UNESA – Sistemas de Transportes
Currículo 108 / 2008-1
MÓDULO 6 – DESEMPENHO DOS TRANSPORTES
A prática da avaliação, em seu sentido genérico, é inerente à natureza humana assim
como é também a base para tomada de decisão que está presente em toda escolha.
A evolução mundial das organizações, referentes à melhoria dos relacionamentos com
os clientes, fornecedores, trabalhadores, órgãos de fomento e as entidades ambientais,
associados ao desenvolvimento tecnológico acelerado e à redução acentuada de
recursos naturais, impõe a necessidade de uma avaliação constante das suas
condições de gerenciamento.
Inseridas nessa realidade, as constantes mudanças das condições econômicas e
sociais, devido em parte pela influência da globalização, determinam a necessidade de
tomadas de decisões gerenciais calcadas em informações cada vez mais precisas,
rápidas e que incorporem no seu âmago as condições de funcionamento de todos as
partes que sustentam a organização.
A nossa capacidade nos diferencia de outros animais, pois podemos observar, medir,
analisar e usar a informação para realizar mudanças.
Medir é entender;entender é adquirir conhecimento; adquirir conhecimento é ter
poder.
6.1 - Medida de Desempenho
As indústrias têm uma parcela representativa no desenvolvimento dos procedimentos
para avaliação do desempenho. Os primeiros sistemas de avaliação de desempenho
foram desenvolvidos no decorrer das décadas de 20 e 30 do século 20, quando os
procedimentos fabris passavam por uma reavaliação qualitativa.
O uso de medidas de desempenho como elemento estratégico é relativamente recente.
Se por um lado as empresas têm medido qualidade, eficiência, produtividade, tempo de
ciclo etc., de seus produtos e serviços, por outro lado as novas abordagens para os
sistemas de medição de desempenho procuram determinar o que deve realmente ser
medido.
A importância da medida de desempenho em uma organização pode ser expressa pela
citação:
“...só se gerencia o que se pode medir.”.
Pode-se relacionar a importância das medidas de desempenho com a necessidade de
monitoramento da “saúde” da organização:
“...as medidas de desempenho são os sinais vitais de uma organização,
quantificando o andamento das atividades dentro de um processo ou se a saída
de um processo atingiu a meta determinada.”.
Pode-se definir “medição de desempenho”, genericamente, como a atividade de se
determinar as medidas de desempenho, sua extensão, grandeza e avaliação, no
sentido de adequar, ajustar proporcionar ou regular alguma atividade. Quando essa
medição é sistematizada é considerada com uma entidade que agrega um conjunto
integrado de indicadores individuais, que visam prover informações sobre o
desempenho de determinadas atividades para determinados fins.
1 de 12
UNESA – Sistemas de Transportes
Currículo 108 / 2008-1
As medidas de desempenho podem ter dois objetivos:
Para monitorar as atividades dos processos internos da organização, utilizando, por
exemplo, medidas de tempo, tais como o tempo de ciclo, o tempo de
processamento etc.;
Para medir a produção dos processos (output), utilizando-se medidas financeiras ou
não, como por exemplo, a satisfação do cliente, o lucro do empreendimento etc..
Destacam-se alguns benefícios das medidas de desempenho:
Identificar se a organização está em ressonância com o cliente;
Entendimento aprofundado dos processos internos;
Balizar as tomadas de decisão em fatos e não em emoções;
Indicar os locais que devem receber mais atenção para posteriores melhorias;
Mostrar se essas melhorias estão surtindo o efeito desejado.
Cabe ressaltar a distinção entre medição de desempenho e indicador de desempenho:
As medições de desempenho são utilizadas para a verificação de aspectos diretos de
fácil medição e indicadores de desempenho são construções que se prestam para
delinear o desempenho quando não é possível a medição simples e direta. Um
indicador é um instrumento de conhecimento da realidade que se pretende,
considerando as condições ambientais naquele momento.
6.2 - Indicadores de Desempenho
A avaliação dos impactos de decisões políticas, técnicas e financeiras, não somente no
comportamento operacional, como também nas condições de segurança ambiental,
impõe a necessidade da formulação de estratégias que sirvam de balizadores no
momento da tomada de decisão.
