OBSERVATÓRIO PORTUGUÊS DOS SISTEMAS DE SAÚDE PORTAL “GESTÃO.SAÚDE” MEMÓRIA DESCRITIVA 14 DE FEVEREIRO DE 2002 ÍNDICE Pág. 1. INTRODUÇÃO 1 2. OBSERVATÓRIO PORTUGUÊS DE SISTEMAS DE SAÚDE E A EN TIDADE PROMOTORA DO PORTAL “GESTÃO.SAÚDE” 8 3. POPULAÇÃO ALVO 12 4. PRODUTOS (“Deliverables”) 13 5. “PLATAFORMAS DE SERVIÇOS” 16 6. FUNCIONALIDADES 17 - 20 E 30 E 32 10. DESEN HO, FASEAMEN TO E GESTÃO DO PROJECTO 34 11. DESPESAS E PLANO DE FINANCIAMENTO 41 12. GESTÃO DO PROJECTO 46 7. SISTEMA DE IN FORMAÇÃO CONFIGURAÇÃO TECNOLÓGICA 8. IN TERLIGAÇÕES INTERNACIONAIS N ACION AIS 9. OPORTUN IDADE, SUSTEN TABILIDADE GARANTIA DA QUALIDADE 13. RESULTADOS EXECUÇÃO E IN DICADORES DE 47 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 48 ANEXO: DOCUMENTAÇÃO 49 Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde i 1. INTRODUÇÃO 1.1 Finalidade e Relevância 1.1.1. O acesso a cuidados de saúde de qualidade é hoje uma preocupação universal. Em Portugal esta preocupação está hoje bem documentada. Segundo Villaverde Cabral e colaboradores no seu recente inquérito sobre os comportamentos e atitudes da população portuguesa perante o sistema nacional de saúde (1), 49,4% dos inquiridos pensam que a saúde é “o sector mais importante onde o governo emprega o dinheiro” em comparação com os 16,3 % que referem a criação de empregos, com os 15,5% que indicam as reformas e pensões e os 8,1% que destacam a educação. O envelhecimento populacional, o aumento acelerado das ofertas tecnológicas, o maior grau de exigências e expectativas por parte dos utilizadores, os crescentes desafios na sustentabilidade financeira dos serviços de saúde fazem pensar que esta preocupação se irá acentuar nos próximos anos. As limitações e as eventuais disfunções dos sistemas de saúde são facilmente sentidas pelo cidadão. No entanto já é consideravelmente mais difícil conseguir um entendimento claro dos factores que determinam essas dificuldades e do que cada um pode fazer para contribuir de uma forma positiva para que elas possam ser ultrapassadas. A forma como actualmente são apresentadas as questões que dizem respeito à organização e gestão do sistema e dos serviços de saúde, não permitem nem uma apreciação clara do tipo e qualidade da evidência em que se baseiam nem são acessíveis a pessoas não especializadas em gestão de saúde – como é o caso da maior parte daqueles que estão quer dentro quer fora do sistema de saúde. 1.1.2. N ão é hoje possível conduzir mudanças substanciais nos sistemas de saúde sem um papel mais activo e informado do cidadão (2) (3). Isso exige contudo um melhor entendimento das questões relacionadas com: - o financiamento dos sistemas de saúde, - os processos de representação e de agência na distribuição e responsabilização pelos recursos da saúde, - o exercício de escolhas informadas, Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 1 - os comportamentos de protecção e promoção da saúde, - a utilização inteligente dos serviços de saúde, - a participação em redes de auto-ajuda, - a avaliação do grau de satisfação com os cuidados de saúde, e com as formas de participação mais eficazes nas iniciativas destinadas a melhorar estes níveis de satisfação. Existem hoje dados publicados (4 ) que ilustram a necessidade de fazer um esforço particularmente direccionado para grupos populacionais mais desfavorecidos de modo a contrariar a crescente assimetria de acesso à informação em função do nível sócio - económico dos cidadãos.. 1.1.3. N as sociedades modernas os serviços de saúde constituem a mais ampla interface entre o cidadão e a “sociedade organizada” (5). Independente da especialidade técnica ou administrativa de cada um daqueles que trabalham no sector de saúde, a todos interessa, em maior ou menor grau, as questões transversais às profissões, por dizerem respeito aos processos de “governação” do sector e ao contexto organizacional e de gestão onde se posicionam e movem. Só o Serviço N acional de Saúde emprega directamente mais de 110.000 pessoas. A estas há que acrescentar algumas dezenas de milhar de pessoas que se localizam no sector privado e social ou nas instituições de ensino relacionadas com a saúde. Para além dos cuidados que prestam, os serviços de saúde, através desta ampla interface com a sociedade, constituem um veículo privilegiado para difundir a inovação e expandir a “sociedade da informação”. A qui é possível identificar claramente uma convergência estratégica entre o desenvolvimento do sistema de saúde e o da sociedade da informação. 1.1.4. A melhoria da qualidade da “gestão em saúde” é actualmente uma necessidade prioritária. Este facto é hoje reconhecido universalmente (6), e em Portugal de uma forma muito particular (7) (8) (9). No entanto a “administração” e a “gestão” de uma forma geral e a da saúde especificamente são fortemente influenciados pelo contexto social e cultural em que se exercem. A configuração dos sistemas de saúde e das instituições e inter-relações que o constituem, apesar da correspondência de conceitos e terminologia que é possível fazer de um país para o outro, resultam no essencial da confluência de um conjunto de factores socialmente específicos nas suas características e na sua evolução histórica. Daí que as ideias e técnicas de Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 2 gestão importadas sem uma contextualização adequada se tenham vindo a revelar de utilidade muito limitada. Nestas circunstâncias é fácil reconciliar a gestão de informação e do conhecimento em saúde em Portugal, tem um papel decisivo. 1.1.5. A gestão da informação e do conhecimento em saúde assume crescentemente uma importância crítica no desenvolvimento do sistema e das instituições de saúde. Nesta perspectiva um portal “gestão.saúde” pode contribuir de uma forma particularmente importante para proporcionar um acesso fácil e oportuno à informação e ao conhecimento a todos os interessados pela saúde – desde a população em geral até aos vários níveis da administração de saúde, passando pelas organizações económicas e sociais que actuam no sector da saúde - de uma forma culturalmente contextualizada e relevante. É já possível hoje ter acesso através da Internet a “sítios” com conteúdos de saúde produzidos em Portugal – como por exemplo www.opapeldomedico.com, www.cmv.pt, http://www.clinicaviva.pt - mas nenhum deles aprofunda ou é especializado em gestão de saúde da forma como se propõe fazê-lo este projecto. É o contexto organizacional específico em que se insere este projecto de Portal “gestão.saúde” que lhe proporciona uma grande relevância e oportunidade particular, permitindo-lhe preencher uma lacuna de importância crítica para a gestão da informação e do conhecimento em saúde no país. Para demonstrar, divulgar, e promover as especificidades da abordagem do Portal “gestão.saúde” foi produzida e está disponível (em português e inglês) uma apresentação/ demonstração – “DEMO” (acessível em CD anexo). 1.1.6. As características técnicas do projecto, mas também o contexto organizacional específico onde ele se insere asseguram a sua especificidade, relevância, qualidade e sustentabilidade Assim, a associação entre (a) um Observatório de Sistemas de Saúde, (b) um Portal “Gestão Saúde” e (c) uma rede académica de investigação e ensino competente nestas matérias (d) um dispositivo de promoção do conhecimento e de ensino/aprendizagem em gestão de saúde Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 3 facilita e promove a) a elaboração de “conteúdos” de evidente interesse público. b) a realização de “produtos” ou serviços relacionados com a análise da situação portuguesa em relação “à gestão da saúde” de forma a tirar o melhor partido possível das virtualidades das tecnologias de informação e comunicação (TIC) c) o ensino/aprendizagem em gestão da saúde d) a articulação com experiência europeias e organizações internacionais com interesses similares, que proporciona oportunidades para dar visibilidade e aplicação a “conteúdos” de origem portuguesa Esta abordagem esta representada de forma esquemática na Figura 1. Figura 1 Portal Gestão.Saúde/ Observatório Base de Conhecimento Gestão da Informação e do Conhecimento Portal Objectivos Ensino / Aprendizagem Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde Links nacional e Internacional 4 1.1.7. Para assegurar um valor acrescentado próprio no desenvolvimento do “sistema de saúde” e da “sociedade da informação” o projecto Observatório/ Portal “gestão.saúde” assume um posicionamento caro e específico na confluência dos sectores da educação, da saúde e do desenvolvimento científico-tecnológico. Este projecto situando-se no território da gestão da informação e do conhecimento e tendo como finalidade tornar o conhecimento útil não concorre ou ocupa o espaço próprio dos programas de ensino e de investigação institucionalmente estabelecidos, dos órgãos de gestão da saúde ou das empresas de serviços que lhes proporcionam consultorias técnicas. O seu espaço próprio é o de configurar e tornar facilmente acessíveis as bases de conhecimento que qualquer deles necessita para realizar a sua missão, ao mesmo tempo que procura não deixar de servir os interesses em informação e conhecimento da população em geral. 1.1.8. Está num horizonte relativamente próximo a emergência de uma rede europeia de observatórios de saúde e de sistemas de saúde (10), (11), (12) e (13). Esta rede insere-se na lógica que assume maior relevância no “influenciar através da informação e do conhecimento”. Estes observatórios estabelecem-se como mediadores entre as redes de investigação de serviços e sistemas de saúde (com a sua linguagem disciplinar própria) e um vasto “público da saúde” (que necessita de compreender, decidir, participar e escolher de uma forma informada e em tempo oportuno). Particularmente informativos em relação a estas tendências são o “concept paper da UE” e o relatório de Lisboa da OMS (em anexo). O Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS) está bem colocado para desempenhar um papel inovador no contexto europeu, uma vez adquirida a capacidade tecnológica indispensável, para não perder a oportunidade de ocupar uma posição de relevo neste movimento. 1.2 Objectivos imediatos Os objectivos imediatos do Portal “Gestão.Saúde” podem resumir-se da seguinte forma: 1.2.1. Proporcionar acesso fácil e oportuno à informação e ao conhecimento sobre a “gestão em saúde” relevante no contexto português, a todos os interessados. Desenvolver conteúdos de interesse geral que pela sua linguagem e esquematização de ideias e apresentação de factos tornem mais tangíveis as questões relevantes associadas aos serviços de saúde – dando particular atenção ao que interessa nos grupos populacionais mais desfavorecidos (e.g. idosos e minorias étnicas). Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 5 1.2.2. Constituir uma “base de conhecimento sobre gestão de saúde relevante para o sistema de saúde português” - centrada no Observatório Português dos Sistemas de Saúde, mas incluindo contribuições complementares de outras proveniências - que possa ser direccionada facilmente para vários aspectos, entre os quais: (a) análise estratégica dos sistemas de saúde (b) investigação em serviços de saúde (c) plataforma de ensino/ aprendizagem em “gestão de saúde” e “gestão da informação do conhecimento em saúde”- com componentes presenciais e à distância (d) “plataforma de serviços” a organizações profissionais e órgãos da comunicação social. 1.2.3. Favorecer a divulgação e a aplicação dos conceitos, técnicas e instrumentos da gestão da informação e do conhecimento em saúde. 1.2.4. Facilitar o acesso à informação sobre o sistema de saúde português a partir de outros países da União Europeia, dos PALOP's e de Timor. 1.2.5. Promover o reforço das relações de trabalho com organizações similares de outros países e com organizações internacionais dedicadas aos temas acima referidos, introduzindo nas redes de informação sobre sistemas e serviços de saúde conteúdos de origem portuguesa. 1.3 Efeitos sustentáveis a médio e longo prazo Este projecto, para além da realização dos objectivos a curto prazo acima referidos, tem as condições necessárias para produzir efeitos sustentáveis de considerável importância, a médio e longo prazo. Descriminamos alguns destes efeitos: 1.3.1. Promover um papel activo na produção de conteúdos de gestão de saúde por parte das instituições portuguesas. Pretende-se que estas instituições passem de uma situação de “consumidoras” de conteúdos da Internet para produtoras de conteúdos nesta área do conhecimento. Estes conteúdos podem ser úteis para utilizadores europeus em geral, mas deveriam ser particularmente relevantes também para outros países do sul da Europa, África (PALOP's), Timor e América Latina. Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 6 1.3.2. Contribuir para uma cultura de exigência em relação à base de informação e conhecimento (evidência) com que se tomam decisões e se faz a gestão em saúde. 1.3.3. Contribuir para uma integração mais rápida e efectiva do sector da saúde na “sociedade da informação” aos mais diversos níveis – do cidadão em geral, dos futuros profissionais e gestores da saúde (aplicações no ensino/ aprendizagem), dos actuais participantes no sistema de saúde, dos decisores técnicos e políticos, das redes de investigação em serviços de saúde. 1.3.4. Promover não só a qualidade da “gestão em saúde” pelos seus méritos próprios mas também contribuir para uma maior racionalidade e participação democrática no espaço português e europeu. As dimensões do sector da saúde e a sua intensa interactividade com a sociedade colocam-no numa posição privilegiada para reforçar atitudes de dogmatismo e dependência ou, pelo contrário, para promover o conhecimento e a cidadania em todas as suas expressões. Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 7 2. OBSERVATÓRIO PORTUGUÊS DOS SISTEMAS DE SAÚDE E A ENTIDADE PROMOTORA DO PORTAL “gestão.saúde”. 2.1 O Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS) foi estabelecido na primeira metade de 2000. Durante a sua curta existência de cerca de dois anos tem vindo a adoptar e continuará a desenvolver métodos de trabalho que visam atender, simultaneamente, a duas exigências distintas, mas igualmente importantes: (a) Assegurar a comunicação oportuna e efectiva de conhecimento relevante, rigoroso e conciso sobre o sistema de saúde português, a sua evolução e os factores que a determinam. (b) Garantir a independência em relação a qualquer interesse específico associado ao sistema de saúde quer dos conteúdos quer do processo de comunicação acima referidos. Desta forma o OPSS tem procurado contribuir para superar um dos maiores obstáculos à evolução mais rápida do sistema de saúde português - a falta de um conhecimento suficientemente preciso e partilhado sobre as principais determinantes da sua evolução. Este conhecimento é algo de diferente do simples enunciado dos sintomas do mal-estar que afligem a saúde e de algumas das suas causas mais próximas. 2.2 O programa de actividades do OPSS está organizado em ciclos anuais de (a) recolha, análise, debate e promoção de informação e conhecimento em saúde, (b) síntese e comunicação/ divulgação, (c) análise do impacto, retroacção e redesenho do ciclo seguinte. Pretende-se com este ciclo anual privilegiar na actividade do observatório a relevância e a oportunidade da informação e do conhecimento, a capacidade de comunicação e da aprendizagem a partir da experiência, a avaliação contínua e o redesenho frequente das abordagens do OPSS a partir dessa mesma experiência. 2.3 O principal produto com visibilidade exterior do Observatório é o “Relatório de Primavera” focando a evolução do sistema de saúde português. Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 8 Internamente, no entanto, este relatório proporciona uma oportunidade anual para divulgar o resultado de um processo contínuo de elaboração e aprofundamento de uma “base de conhecimento” sobre a gestão da saúde. A importância do Portal “Gestão. Saúde” em todas as fases deste processo é evidente. O “Relatório de Primavera” tem como principal objectivo pôr à disposição de todos os interessados uma análise actualizada da evolução do sistema de saúde português e dos seus principais componentes, incorporando anualmente os factos mais recentes. Este objectivo deve ser interpretado como fazendo parte de um propósito mais geral - o de proporcionar aos principais actores do sistema de saúde uma referência comum, rigorosa e independente, que facilite a comunicação e a concertação necessárias para promover políticas de saúde mais efectivas e um posicionamento mais realista de cada um face à sua experiência quotidiana em relação ao sistema de saúde. O Relatório de Primavera tem duas componentes autónomas, mas relacionadas entre si: (a) a “síntese” que constitui essencialmente o instrumento privilegiado de comunicação, e o (b) Relatório extenso, que desenvolve os temas em mais detalhe e de uma forma referenciada. Ambos estão acessíveis em www.ensp.unl.pt/observatorio. 2.3 A promoção da informação da informação e do conhecimento em saúde é um elemento essencial do ciclo anual do OPSS e terá um importante papel no desenvolvimento e divulgação do Portal “gestão.saúde”. Assim resumem-se aqui as principais iniciativas de divulgação e de debate que o OPSS realizou ou planeis realizar nos ciclos de 2000/2001 e 2001/2002: Apresentação pública do Observatório e divulgação dos seus objectivos Apresentação do Observatório Português dos Sistemas de Saúde. Tema: “As reformas da saúde em Portugal e na Europa” Torre do Tombo, 27 de Junho de 2000. Joseph Figueras, Pedro Ferreira, Constantino Sakellarides Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 9 Ciclo 2000/2001 Conferência “ A avaliação do desempenho dos sistemas de saúde – debate sobre o primeiro relatório da OMS sobre este tema (Junho, 2000) ; O caso português”. Torre do Tombo, 22-23 de Novembro de 2000. Road Sheaff, Pedro Ferreira, Constantino Sakellarides , Suzete Gonçalves 1º Seminário Temático: “ Cuidados de Saúde Primários em Portugal” ENSP, 18 de Dezembro de 2000. Daniel Serrão, Mariana Diniz, Jaime Correia de Sousa, Rosa Gallego, Jorge Cabral 2º Seminário Temático: “Análise da situação do Hospital Público Português” . ENSP, 5 de Março de 2001. Coordenador: Vasco Reis 3º Seminário Temático: “Políticas de Saúde e a Administração Pública na Saúde em Portugal”. ENSP, 6 de Março de 2001 Medina Carreira, António Correia de Campos, João Pinhal Apresentação do Relatório de Primavera 2001 “ Conhecer os caminhos da saúde”. Mesa Redonda sobre a “Gestão da Informação e do Conhecimento em Saúde em Saúde”. Palácio Foz, 24 de Maio de 2001. Joseph Figueras, Isabel de La Mata, Suzete Gonçalves, Pedro Ferreira, Constantino Sakellarides, Luís Reto Ciclo 2001/2002 Seminário “Gestão da Informação e do Conhecimento em Saúde, na Europa e em Portugal” Realizado conjuntamente pelo Ministério da saúde, pela OMS/Europa e pelo OPSS. ENSP, 26, 27 de Novembro de 2001. Com a participação de A ntónio Correia de Campos , Ministro da Saúde, Marc Danzon, Director Regional da OMS/Europa e JM Pereira Migue, Alto-comissário para a Saúde. Previsto - Seminário sobre “Health Care Delivery Mix in Portugal, Spain and UK”. ENSP, 11 e 12 de Março 2002. Participação de Espanha e do Reino Unido: Joan G. Sintes Pascual , Gerent A djunt, Hospital Clinic i Provincial de Barcelona; Guillem López Casasnovas, Departament d’Economia i Empresa, Universitat Pompeu Fraga; J.M. Bonet, Director do IN SA LUD; Kevin Woods, Department of Public Health, University of Glasgow Previsto - Apresentação do “Relatório de Primavera 2002” do OPSS. Auditório da Fundação Gulbenkian, 6 de Junho de 2002. Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 10 2.4 O OPSS constituiu-se como uma rede de investigação em sistemas e serviços de saúde, com um secretariado institucionalizado na Escola Nacional de Saúde Pública, agregando a contribuição de quatro instituições académicas representando um certo grau de competências técnicas distintas e complementares: - Escola Nacional de Saúde Pública, Universidade Nova de Lisboa. - Instituto para o Desenvolvimento de Gestão Empresarial, Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa. - Faculdade de Economia, Universidade de Coimbra - Instituto Superior de Serviço Social do Porto. Para facilitar o desenvolvimento e gestão da rede de investigação em sistemas e serviços de saúde proveniente das quatro instituições acima referidas que se constituiu como OPSS, esta prevista brevemente a criação de uma associação que integrará progressivamente os investigadores e as instruções acima referidas. 2.5 O proponente deste projecto é Coordenador do Grupo de Disciplinas de Política e Administração de Saúde e Subdirector da Escola N acional de Saúde Pública e Coordenador do Observatório Português de Sistemas de Saúde. – possui experiência nacional e internacional em questões relacionadas com a análise dos sistemas de saúde e a gestão da informação e do conhecimento em saúde Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 11 3. POPULAÇÃO – ALVO Para além da população em geral o Portal “gestão.saúde” tem os seguintes alvos específicos: - Políticos e Ministério da Saúde (quadros dirigentes nacionais, regionais e locais); - Instituições Académicas (professores e alunos de ensino pré e pós graduado nas várias vertentes da área da saúde); - Profissionais de Saúde tais como dirigentes de serviços ou programas, públicos ou privados, ou outros interessados na gestão em saúde; - “Stakeholders” da saúde como industrias e organizações de serviços, públicos e privados, nomeadamente aquelas relacionadas com equipamentos, construções, transportes, tecnologias biomédicas, da informação e comunicação, e os medicamentos; - Imprensa e outros meios de comunicação social; - OMS, organizações académicos, gestores e profissionais de outros países, nomeadamente da Comunidade Europeia e Comunidade Lusófona; Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 12 4. PRODUTOS (“Deliverables”) Os “produtos” do Portal “gestão.saúde” são organizados de forma a poderem servir simultaneamente uma audiência generalista e também, a um outro nível”, aqueles que tem um interesse mais específico pelas questões da gestão em saúde. 