Jornal Acadêmico Campus XV
Ano 3 – Nº 6 de Outubro de 2009 a Março de 2010
ELEIÇÃO UNEBIANA
EVENTOS E PROJETOS
O professor Lourisvaldo Valentim foi reeleito como Reitor da
UNEB. (Pág.3)
Campanha: 16 dias de ativismo na UNEB pelo FIM da Violência
Contra a Mulher. (Pág.4)
Professor Paulo José Gonçalves assume a recém-criada PróReitoria de Assistência Estudantil (PRAES). (Pág.3)
Curso de Extensão: Políticas Públicas para a Educação Básica e
Formação do Professor Pesquisador. (Pág.5)
A novidade do NUPEX neste período foi
tecnológica com a criação do BLOG:
HTTP://NUPEXVALENCA.ZIP.NET
Acessem e entrem em contato com o
mundo da pesquisa e da extensão do
campus XV, além de textos
informativos e divulgação de eventos
acadêmicos.
Professora Ana Lícia de Santana Stopilha assume a direção do
Campus XV no lugar de prof. Paulo José Gonçalves. (Pag.3)
NUPEX – COORDENAÇÃO: Maria José Etelvina dos Santos
VICE-COORDENAÇÃO: Ruy D’oliveira
SEÇÕES:
P
Projetos Desenvolvidos (Pág.5)
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Editorial (Pág.2)
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Artigos (Pág.6)
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Eleição Unebiana (Pág.3)
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Ponto de Vista (Pág.8)
Eventos (Pág.4)
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Momento Cultural (Pág.11)
P
1
EDITORIAL
2009 FELIZ OLHAR NOVO 2010
O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho da sua história.
O grande lance é viver cada momento como se a receita da felicidade fosse o AQUI e o AGORA.
Claro que a vida prega peças. É lógico que, por vezes, o pneu fura, chove demais...
Mas, pensa só: tem graça viver sem rir de gargalhar pelo menos uma vez ao dia?
Tem sentido ficar chateado durante o dia todo por causa de uma discussão na ida pro trabalho? Quero viver bem.
O ano que passou foi um ano cheio.
Foi cheio de coisas boas e realizações, mas também cheio de problemas e desilusões. Normal.
Às vezes se espera demais das pessoas. Normal.
A grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor machucou. Normal.
O próximo ano não vai ser diferente.
Muda o século, o milênio muda, mas o homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem
sempre é a que a gente deseja, mas e aí? Fazer o quê? Acabar com seu dia? Com seu bom humor? Com sua
esperança?
O que eu desejo para todos nós é sabedoria!
E que todos saibamos transformar tudo em uma boa experiência!
Que todos consigamos perdoar o desconhecido, o mal educado. Ele passou na sua vida. Não pode ser responsável
por um dia ruim...
Entender o amigo que não merece nossa melhor parte. Se ele decepcionou, passe-o para a categoria três, a dos
colegas. Ou mude de classe, transforme-o em conhecido. Além do mais, a gente, provavelmente, também já
decepcionou alguém.
O nosso desejo não se realizou? Beleza, não tava na hora, não deveria ser a melhor coisa pra esse momento (me
lembro sempre de um lance que eu adoro: CUIDADO COM SEUS DESEJOS, ELES PODEM SE TORNAR
REALIDADE).
Chorar de dor, de solidão, de tristeza faz parte do ser humano. Não adianta lutar contra isso. Mas se a gente se
entende e permite olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam diferentes.
Desejo para todo mundo esse olhar especial.
O próximo ano pode ser um ano especial, muito legal, se entendermos nossas fragilidades e egoísmos e dermos a
volta nisso. Somos fracos, mas podemos melhorar. Somos egoístas, mas podemos entender o outro.
O próximo ano pode ser o máximo, maravilhoso, lindo, espetacular... ou...
Pode ser puro orgulho! Depende de mim, de você!
Pode ser. E que seja!!! Feliz olhar novo!!!
(Carlos Drummond de Andrade – Adaptado)
Maria José Etelvina dos Santos
2
ELEIÇÃO UNEBIANA
OBRIGADO, UNEB!
Imagem disponível em: http://www.uneb.br/exibe_noticia.jsp?pubid=4414. Acesso em:19/02/2010, as 15h 19.
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA - UNEB
COMISSÃO ELEITORAL
Ato n° 03/2009
Proclamação do resultado oficial da Eleição Direta para os Cargos de Reitor e Vice-Reitor da UNEB, quadriênio
2010-2013.
A Comissão Eleitoral, no uso de suas atribuições e atendendo no que preconiza o Art. 39 das Normas Complementares
aprovadas pela Resolução n° 345/05 do Conselho Universitário (CONSU), PROCLAMA o resultado oficial das Eleições Diretas para os
Cargos de Reitor e Vice-Reitor da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), quadriênio 2010-2013, conforme abaixo discriminado:
Art. 1° - Considerando o escore obtido de acordo com a Fórmula constante nas Normas Complementares aprovadas pela
Resolução 345/05 do CONSU e a respectiva retificação publicada no Diário Oficial de 10/11/2005 pg. 26, a Chapa Consolidar e Inovar
composta pelo Professor Lourisvaldo Valentim da Silva para o cargo de REITOR e Professora Amélia Tereza Santa Rosa Maraux para
o cargo de VICE-REITOR, venceu as Eleições com o percentual de 85,67% (oitenta e cinco, vírgula sessenta e sete por cento) dos
votos válidos.
Disponível em: http://www.uneb.br/exibe_evento.jsp?pubid=4363. Acesso em: 19/02/2010, as 15h 17m.
NOVA GESTÃO, COMPROMISSOS REAFIRMADOS
Reitor empossa Grupo Gestor da Universidade para mandato 2010-2013 - Valentim: "Agradeço aos que deixam a equipe.
