19 temporária 17 um imaginário paulista18 11 2 3 As obras relacionadas abaixo estão expostas no corredor e no páteo 2 do andar térreo 01 4 a tradição colonial o nacional na arte22 10 D 20 21 23 6 1 24 7 02 5 8 os artistas viajantes 09 A temporária das coleções para o museu sala de leitura 08 04 das coleções para o museu C temporária 16 14 15 07 13 12 a pintura de gênero 26. Waldomiro de Deus (Páteo 2 - térreo) 29. Niki de Saint Phalle (Páteo 2 - térreo) Neuilly-sur-Seine, França, 1930 - San Diego, EUA, 2002 Fonte das nanás, 1974/1991 poliéstes pintado, 55 x 225 x 2555 cm Doação da Associação do Amigo da Pinacoteca do Estado, 1997 Buenos Aires, Argentina 1920 Escultura lúdica, 1979 aço e madeira, 400 x 150 x 150 cm Compra Governo do Estado de São Paulo, 1981 Africanofagias Paulistanas na Pinacoteca do Estado de São Paulo Núcleo de Ação Educativa da Pinacoteca do Estado de São Paulo Mila Milene Chiovatto - Coordenação a academia no fim do século galeria tátil 28. Niki de Saint Phalle (Páteo 2 - térreo) Neuilly-sur-Seine, França, 1930 - San Diego, EUA, 2002 Black is different, [Negro é diferente], década de 1990 serigrafia em cores, 78 x 117,5 cm Doação da Associação do Amigo da Pinacoteca do Estado, 1997 27. León Ferrari (Páteo 2 - térreo) 9 a criação da academia sala de interpretação Fão, Portugal, 1941 Piramidal 12.3, 1991 madeira, 256 x 59 x 66,5 cm Doação do artista, 2001 Itagibá, BA, 1944 Descobrimento do Brasil, 1977 óleo sobre tela, 220 x 335 cm Doação do artista, 1982 03 10 25. Ascânio MMM (Páteo 2 - térreo) Educadores Lenadro Mendes da Silva Solange Rocha da Silva Victor Tun Murari 11 06 05 os gêneros de pintura o ensino acadêmico B temporária Relacionamento e Comunicação Camila Sampaio Souza Lima - Coordenação André Luis de Oliveira Julia Souza Ayerbe Design Gráfico Claudio Fillus Projeto Africanofagias Paulistanas Concepção e Coordenação Renata Aparecida Felinto dos Santos Assistente Coordenação Alexandre Araujo Bispo Assistente de Arte e Educação Solange Nascimento Ardila Assistente de Produção Paola Cavallari Azevedo Pesquisa e Redação do Texto Alexandre Araujo Bispo Renata Aparecida Felinto dos Santos Obras que integram o projeto Africanofagias Paulistanas 1. Mestre Valentim (Atrium) Serro, MG, c.1745 - Rio de Janeiro, RJ, 1813 Ninfa Eco e Caçador Narciso, 1785/1997 bronze, 176,5 x 75 x 67 cm e 177 x 73 x 115 cm Doação da Associação dos Amigos da Pinacoteca do Estado, 1998 2. Autor não identificado (Sala 1) Santa Bárbara, século XVIII madeira policromada e dourada, 72 x 43 x 29 cm Doação de Nelita Alves de Lima, 2003 3. Autor não idenficado (Sala 1) África, segunda metade do século XVII, óleo sobre tela, 135,5 x 250 cm Coleção Brasiliana/Fundação Estudar Doação da Fundação Estudar, 2007 4. Frans Post (Sala 1) Haarlem, Holanda, 1612 - Haarlem, Holanda, 1680 Vilarejo, 1667 óleo sobre tela, 44,5 x 59,8 cm Coleção Arte da Cidade - Centro Cultural São Paulo SMC-PMSP. Obra em comodato 5 . Alessandro Ciccarelli (Sala 2) Nápoles, Itália, 1811 - ?, 1879 Rio de Janeiro, 1844 óleo sobre tela, 82,3 x 117,3 cm Coleção Brasiliana/Fundação Estudar Doação da Fundação Estudar, 2007 6. Johann Moritz Rugendas (Sala 2 - mapoteca) Augsburg, Alemanha, 1802 - Weilheim, Alemanha, 1858 gravado por Louis Jules Frédéric Villeneuve e Victor Adam Praia Rodriguez, près de Rio de Janeiro [Praia Rodriguez, perto do Rio de Janeiro], 1827-1835 litografia sobre papel, 33,3 x 49,5 cm Coleção Brasiliana/Fundação Estudar