. Então educação é aquilo que faz a escola. Nenhuma outra instituição pode educar. A educação é aquilo que se faz seriamente, com muito esforço. Aquilo que é divertido não é educação. Então acredito que há uma idéia equivocada sobre educação e que é preciso mudar essa idéia. Educação pode ser muito divertida, pode ser fora da escola, pode ser muito mais que somente instrução”. (2001, p 18). REFERÊNCIAS: · GOMEZ, Guillermo Orozco. La audiência frente a la pantalla: uma exploración del processo de recepción televisiva. Dialogo de la comunicación, Lima, n 30, jun.2001. · PFROMM NETTO, Samuel. Telas que ensinam: mídia e aprendizagem do cinema ao computador. Campinas, Sao Paulo: Alínea, 1998. · RIZZARDI, Débora Grazziotin Finger. Uma leitura do merchandising direcionado às crianças em programas de televisão. In: MELO, José Marques (Org.). Mídia, regionalismo e cultura. São Bernardo do Campo. São Paulo: UPF Editora, 2003. 7 PONTO DE VISTA A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E O FAZER PROFISSIONAL Cátia Nery Menezes Graduanda do curso de Pedagogia com habilitação em Docência e gestão de processos educativos pela Universidade do Estado da Bahia – UNEB DEDC Campus XV. E-mail: [email protected] A universidade é uma instituição de ensino superior que tem como objetivo a preparação profissional do individuo para atuar na sociedade, mas a atividade acadêmica não está relacionada apenas com o ensino. A pesquisa, o ensino e a extensão constituem o chamado tripé da universidade se bem articulados favorecem uma formação holística dos estudantes das diversas áreas de atuação profissional. A função pedagógica da universidade é inquestionável, pois o seu trabalho (ensino) é formativo, educativo e a pesquisa favorece a produção do conhecimento, isso é significativo para superarmos a reprodução do conhecimento e práticas autoritárias e antidemocráticas. A extensão possibilita pensarmos na função social da universidade, pois está inserida na comunidade deve contribuir de alguma forma na qualidade de vida dos individuos e estabelecer uma relação entre a universidade e a comunidade, até o início da década de 80 estava enfraquecida pela pouca iniciativa de estreitar a relação universidade / sociedade. Foi a partir do Fórum Nacional dos Pró - Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras no final da década de 80 fomentou a produção do Plano Nacional de Extensão que define a extensão universitária como: “A extensão entendida como prática acadêmica que interliga a Universidade nas suas atividades de ensino e pesquisa, com as demandas da maioria da população, possibilita a formação do profissional cidadão e se credencia, cada vez mais, junto à sociedade como espaço privilegiado de produção do conhecimento significativo para a superação das desigualdades sociais existentes. É importante consolidar a pratica da extensão, possibilitando a constante busca do equilíbrio entre as demandas socialmente exigidas e as inovações que surgem do trabalho acadêmico”. (MEC/SESU, 2000) Então a extensão universitária descaracteriza o papel assistencialista e amplia o espaço de atuação do acadêmico, através da elaboração de projeto para a comunidade transformando em canal de divulgação da produção acadêmica e da responsabilidade social da universidade. E o futuro profissional poderá desenvolver atividade que irá instrumentalizá-lo, para o desenvolvimento de competências e habilidades, como reconhecer a importância de atrelar a teoria e a prática no processo de formação. Nesse sentido a extensão vai possibilitar ao estudante dá um retorno para a comunidade onde vive, fazendo do espaço social um lócus privilegiado de pesquisa e de apreensão de conhecimento intrínseco para a formação profissional. Isso é de fundamental importância para o acadêmico se reconhecer como mediador de processos de intervenção e de modificação do espaço onde está inserido e o papel do conhecimento para a emancipação do sujeito e a transformação social, a partir de iniciativa que contempla a inclusão social. A extensão para o acadêmico é um laboratório, aonde coloca em prática o conhecimento teórico articulado com a prática, segundo SPENTHOF: “A atividade laboratorial acadêmica pode ser entendida como exercício de experimentação de ampliação de conhecimentos das atividades práticas e a realização de notáveis operações e transformações na formação e no mundo do estudante, ultrapassam os estreitos espaços da sala de aula e a avaliação do professor”.(1998, p.165 ) Assim a atividade de extensão deve ocorrer estabelecendo conexões entre ensino-pesquisa, pois o primeiro irá instrumentalizar teoricamente na elaboração e excussão da atividade e a pesquisa vai subsidiar na produção de conhecimento. Então a extensão pode ser desenvolvida nos mais diversos segmentos sociais que o grupo (acadêmicos) entender como necessário para o desenvolvimento da cidadania. Por conseguinte o fazer profissional aqui referenciado através da extensão universitária constitui em um espaço único de reflexão acadêmica que envolve a sociedade ativamente para buscar entender suas necessidades, transformando as ações em discussões e reflexões da prática profissional circunscrita no espaço acadêmico. È uma possibilidade do acadêmico in lócus desenvolver suas potencialidades ainda no processo de formação vislumbrando de forma prática as necessidades dos indivíduos que transcendem os muros das universidades, colocando os estudantes em contato com situações reais, favorecendo o seu fazer profissional. 