4.1. Organização de conteúdos 4.1.1 Espectro de conteúdos O índice de conteúdos do Portal e da base de conhecimento que lhe está subjacente está organizado em quatro grandes áreas (ver DEMO): A governação da saúde que inclui aspectos relativo ás agendas e aos processos de governação e regulação da saúde, à economia e ao financiamento da saúde. Os modelos de administração pública do país, ao desempenho dos meios de comunicação social na área da saúde, e ao funcionamento do sistema político naquilo que directamente diz respeito à saúde. A administração da saúde que se centra à administração pública em saúde e à “mediação” cidadão/ sistema prestador de saúde, incluindo a contratualização do desempenho, os sistemas de qualidade, o desenvolvimento dos recursos humanos e da investigação em sistemas e serviços de saúde, e a gestão da informação e do conhecimento em saúde. O sistema prestador de cuidais de saúde que inclui os cuidados de saúde primários, os hospitais, os cuidados continuados, a organização e gestão da saúde mental, a gestão da doença, a gestão de unidades/ serviços de saúde, a gestão e a avaliação de programas e projectos de saúde, as formas de integração de cuidados de saúde (“unidade funcionais”, “sistemas locais”), as políticas do medicamento, as organizações científicas e profissionais da saúde, e as industrias da saúde. O cidadão e a saúde que inclui o papel do cidadão na promoção da sua própria saúde, o cidadão como pagador e utilizador de cuidados de saúde, os direitos do cidadão e do doente e as suas organizações, os grupos populacionais particularmente necessitados e vulneráveis, o Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 13 cidadão e a informação em saúde, autarquias locais e saúde, o 3º sector e a saúde, a escola e a saúde, a saúde e o local de trabalho, a saúde e as ONG's. A s desigualdades em saúde e a informação pertinentes aos grupos populacionais desfavorecidos terão um tratamento particularmente desenvolvido nos conteúdos do Portal. Os níveis de organização dos conteúdos seguem a seguinte hierarquia – conhecimentos gerais em “gestão.saúde”, contextualização em termos dos países da UE, contextualização em relação aos países com sistemas tipo-SNS, contextualização em termos de países do sul da Europa, informação e conhecimento sobre Portugal. 4.1.2 Interligação entre conteúdos A interligação dos conteúdos do Portal na análise de questões actuais da “gestão.saúde” é um dos objectivos mais inovadores desta iniciativa. Assim as “visitas guiadas” a temas críticos da gestão da saúde constituirão uma das características distintivas deste Portal (ver DEMO). 4.1.3. Elaboração, actualização e garantia de qualidade dos conteúdos A rede de produtores de conteúdos do Portal sobrepõe-se à rede de investigadores em sistemas e serviços de saúde do OPSS. As suas contribuições têm sempre duas componentes: a primeira, com assinatura, é explicativa e referenciada; a segunda, sintética, é propriedade colectiva do portal “gestão.saúde” e refere à primeira componente (ver gestão do projecto). Estão previstos três registos na produção/actualização dos conteúdos: (a) No primeiro destes registos – que corresponde ao nível do portal que proporciona acesso ao público em geral, a actualização é feita em ciclos semanais. (b) Num segundo registo a actualização do portal faz-se segundo aquilo que for acordado em relação ao desenvolvimento da base de conhecimentos específica para cada “cliente”. (c) Um terceiro registo corresponde ao trabalho de conteúdos relacionado com serviços “online” associados à componente “call centre” (exemplo: “perguntas mais frequentes”, “sondagens de opinião”) Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 14 A garantia de qualidade dos conteúdos do portal é assegurada pela comissão editorial científica. 4.2. “Relatórios de Primavera” O Relatórios de Primavera (RP), já acima referido, passará a ser preparado, divulgado e discutido no âmbito do Portal “Gestão.Saúde”. O relatório representa assim uma oportunidade para rever, expandir, aperfeiçoar e divulgar os conteúdos do Portal. 4.3. Meta-análise europeia da informação e do conhecimento na saúde. A partir da meta-análise europeia da gestão da informação e do conhecimento em saúde elaborada no âmbito da OMS (ver Apresentação em CD) o Portal “Gestão Saúde” procurará estabelecer e manter, em colaboração com aquela organização e outros observatórios europeus uma “base de informação” sobre esta temática. 4.4. Projectos “E – learning” Esta previsto para o ano lectivo de 2002/ 2003 uma considerável incorporação de “elearning” nos programas de ensino das instituições associadas ao Observatório. A articulação entre a base de conhecimentos do portal e os projectos de “e-learning” em fase de preparação é de grande interesse e oportunidade. Um projecto-demonstração nesta matéria será o curso de “gestão da informação e do conhecimento em saúde”, (ENSP) a ter início em Outubro de 2002 (ver anexo). Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 15 5. “PLATAFORMAS DE SERVIÇOS” Indicam-se aqui as plataformas de serviços específicos que o Portal “Gestão.Saúde” prevê poder estabelecer assim como os “perfis de clientes” relacionados com estes serviços. Estas plataformas de serviços serão montadas numa base experimental e pilotados com “clientes” seleccionados durante as fases de implementação e aperfeiçoamento do projecto, passando na fase de consolidação a serem financiadas pelos clientes, contribuído assim para a sua base de sustentabilidade. Estes serviços permitirão também criar as condições necessárias para manter um acesso sem restrições ao público, em geral interessado nos aspectos mais “generalizados” da gestão da saúde. Para alguns destes serviços o Portal beneficiará de um dispositivo “Call Centre”. 5.1 Perfil de serviços - Inscrição em diferentes níveis de acesso à base de conhecimentos do portal. - Configuração de bases de conhecimentos específicos para o desenho e a avaliação de projectos de saúde. - Configuração de bases de conhecimento específicas para o suporte a “sistemas de informação e decisão” (de projectos e instituições que necessitam de uma base mais fundamentada para os processos de informação e decisão que utilizam) e a “sistemas de comunicação em saúde” (de organizações de comunicação social ou com uma componente de comunicação social, que necessitem de um acesso continuado a conhecimentos sobre sistemas e serviços de saúde). - Desenho de bases de conhecimento interactivas adequadas a aplicações que requerem esta propriedade (e.g. “e-learning”, TV interactiva). 5.2 Perfil de clientes - Instituições públicas da saúde - Organizações profissionais de saúde - Organizações não governamentais - “Consultings” e organizações de prestação de serviços na área da saúde - Organizações de comunicação social - Instituições de ensino - Investigadores ou redes de investigação Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 16 6. FUNCIONALIDADES As principais funcionalidades do Portal “gestão.saúde” podem resumir-se da seguinte forma: Serviços ao Público do Portal Serviço Descrição de Disponibiliza links internos ao Portal ou para sites externos acerca de tópicos relacionados com Sistemas de Saúde Acessos a Os vários perfis de conteúdos utilizadores poderão aceder categorizados aos diversos conteúdos disponíveis no site. Estes conteúdos poderão estar organizados hierarquicamente e em categorias Comentários Permite ao Público em Geral ou a Peritos remeter comentários ou dúvidas acerca de um conteúdo. Estes comentários ficarão disponíveis em base de dados pesquisável à posteriori Enciclopédia Tópicos de Sistemas de dos Sistemas Saúde de A a Z que servem de Saúde de base à classificação de conteúdos Newsletter Subscrição de publicação electrónica a ser remetida por email sobre assuntos gerais, novidades do portal e personalizados pelo utilizador Pagamentos Os pagamentos a efectuar em Off-Line pela venda/ cedência de serviços do OPSS serão efectuados directamente com alguém do OPSS e cobrados à posteriori Observações Fase Implementação Motor Busca Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde v 17 Serviço Descrição Observações Contact Center Consulta a peritos Espaço restrito a utilizadores especialistas destinado à colocação de perguntas e pedidos de informação A resposta poderá ser dada mediante pagamento. A resposta poderá consistir na identificação de links relevantes ou na criação de novos conteúdos. A resposta poderá ou não ser disponibilizada a outros utilizadores. A resposta poderá ser dada mediante pagamento e poderá consistir na identificação de livros relevantes ou na disponibilização de resumos. Biblioteca Gestão de Sistemas de Saúde Faculta acesso pesquisável a resumos e comentários efectuados pelos colaboradores do OPSS Chats – Conferências Virtuais Disponibiliza ao Público em Geral ou a Peritos registado um espaço de diálogo acerca de um tema. Estas sessões ficarão disponíveis em base de dados pesquisável à posteriori Facilita a comunicação a comunidades de peritos e grupos de trabalho, p. e. do OPSS e da OMS, ou grupos académicos. Possibilita a partilha de experiências e a troca de informação com outros membros assim como o upload de informação para o repositório da Base de Dados de Conhecimento Expert Groups (Fóruns) Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde Fase Implementação v v v v 18 Serviços de Gestão do Portal Serviço Descrição Controlo Acesso de Registo Adesão Templates captura conteúdos de de de Workflow Personalização Gestão de Publicidade Alteração dos dados dos clientes no Site Relatórios Estatísticas e Validação do utilizador através do login e password e classificação por perfil Registo de Inscrição de clientes Criação de templates para a captura dos conteúdos criados pelos vários colaboradores Criação de workflows para criação, aprovação/rejeição de conteúdos, bem como para o seu deployment Direccionar conteúdos mediante o perfil de cada “visitante” Log da Actividade (número de hits e/ ou views), Possibilidade de direccionar publicidade específica para perfis de utilizadores específicos. Possibilidade dos próprios clientes alterarem os seus dados pessoais no site Implementação de relatórios de acessos, páginas mais visitadas, áreas e conteúdos mais visitados Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde Observações Fase Implementação v v v v v v v v 19 7. SISTEMA DE INFORMAÇÃO - CONFIGURAÇÃO TECNOLÓGICA 7.1 Objectivos para o Sistema O Sistema de Informação que se pretende desenvolver visa consistir um instrumento privilegiado de comunicação orientada para o público alvo disponibilizando análises oportunas, isentas e rigorosas por forma a informá-lo ou apoiá-lo nas suas decisões. Este sistema será capaz de: • gerir o fluxo de trabalho da rede de investigadores (geograficamente dispersa) associado à criação de conteúdos nomeadamente: a partilha de informação, a validação de conteúdos, a interacção entre colaboradores e a submissão de conteúdos para o público; • criar uma base de conhecimento classificada e inter-relacionada que permita a fácil pesquisa e gestão e a reutilização ou referenciação de conteúdos em novos conteúdos ou diferentes sistemas sempre que desejável; • suportar os serviços a desenvolver num portal, nomeadamente a disponibilização de conteúdos, a pesquisa, a interacção e a gestão do acesso aos conteúdos; • gerir as relações com o público alvo e adaptar os serviços e conteúdos às suas expectativas através da gestão de contactos e de pedidos de informação ou ainda através de campanhas ou mailings dirigidos; • implementar uma plataforma de ensino à distância e apoio a docentes nas áreas de política e gestão de saúde que se possa alimentar da base de conhecimentos criada pela rede de investigadores; • implementar uma arquitectura que garanta a segurança do Sistema de Informação, nomeadamente a protecção dos activos de informação e da imagem da Instituição, face ao risco de um ataque informático; • constituir um link privilegiado com o Observatório Europeu, e com outros Observatórios de países Europeus e constituir a fonte de informação de referência a nível nacional e das Comunidades Lusófonas para análises na área da gestão da saúde. Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 20 7.2 Arquitectura do Sistema 7.2.1 Modelo Conceptual O esquema abaixo representa a arquitectura da solução a implementar. telefone e-mail sms 1ª Linha 2ª Linha Siebel Mid-Market Contact Center Learning Space Microsoft Commerce 2000 E-learning Disponibilização – Front end SQL Server SQL Server Base de Dados de Conhecimento XML MS Content Management Server Content Management MS Content Interwoven Manager Gestão dosConteúdos Conteúdos Gestão Rede de Investigação Internacional Figura 7.1 – Modelo Conceptual da Arquitectura do Sistema Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 21 O Sistema é composto por diversos módulos, acima representados, todos eles perfeitamente integrados entre si e escaláveis técnica e funcionalmente. Módulos do Sistema: • Gestão de Conteúdos - gere a rede de utilizadores que criam conteúdos e implementa o circuito de validação, classificação e aprovação dos conteúdos por eles submetidos; • Base de Dados de Conhecimento – repositório de informação classificada por forma a servir de base de evidência em análises futuras e a poder vir a ser seleccionada para disponibilização online no portal, para fazer parte dos conteúdos de uma formação à distância ou para respostas a perguntas colocadas via Contact Center; • Disponibilização de Conteúdos no Front-end – apresenta os conteúdos classificados e introduzidos no sistema ao público alvo (via internet ou intranet) e implementa as funcionalidades interactivas e de comércio electrónico; • Contact Center – regista os contactos e pedidos de informação dos clientes do OPSS (remetidos por via telefónica, por fax, por email ou por registo no próprio portal) e gere o fluxo de actividades associado à geração de resposta ou à referenciação para um especialista; • E-Learning – plataforma de apoio à criação de módulos de ensino à distância de forma assíncrona (auto-formação) ou síncrona (turma virtual). A imagem e funcionalidades do sistema serão perfeitamente adequadas à imagem institucional do OPSS, aos objectivos do projecto e ao seu público alvo. Para tal, no início do projecto, será levado a cabo um estudo de “User Interface Design” e uma análise de funcionalidades detalhada. Serão também levados em conta os requisitos específicos que se relacionam com cidadãos com necessidades especiais. 7.2.2 Descrição dos Módulos do Sistema • Base de Dados de Conhecimento Os conteúdos que constituem a Base de Dados de Conhecimento são digitais e armazenados numa Base de Dados Relacional acedida pela ferramenta de Gestão de Conteúdos permitindo a sua indexação e classificação segundo critérios a definir. Esta Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 22 catalogação permitirá a pesquisa rápida e eficaz dos conteúdos para a sua disponibilização ou reutilização. Desta forma serão facilmente reaproveiatados em novos conteúdos que se pretendam adaptar a diferentes contextos ou públicos. Por outro lado, os conteúdos poderão ser utilizados em outros sistemas ou em evoluções deste para outras plataformas tecnológicas, nomeadamente TV Interactiva ou telemóveis. • Gestão de Conteúdos A plataforma de gestão de conteúdos permite criar templates de captura de informação e templates de apresentação que garantem a uniformidade da imagem e da informação a colocar no portal e simplifica o processo da sua criação. Em relação ao processo de submissão de conteúdos, esta plataforma implementa um sistema de workflow que direcciona os conteúdos criados dos autores para aprovadores/ revisores específicos. Deste modo, os conteúdos a serem disponibilizados no portal podem ser sempre previamente validados por responsáveis pré-determinados. Os conteúdos podem ser alterados ou modificados – recorrendo por exemplo a outros conteúdos disponíveis na Base de Dados de Conhecimento– e depois publicados, ou inclusivamente devolvidos ao criador original para que reveja o seu conteúdo e aprove, ou não, a sua publicação. • Plataforma de Disponibilização de Conteúdos A plataforma a implementar baseia-se numa filosofia de uma rede de utilizadores com diferentes perfis e níveis de acesso aos conteúdos da Base de Dados de Conhecimento. CONTEÚDOS Colaboradores do OPSS Público Geral Colaboradores Externos Clientes Especiais Público Registado Figura 7.2 - Comunidade de utilizadores em Rede Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 23 A gestão de acessos para os vários utilizadores poderá atender a diversos critérios: • Colaboradores do OPSS Os colaboradores do OPSS terão acesso a todos os conteúdos na base de dados através da intranet ou internet, bastando para tal introduzirem o seu login. Este login, ligado a um perfil de utilizador, dará acesso a todas as categorias de informação. Estas categorias poderão estar organizadas hierarquicamente podendo ser acedidas por pesquisa. • Rede de editores Os diversos editores de conteúdos poderão aceder aos templates e criar conteúdos, submetendo-os para aprovação do OPSS, que os publicará/ ou não no portal. O acesso à Base de Dados de Conhecimento por estes editores poderá ser mais restrito baseado, por exemplo na classificação dos conteúdos. • Público em Geral O público em geral terá acesso a um subconjunto dos conteúdos do portal desenvolvidos especificamente para este fim por forma a torná-los mais adequados ou simplificados. O acesso a conteúdos mais extensos e detalhados será facultado mediante o registo e perfil. • Público Registado O público registado terá acesso a um maior número de conteúdos, sendo que parte destes poderão ser condicionados a determinados perfis (por exemplo conteúdos exclusivos para professores ou gestores). Poderão também haver conteúdos directamente direccionados a um público alvo (por exemplo conteúdos relacionados com determinados grupos de estudo). Alguns conteúdos poderão ser distribuídos mediante pagamento. • Caso particular do acesso a conteúdos “à medida” de 1 cliente Poderão existir conteúdos desenvolvidos à medida de 1 cliente específico cujo acesso poderá condicionado a esse mesmo cliente, por exemplo um jornalista. Estes conteúdos poderão ser pagos permitindo alavancar as vendas do site. Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 24 • Contact Center Este módulo destina-se a permitir efectuar uma gestão eficiente dos pedidos dos clientes, podendo desencadear um conjunto de acções por parte do OPSS. Todos os contactos são registados, nomeadamente: • Quem ? • Quando ? • Porquê ? • Qual a Resposta dada ? • Ficou satisfeito ? Através do registo desses contactos, será possível uma segmentação dos clientes do OPSS por número de contactos ou interesses que permitirá o afinamento sucessivo da oferta do OPSS à procura dos seus clientes. O acesso do público a este contact center (jornalistas, políticos, administradores de hospitais, estudantes, etc..) poderá ser via telefone, mail ou no próprio portal. Uma vez que esta plataforma estará integrada com a plataforma de Disponibilização de Conteúdos, os operadores poderão interagir com os conteúdos do portal e produzir respostas às questões e pedidos colocados a tempo real, respostas essas que podem ou não ser acessíveis ao cliente em questão. A informação de resposta pode ainda ser enviada por email ou mesmo através de mensagens escritas para telefones ou PDA´s. A informação de resposta poderá ser enviada mediante um pagamento. • Plataforma de e-learning A implementação de uma plataforma de e-learning visa disponibilizar cursos à distância (complementados ou não com sessões presenciais). Estes cursos poderão ser destinados, por exemplo, a: • alunos de Mestrados da ENSP; • ex-alunos da ENSP em acções de formação continuada (FC). Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 25 A Metodologia a adoptar engloba várias componentes: • Concepção, design e duração do curso; • Suportes pedagógicos a utilizar (conteúdos multimédia); • Tutoria técnica online; • Apoio técnico e administrativo ao formando ("help desk"); • Mecanismos de avaliação e feed-back. Alguns conteúdos a utilizar serão específicos do módulo da formação e outros poderão ser conteúdos existentes na Base de Dados de Conhecimento. Os conteúdos a desenvolver especificamente para a fomação poderão reaproveitar parte dos conteúdos já trabalhados para o portal, podendo abordar alguns tópicos com maior detalhe e com recurso a casos práticos. Para além dos cursos à distância, o próprio portal do OPSS e os seus conteúdos podem dar apoio a professores dos parceiros do OPSS ou a outras instituições de ensino mediante ou não um pagamento. OPSS Gestão de Saúde Apoio aos professores Apoio aos alunos OPSS: Licenciatura Ensino PósGraduado Formação Contínua Conteúdos ENSP INDEG FEUC ISSSP Clientes: Escolas de enfermagem Faculdades de Medicina Faculdades de Economia Outras Instituições Plataforma de E-learning Figura 7.3 – O OPSS como entidade de apoio a Instituições de Ensino Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 26 7.3 Base Tecnológica do Sistema A plataforma a implementar é uma plataforma escalável quer tecnicamente, quer funcionalmente, composta por várias soluções com provas dadas no mercado e, por serem plataformas abertas, são perfeitamente integráveis entre si. Abaixo especificam-se os produtos de Software a utilizar: • Microsoft SQL Server 2000 – Este será o Sistema de Gestão de Base de Dados Relacional a implementar. As