Doação da Fundação Estudar, 2007 7. Johann Jacob Steinmann (Sala 2 - mapoteca) Basileia, Suíça, 1800 - Basileia, Suíça, 1844 Gravado por Friedrich Salathé segundo Victor Barrat Largo do Paço, c.1839 água-tinta e aquarela sobre papel, 11,7 x 16,7 cm Coleção Brasiliana/Fundação Estudar Doação da Fundação Estudar, 2007 8. Henry Chamberlain (Sala 2 - mapoteca) Inglaterra, 1796 - Bermudas, 1843 gravado por John Clarke View of the city of Rio de Janeiro taken from the anchorage [Vista da cidade do Rio de Janeiro tomada do ancoradouro], 1821 água-tinta e aquarela sobre papel, 35,3 x 97 cm Coleção Brasiliana/Fundação Estudar Doação da Fundação Estudar, 2007 9. Pedro Américo (Sala 3) 13. Pedro Alexandrino (Sala 6) 20. Antonio Ferrigno (Sala 11) São Paulo, SP, 1856 - São Paulo, SP, 1942 Bananas e metal, c.1900 óleo sobre tela, 96 x 130,5 cm Transferência do Museu Paulista, 1905 Maiori, Itália, 1863 - Salerno, Itália, 1940 Preta quitandeira, c.1900 óleo sobre tela, 181 x 126 cm Transferência do Museu Paulista, 1905 14. Oscar Pereira da Silva (Sala 7) 21. Anita Malfati (Sala 11) São Fidélis, RJ, 1867 - São Paulo, SP, 1939 Escrava romana, c.1894 óleo sobre tela, 146,5 x 72,5 cm Transferência do Museu Paulista, 1905 15. Eliseu Visconti (Sala 7) Salerno, Itália, 1866 - Rio de Janeiro, RJ, 1944 Torso de menina, c.1895 óleo sobre tela, 76 x 63 cm Doação de Julieta de Andrada Noronha, 1965 Areia, PB, 1843 - Florença, Itália, 1905 Estudo para Libertação dos Escravos, 1889 óleo sobre tela, 140,5 x 200 cm Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo. Obra em comodato 16. Pedro Peres (Sala 7) 10. Félix Émile Taunay (Sala 3) 17. Benedito José Tobias (Sala 10) Montmorency, França, 1795 - Rio de Janeiro, RJ, 1881 Rua Direita, Rio de Janeiro, 1823 aquarela sobre papel, 22,1 x 28 cm Coleção Brasiliana/Fundação Estudar Doação da Fundação Estudar, 2007 11. Arthur Timótheo da Costa (Sala 6) Rio de Janeiro, RJ, 1882 - Rio de Janeiro, RJ, 1923 Autorretrato, 1908 óleo sobre tela, 41 x 33 cm Doação de Benjamin de Mendonça, 1956 12. Estêvão Silva (Sala 6) Rio de Janeiro, RJ, 1845 - Rio de Janeiro, RJ, 1891 Natureza-morta, década de 1880 óleo sobre tela, 53 x 64 cm Doação da Associação dos Amigos da Pinacoteca do Estado, 1995 Lisboa, Portugal, 1850 - Rio de Janeiro, RJ, 1923 Fascinação, 1909 óleo sobre madeira, 35,7 x 31,2 cm Doação de Suzana Camará Moreira, 2005 São Paulo, SP, 1894 - São Paulo, SP, 1940 Gigantes e pigmeus, 1934 óleo sobre tela, 94,5 x 67,5 cm Doação da Associação dos Amigos da Pinacoteca do Estado com recursos doados pelos visitantes do Museu, 2009 São Paulo, SP, 1889 - Diadema, SP, 1964 Tropical, c.1916 óleo sobre tela, 77 x 102 cm Doação da artista em cumprimento à Lei do Pensionato Artístico, 1929 22. Cândido Portinari (Sala 11) Brodósqui, SP, 1903 - Rio de Janeiro, RJ, 1962 Mestiço, 1934 óleo sobre tela, 81 x 65 cm Compra do Governo do Estado de São Paulo, 1935 Programação especial em comemoração ao Programação especial em comemoração ao Mês da Consciência Negra Mês da Consciência Negra 23. Rubem Valentim (Sala 11) 5 a 26 de novembro de 2011 24. Raphael Galvez (Atrium) Pinacoteca do Estado de São Paulo Salvador, BA, 1922 - São Paulo, SP, 1991 Sem título, 1989 serigrafia em cores, 100 x 70 cm Doação do artista, 1991 São Paulo, SP, 1907 - São Paulo, SP, 1998) O brasileiro, 1940 gesso, 202 x 130 x 190 cm Coleção Orandi Momesso. Obra em comodato Praça de Luz, 2 - Luz - tel (11) 3324.1000 CEP 01120-010 - São