Nesse contexto insere-se a importância da qualificação de indicadores de
desempenho, pois se alinhando às condições globais das organizações, propicia-se o
acompanhamento dos processos internos das mesmas e disponibiliza-se dados para
prospecção futura.
Esses indicadores devem mostrar as variações de elementos representativos do
sistema sob análise quanto ao seu desempenho operacional, ao consumo de insumos,
aos impactos ambientais, dentre outros, sendo essencial para a formulação de política
de planejamento da organização.
O planejamento, quando calcado em indicadores para a avaliação de desempenho são
fundamentais para a formulação de estratégias que permitam o controle dos processos
e das condições operacionais. Entretanto, a criação de indicadores não é uma tarefa
simples, pois se necessita avaliá-los sob várias considerações. A seguir expõe-se um
roteiro para a elaboração de indicadores:
1. Como será denominado e em que será aplicado?
2. Como será calculado e em que unidade?
3. Como será medido e quais serão as fontes de dados?
4. Com que freqüência será medido?
5. Para que vai servir e quais as áreas envolvidas?
6. Que tipos de causas ou efeitos poderá medir e quais serão os padrões adotados?
7. Será utilizado como valor absoluto, valor relativo ou evolução histórica?
8. Que nível de precisão será necessário?
9. Os benefícios de sua utilização serão maiores do que os custos para produzi-los e
acompanhá-los?
2 de 12
UNESA – Sistemas de Transportes
Currículo 108 / 2008-1
Alguns termos importantes:
Indicador: são guias que nos permitem medir a eficácia das ações tomadas, bem
como medir os desvios entre o programado e o realizado. Através dos indicadores é
possível fazermos comparações ao longo do tempo, com relação a dados internos e
externos.
Índice: tudo aquilo que indica ou denota alguma qualidade ou característica
especial. Ramos (1997) complementa essa definição destacando a forma de
agregação de indicadores: aritméticos, são preferidos para dados quantificáveis (por
exemplo:. linear, geométrico, mínimo, máximo, aditivo) ou heurísticos, normalmente
utilizados para dados de difícil quantificação (por exemplo as regras de decisão).
Coeficiente: propriedade que tem algum corpo ou fenômeno de poder ser avaliado
numericamente.
Taxa: é a relação entre duas grandezas.
Parâmetros: variável ou constante à qual, numa relação determinada ou numa
questão específica, se atribui um papel particular e distinto das outras variáveis ou
constantes.
Tipos de indicadores:
Indicadores Estratégicos: diz respeito a informações corporativas que refletem o
desempenho em relação a fatores críticos para o seu êxito;
Indicadores de Produtividade ou de Eficiência: avaliam a utilização de recursos, em
relação aos processos de saída, para consecução do produto ou serviço;
Indicadores de Qualidade ou de Eficácia: avaliam a satisfação do cliente e as
características do produto ou serviço;
Indicadores de Efetividade ou de Impacto: subsidiam a avaliação das
conseqüências da consecução do produto ou serviço e
Indicadores de Capacidade: servem para avaliar a capacidade de resposta de um
processo analisando-se as suas saídas, por unidade de tempo.
Ressalta-se que a utilização de indicadores melhora a confiabilidade das avaliações na
tomada de decisão em todos os níveis hierárquicos da organização, pois esses são
baseados em fatos, dados e informações do sistema sob análise, facilitando a
compreensão das condições reais, mesmo por pessoas que estão distantes do dia-adia operacional.
Dependendo da utilização do indicador, ele deve atender aos seguintes requisitos:
Seletividade: eles devem estar relacionados a aspectos, etapas e resultados críticos
do ser avaliado;
Simplicidade: eles devem ser de fácil compreensão e aplicação;
Baixo custo: os custos para coleta, processamento e avaliação não devem ser
superiores aos benefícios trazidos pela medida;
Acessibilidade: os dados que compõem o indicador devem estar acessíveis para
coleta;
Disponibilidade: facilidade de acesso para coleta dos dados;
Representatividade: ele deve representar satisfatoriamente o que se pretende
controlar;
Estabilidade: devem ter vida útil representativa para o que se pretende controlar;
Adaptabilidade: capacidade de subsidiar mudanças;
Rastreabilidade: os procedimentos e dados para a sua determinação devem ser
documentados;
3 de 12
UNESA – Sistemas de Transportes
Currículo 108 / 2008-1
Abordagem experimental: devem-se avaliar os indicadores antes de colocá-los em
utilização processual.
