UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Fisioterapia CARLOS ALBERTO CARDOSO FILHO FERNANDA CALIXTO DA SILVA A UTILIZAÇÃO DA LASERTERAPIA NO TRATAMENTO DA SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO LINS SP 2007 CARLOS ALBERTO CARDOSO FILHO FERNANDA CALIXTO DA SILVA A UTILIZAÇÃO DA LASERTERAPIA NO TRATAMENTO DA SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Fisioterapia, sob a orientação do Prof. Ms. Luís Ferreira Monteiro Neto e orientação técnica da Profª Esp. Jovira Maria Sarraceni LINS SP 2007 Cardoso Filho, Carlos Alberto; Silva, Fernanda Calixto C262a A utilização da laserterapia na síndrome do túnel do carpo / Carlos Alberto Cardoso Filho; Fernanda Calixto da Silva. Lins, 2007. 46p.2il. 31cm. Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Fisioterapia, 2007 Orientadores: Jovira Maria Sarraceni; Luís Ferreira Monteiro Neto 1. Fisioterapia. 2. Bioestimulação. 3. Laserterapia. 4. Síndrome do túnel do carpo. 5. Reparação tecidual. I Título. CDU 615.8 CARLOS ALBERTO CARDOSO FILHO FERNANDA CALIXTO DA SILVA A UTILIZAÇÃO DA LASERTERAPIA NO TRATAMENTO DA SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia. Aprovada em :__/__/__ Banca Examinadora: Prof(a) Orientador(a): Ms. Luís Ferreira Monteiro Neto Titulação: Educador Físico, Fisioterapeuta e Mestre em Engenharia Biomédica pela Univap_IP&D Assinatura:________________________ 1º Prof(a):_______________________________________________________ Titulação:_______________________________________________________ _______________________________________________________________ Assinatura:________________________ 2º Prof(a):_______________________________________________________ Titulação:_______________________________________________________ _______________________________________________________________ Assinatura:____________________ DEDICATÓRIAS A minha madrinha Tata (in memorian) A v ocê qu e t a n t o m e i n sp i r ou e m e en si n ou a v er a v i d a d e u m j ei t o bom... N ã o sei p or qu e v ocê se f oi , qu a n t a s sa u d a d es eu sen t i , e d e t r i st ez a v ou v i v er d a qu el e a d eu s n ã o pu d e d a r , v ocê m a r cou a m i n ha v i d a v i v eu m or r eu n a minha historia... . Carlos Alberto A minha mãe Maria do Carmo È mãe graças a você estou concluindo esta etapa tão importante, no meio d e t a n t a s m u d a n ça s, t a n t os m om en t os d i f ícei s, m a s en f i m con segu i m os con cr et i z a r est e son h o, com cer t ez a a Ta t a l á d e ci m a a j u d ou a gen t e, com o ela mesma disse... Ca r m em a gen t e d a u m j ei t i n h o!!! N a d a d i sso v a l er i a a p en a se não fosse por você...Te amo sempre. Bebeco Ao meu pai Carlos Alberto A p esa r d a s si t u a ções t er em t om a d os r u m os d i f er en t es a os q son h a m os p r a n ossa f a m í l i a , m esm o sen d o a n os t u m u l t u a d os, e ch ei os d e m u d a n ça s, f oi t en d o v ocê com o ex em p l o d e qu e n ã o p od em os esp er a r a s coi sa s f á cei s, e qu e o amadurecimento é essencial para o ser humano. Eu amo você!!! Bebeco A minha irmã Perciliana e meu irmão Francisco P a r ece qu e f oi on t em , qu e a gen t e br i ga v a p or best ei r a , n a m i n ha m em ór i a t u d o a i n d a é m u i t o recente, n ós t r ês m or a n d o n a m esm a ca sa , r eu n i d os a os d om i n gos, r i n d o p or qu a l qu er gr a ci n ha , e ol h a n d o h oj e v ej o o t a n t o qu e a s coi sa s m u d a r a m , m a s o m eu a m or p or v ocês a u m en t ou ca d a a n o em qu e est i v em os l on ge. V ocês t i v er a m m u i t a i m p or t â n ci a p r a r ea l i z a çã o d e t u d o isso. Amo vocês!!!!! Bebeco As minhas Sobrinhas Lauren e Catherine e ao Baby que já ta quase chegando. N ã o t ev e u m d i a n esses a n os d e f a cu l d a d e, em qu e eu n ã o p en sei em v ocês, n ã o ex i st i u n en h u m d i a em qu e eu n ã o f a l ei d e v ocês, em qu e eu f i qu ei i m a gi n a n d o com o v ocês est a v a m . Qu a n d o v ocês cr escer em qu er o sem p r e qu e lembrem o quanto este tio aqui ama vocês. Titio Bebeco A minha fiel parceira Fernanda È ch ech a d em os u m d u r o d a n a d o p r a ch ega r a t e a qu i , e ch ega m os em gr a n d e est i l o, v i t or i osos, d esej o a v ocê t od a s a s coi sa s boa s d est e m u n d o, qu e continue sem p r e i l u m i n a d a , m esm o p or qu e m i n h a op i n i ã o sobr e v ocê j á est a formada neh... rsrsrsrs!!!!!!Sentirei saudades de todos os momentos. Bebeco DEDICATÓRIAS Aos meus pais Rita e Jesualdo... A p a l a v r a obr i ga d a se t or n a pequ en a n est e m om en t o d i a n t e d e t od o o a m or e gr a t i d ã o qu e gu a r d o n o m eu cor a çã o. D ev o a v ocês t u d o o qu e eu tenho, o qu e sou h oj e e p r i n ci p a l m en t e p or t er ch ega d o a t é a qu i . Sei qu e se esf or ça r a m m u i t o p a r a m e d a r t u d o d e m el h or e m esm o qu e eu d esse o m el h or d e m i m j a m a i s con segu i r ei p a ga r t od a est a d ed i ca çã o. V ocês sã o m u i t o i m p or t a n t es para mim, são únicos e os melhores pais do mundo. Amo muito vocês!!! Fer Aos meus irmãos Fá, Fran e Flávia... L em br o d a s d i scu ssões e br i ga s qu e t i v em os qu a n d o ér a m os cr i a n ça s e d e v ez em qu a n d o a t é h oj e n é... M a s a gor a cr escem os e com o p a ssa r d o t em p o ca d a u m d e n ós r ea l i z ou e con t i n u a r á r ea l i z a n d o os n ossos d esej os. Obr i ga d a p or m e a j u d a r em sem p r e e sa i ba m qu e est a r ei sem p r e d i sp ost a a a j u d á -l os em tudo. Contem sempre comigo! Amo vocês!!! Fer A uma pessoa especial... N em p r eci so escr ev er seu n om e, p oi s j á sa be qu em é. Gost a r i a d e d i z er t u d o o qu e si n t o p or v ocê, m a s qu a l qu er p a pel n est e m u n d o ser i a pou co p a r a eu m e ex p r essa r . Obr i ga d a p or m e a p oi a r sem p r e, em t u d o p el o i n cen t i v o e f or ça qu e m e p a ssou n est a f a se d a m i n h a v i d a . F or a m m om en t os m a r a v i l h osos qu e p a ssa m os j u n t os e qu e se f or a v on t a d e d e D eu s m u i t os ou t r os com o est es v i r ã o. Sa i ba qu e p od er á con t a r sem p r e com i go em t u d o qu e est i v er a o m eu a l ca n ce. Continue sendo esta pessoa maravilhosa que sempre admirei... Fer Ao meu parceiro Bebeco... Olha Beb´s, a minha opinião sobre você já está formada...rsrs... Só n ós sa bem os o qu a n t o r a l a m os p a r a est e t r a ba l h o sa i r . M a s a qu i est á o r esu l t a d o d e t od o esf or ço e d ed i ca çã o qu e t i v em os, e qu e com cer t ez a v a l eu muit o a p en a . A gor a com eça u m a n ov a et a p a n a n ossa v i d a e com o sem p r e v ocê v en cer á . Qu e D eu s i l u m i n e sem p r e o seu ca m i n h o pa r a qu e con t i n u e r ea l i z a n d o seu s son h os a on d e qu er qu e v ocê est ej a . Con t i n u e sen d o est a p essoa alegre e esforçada... Vou torcer muito por você!!! Fer AGRADECIMENTOS A Deus B em -aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo o coração estão os ca m i n h os a p l a n a d os...P or qu e o Sen h or D eu s é u m sol e escu d o: o Sen h or d a r á graça e glória; não negará bem algum aos que andam na retidã o Ao nosso orientador Lula Em p r i m ei r o l u ga r gost a r í a m os d e a gr a d ecer m u i t o a v ocê, p or t a n t a con f i a n ça , d ed i ca çã o e a p oi o. Pel os m om en t os p r esen t es, f a z en d o d o t em p o u m a bel a a m i z a d e, qu e ca r r ega r em os p r a sem p r e.Gr a ça s a est a u n i ã o, est e t r a ba l h o colheu bon s f r u t os. Obr i ga d o p or t u d o, som os et er n a m en t e gr a t os p or t er m os conquistado tantos méritos. Bebeco e Fer Aos nossos pacientes Obrigado a vocês, por tanta