Paulo - SP Associação Pinacoteca Arte e Cultura - APAC www.pinacoteca.org.br 18. Antonio Rocco (Sala 10) Amalfi, Itália, 1880 - São Paulo, SP, 1944 Os emigrantes, c.1910 óleo sobre tela, 202 x 231 cm Compra do Governo do Estado de São Paulo, 1918 19. Lasar Segall (Sala 11) Vilna, Lituânia, 1891 - São Paulo, SP, 1957 Emigrantes III, 1936 óleo e areia sobre tela, 86 x 197,7 cm Compra do Governo do Estado de São Paulo, 2010 Ministério da Cultura Governo do Estado de São Paulo Secretaria da Cultura Pinacoteca do Estado de São Paulo Apresentação O projeto Africanofagias Paulistanas pretende destacar e apresentar por meio de uma ampla programação cultural temática as heranças culturais dos africanos que se amalgamaram, em maior ou menor grau, à dos europeus e indígenas nestas terras. O resultado desse contato gerou traços peculiares à cultura nacional brasileira que se manifestam, consciente ou inconscientemente, em nossos modos de viver e expressar-se. Trata-se de tornar conscientes algumas dessas características. Isso será feito por meio de visitas orientadas aos acervos da Pinacoteca, Museu de Arte Sacra e Museu da Língua Portuguesa. Mas o quê, afinal, devemos lembrar em uma comemoração que rememora a figura do líder guerreiro Zumbi dos Palmares (1655-1695)? Essa personagem histórica, símbolo do orgulho e resistência negra morreu no dia 20 de novembro. A evocação de sua memória tem figurado em eventos culturais como encontros, cerimônias, debates e exposições ao longo de todo o mês de novembro. A data tornou-se oficial no calendário nacional no ano de 2003 e, muitas instituições, com destaque para a Pinacoteca do Estado de São Paulo, já há alguns anos têm oferecido à população paulistana exposições, especialmente fotográficas, que ampliam a nossa percepção e conhecimento acerca da história dos africanos e seus descendentes no Brasil. Em 2011, ano em que é comemorado o Ano Internacional dos Afrodescendentes, data estabelecida pela Unesco, a ação da Pinacoteca não poderia ser diferente. Entretanto, a instituição traz para seu público uma programação elaborada a partir da premissa de que o legado de Zumbi dos Palmares está vivo em seus descendentes e por isso se difunde, se transforma, se perpetua e se atualiza em corpos, falas e memórias dos habitantes dessa megalópole. Desta maneira, a partir desta programação especial reconhece-se também que as culturas africanas e suas heranças são indissociáveis da cultura a qual chamamos de brasileira e é a partir deste raciocínio que o Africanofagias Paulistanas foi delineada. A ideia desta programação cultural é que a materialização da difusão, transformação, perpetuação e atualização referenciadas acima são possíveis diante da aposta na polifonia de significados contidos no conceito de Antropofagia, tal como formulado no Manifesto Antropófago de Oswald Andrade (1890-1954). Como ele dirá: “Só a Antropofagia nos une”. Isto é, só o processo de comer o que é o outro e do outro, sua substância, e esse alimento que resulta é uma coisa nova, que nos particulariza como nação, encontro de diversidades em prol de algo não exatamente consciente, mas que é enorme fonte de inspiração para certas interpretações do Brasil. O Estado e, sobretudo, a cidade de São Paulo, comumente citados ao se pensar nas imigrações de populações de vários lugares do mundo, nesta programação traz visibilidade aos imigrantes, involuntários, africanos que legaram aos seus descendentes características