O uso de indicadores de desempenho está sempre associado a metas que servem
como balizadores do sucesso dos objetivos estabelecidos. As metas de desempenho
devem estabelecer os níveis de desempenho minimamente aceitáveis e devem
necessariamente conter as mesmas medidas de seus respectivos quantificadores.
Existem dois tipos de metas: a meta empresarial, que indica o desempenho mínimo
aceitável para atender às expectativas dos clientes ou da administração da
organização; e a meta desafio, que é estabelecida por uma equipe ou pessoa no
sentido de atingir o desempenho, sendo que esse tipo exige um esforço maior para se
atingir o desempenho do que uma meta empresarial.
INDICADOR
MELHOR
DESEMPENHO
META
ÍNDICE
TEMPO
4 de 12
UNESA – Sistemas de Transportes
EXEMPLOS DE
TRANSPORTE
MODELOS
Currículo 108 / 2008-1
PARA
AVALIAÇÃO
DO
DESEMPENHO
NO
Associação entre os indicadores e as quatro perspectivas do Balanced Scorecard
PERSPECTIVAS
PERSPECTIVA
FINANCEIRA
Indicadores de Custo
PERSPECTIVA DE
PROCESSOS INTERNOS
Indicadores de Distribuição
INDICADOR DE DESEMPENHO
Retorno sobre investimento
Lucro residual
Retorno sobre as vendas
Endividamento total
Liquidez corrente
Eficiência na cobrança de duplicatas em atraso
Inadimplência
Receita por peso da carga
Margem de contribuição
Controle dos gastos com contratação de terceirização
Custos com programas de qualidade
Percentual do faturamento obtido com serviços
Percentual do faturamento aplicado em pesquisa
Custo operacional total
Percentual da mão-de-obra no custo total
Percentual da receita bruta investido em máquinas e
equipamentos
Percentual da receita bruta aplicada em programas
de treinamento
Custos com atividades não relacionadas a transporte
Custos com atividades de transporte
Custo-padrão
Custos relacionados à rota percorrida
Custos relacionados a volume carregado
Relação preço/ custo
Percentual de entregas fora do prazo
Percentual de entregas feitas na data prometida
Custo por entrega
Idade média dos veículos de entregas
Número de entregas realizadas no mês
Tempo entre pedido e recebimento das mercadorias
Lead time
Condições regulares de entrega (prazo de entrega,
pallet etc)
Condições especiais de entrega (entregas urgentes)
Controle da ociosidade dos carros
Motivos de reclamação, como avarias, atrasos, erros
e etc.
5 de 12
UNESA – Sistemas de Transportes
PERSPECTIVA DE
PROCESSOS INTERNOS
Indicadores de Recursos
Humanos
PERSPECTIVA
DO CLIENTE
PERSPECTIVA
DO CLIENTE
PERSPECTIVA DE
APRENDIZADO E
CRESCIMENTO
Diversos Indicadores
PERSPECTIVA DE
APRENDIZADO E
CRESCIMENTO
Indicadores de Benchmarking
Currículo 108 / 2008-1
(Continuação da Tabela)
Taxa de absenteísmo
Horas de treinamento por funcionário
Rotatividade de funcionários
Uso mais eficaz de abordagens de contratação
Controle de alcance das metas
Participação no mercado
Tempo médio de atendimentos ao cliente
Tempo de entrega
Pesquisa de satisfação dos clientes
Cancelamento de Contratação de Serviços
Percentual dos pedidos que resultam em
reclamações
Percentual das reclamações atendidas na primeira
solicitação
Tempo de espera para a resolução de problemas
Percentual dos serviços que resultam em assistência
Percentual das solicitações que são atendidas
Tempo de espera para receber assistência
Qualidade do atendimento
Tempo de antecipação para informar mudanças
Percentual dos serviços que resultam em solicitações
de informação
Tempo de espera para receber informações
Planejamento sucessório
Satisfação dos empregados
Qualidade no local de trabalho
Estrutura organizacional propícia à melhoria contínua
Tempo de lançamento de novos serviços
Percentual de metas superadas
MODELO DO MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES PARA O SISTEMA FERROVIÁRIO
DE CARGA
CAD(n ) =
[(4 xPMP) + (2 xPMA) + (4 xPIR) + CPT + CRF + (2 xTCO) + TCT + (5 xSU )]
20
PMP - Percentual das Metas de Produção: é a relação entre o valor da produção de
transporte em TKU (Tonelada Quilômetro Útil) realizada pela concessionária e o da
meta estabelecida no Contrato de Concessão, ou seja:
PMP = (TKU Realizado / Meta TKU) x 100
Observação: TKU representa a capacidade de transporte de um trecho ferroviário, em
termos de carga útil, ou seja, caracteriza apenas o peso da carga transportada.