paciência e colaboração, nos proporcionando tanta confiança para realização desta pesquisa. Obrigado sempre!!! Carlos Alberto e Fernanda Ao Carneiro (do C.D.I) È Ca r n ei r o, o qu a n t o en ch em os a su a p a ci ên ci a , só v ocê m esm o p r a n os salvar nas horas mais impróprias. Obrigado!!!!!! Bebeco e Fer A r ep u bl i ca d a s ba t i n h a s e agregados F oi n essa ca sa em qu e p a ssa m os os m el h or es m om en t os d a f a cu l d a d e, f oi l á em qu e br i ga m os, em qu e f i z em os a s p a z es, r i m os, f of oca m os (e é v er d a d e!) e com em os m u i t ooooo, B on s m om en t os qu e j a m a i s ser ã o esqu eci d os. Sa u d a d es Sem p r e... A t é d o F oba ..r sr sr sr s Bebeco e Fer Aos nossos grandes e verdadeiros AMIGOS!!!! A a m i z a d e é u m a coi sa r a r a e m u i t o v a l i osa . F or a m 4 a n os j u n t os d i v i d i n d o a s t r i st ez a s, a s a l egr i a s, m u i t a s f of oca s, r i sos, t en sões e m u i t a com i l a n ça ! Gr a ça s a D eu s p a ssa m os p or m u i t os obst á cu l os e ch a ga m os a t é a qu i , m a s sa i ba m qu e o qu e a ca ba a gor a é i n f el i z m en t e a n ossa f a cu , m a s f el i z m en t e l ev a r ei p r a sem p r e com i go a a m i z a d e d e v ocês. V ou sen t i r m u i t a f a l t a d a s n ossa s j a n t i n ha s! Obr i ga d a p el o i n cen t i v o e ca r i n h o qu e sem p r e m e d er a m . Já estou com saudades!!! Boa sorte e que Deus ilumine sempre o nosso caminho!!! Bebeco e Fer LISTA DE FIGURAS Figura 1: Aplicação do laser na cervical ........................................................ 32 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Índice de variação de dor/dia de tratamento ................................. LISTA DE SIGLAS AsGa - Laser Arsenieto de Gálio AVD´s - Atividades de vida diária cm² - Centímetro quadrado EMG - Eletromiografia GaAlAs - Arseneto de gálio e alumínio HeNe - Hélio-Neônio J - Joules mW Miliwatts nm - Nanômetro STC - Síndrome do Túnel do Carpo TENS - Estimulação elétrica transcutânea nervosa 33 SUMÁRIO INTRODUÇÃO............................................................................................ 9 CAPÍTULO I SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO................................. 11 1 DEFINIÇÃO............................................................................... 11 1.1 Epidemiologia............................................................................ 11 1.2 Etiologia..................................................................................... 13 1.3 Fisiopatologia............................................................................. 14 1.4 Manifestações Clínicas.............................................................. 15 1.5 Diagnóstico................................................................................ 16 1.5.1 História Clínica da STC............................................................. 16 1.5.2 Exame Clínico............................................................................ 16 1.5.3 Diagrama de Mão de Katz......................................................... 1.5.4 Teste Motor................................................................................ 17 1.5.5 Testes Provocativos.................................................................. 1.5.6 Testes de Sensibilidade............................................................. 18 1.5.7 Testes Neurofisiológicos............................................................ 18 1.6 Tratamento................................................................................ 1.6.1 Tratamento Conservador........................................................... 19 1.6.2 Tratamento Cirúrgico................................................................. 19 1.6.3 Tratamento Fisioterapêutico...................................................... 20 1.6.3.1 Eletroterapia.............................................................................. 20 1.6.3.1.1 Estimulação Elétrica Transcutânea Nervosa............................. 20 1.6.3.1.2 Laser.......................................................................................... 20 1.6.3.1.3 Ultra-som................................................................................... 21 1.6.3.1.4 Microondas................................................................................ 21 1.6.3.1.5 Ondas-curtas............................................................................. 21 1.7 Cinesioterapia............................................................................ 22 1.7.1 Mobilização................................................................................ 1.7.2 Alongamento.............................................................................. 22 16 17 19 22 CAPÍTULO II LASER................................................................................ 24 2 CONCEITO 24 2.1 Histórico..................................................................................... 24 2.2 Tipos de Laser........................................................................... 25 2.3 Mecanismo de Ação.................................................................. 25 2.4 Efeitos do Laser......................................................................... 26 2.5 Laserterapia no Reparo Tecidual............................................... 26 CAPÍTULO III PESQUISA........................................................................ 28 3 INTRODUÇÃO.......................................................................... 28 3.1 Estudo de Caso......................................................................... 28 3.1.1 Casos......................................................................................... 28 3.2 Materiais e Métodos.................................................................. 3.3 Protocolo de Irradiação.............................................................. 31 3.4 Resultados................................................................................. 32 3.5 Palavra do Fisioterapeuta.......................................................... 33 3.6 Discussão.................................................................................. 34 3.7 Conclusão sobre a pesquisa..................................................... 36 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO................................................................ 37 CONCLUSÃO.............................................................................................. 38 REFERÊNCIAS........................................................................................... 39 APÊNDICES................................................................................................ 