E convoco os que ficam para tornar reais as grandes aspirações da nossa comunidade" - Dia 23/dezembro, em Salvador.
O reitor da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Lourisvaldo Valentim, deu posse ao grupo gestor da
instituição para o mandato 2010-2013.
A cerimônia aconteceu na manhã dessa quarta-feira, dia 23 de dezembro, na Sala Nobre da Reitoria, no Campus I da
UNEB, no bairro do Cabula, em Salvador.
O reitor deu as boas-vindas aos novos integrantes da administração central da UNEB. "Convoco todo o grupo
gestor a arregaçar as mangas e trabalhar incansavelmente, a partir de janeiro. Nossa missão é tornar reais as grandes
aspirações da nossa comunidade unebiana", destacou Valentim.
O evento contou com a presença da vice-reitora Amélia Maraux, de professores, estudantes e servidores.
"Os novos companheiros e os que continuam no grupo gestor terão como objetivo principal trabalhar em prol da
expansão desta universidade. Precisamos unir esforços para realizar ainda mais ações para esta instituição multicampi",
ressaltou Amélia.
Escolhido para assumir a recém-criada Pró-Reitora de Assistência Estudantil (Praes), o professor Paulo José Gonçalves, que
exercia o mandato de diretor do Departamento de Educação (DEDC) do Campus XV (Valença), agradeceu a confiança do reitor pelo convite.
"Gostaria de agradecer também aos estudantes, principalmente do campus de Valença, que têm me apoiado muito
como diretor. E, agora, espero contar com o apoio deles como responsável por essa pró-reitoria, a qual tem como finalidade atender as
demandas estudantis. Novamente afirmo que a razão de ser desta universidade são nossos estudantes", salientou Paulo.
Disponível em http://www.uneb.br/exibe_noticia.jsp?pubid=4479. Acesso em: 19/02/2010, as 16h 00m (Adaptado).
ENTREVISTA COM ANA LÍCIA STOPILHA. A NOVA DIRETORA DO CAMPUS XV!
1. Na última Reunião Departamental no Campus XV, o professor Paulo José
Gonçalves de Souza explicitou que foi você foi contra a sua indicação para o
cargo de Diretora de Departamento do Campus XV. Porque este
posicionamento? O quê ou do quê você discordava e/ou receiava?
A.L.S. - Na verdade eu não fui contra, apenas recusei o convite visto que, quando foi
formulado,eu já havia traçado planos pessoais que envolviam questões de saúde e de
qualificação profissional que não poderiam ser conciliados com a proposta de assumir
um cargo de tamanha responsabilidade e que exige dedicação total.
2 Já que você foi contra a sua indicação ao cargo em questão, porque você
aceitou o assumir?
A.L.S - A princípio recusei o convite pelas razões expostas acima entretanto, acredito
que em um determinado momento todos ao participantes de uma organização são
chamados a comprometerem-se de maneira mais efetiva, especialmente quando
envolvidos em organizações públicas. No meu caso específico que sou egressa da
Universidade do Estado da Bahia, tanto do Curso de graduação quanto do Curso de
Mestrado, este compromisso é ainda mais acentuado. Para além do compromisso,
penso que os Professores, todos eles, ao passarem em um cargo de direção, tem a
possibilidade de visualizar e melhor compreender o sistema em que esta inserido;
este exercício traz um entendimento maior sobre o processo administrativo, assim
como das relações interpessoais e do real valor que as pessoas possuem para
aquela organização. Sendo assim, ponderei todos os argumentos dos diversos
segmentos da Universidade, especialmente os anseios dos alunos aceitei o convite:
aqui estou procurando aprender sempre mais.
3 Qual o maior desafio nesta nova função?
A.L.S - São muitos, novos e urgentes desafios. Especialmente aqueles de
desenvolver a visão sistêmica a fim de equacionar e atender aos anseios da
comunidade, gerir os procedimentos administrativos, harmonizar diversos
interesses e necessidades da comunidade acadêmica dentro de um modelo
burocrático que precisa ser dinamizado.
4 Como você desejaria ser lembrado pelos discentes e funcionários do Campus XV?
A.L.S - Como uma profissional que exerce suas funções com dignidade e
tolerância; como uma pessoa com a qual as pessoas podem confiar,
independente do cargo que esteja ocupando.
5 Qual a lição que deixa e leva dos anos em que você foi "apenas" professora?
A.L.S - A lição é que levo é justamente que a profissão docente não rima com o
“apenas”, ao contrário, ser professor tem uma amplitude e uma plenitude
incomensuráveis. Eu não fui professora: sou e serei eternamente professora
porque gosto de gente, de aprender de ensinar de construir e resignificar
conhecimentos, experiências, saberes e vivências. Os outros cargos são
conseqüência, ser professor é a causa.
6 Quer deixar alguma mensagem?
A.L.S. - Que nossas experiências de vida, planejadas ou não, possam ser pontes para
nossa melhoria como seres humanos e orientem-se para o desenvolvimento humano.
3
EVENTOS
CAMPANHA: 16 DIAS DE ATIVISMO NA UNEB PELO FIM DA VIOLÊNCIA
CONTRA A MULHER
Tauane Gleide Ramos
Bibliotecária – UNEB Campus XV.
Ocorreu no dia 10 de Dezembro de 2009 a
culminância da Campanha: 16 dias de ativismo na UNEB pelo
FIM da Violência Contra a Mulher, neste departamento, projeto de
ação promovido pelo SISB (Sistema Integrado de Bibliotecas) e
organizado pela Bibliotecária Tauane Gleide Ramos juntamente
com sua equipe de Organização: Eliecir F.Santos, Emanuela
Alcântara, Saionara Lima e Monitoras Voluntárias - Juciane
Ferreira, Kátia Guimarães, Ivoneide Marinho,Ana Rosa, Larícia
Oliveira,Patrícia Santana e Eliziane Soares. A sociedade Civil,
Acadêmicos. Professores e Promotoria fizeram-se presente no
evento.