suas funções relacionam-se com o interface entre a base de dados lógica, manipulada pelas demais aplicações, e os ficheiros físicos em que esta é armazenada. • Microsoft Content Management Server – Esta ferramenta permite a agilização dos processos de captura dos conteúdos das diversas fontes (sejam elas externas ou internas à organização) bem com a sua disponibilização para venda no site. Através de workflows, permite automatizar processos de criação, aprovação/ rejeição de conteúdos, adicionar conteúdos, efectuar o “deployment” para os mais diversos canais, solicitar via mail a elaboração de determinado conteúdo. Possibilita em qualquer momento que os utilizadores vejam como ficará publicado o seu trabalho no portal. Permite ainda gerir versões e utilizadores, bem como enviar informação para terceiros em linguagens standards de mercado. • Microsoft Commerce 2000 – Esta ferramenta construirá a “cara” do OPSS para os utilizadores que visitam o portal. Permite criar vários perfis de utilizadores (poderemos ter perfis para administradores, professores, jornalistas, entre outros), permitindo direccionar conteúdos específicos para cada perfil. Esta funcionalidade permite alavancar as potencialidades de “venda” de informação disponibilizando-a de modo diferente conforme os públicos a que nos estamos a dirigir. Vários meios de pagamento poderão ser disponibilizados, permitindo efectuar todo o ciclo de venda de um determinado produto ou serviço. Os produtos/ serviços poderão ser disponibilizados por categorias, sub-categorias ou mesmo em forma de catálogo. Esta plataforma permite ainda, na linha da alavancagem do negócio, direccionar “banners” publicitários conforme o perfil do utilizador que está no sistema. A ferramenta disponibiliza relatórios de utilização, permitindo ter uma percepção da utilização do portal, dos seus conteúdos, e de quem os vê e quando. A partir Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 27 desta informação, os conteúdos e “banners” publicitários poderão ser direccionados de um modo mais adequado. • Siebel Mid-Market – Esta é a ferramenta seleccionada para a implementação do Contact Center do OPSS por forma a que os seus operadores registem todos os contactos. Pode servir igualmente para a venda e entrega de informação a jornalistas, universidades, entre outros. Esta entrega de informação poderá ser feita oralmente pelo operador, sendo registada para posterior cobrança, ou ser enviada via e-mail, sendo neste caso automaticamente registada para efeitos de cobrança – a posteriori - pelo serviço prestado. O registo dos contactos, bem como dos assuntos/conteúdos requeridos permite melhorar o conhecimento dos públicos que contactam o OPSS, permitindo melhor adequar os conteúdos disponibilizados, aumentado o número de visitantes. • LMS IBM/ Lotus LearningSpace – Esta é a ferramenta seleccionada para a implementação da plataforma de e-Learning do OPSS. Considerado o mais completo sistema de e-Learning do mercado, o LearningSpace torna mais simples o processo de executar rapidamente o lançamento de um novo produto ou a disponibilização de um novo conteúdo formativo e sempre em conformidade com as especificações estabelecidas pelo consórcio AICC (Aviation Industry CBT Computer-Based Training - Committee), principal dinamizador para a criação de especificações standards para a formação on-line. O sistema LearningSpace, permite aos responsáveis pelas acções de formação construir programas de acções de formação com base no agrupamento de conteúdos distintos presentes no LearningSpace. A ferramenta possui um suporte para colaboração e um interface intuitivo, possibilitando a criação de um ambiente de aprendizagem completo baseado na Web integrando as seguintes componentes: formação em autoaprendizagem, em auto-aprendizagem participativa (assíncrona) e com recurso a aulas virtuais (síncrona). Permite incorporar praticamente qualquer tipo de conteúdo e de qualquer fonte. Permite ainda um acompanhamento preciso disponibilizado por poderosas ferramentas de análise baseadas em ferramentas da Crystal decisions, líder no mercado de monitoring e reporting. Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 28 7.4 Arquitectura de Segurança 7.4.1 Enquadramento e Objectivos O desenvolvimento de Sistemas de Informação traz consigo alguns riscos nomeadamente o de roubo de informação, o de manipulação da informação, o de destruição de informação ou o de indisponibilidade. Com vista à prevenção de situações prejudiciais, o OPSS pretende montar uma infra-estrutura segura e confiável, com base na qual possam circular os dados indispensáveis para a sua actividade. São objectivos de tal solução: • Garantir a segurança lógica dos sistemas que irão estar ligados à Internet; • Garantir que o sistema possui mecanismos de alarme capazes de detectar situações de falhas; • Disponibilizar uma forma de pagamento online. 7.4.2 Solução a implementar A solução a implementar é composta por um conjunto sistemas de Segurança a instalar e parametrizar na plataforma do OPSS: • Solução de Firewalling; • Solução de Detecção de Incidentes de Segurança; • Solução de Meios de Pagamento - MBNet. A implementação dos sistemas acima descritos é garantida pela utilização de produtos de hardware e software. Na figura seguinte apresenta-se a arquitectura de rede proposta, com os produtos e sua colocação na rede: WWW Cliente InterWoven Cliente Acessos Públicos Acessos Públicos Checkpoint Firewall-1 Firewall Web Server Web Server + + Solução MBNet MBNet Solução IIS Real Secure InterWoven Servidor de Conteúdos SQL Server Servidor de Base de Dados Solução de Detecção de Incidentes Fig. 7.4 - Arquitectura de Segurança Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 29 8. INTERLIGAÇÕES NACIONAIS E INTERNACIONAIS 8.1 A relevância e a sustentabilidade do OPSS e do Portal “gestão.saúde” está estreitamente relacionada com a natureza e a qualidade das suas interligações no espaço nacional e internacional. Por esta razão enumeram-se aqui as interligações de maior importância para a realização deste projecto. Todas as actividades que a seguir se mencionam podem experimentar um importante salto qualitativo no seu desempenho com a implementação do Portal “Gestão Saúde” 8.2 Interligações nacionais Rede de instituições académicas portuguesas que constituem o Observatório Português dos Sistemas de Saúde. De relevância para o projecto são os mestrados e cursos de pós graduação que estas instituições proporcionam na área da saúde: Saúde Pública, Gestão de serviços de Saúde, Economia e Saúde, Gestão da Informação e do Conhecimento em Saúde. Ministério da Saúde: Projecto “Análise estratégica do sistema de saúde” (ver documento anexo) e Projecto Saúde Inteligente – Painel de Bordo de Indicadores de Administração de Saúde. Ministério da Saúde: Participação na comissão para o estudo das prioridades em investigação de saúde (ver documento anexo) Análise da situação do sistema de saúde português para organizações profissionais e órgãos da comunicação social ( este tipo de actividade que já atinge alguma expressão pode ter um significativo salto qualitativo, num futuro próximo). Projecto “Potenciais de entre ajuda de uma população idosa com incapacidades” (INDEG/ISCTE), financiado pela Fundação Gulbenkian, com início previsto para 2002. 8.3 Interligações internacionais • Organização Mundial de Saúde/ Europa : A colaboração com a OMS continuará no âmbito da análise do desenvolvimento europeu da gestão da informação e do conhecimento na saúde. Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 30 • Observatório Europeu de Sistemas de Saúde : A colaboração com o Observatório Europeu faz-se em três dimensões – (a) partilha de informação sobre a evolução dos sistemas de saúde europeus, (b) partilha de informação sobre a evolução dos sistema de saúde Português, (c) condução por parte do Observatório Europeu de “auditoria externa” sobre as abordagens metodológicas do OPPS. • Projecto EUROPHAMILI - European Public Health and Health Management Training Pilot Initiative ( financiado pela União Europeia): N este projecto que conta com a colaboração de Universidades dos Reino Unido, França, Dinamarca, Portugal e Polónia, cabem à participação portuguesa, entre outras áreas, a da gestão da informação e do conhecimento em saúde. Para além da contribuição para a divulgação de conteúdos de origem portuguesa que esta colaboração permite o OPSS e o seu Portal serão apresentados como “case studies”. • Projecto Europeu “Health Promotion for Migrants and Ethnic Minorities by Hospitals: A European Initiative to Promote Health by Improving Health Literacy” – este projecto encontra-se em fase de candidatura à Comissão Europeia Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 31 9. OPORTUN IDADE, SUSTEN TABILIDADE E GARAN TIA DA QUALIDADE 9.1 Os principais factores de oportunidade deste projecto podem resumir-se da seguinte forma: • Falta de um “base de conhecimentos” de qualidade em “gestão.saúde” relevante para o contexto português Esta é urgente e indispensável para qualquer “reforma da saúde” uma vez que facilita uma interacção mais objectiva, útil e produtiva entre os principais actores da saúde. • Agenda do Observatório Português Numa fase crítica do seu desenvolvimento o Observatório dificilmente poderá continuar a articular a sua rede de investigadores em sistemas e serviços de saúde, manter a sua base de conhecimentos e comunicar com todos os interessados sem a tecnologia adequada. • Agenda do Observatório Europeu dos Sistemas de Saúde O Observatório Europeu irá durante o corrente ano consolidar a sua rede de colaboradores que incluirá vários observatórios nacionais. A falta de tecnologia adequada para a gestão da base de conhecimentos e para uma comunicação efectiva prejudicará a participação portuguesa. • A qualidade e oportunidade da participação portuguesa no Projecto EUROPHAMILI. Ver acima. • A reformulação dos programas de ensino – com a introdução de um componente e-learning – a partir de Outubro 2002 Ver acima 9.2 Os principais factores de sustentabilidade deste projecto podem resumir-se da seguinte forma: • A inserção institucional e a sua articulação com o ensino e a investigação em sistemas e serviços de saúde. Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 32 • A qualidade e a experiência dos recursos humanos associados ao projecto • Ao potencial das plataformas tecnológicas previstas • As características das plataformas de serviços e dos “modelos de negócio” associadas ao Portal e ao OPSS a serem ensaiadas durante a fase de implementação e aperfeiçoamento. • A solidez das relações com organizações nacionais e internacionais da saúde. Os procedimentos de garantia da qualidade relacionados com este projecto podem resumir-se da seguinte forma: • A auditoria externa do Observatório Europeu em relação ás abordagens metodológicas adoptadas pelo OPSS. • Os procedimentos internos de “avaliação da qualidade” adoptados pela rede do OPSS na elaboração, manutenção e utilização da sua base de conhecimentos (“comissão editorial”) • A adesão aos critérios de qualidade dos portais de saúde e colaboração com entidades que procuram aperfeiçoar estes critérios ( ver www.medcertain.com ). Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 33 10. DESENHO, FASEAMENTO E GESTÃO DO PROJECTO 10.1 Macro-plano do projecto O projecto desenrola-se de forma faseada, existindo para cada fase objectivos específicos e um planeamento de tarefas para que estes sejam atingidos. A tabela abaixo especifica as fases programadas e respectivo objectivo. Fase Objectivo Fase Pré-Projecto Preparação do Projecto Fase I Implementação do Sistema e Desenvolvimento dos Produtos Fase II Aperfeiçoamento do Sistema e Desenvolvimento de Produtos Fase II Fase Pós-Projecto Consolidação do Sistema De seguida apresenta-se o macro-plano do projecto. ID 1 8 35 48 Task Name Duration Fase Pré-Projecto - Preparação Fase I - Implementação Fase II - Aperfeiçoamento Fase Pós-Projecto - Consolidação 110 days 162 days 240 days 532 days Start Wed 02-01-02 Mon 10-06-02 Wed 22-01-03 Wed 24-12-03 Finish 1st Quarter Dec May 1st Quarter Oct Mar Aug 1st Quarter Jan Jun 1st Quarter Nov Apr 1st Quarter Sep Tue 04-06-02 Tue 21-01-03 Tue 23-12-03 Thu 05-01-06 10.2 Fase Preparatória (fase pré-projecto) Esta fase já está em curso abrangendo as seguintes tarefas: - desenho e viabilização da implementação do portal Nesta fase preparatória pretende-se estudar o modelo de portal que apoiará a rede de colaboradores do OPSS para a criação e validação de conteúdos. - identificação de “plataformas de serviços” Identificação e avaliação das diferentes plataformas de serviços disponíveis no mercado, que correspondam às necessidades de disponibilização de conteúdos, gestão de contactos e pedidos de informação, pesquisa. - desenho, preparação e ensaio/avaliação dos produtos Nesta fase pretende-se dar início à concepção da gestão de conteúdos da base de dados de conhecimento e ao estudo sobre as melhores alternativas para Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 34 disponibilização de conteúdos – apresenta os conteúdos classificados e introduzidos no sistema aos seus utilizadores (via Internet ou Intranet). - desenho e preparação da base de conhecimentos (inputs) O desenho de uma plataforma que dê guarida à base de conhecimento deverá permitir a classificação e inter-relação de temas actuais de gestão de saúde. Estes temas têm sido objecto da atenção do Observatório durante o seu primeiro ano de existência (2000-2001), sendo urgente criar uma plataforma que dê capacidade de gestão optimizada desses conhecimentos e daqueles que presentemente estão a ser desenvolvidos ou virão no futuro a ser ultimados. - configuração de uma estratégia de reforço de inter-relações nacionais e internacionais De forma a permitir uma boa base institucional de sustentação do projecto torna-se necessário dar melhor enquadramento às parcerias já existentes, quer a nível nacional contribuições iniciais da ENSP, Rede/ Observatório, quer a nível internacional (Observatório Europeu, OMS, Estudo Comparativo de 5 países – OMS). Abaixo apresenta-se o plano desta fase do projecto. ID 1 2 3 4 5 6 7 Task Name Duration Fase Pré-Projecto - Preparação Desenho e Viabilização do Portal Identificação de Plataformas de Serviços Avaliação de Pordutos Desenho e Preparação da Base de Dados de Conhecimento Criação e Adaptação de Conteúdos Estratégia de Interelações 110 days 20 days 10 days 10 days 20 days 70 days 90 days Start Wed 02-01-02 Wed 02-01-02 Wed 30-01-02 Wed 30-01-02 Wed 30-01-02 Wed 27-02-02 Wed 30-01-02 Finish January 10-12 21-01 April 04-03 15-04 27-05 July 08-07 Tue 04-06-02 Tue 29-01-02 Tue 12-02-02 Tue 12-02-02 Tue 26-02-02 Tue 04-06-02 Tue 04-06-02 10.3 Fase de Implementação (fase I) Esta consiste nas seguintes tarefas: - gestão do projecto Esta tarefa acompanha todo o projecto por forma a garantir a conformidade com os objectivos a atingir em termos de produtos/ serviços a implementar, recursos atribuídos e prazos estimados. As actividades de gestão de projecto, a desenvolver contínua e sistematicamente, compreendem o seu planeamento, a avaliação da sua execução e a concepção das acções correctivas que se mostrem necessárias. - implementação técnica e tecnológica do portal Implementação das plataformas de gestão de conteúdos, de disponibilização (ou front-end) e de e-learning e da arquitectura de segurança. Estas tarefas Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 35 subdividem-se em análise de objectivos e de requisitos, desenvolvimento, integração entre si e produção. - desenvolvimento de conteúdos e gestão da base de conhecimentos (espectro de conteúdos, inputs, throughputs e outputs) Desenvolvimento de conteúdos de base e de conteúdos a disponibilizar no portal. A Knowledge Base é formada por informação mais extensa e detalhada que aquela disponibilizada via portal, servindo de base para a sua construção de forma adaptada ao segmento de mercado alvo. Esta informação, proveniente de diversos pontos da rede de publishers é classificada e organizada em “favos de informação” por forma a que os revisores e colaboradores do OPSS possam seleccioná-la para reutilização. Para os cursos à distância serão desenvolvidos alguns conteúdos multimédia específicos. - realização e activação de produtos fase 1 Os produtos da Fase I serão a gestão do conhecimento e informação da rede de investigadores, as funcionalidades disponibilizadas pelo portal e os cursos à distância. Os conteúdos em que assentam os produtos serão actualizados e complementados num contínuo ao longo do tempo. - divulgação e sensibilização A divulgação na fase I centrar-se-á num Seminário sobre “Health Care Delivery Mix in Portugal, Spain and UK” com a participação de técnicos de Espanha e do Reino Unido e na apresentação do “Relatório de Primavera 2002” do OPSS. - articulação com outros projectos Destacam-se a nível nacional as articulações com a rede de instituições académicas portuguesas que constituem o Observatório Português dos Sistemas de Saúde. De relevância para o projecto são os mestrados e cursos de pós graduação que estas instituições proporcionam na área da saúde: Saúde Pública, Gestão de Serviços de Saúde, Economia e Saúde, Gestão da Informação e do Conhecimento em Saúde. É ainda de referir a articulação com o Ministério da Saúde para os projectos de “Análise estratégica do sistema de saúde” (ver documento anexo) e Saúde Inteligente – Painel de Bordo de Indicadores de Administração de Saúde, bem como a participação na comissão para o estudo das prioridades em investigação de saúde (ver documento anexo). Nesta fase são iniciadas articulações internacionais nomeadamente com a OMS. - avaliação fase I Os procedimentos internos de “avaliação da qualidade” adoptados pela rede do OPSS na elaboração, manutenção e utilização da sua base de conhecimentos Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 36 (“comissão editorial”) é desenvolvida com a adesão aos critérios de qualidade dos portais de saúde em colaboração com entidades que procuram aperfeiçoar estes critérios (ver www.medcertain.com ). Pretendem-se comparar os objectivos definidos com os resultados já alcançados e proceder a eventuais correcções, bem como avaliar os serviços subcontratados. Proceder-se-á ainda à elaboração de relatório de acompanhamento. Abaixo apresenta-se o planeamento desta fase. ID 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 Task Name Duration Fase I - Implementação Gestão de Projecto Implementação da Plataforma de Gestão de Conteúdos Análise e Planeamento Detalhado Configuração Geral Desenvolvimento de Workflows Criação Templates de Captura e de Disponibilização Integração com Plataforma de Disponibilização 162 days 162 days 53 days 5 days 15 days 5 days 33 days 10 days Mon 10-06-02 Mon 10-06-02 Mon 10-06-02 Mon 10-06-02 Mon 17-06-02 Mon 17-06-02 Mon 08-07-02 Mon 08-07-02 Tue 21-01-03 Tue 21-01-03 Wed 21-08-02 Fri 14-06-02 Fri 05-07-02 Fri 21-06-02 Wed 21-08-02 Fri 19-07-02 97 days 30 days 3 days 59 days 5 days 35 days 4 days 21 days Mon 10-06-02 Mon 10-06-02 Mon 22-07-02 Thu 25-07-02 Wed 16-10-02 Thu 25-07-02 Thu 25-07-02 Wed 31-07-02 Tue 22-10-02 Fri 19-07-02 Wed 24-07-02 Tue 15-10-02 Tue 22-10-02 Wed 11-09-02 Tue 30-07-02 Wed 28-08-02 Fase de Finalização Produção de Conteúdos para o Portal Implementação da Plataforma e-learning Análise Customização Plataforma Instalação/integração Produção 10 days 162 days 40 days 2 days 12 days 18 days 8 days Thu 29-08-02 Mon 10-06-02 Mon 10-06-02 Mon 10-06-02 Wed 12-06-02 Fri 28-06-02 Wed 24-07-02 Wed 11-09-02 Tue 21-01-03 Fri 02-08-02 Tue 11-06-02 Thu 27-06-02 Tue 23-07-02 Fri 02-08-02 Desenvolvimento de Conteúdos E-Learning Divulgação e Sensibilização Articulação com Outros Projectos Avaliação da Fase I 122 days 65 days 65 days 14 days Mon 05-08-02 Wed 23-10-02 Wed 23-10-02 Thu 02-01-03 Tue 21-01-03 Tue 21-01-03 Tue 21-01-03 Tue 21-01-03 Implementação do Front-end do portal UID - User Interface Design e Linha Gráfica Análise e Planeamento detalhado Desenvolvimento das Páginas e Funcionalidades Produção Arquitectura de Segurança da Plataforma Fase de Análise Fase de Implementação Start Finish 27-05 July 08-07 19-08 October 30-09 11-11 January 23-12 10.4 Fase de Aperfeiçoamento (fase II) Esta consiste nas seguintes tarefas: - estabilização do modelo de gestão da base de conhecimento Com a implementação do Portal – que terá início na mesma altura da primeira fase - será efectuado todo o estudo e implementação de User Interface Design – a “cara” do portal – bem como a implementação do portal, incluindo as funcionalidades previstas. No final desta fase o OPSS terá disponível um portal com diversos perfis de acesso, onde poderão ser consultados os vários conteúdos disponíveis na Base de Dados de Conhecimento entretanto criada. A plataforma a implementar baseia-se numa filosofia de uma rede de utilizadores com diferentes perfis e níveis de acesso aos conteúdos da Base de Dados de Conhecimento associada ao Portal do OPSS. Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 37 De forma a garantir a estabilização do modelo de gestão da base de conhecimento proceder-se-á à verificação da adequação dos modelos desenvolvidos. - avaliação das prestações tecnológicas e upgrades Avaliação da sistema implementado e escalagem à dimensão da base de dados de conhecimento e número de utilizadores. - implementação tecnológica do sistema Implementação da plataforma de Contact center. Manutenção evolutiva das plataformas implementadas na fase I. - realização e activação de produtos fase 2 Os conteúdos em que assentam os produtos e serviços serão actualizados e complementados num contínuo ao longo do tempo. - divulgação e fidelização Pôr à disposição de todos os interessados uma análise actualizada da evolução do sistema de saúde português e dos seus principais componentes, incorporando anualmente os factos mais recentes. Fidelizar os utilizadores através de um conjunto de produtos e serviços de referência. Disponibilizar nomeadamente uma newslwtters e informação mínima sobre os produtos dos parceiros institucionais do OPSS (revista de saúde pública – ENSP e revista de gestão – ISCTE). Garantir a melhor adequação dos produtos e serviços aos perfis dos vários clientes. - articulação com outros projectos Mantêm-se as articulações mencionadas anteriormente com a rede de instituições académicas portuguesas e Ministério da Saúde. Salientam-se nesta fase ainda o projecto “Potenciais de entre ajuda de uma população idosa com incapacidades” (INDEG/ ISCTE), financiado pela Fundação Gulbenkian, com início previsto para 2002. Ao nível das articulações internacionais, destaca-se a sistematização das já iniciadas na fase anterior: a colaboração com a OMS continuará no âmbito da análise do desenvolvimento europeu da gestão da informação e do conhecimento na saúde. A articulação com o Observatório Europeu de Sistemas de Saúde farse-á em três dimensões – (a) partilha de informação sobre a evolução dos sistemas de saúde europeus, (b) partilha de informação sobre a evolução dos sistema de saúde Português, (c) condução por parte do Observatório Europeu de “auditoria externa” sobre as abordagens metodológicas do OPPS. Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 38 Salienta-se ainda a articulação com o projecto EUROPHAMILI - European Public Health and Health Management Training Pilot Initiative. Finalmente é de referir a articulação com o projecto europeu “Health Promotion for Migrants and Ethnic Minorities by Hospitals: A European Initiative to Promote Health by Improving Health Literacy” –projecto que se encontra em fase de candidatura à Comissão Europeia - avaliação fase II Os procedimentos internos de “avaliação da qualidade” adoptados na fase anterior são aqui reequacionados pela rede do OPSS na elaboração, manutenção e utilização da sua base de conhecimentos (“comissão editorial”) é desenvolvida com a adesão aos critérios de qualidade dos portais de saúde e colaboração com entidades que procuram aperfeiçoar estes critérios ( ver www.medcertain.com ). Pretendem-se dar continuidade aos procedimentos de avaliação encetados na última fase, introduzir as acções correctivas que se mostrem necessárias e elaborar o relatório de acompanhamento. Abaixo apresenta-se o planeamento desta fase. ID 35 36 37 38 Task Name Duration Fase II - Aperfeiçoamento Estabilização do Modelo de Gestão da Base de Conhecimento 240 days 40 days Wed 22-01-03 Wed 22-01-03 Tue 23-12-03 Tue 18-03-03 20 days 36 days Wed 19-03-03 Mon 27-01-03 Tue 15-04-03 Mon 17-03-03 Avaliação das Prestações Tecnológicas e Upgrades Implementação da Plataforma de Contact Center Start Finish 39 Análise e Levantamento Requisitos 5 days Mon 27-01-03 Fri 31-01-03 40 Instalação e Desenvolvimento 15 days Mon 03-02-03 Fri 21-02-03 41 Integração com o Front-end e Gestão Conteúdos 10 days Mon 24-02-03 Fri 07-03-03 42 Produção 6 days Mon 10-03-03 Mon 17-03-03 43 Desenvolvimento e Actualização de Conteúdos 240 days Wed 22-01-03 Tue 23-12-03 44 45 Manutenção evolutiva das Plataformas Divulgação e Fidelização 240 days 240 days Wed 22-01-03 Wed 22-01-03 Tue 23-12-03 Tue 23-12-03 46 Articulação com Outros Projectos 240 days Wed 22-01-03 Tue 23-12-03 47 Avaliação Fase II 14 days Thu 04-12-03 Tue 23-12-03 23-12 March 24-02 28-04 August 30-06 01-09 03-11 January 05-01 10.5 Fase de Consolidação (fase pós-projecto) Esta consiste nas seguintes tarefas: - gestão da facturação (receitas provenientes dos produtos e serviços) Definição de tabelas de preços (a rever periodicamente) e introdução do sistema de gestão das taxas de acesso e de tabelas de preços de conteúdos e serviços, bem como do sistema de gestão de facturação. Análise da carteira de clientes e da informação arquivada com o objectivo de rentabilizar o negócio em função das necessidades dos utilizadores. Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 39 - realização e activação de produtos Os conteúdos em que assentam os produtos e serviços serão actualizados e complementados num contínuo ao longo do tempo. - manutenção evolutiva das plataformas Upgrades tecnológicos de hardware ou software. Adaptação a novos requisitos e novos produtos. - disseminação a nível nacional/internacional Introdução do sistema de registo obrigatório e da com taxação. - avaliações anuais Os procedimentos internos de “avaliação da qualidade” adoptados nas fases anteriores serão de novo reequacionados pela rede do OPSS na elaboração, manutenção e utilização da sua base de conhecimentos (“comissão editorial”). Dar-se-á continuidade aos procedimentos de avaliação anteriormente utilizados e à elaboração do relatório final. Abaixo apresenta-se o planeamento desta fase. ID 48 49 50 Task Name Duration Start Finish Fase Pós-Projecto - Consolidação Gestão da Facturação 532 days 522 days Wed 24-12-03 Wed 24-12-03 Thu 05-01-06 Thu 22-12-05 51 Desenvolvimento e Actualização de Conteúdos Manutenção Evolutiva das Plataformas 522 days 522 days Wed 24-12-03 Wed 24-12-03 Thu 22-12-05 Thu 22-12-05 52 Disseminação dos Serviços ao Nível Nacional/Internacional 522 days Wed 24-12-03 Thu 22-12-05 53 Avaliação Anual 2004 Avaliação Annual 2005 14 days 14 days Mon 20-12-04 Mon 19-12-05 Thu 06-01-05 Thu 05-01-06 54 Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde January 08-12 29-03 September 19-07 08-11 May 28-02 20-06 40 January 10-10 11. DESPESAS E PLANO DE FINANCIAMENTO 11.1 Despesas e encargos Para o desenvolvimento e operacionalização do projecto Portal “Gestão.Saúde”, torna-se necessário realizar um conjunto significativo de despesas relativas à aquisição de hardware e software, nomeadamente o que se refere a licenciamento para utilização de software de desenvolvimento, ao pagamento de serviços para a criação do Portal e ainda as despesas administrativas e honorários de pessoal técnico que assegurará todo o apoio logístico à implementação do projecto. Estas despesas, subdivididas em despesas de capital e despesas correntes, constam do mapa abaixo apresentado e são descritas levando em linha de conta as subdivisões propostas no anexo ao formulário do POSI e de acordo com o número de anos em que se desenvolverá o projecto (2002 e 2003) e nos dois anos subsequentes (2004 e 2005), em que se pretende complementar, consolidar e disseminar o projecto ao nível nacional/internacional. Os valores correspondentes ao pagamento de honorários e outras despesas com pessoal é significativamente baixo, para um projecto desta dimensão, mas o seu cálculo foi baseado no pressuposto de que o desenvolvimento de conteúdos será principalmente da responsabilidade dos investigadores da rede do Observatório. Quanto ao valor dos overheads, é calculado numa base de 20% sobre as despesas com pessoal e fornecimento de serviços, dados os custos adicionais em que teremos de incorrer para efectivar essas operações e ainda para fazer face a outros custos indirectos resultantes das despesas administrativas relacionadas com a gestão do projecto. Convém ainda referir que os custos relativos à subcontratação de serviços para o desenvolvimento das plataformas tecnológicas e para exploração e manutenção do sistema, inscritos na rubrica de aquisição de serviços, correspondem a uma estimativa baseada numa consulta prévia ao mercado. Todas as despesas serão realizadas pelos órgãos competentes do Observatório e efectivadas com base nos procedimentos contabilísticos e jurídicos exigidos, procurando em todos os momentos que sejam baseadas em critérios de utilização centrados em princípios de rigor e eficiência. Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 41 O dossier financeiro estará permanentemente actualizado e procurar-se-á que todas as operações estejam correctamente registadas e de acordo com os normativos contabilísticos vigentes. Quadro I Rubricas de Investimento 2002 2003 2004 2005 Total --- --- --- 102.581,99 --- --- --- 35.000,00 0,00 0,00 0,00 137.581,99 Despesas de Capital 07.01.08 Licenciamento de 102.581,99 software 07.01.07 Aquisição de hardware 35.000,00 Sub total 137.581,99 Despesas Correntes 01.02.0415.000,00 Ajudas de Custo 01.02.0542.848,54 Vencimentos 02.01.04 – 5.899,02 Material de cultura 02.02 06 – Consumo de secretaria 15.000,00 02.02.07 – Aquisição de serviços 412.488,00 02.02.085.000,00 Bens não duradouros 02.03.07 5.000,00 Transportes Rubricas de Investimento 2002 02.03.08Despesas de 5.000,00 representação 02.03.10Diversos (recibos 20.289,17 verdes) 07.01.08Maquinaria e --equipamento Overheads 90.555,43 Sub-Total 617.080,16 Investimento Total Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 15.000,00 15.000,00 20.000,00 65.000,00 42.848,54 42.848,54 52.848,54 181.394,16 15.000,00 15.000,00 20.000,00 55.899,02 15.000,00 20.000,00 15.000,00 65.000,00 51.492,70 51.492,70 51.492,70 566.966,10 5.000,00 8.400,00 5.000,00 23.400,00 5.000,00 5.000,00 5.000,00 20.000,00 2003 2004 2005 Total 5.000,00 5.000,00 8.000,00 23.000,00 11.189,18 17.739,18 27.658,76 76.876,29 --- --- --- --- 16.536,38 17.846,38 21.430,29 146.368,48 182.066,80 198.326,80 226.430,29 1.223.904,05 754.662,15 182.066,80 198.326,80 226.430,29 1.361.486,04 42 O desenvolvimento económico/ financeiro deste projecto requer um conjunto considerável de fundos que se procurarão encontrar de acordo com o plano financeiro a seguir descrito. 11.2 Plano Financeiro O desenvolvimento do Portal “Gestão.Saúde” carece de um plano financeiro que garanta quer o desenvolvimento, quer a continuidade e a sustentabilidade do projecto, não só ao nível da criação e actualização dos conteúdos (base principal deste projecto), como também ao nível tecnológico, dado que essa será a ferramenta que garante a disponibilização dos conteúdos e a sua ampla divulgação, permitindo o acesso fácil à informação e ao conhecimento que sustentam a decisão na área das políticas e sistemas de saúde. O financiamento que desenhámos para este projecto assenta, de acordo com os anos em análise e com as fases de desenvolvimento, nos seguintes pilares: Ano de 2002 – fase de pré-projecto e fase de implementação (fase 1 do projecto), que correspondem ao desenho e preparação da base de conhecimento e identificação de plataformas de serviços, à gestão da base de conhecimentos (espectro de conteúdos, inputs, throughputs e outputs), à implementação técnica e tecnológica do portal, à fase 1 de realização de produtos; à fase 1 de activação de plataformas de serviços e às inter-relações nacionais e internacionais. 