46 31 RESUMO Lesões nervosas são patologias de evolução clínica demorada e podem apresentar seqüelas decorrentes do processo de reparação neuronal. A síndrome do túnel do carpo (STC) é uma lesão nervosa, causada pela compressão do nervo mediano no túnel carpiano. As etiologias são irritação, inflamação e edema dos tendões flexores longos devido a movimentos repetitivos, edema da articulação do punho, artrite, tenossinovite, hipertrofia do tecido sinovial e às vezes edema devido à gestação. Aos lasers de baixa potência se atribuem efeitos analgésicos, antiinflamatórios e estimulantes da cicatrização. O objetivo desta pesquisa foi analisar os efeitos da laserterapia na melhora da neurocondução de uma seqüela de compressão nervosa do nervo mediano no túnel carpiano e verificar as repostas da dosimetria proposta no tratamento. O trabalho foi desenvolvido com 10 pacientes de ambos os sexos e com idades variadas, as sessões realizadas cinco vezes por semana seguidas e duração de 30 minutos cada. A irradiação contínua do laser foi sobre a região cervical de C2 a C7, técnica pontual com 12 pontos de aplicação no trajeto das vértebras citadas, com a fluência de 80J/cm² e irradiância de 120mW e o comprimento de onda e 830nm (GaAIAs). Foi feita a avaliação e evolução dos sinais clínicos através da escala VAS e também avaliação funcional da articulação acometida antes e após o tratamento. Notaram-se resultados positivos, como diminuição do dor, melhora do padrão funcional e das atividades de vida diária. Após a avaliação percebeu-se que o laser de baixa potência evidenciou uma resposta favorável ao tratamento e dosimetrias propostas. Palavras-chave: Fisioterapia. Bioestimulação. Laserterapia. Síndrome do túnel do carpo. Reparação tecidual. ABSTRACT Nervous injuries are pathologies of delayed clinical evolution and can presents sequels caused by the process of neuronal repairing. The syndrome of the tunnel of carpus is a nervous injury, caused for the compression of the medium nerve in the carpiano tunnel. The etiologies are irritation, inflammation and edema of the long flexors tendons that had repetitive movements, edema of the fist s joint, arthritis, tenossinovite and hypertrophy of the synovial tissue, and sometimes, edema due to gestation. To lasers of low power, are assigned analgesic effects, anti-inflammatory and healing stimulants. The objective of this research was to analyze the effects of the laser therapy in the improvement of the nerve conduction of a sequel of nervous compression of the medium nerve in the carpiano tunnel and to verify the replies of the dosimetria proposed on the treatment. The work was developed with 10 patients of both sexes and with varied ages, that passed through 5 sessions per week and duration of 30 minutes each. The continuous irradiation of the laser was on the cervical region of C2 to C7, punctual technique with 12 points of application in the passage of the cited vertebrae, with the fluency of 80J/cm ² and irradiance of 120mW and the wave length of 830nmm (GaAIAs). The evaluation and the evolution of the clinical signals were made through VAS scale and also functional evaluation of the articulation involved before and after the treatment. Positive results were noticed, as reduction of pain, improves of the functional standard and the activities of daily life. After the evaluation, it was realized that the laser of low power evidenced a favorable reply to the treatment and to the dosimetrias proposed. Key-words: Physical therapy. Biological stimulation. Laser therapy. Syndrome of the tunnel of the carpus. Tissue repair. 9 INTRODUÇÃO Lesões nervosas são patologias de evolução clínica demorada e podem apresentar seqüelas decorrentes do processo de reparação neuronal. Uma das patologias mais freqüentes é a síndrome do túnel do carpo que se apresenta com uma fibrose da sinóvia dos tendões dos flexores, secundariamente à tenossinovite desses tendões. A síndrome do túnel do carpo (STC) refere-se aos sinais e sintomas causados pela compressão do nervo mediano no seu trajeto através do túnel carpiano. As etiologias mais comuns são irritação, inflamação e edema dos tendões flexores longos devido a movimentos de punho repetidos, edema da articulação do punho devido a trauma pós-fratura, artrite, tenossinovite, hipertrofia do tecido sinovial e às vezes edema devido à gestação resultando em comprometimento do espaço confinado no túnel do carpo, levando à compressão do nervo mediano e sintomas neurológicos distalmente. Aos lasers de baixa potência se atribuem efeitos analgésicos, antiinflamatórios e estimulantes da cicatrização. O estudo da interação entre a luz laser e a matéria viva é bastante complexo; a energia depositada nos tecidos sofre fenômenos de absorção, reflexão, difusão e transmissão. A pele é extremamente heterogênea do ponto de vista óptico e à medida que distanciamo-nos a superfície menor é a energia absorvida (JOHNSTON, 1997; KANA et al, 1981; KOLARI, 1985). A reparação tecidual é um processo envolvendo atividades locais e sistêmicas do organismo. A ação dos diferentes comprimentos de onda no metabolismo celular vem sendo estudada por diferentes autores Anneroth et al. (1988) e Lagan et al. (2001), conseguiu resultados satisfatórios na aplicação do laser nos processos agudos da inflamação na reparação tecidual utilizando um laser de diodo de 830nm. Resultados contraditórios também são encontrados na literatura; Schlager et al. (2000) apresentaram resultados negativos e positivos no tratamento de lesões térmicas com laser de 670nm. Karu (1988) demonstrou que as ações desses laseres variam segundo seu comprimento de onda, e que a ação sobre as células é diferente para os comprimentos de onda 10 infravermelhos e para os visíveis, entretanto as respostas clínicas não variam intensamente. Mester; Jászsagi (1973) descrevem que o laser de baixa potência exerce um efeito positivo no processo de cicatrização, promovendo a aceleração do processo e aumento da resistência do tecido cicatricial. A utilização da bioestimulação e seus efeitos têm sido descritos por vários autores. O aumento da proliferação de células epiteliais, assim como aumento da síntese de colágeno dos fibroblastos (ENWEMEKA et al, 1990). Segundo Parizoto et al. (2001), o processo de cicatrização é de fato a principal indicação do laser de baixa potência, sabendo se que há estimulação do ciclo celular, dos processos oxidativos das mitocôndrias e da atividade metabólica geral das células. Foram encontrados resultados positivos em trabalhos recentes. (CARDOSO FILHO, SILVA, MONTEIRO NETO, 2007). Após pesquisa exploratória levantou-se o seguinte questionamento: O laser aplicado na região cervical apresentará resultados positivos no tratamento da Síndrome do túnel do carpo? A laserterapia apresenta-se como importante recurso no tratamento de diversas patologias e o uso no tratamento de STC vem se destacando, pois pode evitar o processo cirúrgico ou minimizar as seqüelas decorrentes da lesão nervosa. A utilização do laser na região paravertebral cervical vem sendo estudada e obtendo resultados melhores do que a técnica convencional, pois os cromóforos de maior absorção é a mitocôndria que é numerosa no corpo celular, nos dentritos, nas terminações sinápticas motoras enquanto que existem em menor número nos axônios, portanto quando irradiado na região paravertebral o laser parece ser melhor absorvido. O trabalho está assim dividido: Capítulo I: descreve a STC. Capítulo II: descreve o laser. Capítulo III: descreve a pesquisa. E encerrando com a Proposta de Intervenção e Conclusão. 11 CAPÍTULO I SÍNDROME DO TUNEL DO CARPO 1 DEFINIÇÃO A STC é a neuropatia compressiva mais comum, melhor definida e mais estudada do ser humano. A sintomatologia decorre dos efeitos pressóricos ao nervo mediano no túnel carpal devido a inúmeros fatores; contudo, a forma mais comum é a idiopática na qual não são encontrados substratos etiopatogênicos conhecidos. (KOUYOUMDJIAN, 2001). 