ü Saúde Mental: A violência contra a Mulher Portadora de
Necessidades Especiais Mentais. Debatedora Nicoleta
Mendes de Mattos - Psicóloga e Professora da UNEB/XV.
ü Gerontologia Social-Violência contra a mulher Idosa,
Debatedora Silene Chacra-Gerontóloga pela UFBA e
coordenadora da Faculdade Aberta a Terceira Idade –
FACE.
ü Denúncias de Violência contra Mulher - LEI MARIA DA
PENHA,Debatedor :Advogado NódzuJansen de Mello
Ramos-Especialista em Direito Civil e Criminal.
ü O Papel da Promotoria em defesa pela Mulher. Debatedor
substituto do Promotor Jader Alves, Valnei da Cruz
Santos, aluno do 4ºsemestre do curso de Direito
UNEB/XV e funcionário do MP de Valença.Tendo como
mediadora Emanuela Alcântara aluna do 7º semestre do
Curso de Pedagogia UNEB/XV.
Segundo o SISB o evento é de "Natureza
interdisciplinar organizado pelo Núcleo de Estudos de Gênero e
Sexualidade Diadorim (NUGSEX/DIADORIM), que reflete
diálogos possíveis entre a Universidade, os Movimentos Sociais e
o Estado sobre a questão da violência contra as mulheres em
suas múltiplas dimensões interseccionais. Essa ação está
articulada com a campanha internacional intitulada '16 dias de
ativismo pelo fim da violência contra a mulher' ".
Tauane aproveita o espaço e agradece a todos que
contribuíram direta e indiretamente para que esse evento
acontecesse em perfeita harmonia.
A professora Celeste Martinez foi a grande
homenageada da noite e no ensejo declamou sua própria poesia:
Todas as Mulheres..., ...Todas as Mulheres são pares Todas
estão feridas e aguardam a chance do grito,do canto,do riso...;
poesia esta que está inserida no livro Valenciando -Vários autores
de Valença, faz parte do nosso acervo Bibliográfico. No intuito de
refletir acerca do tema a programação da noite transcorreu da
seguinte forma, na abertura da Culminância uma Atividade
cultural com um belíssimo Tango apresentado pelo Casal de
Bailarinos da Cia. de Dança de Salão Styllo Corpo-Coregrafia de
Sinthia Bulcão, declamação de Poesia pela aluna do 2ºsemestre
de Pedagogia UNEB/XV Valquíria Santos e a homenageada da
noite Celeste Martinez. O Professor Paulo nos emocionou com
suas sábias palavras dando inicio oficial à Mostras de livros,
Mostras de artigos e a Mesa Redonda, onde foram debatidos os
temas :
ü Abuso sexual Infanto Juvenil do Sexo Feminino
Debatedora: Maria Helena Queiroz Cabral - Vereadora e
Membro da Comissão de Direitos Humanos.
INFORME
Os Luzentes que ainda não têm sua carteira de leitor para que se
faça presente na Biblioteca setorial munidos dos documentos
necessários que são;
· 02 FOTOS 3X4;
· Xerox do comprovante de matrícula e residência
· Xerox do RG.
Aguardamos todos!
4
PROJETOS
CURSO DE EXTENSÃO: POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO
BÁSICA E FORMAÇÃO DO PROFESSOR PESQUISADOR
Maria Raidalva Nery Barreto
Graduação em Licenciatura em Pedagogia (UNEB)
Especialização em Especialização Em Administração Pública (UEFS)
Mestrado profissionalizante em Políticas Públicas, Gestão do Conhecimento e Desen. Regional. (UNEB)
Mestrado em Ciência da Educação. (Universidade Lusófona de Humanidade e Tecnologia)
Roberta Melo de Andrade Abreu
Graduação em Pedagogia (Faculdades Integradas Olga Mettig)
Especialização em Metodologia do Ensino Superior. (Faculdades Integradas Olga Mettig)
Mestrado em Educação (Universidade Metodista de São Paulo, UMESP, Brasil.)
O Curso de Extensão, intitulado “POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A EDUCAÇÃO
BÁSICA E FORMAÇÃO DO PROFESSOR PESQUISADOR” tem como finalidade refletir
sobre as políticas públicas referentes à educação básica e a formação do professor
pesquisador, a fim de fomentar uma compreensão sobre sua importância na construção
de uma consciência coletiva e na redução das desigualdades sociais. Para tanto, o Curso
em pauta propõe uma metodologia dialógica e investigativa que, por isso, contribui
efetivamente para apropriação dos saberes formais e colabora com a vida cotidiana e,
para operacionalizar tal proposta, serão realizadas palestras, leitura e discussão de texto,
exposição participada, produção de texto, apresentação de slides e outros. Nessa
perspectiva, considerando a importância das políticas públicas para a educação básica e
para a formação de um professor autônomo e consciente da sua função social, considerase relevante a realização desse Curso de Extensão.
Este curso tem como objetivo refletir sobre as políticas públicas referentes à
educação básica e a formação do professor pesquisador, a fim de fomentar uma
compreensão sobre sua importância na construção de uma consciência coletiva e na
redução das desigualdades sociais.
O público alvo deste curso são: Gestores, Coordenadores Pedagógicos e Docentes
da rede Pública e particular de ensino, discentes e docentes do curso de Pedagogia.
5
ARTIGOS
BIOPSICOSSOMÁTICA, PENSAMENTO E SAÚDE
“A resposta do sistema imunológico está condicionada ao pensamento!