8 Arte e Educação: a importância da Dança no espaço formal de ensino “... A dança é a síntese de uma infinidade de informações, de experiências e, por vezes de reflexões registradas espontânea e simultaneamente. Educa a receptividade sensorial e suscita um sentido novo, que poderíamos chamar de ‘o sentido de ser’, e que implica não só a compreensão psicológica da vivencia corporal, mas também de uma experiência física...”. Ivonne Berge. Joice de Jesus Oliveira Graduanda do Curso de Pedagogia Essa discussão é uma reflexão sobre as propostas pedagógicas voltadas para a práxis do ensino da dança no espaço formal de educação, que se caracteriza historicamente por possuir uma grande fragilidade de conteúdos e praticas significativas para o desenvolvimento e habilidades de uma percepção sóciopolítico cultural por parte dos indivíduos que a pratica. A dança como várias outras modalidades do ensino da arte, tem suas especificidades, que, no entanto nunca foi identificada historicamente no desenvolvimento das atividades realizadas pelos profissionais responsáveis pelas mesmas, voltando-se apenas para o exercício de técnicas em prol de uma perfeição de movimentos. Ainda nos dias de hoje, percebesse muitas vezes, que ela serve apenas para construção de espetáculos que normalmente são exibidos em datas especificas durante o ano letivo ‘como se a dança servisse apenas para embelezar as festas cívicas e populares’. Desta maneira a escola nega que a dança assim como a escrita possua suas peculiaridades, fazendo suas comunicações através do uso de movimentos, que, no entanto devem ser conscientes e sensíveis, pois o que é dançado necessita de sensibilidade e valor estético para ser percebido beleza e importância no que é transmitido (JESUS, 1996). O trabalho com a arte independente do espaço que as realizam, podem promover mudanças pessoais e sociais para com seus indivíduos, pois eles passam a fazer um outro tipo de leitura e compreensão de seus papéis diante da sociedade, aproximando-se desta forma do modelo ideal de cidadão que se espera construir na escola, dita ‘para todos’. Desta forma este cidadão terá condições de compreender e interferi no contexto social político e cultural de sua comunidade. Assim, “ao reconhecermos nossas sensações corporais (continência) poderemos alcançar a compreensão de seus significados (consciência). De forma similar poderemos repensar sobre os valores culturais, exPectativas a respeito do trabalho, relação com o espaço...” (SILVA,1996;44), pois esses são alguns dos objetivos promovidos pela área de artes. Então aparentemente o ensino desta arte (dança) parece sem muita importância, e ao conhecermos, a fundo, o potencial de informações que ela pode transmitir, nos deparamos com a existência da ingenuidade cultural na qual a população vive desde sempre. Um dos instrumentos responsáveis por esta desvalorização e falta de percepção é a mídia, pois ela nos envolve com inebriados movimentos musicais (danças) e leituras camufladas de verdades sociais que nos insere em um contexto de vida, onde não se realizam leituras criticas de situações e ações individuais e coletivas vivida pela população. Desta forma, a dança deve ir muito alem de movimentos corporais baseados apenas em técnicas, ela precisa reconhecer a importância do Corpo-Mente-Espirito, trabalhando juntos, já que o individuo se constitui basicamente destas três vertentes. Pois, segundo Dayrell, 1996: O mundo real não é um contexto fixo, não é só nem principalmente o universo físico. O mundo que rodeia o desenvolvimento do aluno é hoje, mas que nunca, uma clara construção social onde as pessoas, objetos, espaços e criações culturais, políticas ou sociais adquirem um sentido peculiar, em virtudes das coordenadas sociais e históricas que determinam sua configuração. Há múltiplas realidades como há múltiplas formas de viver e dar sentido a vida. Por fim deixo aqui uma reflexão sobre tais praticas e sua importância para com a construção de um novo mundo voltado para a humanização e sensibilização de seus integrantes. 