1.1 EPIDEMIOLOGIA Segundo KOUYOUMDJIAN (1999), para a variável sexo existe uma ampla predominância no sexo feminino (91,3%), valor próximo ao descrito por Nóbrega e cols. (1981), em 135 casos, também em população brasileiros (87,4%) e mais elevados em relação à literatura internacional, na faixa de 75%. Nóbrega e cols. (1981) referem 30,3% dos casos entre 50-59 anos correspondendo a 28,3% da tal experiência entre 51-60 anos. Dawson e cols. (1990) referem 58% dos casos entre 40-60 anos, correspondendo a 58,8% da presente casuística entre 41-60 anos. Os pacientes do sexo masculino têm incidência de STC mais uniforme ao longo das décadas entre 20 e 80 anos; a maior incidência de STC em homens mais velhos foi descrita anteriormente por Payan (1988). A STC é rara na infância e adolescência; a menor idade encontrada em tal experiência foi 17 anos. Na especialidade de referência, ortopedia (34,6%), reumatologia (22,9%), neurologia/neurocirurgia (19,3%) e cirurgia vascular (12,4%), revelando como a sintomatologia da STC pode ser interpretada pelos (as) pacientes. Boniface e cols (1994) referem reumatologia e reabilitação com 12 57%, ortopedia com 24%, clínica médica com 10% e cirurgia geral com 5%. Nóbrega e cols. (1981) referem reumatologia, neurologia e ortopedia, nessa ordem. Na variável do lado sintomático, bilateral em 72,5% e unilateral em 27,5% (19,3% direito e 8,1% esquerdo); os casos com sintomatologia bilateral foram mais comuns de maneira assimétrica predominantemente à direita. Tal casuística revela maior percentagem de sintomatologia bilateral em relação ao descrito na literatura brasileira e internacional. Nos períodos noturno/matinal em 85,3%, dado característico da STC. A dor, sintoma inespecífico relacionado à compressão nervosa, diferente da dormência e formigamento, pode ocorrer abaixo (58,2%, mão) ou incluir territórios acima do bloqueio no carpo (39,4%), como antebraço, braço e ombro; esse dado é bem descrito na literatura. Queixa pouco específica, pois em 42,5% ocorreu em todos os dedos, incluindo-se dessa maneira, territórios de projeção sensitiva dos nervos ulnar (V dedo e metade medial do IV) e radial (face dorsal do I dedo); em proporções menores são mais bem localizados em território do nervo mediano (III, III-IV, I-II-III e II-III-IV dedos) totalizando 39,8%. (KOUYOUMDJIAN, 1999) A literatura revela ausência de localização específica (todos os dedos) em 64%, valor maior do que da presente casuística, com dedos isolados mais freqüentemente sintomáticos representados pelo III e II-III. No tempo de evolução (duração da sintomatologia), tal casuística foi semelhante aos achados na literatura: 33,3% com até 6 meses, 31,2% de 6-24 meses e 35,5% acima de 2 anos. Dor, déficit sensitivo (dormência) e parestesias (formigamento) em 64,4%; as sensações de choques (paroxismos posturais) são bastante relatadas representando, contudo, queixa inespecífica. É muito interessante e digna de registro a insignificância estatística de dor como sintoma isolado da STC (1,5%). Atrofia tenar foi encontrada em 6,2% dos casos de STC, refletindo maior gravidade da compressão nervosa, já com evidência de degeneração axonal. Antecedentes de fraturas não representaram dados importantes no desencadeamento do STC: apenas 2 dos 15 casos com fratura anterior descrita na região do carpo tiveram correlação positiva com o lado sintomático. Várias doenças podem estar associadas à STC, tais como: diabetes mellitus, hipertireoidismo, acromegalia, gota, artrite reumatóide e amiloidose. A 13 atividade repetitiva dos flexores dos dedos (tendões que passam junto com o nervo no túnel do carpo), como por exemplo, na ordenha de leite, pode ocasionar secundariamente STC; gravidez e edema podem ser fatores desencadeantes de STC. 1.2 Etiologia Segundo Dawson (1990), a causa mais comum da STC é o acometimento dos tendões flexores do punho por tenossinovite não-especifica, muitas vezes relacionadas à realização de movimentos repetitivos do punho. Estes tendões também podem ser inflamados em doenças como artrite reumatóide, tuberculose, gota, amiloidose e sarcoidose. Outras doenças causadoras são tumores, fraturas e luxações de punho, mixedema, acromegalia, mieloma múltiplo, diabetes mellitus e insuficiência renal crônica. Na mulher podem servir de fatores desencadeantes as alterações hormonais na gravidez, puerpério, menopausa, pós-oforectomia ou até mesmo pelo uso de anticoncepcionais, sugerindo a relação entre o nível de estrógenos e o aumento de líquido extracelular e alterações em tecidos moles. Fatores hereditários são freqüentes também, como em quatro gerações da mesma família, ou em gêmeos univitelinos. Nota-se que é uma doença rara em indivíduos de raça negra, existe também uma correlação entre aumento do índice de massa corporal e o surgimento de STC, o que explica a grande incidência desta doença em mulheres obesas e de baixas estaturas, ou que tenham aumentado de peso. Em 1983 Johnson; Gatens; Poindexter descreveram dois tipos de punho, o retangular e o quadrado, o qual apresenta alto risco de surgimento de STC. O punho é medido nos ângulos antero-posterior e látero-medial e a relação destas duas medidas é calculada. Uma relação de 0, 7 ou mais é altamente correlacionada com a STC. O punho do tipo quadrado apresenta maior tipo de incidência, provavelmente em função de um espessamento dos ligamentos carpais e de uma menor área do túnel do carpo. 14 Nakamichi; Tachibana (1995) e Kouyoumdjian (2001) estudaram o tamanho da mão como fator de risco para a STC idiopática, em pacientes e controles de população não industrial; foi encontrada maior incidência de STC em pacientes de baixa estatura, menor comprimento da mão e menor relação comprimento da mão/espessura do carpo. Em relação á fraturas, o mais importante para o desenvolvimento da STC é a fratura de Colles (fratura do terço distal do radio com deslocamento do fragmento distal dorsalmente). A maioria dos pacientes com fratura de Colles desenvolve STC em até dois anos pós-fratura, possivelmente com tenossinovite crônica secundaria. 1.3 Fisiopatologia A anatomia do túnel do carpo é propícia ao desenvolvimento de uma lesão do nervo mediano dado a sua inextensibilidade. O complexo sintomático da STC depende de dois mecanismos: a) Alteração reversível rápida das fibras nervosas, relacionado à isquemia, ou também chamado bloqueio agudo fisiológico rapidamente reversível. O estudo da condução nervosa nessa fase está normal devido à ausência de anormalidades estruturais no nervo. b) Anormalidade estrutural que se desenvolve lentamente nas fibras nervosas como resultado da pressão abaixo do retináculo flexor (ligamento transverso do carpo). O estudo da condução nervosa revela lentificação focal por desmielinização segmentar localizada; secundariamente pode haver degeneração axonal, particularmente nos casos de compressão mais acentuada e por tempo mais prolongado. Qualquer processo que leve a um aumento de pressão no interior do túnel do carpo ocasionará compressão do nervo. Os aumentos eventuais de pressão em seu interior provocam inicialmente dificuldade de retorno venoso do nervo mediano, que por sua vez leva a uma diminuição da velocidade de perfusão arterial por hipertensão retrógrada, levando a um sofrimento do tecido neural com o surgimento de sintomas. 15 Se a pressão do túnel do carpo aumentar, ela poderá exceder a pressão de perfusão arterial, levando à oclusão das arteríolas, podendo gerar hipóxia do tecido neural e degeneração focal da bainha de mielina. Com a evolução do processo, ocorre degeneração axonal, havendo, nas lesões mais graves, fibrose inter e intrafascicular. 1.4 Manifestações clínicas As manifestações clínicas foram relatadas por Phalen em 1950 com descrição clínica especificada por Kremer em 1953. (Kouyoumdjian,1999) Pacientes portadores da STC são divididos em três grupos: a) STC leve intermitente: dor, dormência e formigamento na área do nervo mediano, predominantemente noturno, acordando o paciente. Sintomas diurnos posicionais como dirigir, segurar objetos na mesma posição, fazer trabalhos manuais; diminuem por mudança de postura ou movimentação das mãos. O exame neurológico é normal e os testes de Tinel e Phalen podem estar positivos. O teste de Tinel é controverso, sendo positivo em 63% dos pacientes com STC e em 45% dos pacientes não portadores; o teste de Phalen é mais confiável para diagnóstico, positivo em 66% dos pacientes com STC e em 20% dos pacientes nãoportadores. O exame de condução nervosa pode estar normal (anormalidade isquêmica rapidamente reversível) ou apresentar lentificação simples da condução do nervo mediano no túnel do carpo. b) STC persistente: déficit sensitivo e perda da função motora (déficit para pinçamento); dor em queimação, dormência acentuada, sensação de edema e congestão na mão; melhora lenta mesmo com movimentação das mãos. O exame neurológico revela déficit sensitivo e motor, Tinel e Phalen positivos e possivelmente atrofia tenar. O exame de condução nervosa revela lentificação evidente do nervo mediano no carpo. 