Tudo o que fazemos ou deixamos que nos façam tem conseqüências físicas.” (Richard Schulze)
·
Maria José Etelvina dos santos
Mestre em Educação, Psicóloga, Psicopedagoga, escritora, professora da UNEB
E-mail para correspondência: [email protected]
Hoje sabemos que somos hospedeiros de todo tipo
de bactérias, fungos e germes, no entanto, o inimigo mais
temido pelo organismo não são os micróbios, pasmem! Mas,
os nossos pensamentos sobre nossas experiências passadas
e as palavras que ouvimos de nossos pares a cada dia. Sim, o
que pensamos atinge em cheio nosso sistema imunológico.
Imaginem que durante anos combatemos bactérias
assassinas, gripes malignas e vírus perniciosos, mas são os
nossos pensamentos que nos adoece e mata como também
nosso passado. Tememos o futuro, mas é nosso passado que
nos aflige, incomoda e adoece. O cérebro é emocional, não
descansa, não tira férias e não se ausenta de suas funções
um só segundo, é ele que regula, equilibra, comanda todas as
funções vitais de nosso organismo, está alerta para tudo que
envolve nosso ser e, se a experiência possui uma carga
emocional forte, então, nunca esquecemos a experiência
vivida e logo somatizamos como resposta a um conflito
biológico. Através dos neurotransmissores transmite as
mensagens necessárias a nossa sobrevivência. A ciência já
descobriu que quando se tem um pensamento o cérebro
produz substâncias que abrem o que se poderia chamar de
canal para a atuação dos sentimentos. Quando o pensamento
é concluído, o canal se fecha. Por exemplo, quando vê a
pessoa amada, essa sensação incrível que percorre o corpo
não é outra coisa que uma substância química. Quando se
excita sexualmente o seu corpo é levado a liberar outra
substância química, e quando um alguém tenta lhe assaltar, e
vem a vontade de reagir de ter consigo uma arma para se
proteger da ameaça que aquela situação provoca, esta ira que
sente, esse ácido corrosivo que aparece no sistema
circulatório, no estômago, essa sensação, é outra substância
enviada pelo cérebro. Essas substâncias se chamam
neuropeptídeos, A biologia levou anos pesquisando este
campo e ainda continua. O que sabemos até agora é que
quando se tem um pensamento, o cérebro produz substâncias
que afetam a pessoa, e o que ela sente é produzido pela
assimilação desses neuropeptídeos. A ciência médica fez uma
descoberta importantíssima na última década que passou
praticamente desapercebido. Já era sabido que as células do
sistema imunológico, como todas as demais, tem
compartimentos de descarga em sua membrana para
assimilar diversas substâncias. O que se descobriu foi que na
membrana de cada um dos linfócitos que defendem o corpo
de bactérias, vírus, fungos, parasitas, câncer e de todas as
enfermidades existe um ponto concreto de carga que recebe
dos NEUROPEPTÍDEOS. O Modelo médico cartesiano, no
qual a maioria dos médicos foram formados,
afasta
inteiramente a idéia de que a mente influencia o corpo de
alguma forma importante. No entanto, vejamos algumas
descobertas que afirmam o contrário:
n Em 1974 Robert Ader, descobriu que o sistema
imunológico, assim como o cérebro, era capaz de
aprender – rotas biológicas que tornam a mente, as
emoções e o corpo não separados, mas
intimamente interligados.
n Francisco Varela nos diz que o sistema imunológico
é o “cérebro do corpo”.
n O sistema nervoso está sujeito a “desgaste e
rompimento’, como resultado de experiências
tensionantes.
n Cohen constatou que quanto mais tensão as
pessoas tinham em suas vidas, mais propensas a
resfriados ficavam.
n
O preço da ansiedade não é só a redução da
resposta imunológica; outra pesquisa mostra efeitos
adversos no sistema cardiovascular. Enquanto a
hostilidade crônica e repetidos episódios de ira
parecem pôr os homens em grande risco de doença
cardíaca, as emoções mais mortais nas mulheres
são ansiedade e medo.
O que importa ao sistema imunológico é aquilo que
pensamos, por isso a importância dos pensamentos! O
cérebro só cria a doença que conhece e nossa memória
celular advindos de nossa ancestralidade está repleto de
experiências de medo de perda de território, de ser expulso do
clã, de ser rejeitado ou abandonado pelo ninho, de ser
devorado por predadores, medo do escuro, pois é na noite
onde tudo acontece, temor do desconhecido, da invasão, de
ter que lutar sem se sentir preparado para conquistar seu
espaço, etc, e, são estes conflitos biológicos que são
precursores dos agravos a saúde.
Somos responsáveis pelos nossos sentimentos mais
interiores. As palavras nos afetam mais do que armas. Uma
ofensa pode nos matar, porque tudo isso deprime nosso
sistema imunológico. Isso não é tudo. Já temos visto que o
sistema imunológico fica algum tempo escutando nossos
monólogos internos, raivas, mágoas, as ofensas que
escutamos, o amor que nos negamos e negamos ao outro,
enquanto nenhuma célula ou órgão do organismo monitore e
responda com uma ação concreta a estas pragas danosas as
quais vão se acumulando no órgão que estiver vinculado a
ofensa sentida, vamos vivendo sem nos apercebermos do mal
que causamos a nós mesmos, mas quando a célula responde,
geralmente vem em forma de doença como um aviso de que
algo não está bem e precisa ser revisto.
O sistema
imunológico não só escuta, mas reage de acordo com o
pensamento a este diálogo emocional. As células que
defendem nosso organismo
tem pontos receptores de
neuropeptídeos, as substâncias que produzimos no cérebro
com cada pensamento.