6 de 12
UNESA – Sistemas de Transportes
Currículo 108 / 2008-1
PMA - Percentual das Metas de Redução no Número de Acidentes: é a relação
entre a meta de acidentes estabelecida no Contrato de Concessão pelo quantitativo
de acidentes efetivamente ocorridos. Esta operação pode ser representada pela
seguinte fórmula:
PMA = (Meta de Segurança / Acidentes Ocorridos por trem.km) x 100
PIR - Percentual de Investimento Realizado: é a relação entre os investimentos
efetivamente realizados no ano e o valor previsto no Plano Trienal, qual seja:
PIR = (Investimentos Realizados / Investimentos Previstos) x 100
CPT - Crescimento do Produto TKU por Funcionários: é a relação entre a produção
em TKU pelo total de funcionários da concessionária, verificada no corrente ano,
pelo mesmo índice obtido no ano anterior, ou seja:
CPT = [(TKU por Funcionários / TKU por Funcionários ano anterior) - 1] x 100
CRF - Crescimento da Receita por Funcionários: é a relação entre a receita
operacional por funcionários da empresa, verificada no correspondente ano, com o
valor deste mesmo índice obtido no ano anterior, ou seja:
CRF=[(Receita por Funcionários / Receita por Funcionários ano anterior)-1] x 100
Observação: ressalta-se que, no cálculo deste indicador, considera-se como receitas
operacionais àquelas originárias exclusivamente de operação ferroviária.
TCO - Taxa de Cobertura Operacional: é a relação entre a média de receita
operacional gerada na operação ferroviária, pela média da despesa operacional do
ano em avaliação representada pela seguinte expressão:
TCO = (Média Receita Operacional / Média Despesa Operacional) x 100
Observação: adotou-se como receita operacional a receita líquida proveniente da
prestação dos serviços de transporte ferroviário.
TCT - Taxa de Cobertura Total: é a relação entre as médias da receita e despesa
totais, verificadas ao longo do ano em avaliação. A expressão matemática, a seguir,
representa o descrito:
TCT = (Média Receita Total / Média Despesa Total) x 100
Observação: para o cálculo deste indicador a receita total engloba, além da receita
bruta dos serviços, outras receitas, sendo que idêntica lógica foi usada para a despesa
total.
SU - Satisfação do Usuário: este índice representa a nota obtida pela
concessionária em pesquisa executada na forma estabelecida pela Portaria nº
2/MT, de 12/03/99.
7 de 12
UNESA – Sistemas de Transportes
Currículo 108 / 2008-1
Para qualificar o desempenho das empresas concedidas utiliza-se a seguinte tabela :
Qualificação do Desempenho de acordo com a pontuação do CAD
Nota do CAD
Qualificação do
Desempenho
Menor que 20 pontos (inclusive)
Péssimo
Entre 20 e 40 pontos (inclusive)
Ruim
Entre 40 e 60 pontos (inclusive)
Regular
Entre 60 e 80 pontos (inclusive)
Bom
Maior que 80 pontos
Excelente
Fonte: ANTT (2005)
INDICADORES DE DESEMPENHO DA CFN (COMPANHIA FERROVIÁRIA DO
NORDESTE):
A) Os indicadores de produtividade estão relacionados à carga transportada, que tem
reflexo direto na receita da organização.
Tonelada Útil Tracionada (TU): é o total de carga movimentada no transporte
remunerado;
Tonelada x km Útil (TKU): a unidade de medida equivalente ao transporte de uma
tonelada de carga à distância de um quilômetro;
Tonelada Quilômetro Bruta (TKB): é a unidade equivalente ao deslocamento de
uma tonelada de trem à distância de um quilômetro;
A relação entre os Milhares de TKU e os quilômetros referentes à extensão da
malha em operação;
A relação entre TKU e TKB;
Produtividade Pessoal: total de TKU pela quantidade de empregados próprios;
A relação entre a Receita Bruta e a quantidade de empregados próprios.
