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No século XVII, as representações de peças
escritas pelos Jesuítas - pelo menos aquelas
com a clara finalidade de catequesecomeçaram a ficar cada vez mais escassas.
Este período, em que a obra missionária já
estava praticamente consolidada, é chamado
de Declínio do Teatro dos Jesuítas.
Tivemos, então, uma pausa de dois séculos
entre as atividades Jesuíticas e o
desenvolvimento do teatro no Brasil.
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Além da falta de documentos, durante os
séculos XVII e XVIII o país estava no
processo de colonização e em batalhas de
defesa do território colonial.
A vinda da família real para o Brasil, em
1808, trouxe uma série de melhorias para o
Brasil.
Uma delas foi direcionada ao teatro. D. João
VI, no decreto de 28 de maio de 1810,
reconhecia a necessidade da construção de
"teatros decentes".
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No mesmo ano, D.João VI manda construir o
Real Teatro de São João (atual teatro João
Caetano).
Na verdade, o decreto representou um estímulo
para a inauguração de vários teatros.
As companhias teatrais, passaram a tomar
conta dos teatros, trazendo com elas um público
cada vez maior.
Na cidade mineira de Vila Rica (atual Ouro
Preto) há registros de apresentações teatrais
ocorridas no século XVIII, no período do ciclo do
ouro.
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A agitação que antecipou a Independência do
Brasil foi refletida no teatro.
Toda esta "bagunça" representou uma
preparação do espírito das pessoas, e também
do teatro, para a existência de uma nação
livre.
Em consequência do nacionalismo
exacerbado do público, os atores estrangeiros
começaram a ser substituídos por nacionais.
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Ao contrário desse quadro, o respeito tomava
conta do público quando D.Pedro estava presente
no teatro ( fato que acontecia em épocas e
lugares que viviam condições "normais“).
Além do luxo, podia se notar o preconceito contra
os negros, que não compareciam aos teatros.
Já os atores eram quase todos mulatos, mas
cobriam os rostos com maquiagem branca e
vermelha.
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O ator João Caetano( primeiro ator brasileiro)
tem seu nome vinculado a dois acontecimentos
fundamentais da história da dramaturgia
nacional: a estréia, em 13 de março de 1836, da
peça Antônio José ou O Poeta e a Inquisição, de
autoria de Gonçalves de Magalhães, a primeira
tragédia escrita por um brasileiro e a única de
assunto nacional.
Em 4 de outubro de 1838, a estréia da peça O
juiz de Paz na Roça, de Martins Pena, chamado
na época de o “Molière brasileiro", que abriu o
filão da Comédia de Costumes, o gênero mais
característico da tradição cênica brasileira.
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Juiz de Paz na Roça, por ser sua primeira peça,
ainda é muito frágil como estrutura dramática, e
só com uma festa é possível reunir, no final, os
intérpretes de duas ações diferentes: a da jovem
e a do Juiz.
Mas para um autor estreante de apenas 18 anos,
não foi de todo ruim. Martins Pena já mostra sua
capacidade de observação e crítica do
comportamento de seus contemporâneos.
Os Dois, ou o Inglês Maquinista, foi sua primeira
comédia claramente crítica.
ATOR JOÃO
CAETANO
CARTAZ DA PEÇA: O
POETA E A INQUISIÇÃO
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O teatro nacional realmente só veio se
estabilizar no século XIX, quando o Romantismo
teve seu início. Sendo trazido por Gonçalves de
Magalhães, ao retornar de uma viagem à
Europa.
No século XIX, por volta de 1838, tivemos
contribuições valiosas de alguns grandes
escritores como Martins Pena que foi um dos
pioneiros com suas comédias de costumes,Arthur
de Azevedo,o próprio Gonçalves Magalhães, o
ator e empresário João Caetano, os escritores
Machado de Assis e José de Alencar.
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A comédia de costumes caracteriza-se pela criação de
tipos e situações de época, com uma sutil Sátira Social.
Proporciona uma análise dos comportamentos humanos e
dos costumes num determinado contexto social, tratando
freqüentemente de amores ilícitos, da violação de certas
normas de conduta, ou de qualquer outro assunto, sempre
subordinados a uma atmosfera cômica.
A trama desenvolve-se a partir dos códigos sociais
existentes, ou da sua ausência, na sociedade retratada.
As principais preocupações dos personagens são a vida
amorosa, o dinheiro e o desejo de ascensão social.
O tom é predominantemente satírico, espirituoso e
cômico, oscilando entre o diálogo vivo e cheio de ironia e
uma linguagem às vezes conivente com a amoralidade dos
costumes.
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A comédia de costumes é o gênero mais
característico do Teatro brasileiro.
O escritor francês Molière é considerado o
criador da comédia de costumes.
No Brasil, o principal representante, e pioneiro
do gênero, é Martins Pena, que caracterizou com
bom humor as graças e desventuras da sociedade
brasileira.
Arthur Azevedo, autor muito popular e que
retratou os costumes da sociedade brasileira do
final da Monarquia e início da República, foi o
consolidador do gênero introduzido por Martins
Pena.
ARTHUR DE AZEVEDO
MOLIÈRE
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Teatro no Brasil