16 c) STC grave: perda sensitiva exacerbada, inclusive discriminação de dois pontos, com déficit funcional grave e acentuada atrofia tenar e de pele; prognóstico mais reservado mesmo após descompressão. A dor associada à STC é descrita como um dolorido vago que irradia desde a área tenar, antebraço proximal e cotovelo, podendo estender-se até o ombro ou pescoço e causando cefaléia. 1.5 Diagnóstico 1.5.1 História clínica da STC Segundo Turek (1991), parestesias leves podem preceder por vários meses no princípio de sintomas agudos. Em seguida ocorre dor, parestesias e dormência na área de inervação do nervo mediano . O paciente acorda, após poucas horas de sono, pela dor, que pode ser descrita como queimação, picada, tensão ou alfinetadas em uma ou ambas as mãos. Em boa parte dos casos é possível observar que a diminuição da força de abdução do polegar torna-se evidente, antes mesmo que haja hipotrofia muscular. A oponência desse dedo poderá estar ausente ou bastante prejudicada em graus avançados. (BARBIERI, 1985) 1.5.2 Exame clínico Alguns pacientes com STC podem não apresentar todos os sinais e sintomas; em raras ocasiões, podem apresentar nenhum achado físico, mas apesar disso seus resultados de exames de condução nervosa são normais. 1.5.3 Diagrama de mão de Katz 17 É auto-aplicável relatando o aspecto palmar e dorsal das mãos e braços dos pacientes. Este diagrama é utilizado para marcar a localização dos sintomas, caracterizando sua dor, dormência ou formigamento, sendo baseado nos critérios seguintes: a) Padrão Clássico: sintomas afetam no mínimo dois dos 1°, 2° ou 3° dedos. Permite sintomas no quarto e quinto dedos, dor no punho, e radiação de dor proximal do punho, mas não permitem sintomas na palma ou dorso da mão. b) Padrão Provável: mesmos sintomas do padrão clássico, exceto que sintomas palmar são permitidos confinados somente no lado ulnar. c) Padrão Possível: sintomas envolvem somente um dos 1°, 2° ou 3° dedos. d) Padrão Não-Provável: nenhum sintoma está presente nos 1°, 2° ou 3°dedos. 1.5.4 Teste motor Força do abdutor do polegar: o paciente deve levantar seu polegar perpendicularmente à palma enquanto o examinador aplica resistência na falange distal, isolando a força do abdutor curto do polegar, que é inervado somente pelo nervo mediano. 1.5.6 Testes provocativos a) Teste de Phalen: consiste em realizar flexão forçada dos dois punhos, um contra o outro por 1 minuto. Será positivo se houver parestesias ou formigamento no primeiro, segundo ou terceiro dedos após manter essa posição. b) Teste de Phalen Inverso: realiza-se a extensão forçada do punho também por 1 minuto. Será positivo se causar reprodução dos sintomas. 18 c) Teste do Torniquete: este teste exacerba a neuropatia mediana no túnel do carpo causando isquemia temporária, onde um manguito de pressão arterial é inflado proximalmente ao cotovelo ou em torno do punho e o valor da pressão utilizada se encontra imediatamente acima da pressão arterial sistólica do paciente. Há positividade do teste se o paciente observar insensibilidade ou choque no trajeto do nervo mediano. d) Teste de Tinel: é feito percutindo-se sobre o nervo mediano, na parte mais proximal da palma da mão. O resultado do teste é positivo quando o paciente sentir dor, choque ou formigamento nos três primeiros dedos. e) Teste de Provocação de Pressão: é uma compressão sustentada do nervo mediano no punho com os polegares do examinador por 1 minuto. Ocorre parestesias na distribuição do nervo mediano. 1.5.7 Testes de sensibilidade a) Teste com Monofilamento de Semmes-Weintein: aplica-se pressão com o monofilamento perpendicularmente na superfície palmar do dedo até curvar-se. O paciente deve localizar, sem olhar, qual dedo está sendo tocado, no teste anormal o paciente tem um limiar de percepção acima do monofilamento. b) Teste de Discriminação de Dois Pontos: na positividade do teste, o paciente apresenta incapacidade de discriminar entre as duas pontas de um compasso (como pontos separados) quando as pontas do instrumento estão a menos de 5 mm de distância. 1.5.8 Testes neurofisiológicos 19 Os estudos de condução nervosa avaliam os axônios sensitivos, motores e mistos (sensório motores) através de uma estimulação elétrica dos nervos. A eletromiografia (EMG) com agulha detecta alterações na estabilidade elétrica da membrana muscular quando o músculo esta em repouso, determinado atividade espontânea. Quando o paciente contrai o músculo, a atividade elétrica gerada pelas descargas das fibras musculares múltiplas dirigidas por um simples neurônio do corno anterior cria um potencial de ação da unidade motora. Com aumento gradual da força, o paciente permite determinar se alguma unidade motora não esta respondendo, através da mensuração da freqüência de recrutamento. 1.6 Tratamento O tratamento para a STC consiste em conservador e cirúrgico. 1.6.1 Tratamento conservador Segundo Giroto; Farias (2006) o tratamento conservador é iniciado quando os sintomas interferem nas atividades de vida diária (AVD´s) do paciente. Está indicado na STC leve a moderada, aguda pós-trauma ou em pacientes não indicados para a cirurgia, gestantes ou idosos. Sugerem-se tratamentos não-invasivos como o uso de splints, orientação e mudança nas AVD´s, redução de peso (se houver necessidade), evitar compressões, medicamentos antiinflamatórios e fisioterapia. 1.6.2 Tratamento cirúrgico 20 A cirurgia é indicada para casos mais graves com evidência de atrofia tenar e perda sensitiva permanente de longa data. Segundo Kouyoumdjian (2004), o tratamento definitivo da STC é cirúrgico e deve ser feito após tratamento invasivo ineficaz ou imediatamente para casos mais graves. Atualmente, são descritas duas técnicas cirúrgicas: céu aberto e endoscópica (uni ou biportal). 1.6.3 Tratamento fisioterapêutico 1.6.3.1 Eletroterapia 1.6.3.1.1 Estimulação Elétrica Transcutânea Nervosa (TENS) A TENS é orientada para estimular as fibras nervosas que transmite sinais ao cérebro e são interpretadas pelo tálamo como dor (KAHN apud TRIBIOLI, 2003). Para os pacientes que sofrem de dores crônicas, a terapia com o uso de TENS é segura, não invasiva, podendo reduzir ou até eliminar os sintomas dolorosos, permitindo o retorno da realização de atividades pessoais e ocupacionais normalmente. (O SULLIVAN, 1993) 1.6.3.1.2 Laser Os lasers de baixa potência produzem efeitos benéficos no controle da dor, na cicatrização de tecidos lesados e distúrbios artríticos, porém seus efeitos no tratamento de afecções vêm sendo estudados, mas várias pesquisas podem demonstrar os efeitos supracitados. Na STC, o laser pode ser utilizado 21 para a produção do alívio da dor e na cicatrização da ferida cirúrgica (KITCHEN; BAZIN, 1998). 1.6.3.1.3 Ultra-som Trata-se de vibrações longitudinais, com freqüência superior a 17000 Hz. Decorre das propriedades físicas do quartzo, pizoelétrica. É composto de um gerador de alta freqüência e um disco de quartzo pizoelétrico movido pela corrente elétrica, fechado dentro de um tradutor (BISSCHOP; COMMANDRÉ, 2001). Segundo Kitchen; Bazin (1998), o aquecimento controlado pode produzir efeitos benéficos como o alívio da dor, diminuição da rigidez articular e aumento do fluxo sangüíneo. Os efeitos atérmicos produzem respostas terapêuticas importantes como estimulação da regeneração dos tecidos, reparo do tecido mole, fluxo sangüíneo, tecidos sangüíneos e ósseos e síntese protéica. No efeito térmico a absorção irá depender do tecido, seu grau de vascularização e freqüência do ultra-som. 1.6.3.1.4 Microondas As microondas englobam aquecimento superficial, onde a energia é absorvida primeiramente pela pele; e aquecimento profundo ou por diatermia, em que, parte considerável da energia penetra na superfície antes da absorção dos tecidos mais profundos (KITCHEN; BAZIN, 1998). Na STC as microondas propiciam efeitos benéficos, tais como: resolução do edema, redução de viscosidade, alívio da dor, redução de espasmo e dores musculares e relaxamento local. 