B) Os indicadores de segurança operacional relacionam-se aos acidentes.
Quantitativo de acidentes por causa (falha humana, via permanente, material
rodante, sinalização, telecomunicações e eletro-eletrônicos): considera os acidentes
onde o material rodante é o causador do evento, podendo também ser danificado e
ainda provocar danos ambientais e materiais próprios e de terceiros;
Quantitativo de acidentes por trecho;
Quantitativo de acidentes por região;
8 de 12
UNESA – Sistemas de Transportes
Currículo 108 / 2008-1
Relação entre o total de acidentes por trem x Km (106), sendo a unidade “trem x
Km” o somatório dos percursos dos trens, incluindo os de serviços.
C) Os indicadores de desempenho de material rodante são classificados em
indicadores de locomotiva e de vagões. Os indicadores de locomotiva estão
relacionados à utilização das locomotivas (disponibilidade, produtividade, locomotivas
envolvidas em acidentes, consumo e receita por locomotiva).
Os indicadores de locomotiva são:
Quantidade média de locomotivas disponíveis na malha que podem ser utilizadas
no tráfego;
Disponibilidade de locomotivas: é a relação entre o total de horas de disponibilidade
das locomotivas para o tráfego e o total de horas do período avaliado;
Utilização da disponibilidade de locomotivas: é a relação entre o somatório das
horas em que a locomotiva foi realmente utilizada e o total de horas à disposição do
tráfego;
Produtividade de locomotivas: quantidade de TKU do período sob análise e a
quantidade total de locomotivas disponíveis para o tráfego;
Locomotivas envolvidas em acidentes;
Percurso médio de locomotivas: é a relação entre o somatório dos percursos de
todas as locomotivas e o número de locomotivas em tráfego;
A relação entre os milhares de TKU pela potência disponível das locomotivas (HP);
Consumo total de óleo diesel em locomotivas;
Consumo (litros/1.000 TKB) de locomotivas;
Consumo (litros/1.000 TKU) de locomotivas;
A relação entre a receita da companhia e as locomotivas disponíveis.
Os indicadores de vagões são:
Quantidade média de vagões disponíveis na malha;
Imobilização de vagões: é a relação percentual entre o tempo no qual os vagões,
inclusive de terceiros, permaneceram imobilizados e o seu tempo total no período;
Produtividade de vagões: é a relação entre o total de TKU e a quantidade média de
vagões disponíveis;
Quantidade de carregamentos de vagões;
Percurso médio de vagões: é a relação entre o percurso total da frota remunerada,
inclusive de terceiros, e o número de vagões em tráfego;
9 de 12
UNESA – Sistemas de Transportes
Currículo 108 / 2008-1
Ciclo médio de vagões: é o tempo médio, em dias, entre carregamentos; é obtido
através da relação entre a disponibilidade de vagões e a relação entre a quantidade
de carregamentos e a quantidade de dias do período sob análise;
Carregamento médio de vagões: é a relação entre o total de toneladas úteis
tracionada e o número de vagões em tráfego;
Vagões envolvidos em acidentes;
A relação entre a receita bruta e a quantidade de vagões disponíveis na malha;
Carregamentos por tipo de vagão.
D) Os indicadores do trem estão relacionados com a velocidade e ao percurso dos
trens.
Trem x km: o somatório de percurso dos trens, inclusive os de serviços;
Velocidade média comercial: a relação entre o trem x km e o somatório dos tempos
totais, em horas, despendidos entre a formação e o encerramento dos trens da
malha;
Velocidade média de percurso: a relação entre o trem x km e o somatório dos
tempos em marcha, em horas, tempo em marcha é o tempo que o trem se encontra
em movimento.
TRANSPORTE NA INDÚSTRIA
A) Grupo Intensidade de Utilização
Índice de aproveitamento do veículo (%), dado pela seguinte expressão:
(TCT x 100) x CC-1
onde TCT representa a carga transportada pelo veículo, em toneladas e
CC a capacidade de carga do veículo, em toneladas.