culturais indeléveis, principalmente porque as mesmas são testemunhos da peculiar habilidade desenvolvida pelo “caudilho cultural” do povo brasileiro, como já dizia Gilberto Freyre (1900-1987) de se servir do conhecimento do outro e devolvê-lo fortalecido e enriquecido. Tais como os “tupinambás”, brasileiros guerreiros, todos nós nos alimentamos das culturas africanas e as praticamos em nossas rotinas sem nos darmos conta desta herança que se encontra manifesta na expressão de nossos corpos, falares, saberes e pensares expressos de forma pungente e vigorosa. Feijoada, samba e capoeira são somente três das mais populares criações derivadas das culturas africanas e alçadas à condição de símbolos nacionais desde meados dos anos 1930. E sem desejar polemizar demais ou subestimar os motivos pelos quais grande parte de nossas riquezas culturais tem suas origens profundas na vinda de pessoas da África para cá, vamos compreender esses contextos considerando seus aspectos mais visíveis e conhecidos, mas também aqueles traços e características mais sutis. Vamos trazer à memória protagonismos constituídos como patrimônio material e imaterial, como indivíduos que ao se tornarem mitos, por força de grupos politicamente organizados, se eternizaram como ancestrais referenciais. Pretende-se observar, refletir, questionar e incorporar esta São Paulo que se consome e se sobrepõe, se interpõe, se mescla em um movimento cíclico e contínuo tornando-se assim, ainda que não se reconheça desta forma, lugar de brancos, negros e índios, síntese paradoxal de algumas ideias modernistas que pretenderam delinear os limites simbólicos e culturais da constituição da nação Brasil. Afinal, foi no modernismo que questões como de onde viemos, quem somos e para onde vamos se colocaram como forma de definir nosso destino como povo. Estas intencionalidades se materializam por meio de mesas redondas que contam com convidados que possuem pesquisas de excelência muito recentes, porém ainda pouco difundidas, que trarão à tona a história dos africanos e afrodescendentes em São Paulo; as peculiaridades das práticas religiosas afrobrasileiras em terras de Piratininga; os conhecimentos de cura; as biografias de personalidades como Carolina Maria de Jesus (1914-1977), Luís Gama (1830-1882) e Emanoel Araújo (1940); o culto aos santos negros; as festas profanas populares; e, ainda, os neologismos presentes na literatura chamada de negra. As produções artísticas cênicas e musicais contemporâneas, inspiradas nestas fontes tradicionais e ancestrais, também terão seu lugar de destaque por meio de apresentações de shows em pequenos formatos nos quais o samba paulistano, maracatus e raps, mulheres negras e poetas populares terão suas produções reconhecidas e difundidas na programação. Africanofagias Paulistanas é o corpo instituição Pinacoteca do Estado afirmando e confirmando seus interesses para com a gênese da historia paulistana. Gênese essa que, a partir deste evento, reconhece e presenteia a todos com uma programação que aciona o seu rico acervo como um importante marcador desse imaginário afro-brasileiro pondo em circulação obras, símbolos e história no Ano Internacional do Afrodescendente. Renata Felinto Coordenadora Alexandre Araujo Bispo Assistente de Coordenação Programação Apresentações cênicas e musicais em formato de pocket show Mesas redondas As apresentações de coletivos de teatro e grupos musicais serão realizadas nos espaços do lobby e do Octógono da Pinacoteca do Estado, demonstrando que estas heranças africanas que se referem à expressão corporal, à musicalidade e à ludicidade são elementos fundamentais no trabalho de pesquisa dos grupos convidados. Por meio das mesas redondas serão apresentadas pesquisas recentes sobre a história da população africana e de seus descendentes no contexto paulistano, considerando a circulação de saberes e fazeres que se atualizam nas práticas cotidianas. 