1.6.3.1.5 Ondas Curtas 22 São emitidas a partir de correntes alternadas de alta freqüência, podendo ser aplicada de forma capacitativa ou indutiva (BISSCHOP; BISSCHOP; COMMANDRÉ, 2001). Na forma capacitativa, o circuito é fechado, o corpo humano é colocado entre as placas de condensador, fazendo o papel do dielétrico, promovendo elevação térmica dos tecidos em maior profundidade. No método indutivo, a parte do corpo a ser tratada é colocada dentro de um condutor formando um solenóide, onde a pessoa se torna uma espécie de núcleo. O principal efeito das ondas curtas é aquecimento dos tecidos (KITCHEN; BAZIN, 1998). Na STC, propicia ao paciente alívio da dor, aumento do fluxo sangüíneo, resolução inflamatória edematosa, diminuição da contratura muscular e diminuição da rigidez articular. 1.7 Cinesioterapia 1.7.1 Mobilização A mobilização é utilizada durante o tratamento conservador, pré e pósoperatório. Seus benefícios consistem em manter a maleabilidade dos tecidos conjuntivos, prevenindo contraturas e deformidades, aumentar a nutrição da cartilagem das articulações (KOTTKE, 1994), melhorar circulação sangüínea local, restaurar a mobilidade intraarticular normal, além de indicações para articulações dolorosas, defesa muscular reflexa e espasmo muscular, estimulando assim efeitos neurofisiológicos e mecânicos. (KISNER; COLBY, 1998). 1.7.2 Alongamentos 23 À medida que o músculo perde sua flexibilidade normal, ocorre também alteração na relação comprimento-tensão do músculo, e com o encurtamento, este não é mais capaz de produzir o pico de tensão, então se desenvolve uma fraqueza com retração. A perda da flexibilidade, independente da causa, pode provocar dor originando-se no músculo, tecido conectivo, ou periósteo. Isso, por sua vez, também diminui a força muscular. (KISNER; COLBY, 1998) 24 CAPÍTULO II LASER 2 CONCEITO Para Low; Reed (2001) a palavra laser é um acrônimo de light amplification by the stimulated emission of radiation (amplificação da luz por meio da estimulação da emissão da radiação). O laser é um tipo de onda eletromagnética que pode ser visível ou não, depende do comprimento de onda em questão. Esta onda aporta uma alta concentração de energia, e é constituída por muitos fótons. Neste âmbito, por meio da irradiação, a matéria é estimulada através do fornecimento de energia aos átomos que a constituem. (PARIZOTO; LOPES; MASSINI, 2001). Segundo Pinheiro (1998), os efeitos do laser podem ser divididos em térmicos e não térmicos. Os laseres de alta potência ou cirúrgicos apresentam a propriedade de corte, vaporização e hemostasia dos tecidos sendo, portanto, os que apresentam efeitos térmicos. Os laseres de baixa potência, cuja terapia não se baseia em desprendimento de calor, apresentam a energia dos fótons transformada em efeitos fotobiológicos sobre células e/ou com tecidos. 2.1 Histórico Segundo Low; Reed (2001) em 1900 o físico alemão Max Planck apresentou uma explanação do motivo pelo qual as cores de um corpo quente reluzente mudam com a temperatura. 25 Em 1917, o cientista Einsten expôs os princípios físicos de emissão estimulada da radiação. (VEÇOSO, 1993). Em 1958, C. H., Townes e A. I., Schawlow, demonstraram a possibilidade de construir um laser, porém esta teoria foi concretizada na prática em 1960 por Theodore H. Maiman que construiu o primeiro emissor de laser a rubi. (VEÇOSO, 1993). Em 1965, Sinchair e Knoll adaptaram a radiação laser à prática terapêutica. (VEÇOSO, 1993). 2.2 Tipos de laser O laser de alta potência, com o potencial destrutivo, e, portanto não pertence ao arsenal fisioterapêutico, e o laser de baixa potência, sem poder destrutivo, consistem o arsenal fisioterapêutico. (VEÇOSO, 1993). Existem dois tipos de laser utilizados na fisioterapia a) Laser Hélio-Neônio (HeNe): o laser HeNe é utilizado no reparo tecidual, e obtido a partir da estimulação de uma mescla desses gases. O comprimento de onda é de 632,8nm, permitindo uma radiação visível da cor vermelha. Possui caráter de fotobioestimulação seletivo, atingindo em estruturas superficiais. (VEÇOSO, 1993) b) Laser Arsenieto de Gálio (AsGa): a radiação obtida através da estimulação de um diodo semicondutor formado por cristais de arsenieto de gálio, que é também conhecido como laser diodo. (BAXTER, 1994) O comprimento de onda é de 904 nM e emissão pulsada, cor infravermelha, invisível a olho nu. (VEÇOSO,1993) 2.3 Mecanismo de ação Como qualquer outro tipo de radiação eletromagnética, ao interagir com uma matéria o laser sofre alterações (RIGAUIMAS, 1998): 26 a) Reflexão, onde não ocorrerá penetração ou interação da energia da luz laser; b) Refração, há transmissão através do tecido sem nenhum efeito clinico na área; c) Absorção, pelos componentes fotorreceptivos do tecido alvo, resultando na transferência de energia para o tecido; d) Dispersão, a energia é espalhada sem produzir efeitos notáveis no tecido. Toda radiação eletromagnética ao incidir sobre qualquer superfície, se desdobra, uma parte reflete e outra é absorvida. Segundo Diamantopoulos (1994), a radiação infravermelha é fortemente absorvida pela água. 2.4 Efeitos do laser O efeito primário é o aumento do metabolismo celular, por exemplo, no controle da dor e inflamação (prostaglandinas, histamina, serotonina, adicinina, prostaciclinas, dentre outras), como a estimulação da produção de ATP no interior da célula. (KARU; PYATIBRAT; KALENDO, 1995; WILDEN; KARTHEN, 1998). Os efeitos secundários ocorrem em nível de microcirculação, onde o laser atua sobre o esfíncter pré-capilar, provocando dilatação e em nível de trofismo celular há aumento da velocidade da mitose, que leva a concluir que o laser se baixa potencia aumenta os processos de reparação tecidual devido ao estimulo de capacidade de cicatrização do tecido conjuntivo e neoformação dos vasos já existentes. (RIGAUIMAS, 1998; GENOVESE, 2000) 2.5 Laserterapia no reparo tecidual O laser começou a ser utilizado no processo de regeneração e 27 recuperação funcional de lesões nervosas periféricas na década dos anos 80, havendo vários relatos sobre os resultados obtidos. Basford et al. (1993) realizou um experimento em que mediu a velocidade de condução do nervo mediano, em humanos submetidos à aplicação de irradiação laser (830nm) sobre dez pontos ao longo do trajeto do nervo (1,2 J/ponto 9,6 J/cm2). Os eletrodos de superfície foram colocados no cotovelo e no segundo dedo da mão dos sujeitos do estudo e os dados coletados mostraram uma diminuição do tempo de latência, evidenciando a melhora do quadro neurológico. Lowe et al. (1994) estudaram os efeitos da radiação laser (830nm, doses entre 1,5 e 1,2 J/cm2) sobre os parâmetros eletrofisiológicos do nervo mediano e a temperatura da pele, por meio da análise da condução antidrômica em 30 indivíduos. Foram estudados um grupo controle (não-irradiado) e grupos irradiados com doses variáveis do laser. Os resultados mostraram que alterações (aumento ou diminuição) da latência de condução antidrômica eram inversamente relacionadas com mudanças da temperatura cutânea, sugerindo que efeitos neurofisiológicos periféricos ocorriam após a aplicação laser. Quando a laserterapia foi aplicada diretamente no nervo esmagado e também no segmento correspondente na medula espinhal, o tempo e a qualidade da recuperação do nervo melhoraram em comparação com a irradiação somente no nervo (ROCHKIND al.,2001;LEUNG et al.,2002;LUCAS et al.,2002) et al.,2001; SHAMIR et 28 CAPÍTULO III A PESQUISA 3 INTRODUÇÃO Para demonstrar a intervenção do laser na síndrome do túnel do carpo, foi realizada uma pesquisa de campo no centro de reabilitação Dom Bosco, situado na Rua Nove de Julho, nº1010, na cidade de Lins, estado de São Paulo, no período de agosto de 2006 a setembro de 2007. 