Tonelagem média transportada, por quilômetro (T.Km-1), representado pela
seguinte expressão:
TTM x TKm -1
onde TTM representa a carga total de mercadorias transportadas, em toneladas
e TKm é a quilometragem total percorrida, em quilômetros.
B) Racionalização do Tempo Operacional
Aproveitamento do tempo de operação (Km.h-1), que é caracterizado pela
seguinte expressão:
(N x TKm) x HO-1
10 de 12
UNESA – Sistemas de Transportes
Currículo 108 / 2008-1
sendo N, o número de veículos avaliados, TKm, a quilometragem total
percorrida, em quilômetros e HO, o tempo útil de operação, em horas.
C) Realização do Programado
Índice de Cumprimento da Oferta (%), dado pela seguinte expressão:
(N x TKm x 100) x (N x PKm)-1
sendo N, o número de veículos avaliados, TKm, a quilometragem total
percorrida, em quilômetros e PKm, quilometragem programada a percorrer, em
quilômetros.
Índice de Cumprimento de Viagens (%) representado pela seguinte
expressão:
(VR x 100) x VP-1
sendo VR a quantidade de viagens realizadas e VP a quantidade de viagens
programadas.
D) Desempenho da Manutenção
Disponibilidade da Frota (%) dado pela seguinte expressão:
[(T – TI) x 100] x T-1
com TI = TMP + TMC + TMO e T = NV x NV x HD, sendo TMP, o tempo
consumido em manutenção preventiva no período, em horas, TMC, o tempo consumido
em manutenção corretiva no período, em horas, TMO, o tempo consumido em outras
atividades de manutenção, em horas, NV, a quantidade de veículos da frota, ND, o
número de dias de operação, em dias e ND, o número de dias em operação, em dias.
Índice de Indisponibilidade da Frota (%) dado como o seguinte:
(TVI x 100) x TF-1
sendo TVI o número de veículos indisponíveis e TF o número total de veículos da frota.
Quilometragem Média entre Falhas (Km x Falha-1) expresso por:
KP x QF-1
Sendo KP a quilometragem percorrida pela frota em um certo período, em quilômetros
e QF, a quantidade total de falhas ocorridas no mesmo período.
Tempo Médio Parado em Conserto, por veículo, dado em horas.
Quantidade de ocorrências de acidentes com veículos da empresa, por mês.
E) Desempenho Econômico
Índice de consumo de combustível (l x Km-1) dado pela seguinte expressão:
11 de 12
UNESA – Sistemas de Transportes
Currículo 108 / 2008-1
(TL x 100) x TKm-1
sendo TL o volume total de combustível consumido, em litros e TKm, a
quilometragem total percorrida, em quilômetros.
Quilometragem Média Percorrida por Litro, transportando carga (Km x l-1)
Quilometragem Média Percorrida por Litro, sem carga transportada
(Km x l-1)
Quilometragem Média Percorrida com o mesmo conjunto de pneus (Km)
Índice de Custo x Receita (%), dado por:
(CT x 100) x RT-1
onde CT é o custo total da empresa, em reais e RT, a receita total da empresa,
em reais.
F) Produtividade nos Terminais
Quantidade de carga transferida (tonelada x dia-1)
Tempo médio parado, esperando carregamento e descarregamento (horas)
Tempo médio parado nas operações de carga e descarga (horas)
Distância de transporte entre terminal e destino (quilômetro)
BIBLIOGRAFIA
ANTT, Agência Nacional de Transportes Terrestres, Concessões Ferroviárias,
Disponível em http://www.antt.gov.br/concessaofer/concessionarias.asp, Capturado em
21/04/2005
Caixeta-Filho, José Vicente e Martins, Ricardo Silveira, Gestão Logística do
Transporte de Cargas, Ed.Atlas, 1ª edição, São Paulo, 2001.
Moreira, Eduardo. Proposta de uma Sistemática para o Alinhamento das Ações
Operacionais aos Objetivos Estratégicos, em uma Gestão Orientada por
Indicadores de Desempenho. 204f. Tese de Doutorado em Engenharia de Produção,
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, UFSC, Florianópolis, 2002.
.
12 de 12
Download

DESEMPENHO DOS TRANSPORTES A prática da avaliação, em