1. Comparticipação em 80% do Programa POSI; 2. Utilização de um subsídio já atribuído pelo Montepio Geral, no valor de € 74.819,68; 3. Comparticipação dos parceiros do Observatório (INDEG/ ISCTE; ENSP; FE/ UC e ISSSP), através da Associação que se encontra em fase de criação; 4. Outros subsídios de entidades que já se mostraram interessadas em participar no projecto, nomeadamente a Fundação Oriente. Ano de 2003 – fase de aperfeiçoamento (fase 2 do projecto), que corresponde à estabilização do modelo de gestão da base de conhecimento; à avaliação das prestações tecnológicas e upgrades, à fase 2 da realização de produtos e de activação de plataformas de serviços. Continuação do financiamento do projecto em moldes idênticos aos da fase de implementação, mas com a eventual introdução de alguns subsídios de entidades interessadas no desenvolvimento do projecto. Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 43 A captação de utilizadores far-se-á, nesta fase, através da disponibilização gratuita de conteúdos de qualidade de forma a fixar a clientela e a permitir uma futura adesão ao projecto e a uma aceitação da tabela de preços fixados para os produtos e serviços disponíveis. É um ano crucial para o desenvolvimento do projecto, dado que este se terá de impor de forma a responder às necessidades e a fidelizar os clientes. Anos de 2004 e 2005 – fase de consolidação (fase pós projecto – factores de sustentabilidade), que corresponde às contribuições institucionais; às plataformas de serviços; a contributos na instrumentação e projectos académicos e ainda a subsídios vários. Nos anos subsequentes o financiamento do projecto far-se-á da seguinte forma: 1. Pagamentos de taxas, de acordo com o nível de acesso aos conteúdos disponíveis; 2. Pagamento por serviços prestados e conteúdos específicos; 3. Pagamento pela disponibilização de conteúdos de apoio ao desenvolvimento de alguns projectos científicos; 4. Pagamentos referentes à disponibilização de conteúdos que enquadrem investigação jornalística; 5. Retorno referente ao acesso à plataforma de e-learning e outros produtos similares; 6. Comparticipação dos parceiros do Observatório (INDEG/ ISCTE; ENSP; FE/ UC e ISSP), através da sua Associação. Conhecedores de que este é um projecto inovador, mas suficientemente ambicioso, pretendemos estudar exaustivamente as diferentes alternativas que se coloquem ao seu desenvolvimento sustentado e de forma a cativar os potenciais investidores, procurando-se desenvolver um plano de comercialização dos produtos e serviços a disponibilizar, simples e realístico. De forma a poderem ser analisadas as verbas que se prevêem vir a necessitar para fazer face ao desenvolvimento e posterior consolidação do projecto, bem como as principais formas de financiamento e tendo como base o quadro de programação financeira anual e de sustentabilidade do projecto (apresentados no formulário de candidatura) elaborou-se o mapa de previsão das receitas e despesas, desde o início deste e até dois anos após a cessação Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 44 dos pagamentos correspondentes ao financiamento a conceder pelo POSI, conjugadamente com as diferentes acções previstas ao longo do projecto. Quadro II Custos de exploração Custos anuais e manutenção 2002 Pessoal permanente 62.848,54 Pessoal eventual (Exploração) 20.289,17 Aquisição de materiais 137.581,99 (soft e hard) Custos de energia 1.000,00 Custos de materiais de exploração 412.488,00 --Custos de materiais para manutenção Custos de promoção, divulgação ou sinalização 9.899,02 Outros custos a designar 20.000,00 --Encargos de exploração ou manutenção Overheads 90.555,43 Custos Totais 754.662,15 Receitas previstas 2002 --De taxas ou tarifas De concessões ----De venda de bens ou serviços Financiamento POSI 603.729,72 Outras (a designar) 150.932,43 Receitas Totais 754.662,15 2003 2004 2005 62.848,54 62.848,54 80.848,54 27.658,76 11.189,18 --- 17.739,18 --- 1.000,00 1.000,00 15.000,00 --- 20.000,00 --- --1.500,00 20.000,00 --20.000,00 15.000,00 15.000,00 3.500,00 10.000,00 12.400,00 51.492,70 16.536,38 51.492,70 17.846,38 51.492,70 183.066,80 198.326,80 Receitas anuais 2003 2004 5.000,00 --- 34.580,00 --- 10.000,00 145.653,44 22.413,36 183.066,80 98.480,42 --65.266,38 198.326,80 21.430,29 226.430,29 2005 44.580,00 --128.450,00 --53.400,29 226.430,29 Pensamos ficar desta forma justificada a sustentabilidade do projecto, quer no período correspondente ao co-financiamento do POSI, quer no período pós financiamento, bem como a viabilidade económico/financeira do mesmo. Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 45 12. GESTÃO DO PROJECTO 12.1 A Comissão de Gestão é responsável pelo desenvolvimento coerente do projecto em todas as suas componentes, nomeadamente, aspectos: de criação e/ ou adaptação de conteúdos, tecnológicos, adaptação e/ ou produção de materiais multimédia, disseminação e exploração, contratuais e financeiros; pela definição de orientações estratégicas de exploração e comercialização dos produtos e serviços desenvolvidos e, pelo relacionamento com outras instituições que se articulem com o projecto. Esta Comissão subcontratará as tarefas de desenvolvimento tecnológico e a manutenção das tecnologias de informação e desenvolverá e coordenará todas as tarefas relativas à gestão de conteúdos. O Secretariado Executivo assegura todas as actividades conducentes à operacionalização e implementação do projecto, incluindo os aspectos administrativos e financeiros. É constituído por um pequeno subgrupo da Comissão de Gestão. A este secretariado cabe ainda fazer a articulação com o Gabinete do POSI ou outra entidade competente. Cabe-lhe também a supervisão das tarefas de arquitectura de segurança do hardware e de apoio ao sistema, em estrita colaboração com os coordenadores de cada uma das workpackages. O Comité Científico e Editorial será responsável pela coordenação científica das tarefas desenvolvidas em cada uma das actividades (workpackages) que compõem o projecto (gestão de conteúdos e base de dados de conhecimento; disponibilização de conteúdos front-end; plataforma de contact center e plataforma de e-learning). Os Coordenadores das Workpackages serão responsáveis pela execução das tarefas correspondentes a cada uma das actividades relativas ao desenvolvimento dos produtos e serviços que constituirão cada uma dessas mesmas actividades. 12.2 O Grupo de Utilizadores, constituído por representantes dos utilizadores trabalhará com a Comissão de Gestão no sentido de melhor assegurar a realização das suas necessidades. Dadas as características específicas do projecto, nomeadamente a relação com os utilizadores e o marketing e divulgação e ainda os aspectos relativos à propriedade intelectual dos conteúdos, a Comissão de Gestão será assessorada por um Conselho Consultivo, que será constituído por um consultor jurídico e por um consultor de comunicação e marketing em saúde. Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 46 13. RESULTADOS E INDICADORES DE EXECUÇÃO Com o objectivo de se poder proceder à avaliação e acompanhamento do projecto, de forma fácil e transparente, definiram-se alguns indicadores de realização física (níveis 1 e 2), que entendemos poderem reflectir os resultados alcançados em cada uma das fases de desenvolvimento de todo o projecto. Indicadores de Realização Física Indicadores1 (Nível 1) Implementação do Portal, com adaptação a cidadãos com necessidades especiais (Nível 2) Actualização dos conteúdos do site (Nível 2) N.º de links para o portal (Nível 1) Implementação da plataforma de e-learning (Nível 2) Módulos de conteúdos para e-learning e outros similares (Nível 2) N.º de pessoas abrangidas por projectos de elearning (Nível 1) Implementação da plataforma de Contact Center (Nível 2) Módulos de conteúdos para Contact Center (Nível 2) N.º de pessoas abrangidas por projectos de Contact Center (Nível 1) Acções de promoção e divulgação do projecto (Nível 2) Protocolos com a comunicação social (Nível 2) Seminários nacionais e internacionais (Nível 1) Participação em projectos complementares (Nível 2) Participação no Observatório Europeu (Nível 2) Participação em projectos nacionais e internacionais 1 Unidade Quantidade Prevista Custo Previsto N.º de projectos/Semanal N.º de links/ Semestral 1 € 240.000,00 15 € 20.000,00 N.º de projectos/anual 3 € 160.000,00 N.º de pessoas/ Semestral 50 € 180.000,00 N.º de projectos/Semestral 1 € 68.175,90 N.º de pessoas/ anual 100 € 25.000,00 1 € 10.000,00 1 € 25.000,00 N.º de protocolos/Annual 1 € 15.000,00 N.º de projectos/Anual 3 € 10.000,00 N.º de protocolos/Trimest ral N.º de eventos/ Semestral De preenchimento obrigatório apenas ao nível 1; ao nível 2 identificam-se as componentes do projecto; Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 47 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. CABRAL, M. V., coordenador. Saúde e doença em Portugal – Inquérito aos comportamentos e atitudes da população portuguesa perante o Sistema Nacional de Saúde. Apresentação de dados preliminares, 2002 2. SALTMAN, Richard, FIGUERAS, Josep, SAKELLARIDES, Constantino. Edit. Critical challenges for health care reform in Europe. Buckingham: Open University Press, 1998 3. OBSERVATÓRIO PORTUGUÊS DE SISTEMAS DE SAUDE – Relatório da Primavera 2001 – Conhecer os caminhos da saúde. Disponível em www.ensp.unl.pt 4. VASS, Alex. NHS Direct underused by ethnic minorities. BMJ 324 (2002) 190 5. REISCH, L.A. The internet and sustainable consumption: perspectives on a Janus face. Journal of Consumer Policy 24 (2001) 251-286 6. www.observatory.dk 7. PORTUGAL. Conselho de Reflexão para a Saúde – Opções para um debate nacional. Porto: CRES, 1997. 8. OECD – Portugal 1997-1998: special features: health care reform: creating employment. Paris: OECD Economic Surveys, 1998. 9. PORTUGAL. Tribunal de Contas – auditoria ao Serviço Nacional de Saúde: relatório final. Lisboa: Tribunal de Contas, 1999. 10. WORLD HEALTH ORGANIZATION – European Observatory on Health Care Systems. Copenhagen: WHO, 1999 11. Encontro “Health Systems Observatories”. Castelo de Vide, Março de 2001. Organizado pela Associação para o Desenvolvimento e Cooperação Garcia de Orta com a colaboração da Escola Nacional de Saúde Pública, Instituto de Medicina Tropical de Antuérpia, União Europeia. 12. SAKELLARIDES, Constantino – Direcção estratégica e gestão de expectativas no sistema de saúde português: o papel de um observatório para os sistemas de saúde. Revista Portuguesa de Saúde Pública 18: 1(2000) 27-34 13. PARENT, S – Beyond the hype: A taxonomy of e-health Business Models. Health Affairs 19: 6 (2000) 89-102 Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 48 ANEXO: DOCUMENTAÇÃO 1) Curriculum Vitae da equipa proponente 2) CD: (a) Demonstrador de lógica da organização dos conteúdos do portal (DEMO) (b) Relatório da Primavera (2001) “Conhecer os Caminhos da Saúde” (c) Relatório da Primavera (2001) – Síntese (d) IKM Report 3) EU: Concept paper on health information and knowledge System (2002) 4) WHO: Preliminary meeting report on the Lisbon Meeting on information and knowledge for health development (2002) 5) Document EUROPHAMILI 6) Referências diversas Portal. Observatório Português dos Sistemas de Súde 49 This document was created with Win2PDF available at http://www.daneprairie.com. The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only.