3.1 Estudo de caso Foi realizado um estudo, em 10 pacientes que apresentaram STC. Os mesmos foram submetidos a uma avaliação subjetiva da dor, em seguida foram realizadas as sessões com o laser de baixa potência na região cervical dos pacientes. A intervenção da laserterapia foi realizada cinco vezes por semana e a cada sessão, era realizada uma nova avaliação da dor. As técnicas serão mostradas da seguinte maneira: Roteiro de estudo de caso (APÊNDICE A) Roteiro de Entrevista para o Fisioterapeuta (Apêndice B) Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice C) 3.1.1 Casos Entre os casos tratados, seguem: CASO 1 29 Paciente sexo masculino, 23 anos de idade, residente na cidade de Promissão-SP. Chegou ao setor de fisioterapia apresentando parestesia noturna em quarto e quinto artelhos da mão esquerda, com variação de dor pela escala VAS de 8. CASO 2 Paciente sexo feminino, 45 anos de idade, residente na cidade de LinsSP. Chegou ao setor de fisioterapia apresentando parestesia noturna, acordando a mesma, que diminuíam por movimentação das mãos.A variação de dor pela escala VAS foi 6. CASO 3 Paciente sexo feminino, 47 anos de idade, residente na cidade de LinsSP. Chegou ao setor de fisioterapia com formigamento na área do nervo mediano, com déficit sensitivo. A variação de dor da escala VAS foi 8. CASO 4 Paciente sexo masculino,31 anos de idade, residente na cidade de LinsSP. Foi encaminhado para o setor de fisioterapia com dormência acentuada, sensação de edema e congestão na mão. A variação de dor 9 da escala VAS. CASO 5 Paciente sexo feminino, 37 anos de idade, residente na cidade de LinsSP. Chegou ao setor de fisioterapia com sintomas diurnos posicionais, como dirigir, segurar objetos na mesma posição por muito tempo e fazer trabalhos manuais. Com a variação de dor 7 da escala VAS. 30 CASO 6 Paciente sexo masculino,28 anos de idade, residente na cidade de LinsSP. Chegou ao setor de fisioterapia com formigamento e dor noturnos. A variação de dor 5 da escala VAS. CASO 7 Paciente sexo feminino, 59 anos de idade, residente na cidade de Getulina-SP. Foi encaminhada ao setor de fisioterapia com déficit sensitivo, dor em queimação e dificuldade na realização das atividades de vida diária (AVD´s). Com variação de dor 8 na escala VAS. CASO 8 Paciente sexo feminino, 59 anos de idade, residente na cidade de Marilia-SP. Chegou ao setor de fisioterapia com parestesia na mão direita, sintomas diurnos ao segurar objetos e dor em queimação. A escala VAS de variação de dor foi 7. CASO 9 Paciente sexo feminino, 65 anos de idade, residente na cidade de LinsSP. Foi encaminhada ao setor de fisioterapia apresentava dor, dormência e formigamento predominantemente noturno. Apresentando variação de dor 7 na escala VAS. CASO 10 Paciente sexo masculino, 62 anos de idade, residente na cidade de Promissão-SP. 31 Chegou ao setor de fisioterapia apresentando dor em queimação e dormência, que diminuem com movimento da mão e mudança de postura. A escala VAS apresentou variação 7. 3.2 Materias e métodos Foi utilizado para o procedimento, aparelho laser IR THERA LASE da marca DMC para a irradiação, com tais parâmetros: a) emissão continua; b) comprimento de onda de 930 nm; c) fluência de 80J; d) irradiância de 100mw. 3.3 Protocolo de irradiação A biomodulação do laser foi realizada nos 5 dias da semana seguidos, cada atendimento com duração em média 30 minutos. A irradiação contínua do laser foi sobre a região cervical de C2 a C7, técnica pontual com 12 pontos de aplicação no trajeto das vértebras citadas (FIGURA 1), com a fluência de 80J/cm² e a irradiância de 120mW e o comprimento de onda e 830nmm (GaAlAs), 300mW, da marca DMC Equipamentos Ltda. Foi feita a avaliação e evolução dos sinais clínicos através do questionário de avaliação de dor utilizando a escala VAS, foi realizada também avaliação funcional da articulação acometida antes e após o tratamento. 32 Fonte: elaborada pelos autores, 2007. Figura 1: Aplicação do laser na cervical. 3.4 Resultados Nos casos 1, 2, 5, 7, 8, 9 e 10 os pacientes apresentaram melhora dos sintomas no sexto dia de tratamento (TABELA 1). Nos casos 3 e 4 os pacientes apresentaram melhora dos sintomas no quinto dia de tratamento (TABELA 1). No caso 6 o paciente apresentou melhora dos sintomas no quarto dia de tratamento (TABELA 1). Os resultados obtidos no tratamento foram baseados na avaliação e evolução dos sinais clínicos encontrados. Todos os dias os pacientes foram submetidos ao questionário de avaliação de dor utilizando a escala VAS como instrumento de aferição, foi realizado também avaliação funcional da articulação acometida antes e após o tratamento. Após a avaliação do paciente percebeu-se que o laser de baixa potência apresentou resultados significativos no local tratado, evidenciando uma resposta favorável ao tratamento e dosimetrias propostas. Notou-se significativa diminuição do dor, melhora do padrão funcional e das atividades de vida diária comprovados através da avaliação. 33 Tabela 1. Índice de variação de dor/dia de tratamento Numero de pacientes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Variação da dor Dias Var.Dor/Dias 8 6 8 9 7 5 8 7 7 7 6 6 5 5 6 4 6 6 6 6 1.33 1 1.6 1.8 1.16 1.25 1.33 1.16 1.16 1.16 Fonte: elaborada pelos autores, 2007. 3.5 Palavra do fisioterapeuta FISIOTERAPEUTA A Fisioterapeuta do programa de fisioterapia domiciliar da Santa Casa de Misericórdia de Lins, graduado em fisioterapia, sexo masculino. Eis o seu depoimento de que a fisioterapia é de grande importância na STC, pois com um tratamento adequado e correto os sintomas podem ser aliviados. Pode auxiliar tanto no tratamento pré quanto no pós-cirúrgico, com a melhora do quadro álgico e nas AVD´s. Indicaria a laserterapia como auxilio no tratamento intercalando com outros recursos para pré-cinesiotarapia. FISIOTERAPEUTA B Fisioterapeuta e coordenador dos cursos de graduação e pós-graduação de fisioterapia do Unisalesiano de Lins, sexo masculino. Eis o seu depoimento de que a fisioterapia tem importância fundamental na diminuição da dor, na redução do edema residual e na funcionalidade do antebraço. Pode auxiliar no tratamento traçado, principalmente conservador. Indicaria a laserterapia juntamente com a cinesioterapia. 34 FISIOTERAPEUTA C Fisioterapeuta da Santa casa de Misericórdia de Marília, especializado em ortopedia e traumatologia, sexo masculino. Eis o seu depoimento de que a fisioterapia é importante para o processo de reabilitação da patologia, completando o tratamento adequado. Pode auxiliar no desaparecimento dos sintomas e na reabilitação do pré e póscirúrgico. Indicaria a laserterapia por ser importante para o processo de cicatrização e antiinflamatório. 