9 CONTRIBUIÇÕES DE UMA SOCIOLOGIA DAS AUSÊNCIAS E EMERGÊNCIAS. Moacyr A. Côrtes – Graduando do Curso de Direito, VI Semestre, UNEB – Campus XV. Não é tão fácil identificarmos por Boaventura de Sousa parâmetro de expansão do consciências o Santos, presente, libertando-se das concepções distintas, faz-se visa, suas antigas e quadradas mister como remédios contra subverter “novo”. estamos Não quando envoltos por assume relevância, já enorme que que adotam inúmeras ciências que se essencialmente, percepções, de forma a dar o preconceito, o dogmatismo, dizem novos essa produção de ausências, visibilidade relações e as convicções “inabaláveis” com paradigmas, com às novas transformando-as em objetos sociais alternativas e não e paralisantes. E da mesma formas de enxergar o mundo, presentes, tornando visível deixar que se percam no forma, a reflexão abordada mas que de certa forma aquilo desperdício ganha ainda principiam por uma escamoteado pelas ciências experiências. Encarnar esta quando posiciona-se numa razão dominantes subjugadoras. considerada que vem sendo das um maior debate razão cosmopolita proposta sociedade pluralista; dentro exclusivista. Uma razão que Conforme seus por Boaventura, de modo a da ainda não é exercitada de ensinamentos, isto dar-se-á, criar uma comunicabilidade interações pleno modo a abrir-se para a através de um esforço pela entre as consciências que dentro inesgotável expansão do presente, no adotam segmentos diferentes opiniões. epistemológica, de modo a sentido do poder dominante, não não descobrir outras formas valorizar de conhecimentos diversidade racionalidades, que de esconde e desacredita as experiências experiências estão alternativas, sociais por simplesmente, encaixarem não em conhecer os desprezando certo senso dos de indivíduos; das diferentes Então, diante de tudo que e comum a que possa estar exposto, sociais que vinculada, mas sim tomando- notificações mais importantes uma das andamento no o como ponto de partida para a serem feitas, é destacar elas, mundo, e não deixar para um o que todo este diálogo entre se futuro próximo ou longínquo princípios e valores dentro da diferentes o sociedade. ainda mais relevante a partir sua em e inesgotáveis multiplicidade surgimento de novas surgimento de novos teses torna-se concepção de totalidade e concepções, novas visões de análise. E para agravar este conjunto, novos parâmetros Interessante observar, é que pois daqui, desta simples quadro, identifica-se democráticos esta simples reflexão ganha reflexão comunicativa, ou da nitidamente a força de um participação. mais a reflexão que os senhores comunicativa leitores estão fazendo agora, contexto considerando de capitalista, de uma discussão ampliada, fundamento interação “improdutivo” E neste sentido, o nosso proposta tudo que não é produtivo Direito como uma das mais revelando conforme surgir uma razão também pluralizada, que aos o poucos deixa de lado as distanciamento deve, forma, alheamento em relação ao tradições, ausências no lugar que seria combater este pensamento outro, não constrói diálogo estáticos, e as extremadas das de hegemônico tenta muito menos intercâmbio de visões não impregná-lo, partindo idéias e sim ajuda a formar desenvolve também, de novos contornos um “inimigo”, e que, desta influências de racionalidade que surgem maneira, segmentos sociais. É neste contexto, que a das erroneamente taxadas outro, o “refletir” o outro, o “Sociologia das Ausências e “periferias” do conhecimento. “construir” das Emergências” proposta Deve, assim, assumir um comunicabilidade experiências sociais enquadradas neste sistema. da mesma que o e poderá o valorosas ciências sociais, formas seus Habermas, que pragmatismos, e produzindo inúmeras os por com “entender” pontes o de os conteúdos mundo e se recebendo dos vários de entre 10 MOMENTO CULTURAL DECLARAÇÕES Creio nas possibilidades de Mudança; Anseio por oportunidades da Esperança; Destruo superioridades pela Inteligência; Moacyr Araújo Côrtes - Discente do Curso de Direito, VI Semestre, UNEB – Campus XV. Sacaneio as mediocridades que são Impostas; Verifico o elevar-se das mazelas corriqueiras Em expressões do cotidiano; E talvez não mais que isso Sinta a liberdade restante atestar o fabulário do dia- a- dia. SER NEGRO África, mãe África. Berço da cultura que herdamos Celeiro eterno onde debruçamos Que muito a ignoramos Pra que tanto racismo Se a vida é uma só Seja negro, branco ou moreno Quando Deus manda o sereno Extingue toda a separação Vamos buscar a união? Só na pele sou negro Por dentro é sangue também Por que tanto racismo Se direito a vida todos tem Célia Regina S. Bomfim Estudante do Curso de Pedagogia Ser negro também é gente É dotado de inteligência e saber Ninguém fica pra semente A cor é que incomoda muita gente. R 11 NOSSA EQUIPE uy D’Oliveira Lima JORNAL ACADÊMICO DO CAMPUS XV DA UNEB – Uma publicação do DEDC XV Rua Cecília Meireles, S/N- Centro- Valença-Ba Tel.: (75) 3641-0599/ E-mail: [email protected] Reitor Coordenação do NUPEX Lourisvaldo Valentim da Silva Maria José Etelvina dos Santos Monitores Pró-Reitora de Extensão Gerusa Sobreira / Sílvia Lopes Bittencourt Adriana Marmori Vice-Coordenação do NUPEX Ruy D’Oliveira Coordenação do Projeto Maria José Etelvina dos Santos Direção de Departamento Tiragem: 1000 Ana Lícia Stopilha Ano: 3 Maria José Etelvina dos Santos Coordenação do NUPEX Gerusa Sobreira Monitora Nº 6 Sílvia Lopes Bittencourt Monitora *As produções assinadas são de inteira responsabilidade dos seus autores. 12