E a resposta do nosso organismo aos germes
patógenos ou ofensas, varia dependendo de que se fortaleça
ou debilite o amor por nós mesmos que dará força a nosso
sistema imunológico para nos defender e nos manter
saudáveis. Enfim, há um nutriente de efeito terapêutico mais
eficaz que as vitaminas, os minerais, as enzimas, os remédios
naturais e as ervas medicinais, que se denomina AMOR. O
ser humano é o mais vulnerável dos seres humanos, inábil ao
nascer e totalmente dependente do outro para sobreviver e se
desenvolver, por isso somos seres vinculares e assim como ar
que precisamos para respirar, precisamos desesperadamente
do amor do outro para viver, principalmente acolhida e amor
dos nossos cuidadores e familiares, sem esta emoção básica,
assim como o alimento morreremos, como estamos morrendo
de solidão, doenças curáveis e incuráveis, de câncer, que
segundo alguns pesquisadores são a doença da tristeza
celular e do sofrimento emocional. Ajudar as pessoas a lidar
melhor com seus sentimentos perturbadores – ira, ansiedade,
depressão, pessimismo e solidão – é uma forma de prevenir a
doença.
Muitos
pacientes
podem
beneficiar-se
mensuravelmente quando suas necessidades psicológicas
são cuidadas juntamente com as puramente médicas,
integrando corpo e mente que não podem viver
separadamente, pois um depende do outro para harmonizar o
indivíduo, que é indivisível, único e singular.
6
A importância da família e da escola na mediação infantil nas televidências.
Jane Teles Silva
Graduada em Pedagogia. Valença-Brasil.
[email protected]
Por muitos anos, a família e posteriormente a escola
permaneceram como os principais espaços de socialização,
considerados os agentes elementares na troca de experiências.
Hoje as mídias, principalmente a televisão, acabaram ocupando
esse lugar e roubando a cena, constituindo-se num dos principais
meios de divulgação das informações e de acesso ao mundo. Esse
contato independe da classe social ou faixa etária, acaba ocorrendo
muito antes do que se imagina. Segundo estudos realizados por
Pfromm Netto, “as crianças têm interesse pela televisão a partir dos
seis meses de vida, passando a assistir com maior regularidade a
programação por volta dos dois ou três anos de idade”. (1998, p.
48).
Quando uma criança inicia o seu processo formativo na
escola, leva consigo uma bagagem de conhecimentos inestimável,
adquirida através das várias horas passadas em frente ao televisor
desde quando ainda era um bebê. A escola, muitas vezes,
despreza esses conhecimentos prévios, trabalhando com
informações totalmente descontextualizadas dessa realidade. Isso
provoca um distanciamento entre as práticas educativas e as
vivências infantis concentrando, em parte, a aversão dos alunos à
escola.
Os produtores corporativos da cultura infantil invadem a vida
privada das crianças. Percebendo o enorme poder dos meios de
comunicação e informação, atacam a vulnerabilidade infantil
desenvolvendo uma infinidade de produtos para atingir a essa faixa
etária, criando necessidades para este público consumidor e
estimulando a aquisição acentuada dos produtos veiculados pelas
mídias. Conforme atesta Rizzardi, “além dos aspectos voltados para
o entretenimento e lazer, a televisão também se apresenta como
uma poderosa gôndola eletrônica para a exposição e sedução
destes pequenos consumidores”. (2003, p. 231).
Além disso, convém ressaltar outro agravante, uma
característica
tipicamente
desenvolvida
pela
sociedade
contemporânea ocidental: a individualização dos sujeitos.
Aprisionados pelas suas rotinas profissionais, os pais acabam
enclausurando as crianças em casa, de modo a permanecerem
sozinhas. A televisão, estruturada com seus poderosos apelos
comerciais, acabam invadindo a vida das crianças e se agregando
na própria constituição, ditando valores, regras, modismos, formas
de encarar e atuar no mundo. Todo esse movimento é desenrolado
e incorporado, sem a devida filtragem, pois durante maior parte de
sua freqüência com a televisão às crianças estão sem o contato
com pessoas mais experientes, capazes de discerni o que a mídia a
apresenta.
Nesta perspectiva, há uma mudança de foco, pois a infância
deixa de ser uma fase natural da vida humana, sendo agora um
artefato construído e ditado pela mídia. Esta, por sua vez, recria
esta imagem da criança livre, protegida, feliz, deturpando e
camuflando a verdadeira face da realidade. O que temos, na
verdade, não passa de uma simulação da infância.
Todos os acontecimentos que perpassam a história da
infância serviram para estruturar uma nova caracterização da
criança, do ponto de vista sociológico, como um componente
histórico-cultural moldada por condicionantes econômicos e
políticos atuando diretamente sobre ela. Além do mais, a criança
contemporânea amadurece precocemente, dada aos estímulos
ofertados no meio circundante. De notável inteligência e criatividade,
precisam ser ouvidas e consideradas como parte integrante da
sociedade. Mesmo tendo adquirido certa independência desde
cedo, é inestimável o apoio, a proteção e o contato do adulto,
auxiliando-a nas suas escolhas, na constituição dos princípios e
valores baseado na justiça e na solidariedade, proporcionando a
construção de um olhar crítico frente o mundo que as envolve. Só
assim estaremos preparando nossas crianças para viverem
plenamente estes novos tempos. Segundo Goméz:
“Hoje não é mais possível entender a educação fora da
televisão e das transformações profundas que este meio
promove, assim como também não é possível entender a
televisão fora das audiências , das televidências, da educação.
Educação e comunicação estão indissociavelmente
relacionadas e, ao menos que reconheçam isso, a escola
tenderá a perder cada vez mais para essa e outras mídias
visuais que estão muito mais próximas da criança e de sua
linguagem do que a escola, uma vez que ela já nasceu nesse
espaço tempo midiático que os adultos ainda estão
descobrindo”. (2001, p. 152).