3.6 Discussão A escolha o laser como recurso foi devido a ser uma técnica de fácil aquisição e manejo, amplamente utilizado com sucesso no tratamento de disfunções nervosas. Wong et al (1995) utilizou o laser GaAlAs no tratamento d pacientes com STC. O mesmo recurso foi utilizado por Yu (1993). A densidade de potencia utilizada 100 mW foi escolhida por ser uma das melhores janelas para o tratamento de disfunções nervosas, sendo esta recomendada por diversos autores no tratamento da STC (YU ,1993; Wong et al 1995; Padua et al 1999; Monteiro Neto, Parizoto, 2006). A dosimetria utilizada foi baseada nas recomendações para tratamento de lesões nervosas e biomodulação.Túner e Hodes (2002) recomendam a janela entre 4 e 6 Joules com a técnica de contato por pontos por apresentar um número expressivo de sucesso terapêutico neste tipo de tratamento. Weintraub (1997) preconiza doses próximas de 9J para tratar a STC. Janela esta utilizada nesta pesquisa. A técnica de contato utilizado com a laserterapia justifica-se pela maximização da irradiância ou da densidade de potência, pois para atingirmos a área alvo dependemos da menor reflexão possível (TÚNER, HODES, 2002) Kouyoumdjian (2001) relata que existe um predominância nos fatores idade e sexo, sendo o sexo feminino o de maior incidência, e a idade variando 35 de 40 a 60 anos. Nossos casos em enfoque apresentam idades e sexo dentro das evidencias encontradas por Kouyoumdjian. A escolha do local de aplicação foi baseada nos achados de Emenkenka Chukuka em seus trabalhos apresentados recentemente (MONTEIRO NETO, 2004). Técnica esta já utilizada por Wong et Al (1995). Weintraub (1997) investigou o uso repetitivo do laser diretamente sobre o nervo mediano, na tentativa de remissão dos sintomas. Em seu estudo ele avaliou 30 pacientes apresentando sintomas deste de leve a moderado. O laser utilizado foi o emissor de GaAlAs, aplicado com técnica de contato por 33 segundos de irradiação no trajeto do nervo mediano. Com a dosimetria de 9J por ponto. A completa remissão dos sintomas foi encontrada em 77% dos casos tratados. Achados semelhantes foram encontrados nesta pesquisa com 80% apresentaram remissão dos sintomas. Entretanto a técnica descrita por Weintraub foi utilizada nesta pesquisa. Roig (1992) tratou 20 pacientes apresentando STC com os lasers de espectro infravermelho. A dose utilizada foi de 3,6J/cm durante 20 sessões consecutivas. Apenas 35% dos pacientes apresentaram remissão completa dos sintomas. Resultados esses, podendo ser atribuído à baixa dose utilizada. A potencia escolhida nesse trabalho contribui efetivamente para resultados positivos no tratamento, pois é um dos parâmetros responsáveis por propiciar uma boa profundidade de absorção da luz. Yu (1993) encontrou excelentes resultados em pacientes portadores de STC, utilizando 100mw de potencia e um laser de GaAlAs Padua (1999) comparou os efeitos de 3 lasers de diodo na STC em 17 pacientes. Parâmetros como sensações dolorosas e remissão dos sintomas neurofisiológicos foram utilizadas para avaliar as respostas do laser. Imediatamente após a terapia e até 15 dias de tratamento foram os melhores resultados encontrados. Os achados desta pesquisa corroboram os resultados de Pádua quando os melhores resultados foram entre o primeiro e o sexto dia de tratamento. Wong et al (1995) observou e tratou pacientes portadores de STC apresentando sintomas de dor e parestesia em 35 pacientes. Sua área de tratamento foi à região posterior da cabeça utilizando um laser de 100mw de 36 densidade de potencia (GaAlAs) aplicados com a técnica de contato diretamente sobre os processos transversos de C5 a T1 do lado do hemicorpo acometido, foi observado um alivio rápido da dor e movimentações do punho, mão e dedos. Alivio rápido nos primeiros dias após o tratamento. Resultados similares ao observado nesta pesquisa utilizando a mesma técnica e janela dosimetria. Pode-se observar que com os parâmetros descritos nesta pesquisa os achados corroboram as pesquisas no tratamento da STC. 3.7 Conclusão sobre a pesquisa Este trabalho mostrou que o laser de baixa potência obteve resposta favorável ao tratamento e dosimetrias propostas, onde os pacientes tiveram melhora do padrão funcional, diminuição da dor e consequentemente retorno nas atividades de vida diária. 37 PROPOSTA DE INTERVENÇÃO Propõe-se com este trabalho que o laser pode ser utilizado para a produção do alivio da dor e conseqüente melhora dos demais sintomas. Sugere-se também associar outros aparelhos como o Microondas para aumento do metabolismo e relaxamento muscular. 38 CONCLUSÃO A laserterapia apresenta-se como importante recurso no tratamento de diversas patologias e o uso no tratamento de STC vem se destacando pois pode evitar o processo cirúrgico ou minimizar as seqüelas decorrentes da lesão nervosa. A utilização do laser na região paravertebral cervical vem sendo estudada e obtendo resultados melhores do que a técnica convencional, pois os dos cromóforos de mais absorção é a mitocôndria que é numerosa no corpo celular, nos dentritos, nas terminações sinápticas motoras enquanto que existem em menor número nos axônios, portanto quando irradiado na região paravertebral o laser parece ser melhor absorvido. 39 REFERÊNCIAS AMARALl A.C., PARIZOTTO N.A., SALVINI T.F. Dose-dependency of lowenergy HeNe laser effect in regeneration of skeletal muscle in mice. Lasers Med Sci 2001; 16:44 51. ANDERS, J.J. et al. (1993). Low power laser irradiation alters the rate of regeneration of the rat facial nerve. Lasers in Surgery and Medicine, New York, v.13, n.1, p.72-82. ANNEROTH, G. et al. (1988). The effect of low-energy infra-red laser radiation on wound healing in rats. British Journal of Oral and Maxillofacial Surgery, London, v.26, n.1, p.12-17. BARBIERI, C.H.; et al. 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O Sr (a) está sendo convidado (a) a participar do estudo por ser portador de síndrome do túnel do carpo. Durante o estudo ser realizada avaliação subjetiva da sua dor. O estudo não envolve qualquer alteração nos tratamentos que esteja recebendo e as informações e dados pessoais serão utilizados apenas em reuniões de caráter científico e serão mantidos em sigilo profissional. Qualquer dúvida em relação ao estudo será imediatamente esclarecida pelos responsáveis pelo estudo e o Sr (a) receberá explicações detalhadas sobre os procedimentos e métodos que serão realizados. O Sr (a) estará livre para retirar seu consentimento e desistir de participar do estudo, em qualquer momento, sem interferência no relacionamento que tenha com a instituição. Eu ___________________________________________________ entendo o que foi descrito acima e dou meu consentimento para ser incluído neste estudo. __________________________________ Assinatura do participante Pesquisador: Carlos Alberto Cardoso Filho Rua: XV de novembro, 267. Apto 62 Fone: (xx) xxxx xxxx Fernanda Calixto da Silva Rua: Floriano Peixoto, 629. Apto 01 Fone: (xx) xxxx xxxx Orientador: Profª Msc. Luís Ferreira Monteiro Neto Av. Floriano Peixoto 996 Fone: (xx) xxxx xxxx Fundos Centro 51 ANEXOS 52 ANEXO A Avaliação subjetiva da dor Paciente: ______________Idade: __________ Sexo: ( ) feminino ( )Masculino 1) Onde você sente dor? _______________________________________________________________ 2) Quando sua dor começou? _______________________________________________________________ 3) Qual é a duração da sua dor? _______________________________________________________________ 4) Você já sentiu essa dor antes? _______________________________________________________________ 5) Você consegue descrever a dor? _______________________________________________________________ 6) A dor está melhorando ou piorando? _______________________________________________________________ 7) A dor aumenta quando você faz exercícios? _______________________________________________________________ 8) Você sente mais dor após exercício? _______________________________________________________________ 9) Você sente dor à noite? _______________________________________________________________ Fonte: STARKEY C., Recursos terapêuticos manuais: termoterapia, eletroterapia, ultra-som, terapias manuais. 2ª ed. Manole, 2001 This document was created with Win2PDF available at http://www.daneprairie.com. The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only.