05 de novembro das 10hs às 13hs Os africanos nas terras paulistanas Apresentação e discussão de pesquisas histórico-antropológicas relacionadas à presença africana na cidade com os palestrantes: Dra. Regiane Augusto de Mattos, doutorando Milton Silva dos Santos e professora Dra. Vanicléia Silva Santos que enfatizam essa presença histórica que se transforma e se atualiza em discussões como a importância dos babalorixás (pais de santo) na manutenção do candomblé urbano. O conhecimento dos feitiços e mandingas aclimatados no Brasil e os sentidos que o termo mandinga assume no presente. A mediação é do cientista social, curador e mestrando em Antropologia Social Alexandre Araújo Bispo. 12 de novembro das 10hs às 13hs Negro paulistano me tornei, na metrópole que adotei Trata-se de apresentar as trajetórias de personalidades negras que migraram para São Paulo e que aqui constituíram as suas biografias. A base para a discussão serão as pesquisas dos palestrantes professora Dra. Ligia Ferreira (Unifesp) que versará sobre o jornalista e advogado Luiz Gama, a Dra. Flávia Rios que falará sobre a escritora Carolina Maria de Jesus e o professor Dr. Nelson Inocêncio (UNB) que abordará a biografia do artista plástico Emanoel Araújo. A mediação é da professora Dra. Maria Aparecida Lopes (UFT). 19 de novembro das 10hs às 13hs Africanizando o cotidiano paulistano Tratará da presença africana nas ações do dia a dia, corriqueiras em suas várias dimensões, desde os modo de expressão oral às práticas populares religiosas ou festivas a partir das pesquisas do escritor e jornalista Oswaldo de Camargo; da artista plástica, folclorista e escritora Raquel Trindade; e do escritor, poeta e Dr. Luiz Silva ou Cuti. A mediação é do escritor, historiador e mestre em Educação Allan da Rosa. Visitas Temáticas Nas mesmas datas das mesas redondas, sempre das 14h às 15h30 e em parceria com as instituições vizinhas Museu de Arte Sacra e Museu da Língua Portuguesa, a Pinacoteca oferecerá visitas temáticas que aprofundam e localizam indícios da história da população negra e mestiça nos acervos desses importantes espaços que salvaguardam arte, história e cultura. No acervo da Pinacoteca, que passou por recente reconfiguração curatorial, será focado o reconhecimento do negro africano como um dos forjadores das culturas brasileira e paulistana. No acervo do Museu de Arte Sacra, serão evidenciadas as práticas católicas, do erudito ao popular, com ênfase nas festas que se transformaram a partir do protagonismo do sujeito africano, como as relações de sincretismo religioso. No acervo do Museu da Língua Portuguesa, serão focados os sinais cotidianos que estão presentes no corpo e que falam de nossas origens e de nosso processo civilizador. Gestos e palavras incorporados à vida tipicamente urbana que identificam objetos, fenômenos e pessoas em profunda conexão com as culturas africanas que para cá vieram, em especial as de matriz banto e iorubá. 