Diante disso o desafio da escola é o de incluir essas novas
formas de leitura como um dos elementos de ampliação da
formação da criança. Ainda segundo o autor, “é preciso
desmistificar a idéia de que os meios de informação servem apenas
para distrair, divertir e, em todo caso, informar. Os meios de
comunicação são vistos como algo que deve ficar fora das escolas,
fora do processo educativo formal. E quando se aceita que algo dos
meios de comunicação entre na escola trata-se de algum programa
instrutivo, algum filme que possa transmitir uma mensagem positiva
aos estudantes ou simplesmente vídeos educativos, produzidos
pelo Ministério da Educação, onde se contempla vídeos gráficos
para auxiliar o processo educativo na escola, materiais de apoio
para o livro didático, para ilustrar o que o professor está ensinando,
ou para apoiar o professor nos seus esforços de ensino, por
exemplo,” (GOMÉZ, 2001, p. 51).
Essa é a idéia que se tem dentro do sistema educativo, de que
todos os materiais na forma de imagem são para apoiar o discurso
oral ou escrito, esses sim legítimos para transmitir conhecimento.
Tudo o que é imagem é apenas apoio, ilustração, mas não tem
legitimidade para transmitir conhecimento. Não há um interesse
nem institucional, nem individual por desenvolver uma pedagogia do
uso da imagem pela educação. É muito importante se mudar essa
idéia social de que os meios de comunicação somente servem para
divertir e informar. Porque, justamente, divertindo e informando
estão produzindo aprendizagens em todos os setores, mas isso não
se entende porque há uma definição muito estreita, muito
reducionista da educação. Segundo Gómez:
“A educação é vista como aquilo que é instrução, tudo
aquilo que eu quero ensinar que à sociedade diz que eu
devo ensinar as crianças, isso é educação. Então educação
é aquilo que faz a escola. Nenhuma outra instituição pode
educar. A educação é aquilo que se faz seriamente, com
muito esforço. Aquilo que é divertido não é educação. Então
acredito que há uma idéia equivocada sobre educação e
que é preciso mudar essa idéia. Educação pode ser muito
divertida, pode ser fora da escola, pode ser muito mais que
somente instrução”. (2001, p 18).
REFERÊNCIAS:
· GOMEZ, Guillermo Orozco. La audiência frente a la pantalla:
uma exploración del processo de recepción televisiva. Dialogo de la
comunicación, Lima, n 30, jun.2001.
· PFROMM NETTO, Samuel. Telas que ensinam: mídia e
aprendizagem do cinema ao computador. Campinas, Sao Paulo:
Alínea, 1998.
· RIZZARDI, Débora Grazziotin Finger. Uma leitura do
merchandising direcionado às crianças em programas de televisão.
In: MELO, José Marques (Org.). Mídia, regionalismo e cultura.
São Bernardo do Campo. São Paulo: UPF Editora, 2003.
7
PONTO DE VISTA
A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E O FAZER PROFISSIONAL
Cátia Nery Menezes
Graduanda do curso de Pedagogia com habilitação em Docência e gestão de processos educativos
pela Universidade do Estado da Bahia – UNEB DEDC Campus XV. E-mail: [email protected]
A universidade é uma instituição de ensino superior que tem como objetivo a preparação profissional do individuo para atuar na
sociedade, mas a atividade acadêmica não está relacionada apenas com o ensino. A pesquisa, o ensino e a extensão constituem o
chamado tripé da universidade se bem articulados favorecem uma formação holística dos estudantes das diversas áreas de atuação
profissional.
A função pedagógica da universidade é inquestionável, pois o seu trabalho (ensino) é formativo, educativo e a pesquisa favorece
a produção do conhecimento, isso é significativo para superarmos a reprodução do conhecimento e práticas autoritárias e
antidemocráticas. A extensão possibilita pensarmos na função social da universidade, pois está inserida na comunidade deve contribuir
de alguma forma na qualidade de vida dos individuos e estabelecer uma relação entre a universidade e a comunidade, até o início da
década de 80 estava enfraquecida pela pouca iniciativa de estreitar a relação universidade / sociedade.
Foi a partir do Fórum Nacional dos Pró - Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras no final da década de 80
fomentou a produção do Plano Nacional de Extensão que define a extensão universitária como:
“A extensão entendida como prática acadêmica que interliga a Universidade nas suas atividades de
ensino e pesquisa, com as demandas da maioria da população, possibilita a formação do profissional
cidadão e se credencia, cada vez mais, junto à sociedade como espaço privilegiado de produção do
conhecimento significativo para a superação das desigualdades sociais existentes. É importante
consolidar a pratica da extensão, possibilitando a constante busca do equilíbrio entre as demandas
socialmente exigidas e as inovações que surgem do trabalho acadêmico”. (MEC/SESU, 2000)
Então a extensão universitária descaracteriza o papel assistencialista e amplia o espaço de atuação do acadêmico, através da
elaboração de projeto para a comunidade transformando em canal de divulgação da produção acadêmica e da responsabilidade social
da universidade. E o futuro profissional poderá desenvolver atividade que irá instrumentalizá-lo, para o desenvolvimento de
competências e habilidades, como reconhecer a importância de atrelar a teoria e a prática no processo de formação. Nesse sentido a
extensão vai possibilitar ao estudante dá um retorno para a comunidade onde vive, fazendo do espaço social um lócus privilegiado de
pesquisa e de apreensão de conhecimento intrínseco para a formação profissional. Isso é de fundamental importância para o
acadêmico se reconhecer como mediador de processos de intervenção e de modificação do espaço onde está inserido e o papel do
conhecimento para a emancipação do sujeito e a transformação social, a partir de iniciativa que contempla a inclusão social.
A extensão para o acadêmico é um laboratório, aonde coloca em prática o conhecimento teórico articulado com a prática,
segundo SPENTHOF:
“A atividade laboratorial acadêmica pode ser entendida como exercício de experimentação de
ampliação de conhecimentos das atividades práticas e a realização de notáveis operações e
transformações na formação e no mundo do estudante, ultrapassam os estreitos espaços da sala de
aula e a avaliação do professor”.(1998, p.165 )
Assim a atividade de extensão deve ocorrer estabelecendo conexões entre ensino-pesquisa, pois o primeiro irá instrumentalizar
teoricamente na elaboração e excussão da atividade e a pesquisa vai subsidiar na produção de conhecimento. Então a extensão pode
ser desenvolvida nos mais diversos segmentos sociais que o grupo (acadêmicos) entender como necessário para o desenvolvimento
da cidadania.