05 de novembro das 16:30hs às 18hs Grêmio de Resistência Cultural Kolombo Diá Piratininga O canto das lavadeiras e rezadeiras que se faz presente com o requinte da batucada de terreiro no samba do Curimba, núcleo formado por pastoras do Grêmio Recreativo de Resistência Cultural Kolombolo Diá Piratininga para difundir o samba paulista e seus mestres. 12 de novembro das 16:30hs às 18hs Zinho Trindade e Legado de Solano O som que integra a vitalidade percussiva das festas de Maracatu com o improviso dos Mcs do rap do grupo Zinho Trindade e o Legado de Solano. 19 de novembro das 16:30hs às 18hs Companhia de Arte Negra As Capulanas A feminilidade, fertilidade e sabedoria que envolve o universo negro feminino e suas reivindicações ideológicas e políticas são o cerne da Companhia de Arte Negra As Capulanas. Nesta apresentação elas mostram o trabalho “Quando as palavras sopram os olhos...Respiro!”, inspirado no livro Cartas para minha mãe, de Teresa Cárdenas. 26 de novembro das 16:30hs às 18hs Grupo Clariô O poeta pernambucano João Flávio Cordeiro, o Miró de Muribeca, tem “seus escritos crônicos e retratos de vida” transformados em peça pelo Grupo Clariô de teatro proveniente de Taboão da Serra. A peça Urubu come carniça e voa, nova montagem destes talentosos atores, será o show oferecido nesta data. Neste mesmo sábado, das 14hs às 15:30hs, será promovida uma mesa redonda com o tema “As vertentes das expressões artísticas afro-brasileiras na cidade: continuidades” a partir de uma breve conversa com representantes dos coletivos de teatro e dos grupos musicais, com foco em um diálogo sobre eles e os processos de criação cênica e musical que se referem às tradições africanas e afrobrasileiras como fonte de pesquisas e como as trazem para a contemporaneidade e para urbanidade. A mediação será do jornalista e idealizador da revista de cultura urbana O Menelick 2.Ato: Afrobrasilidades e afins José Nabor Júnior. Depois de Oswald de Andrade (1890-1904) não foram poucos os movimentos e expressões artísticas inspiradas em seu manifesto, o maior deles sem dúvida foi o Tropicalismo e a estética particularmente antropofágica do Teatro Oficina ou ainda a multifacetada obra de Hélio Oiticica (1937-1980). É com esse sentido, daqueles elementos que mais do que nos separar nos aproxima e une, que as obras abaixo selecionadas, em um primeiro esforço de entendimento para um roteiro que demarca a presença africana na Cidade de São Paulo, sustentam a proposta de encontrar referências, evocações, símbolos e significados, ainda que sutis, da presença africana no imaginário paulistano. Nesse sentido algumas relações poderão soar forçadas, mas não se trata de querer ver em tudo a presença africana, mas de destacar contextos nos quais a própria terra brasileira ou nação que já nasceu antropofágica de Oswald não seria a mesma sem a maciça presença da mão afro-brasileira na paisagem, na construção de cidades, no trato com a agricultura, na elaboração de ferramentas de trabalho. Para mostrar esses elementos será necessário acessar com maior cuidado a via do imaginário que é por onde muita coisa se dá a ver e, sem a qual, a tarefa de entender e estimular o público a “comer” da informação histórica fica complexa de ser realizada. Para tal empreendimento é necessário olhar novamente o rico acervo da Pinacoteca do Estado e permitir aos sentidos serem tomados por uma certa “africanidade” que permeia a concepção e existência das obras elencadas para realização destas interpretações propostas.