Por conseguinte o fazer profissional aqui referenciado através da extensão universitária constitui em um espaço único de reflexão
acadêmica que envolve a sociedade ativamente para buscar entender suas necessidades, transformando as ações em discussões e
reflexões da prática profissional circunscrita no espaço acadêmico. È uma possibilidade do acadêmico in lócus desenvolver suas
potencialidades ainda no processo de formação vislumbrando de forma prática as necessidades dos indivíduos que transcendem os
muros das universidades, colocando os estudantes em contato com situações reais, favorecendo o seu fazer profissional.
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Arte e Educação:
a importância da Dança no espaço formal de ensino
“... A dança é a síntese de uma infinidade de informações, de
experiências e, por vezes de reflexões registradas espontânea e
simultaneamente. Educa a receptividade sensorial e suscita um sentido
novo, que poderíamos chamar de ‘o sentido de ser’, e que implica não
só a compreensão psicológica da vivencia corporal, mas também de
uma experiência física...”.
Ivonne Berge.
Joice de Jesus Oliveira
Graduanda do Curso de Pedagogia
Essa discussão é uma
reflexão
sobre
as
propostas
pedagógicas voltadas para a práxis do
ensino da dança no espaço formal de
educação,
que
se
caracteriza
historicamente por possuir uma
grande fragilidade de conteúdos e
praticas
significativas
para
o
desenvolvimento e habilidades de
uma percepção sóciopolítico cultural
por parte dos indivíduos que a pratica.
A dança como várias outras
modalidades do ensino da arte, tem
suas especificidades, que, no entanto
nunca foi identificada historicamente
no desenvolvimento das atividades
realizadas
pelos
profissionais
responsáveis
pelas
mesmas,
voltando-se apenas para o exercício
de técnicas em prol de uma perfeição
de movimentos. Ainda nos dias de
hoje, percebesse muitas vezes, que
ela serve apenas para construção de
espetáculos que normalmente são
exibidos em datas especificas durante
o ano letivo ‘como se a dança
servisse apenas para embelezar as
festas cívicas e populares’.
Desta maneira a escola
nega que a dança assim como a
escrita possua suas peculiaridades,
fazendo suas comunicações através
do uso de movimentos, que, no
entanto devem ser conscientes e
sensíveis, pois o que é dançado
necessita de sensibilidade e valor
estético para ser percebido beleza e
importância no que é transmitido
(JESUS, 1996).
O trabalho com a arte
independente do espaço que as
realizam, podem promover mudanças
pessoais e sociais para com seus
indivíduos, pois eles passam a fazer
um outro tipo de leitura e
compreensão de seus papéis diante
da sociedade, aproximando-se desta
forma do modelo ideal de cidadão que
se espera construir na escola, dita
‘para todos’. Desta forma este cidadão
terá condições de compreender e
interferi no contexto social político e
cultural de sua comunidade.
Assim, “ao reconhecermos
nossas
sensações
corporais
(continência) poderemos alcançar a
compreensão de seus significados
(consciência). De forma similar
poderemos repensar sobre os valores
culturais, exPectativas a respeito do
trabalho, relação com o espaço...”
(SILVA,1996;44), pois esses são
alguns dos objetivos promovidos pela
área de artes.
Então aparentemente o
ensino desta arte (dança) parece sem
muita importância, e ao conhecermos,
a fundo, o potencial de informações
que ela pode transmitir, nos
deparamos com a existência da
ingenuidade cultural na qual a
população vive desde sempre.
Um
dos
instrumentos
responsáveis por esta desvalorização
e falta de percepção é a mídia, pois
ela nos envolve com inebriados
movimentos musicais (danças) e
leituras camufladas de verdades
sociais que nos insere em um
contexto de vida, onde não se
realizam leituras criticas de situações
e ações individuais e coletivas vivida
pela população.
Desta forma, a dança deve
ir muito alem de movimentos
corporais baseados apenas em
técnicas, ela precisa reconhecer a
importância do Corpo-Mente-Espirito,
trabalhando juntos, já que o individuo
se constitui basicamente destas três
vertentes. Pois, segundo Dayrell,
1996:
O mundo real não é um
contexto fixo, não é só nem
principalmente o universo
físico. O mundo que rodeia o
desenvolvimento do aluno é
hoje, mas que nunca, uma
clara construção social onde
as pessoas, objetos, espaços
e criações culturais, políticas
ou sociais adquirem um
sentido peculiar, em virtudes
das coordenadas sociais e
históricas que determinam sua
configuração. Há múltiplas
realidades como há múltiplas
formas de viver e dar sentido a
vida.
Por fim deixo aqui uma reflexão sobre
tais praticas e sua importância para
com a construção de um novo mundo
voltado para a humanização e
sensibilização de seus integrantes.
9
CONTRIBUIÇÕES DE UMA SOCIOLOGIA DAS AUSÊNCIAS E
EMERGÊNCIAS.
Moacyr A. Côrtes – Graduando do Curso de Direito, VI Semestre, UNEB – Campus XV.
Não é tão fácil identificarmos
por Boaventura de Sousa
parâmetro de expansão do
consciências
o
Santos,
presente, libertando-se das
concepções distintas, faz-se
visa,
suas antigas e quadradas
mister como remédios contra
subverter
“novo”.
estamos
Não
quando
envoltos
por
assume
relevância,
já
enorme
que
que
adotam
inúmeras ciências que se
essencialmente,
percepções, de forma a dar
o preconceito, o dogmatismo,
dizem
novos
essa produção de ausências,
visibilidade
relações
e as convicções “inabaláveis”
com
paradigmas,
com
às
novas
transformando-as em objetos
sociais alternativas e não
e paralisantes. E da mesma
formas de enxergar o mundo,
presentes, tornando visível
deixar que se percam no
forma, a reflexão abordada
mas que de certa forma
aquilo
desperdício
ganha
ainda principiam por uma
escamoteado pelas ciências
experiências. Encarnar esta
quando posiciona-se numa
razão
dominantes
subjugadoras.
considerada
que
vem
sendo
das
um
maior
debate
razão cosmopolita proposta
sociedade pluralista; dentro
exclusivista. Uma razão que
Conforme
seus
por Boaventura, de modo a
da
ainda não é exercitada de
ensinamentos, isto dar-se-á,
criar uma comunicabilidade
interações
pleno modo a abrir-se para a
através de um esforço pela
entre as consciências que
dentro
inesgotável
expansão do presente, no
adotam segmentos diferentes
opiniões.
epistemológica, de modo a
sentido
do poder dominante, não
não descobrir outras formas
valorizar
de
conhecimentos
diversidade
racionalidades,
que
de
esconde e desacredita as
experiências
experiências
estão
alternativas,
sociais
por
simplesmente,
encaixarem
não
em
conhecer
os
desprezando
certo
senso
dos
de
indivíduos;
das
diferentes
Então, diante de tudo que
e
comum a que possa estar
exposto,
sociais
que
vinculada, mas sim tomando-
notificações mais importantes
uma
das
andamento
no
o como ponto de partida para
a serem feitas, é destacar
elas,
mundo, e não deixar para um
o
que todo este diálogo entre
se
futuro próximo ou longínquo
princípios e valores dentro da
diferentes
o
sociedade.
ainda mais relevante a partir
sua
em
e
inesgotáveis
multiplicidade
surgimento
de
novas
surgimento
de
novos
teses
torna-se
concepção de totalidade e
concepções, novas visões de
análise. E para agravar este
conjunto, novos parâmetros
Interessante observar, é que
pois daqui, desta simples
quadro,
identifica-se
democráticos
esta simples reflexão ganha
reflexão comunicativa, ou da
nitidamente a força de um
participação.
mais
a
reflexão que os senhores
comunicativa
leitores estão fazendo agora,
contexto
considerando
de
capitalista,
de uma discussão ampliada,
fundamento
interação
“improdutivo”
E neste sentido, o nosso
proposta
tudo que não é produtivo
Direito como uma das mais
revelando
conforme
surgir
uma
razão
também pluralizada, que aos
o
poucos deixa de lado as
distanciamento
deve,
forma,
alheamento em relação ao
tradições,
ausências no lugar que seria
combater este pensamento
outro, não constrói diálogo
estáticos, e as extremadas
das
de
hegemônico
tenta
muito menos intercâmbio de
visões
não
impregná-lo,
partindo
idéias e sim ajuda a formar
desenvolve
também, de novos contornos
um “inimigo”, e que, desta
influências
de racionalidade que surgem
maneira,
segmentos sociais.
É neste contexto, que a
das erroneamente taxadas
outro, o “refletir” o outro, o
“Sociologia das Ausências e
“periferias” do conhecimento.
“construir”
das Emergências” proposta
Deve, assim, assumir um
comunicabilidade
experiências
sociais
enquadradas neste sistema.
da
mesma
que
o
e
poderá
o
valorosas ciências sociais,
formas
seus
Habermas,
que
pragmatismos, e produzindo
inúmeras
os
por
com
“entender”
pontes
o
de
os
conteúdos
mundo
e
se
recebendo
dos
vários
de
entre
10
MOMENTO CULTURAL
DECLARAÇÕES
Creio nas possibilidades de
Mudança;
Anseio por oportunidades da
Esperança;
Destruo superioridades pela
Inteligência;
Moacyr Araújo Côrtes - Discente do Curso de Direito, VI
Semestre, UNEB – Campus XV.
Sacaneio as mediocridades que são
Impostas;
Verifico o elevar-se das mazelas corriqueiras
Em expressões do cotidiano;
E talvez não mais que
isso
Sinta a liberdade restante
atestar o fabulário do dia- a- dia.
SER NEGRO
África, mãe África.
Berço da cultura que herdamos
Celeiro eterno onde debruçamos
Que muito a ignoramos
Pra que tanto racismo
Se a vida é uma só
Seja negro, branco ou moreno
Quando Deus manda o sereno
Extingue toda a separação
Vamos buscar a união?
Só na pele sou negro
Por dentro é sangue também
Por que tanto racismo
Se direito a vida todos tem
Célia Regina S. Bomfim
Estudante do Curso de Pedagogia
Ser negro também é gente
É dotado de inteligência e saber
Ninguém fica pra semente
A cor é que incomoda muita gente.
R
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NOSSA EQUIPE
uy D’Oliveira Lima
JORNAL ACADÊMICO DO CAMPUS XV DA UNEB – Uma publicação do DEDC XV
Rua Cecília Meireles, S/N- Centro- Valença-Ba Tel.: (75) 3641-0599/ E-mail: [email protected]
Reitor
Coordenação do NUPEX
Lourisvaldo Valentim da Silva
Maria José Etelvina dos Santos
Monitores
Pró-Reitora de Extensão
Gerusa Sobreira / Sílvia Lopes Bittencourt
Adriana Marmori
Vice-Coordenação do NUPEX
Ruy D’Oliveira
Coordenação do Projeto
Maria José Etelvina dos Santos
Direção de Departamento
Tiragem: 1000
Ana Lícia Stopilha
Ano: 3
Maria José Etelvina dos Santos
Coordenação do NUPEX
Gerusa Sobreira
Monitora
Nº 6
Sílvia Lopes Bittencourt
Monitora
*As produções assinadas são de inteira responsabilidade dos seus autores.
12
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Jornal Academico Nº 01